JORNAL MARTIM-PESCADOR 139

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JANEIRO/FEVEREIRO 2016 Número 139 Ano XII Tiragem 3.000 exemplares

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Do sertão ao mar

Licenças de pesca de caranguejo-uçá são entregues na Vila dos Pescadores em Cubatão. Pág. 2

Crianças visitam o Museu de Pesca em Santos no curso de férias do Aquário. Pág. 8

José Evandro, conta sua saga do sertão da Paraíba ao Rio de Janeiro em busca de uma profissão e um lugar ao sol. Pág.s 4 e 5

Crédito Divulgação

Ação dos Mares promove educação ambiental de forma divertida em Santos. Pág.2

Pescadores da Praia do Perequê, em Guarujá, participam de mutirão de limpeza no rio do Peixe. Págs. 4 e 5

Como fazer uma paella muito tradicional. Pág. 7

Aprenda a deliciosa receita de arroz de leite à moda da Paraíba. Págs. 4 e 5


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Janeiro/Fevereiro 2016

Pescadores começam a receber licenças temporárias de pesca do caranguejo

Professor Marcelo Pinheiro fala sobre o caranguejo-uçá

Dia 14 de dezembro as primeiras licenças de pesca temporária para a captura do caranguejo-uçá começaram a ser distribuídas na Vila dos Pescadores em Cubatão. Os trabalhos que levaram à viabilização das autorizações foram coordenados por órgãos da Secretaria do Meio Ambiente/SP – APA Marinha Litoral Centro e Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais- e da Secretaria da Agricultura e Abastecimento/ SP - Centro Apta do Pescado Marinho/Instituto de Pesca, que contaram com o valioso apoio da UNESP – Campus Litoral Paulista. As licenças serão concedidas pescadores dos municípios de Itanhaém,

Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Guarujá, Bertioga e Cubatão. As autorizações temporárias de pesca do caranguejo-uçá, válidas por dois anos, serão fornecidas a um número restrito de profissionais, cerca de 200, revertendo parcialmente a proibição de sua captura feita pelo Decreto 60.133/14 da Secretaria do Meio Ambiente-SMA, que considerou a espécie sob ameaça de extinção. As pescadoras Gilmaci dos Santos Lourenço, 52 anos, e Rosa Maria de Barros Santos, 55 anos, se sentiram aliviadas, pois agora, com a documentação em ordem podem exercer a pesca do caranguejo-uçá com segurança. Ambas atuam há

As pescadoras Rosa Maria Santos e Gilmaci Lourenço recebem as licenças de pesca

mais de 20 anos na profissão. Rosa explicou que apenas há oito anos conseguiu tirar o RGP (Registro Geral de Pesca) graças à orientação da coordenadora da capatazia da Z-1 na Vila dos Pescadores, Santina de Barros. Na ocasião o professor Marcelo Pinheiro da Unesp-Campus Litoral Paulista, um dos responsáveis pelo relatório que estudou a abundância do animal e permitiu a liberação das licenças, esteve presente e proferiu palestra falando sobre o ciclo de vida do animal e a importância da captura responsável respeitando as épocas de defeso e utilizando os métodos de captura permitidos por lei.

Ação dos Mares agita QuebraMar contra a poluição Com atrações para todas as idades, aconteceu a 1ª Ação dos Mares, no Emissário Submarino de Santos. O evento foi realizado dia 2 de fevereiro, Dia de Iemanjá, com o tema “Volta DO mar oferenda – Lugar de lixo não é dentro do bicho”. Foram montadas tendas de exposição de projetos da conservação marinha, oficinas de arte-educação

e circo, performances e mesa redonda que, além de divertir, teve como objetivo promover a reflexão sobre o lixo que vai parar nos oceanos e seu impacto sobre a fauna marinha. O Coletivo Jovem Albatroz e o Projeto Garrafada foram os responsáveis pela ação, que conta com o apoio cultural do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras por

Defesos

Mexilhão (Perna perna) 01/09/2015 a 31/12/2015 Ostra 18/12 a 18/02 (defeso suspenso pela Portaria Interministerial MMA/MPA 192) Piracema na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná (IN 25 do Ibama) 1/11/2015 a 28/02/2016 Proteção à reprodução natural dos peixes, nas áreas de abrangência das bacias hidrográficas do Sudeste (IN 195) 1/11/15 a 28/02/16

EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br

Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida

meio do Programa Petrobras Socioambiental, do Instituto Mar Azul (IMA), do Projeto Mantas do Brasil, do Aquário Municipal de Santos/SEMAM e da Vila do Teatro. Saiba mais em: Evento oficial: https://www.facebook.com/ events/188129734873695/ Garrafada: https://www.facebook.com/projeto.garrafada

A dança das ostras Escravos de Jó faziam caxanguá, tira, põe, deixa ficar/ Guerreiros com guerreiros fazem zig-zig-zag. Essa cantiga de criança pode bem ser aplicada ao defeso da ostra no Estado de São Paulo. A novela aconteceu assim. A Portaria Interministerial MMA (Ministério do Meio Ambiente) e MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nº 192 de 5/10/2015 suspendeu alguns defesos, entre eles o da ostra no litoral de São Paulo. O defeso da ostra, compreendido no período de 18/12 a 18/2, foi criado através da Portaria Sudepe N-40 de 16/12/1986. A Portaria 192 suspendeu um total de cinco portarias e cinco Instruções Norma-

pagar os seguros-defesos dessa Portaria para os pescadores artesanais de todo o país que habitualmente interrompem suas atividades em respeito à conservação de várias espécies. O presidente da Suprema Corte, Ricardo Lewandovski, concedeu a liminar e afirmou que os pescadores “não terão prejuízo ao deixar de receber o seguro-defeso, pois estarão livres para exercer normalmente suas atividades”. A Portaria 192, que volta a vigorar, também determina que seja feito um recadastramento dos pescadores artesanais pelo MAPA e a revisão dos períodos de defeso por meio dos Comitês Permanentes de Gestão e Uso Sustentável de Recursos Pesqueiros.

Ana Paula é nova gestora da APA Ana Paula Garcia é a nova gestora da Área de Proteção Marinha do Litoral Centro-APAMLC. A bióloga foi designada para responder pelo cargo a partir de 19 de novembro de 2015, conforme Portaria 211 da Fundação Florestal. Formada pela Universidade Estadual A reunião do conselho gestor Paulista-Campus do Liacontece no Centro de toral Paulista (UNESP/ Visitantes em São Vicente CLP) é especialista em Gestão Ambiental. Traafirma a bióloga. balha desde 2009 na APAMLC, As Áreas de Proteção Maridesenvolvendo como função nha (APAS), no Litoral Centro, principal a Secretaria Executiva Sul e Norte, foram criadas em do Conselho Gestor. “Como 2008 pelo governo do Estado gestora, pretendo fortalecer as de São Paulo. São unidades relações com a comunidade e de uso sustentável que visam dar continuidade aos trabalhos compatibilizar a conservação em desenvolvimento, bem da natureza com o uso sustencomo abrir novas frentes ne- tável de seus recursos naturais. cessárias para colaborar com a As reuniões do conselho gestor proteção do nosso território”, da APAMLC acontecem a

Sardinha (Sardinella brasiliensis) 15/06/14 a 31/07/14 e 1/11/14 a 15/02/15 Bagre rosado (Genidens genidens, Genidens barbus, Cathorops agassizii) 01/01/16 a 31/03/16 Lagosta vermelha (Panulirus argus) e lagosta verde (P. laevicauda) 01/12/15 a 31/05/16 Pargo (Lutjanus purpureus) 15/12/2015 a 30/04/2016

Moratórias Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992

tivas relativas ao Espírito Santo, Bahia, Amazonas, Ceará Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão e apenas uma em São Paulo. Dia 10/12 a situação foi revertida com o Decreto Legislativo 293 que sustou a aplicação desta portaria e o defeso, e consequentemente o seguro-defeso, voltaram a valer. A história não parou aí. Uma medida foi apresentada pela presidente Dilma Roussef dia 6 de janeiro de 2016, através de uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê uma suspensão dos defesos relacionados à Portaria 192, com a duração de 120 dias. Desta maneira o governo pretende economizar dinheiro que seria gasto para

cada dois meses. A próxima será dia 16 de fevereiro às 9h no Centro de Visitantes do Parque Estadual Xixová-Japuí localizado na av. Tupiniquins 1009, bairro do Japuí, São Vicente (atravessando a Ponte Pensil em frente ao Baía de SV Iate Clube). Um dos temas a ser discutido é a proposta de revisão do tamanho da malha das redes de arrastão-de-praia, feita pela bióloga Carolina Bertozzi do Projeto Biopesca. Será feita também a indicação dos membros para formação do Grupo de Trabalho do Plano de Manejo. No dia 25 de fevereiro acontece a reunião da CâmaraTemática de Pesca no mesmo endereço.

Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2015 a 6/10/2023 (Portaria Interministerial no 14) Mero (Epinephelus itajara) 06/10/2015 a 06/10/2023 (Portaria Interministerial no 13) Tubarão-raposa (Alopias superciliosus)- tempo indeterminado Tubarão galha-branca (Carcharinus longimanus)-tempo indeterminado Raia-manta (família Mobulidae) - tempo indeterminado Marlim-azul (agulhão-negro) – Makaira nigricans- comercialização proibida Marlim-branco (agulhão-branco) - Tetrapturus albidus –comercialização proibida

Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - belacarrari@hotmail.com Impressão: Impressão:Diário Diáriodo do Litoral: Litoral Fone.: Fone.:(013) (013)3226-2051 3226-2051 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia


Janeiro/Fevereiro 2016

Santos recebe homenagem no carnaval carioca A história de Santos desfilou no sambódromo do Rio de Janeiro na madrugada de 8 de fevereiro. A agremiação carioca Grande Rio fez uma homenagem à cidade com o enredo ”Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei”. Entre os destaques da escola estava a madrinha da agremiação, a atriz Susana Vieira. Foram homenageados os jogadores Pelé e Neymar, e o time do Santos F.C. saiu na avenida. As alas destacaram a importância do porto como chegada dos imigrantes, o café, e as atrações turísticas locais como o Aquário e o Orquidário Municipal, entre outros. A cidade de Santos foi também tema de enredos de todas as escolas locais em 2016, em comemoração aos 470 anos da cidade completados em 26 de janeiro.

Lançamento de livro

Semana valoriza cultura caiçara A “Semana da Cultura Caiçara” acontece de 15 a 20 de março em Santos. O evento é um projeto de valorização e divulgação da cultura tradicional caiçara e suas relações com a contemporaneidade. Amparada por um campo de ação que envolve as pastas de Cultura, Educação, Turismo, Meio Ambiente e Esporte, suas atividades envolvem música, dança, teatro, literatura, contação de histórias, artes visuais, artes plásticas, cinema,

Márcio Barreto com Daniel Stucchi durante o lançamento de seu livro Macunaímabladerunner. O evento aconteceu dia 27 de janeiro no restaurante Oca, em Santos (www.ocarestaurante. com.br). Márcio é escritor, compositor, dançarino e multi-instrumentista. É um dos criadores da Semana da Cultura Caiçara na Baixada Santista.

gastronomia, debates, oficinas, esportes e turismo comunitário. Em 2016, haverá tributos in memoriam ao maestro Gilberto Mendes (1922-2016) e ao artista plástico Francisco Telles (1943-2016). A semana foi criada por iniciativa do vereador Sandoval Soares (PSDB), através da lei 2920/2013. Já inserido no Calendário Oficial de diversas cidades (Santos, Guarujá, São Vicente, São Sebastião, Cananeia, Ubatuba, Paraty entre

outras), o projeto prevê a realização das ações em escolas, universidades, comunidades de base, feiras, equipamentos turísticos e demais espaços públicos e naturais. O projeto, desta forma, visa também o fortalecimento de redes de empreendedorismo criativo e sustentável que possibilitem a troca de bens e serviços culturais, bem como a circulação das pesquisas referentes ao caiçara e suas relações com o meio ambiente.

PROGRAMAÇÃO

Roteiro Gastronômico OCA RESTAURANTE Cardápio com ingredientes caiçaras De terça a sábado – Das 11h00 às 15h00 e 19h00 às 23h00 Rua Azevedo Sodré, 155 – Gonzaga Gastronomia na Ilha Diana Menu diverso no Bar e Restaurante da Ilha Diana - Agendar com antecedência pelo telefone (13) 3019-5418. Comedoria Sesc Cardápio com elementos ou pratos da culinária caiçara. ESCOLA CAIÇARA Rede Municipal de Educação “Contação de lendas caiçaras” e projeto “O escritor na escola” De terça a sexta-feira – manhã e tarde

Márcio Barreto e Daniel Stucchi durante o lançamento do livro Macunaímabladerunner

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TURISMO SOCIAL Sesc Santos "Nos Arredores de Paraty: Tradições Caiçaras" Excursão 16 a 20/03 - Lista de Espera TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA Secretaria de Turismo Visitação Ilha Diana e ao Caruara (Intercâmbio de Comunidades). Projeto Turismo de Base Comunitária: Comunidade do Caruara visita Comunidade da Ilha Diana. Segunda e quarta-feira. *Inscrição para os moradores do Caruara e Ilha Diana projeto Turismo de Base Comunitária. 15/03 (TERÇA-FEIRA) Praça Mauá 12h00 – Intervenção Artística “Mar Caiçara” com distribuição da programação Caruara – Cecon (Centro de Convivência) 14h00 - Oficina de Construção de Rabeca Calunga Teatro Sesc 20h00 –– Abertura oficial da “Semana da Cultura Caiçara” – Homenagem a Gilberto Mendes com Livio Tragtenberg e Percutindo Mundos 20h15 – Intervenção Coletiva “Yvy marã ey” com Coral Zanzalá, Carrossel de

Baco, O Boi de Conchas, Coletivo Caiçara 16/03 (QUARTA-FEIRA) MISS – Centro Cultural Patrícia Galvão 20h00 – Cine Caiçara (seleção de curtas) Oficina Pagu 19h00 – Oficina Identidade Caiçara com Fátima Cristina Pires Sesc Santos 19h30 – Lançamento do Livro "Direito das Comunidades Tradicionais Caiçaras" Oca Restaurante 20h00 – Café com peixe, bate-papo sobre gastronomia caiçara com Christina Amorim e Daniel Stucchi 17/03 (QUINTA-FEIRA) Caruara – Cecon (Centro de Convivência) 14h00 - Oficina de construção de Rabeca Oficina Pagu 19h00 – Oficina Identidade Caiçara com Fátima Cristina Pires Cine Arte Posto 4 19h00 – new Gaza de Rita Martins Tragtenberg com part. De Gilberto Mendes 20:30 – A Odisseia Musical de Gilberto Mendes de Carlos de Moura Ribeiro Mendes Teatro Guarany 20h00 – Santos de frente para o mundo – Cia Aplauso de Dança 18/03 (SEXTA-FEIRA) Caruara – Cecon (Centro de Convivência) 14h00 - Oficina de Artesanato Caiçara Oficina Pagu 19h00 – Identidade Caiçara com Fátima Cristina Pires Sesc Santos 19h00 – Diálogos Caiçaras – com Antonio Carlos Diegues (até as 21h00) 19/03 (SÁBADO) Oficina Pagu 10h00 - Foco Caiçara – Oficina de fotografia (até as 12h00) Concha Acústica – Projeto Conchinha

10h00 – Pescando Lendas Sede Náutica (Ponta da Praia) 10h00 – Remada Caiçara (saída) – Ponta da Praia (Aberto – canoas, caiaques, SUPs, barcos) 11h00 – Oficina de Castelos de Areia Jardim Botânico Chico Mendes 15h00 – Natureza em Arte (23° Sarau Caiçara) Fonte dos Sapos 17:00 – Teatro (Marulhos Cia Teatral) 18h00 – Música na Praça Concha Acústica 19h00 – Rafael Palmieri 20h00 – Alma Caiçara 20/03 (DOMINGO) Feira de Orgânicos 10h00 – Apresentação musical Concha Acústica – Projeto Conchinha 10h00 – Pescando Lendas Casa da Frontaria Azulejada (III Mostra de Arte Contemporânea Caiçara “Francisco Telles”) 15:00 – Abertura (Atelier Oficina 44, Coletivo Caiçara, Caiçara Vegan Fest) 15h30 – Navios (Dança, UNIFESP) 16:30 – Pindorama (Improvisação de dança, literatura e música) 17h30 – DJ Caiaffo 18h30 – Carrossel de Baco 19h30 – Percutindo Mundos 20h30 – Ciranda Elétrica 22h00 – Encerramento https://www.facebook.com/semanadaculturacaicara Programação sujeita à alteração.


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Coluna

Embraport realiza 11ª edição do Ecoférias na Ilha Diana

A Embraport, um dos maiores e mais modernos terminais portuários privados do país, instalado na margem esquerda do Porto de Santos, realizou entre os dias 5 e 28 de janeiro a 11ª edição do Ecoférias – Programa de Educação Ambiental para as crianças da Ilha Diana. A atividade é realizada anualmente, nos meses das férias escolares, e tem o objetivo de trabalhar a educação ambiental nas crianças e jovens da comunidade por meio da inserção de novos hábitos, conscientizando-os sobre o uso racional dos recursos naturais, descarte correto dos resíduos domésticos e valorização do patrimônio ambiental da Ilha. A 11ª edição da Ecoférias teve o objetivo de integrar

o respeito pelo ambiente através da música e também difundir a audição sensível. No total, 24 horas de atividades foram realizadas voltadas ao universo da música e dos sons, através de encontros sonoros lúdicos e contato com instrumentos musicais de várias culturas. Os pequenos moradores confeccionaram instrumentos com materiais recicláveis como canos, tampinhas e barbantes, aprendendo a reutilizar o lixo de forma divertida e responsável. Além da música, os participantes aprenderam um pouco sobre as aves habitantes da ilha e suas sonoridades e também realizaram registros fotográficos.

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Salve o

Pescadores da P participam de mu

Mais de duas toneladas de lixo foram recolhidas em quatro horas de atividade por voluntários na limpeza do rio do Peixe dia 24 de novembro. A ação deu início ao Projeto de Recuperação Ambiental, promovido pela Associação de Pescadores Artesanais Aquicultores e Prestadores de Serviços de Turismo de Guarujá.- ASPE, formada por pescadores da Praia do Perequê e proximidades. O projeto,foi idealizado por membros da ASPE, o professor da Unisanta Jorge Luís dos Santos, Fábio Luiz Laurindo, Walmir Vieira, José Camilo Batista. “Lembramos que o Dia do Rio é comemorado nesta data, em 24 de novembro, assim como o Dia Mundial da Água é comemorado no dia 22 de março - estas datas foram instituídas devido a grande


o Rio do Peixe!

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José Evandro é especializado em culinária bem brasileira

da Praia do Perequê, em Guarujá, mutirão de limpeza no rio do Peixe

preocupação com a escassez da água, assim como a preservação e proteção dos recursos naturais”, explica Ricardo Louzada, Diretor de Desenvolvimento da Economia Solidária, Pesca e Aquicultura da Prefeitura de Guarujá. Louzada explica que o mutirão e o Projeto são promovidos pela Associação de Pescadores Artesanais Aquicultores e Prestadores de Serviços de Turismo de Guarujá-ASPE, que é constituída na maioria por pescadores da Praia do Perequê e proximidades. A entidade visa contribuir para o fomento e racionalização das atividades extrativistas, aquícolas, de pesca artesanal e de serviços de turismo, desenvolvendo formas de cooperação e incremento de renda. Segundo o professor Jorge Luís dos Santos, Perequê é a forma em português do termo tupi-guarani pi-ra-i-ke que significa (entre outras definições) entrada de peixe para alimentação e desova. A barra do rio do Peixe, conhecido no passado como Perequê, era o local onde as baleias eram processadas sem que pagassem taxas à coroa portuguesa. “Fato que pode ser verdadeiro, pela observação de ossadas desenterradas pela maré naquele local”, explica o professor. “Estabelecendo uma rotina de retirada de parte dos detritos do rio é possível gerar condições favoráveis para a retomada do local para lazer e pesca”, acrescenta. O projeto visa também mapear fontes poluidoras e conscientizar moradores e habitantes a não jogar lixo no rio, criando assim agentes multiplicadores da ação.

Evandro, um paraíba de coragem Coragem e persistência são qualidades do brasileiro. A expressão “Brasileiro, profissão esperança” virou até nome de peça de teatro, forma poética de expressar essa mania danada que o nosso povo tem de cultivar a fé na vida. José Evandro de Oliveira, nascido no sertão da Paraíba, é um exemplo de pessoa que conseguiu conquistar seu lugar ao sol com muito trabalho e coragem. Hoje, trabalha como cozinheiro, e nos conta seu longo trajeto para abraçar uma profissão que faz com gosto. Evandro, também chamado de Paraíba, saiu da cidade de Pombal aos 10 anos, mas trouxe na memória as receitas tradicionais de sua mãe. Chegou ao sudeste num pau de arara e com mais 15 companheiros “rodou o mundo” vendendo redes. Vagou por São Paulo, Santa Catarina, Rio, até chegar à região dos Lagos no Rio de Janeiro e ali se estabelecer. Após fazer de tudo um pouco, lavar carros, trabalhar de caseiro, achou sua verdadeira profissão: cozinheiro. Hoje, José Evandro mora em Iguaba Grande e trabalha em Cabo Frio. Como cozinheiro do restaurante Chico´s faz vários tipos de comida, como feijoada, costela com batata assada, peixe, entre outros. Mas seu maior prazer é preparar as comidas da sua terra como baião de dois, buchada de bode, farofa de ovo e o arroz de leite. Aqui vai a verdadeira receita do arroz de leite da Paraíba, com um sabor bem brasileiro.

Arroz de leite da Paraíba 1 xícara (chá) de arroz/4 xícaras (chá) de água/sal a gosto/ cerca de 1/2 litro de leite PREPARO: Colocar água e sal na panela. Quando começar a ferver, jogar o arroz, manter fogo bem baixo, e mexer com uma colher de pau constantemente. Quando estiver quase secando, jogar o leite aos poucos, mexendo sempre para não grudar no fundo, até ficar bem macio e molinho. Desligar quando estiver ainda bem papa e deixar descansar por 10 minutos na panela para secar mais um pouquinho. O arroz de leite pode acompanhar rabada, ou peixe e frango ensopados.


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Incêndio completa um ano em abril

O incêndio nos tanques de combustível da Ultracargo, em Santos, aconteceu de 2 a 10 de abril de 2015. Na ocasião, além da fumaça que se espalhou pelo ar, o estuário foi atingido com a água de rescaldo do combate ao fogo matando cerca de 8 toneladas de peixes. Os pescadores artesanais da região sofreram, pois a pesca ficou escassa, e mesmo quando o peixe era pescado as pessoas não compravam, com medo que o produto estivesse contaminado. Representantes da Ultracargo fizeram contato com os pescadores numa primeira reunião em 26 de maio, mas até o final de janeiro de 2016 nenhum acordo para indenização foi realizado.

Negociações com Ultracargo tem continuidade

Um ano após o incêndio, prosseguem negociações em busca de indenização pelos prejuízos causados à população. Dia 9 de dezembro, pescadores artesanais deram depoimento no Gaema-Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público do Estado de São Paulo. Na ocasião falaram sobre a situação da pesca no estuário após o acidente. Estiveram presentes as coordenadoras das capatazias da Colonia Z-1, na Vila dos Pescadores em Cubatão, Santina Barros, e de Monte Cabrão na área continental de Santos, Lília Vasques Britez, esposo Carlos Alberto e o pescador Emerson Saraiva de Pádua, e o pesquisador Alberto Amorim do Instituto de Pesca da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. Além de descrever o tipo de pesca que realizam contaram da escassez de peixes, siris, camarões e caranguejos após o incêndio e da rejeição que o produto sofreu no mercado, devido ao medo da contaminação. “Pesou no bolso”, diz o catador de caranguejo Emerson, referindo-se aos prejuízos advindos do incêndio. O promotor Daury de Paula Júnior, do Ministério Público Estadual, explicou que o inquérito foi instaurado no Gaema, presidido pela Dra.

Reunião no Gaema com prof. Amorim, Dra. Flavia Maria Gonçalves, Santina Barros, promotor Daury de Paula Jr e procurador Antonio José Daloia

Flavia Maria Gonçalves, em conjunto com o Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, representado pelo procurador da República Antonio José Molina Daloia. “A investigação está voltada para três campos de atuação”, explicou o promotor Daury de Paula Júnior. O primeiro é de usar o incêndio como experiência para o melhor conduzir do terminal, em segundo, buscar a indenização daqueles danos irrecuperáveis e em terceiro a recuperação de danos que forem recuperáveis. Entre os danos irrecuperáveis está a mortandade de organismos no estuário, e o prejuízo

decorrente destes danos ambientais para comunidade. A comunidade pesqueira foi diretamente afetada pelos danos ambientais, diferente de outras comunidades atingidas pela poluição atmosférica cujo efeito é difuso no ar. “Buscamos com a empresa um acordo para atender demanda dos pescadores”, explicou dr. Daury. A proposta especificava o pagamento de um salário mínimo mensal paulista durante 18 meses para um grupo de pescadores cadastrados no Instituto de Pesca, desde que concordassem em não pescar neste período em determinadas áreas,

Luiz Ayroza, diretor do Instituto de Pesca

coordenador do Compesca, Roberto Imai, com a presença do coordenador adjunto Helcio Honda, Pedro Henrique dos Santos Ferreira e Sílvio Romero. O pesquisador Luiz Marques da Silva Ayroza, diretor do Instituto de Pesca, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do ESP, esteve presente. Na ocasião foi enfatizada a importância de diminuir a distância entre o setor privado e a pesquisa. Ao final do encontro os participantes foram brindados com a réplica de uma carpa colorida conhecida no Japão como Nishiki Goi, símbolo da longevidade, coragem e perseverança. Imai explicou que, segundo

Santina Barros, Carlos Alberto e Emerson de Pádua

para que o estuário voltasse a ter a mesma produtividade anterior à época do incêndio. A proposta de acordo foi recusada pela Ultracargo. Caso não haja acordo poderá ser feita uma ação judicial conjunta com Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual. Ação no Ministério Público tem duas vertentes, uma voltada para a recuperação do estuário, quando o pescador dá contrapartida de não pescar em áreas determinadas. Num segundo momento, buscar indenização não do pescador individualmente, mas das comunidades de pesca, tentando repassar parte do dinheiro para programas de

melhorias na comunidade coletiva. Além das negociações com os ministérios, correm cerca de 600 ações no judiciário paulista, envolvendo além de pescadores caminhoneiros, moradores, entre outros. Segundo o advogadoEmerson Gomes, da Pugliese e Gomes Advocacia, o escritório tem ações em curso na Justiça de Santos, Guarujá e São Vicente. As ações pediram antecipação de valores, pois os pescadores estavam passando dificuldades, mas o pedido foi negado em primeira instância. “Estamos recorrendo desta decisão para o Tribunal em São Paulo”, explica Gomes.

Compesca encerra ano e faz balanço de sua atuação

Representantes do segmento da pesca participaram da reunião plenária do Comitê da Cadeia Produtiva da Pesca e Aquicultura-Compesca em 4 de dezembro. O evento aconteceu no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo-Fiesp, na av. Paulista. Entre os objetivos do Comitê estão a elaboração de análises e estudos do setor, e projetos de inovação, sustentabilidade e responsabilidade. Foram discutidas as ações realizadas pelo Compesca em 2015 e os projetos para 2016. Na ocasião foi feito o lançamento do Programa Aquanegócios da Fish-TV. A mesa foi presidida pelo

Pedro Henrique Ferreira, Silvio Romero, Roberto Imai e Helcio Honda

uma lenda chinesa, quando uma carpa chega a seu destino, ela se transforma num dragão em reconhecimento a seu esforço, coragem e perseverança. “Que nesse ano que se inicia, como

num rio turbulento e cheio de desafios, consigamos alcançar nossos objetivos, e no final de 2016 tenhamos vários dragões, símbolos de nossa trajetória de sucesso”, acrescentou Imai.


Janeiro/Fevereiro 2016

Alimentação à base de pescado com qualidade e segurança Alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes e influencia a saúde e bem-estar das pessoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis. Para uma alimentação segura e sustentável à base de pescado é imprescindível que os serviços oficiais de inspeção e vigilância à saúde estejam atentos à detecção e prevenção de contaminantes biológicos ou químicos que representam riscos para a saúde pública. Tanto o pescado originário da pesca marítima ou continental, quanto aqueles provenientes da aquicultura podem ser contaminados durante as atividades de captura ou de criação, respectivamente. Os produtos da pesca extrativa podem se contaminar nas próprias águas onde habitam os peixes. Esta contaminação pode ocorrer por bactérias ou por parasitos que podem ser transferidos ao consumidor e desenvolver doenças, conhecidas como zoonoses. Os contaminantes químicos, como por exemplo, mercúrio, também podem estar presentes na carne e levam à intoxicação àqueles que se alimentarem desse pescado. Por outro lado, o pescado originário da piscicultura, pode ter melhor qualidade desde que todas as etapas de produção, despesca, abate, transporte e armazenamento, sejam feitas dentro das normas estabelecidas. Além desses fatores quando se evita o estresse, a carne preserva suas características de consistência, sabor e odor.

Quando se trata de qualidade da carne é fundamental a limpeza e higienização das áreas de evisceração, utensílios e equipamentos. Estas condições agregam valor ao pescado porque aumentam o tempo de duração do produto, garantindo o odor, sabor, aroma que agradam o consumidor. A OMS recomenda por meio da Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, que os governos formulem e atualizem periodicamente diretrizes nacionais sobre alimentação e nutrição, levando-se em conta mudanças nos hábitos alimentares, haja visto a ingestão de pescado na forma crua e nas condições de saúde da população e o progresso no conhecimento científico. O Guia Alimentar para a População Brasileira considera o grupo de pescado incluindo peixes (de água doce e de água salgada), crustáceos (camarão, caranguejos e siris) e moluscos (polvos, lulas, ostras, mariscos). No Brasil, de forma geral, os peixes são os alimentos mais consumidos do grupo de pescado. No entanto, apesar do país possuir uma enorme costa marítima e inúmeros rios de grande porte, na maior parte das regiões, a oferta de peixes também é muito pequena e os preços são relativamente altos em relação às carnes vermelhas e de aves. Isso certamente ajuda a explicar a baixa frequência de consumo de pescado no País. Os peixes podem ser preparados assados, grelhados, ensopados (moqueca) ou cozidos. Podem, ainda, ser usados como ingredientes de pirão e saladas ou servir como recheio de tortas. São também apreciadas as preparações culinárias feitas à base de peixe com legumes como pimentão, tomate e cebola ou com frutas como banana e açaí. Os peixes são ricos pela alta proporção de gorduras saudáveis do tipo ômega-3 (gorduras insaturadas), proteína de alta qualidade e em muitas vitaminas e minerais. Assim, para a população que nos dias de hoje busca melhor qualidade de vida, os peixes são excelentes substitutos para as carnes vermelhas.

Augusto Pérez Montano - Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo

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A paella da tradição

Mario e a esposa Olena (à esquerda) festejam a paella com amigos

Preparar uma receita muito antiga de família, uma verdadeira paella espanhola, é o jeito que engenheiro Mario Cesar Rodríguez Vidal encontrou para reunir os amigos em sua casa em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, esse carioca de Copacabana divide seu tempo entre a Cidade Maravilhosa e o Arraial. Como cozinheiro, usa a didática de sua profissão para fazer a receita exemplar. Afinal, seu avô, José Rodríguez Orland, que foi alcaide da cidade espanhola de Gandía, na Valencia, tinha por hábito reunir na praça central da cidade muita gente para apreciar a paella gigante. Nessa empreitada no Arraial do Cabo, Vidal contou com alguns ajudantes, seus amigos Paulo Victor, Eduardo e Lucas Pimenta. Só pra mostrar que lugar de homem também é na cozinha. Mario, Paulo Victor e Eduardo Pimenta

Paella do Mario

Ingredientes: 500 g de arroz/4 cebolas e 4 dentes de alho picados/ açafrão importado ou açafrão-da-terra/azeite/vagem 60 g/ tomate 60g/pimentão vermelho, verde e amarelo cortado em tiras 100g/camarão 100 g/lagostim 100 g/carne de peixe 1 kg/300 g de miúdos de frango (fígado, coração)/2 coxas e 2 sobrecoxas de frango/400 g de lombo de porco cortado em cubos/400 g marisco/400 g de lula/400 g de polvo.

Preparo: A confecção desta paella tem muitos detalhes e deve ser feita com muita atenção. A quantidade de ingredientes pode variar ao gosto de quem prepara, mas a ideia é que as carnes sobressaiam sobre o arroz. Cozinhar na água, em panelas separadas: vagem, lagostim, marisco (com casca ou sem), lula, polvo. O marisco com casca

é cozido com bem pouca água (desprezar os que não abrirem no vapor). Escorrer e reservar as águas da cocção. Ferver o açafrão na água da vagem, caldo que depois será jogado no arroz. Refogar separadamente no azeite ingredientes já cozidos. Reservar. Refogar separadamente os ingredientes crus, como coxas e sobrecoxas de frango, miúdos do frango, lombo, camarão. Reservar. Refogar cebola, alho, e depois o tomate. Acrescentar pimentão vermelho, verde e amarelo. Acrescentar o arroz e refogar bem. Depois acrescentar parte dos caldos de cocção cobrindo bem o arroz. Quando a água começar a ferver, misturar as carnes aos poucos, jogando mais água de todas as cocções, quando necessário. Deixar até o arroz amolecer. Depois de pronto cobrir a panela com papel-alumínio e deixar por 10 minutos até acabar de cozinhar.


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Janeiro/Fevereiro 2016

Museu de Pesca em ritmo de férias

A cabine do Capitão já está aberta à visitação

As crianças visitam o Museu após assistir palestra sobre tubarões

A pesquisadora Thais Moron e o artista Alexandre Huber

Muitas novidades no Museu de Pesca em 2016. Para a alegria das crianças a Cabine do Capitão foi reaberta. O local reproduz a cabine de um capitão no barco e as crianças fazem um bom exercício para ali chegar, com direito a manejar o leme e tirar belas fotos. Segundo a responsável pelo Museu, a pesquisadora Thais Moron, outras novidades deste ano incluem a readequação da exposição "Mantas do Brasil", e em parceria com a BIOMAR, a instalação de cinco totens de exposição contínua de fotografias digitais dos projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Tamar, e exposição de quadrinhos com temas ligados à preservação (Albatrupe/ Projeto Albatroz). O artista plástico Alexandre Huber irá realizar exposição e oficinas de arte para crianças, e ainda instalar na Cabine do Capitão painéis com personagens onde as crianças podem colocar a cabeça para fazer selfies; hall da baleia, hall dos tubarões, sala das tartarugas e sala

Palestra em Ilhabela O professor Eduardo Gomes Sanches fez a palestra “Instituto de Pesca e a criação de Peixes-marinhos”, para pescadores artesanais da Colônia Z-6 em Ilhabela. O evento aconteceu dia 14 de dezembro na sede da Z-6, promovido pela Fundespa. O zootecnista

falou sobre sua experiência com criação de várias espécies de serranídeos, como garoupas, badejos, meros e chernes iniciada em 2005. O projeto é desenvolvido em parceria com o oceanógrafo Venâncio Azevedo na base de Ubatuba do Instituto de Pesca, da Secretaria

de Agricultura e Abastecimento do ESP. Esses ensinamentos tem sido repassados para pescadores artesanais do litoral norte que encontraram na aquicultura uma fonte de renda extra. Saiba mais na próxima edição do jornal Martim-Pescador.

das raias. O Museu também tem programação especial aos domingos com diferentes grupos artísticos. Nessas tardes musicais já se apresentaram a Orquestra Popular de Santos e a peça de teatro ”Marulhos alerta para a necessidade de sobrevivência da cultura caiçara”, com criação e atuação Ernani Sequinel e Fabíola Moraes. Os espetáculos são gratuitos, e a entrada é uma embalagem de leite que pó, que é doada à Casa da Esperança de Santos e à NACAC (Núcleo de Amparo a Crianças e Adultos com Câncer). Em parceria com Aquário Municipal de Santos, dentro da programação do curso de férias, crianças de 5 a 12 anos visitaram o Museu após assistir uma palestra sobre tubarões ministrada pelo professor Alberto Amorim, pesquisador do Instituto de Pesca. O Museu de Pesca pertence ao Instituto de Pesca de Santos – APTA – Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O prédio do Museu foi inaugurado em 1909

Informações, agendamento de visitas escolares e outros grupos é feito exclusivamente pelo telefone: (13) 3261-5260, de segunda a sexta-feira, das 10 às 17 horas Endereço: av. Bartolomeu de Gusmão, 192, Ponta da Praia, Santos. Aberto à visitação pública de quinta-feira a domingo, das 10 às 18 horas. Eduardo Sanches, o pescador Malaquias, Guilherme Schultz (Fundespa), Giancarlo Savoia (Fundamar), Alberto Amorim e Venâncio Azevedo


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