JORNAL MARTIM-PESCADOR 118

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Outubro 2013 Número 118 Ano IX Tiragem 3.000 exemplares

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O jornal Martim-Pescador completa 10 anos. Pág. 3

O chef Sílvio Carvalho fala de cozinha regional e internacional. Pág. 6

O geocientista Paulo Matioli exibe fóssil de crânio do Mesosaurus brasiliensis no Museu Joias da Natureza. Pág. 3

Maurício Adinolfi leva colorido especial à Ilha Diana com o Projeto Ultramar. Pág. 8

aniversário da laje

Crianças pintam mural, sob supervisão do artista plástico Alexandre Huber, em comemoração aos 20 anos do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. Págs. 4 e 5


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APAS MARINHAS Três áreas de proteção ambiental (APAS) marinhas foram criadas em outubro de 2008 a partir de decretos assinados pelo governador José Serra (PSDB). O objetivo é disciplinar o uso de recursos ambientais, ordenar a pesca, o turismo recreativo e as atividades de pesquisa. Cada uma das três unidades de conservação tem seu próprio conselho

gestor, composto por 12 representantes do governo e 12 da sociedade civil. Desde sua criação em março, as reuniões têm sido mensais para debater temas relacionados a ordenamento pesqueiro, programas de educação ambiental, pesquisa, proteção e fiscalização. Além dos conselhos foram criadas Câmaras Temáticas nas áreas de Pesca, Planeja-

mento & Pesquisa, e Educação & Comunicação. As APAS pertencem ao grupo de Unidades de Uso Sustentável do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC. Além das três APAS Marinhas também foi criado o Mosaico das Ilhas e Áreas Protegidas que reúne as três novas unidades de conservação e outras já existentes.

Diagnóstico Participativo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Centro (APAMLC)

Na segunda oficina de Diagnóstico Participativo, será apresentado o resumo das discussões da primeira oficina de modo a aprofundar os temas que irão embasar o Plano de Manejo. Os setores envolvidos com o ambiente marinho estão distribuídos em três segmentos: Segmento 1: formado por todos os envolvidos com a pesca artesanal

no mar, incluindo pescadores e grupos familiares. Segmento 2: formado por aqueles que realizam outras atividades econômicas no mar, incluindo pesca industrial e amadora, aquicultura, atividades industriais, turísticas, exploração mineral, transporte, além de associações de usuários. Segmento 3: formado por repre-

Comercialização de pescado em feiras livres (I) As feiras surgiram há muitos anos com a finalidade dos comerciantes venderem à população suas mercadorias, como frutas, legumes, ervas, entre outros. Esse comércio acontecia nas ruas e as mercadorias eram acomodadas em barracas, e em algumas eram comercializados diferentes tipos de peixes. No Brasil existe um baixo consumo de pescado, motivado por razões culturais e socioeconômicas e falta de qualidade nos produtos de feiras livres e entrepostos. A feira livre desempenha um papel social e econômico para pequenos produtores e pescadores. Existe uma crença popular que o pescado vendido em feiras livres é muito fresco, e isto poderia ser verdade se algumas normas fossem respeitadas pelo feirante, em relação à conservação, armazenamento e exposição deste produto para o consumo. As pessoas gostam de comprar o peixe na feira porque trazem para casa o pescado já limpo e cortado da forma que pedir ao feirante, ou seja, em posta, em filé ou inteiro eviscerado. Isto é muito importante, pois as pessoas não gostam de descamar e limpar o peixe em casa. Além do trabalho despendido, muitas vezes o produto exala odor forte que deixa toda casa malcheirosa. Vale a pena lembrar que o pescado inteiro e fresco tem cheiro suave, lembrando a mar. A comercialização só não é maior porque o consumidor muitas vezes ao levar o pescado para casa se defronta com o alimento estragado, EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br

Augusto Pérez Montano - Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo com cheiro forte, ou com sabor amargo, tendo que descartá-lo. Outras vezes, após a ingestão, o consumidor passa mal. Tanto numa quanto na outra situação, o consumidor fica com receio de fazer nova compra, se desestimulando da ingestão de frutos do mar. A comercialização em feiras livres é uma atividade que merece atenção, pois o pescado integra o grupo dos alimentos perecíveis e assim, as ações da Vigilância Sanitária são de extrema importância para assegurar aos consumidores produtos com boa qualidade higiênico-sanitária. É importante ressaltar que o pescado fresco tem olhos brilhantes, pele brilhante sem muco, sem manchas e com as escamas aderidas, guelras de cor vermelho vivo. Quando o pescado apresenta olhos afundados, pele opaca e enrugada com as escamas se soltando, cauda seca, abdômen abaulado, é sinal que o peixe perdeu umidade e, portanto não é mais um peixe fresco. Na próxima edição daremos continuidade ao assunto.

Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida

sentantes de órgãos públicos, institutos de ensino e pesquisa, ONGs ambientalistas atuantes na região, grupos de defesa de minorias, associações de moradores, entre outros. Para mais informações sobre a organização do evento (local, alimentação e transporte) entre em contato com participe.apasmarinhas@ gmail.com ou (011) 3818. 8996.

Congresso aborda especialidades em veterinária De 29 a 31 de outubro acontece em São Paulo o Congresso Paulista das Especialidades. O conteúdo altamente qualificado aborda diversas especialidades que hoje integram a Medicina Veterinária. Serão cerca de 172 palestrantes, entre eles pesquisadores de renome internacional. A área de Aquicultura e Pesca está presente, sob a coordenação dos médicos veterinários Agar Perez e Augusto Perez. Na programação está a Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Linha Pet e Veterinária. O evento acontece no Centro de Convenções Expo Center Norte das 8h20 às 18h. Pavilhões Verde e Vermelho, São Paulo/ BrasilMais informações:(11) 3205-5042/(11) 3205-5028 congressos@nm-brasil. com.br/ www.petsa.com.br

Oficinas de Diagnóstico Participativo 2ª rodada

Segmento

DATA

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28/10/2013

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29/10/2013

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30/10/2013

APA MARINHA LITORAL CENTRO Ocian Praia Clube - R. Comendador Otto Carlos Golanda, 80, Centro Praia Grande Centro Universitário Unimonte - R. Comendador Martins, 52, Bairro Vila Mathias

Governo de SP lança sistema integrado de fiscalização marítima

Um pacote de ações para reforçar a fiscalização e a proteção costeira e marítima do Estado de São Paulo foi lançado dia 15 de outubro. Chamado de Sistema Integrado de Monitoramento Marítimo (SIMMar) foi instituído com a finalidade de sistematizar a autuação integrada entre a Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA), da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), a Polícia Militar Ambiental e a Fundação Florestal (FF) para a proteção da biodiversidade marinha. O governador Geraldo Alckmin, o secretário estadual do Meio Ambiente Bruno Covas e o comandante da Polícia Militar Ambiental Milton Nomura realizaram o lançamento do SIMMar em Ilhabela, com a presença do prefeito Toninho Colucci e o

coordenador de Fiscalização Ricardo Viegas. “Um grande investimento do Estado para intensificar e facilitar o trabalho de proteção da biodiversidade marinha. O SIMMar reúne a criação da Companhia Marítima da Polícia Militar Ambiental, com 51 policiais, o lançamento do Mapa da Pesca Sustentável e a entrega de cinco novas embarcações modernas e adequadas a operação em mar aberto”, afirmou Bruno Covas. A iniciativa prevê ainda o desenvolvimento de sistema de gestão, coleta, armazenamento e espacialização de dados da fiscalização marítima, planejamento integrado (Polícia Ambiental, FF e CFA) das ações de fiscalização e campanhas informativas nas comunidades de pescadores.

Defesos

Caranguejo-uçá (Ucides cordatus) 01/10 a 30/11 (machos e fêmeas) 01/12 a 31/12 (fêmeas) Caranguejo guaiamum (Cardisoma guanhumi) 01/10 a 31/03 Mexilhão (Perna perna) 01/09 a 31/12 Sardinha (Sardinella brasiliensis)-15/06 a 31/07/13 - 01/11/13 a 15/02/14

Moratórias

Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2005 a 6/10/2015 Mero (Epinephelus itajara) 17/10/2012 a 17/10/2015

Troca da carteira de pescador artesanal: -A partir da data de seu aniversário você tem 30 (trinta) dias para solicitar a troca de sua carteira de pescador (RGP-Registro Geral de Pesca). -Procure a Colônia de Pescadores mais próxima, ou o escritório do Ministério de Pesca Aquicultura-MPA para mais informações. -Se perder o prazo, deve comparecer ao escritório do MPA para fazer o registro. Se até 60 (sessenta dias) após a data de seu aniversário a solicitação de troca de carteira não tiver sido feita, sua licença ficará suspensa por 2 (dois) anos. Mais informações no escritório do MPA em Santos: (13) 3261.3278/ ou em São Paulo: (011) 3541-1380 ou 3541-1383.

Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992

Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - belacarrari@hotmail.com Impressão: Impressão:Diário Diáriodo do Litoral: Litoral Fone.: Fone.:(013) (013)3226-2051 3226-2051 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia


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Joias da Natureza

Museu em São Vicente reúne coleções de fósseis, meteoritos, rochas, minerais, conchas e corais, entre outros Entrar no Museu Joias da Natureza é dar asas à imaginação. Observar de perto o fóssil de um ovo de dinossauro, um Hadrossauro que podia chegar a 2,5 metros de comprimento e 700 quilos, nos remete a um mundo distante. A peça, oriunda da China tem 100 milhões de anos. Outras raridades nos contam parte da história de nosso planeta, segundo Paulo Anselmo Matioli, geocientista e mestrando em Geologia pela Universidade de São Paulo-USP. Matioli, 38 anos, começou a colecionar minerais aos cinco anos, e hoje é o gestor de mais de 15 mil itens catalogados vindos de cerca de 190 países que integram o Museu de Ciências Naturais Joias da Natureza no Centro Cultural Argonautas. “É o maior acervo de mineralogia da América do Sul, mas apenas 10% do acervo pode ser visto na exposição fixa do museu, o resto está em reserva técnica”, explica Matioli, que dedicou uma vida para colecionar as amostras oriundas da natureza. Entre tanta variedade, ele ressalta importância de um esqueleto completo de Mesosaurus brasiliensis, animal que podia chegar a um metro, ícone da paleontologia brasileira e

mundial. “Os fósseis dessa espécie encontrados nas bacias africanas e na bacia do Paraná no Brasil provam que todas massas continentais estavam unidas no passado”, explica. A presença do animal, extinto há cerca de 250 milhões de anos, em dois continentes, mostra a existência de um super continente, Pangea (pan=todo, gea=terra), que mais tarde se fragmentou em dois grandes blocos continentais (Laurásia e Gondwana). “O Mesosaurus brasiliensis, de aspecto semelhante ao de uma iguana marinha, não conseguiria atravessar o oceano”, explica Paulo, comprovando a teoria de que os animais habitavam um mar presente nos dois continentes e que depois foi se fragmentando lentamente. Hoje, o museu está localizado na sede da Associação de Desenvolvimento Econômico e Social das Famílias (Adesaf) em São Vicente. “Nossa luta maior é perpetuar esta estrutura e ampliar, temos muito acervo e pouco espaço”, explica Matioli. Um de seus sonhos é expor dois ninhos de ovos de dinossauros guardados na reserva técnica, com uma réplica fidedigna dos exemplares adultos. As espécies são de

um oviraptor de 2 metros de altura e 2,5 metros de comprimento e o outro um Hadrossauro que poderia chegar a 2,5 metros de altura por 4 metros de comprimento. “A partir dos fósseis de ovos reais, queria criar cenograficamente os ovos quebrados com os dinossaurinhos saindo”, detalha. A proposta é que o espaço seja complemento na educação formal realizada em escolas. Alunos da rede estadual de ensino fazem visitas monitoradas ao local através do Projeto Lugares de Aprender da Secretaria de Educação do Governo do Estado de São Paulo. Outros sonhos de Matioli incluíam ter filhos e um mineral com seu nome. Esses já se realizaram. Os nomes das crianças são inspirados em sua paixão por seus objetos de estudo, o menino de 12 anos chama-se Pedro e o outro com cerca de um ano e meio é Petrus. “Quero ter uma menina para dar o nome de Pietra”, complementa. Um mineral azul, encontrado pelo geólogo em Minas Gerais, em exposição no museu, recebeu o nome de Matioliíta. “Meu orientador, Daniel Atencio, me homenageou, dando meu nome ao mineral descoberto”,

Fóssil de ovo de dinossauro de 100 milhões de anos

Réplica do Mesosaurus brasiliensis

explica referindo-se ao professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Todo o variado acervo do museu atrai visitantes de todas as idades entre eles, alunos de escolas estaduais, municipais e particulares em visitas monitoradas, e turistas de várias partes do país e

do exterior. O Museu Joias da Natureza fica na rua Guarany, 70, Parque São Vicente-SV. Abre de segunda à sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h, e sábado das 10 às 14h. Mais informações: (13) 3568.4191 e 99167-5775.

10 anos de Martim-Pescador Seu Enéas Xavier deu o nome de MartimPescador ao jornal

Ciranda Caiçara Através de música, dança e poesia o grupo Percutindo Mundos perpetua a cultura caiçara. A apresentação aconteceu no Sesc de Santos dia 27 de setembro. “O público é convidado a conhecer essa rica cultura, seus poetas, suas histórias e memórias para celebrarem com uma grande ciranda caiçara”, explica Márcio Barreto, coordenador do grupo que apresentou a poética de Flávio

Viegas Amoreira, Madô Martins e Regina Alonso. A cultura caiçara tem origem na miscigenação: o encontro de índios com os europeus e negros que por aqui aportaram. Celebrando a tradição e misturando-a ao novo, o grupo trouxe o fascínio, a leveza e o envolvimento dessa cultura viva e em constante mudança. O público presente assistiu, e depois entrou na dança, formando uma gran-

de ciranda. O grupo é formado por Márcio Barreto (voz, percussão, sopro, dança), Célia Faustino (voz, percussão, dança), Fernando Santos (percussão), Robson Peres (viola erudita), Cristiano Sidoti (trombone, flauta transversal), Rafael Mancini (percussão) e a participação especial de Danilo Nunes. Saiba mais em www.percutindomundos. blogspot.com.

Em outubro, o jornal Martim-Pescador completa 10 anos. A sugestão do nome veio de seu Enéas Xavier, presidente da Colônia de Pescadores Z-23 de Bertioga de 2002 a 2010. Nascido em Bertioga na década de 30, conta que em sua juventude o martim-pescador era sempre seu companheiro nas pescarias. Ele, como muitos artesanais, seguia o pássaro que era indício de águas piscosas. Seu Enéas, orgulhoso bisneto da índia tupiniquim Margarida, cultivava a tradição de uma família de pescadores, como seu pai, Alfredo, nascido na praia de Iporanga em Guarujá. Hoje, como o martim-pescador segue o peixe, seguimos os pescadores artesanais, com o intuito de resgatar sua cultura e estimular a cidadania, com o exercício de direitos e deveres destes profissionais. O jornal ao completar 10 anos, deixa aqui sua homenagem a seu Enéas e ao pássaro que o inspirou.


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Coluna

Embraport promove ações na Ilha Diana

Em comemoração ao Dia das Crianças, a Embraport promoveu, no último dia 12 de outubro, uma festa para as crianças da Ilha Diana, um dos últimos redutos da cultura caiçaca da cidade de Santos.

Os pequenos se divertiram em videogames e assistiram encenações teatrais, narradas por um Contador de Histórias, que interagiu com eles de forma divertida, sensível e lúdica. Além de toda a estrutura, a Embraport ofereceu

lanches, como mini sanduíches, doces, bolos, brigadeiros, jujubas e bebidas em geral. A festa faz parte do compromisso da empresa de investir em ações que promovam a cultura e cidadania.

Cine na Ilha

Outra atividade de enorme sucesso realizada em setembro foi o “Cine na Ilha”, ação inédita que proporcionou aos moradores da Ilha Diana a oportunidade de conhecerem trabalhos do cinema local e nacional. Realizada em parceria com o Instituto Querô, a sessão teve início às 19 horas com a exibição do filme “Carregadores do Monte”, um curta metragem produzido por jovens capacitados nas oficinas do projeto Querô e vencedor do 41º Festival de Gramado (RS). Na sequência, todos assistiram à comédia nacional “Até que a Sorte nos Separe”, dirigida por Roberto Santucci

Luís Felipe capricha na pintura

Alexandre Huber comandou os artistas mirins

e estrelada por Leandro Hassum e Danielle Winits. Os filmes foram exibidos em um telão de 200 polegadas instalado em área externa, ao lado da Igreja Bom Jesus. Além de toda a estrutura, a Embraport ofereceu pipoca, cachorro quente, churros e bebidas. Como continuidade do projeto, os moradores da Ilha foram convidados a participar de uma oficina oferecida pelo Instituto Querô para a elaboração de um curta metragem sobre a história da Ilha Diana. Os interessados se inscreveram no local após o término do evento.

Ouvidoria Embraport: 0800 362-7276 faleconosco@terminalembraport.com.br www.terminalembraport.com.br Pescadores do Marina Barra Clube

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Laje de Santos comemora aniversário com as crianças José Edmilson A.M. Junior

A pintura de um mural marcou as comemorações de 20 anos do Parque Estadual Marinho

O Parque Estadual Marinho da Laje de Santos comemora 20 anos em setembro

As crianças fizeram pinturas em papel ....

De repente, raias, tubarões, baleias foram invadindo os muros do Museu de Pesca de Santos, numa grande variedade de cores. A arte era das crianças, comandadas pelo artista plástico Alexandre Huber no evento comemorativo realizado dia 28 de setembro. O trabalho coletivo de arte, que reuniu cerca de 30 crianças, recriava as imagens dos animais presentes no ambiente do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos-PEMLS, que em 27 de setembro completou 20 anos. Criado pelo Decreto Estadual nº 37.537 de 1993 com 5 mil hectares, teve em 2011 ampliada a área de proteção com a criação do Setor Itaguaçu, com mais 55 mil hectares em seu entorno. “O local é considerado pela maioria como um dos principais pontos de mergulho do país”, afirma José Edmilson de Araújo Mello Júnior, gestor do PEMLS. Isso se deve à grande visibilidade submarina e diversidade de espécies no local. “São

...e no muro do Museu de Pesca

mais de 190 espécies de peixes identificadas, entre eles, o animal símbolo do parque: a raia jamanta” acrescenta Júnior. Este animal pode chegar a sete metros de largura e pesar mais de 1.300 quilos, e aparece com maior frequência entre os meses de maio a agosto. Além disso, as aves também estão presentes, entre elas o atobá-marrom, gaivotão, petrel-do-Cabo, e trinta-réis-de-bico-vermelho. “Outras presenças frequentes nesse ambiente preservado são tartarugas, baleias, pinguins, tubarões e golfinhos”, explica Júnior. Esses animais agora estão retratados no mural do Museu de Pesca, graças ao evento realizado em parceria do PEMLS com o artista plástico Alexandre Huber e o Museu de Pesca. “Com essa ação, é possível conscientizar as crianças, pois além de pintarem, receberam informação sobre as espécies e sua importância”, diz Júnior. Para Huber, que já realizou cerca de 10 murais de temas marinhos na cidade, sempre

com a participação de crianças e adolescentes, é importante conhecer para conservar. “A mensagem que deixo para as crianças é o uso da arte para que conheçam as características e curiosidades das criaturas marinhas, formem o vínculo com o animal adorado, sejam peixes, tartarugas, baleias, tubarões”, exemplifica. Quem quiser conhecer o mural, visite o Museu de Pesca na Av. Bartolomeu de Gusmão, 192, Ponta da Praia, Santos. Mais informações sobre o PEMLS: (13) 3261-7154 / (13) 3261-3445 Email:pem.lajedesantos@fflorestal.sp.gov.br Informações sobre as operadoras de mergulho para visitas ao parque: mergulho@nautilusdive.com.br, tecdivers@uol.com.br, orionsub@ uol.com.br, uniquedive@gmail.com, lancha. pedepato@gmail.com, atmdiver@uol.com.br, cachalotemergulho@hotmail.com, sergio_netto@yahoo.com.br

O Parque Estadual Marinho Laje de Santos (PEMLS) está localizado numa área de 5 mil hectares, que inclui a Laje com 33 metros de altitude, 185 metros de largura máxima e 550 metros de comprimento, e ainda Rochedos conhecido como (Calhaus) e Parceis do Bandolim, do Brilhante, do Sul e Novo. O local fica a 25 milhas náuticas (45 quilômetros) dos principais ancoradouros dos municípios de Guarujá, Santos e São Vicente, litoral centro de São Paulo. O parque é gerenciado pela Fundação Florestal-Secretaria de Estado do Meio Ambiente – sendo o primeiro parque marinho a integrar o conjunto de Unidades de Conservação do Estado.

Pescadores esportivos apoiam pesquisa Associados do Yacht Clube da Bahia e Marina Barra Clube aderem ao Projeto Marlim

Conhecer a biologia dos peixesde-bico e suas rotas de migração são alguns dos objetivos do Projeto Marlim. Para divulgar os resultados de quase 40 anos de pesquisas, o professor Alberto Amorim realizou em outubro palestras no Yacht Clube da Bahia-YCB, em Salvador e no Marina Barra Clube, na Barra da Tijuca-RJ. A ideia é ampliar a parceria com a pesca esportiva, que apoia o projeto realizando o pesque e solte (catch & release) e o marque e solte (tag & release). A segunda modalidade é praticada com a colocação de dois tipos de marcas,

a convencional feita em náilon e a eletrônica. Na convencional, quando o peixe é devolvido ao mar, uma ficha é preenchida com informações referentes ao tamanho estimado do animal e local da pesca, entre outras. Quando o peixe é reencontrado, através do número da marca é possível localizar as informações armazenadas em computador e estabelecer as rotas migratórias e taxa de crescimento no período. A marca eletrônica tipo popup é programada para se desprender automaticamente num período desejado. Ao flutuar na superfície, transmite

dados como trajeto e temperatura da água para um satélite que os envia aos computadores dos cientistas. O Projeto Marlim é coordenado pelos professores Alberto Amorim do Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e Eduardo Pimenta, da Universidade Veiga de Almeida-UVA. Os pescadores se sentiram motivados com a palestra e prometem entrar no “time da pesquisa”, onde fazem parte o Iate Clube do Rio de Janeiro, Yacht Club Ilhabela, Iate Clube de Barra do Una, Iate Clube do Espírito Santo.

Diretor de Pesca do YCB Alexandre Guedes, comodoro Antonio Carlos da Rosa e Alberto Amorim


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Frutos do Mar ao Mediterrâneo

Sílvio divide suas atenções entre a cozinha internacional e a regional

Entre a cozinha regional e a internacional O chef de cozinha Sílvio Carvalho, 47 anos, sempre esteve dividido entre a sofisticada cozinha internacional e a rica cozinha regional. A primeira o acompanha nos diversos lugares onde trabalhou, e hoje no restaurante do tradicional Yacht Clube da Bahia-YCB, em Salvador. Lá coordena uma equipe com dois subchefs (Samuel e Val) e desenvolve a parte de criação com o diretor do restaurante, Eduardo Valente, que viaja muito e sempre traz novas

ideias. “Hoje, principalmente a parte de frutos do mar segue a filosofia mediterrânea de usar os produtos sazonais”, explica. Dos diversos estabelecimentos que dirigiu, o Trapiche Adelaide foi um dos que mais marcou. Durante cinco anos até 2001 trouxe muitas inovações da cozinha contemporânea e a realização de vários festivais gastronômicos com renomados chefs, entre eles: Laurent Suadeau, Claude Troisgros, Luciano Bossegia, Alessandro Segato e Francesco

Carli. Com uma carreira de trabalho em restaurantes iniciada aos 15 anos de idade, sempre gostou de “por a mão na massa” e testar novas receitas. Hoje, no YCB, as sugestões do chef incluem desde pratos tradicionais, como o Steak au Poivre, que foi batizado de Filet “Roland” em homenagem a um antigo restaurante que fez muito sucesso nos anos 80, seguido pelo Camarão Sunflower, servido com abacaxi, curry e creme fresco, e atualmente o Frutos do Mar ao Mediterrâneo, com lagostim, polvo, camarão, lula e

mexilhões grelhados com pimentões coloridos e batatas ao murro. O envolvimento de Sílvio na cozinha regional vai desde a fabricação de queijo coalho em seu sítio à reprodução caseira da carne de sol, tão típica do nordeste. Mas foi em sua terra natal, São José do Vale do Rio Preto, antigo distrito de Petrópolis-RJ, que desenvolveu sua curiosidade culinária. Lá, o pai, descendente de portugueses, plantava de tudo na roça, produzindo cerca de 500 caixotes de chuchu por semana, que abasteciam o mercado do Rio de Janeiro. Com um gosto pela culinária mineira, ao chegar à Bahia em dezembro de 83, aos 18 anos de idade, também se apaixonou pela gastronomia local. Aprecia a carne de sol, que tem uma salga mais leve do que o charque, ficando mais tenra. “É um produto que está sempre presente à mesa do baiano”, explica. “A carne de sol era uma forma de aproveitar a carne fresca que não era vendida na feira, principalmente no interior”, explica Sílvio. “A carne antigamente era aberta em manta, salgada e deixada no sereno à noite, com a temperatura mais fria”, acrescenta. O chef gosta às vezes de prepará-la

em casa, para consumo próprio, com todos os cuidados de refrigeração e higiene. Mas hoje é possível encontrar o produto industrializado, atendendo todas as normas para um produto de qualidade. Sua receita preferida com esse tipo de carne é o escondidinho, que ele prepara com perfeição, e serve acompanhado de queijo coalho. “A culinária tem a ver com a arte”, define ao se referir ao arranjo caprichado dos pratos. “É uma forma também de agradar as pessoas, pensar no bem-estar do próximo”, acrescenta. E o chef, sempre preocupado em produzir receitas que satisfaçam diferentes paladares, tem seu momento de retribuição. Em casa, muitas vezes sua alegria num momento de descanso é saborear um prato trivial como o jiló refogado com carne seca, feito com carinho pela esposa, dona Lene. Quem visitar Salvador, Bahia, e quiser conhecer todas as delícias preparadas no restaurante do YCB, com espetacular vista para o mar, o endereço é: Av. Sete de Setembro, 3252, Ladeira da Barra-Barra. O restaurante é aberto ao público em geral de terça à quinta das 12h às 23h, sexta e sábado até 1h da manhã e domingo até às 18h.

Escondidinho de carne de sol (para 2 pessoas)

Escondidinho de carne de sol com queijo coalho

Ingredientes: 200 g de carne de sol cortada em cubos 350 g de aipim (mandioca) 1 cebola cortada em tiras 1 colher (sopa) de manteiga 1/2 xícara (chá) de leite morno óleo de soja para refogar sal queijo coalho para grelhar melaço de cana

Preparo: Cortar a carne do sol em cubos (não é necessário deixar de molho). Refogar a cebola no óleo de soja e depois acrescentar a carne. Forrar uma forma refratária com o refogado e reservar. Para fazer o purê, primeiro passar o aipim cozido ainda quente no espremedor. Colocar o leite para amornar na panela, acrescentar o aipim, sal e manteiga e bater com vigor. Cobrir a carne refogada que está na forma refratária. Ralar um pouco de queijo coalho e levar ao forno para gratinar. Servir como acompanhamento fatias de queijo coalho grelhadas na chapa com molho de melaço de cana.


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Caiçara do Sol Nascente “Eu sou brasileiro”, Tsuneo Okida costuma afirmar com muito orgulho e um certo sotaque oriental. Nascido em 24 de abril de 1933 em Santos, litoral paulista, o presidente da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo-Fepesp conta como foi a saga de seus pais ao sair do Japão e ter que se adaptar a uma terra estranha. Aqui aprenderam a cultura local e também plantaram suas tradições orientais. Em 1912, Sadami, pai de Tsuneo, chegou ao Brasil. Aos 18 anos de idade, trazia na bagagem a experiência da pesca lapidada na aldeia de pescadores de Kussuna, próxima a Hiroshima, Japão. “Quando chegou ao porto de Santos, a família de meu pai logo estranhou a comida”, conta Okida, se referindo ao sanduíche de mortadela que foi oferecido aos recém-chegados. “Japonês não comia embutidos, não gostaram do sabor e do cheiro”, complementa. De Santos foram para a fazenda Guatapará, na região de Ribeirão Preto, enfrentar trabalho duro na lavoura do café. Os alojamentos e as comidas eram praticamente os mesmos oferecidos aos antigos escravos. Na fazenda havia um armazém onde compravam arroz, feijão e batata, entre outras coisas. Sofriam, pois não havia nenhum lugar próximo para pescar. O irmão de Sadami, Yumitsu, não sabia falar português e um dia se desentendeu com o dono do armazém, e o chamou de bakayaro (yaro=você é, baka=bobo). O português achou que o tio estava pedindo bacalhau e trouxe uma peça para ele. Yumitsu ficou feliz da vida, era a primeira vez que poderia saborear peixe em terras brasileiras. “A carne que tinham à disposição era rabo, pé, e costela de porco salgados, até o arroz era raro”, conta Okida. A mãe de Okida, Haruno, também saiu de uma região próxima a Hiroshima para trabalhar numa fazenda em Mogi das Cruzes. Por sorte, havia muita fruta no local, abacate, mamão, jaca. “Minha mãe comia abacate já no café da manhã”,

Desembarque de peixes era feito na Ponta da Praia

acrescenta. Aos poucos, adaptavamse a alguns hábitos da nova terra, e Haruno até mudou seu nome para Maria, ao ser batizada na religião católica por um casal de ex-escravos da fazenda. Sadami e Haruno, que ainda não se conheciam, aguentaram alguns anos a vida difícil na lavoura. Depois mudaram-se para o bairro da Liberdade, em São Paulo, onde se conheceram. Casaram-se em 1924, e foram tentar a vida em São Vicente. “Lá meu pai pegava manjuba com um equipamento de pesca chamado de jau”, lembra-se Okida. Mas logo a família mudou-se para a rua rei Alberto, no bairro da Ponta da Praia, em Santos. Ali, havia uma vila de pescadores de descendência japonesa, morando em chalés de madeira. “Ainda não havia as muretas, era tudo praia”, recorda. O pai de Sadami, Senjiro, trouxe do Japão a arte da rede de arrasto de camarão, que ele mesmo confeccionava com linha de algodão. Seguindo a tradição dos pescadores locais tingia as redes com cascas de árvores como o jacatirão. A casca era fervida em água, e as redes imersas naquele líquido ficavam mais resistentes. Sadami, Maria e os oito filhos, quatro homens e quatro mulheres, comiam a comida feita no fogão a lenha, alternando receitas japonesas e brasileiras. Na ausência de geladeira, Sadami salgava o peixe, depositava em caixas de madeira com um peso em cima para retirar a umidade, e depois os pendurava no varal para secar. Às vezes, o peixe salgado era colocado num tipo de varal, chamado de fumeiro, em cima do fogão a lenha, que ia defumando a carne lentamente, hábito bem difundido nas comunidades caiçaras. Depois de dessalgado, o peixe era cozido com batata inglesa, batata-doce ou abóbora, à moda caiçara. Maria assava peixe na grelha, no fogão à lenha, “praticamente como o índio”, afirma Okida. Sem as vísceras, mas com escamas e nenhum tempero. Depois de assado, era aberto ao meio e temperado apenas com sal e limão.

Tsuneo Okida conta como se mesclaram os hábitos dos imigrantes japoneses aos dos pescadores artesanais tradicionais na Baixada Santista no início do século 20

Tsuneo Okida, presidente da FEPESP

Os peixes preferidos eram tainha, roncador, corvina, pescada, linguado, bagre. O bagre muitas vezes era feito ensopado. A horta no quintal tinha alguns produtos semelhantes à roça caiçara: mandioca, batata-doce, milho, abóbora, chuchu, coentro, tomate e cheiro-verde. Um prato bem presente era o sashimi, peixe cru cortado em fatias. O sushi, feito com o nori (folha feita de alga) enrolando o arroz com peixe, legumes ou até mesmo pedaços de omelete, era mais raro. O nori era caro, e mais difícil de ser encontrado, geralmente em São Paulo, no bairro da Liberdade. Muitas vezes uma omelete fina era usada para substituí-lo. Um prato muito básico, presente em muitos relatos de antigas comunidades de pescadores japoneses, era o peixe cozido em água com um pouco de sal, açúcar, shoyo, gengibre e cebolinha. Naquela época o shoyo ainda era difícil de ser encontrado, mas hoje se popularizou.

Assim viveram muitos imigrantes japoneses até a metade do século 20, praticando a pesca artesanal em Santos e São Vicente, ensinando e aprendendo com os pescadores locais. A primeira geração de imigrantes japoneses iniciou a prática da pesca artesanal em pequenos barcos de madeira a remo, e depois a motor. Depois, muitos se tornaram armadores com o dinheiro que ganharam na pesca. Em São Vicente, alguns se tornaram donos de marinas. Em 1953, Shiguejiro Nakai e Shikazo Nakai, com José Augusto Alves, fundaram a Cooperativa Mista de Pesca Nipo-Brasileira, que na década de 80 chegou a ser a maior da América Latina. Mostravam assim que o espírito do cooperativismo tinha vindo com o imigrante japonês. A colônia crescia e sentia necessidade de um maior convívio social, que surgiu com a fundação do Estrela de Ouro Futebol Clube, em 1952, que possui hoje um dos mais renomados restaurantes de comida típica japonesa em

Antigo time de futebol do Estrela de Ouro Futebol Clube

Santos, que também serve pratos da culinária brasileira. As famílias Tuzuki, Onishi, Ono, Nakai, Okumura, Sato, Okida, Matsumoto, Taniguchi, Kikuchi e Ota têm suas vidas ligadas à história do clube e ao desenvolvimento do bairro da Ponta da Praia. Em 1957 era criada a Cooperativa Atlântica de Santos (Copas), também por membros da colônia japonesa. Okida foi presidente da Copas de 1980-90, acrescentando mais uma experiência em sua rica vida profissional iniciada como pescador artesanal na juventude. Depois foi armador de pesca e hoje é presidente da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo. O brasileiro de feições nipônicas foi criado dividido entre as duas culturas, inclusive nas preferências culinárias. Até hoje a esposa Sayoko prepara peixe com batata-doce à moda caiçara, assim como os pratos orientais, típico reflexo da integração dos hábitos dos imigrantes no caldeirão de cultura brasileira.


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Outubro 2013

Maurício Adinolfi (centro) criou novas cores para o bar do Hélio e da Terezinha

Ilha das Cores Ilha Diana ganha destaque com o Projeto Ultramar desenvolvido por Maurício Adinolfi

Uma comunidade de pescadores em Ilha Diana, na área continental de Santos, ganha um colorido especial através do Projeto Ultramar. As 47 famílias que vivem no local, cerca de 150 pessoas, abraçaram a ideia e muitos puseram a mão na massa para pintar suas casas de cores festivas. No dia 12 de outubro a população foi convidada a visitar o local para apreciar o resultado. Os visitantes gostaram e o evento abriu as portas para o turismo na Ilha que oferece boas opções da culinária caiçara. A santista Maria Helena dos Reis Menezes, veio conhecer o lugar, gostou e promete voltar. “Fiquei encantada com o trabalho, muito bonito. Ilha Diana é linda, natural, ar puro”, afirmou acrescentando que também gostou da comida.

Maria Helena dos Reis Menezes e Christina Amorim visitam o local

O morador Sidnei José renovando a casa

O pescador Walter gostou da casa em amarelo

Alexandre Lima, presidente da Sociedade de Melhoramentos

Maurício Adinolfi deu colorido à brinquedoteca

O Bar do Chilico ganhou visual novo

Alexandre Lima, presidente da Sociedade de Melhoramentos de Ilha Diana. “O projeto é fantástico, trouxe cor para a comunidade e felicidade para os moradores

por verem sua casa pintada por um artista conceituado até fora do país” afirmou Adinolfi e sua assistente, Lúcia Quintiliano, trabalharam com uma equipe de

pintores da Secretaria de Serviços Públicos de Santos durante todo o ano, discutindo e criando composições de acordo com as estruturas e organização das casas e equipamentos da ilha, pois além das moradias foram pintadas também, a Associação Comunitária, a Escola, Posto de Saúde, a

capela e a brinquedoteca. O Projeto foi realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural 2012”, Tintas Coral, através do projeto “Tudo de Cor para você”, Administração Regional de Caruara, Prefeitura de Santos, com a

equipe de pintores e Condor com material, pinceis, rolos, entre outros. Quem quiser conhecer Ilha Diana é só pegar a barca atrás da Alfândega, na praça da República, Centro de Santos. O trajeto é de apenas 20 minutos, e os horários estão disponíveis no site www. cetsantos.com.br

É um privilégio conhecer Ilha Diana, na área continental de Santos, numa visita monitorada pelos próprios moradores do lugar. A excursão começa às 9h da manhã,

quando o barco sai da Praça da Alfândega, centro de Santos, e se dirige à ilha, num trajeto de 20 minutos. Os visitantes deixam o local às 14h, depois de tomar café da

manhã, almoçar e passear de barco no mangue. Os monitores atendem grupos de no mínimo 20 pessoas. Mais informações: (13)7815.5957 /99203.5637/99741.8690.

Festa na Ilha

A Festa do Peixe acontece dia 27 de outubro em Ilha Diana, no bar e lanchonete da Ilha, sob a coordenação do Hélio e da Terezinha. A partir das 11h será servido bufê selfservice, com diversos preparos de peixe: assado, frito, no molho e em forma de isca.

Os pratos são acompanhados de quatro tipos de salada, arroz branco e lambe-lambe. Os convites custam R$50,00 (individual), R$90,00 (casal). A bebida será cobrada à parte. A compra dos convites pode ser feita nos telefones: (13)3019.5418/98122.0681.

Visite Ilha Diana o ano todo


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