Episódios na vida de um jovem gato - EB Benguiados

Exploração da obra:

Escola Básica de Benguiados Turma: 4.º ano Professora titular: Ana Carolino Professora bibliotecária: Ana Mafalda Damião Agrupamento de Escolas Frei João de Vila do Conde

Planificação

- Apresentação da biografia da escritora Raquel Ramos.

- Exploração da capa do livro.

- Leitura dos primeiros quatro capítulos da obra.

- Exploração dos quatro capítulos lidos: construção do retrato físico e psiocológico da personagem principal; local em que vive, com quem vive e o que aconteceu (problema que fará avançar a história).

- Esquematização do que poderá ter acontecido à personagem depois da fuga e durante o ano e meio em que esteve fora de casa, com quem poderá ter estado, o que aprendeu a fazer.

- Construção de textos narrativos individuais e orientados: Título escolhido pelos alunos: As aventuras de um gato fugitivo Introdução - fuga do gato Desenvolvimento - o que viveu durante o período em que esteve fora, quem conheceu, o que fez...

Conclusão – regresso a casa – porquê?

- Seleção das histórias para a criação de um ebook e impressão para oferta à escritora.

- Encontro com a escritora Raquel Ramos.

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Episódios da vida de um jovem gato, de Raquel Ramos

O que sabemos depois da leitura dos primeiros quatro capítulos: Retrato físico

Retrato psicológico

- branco

- sabe falar/ler

- olhos azuis

- brincalhão

- consegue falar

- esperto/sabichão

- ágil

- personalidade forte

- felpudo - grande

- corajoso - curioso - aventureiro - resistente

Onde vive

- numa casa grande com barras amarelas (no início da história vive dentro de casa e depois no jardim e no anexo)

Com quem vive

O que aconteceu

- mãe dele

- nascimento da bebé

- mulher (dona)

- os gatos têm que ir viver para o anexo

- homem (dono)

- a gata mãe pode dormir na casa muitas vezes

- três princesas

- as meninas já não lhe ligam

- da leitura percebemos que houve um período em que viveu com um pescador-poeta

- a dona dá-lhe um pontapé

O que sabemos: depois da fuga

- tinha colegas gatos - gostava de uma gata malhada

- um ano e meio

- falar

- um pescadorpoeta e…

- ler - escrever

- sujo - desgrenhado - dorido/magoado - cansado - inseguro

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As aventuras de um gato fugitivo

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Depois de fugir, para se alimentar, o gato procurava comida nos latões do lixo e foi aí que o pescador-poeta o encontrou, num dia em que regressava a casa.

Quando viu aquele gatinho lindíssimo de olhos azuis e pêlo comprido, tirou uma sardinha que levava no balde e atirou-lhe-a, para o atrair para o seu barracão.

Foi assim que o gatinho foi adotado e durante um ano viveu com o pescador-poeta, que o ensinou a ler e a escrever.

Um dia foram pescar e veio uma onda enorme. O gato fugiu mas, o pescador escorregou numa rocha e magoou-se. Uma senhora que andava no muro a ver o mar chamou a ambulância e, com o barulho, o gato assustou-se e fugiu. Uns rapazes atiraram-lhe pedras e ele fugiu para tão longe que se desorientou.

O gatinho, sujo e com fome, percorria as ruas à procura de quem cuidasse dele mas, com aquele aspeto ninguém o queria.

Já estava tão triste que decidiu regressar à casa das princesas.

Demorou muito a chegar lá mas, quando chegou foi muito bem recebido. Deram-lhe muita atenção, até mais do que à mãe dele, e as princesas nunca revelaram o seu segredo – sabia ler e escrever.

Diogo

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Num dia de inverno muito frio, um gato branco, de olhos azuis e bastante peludo, agilmente trepou a uma árvore já despida, que alcançava o muro da casa de barras amarelas. Apoiou-se num ramo e fugiu, saltando o muro.

Foi procurar a gata malhada, a gata que ele mais gostava e a quem chamavam a gata da ponte por isso, foi lá que a procurou.

Desafiou-a, a ela e aos outros três gatos que viviam no portão da D. Amélia a irem com ele viver uma aventura.

E assim começou a aventura dos cinco.

Iam para sul quando viram um carro preto com a mala aberta.

Saltaram para lá e esconderam-se bem no fundo. A dona do carro fechou a mala e foi para Vila do Conde fazer uma entrega de peças para um barco. Quando ela abriu a mala, com o cheiro dos peixes, os gatos saltaram para fora.

Como não viam peixe por ali começaram a andar até que a gata viu dois barris cheios e atirou-os ao chão. Comeram tudo. Depois, arrrastaram cartões, bocados de rede, de algodão, papéis e um lençol estragado que estava no chão e fizeram uma cama para todos dormirem.

No dia seguinte já estavam numa casa, à beira de uma lareira, no sofá, com comida e água. Era a casa de um pescador.

Passou um ano e, nesse dia, a cidade estava debaixo de uma tempestade e estava tudo inundado.

Na televisão avisaram que ia haver um tsunami. O pescador pegou numa grande bolsa com buracos, meteu os gatos lá dentro, e levou-os para Coimbra. Lá não havia chuvadas e o pescador abriu o saco e deixou-lhes comida e água e foi-se embora. O gato tentou impedir que ele partisse, porque sabia que não era seguro mas, ele foi e acabou por morrer afogado.

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Em Coimbra era onde estava a casa com barras amarelas mas o gato nĂŁo foi para lĂĄ.

Durante 6 meses vagueou pela cidade e passava muito tempo empoleirado nas janelas das escolas. Foi assim que aprendeu a ler e a escrever.

Um dia decidiu regressar Ă casa de barras amarelas e quando as meninas viram que ele sabia ler e escrever juraram guardar segredo.

Tatiana

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Depois do gato fugir foi ter com os colegas e perguntou-lhes pela gata malhada. Soube que ela estava numa casa velha e foi lá ter.

Quando a viu perguntou-lhe: - Queres vir comigo viver uma aventura?

- Claro que quero. – respondeu a gata muito contente.

E lá foram a caminho de uma praia para pescarem um bom peixe.

Quando anoiteceu deitaram-se na areia e adormeceram. Nesse momento passou por lá o pescador-poeta que quando os viu disse baixinho: - Não pode ser, tenho que os tirar dali.

E assim o disse, assim o fez e os gatos quando acordaram já estavam noutro sítio.

O gato quando viu o pescador-poeta a escrever e a ler ficou tão fascinado que ele perguntou-lhe: - Querem aprender a escrever?

- Sim, por favor. – responderam eles.

- Mas primeiro quero saber há quanto tempo estão fora de casa. – disse o pescador.

- E como sabes que estou fora de casa?! – surpreendeu-se o gato.

- Porque tens uma coleira.

- Ah! Pois é. Já estamos fora de casa há muito tempo, um ano.

O pescador ensinou-os a ler e a escrever e depois disso eles partiram mas, embora fosse verão, no caminho caiu uma chuvada tão grande que eles ficaram todos sujos, desgrenhados, doridos e cansados da viagem.

Por isso, o gato decidiu voltar à casa de onde tinha fugido.

Dinis Neves 8

Eu, o gato, depois de fugir de casa encontrei a gata malhada e perguntei-lhe se ela queria vir comigo mas, ela disse que não.

Então, fui andando pelas ruas e de repente começou a chover.

Abriguei-me debaixo de um carro e adormeci Quando amanheceu continuei a andar, estava com frio e fome.

Passaram-se dias e noites até que eu fui ao rio e encontrei um pescador, que era poeta, e me deixou dormir em casa dele e me deu comida e leite.

Fiquei lá muito tempo e um dia veio uma tempestade tão forte que eu e o pescador-poeta tivemos que ir para um sítio melhor e foi aí que ele me ensinou a ler e a escrever.

Era primavera, vieram os pássaros, as flores e o sol apareceu e comecei a ficar com saudades da minha mãe, dos donos da casa e das princesas. Não queria voltar, porque tinha medo que me dessem pontapés e me obrigassem a dormir fora de casa mas, as saudades eram muitas e voltei.

Quando cheguei à casa das barras amarelas estava todo sujo, desgrenhado, dorido, cansado e inseguro mas, assim que a minha dona me viu, agarrou-me e levou-me para dentro de casa. Trataram-me muito bem e eu pedi-lhes para me deixarem usar o computador.

Renata

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Depois de fugir, o gato andava pelas ruas e encontrou os seus amigos e disse-lhes: - Ui, que frio, onde é que me posso abrigar?

A gatinha malhada perguntou-lhe se ele queria que ela o acompanhasse.

- Si…sim. – respondeu o gato Ficaram juntos durante algum tempo, a gata ensinou-o a ler e a escrever mas, um dia disse-lhe: - Tenho que me ir embora.

- Porquê? – perguntou o gato.

- Porque já tenho saudades da minha casa. – respondeu ela e partiu.

O gato foi caminhando pela rua e viu uma placa que dizia: “Casa do pescador-poeta”.

Entrou e ficou com o pescador durante uns meses mas, um dia também ele sentiu saudades da sua casa das barras amarelas e decidiu voltar.

Despediu-se do pescador e foi-se embora. Nessa noite estava vento e a rua estava cheia de poças de lama. O gato ficou todo sujo, com o pêlo desgrenhado, doía-lhe uma pata, estava cansado e inseguro.

Quando chegou a casa viu que todos tinham saudades dele.

Deram-lhe banho, escovaram-lhe o pêlo e alimentaram-no.

A partir desse dia viveram felizes.

Inês Assunção

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Era uma vez um gato branco, de olhos azuis, que fugiu de casa e encontrou a gata malhada de quem gostava.

Quando ela o viu disse-lhe: - Vem comigo que eu sei de um abrigo.

Levou-o para casa dela mas, a dona disse que ele só podia ficar naquela noite.

Dormiram aos pés da cama, quentinhos, a ronronar.

De manhã teve que ir embora e despediu-se da gatinha: - Adeus gatinha, lembrar-me-ei sempre de ti.

O gato foi andando até à praia e encontrou um pescador num barquinho à vela. Ele disse-lhe: - Olá gatinho. Queres comer?

O gato abanou a cabeça a dizer que sim e o pescador deu-lhe o maior peixe que ele já tinha visto.

Um dia o pescador disse-lhe: - Já que não fazes nada vou ensinar-te a ler, a escrever e a falar.

Demorou dias e dias mas, o gato conseguiu aprender.

Um dia decidiu voltar para a casa de onde tinha fugido.

Estava a chover e quando lá chegou, ia em muito mau estado mas, as meninas assim que o viram gritaram: - GATINHO! Bruna

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O pobre gatinho andava a vaguear pelos campos a tentar encontrar um dono. Passou um mês e outro e ele não encontrava ninguém.

Era inverno, nevava e fazia muito frio quando encontrou uma gatinha linda, às riscas e de olhos verdes.

Ficaram amigos e passaram a andar juntos.

Um dia, seguindo o cheiro de um forno, foram ter a uma casa que mal se via no meio da neve.

Bateram à porta com as patinhas.

O pescador veio abrir a porta e quando os viu meteu-os logo para dentro. Deu-lhes banho, secou-os e depois levou-os para a lareira.

Nesta casa o gato aprendeu a ler e a escrever.

Um dia disse para a gatinha: - Gosto muito de ti e passámos muitas coisas juntos mas, agora tenho que ir porque a minha mãe deve estar aflita.

O gato pediu ao pescador que o levasse à sua antiga casa. O pescador assim fez.

Quando lá chegou, a mãe abraçou-o e disse-lhe que estava arrependida do que tinha feito.

Paulo

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Quando eu fugi, decidi ir ter com os meus colegas gatos. Lá, encontrei a minha amada, a gata malhada. Não fiquei muito tempo, pois não gostava de andar por aí, a tirar comida aos outros.

Era inverno e estava muito frio e eu quase a morrer quando um pescador me salvou levando-me para sua casa. Ele era um pouco estranho, de noite cantava palavras por isso, chamei-lhe “pescadorpoeta”. Com ele aprendi a falar, a ler e a escrever.

Chegou a primavera e começou a ficar um tempo mais quente, o pescador tinha de partir com os seus colegas e disse-me: - Gatinho Bigodes (que era como me chamava), vou para o altomar.

Mal ouvi isso pensei que tinha que partir, tenho um medo horrível de água. Tomei uma decisão… fugir. Bem, afinal já tinha passado… deixem ver…cento e oitenta e quatro dias e meio com ele, era meio ano.

Parti e passei algum tempo a comer os restos que as pessoas deitavam ao lixo quando iam ao Mc Donald’s, a dormir dentro de caixotes de coisas novas que as pessoas recebiam no Natal ou no aniversário e a beber da fonte dos desejos.

Coitado de mim!

Um dia tive sorte, quando estava no caixote do lixo, uma menina viu-me e sentiu compaixão por mim. Pediu à mãe para ficar comigo e eu pensei que ela era um anjo por isso, cantarolei: - Anjooooooo!

E a menina, espantada, perguntou: - O que foi isto?

- Não interessa, - disse a mãe, vamos embora com este lindo gatinho.

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Na casa da menina, já agora ela chamava-se Ângela, acolheramme muito bem. Bebia leitinho fresco todos os dias e era feliz.

Quase a chegar o verão lembrei-me dos bons momentos que tinha passado com a minha mãe, com as minhas donas, com toda a gente. Que saudades!... Então fugi.

Voltei a comer comida dos caixotes do lixo mas comia mais pois, era verão e também havia sobremesas. Eram os gelados que as crianças deixavam cair.

Claro que esta era a parte boa porque a parte má era mesmo muito má. As pessoas pisavam-me muito e, às vezes, chutavam-me… eu andava todo desgrenhado, dorido, sujo e triste.

Parti outra vez. Queria ir para a minha cidade mas não sabia onde era.

Fui andando. Durante o caminho encontrei um gato muito pequeno e fofinho. Aproximei-me dele e perguntei: - Estás perdido?

- Não!!! Achas mesmo!- respondeu-me ele agressivamente.

De repente, apareceram milhares de gatos pequenos e fofinhos.

Um deles disse: - Tu não nos conheces?

- Não. – respondi com medo.

- Ai não? Nós dizemos-te. – gritaram eles em coro.

Claro que eu estava cheio de medo por isso fiquei quieto. No meio deles abriu-se uma fenda e de lá saiu o Chefe que me esclareceu.

- Nós somos o “Gang Rokeiro Fofinho”.

- Ah! Ah! Ah! 14

Depois de me rir, fugi.

Ao longe avistei uma floresta de catos e corri para lá.

Quando saí da floresta estava todo desgrenhado e um bocado ferido.

Depois, novo azar: um lago de lama muito sujo.

Mergulhei e descobri que há lagos muito fundos e que detesto lama e água. Enfim, quando cheguei à costa gostava de ter um espelho, mas pelas minhas patas estava mais sujo do que um porco.

E os azares não tinham acabado. Eu era alérgico a flores e havia uma plantação à minha frente.

- Atchim, atchim, atchim… detesto flores.

Continuei a viagem até que encontrei uma pequena cabana e decidi parar lá para descansar.

Nessa noite sonhei que voltava a casa e os meus donos me acariciavam como se fosse a primeira vez que me viam.

Decidi que a coisa mais certa a fazer era mesmo regressar a casa.

Já era verão e faltava um mês para fazer um ano e meio que tinha fugido de lá.

Regressar implicava que eu tivesse que subir aquela montanha que tinha à minha frente e foi isso que fiz.

A montanha era fria e deixava-me enregelado, já começava a ter tonturas. Era estranho ser verão e estar tanto frio ali mas, como sou um gato e não um cientista não preciso de saber porque é que isto acontece.

Quando cheguei ao cimo estava cansado, desgrenhado, dorido, sujo e sentia fome. Mas dali já conseguia avistar a cidade e, numa das pontas, a casa dos meus donos.

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Quando entrei na cidade fui visitar os meus amigos e a minha amada gata malhada. Depois, segui para a casa de barras amarelas que era linda, a casa onde eu vivi e vou viver.

Quando cheguei arranhei a porta. Abriram-na, olharam para mim e gritaram: - MĂŁe, pai! O gato apareceu!

Fizeram-me muitas festinhas por eu estar no estado em que estava. Adorei.

AHHHHHHHHH! - Agora vou dormir que este leitinho quente fez-me sono.

NĂĄdia

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