Diário da minha turma na Lua - 7.ºI

Encontro com

Raquel Ramos

Trabalhos realizados pelos alunos do 7.ºI no âmbito da preparação do encontro com Raquel Ramos Português (professora Ana Campos) Biblioteca Escolar 1 de dezembro de 2015 Escola Básica Frei João de Vila do Conde

Após a leitura da obra Diário de Ana Joana: 12 anos, 1,36m de altura, da autoria de Raquel Ramos, os alunos do 7.ºI aceitaram o desafio da sua professora de Português, Ana Campos, e à semelhança da protagonista, Ana Joana, redigiram páginas do seu próprio diário, imaginando, contudo, que a sua turma estava, imaginem, na Lua. Eis o resultado do trabalho de escrita desenvolvido pelos alunos, a apresentar no encontro com a escritora, no âmbito da programação da Feira do Livro, na biblioteca escolar:

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Paula Graça No dia 13 de novembro, a tristeza falou mais alto do que o entusiasmo da viagem à Lua. Não escrevi sobre a turma, escrevi sobre o dia de hoje, com a mesma atitude de Ana Joana.

Sexta-feira – 13 de novembro Querido Diário Hoje foi dia de sol E morte.

Sangue nas ruas de Paris Enquanto eu luto Contra a sorte Pelo que sempre quis.

Tu não quiseste ficar um dia mais Não partilhámos os livros nem as horas Não falámos de estudos nem do tempo Não fomos ter à escola, onde não te demoras…

Hoje, passei ao papel O dia vivido Os passos por dar Os risos de chegar Este dia de sexta, tão sofrido…

Hoje ficou, Diário, 3

Abrindo o coração na página De um minuto mais longo e solitário.

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Bruna Constantino Terça-feira https://br.pinterest.com/pin/163185186472481935/

5 de novembro Olá, Diário!

Chegamos

ainda

agora aqui, as coisas são bem diferentes e só me apetece

dormir

em

qualquer canto. Na viagem, foi só barulho e nem os fones me conseguiam impedir de ouvir os gritos delas a cantar de felicidade de aqui estar. Eu, realmente, não estou nada disposta a aturar isto três dias seguidos. Enfim!

Ainda bem que te encontrei, Diário. Já me vieram perguntar por que motivo quero eu escrever aqui, se posso divertir-me ao máximo a fazer outras coisas. E, sim, eu sou a única nesta turma a escrever neste caderninho, que nos deram durante a viagem, para ocupar o nosso tempo. Durante as horas passadas, ao vir para cá, fiquei, a maior parte do tempo, a olhar para a capa deste caderno que, tão simples e bonita, me despertou interesse para confessar tudo o que sinto. E, assim, comecei a revelar-me... nada,

estou

sem

paciência

e

Temos aulas daqui a

apetece-me

chorar

um

bocadinho, estou com saudades de casa, da minha avó, da minha cadela e, especialmente, do meu conforto.

Neste momento, encontro-me sentada à espera que toque para entrar para a aula de Ciências. Já veio a Jéssica questionar o que se passava comigo e, simplesmente, afirmei ''Nada''. Na verdade, não quero que saibam dos meus dramas 5

incompreensíveis.

Para ser franca, este primeiro dia aqui na Lua está a ser uma s e c a, sim,... soletrei para ocupar mais esta página em branco onde me apetece escrever milhares de coisas que não fazem sentido nenhum. Acordei um pouco aborrecida, a cama onde durmo não é muito confortável e ouvi barulhos estranhos durante a noite. Não estou minimamente habituada a isto, mas tenho de aguentar este dia que tenho pela frente e mais dois que ainda estão por vir. O ambiente aqui é calmo, mas um pouco aborrecido, tenho vinte e tal pessoas com quem falar e só me apetece estar no meu canto. Nunca mais toca, ao menos nas aulas estou concentrada e o tempo passa depressa... enquanto, aqui, apenas escrevo e parece que falta uma eternidade para o Mundo acabar, e, na verdade, talvez falte. Aprendi que nunca temos certezas de nada e nem sempre temos respostas para as nossas perguntas. Ups! Já tocou há uns três minutos e só agora me apercebi. Vou chegar atrasada à aula de Ciências, espero que a Professora me desculpe o atraso, mas duvido muito. Estou tramada, mas vou indo. Deseja-me sorte. Talvez volte a escrever aqui no fim das aulas, talvez, tudo depende da disposição. Adeus.

Quarta-feira 6 de novembro Bem, ontem, nem tive tempo para aqui escrever. O cansaço tomou conta de mim e impediu-me de o fazer. A professora de Ciências desculpou-me o atraso, mas teve de falar com a minha Diretora de Turma porque já não é a primeira vez que acontece o sucedido. Perdi o relógio, que 6

culpa tenho eu? Gostava que percebessem que não tenho tido dias fáceis e que a minha cabeça está completamente na Lua, ah, ah, ah! Tive uma certa piada, ou talvez não. É por isso que aqui escrevo, tenho quase a certeza de que ninguém iria achar piada a isto que acabei de escrever e assim sendo, resumo-me à solidão e à minha própria companhia, sei que é a melhor e sou a única que me compreende. Ontem, eu e as raparigas da turma estivemos a dançar e, para não variar, senti-me um pouco inferior e à parte, sinto que isto não é para mim e que não ando aqui a fazer nada. Mas, mesmo assim, diverti-me, elas são boas raparigas e metem piada. Naqueles instantes, esqueci-me dos problemas que vivo. Estou sentada numa cadeira aconchegante, é bem mais do que a minha cama, direi... Eu e a turma estamos no ''Luar dos Alunos'', isto é, um local de convívio, onde há muitas estrelas e onde são emitidas músicas estranhas, muito estranhas. Mas a turma continua a dançar e a fazer as tais figuras que me deixam a doer a barriga. Acho que me vou levantar e ir para o pé deles, para não parecer muito solitária. Logo à noite, volto, prometo.

Agora, vou divertir-me.

Aqui estou eu, cansada, mas desta vez nada me impediu de pegar nesta caneta preta e escrever nestas folhas vazias.

São 21:30 horas da noite, eu, certamente, não devia estar aqui fora a pisar a Lua, mas não sou a única a cometer esta loucura. O João, a Rafaela e a Inês Filipa estão aqui fora também e, se eu ouvir um sermão amanhã da Diretora de Turma, eles também irão ouvir, certamente. Digo eu... Mas, neste momento, nem estou preocupada com isso. Amanhã 7

tenho a manhã cheia de aulas... Isto é péssimo, realmente.

Neste momento ouço a Jéssica, a Inês Silva e a Paula a queixarem-se do mesmo que eu aqui me queixo, acho que iriam compreender-me, se abordasse este tema com elas, mas prefiro ficar aqui a observar a Terra e a desejar voltar para lá. Respiro um ar diferente e a noite aqui é bem mais bela, parece que sinto as coisas com mais realeza e, quando fecho os olhos, sinto-me, realmente, bem, mas só agora, porque no resto das horas sinto-me uma estrela no meio de tantas outras. Estou a ficar com sono, já são 23:00 horas e apercebo-me de que já devia estar no segundo sono, mas faço questão de aqui estar, ainda.

Elas já devem estar a dormir, mas os rapazes ainda devem estar a fazer das suas. A noite está calma e cada vez estou com mais sono. Vou pôr-me a andar que já se faz tarde e amanhã a manhã vai ser puxada. Não estou com pachorra para aturar os professores, mas assim tem de ser. Boa noite.

Quinta-feira 7 de novembro Último dia, aqui. Infelizmente e felizmente. As aulas, ontem, foram boas, porque fizemos atividades divertidas e rimo-nos muito com os professores.

Estou um pouco arrependida de não ter vivido melhor estes dias passados. Aqui não existem problemas para enfrentar, mas na mente sim, e isso impediu-me um bocado de viver sem receios. As aulas foram fixes e os professores foram excelentes

connosco,

era

raro

queixarem-se

do

mau

comportamento, mas, claramente, houve muitas faltas de 8

atraso, sem isso esta turma não seria o 7.º I. Os minutos passados nas salas foram bons, porque são diferentes do que na Terra, aqui há mais motivação e parece que tudo resulta melhor, é inexplicável. Senti-me mal estes dias, mas fui feliz aqui, durante 72 horas, e não sabia.

Está tudo em baixo, falo acerca das raparigas, porque os rapazes estão ansiosos por voltar para a nossa casa chamada Terra. Querem ver miúdas giras, dizem eles. Isto mete piada, mas gostava de que a maioria deles crescesse um bocadinho.

Já abracei basicamente as miúdas todas da turma e sinto grande tristeza no olhar delas por partirmos hoje para o nosso ''Mundo''. Não demonstro tristeza e sorrio, não quero ir abaixo, quero apenas ser um suporte para elas. Na verdade, estávamos aqui só de passagem, tudo na nossa vida passa, e estes dias serviram para encarar isso e muitas outras coisas.

Fui feliz aqui e, realmente, não sabia, mas, as aulas, o convívio e tudo o resto fizeram estas horas valerem a pena.

Vou ter saudades! E deixo este diário aqui para um dia, talvez quando voltar, tê-lo nas mãos e sentir o quanto cresci.

Aprendi

aqui

que

devemos aproveitar melhor os

momentos, porque, realmente, estamos aqui só de passagem.

Agora, a Terra espera-nos, vou sentir falta da minha cama, que não era muito aconchegante, e desta caneta preta que me compreendia tão bem e não se cansava de mim. Ainda nem fui, mas já sinto uma emoção forte e umas enormes saudades.

Até um dia.

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João Braga e José Carlos Sousa

12 de novembro de 2015 Querido diário Estamos muito entusiasmados com a ideia de estarmos a Lua. Achamos interessante descobrir o que possa existir no espaço. É o nosso primeiro e já

três dias. Temos um quarto para cada um.

Depois de arrumadas as coisas, fomos almoçar

com

os

professores.

Foi

interessante conviver com pessoas mais velhas do que nós. Fomos jantar ao MCDonalds Luna, os professores não acharam muita graça, mas fizeram-nos a vontade.

13 de novembro de 2015 Hoje é o nosso segundo dia na Lua, está a ser empolgante conhecer a vida aqui, fomos visitar o Museu de Estrelas e almoçámos no hotel. A comida cá é muito estranha, não tem nada a ver com a comida de Portugal. À noite fomos à discoteca da Silverlight e regressámos à meia-noite, porque, amanhã, vai ser um longo dia, temos de preparar as coisas para irmos embora. Será o nosso último dia na Lua.

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conhecemos o hotel onde vamos ficar os

14 de novembro de 2015 Hoje é o nosso último dia cá, aos professores estão a preparar a nave e nós estamos a preparar as roupas e as lembranças que nos deram, vamos almoçar pela última vez no restaurante da do hotel porque, apesar de ser estranho, é bom.

Já estamos na nave, a caminho de Portugal, aproveitamos para escrever mais um pouco, agora vamos cruzar todo o sistema solar, reviver as imagens bonitas que lá existem e vislumbrar a Terra, de cá de cima é incrível! Até breve, voltaremos a encontrarnos no planeta azul.

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Inês Silva Querido diário Acabei de regressar da Lua, vou contar-te os três dias bem passados no nosso satélite natural. e sentia-me mais motivada. Aquele lugar

fazia-me

sentir

especial

e

pensava viver um sonho que jamais tinha imaginado.

Cada vez que entrava na sala, apercebia-me de que estava feliz e que realmente não poderia estar melhor. Sentia alegria nos olhares, que me transmitiam felicidade, nas gargalhadas que as pessoas que mais adoro exprimiam. Os tempos livres eram passados a observar o nosso outro mundo, a Terra, que abandonámos durante três dias. À noite observávamos tudo, os planetas, as estrelas, tudo vivemos com intensidade.

Por vezes, contudo, a tristeza aparecia e as saudades aumentavam. O convívio melhorou de dia para dia, mas não me dei totalmente com certas pessoas, nem elas mesmas fizeram um esforço para isso acontecer, mas enfim … passei, muitas horas com a Bruna e com a Inês Saraiva, foram boas companhias e são umas amigas impecáveis.

No terceiro e último dia, sentia toda a turma desanimada e, assim sendo, a viagem foi uma seca, porque ninguém alinhava em contar anedotas e fazer cenas divertidas.

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As nossas aulas eram invulgares

Aquele lugar era mágico e perdeu a magia quando de lá saímos.

E assim me despeço, querido diário, com uma grande tristeza no coração e já com muita saudade dos mil momentos vividos na Lua.

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Fátima Calisto e Jéssica de Jesus Primeiro dia, quinta-feira,12 de novembro Estamos entusiasmadas com o primeiro dia na Lua, aqui tudo é bastante diferente e os

Apercebemo-nos de bastantes olhares interrogadores

que

se

dirigem

à

nossa

presença.

Chegámos bastante cansados, por isso decidimos comer e depois dormir.

Segundo dia, sexta-feira 13 de novembro Mal acordámos, fomos tomar o pequeno-almoço e, de seguida, fomos conhecer melhor a Lua. Mostraram-nos muitas coisas interessantes e ficamos a conhecer melhor este satélite natural.

Foi um dia bastante agitado.

Terceiro dia, sábado 14 de novembro Este é o dia da partida, todos nós temos de fazer as malas.

Soubemos que alguns alunos prepararam uma festa de despedida.

Apesar de estarmos tristes por ir embora, estamos felizes por ver a nossa família de novo.

Beijinhos <3 14

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alunos são autênticos gigantes.

Juliana Barbosa O dia Querido diário Foi o melhor dia da minha vida, pois a professora propôs-nos uma experiencia única! turma ficou eufórica com a notícia, pela primeira vez vamos ter aulas na lua, dormir juntos, vai ser o máximo! Claro que os dormitórios vão ser divididos, raparigas num lado e rapazes noutro, acho que isto vai parecer um colégio privado. O que interessa é que amanhã estaremos a caminho da Lua, vamos também ficar famosos, muita gente vai ter inveja e perguntar “Por que motivo não foi a minha turma?” Ah! Ah! Ah! Quando estivermos a caminho, vou esconderme e escrever nas tuas páginas, sobre a viagem, a vista e como a turma está a reagir. Assim me despeço. Até amanhã.

A caminho (1.º dia) A turma está excitada, primeiros alunos a ir à Lua! A vista é uma das coisas mais surpreendentes que já vi, já estamos a chegar e vamos ter as primeiras aulas. Tão emocionante!

2.º dia Já acordei, não dormi muito bem, pois as camas não são confortáveis. Também não é confortável sentir saudades da família. Agora vou-me maquilhar, vestir-me e ir para as aulas. Vou ter aula com a DT, não quero chegar atrasada, por isso, até já.

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Ela disse que íamos passar três dias na Lua. A

As aulas já acabaram, estou escondida debaixo da cama para ninguém me ver a escrever, tenho medo do que eles pensem. Tem sido uma estadia cansativa, por isso vou dormir e sonhar com isto, amanhã é o último dia, temos de aproveitar ao máximo, por isso, até amanhã.

Esqueci-me de te dizer, a comida vem em sacos especiais, é estranha, não é boa como a comida de casa, não estamos habituados!

3ºdia Só temos aulas de manhã, à tarde já vamos regressar à escola Frei João, na verdade, as saudades já apertam. Vou para as últimas cinco aulas na Lua, acho que também vou sentir falta disto, da folia, dos medos, de dormir com as minhas amigas. Até já, quando estivermos a arrumar as nossas malas, vou escrever mais um pouco e na viagem também. Assim me despeço.

Acabaram as aulas, eles estão a arrumaras suas coisas, eu adiantei isto de manhã, também cheguei um bocado atrasada, mas penso que a professora de Matemática me perdoou. Por um lado, estou feliz por já ir embora, por outro lado, não. Tem sido uma experiência única e de se aproveitar. Somos uma turma com sorte, uma turma única.

Estamos, mais uma vez, na nave, nestas cadeiras, que me fazem doer as costas, mas, quando olho pela vigia, esqueço-me das dores. Vejo uma coisa que só podia, até agora, ver nos livros e na Internet. Até fico com lágrimas nos olhos. Tenho de parar de escrever, não te quero molhar.

Só posso estar feliz por ter vivido esta experiência, os rapazes não mudaram nem um bocado, sempre a fazer coisas, digamos, “de rapazes”.

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Quando chegar à escola escrevo mais um pouco, as últimas palavras, pois a professora quer estas páginas.

Acho que vivia isto mais vezes. Espero que um dia se repita, gostaria muito, vou ter saudades tuas, querido diário. A professora está a recolher os diários.

Assim me despeço com amor e carinho, gostei de partilhar contigo as minhas emoções durante estes três. Vou ter saudades!

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Pedro Cerqueira, Nuno Passos e Sandro Moura

Diário de bordo - dia n.º 128 - Astronauta Pedro Hoje em dia, as explorações estão cada

vez

mais

difíceis.

Ontem,

encontrámos vestígios de seres vivos que se pensava estarem extintos, mas agora

uns

ruídos

estranhos,

quase

indescritíveis, estamos cheios de medo e não sabemos o que fazer.

O Sandro já adormeceu e o Nuno também já está quase a deixar-me… Estou de vigia até às 7:00 horas da manhã terrestres.

Bem, hoje o dia foi longo e estou exausto.

Diário de bordo de bordo - dia n.º 129 - Astronauta Nuno Hoje, o Sandro foi o primeiro a acordar. Também não era de admirar, foi o primeiro a adormecer! Fomos para as grutas analisar melhor os vestígios encontrados, mal saímos da nave, identificámos umas pegadas estranhas, como se fosse de um animal pesado e com uns pés enormes, o que é de estranhar, porque na Lua quase não há gravidade.

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não há certezas. Ultimamente, ouvimos

O Sandro desapareceu e não fazíamos ideia onde pudesse estar!

Pensámos

que

seria

outra

partida

sem

graça!

Provavelmente estava dentro da nave para nos pregar um susto.

Mas acabámos por ir procurá-lo, pois encontrámos gotas de sangue a flutuar na nave. Ficámos preocupados. Tentámos comunicar com ele, mas não recebemos sinal algum.

Diário de bordo - dia n.º 129 - Astronauta Sandro Estive na nave à espera do Pedro e Nuno. Quando chegaram, pensei em pregar-lhes um valente susto. Eles estavam a fazer uns ruídos estanhos, idênticos aos que ultimamente temos ouvido.

Acabei por pensar que eles é que me iam pregar um susto a mim.

Admito que fiquei com um bocado de medo. Ganhei coragem e fui à procura deles. Até que encontrei uma criatura pálida, magra, mas pesada, do tamanho de uma criança, com uma aparência que nunca vi antes! Atacou-me sem eu o ter ameaçado ou sequer pensado em tal coisa!

Acordei numa cápsula que parecia um casulo de borboleta, até que o Pedro e o Nuno me resgataram, sem eu e eles sabermos o que se tinha passado. Decidimos abortar a missão e voltar para as nossas famílias, sem saber que criatura era aquela! Até hoje não fazemos ideia!

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Inês Marques 1.º dia Querido diário, hoje começa mais uma semana.

Encontro-me no

interior de uma nave espacial que me levará,

juntamente

com

os

meus

colegas do 7.ºI, à Lua. Estamos todos tempo, muito felizes. Voltarei a contar pormenores.

Depois de muitas horas de vigem, finalmente chegámos. Peguei na minha mochila e juntei-me aos outros. Antes, pensava que a Lua era apenas um corpo celeste secundário, mas enganei-me. Isto é lindo e as pessoas são muito simpáticas. Tudo é mágico!

2.º dia Querido diário, ontem foi uma confusão! A Bruna e a Juliana quase se mataram, para ver quem ficava com a cama de cima do beliche! Depois dessa confusão e de termos arrumado as nossas coisas, fomos para uma sala, onde teríamos aulas. Como no final do dia já estava cansada, deitei-me na cama e acabei logo por adormecer ao som de Blink-182. Agora, estou sozinha nos dormitórios, acabei tarde e fiquei a acabar de me arranjar para ir ter com os outros. Aproveitei para escrever. Mudando de assunto, já tenho saudades deles, quero dizer, da minha família, não quero nem imaginar o momento em que os perder. Estar longe faz-me pensar 20

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um pouco nervosos, mas, ao mesmo

nestas coisas. Bem, tenho de ir e, então, aqui me despeço. Volto quando puder.

Finalmente, voltei. Já estava cansada, fartámo-nos de trabalhar nas aulas. Só agora me apercebi de que amanhã á regressaremos a casa. Fico um pouco triste por isso. Tem sido uma ótima experiência, apesar de também já ter saudades. Voltarei a escrever amanhã. Até lá.

2.º dia São, agora, 9 e meia, estamos prestes a entrar novamente na nave. Estes três dias foram fantásticos. Grande oportunidade que a professora nos deu. Por falar nisso, ela já está a recolher os diários.

Então, estas são as minhas últimas palavras. Se alguém, além da professora, ler isto, só quero dizer: aproveita todos os momentos da tua vida, não deixes que a timidez ou o medo te faça recuar. Solta-te e sê feliz!

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Inês Saraiva, Luce Santos e Mariana Pinhal

1.º dia Querido diário, estamos a passar uns dias na Lua e está a ser uma experiência que nunca pensamos viver. que

chegámos,

ficámos

admiradíssimas com o que vimos. Tivemos suma receção fantástica, com um farto almoço. No fim da refeição, subimos para os nossos quartos.

Tínhamos de nos preparar para conhecer o astronauta que nos iria mostrar a cidade mais importante da Lua. Não temos palavras para descrever o que ele nos mostrou, a beleza dos lugares que visitámos. Só mesmo vendo!

Por hoje é tudo. Até amanhã.

2.º dia É o segundo dia aqui na Lua e isto está cada vez melhor! Nota-se a felicidade no rosto de todos os nossos colegas de turma. Aqui as aulas são muito mais divertidas do que na Terra.

Fomos todos ver um filme, até ficámos admiradas, pois estiveram todos calados, o que nunca acontece!

O último dia aproxima-se! Isto vai deixar saudades! Amanhã voltamos a escrever.

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Assim

3.º dia Hoje foi o nosso último dia. Houve uma festinha de despedida preparada pelos astronautas que nos receberam. Gostámos muito! Foram simpáticos! Adorámos estes três dias e esperamos voltar cá. Em breve regressaremos à Terra. Até à próxima!

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