Agosto 2012 Número 104 Ano VIII Tiragem 3.000 exemplares
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A tripulação do Siviero III se despede do Terminal Pesqueiro Público de Santos A traineira Siviero III parte em busca de sardinha, após a parada do defeso. Pág. 8
Padre José Myalil celebra missa na Festa de Bom Jesus de Ilha Diana. Págs. 4 e 5
A conservação de peixes-de-bico será discutida no Comitê de Atuns e Afins. Pág. 6
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APAS MARINHAS Três áreas de proteção ambiental (APAS) marinhas foram criadas em outubro de 2008 a partir de decretos assinados pelo governador José Serra (PSDB). O objetivo é disciplinar o uso de recursos ambientais, ordenar a pesca, o turismo recreativo e as atividades de pesquisa. Cada uma das três unidades de conservação tem seu próprio conselho
gestor, composto por 12 representantes do governo e 12 da sociedade civil. Desde sua criação em março, as reuniões têm sido mensais para debater temas relacionados a ordenamento pesqueiro, programas de educação ambiental, pesquisa, proteção e fiscalização. Além dos conselhos foram criadas Câmaras Temáticas nas áreas de Pesca, Planeja-
Gremar reabilita animais marinhos
mento & Pesquisa, e Educação & Comunicação. As APAS pertencem ao grupo de Unidades de Uso Sustentável do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC. Além das três APAS Marinhas também foi criado o Mosaico das Ilhas e Áreas Protegidas que reúne as três novas unidades de conservação e outras já existentes. Informativo APA Marinha Litoral Centro
PEIXES ARPOADOS NÃO DEVEM SER COMERCIALIZADOS Para a pesca profissional — O pescador profissional não tem permissão prevista para utilizar espingarda de mergulho ou arbalete de caça submarinha (Instrução Normativa Interministerial nº 10, de junho de 2011). Para a pesca amadora — O pescador amador, portando licença, poderá capturar peixes (10kg águas continentais estuarinas e 15Kg marinhas, além de mais um exemplar) utilizando espingarda de mergulho ou arbalete, para consumo próprio, sendo proibido qualquer tipo de comercialização (Instrução Normativa Interministerial n° 9, de junho de 2012). Tipos de peixes — São normalmente capturados em costões rochosos, recifes e parcéis, tais como garoupa, badejo, cherne, bonito, cavala, robalos, entre outros.
Reunião das Apas Marinhas acontece no Instituto de Pesca
Desde 2007 a Ong Gremar assistiu 2.135 animais marinhos em situações de risco. A organização se dedica ao resgate e reabilitação de animais marinhos na Baixada Santista,
Rosane, do Gremar, fala sobre resgate de animais marinhos
entre eles, aves, mamíferos e quelônios. A bióloga Rosane Fernanda Farah apresentou um resumo das atividades do Gremar na reunião do Conselho Gestor da Apa
Marinha Litoral Centro, dia 7 de agosto. Os telefones de contato do Gremar são: (13)7807.0948/(11)7806.5381/email: contato@gremar.org.br/www.gremar.org.br
Redes de pesca são aferidas Após a regulamentação do uso de redes em praias na Área de Proteção Marinha do Litoral Centro (APAMLC), estes equipamentos estão sendo inspecionados para avaliar se estão dentro dos padrões exigidos. As normas estão previstas pela Resolução SMA nº 051 de 28/06/2012, que regulamenta as atividades pesqueiras profissionais realizadas com o uso de redes em praias inseridas nos limites APAMLC. A Fundação Florestal –
SMA iniciou as atividades de medição das redes de arrasto de praia na cidade de Peruíbe, dia 27 de julho. A APAMLC e o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos - PEMLS realizaram a parte operacional e logística, enquanto as medições das redes foram orientadas pelo pesquisador científico Luiz Miguel Casarini do Instituto de Pesca. Além dessas entidades, funcionários do IBAMA, ICMBio e Polícia Militar Ambiental também acompanharam a
Defesos Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2005 a 6/10/2015 Mero (Epinephelus itajara) 23/09/2007 a 23/09/2012 Lagosta-vermelha (Panulirus argus), lagosta-verde (Panulirus laevicauda) 01/12/11 a 31/05/1 Sardinha (Sardinella brasiliensis)-15/06 a 31/07/12 - 01/11/12 a 15/02/13
EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br
Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida
medição. Mais de 20 pescadores compareceram ao local, previamente marcado, para as medições. As redes foram caracterizadas, medidas e lacradas para identificar que o petrecho já passou por inspeção, porém não deixa o pescador isento de fiscalizações. A utilização do lacre tem caráter apenas cadastral, para que os dados coletados sejam armazenados em um banco específico da APAMLC, junto com a numeração de cada pescador.
Formas de identificação — É possível identificar se o peixe foi arpoado por meio de perfuração em seu corpo. Penalidades — Para quem pesca acima da quantidade permitida, utiliza petrecho não permitido, transporta ou comercializa produto de pesca proibida, a detenção é de um a três anos ou multa, ou ambas penas cumulativas (Lei nº 9.605, de fevereiro de 1998).
Pratique o comércio e o consumo responsável
Consumidores, comerciantes de pescado e proprietários de restaurantes não comprem peixes oriundos da pesca subaquática profissional ou amadora.
Pescadores de arrastão esperam resolução
APA Marinha Litoral Centro - Tel.: (13) 3261-3445 - apamarinhalc@fflorestal.sp.gov.br
Pescadores de arrastão que costumavam praticar essa modalidade de pesca na Baía de Santos aguardam definição de órgãos públicos para retomar à atividade. Toninho Giufrida, pescador há 19 anos, e cerca de 20 pescadores de sua equipe, esperam que a adoção da resolução SMA no 51 de 28/06/2012, que se aplica à
Área de Proteção Marinha do Litoral Centro-(APAMLC) se estenda à Baía de Santos. A resolução estabelece novas regras, mas não proíbe a pesca de arrastão. Na reunião de 7 de agosto do conselho gestor da APAMLC foi elaborada moção para o Ministério da Pesca e Aquicultura, Ibama e Prefeituras de Santos e São Vicente, pedindo
a regulamentação da arte da pesca de arrastão nas praias destes municípios, seguindo a resolução no 51. A próxima reunião da Câmara Temática de Pesca da APAMLC acontece dia 23 de agosto e a do Conselho Gestor dia 4 de setembro, ambas às 9h, no auditório do Instituto de Pesca, na av. Bartolomeu de Gusmão, 192, Santos.
Pescador artesanal:
Procure a Colônia de Pescadores mais próxima para ter sempre sua documentação atualizada. Além de representar e defender os direitos e interesses dos pescadores artesanais relativo ao setor da pesca, as colônias podem: • Requerer ou renovar a licença de pescador profissional (RGP) • Requerer ou renovar a licença e registro de seu barco • Requerer benefícios sociais como: aposentadoria rural, auxílio-natalidade,auxílio-enfermidade, auxílio-reclusão, seguro-defeso
Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992
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Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - belacarrari@hotmail.com Impressão: Impressão:Diário Diáriodo do Litoral: Litoral Fone.: Fone.:(013) (013)3226-2051 3226-2051 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia
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Festa do Camarão na Moranga
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Posse do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca
O presidente da Colônia Z-23, João do Espírito Santo ( 2º à direita), no comando da equipe que realiza a festa
O delicioso camarão na moranga pode ser saboreado em Bertioga até dia 9 de setembro. A festa, realizada há 19 anos pela Colônia de Pescadores Z-23 de Bertioga, oferece um cardápio com frutos do mar, petiscos variados, sobremesas e ainda atrações para todas as idades, como música e brinquedos para as crianças. O evento acontece nos finais de semana, às sextas-feiras com jantar a partir das 19h, aos sábados almoço a partir das 12h e jantar a partir das 19h, e aos domingos almoço a partir do 12h. A festa é realizada na Praça de Eventos com uma vista excepcional da praia da Enseada e do forte São João, no centro de
Bertioga. O evento é realizado pela Colônia de Pescadores Z-23, com o apoio da Secretaria de Turismo da Prefeitura Municipal de Bertioga e Divena. Mais informações no tel/fax: (13) 3317-7836 e-mail: z23colonia@hotmail.com.
Novidades na pesca De 1 a 2 de agosto representantes da pesca artesanal se reuniram no Ministério da Pesca e Aquicultura, em Brasília para discutir novas medidas para o setor. Foi assinado acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e Confederação Nacional de Pescadores e Aquicultores (CNPA). Na ocasião foi apresentada a Instru-
ção Normativa no 6/2012, e também apresentada e assinada a portaria que dispõe sobre a aprovação e expedição do cartão de identificação profissional para pescadores. O novo registro é agora definitivo, como uma carteira de identidade. Ele apenas tem que ser renovado anualmente com a apresentação do relatório anual de produção e pagamento da contribuição sindical.
Festa do caranguejo-uçá Nos dias 25 e 26 de agosto acontece a 5ª Festa do Caranguejouçá em Caruara. O evento será no receptivo Turístico Ambiental da Área Continental de Santos, na avenida Andrade Soares, 150 (Por-
tinho). A iniciativa é do Projeto Integrando gente, ONG Parcel, com apoio da Prefeitura Municipal de Santos. É necessário agendar presença até dia 23/08 nos telefones: (13)3268.1101/9756.4604
epresentantes do setor pesqueiro compareceram à posse do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca, dia 26 de junho, em Brasília.
R
Estiveram presentes o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (segundo à direita), ao lado da presidente da Colônia de Pescadores Z-4 de São Vicente, Maria Aparecida
Nobre, o presidente da Colônia de Pescadores Z-13, de Itanhaém, Luis Beringui, o presidente da Federação dos Pescadores do Estado de São Paulo, Tsuneo Okida.
Baseado em Santos, SP, o NUTECMAR (Núcleo de Tecnologia Marinha e Ambiental), com equipe formada no Instituto Shirshov de Oceanologia, da Academia Russa de Ciências, presta serviços de inspeção com ROV e capacita pilotos para operarem os robôs subaquáticos em qualquer situação, inclusive em fazendas marinhas e parques aqüícolas. ROV é a sigla em inglês para “Remotely Operated Vehicle”
(Veículo Remotamente Operado). Trocando em miúdos, os ROVs são submarinos não-tripulados, operados à distância por um piloto na superfície. O emprego mais conhecido desses robôs subaquáticos acontece no mercado offshore de exploração de petróleo e gás, onde são encarregados de realizar vistorias e montagens de equipamentos a grandes profundidades. Mas há muitas outras aplicações da robótica subaquática,
como a inspeção de pontes, barragens, represas e condutos e turbinas de hidrelétricas, inspeções de cascos de navios e pesquisas científicas.
A programação técnico-cientifica do IV Festival Internacional do Camarão da Costa Negra, que se realizará na segunda quinzena de novembro na Fazenda Cacimbas, em Acaraú, Ceará, irá abranger oficinas sobre larvicultura e engorda, boas práticas de manejo, sanidade pesqueira, legislação ambiental, produtos de origem e, este ano, também imunização e vacinação de tilápias, diz o empresário Livino Sales, idea-
lizador e promotor do festival. Este ano será dado enfoque especial ao setor pesqueiro de um modo mais amplo com palestras sobre vacinação e imunização de tilápias, plano estratégico de sanidade pesqueira e aquícola, boas práticas de manejo na carcinicultura, perspectivas e oportunidades da piscicultura no Brasil e nova legislação ambiental e seus impactos na carcinicultura. Reunião da
Câmara Setorial do Camarão irá acontecer na oportunidade com palestra sobre linhas de créditos para a carcinicultura por técnico do Banco do Nordeste. Também estarão em pauta a comercialização de camarão no mercado interno e produtos de origem, mostrando a agricultura, gastronomia e turismo como ferramentas de desenvolvimento regional. Mais informações: jrangel@secrel.com.br
Cursos de operação de robôs subaquáticos
Saiba mais: NUTECMAR Av. dos Bancários, 76, cj. 14 Ponta da Praia - Santos - SP - Brasil CEP: 11.030-300 - Tel.: (13) 3345-6766 www.nutecmar.com.br nutecmar@nutecmar.com.br Facebook - Youtube - Twitter
Ceará realiza Festival do Camarão
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Coluna Embraport inicia fase pré-operacional Ouvidoria Embraport: Está disponível um novo canal de atendimento ao público: o 0800 Embraport. Trata-se de uma forma não-escrita de comunicação entre o público e o empreendimento que vem se unir ao Fale Conosco, canal escrito disponibilizado através de um formulário presente no website corporativo www.terminalembraport.com.br. O objetivo é estabelecer um meio de comunicação eficiente para o envio de sugestões, pedidos de informação e reclamações. A Ouvidoria, além de receber sugestões sobre situações diversas – da participação em um evento à realização de um programa social, por exemplo – também serve como um canal direto de comunicação para o pedido Cerca de 72% de informações gerais sobre das obras da a empresa, como contato com primeira fase já áreas, status operacional, etc. estão concluídas No caso específico de reclamações, a Ouvidoria deve ser acionada quando da ocorrência de um problema que esteja de fato relacionado à empresa, que deverá apurar e responder ao reclamante. É importante lembrar que estes canais de Ouvidoria não devem ser usados para envio de currículos. Para isto, existe uma área no website, chamada Trabalhe Conosco, especialmente destinada para divulgação de vagas e cadastramento de currículos. Estúdio 58
A Embraport inicia neste segundo semestre a fase pré-operacional do empreendimento. A poucos meses de inaugurar sua infraestrutura para atracação de navios, o Terminal, que ainda está em obras, foca suas atividades nas áreas de Serviços, Tecnologia e Operações, mantendo o compromisso com a Sustentabilidade e a Segurança do Trabalhador. A fase pré-operacional corresponde às atividades já relacionadas diretamente com o foco de negócios da Embraport – que é a operação e armazenagem de contêineres e granéis líquidos. Os equipamentos portuários necessários à movimentação de contêineres no cais no pátio já foram adquiridos. Além disso, o terminal está com investimentos a todo o vapor na área de Tecnologia, a fim de proporcionar segurança e eficiência em suas operações. Para que tudo isto aconteça, é fundamental recrutar pessoas motivadas a aprender. Até o final deste ano, serão cerca de 180 vagas de trabalho, das quais 134 destinadas à área operacional a partir de outubro. Currículos são aceitos somente mediante cadastramento na área Trabalhe Conosco do site www.terminalembraport.com.br, onde também podem ser visualizadas as vagas existentes.
Ouvidoria Embraport: Telefone: (0800) 362-7276 Website: www.terminalembraport.com.br/por/fale-conosco Sobre a Embraport:
O terminal começará suas operações no primeiro trimestre de 2013 com 350 metros de cais e 50 mil m² de retroárea para armazenagem de cargas em geral, a partir da chegada da primeira encomenda de equipamentos para a movimentação de contêineres. Até outubro de 2013, outros 300 metros de cais serão entregues, ampliando a extensão de atracação de navios para 650 metros e a retroárea para 207 mil m², com capacidade de movimentação anual de 1,2 milhão de TEU e 2 bilhões de litros de granéis líquidos. A segunda fase do empreendimento ampliará o cais para o total de 1.100 metros de comprimento e a retroárea para 342 mil m², aumentando a capacidade anual para 2 milhões de TEUs, além de 2 bilhões de litros de granéis líquidos.
Bom Jesus abençoa
FASE 1 - 530.000 m² de área total - 650 m de cais e 1 píer - 60 mil m³ de tancagem de granéis líquidos - 207 mil m² de retroárea para armazenagem de cargas em geral - Capacidade anual: 1,2 milhão de TEU e 2 bilhões de litros de granéis líquidos
Padr Wan
Hoje, a festa em louvor ao santo padroeiro da Ilha Diana atrai turistas de diversas cidades da Baixada Santista. Localizada na área continental de Santos, a ilha fica apenas a 20 minutos do centro de Santos, acessível por barca que sai atrás da Praça da Alfândega, junto à Praça da República. A comemoração para a comunidade aconteceu dia 6 de agosto, dia do santo. Em 11 e 12 de agosto, o evento foi aberto ao público, com missa realizada pelo padre José Myalil Paul, da Catedral de Santos. O tradicional festival gastronômico tinha a tainha na brasa como atração principal, mas muitos moradores prepararam suas especialidades em frutos do mar e sobremesas. Maria Goreth, comerciária, moradora em Santos, veio pela primeira vez ao local especialmente para conhecer a festa. “Sempre vejo na televisão, resolvi
Local e
PROJETO FINAL - 848.500 m² de área total - 1.100 m de cais e 2 píeres - 60 mil m³ de tancagem de granéis líquidos - 342 mil m² de retroárea para armazenagem de cargas em geral - Capacidade anual: 2 milhões de TEU e 2 bilhões de litros de granéis líquidos
Informações da Área de Comunicação da EMBRAPORT - email: faleconosco@terminalembraport.com.br
conhecer de perto” Costa veio com os festa e aproveitar p domingo. Os turist do lugar, uma vila e trânsito de carr lugar para se visit descobriram isso, e se multiplicam pel queiram apreciar c de prosa com a com ao horário de cheg cetsantos.com.br/tr A festa de Bom Sociedade de Melh da Prefeitura, Emb
Augusto Pérez Montano - Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo.
Quando se fala em q o assunto se restringe ape la e se conserva o pescado to inócuo e de qualidade selecionar o local de cap este processo e evitar qu outros fatores devem ser captura e a aplicação da A manipulação, o transp operações realizadas em de forma a manter a qu capturado em águas con própria embarcação não a qualidade perdida. Ou
us de Ilha Diana oa todos
A festa atrai turistas de várias localidades da Baixada Santista
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Tradicional morador de Ilha Diana, Hélio de Oliveira França lembra-se das primeiras festas em louvor a Bom Jesus. Nascido em 1941 morou na Ilha até os 16 anos, e voltou depois de aposentado para ficar. Há 18 anos dirige a Lanchonete e Bar da Ilha Diana, com sua esposa Terezinha Lima. “Os primeiros moradores trouxeram a tradição da festa de Bom Jesus de Iguape”, lembra-se Hélio. Muitas famílias saíram de Iguape para morar na Vila Bocaina, em Guarujá, e depois se mudaram para Ilha Diana após a desocupação feita para a construção da Base Aérea de Santos, por volta da década de 30. O antigo capelão da base, padre Ronaldo, um dia sugeriu para mudarem o nome para Bom Jesus de Iguape para Bom Jesus de Ilha Diana. A data oficial da festa é 6 de agosto, dia em que a comunidade faz a missa e procissão. Na semana seguinte a festa é aberta ao público, há 58 anos. “No começo o prato principal já era a tainha na brasa, servida com farofa de mandioca e ovas do peixe”, lembra-se Hélio. “Tinha leilão de prendas e muita brincadeira”, diz com saudade. Hoje Hélio é um dos muitos moradores que também serve pratos típicos durante a festa.
Padre José Myalil ( 2º à dir.) com Wanderley Gomes e esposa Elisa
de perto”, afirma. O casal Rosana e Marco com os três filhos de Guarujá para curtir a oveitar para comemorar o Dia dos Pais, no Os turistas saíram encantados com a beleza ma vila típica caiçara, sem ruas asfaltadas de carros. Afinal, Ilha Diana é um bom se visitar o ano inteiro. Os moradores já m isso, e os pequenos restaurantes e botecos cam pela Ilha, abertos para os turistas que preciar culinária caiçara, sossego e um dedo om a comunidade. Para isso é só ficar atento de chegada e saída das barcas em www. com.br/transportes/barca. de Bom Jesus de Ilha Diana é realizada pela de Melhoramentos de Ilha Diana, com apoio ura, Embraport e Odebrecht.
al e forma de captura influenciam a qualidade do pescado
ala em qualidade do pescado parece que ringe apenas à maneira como se manipuo pescado. Porém, para se ter um alimenualidade é necessário antes de mais nada al de captura. Para se dar continuidade a evitar que o pescado seja contaminado evem ser considerados: a forma como se cação das boas práticas na embarcação. o transporte, o armazenamento, que são zadas em terra, devem ser elaboradas nter a qualidade. Quando o pescado é guas contaminadas ou se contamina na ação não há beneficiamento que melhore dida. Outros fatores como os sociais e
econômicos influenciam sanitariamente a qualidade da carne. O uso inadequado de práticas higiênicas pelo pescador constitui um fator sanitário de grande relevância para a redução da qualidade. O fato está relacionado à ausência de cursos regulares de educação formal ou de capacitação na área da conservação do pescado. Os pescadores repassam seus conhecimentos básicos de pais para filhos, principalmente na pesca artesanal. Na modalidade artesanal o profissional vive com seus próprios recursos, exercendo sua atividade de forma autônoma, individualmente ou em regime familiar, enquanto que o pescador da pesca industrial exerce suas atividades com vínculo empregatício. A pesca industrial pode ser costeira ou oceânica e
utiliza embarcações que podem alcançar áreas distantes da costa, o que favorece a captura de peixes com maior variedade de espécies e tamanho e maior valor de mercado. A embarcação é muito importante na pesca e o seu tamanho determina a quantidade de pescado que pode ser armazenado com segurança. O pescador deve zelar pelo seu barco para que a navegação seja segura e a pescaria seja um sucesso. Ele deve ter em mente que é necessário preservar a vida aquática, porque os recursos pesqueiros cada vez são menores. Existem três regras básicas para se evitar o desaparecimento de peixes, camarões, lagostas, ostras e mexilhões: respeito ao tamanho mínimo de captura, ao defeso e à preservação dos hábitats naturais.
Para a realização da pescaria a embarcação deve ser posicionada em um local onde haja um pesqueiro. Os peixes capturados, imediatamente devem ser colocados em uma caixa com gelo, que neste caso morrem por choque térmico. Para preservar a qualidade da carne é necessário que o binômio tempo/temperatura seja respeitado em todas as etapas pelas quais o pescado passe até a hora de venda. Os animais não podem se lesionar uns aos outros e os manipuladores também não podem se machucar, dessa forma os ferrões e espinhos devem ser retirados com alicates especiais. Quando o pescado apresenta lesões é rejeitado, pois causa repugnância ao consumidor. Na próxima edição iremos abordar outros cuidados a bordo das embarcações.
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Baixada Santista: muito além do turismo de praia Roteiros históricos, religiosos, culturais, arqueológicos, ecológicos, náuticos, de aventura e até mesmo observação de aves, yoga e bike tour. A Baixada Santista vai muito além do turismo de praia. Um passeio inusitado é a visita à Usina e Vila de Itatinga. Começa com uma travessia de rio em barco, e tem sequência num passeio de trenzinho pelo sopé da Serra do Mar, visita à vila histórica e parte externa da Usina de Itatinga, trilha em meio à Mata Atlântica preservada, cachoeira e piscina natural. Tudo isso em um roteiro diferenciado, situado em Bertioga, com muitas informações históricas e ambientais. Saiba mais:Caiçara Expedições Agência de Viagens e Turismo/ www.caicaraexpedicoes.com contato@caicaraexpedicoes.com/tel: (13) 3466.6905/(13) 8142.0151.
Comitê vai cuidar da conservação de peixes-de-bico
O
Comitê Permanente de Gestão de Atuns e Afins será importante fórum para discutir a conservação dos peixesde-bico no Brasil. A proposta foi feita pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, em encontro com cientistas e pescadores esportivos na sede do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) dia 4 de agosto. Na ocasião, representantes da pesca oceânica, que engloba cerca de 40 mil praticantes no país, denunciaram o declínio acentuado do marlim-azul, marlim-branco e sailfish em águas nacionais. Preocupados com a possível extinção da prática do esporte no país, pediram medidas para reverter essa situação. A pesca esportiva, que movimenta a economia e gera empregos, é quase em sua totalidade feita no sistema
de pesque e solte, devolvendo os exemplares ao mar. Uma palestra sobre a situação da pesca comercial e esportiva, e estatísticas do declínio dos estoques dos peixes-de-bico no Brasil foi feita pelos cientistas Alberto Amorim, do Instituto de Pesca de Santos, Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e Eduardo Pimenta, professor da Universidade Veiga de AlmeidaUVA, campus Cabo Frio-RJ. Uma das causas do declínio é a captura dos peixes-de-bico pela frota de pequeno porte, composta por mais de 300 barcos, que visa a pesca de atuns e dourados e pega incidentalmente outras espécies. Os marlins e sailfish, também conhecidos como agulhões, são pegos e comercializados a preços irrisórios, pois sua carne não é muito apreciada, em
O ministro da Pesca, Marcelo Crivella (2º à direita) com cientistas e representantes da pesca esportiva
parte por sua consistência rígida. Os cientistas mostraram a necessidade de evitar a captura dessas espécies, que estão em acentuado declínio. Uma das demandas dos pescadores e cientistas é a proibição da pesca com isca viva de sardinha durante seu período de defeso, que aumenta a captura incidental dessas espécies de marlins e sailfish. A Instrução Normativa Seap no 12/2005 proíbe a comercialização do marlim-branco e azul, porém com a deficiência de fiscalização a proibição não vem sendo respeitada. A campanha para a preservação foi iniciada em 2011 com o lançamento do livro Peixesde-bico do Atlântico, de autoria dos cientistas Alberto Amorim, Eduardo Pimenta e da jornalista Christina Amorim. Diante de todos os problemas expostos, o ministro propôs
a criação do Comitê, em busca de caminhos pacíficos para resolver a controvérsia. “O ministro deve ouvir a todos e procurar conciliar uma solução que também atenda a todos”, acrescentou Crivella. O diretor de Pesca do ICRJ, Lula Bulhões, se mostrou otimista com a proposta de Crivella. “O ministro foi muito positivo”, afirmou. “É importante conservar o peixe e toda a economia que é movimentada pela pesca’, acrescentou. Os cientistas presentes, o diretor de Assuntos de Meio Ambiente do ICRJ, Marco Ribas e o pescador Sandro Lahman, da lancha Mermão, também se mostraram satisfeitos com a atuação de Crivella. O presidente da Ong Vivamar, David Alhadeff, se mostrou otimista com a pronta solução proposta pelo ministro.
As dicas de Agar para um bom bacalhau Pesca, seu foco passou a ser controle de qualidade de pescado. Agar repassa seus conhecimentos na área em cursos e palestras para pescadores e público em geral. De tanto lidar com frutos do mar, acabou levando sua experiência também para a gastronomia. Uma de suas especialidades é o bacalhau. E para preparar um prato gostoso, é importante escolher matéria-prima de qualidade. Veja as dicas da Agar para comprar um bom bacalhau. Depois, é só seguir a receita!
Dicas para comprar bacalhau -Não adquirir bacalhau reembalado, pois esta embalagem propicia a venda de um produto alterado, apresentando quase sempre mais sal que a apresentação inicial. Além de que a etiqueta é de fachada e faltam informações importantes de um rótulo original, que é elaborado pelo fabricante. -No rótulo deve constar principalmente a espécie, a procedência, a validade, o peso, o preço. -Não adquirir bacalhau umedecido, amolecido e com manchas escuras ou avermelhadas, pois é indício de falta de conservação. -Para manter a qualidade, o bacalhau deve ser mantido sob temperatura de refrigeração. Deve ser colocado à venda em pequena quantidade, pois nessa situação fica exposto à temperatura ambiente, o que favorece a perda da qualidade. -Em casa o bacalhau deve ser guardado na geladeira e consumido dentro da validade. -O bacalhau deve ser dessalgado dentro da geladeira e só retirado para a troca de água e para iniciar o procedimento de cozimento.
Bacalhau
A médica veterinária Agar Alexandrino Pérez, formada na Unesp de Botucatu, cidade onde nasceu, sempre se interessou pela qualidade do pescado. Sua especialização nessa área teve início em 1976, ao ingressar no Instituto de Pesca, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. No início se dedicou à aquicultura, que já é voltada para a obtenção de pescado de qualidade. Ao se mudar para Santos, no ano 2000, ainda no Instituto de
Ingredientes: 1 kg de bacalhau salgado e seco ½ kg de batatas cortadas em rodelas grossas 2 pimentões vermelhos grandes 2 pimentões amarelos grandes 6 tomates grandes maduros (sem sementes) 2 cebolas grandes Azeitonas pretas ½ xícara (chá) de azeite extra virgem 6 ovos de codorna cozidos 3 folhas de couve-manteiga sem talo
Preparo: Deixar o bacalhau dessalgando na geladeira numa bacia com água, durante um dia. Trocar a água quantas vezes achar necessário, dependendo do resultado esperado (mais ou menos salgado). Pegar a última água do bacalhau e aproveitar para cozinhar as batatas em ponto firme. Escoar as batatas e reservar. Refogar no azeite, até dourar, 1 pimentão amarelo, 1 pimentão vermelho e 1 cebola bem picadinhos. Reservar este molho para jogar nas camadas intercaladas de bacalhau, batatas, pimentões e tomates. Forrar uma panela grande com as folhas de couve-manteiga, jogar o molho do refogado, e colocar camadas sucessivas de bacalhau desfiado, azeitonas, tomates, cebolas, pimentões e batatas cortados em rodelas. Tampar a panela e deixar cozinhar por 20 minutos em fogo médio. Apagar o fogo, acrescentar os ovos cozidos e regar abundantemente com azeite extra virgem. Servir com arroz branco.
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Dirigentes do sindicato trabalham para trazer melhorias à classe
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Novos horizontes para pescadores
ompletando 67 anos, o Sindicato dos Pescadores e Assemelhados do Estado de São Paulo –Sinpescatraesp se empenha realizar conquistas para os pescadores profissionais da indústria da pesca. A entidade se reuniu dia 27 de julho com associados para comemorar o aniversário e a posse dos novos dirigentes, que vão atuar de 27/07/2012 a 26/07/2016. O presidente, Jorge Machado da Silva, o Cabeção, e o secretário-geral, Edgar Paixão, explicam que depois de quatro meses de debates, foi aprovado o Acordo Coletivo que concede reajuste salarial de 14% para a categoria, com pagamento é retroativo a 1o de fevereiro de 2012. “Agora vamos iniciar os contatos com os armadores e empresas de pesca para negociar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados)”, explica Edgar. Outras reivindicações são a manutenção do vínculo empregatício durante o defeso e ampliações das licenças de pesca para o Estado de São Paulo. Segundo os dirigentes, as licenças de pesca de tainha e polvo são mais direcionadas para o sul e nordeste do país, prejudicando a região sudeste. O presidente também aponta falhas como a falta de incentivo do governo e o excesso de burocracia. Outro problema mencionado por pescadores é a falta de cursos de capacitação na área. Muitos prevêm séria escassez de mão-de-obra num futuro próximo. Saiba mais sobre o sindicato em www.sindicatodospescadoressp.com.br
Jorge Machado, Karen e Alessandro Mundim
A rotina dos barcos atuneiros não tem segredos para Sérgio Machado da Silva, 61 anos, que passou neles grande parte de sua vida. Nascido em São Bernardo do Campo, veio para Vicente de Carvalho em 1954, e ainda moleque pescava de tudo, peixe, caranguejo, siri e até ostra. “Comecei na vida profissional em 1974”, lembra-se. Suas primeiras pescarias foram em barcos de parelhas, sistema de dois barcos pescando com rede de arrasto. “Na época só a pescada era aproveitada, o resto era devolvido ao mar”, conta. “Era tudo exportado para o Japão”, complementa. “Naquela época tinha mais japoneses na pesca”. Há dois anos está aposentado após 42 anos de trabalho. “Vida no mar vicia. A gente fica dependente”, explica. “De uns tempos para cá a pesca ficou difícil”, comenta Sérgio, referindo-se à escassez do peixe e de mãode-obra. “Se não botar molecada nova para estudar não tem mão-de-obra para trabalhar”, alerta o experiente pescador.
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O secretário Edgar Paixão (centro) durante as comemorações de aniversário do sindicato
Há 35 anos no mar, o mestre Dirceu França de Moraes, 51, já foi pescador e armador. Gaúcho, começou na pesca atuneira em sua terra natal. “Na época ganhava muito dinheiro com a pesca”, lembra-se. Hoje, com a escassez do peixe, os salários também reduziram. “Já tive barco arrendado, vim sentir na pele o que é ser armador de pesca”, comenta. “Você chega com o peixe, tem muita gente querendo comprar a preço baixo e a gente não tem para onde correr”, explica. “Fiquei 15 dias com meca no porão, ninguém dava mais de 4 reais o quilo. Não tem como pequeno armador sobreviver”, conclui. Está há quatro anos na pesca do polvo. O barco “polveiro” tem 24 metros de comprimento e leva cinco pescadores e um mestre, 20 mil potes de plástico como armadilha de pesca. Ficam cerca de 12 dias no mar, viajando cerca de 50 milhas em profundidades de 50 a 100 metros. Queixa-se da escassez de mão-de-obra. “Se alguém não se mexer, não vai ter mão-de-obra no futuro para pescar”, avisa. Para ele a formação é muito importante. “O pescador tem que saber cuidar do pescado a bordo, para o produto chegar bom”, explica. “A pesca gira o mundo, gera um monte de serviço”, conclui.
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Agosto 2012
Conheça um pouco da vida dos pescadores profissionais da pesca da sardinha que viajam mais de 20 horas para chegar a um bom pesqueiro
Alexandre Soares D´Avila, 34 anos, nasceu em Guarujá, é mestre da traineira Siviero III, sediada em Santos. Uma de suas funções é de despachar o barco, ou seja, providenciar tudo para a viagem desde mantimentos até combustível. Alexandre pesca desde os 14 anos. “Já gostei mais de mar”, explica. Mas é no oceano que passa a maior parte de sua vida. A traineira parte com 17 tripulantes do terminal e navega muitas vezes mais de 20 horas para chegar a um bom pesqueiro. Lá fazem viagens mais curtas de um a três dias no mar, para descarregar no lugar mais próximo em terra. Depois de cerca de 20 dias voltam para Santos. “A sardinha é vendida de R$0,90 a R$1,30 o quilo”, afirma. “O atravessador ganha mais que o homem que vai para o mar”, conclui.
Altamiro Domingos dos Santos, 50, nasceu na praia do Prumirim, em Ubatuba, e pesca desde 14 anos. É olheiro do Siviero III. Sua função, também conhecida como proeiro, é cuidar da pescaria, escolher a área de pesca. Tudo depende da informação. Vai procurar, pergunta para camaroeiros. ”Proeiro não descansa, fica no sonar, na sonda, escuta movimento pelo radio, vê previsão do tempo”, explica. Gosta de viver no mar, mas os filhos às vezes reclamam da ausência do pai.
Leocádio Mamede Roque, 64, nasceu em Garopaba, SC. Pesca desde 16 anos. Começou na traineira como pescador e trabalhou um pouco em barco de camarão também. “O barco vai onde encontra o peixe”, diz. Saem 9h da manhã de Santos podendo ir para o Rio de Janeiro, numa viagem de 20 horas, ou para Santa Catarina, em 28 horas. Jogam 900 metros de rede em cinco minutos. Depois puxam na carregadeira de três a cinco horas. Guardam o peixe no porão, até completar a carga de cerca de 50 toneladas. Há 40 anos atrás naufragou num barco camaroeiro, e foi resgatado duas horas depois. Ainda assim nunca parou de pescar. “Se eu não trabalhar na pesca, vou trabalhar onde?”, questiona, reforçando que essa é sua profissão. “A vida da gente é tudo isso aí”, diz, apontando para o mar.
Baleia de Bride está exposta na Unisanta O taxidermista Nelson Dreux terminou em julho de 2012 a restauração da ossada de uma baleia de Bride (Balaenoptera edeni) encontrada em Praia Grande em junho de 2011. Para o preparo da peça o artista usou cloro, detergente e água quente. “Tem que sair todo óleo, e contar com tempo bom”, explica Dreux, ao mostrar que
a peça teve que ficar exposta ao tempo para purgar todo o óleo. Antes disso, foi feita uma limpeza mecânica para tirar todos os resquícios de carne. A ossada encontrada compreende a parte superior do crânio. O comprimento máximo registrado da baleia de Bride é o de uma fêmea com 15,5 metros. A peça está em exposição no campus
da Unisanta, na rua Oswaldo Cruz, 277, 3o andar. Dreux já contribuiu com outras peças para o acervo da universidade, entre elas, esqueletos de tartarugas, fragatas, golfinhos e peças taxidermizadas de tubarões, um albatroz e um pirarucu de 1,5 metro. Trabalhando há 14 anos com taxidermia no Museu de Pesca de Santos, Secretaria de Agri-
cultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, enfrentou vários desafios, como o preparo de uma raia-manta com 4,40 metros de envergadura, e uma lula-gigante de 5,49 metros. Agora ele se prepara para a taxidermização de um tubarão-lixa com mais de 2,5 metros de comprimento doado pelo Aquário Municipal de Santos.