MAIO/JUNHO 2020 • Número 165 • Ano XVI • Tiragem 3.000 exemplares
Caiu na rede... www. jornalmartimpescador.com.br
A pesca, atividade primária de segurança alimentar, prossegue no litoral paulista. Págs. 4 e 5
Higiene de alimentos Pág.3
Orientação nutricional Pág.5
Receita de nhoque de banana-da-terra Pág.7
BE M D E
Fazendo arte lhos em Artesãos continuam seus traba rnet. Pág. 6 oficinas e fazem vendas por inte
Crédito Simião Barbosa
DA
TI
CU I
Seu Chico pesca na Vila dos Pescadores, em Cubatão, desde a década de 60, fazendo também barcos e redes
A pescadora vicentina,Vera, joga sua tarrafa na porta de casa.
O artesão Zé Marques prepara esculturas em ponta de lápis com cerca de 3 centímetros
Como prevenir acidentes com crianças Pág. 7
O escultor Ricardo Santos, o Rick, criando um tubarão em madeira
2
MAIO/JUNHO 2020
Colônias de Pescadores continuam trabalhando para a categoria Seguindo portarias de lei que regulamentam o atendimento durante a pandemia, as colônias seguem fazendo a documentação de pescadores e entrando com pedidos de segu-ro-defeso e aposentadoria, entre outros. Elas atendem por telefone, whatsapp e email, e o pescador pode comparecer através de agendamento para entregar e buscar documentação. “Estamos atendendo de portas fechadas, seguindo agendamento prévio e pedimos que to-dos compareçam com máscara de proteção”, afirma Maria Aparecida Nobre, a Nenê, presi-dente da Colônia Z-4 de São Vicente. Eliana Diniz, presidente da Z-5 de Peruíbe, também prossegue com atendimento online. Em relação à atividade pesqueira, afirma que os pesca-dores reportam que dá para pescar, mas a venda parou. “Todos vivendo com mais dificulda-de, mas achando novas soluções”, explica. A Festa da Tainha organizada pela Colônia Z-5, que acontece em Peruíbe da segunda semana de julho até a primeira semana de agosto, poderá acontecer por delivery, se até lá permanecer o isolamento social. “É a saída que encontramos para manter a tradição em novos tempos”, explica. Elizangela, da Colônia Z-1 de Santos, co-munica que o pescador que não estiver recebendo nenhum benefício, nem mesmo o segu-ro-defeso, terá direito de receber o auxílio emergencial do governo. A pesquisa pode ser feita pelo site auxilio.caixa.gov.br e fazer o cadastro ou pelo telefone 111 para saber se está no cadastro único.
Endereço de colônias, capatazia e associação na Baixada Santista Colonia Z-1 Av. Dino Bueno, 114-Santos (13)997170358/(13)32612992 (segunda à sexta– 9h às 12/13h) Capatazia da Colônia Z-1 em Monte Cabrão (Área Continental de Santos) Rua Principal 8- Monte Cabrão-Área Continental de Santos Email: liliabritez@gmail.com Colônia Z-3 Rua Itapema, 75-Vicente de Carvalho-Guarujá (13)3341.6481/(13)997196793 (segunda à sexta-9h30 às 12h/ 14h às 17h) Colônia Z-4 São Vicente Av. Newton Prado 503-São Vicente (13)3468.6939/ (13)99138.8375 - (segunda à sexta- 10h as 17h) Colônia Z-5 Peruíbe Rua Monsenhor Lino Passos, 122 (13)996256744 (Eliana)/(13)997268945 (Totó/)(13)3455.7092/ mulheresdapes-ca_diniz@hotmail.com /Colônia.z5.peruibe@gmail. com/ (segundas e terças-9h30 às 12h30/14h às 17h) Colônia de Pescadores Z-13 Rua João Farah, 10, Praia do Sonho- Itanhaém Tel/whatsapp: (13) 99751-7711 (segunda à sexta exceto feriados- 9 às 17h) Colônia de Pescadores Z-23 Av. Vicente de Carvalho 295-Bertioga (13)33177836 (segunda à sexta- 8h às 12h- 14h às 17h) Alpesc (Associação Litorânea da Pesca Extrativista Classista do ESP) Av. Senador Salgado Filho 365, Jardim Santense-Guarujá Tel/whatsapp: (13)3341.7070 (segunda à sexta- 9h às 12h-14h às 17h)
Um olhar para as pandemias A história das pandemias um segundo mandato. Como narra que as grandes epideinterino ficou o vice, Delfim mias são verdadeiras tragédias, Moreira, até a convocação porém apresentam entre si de uma nova eleição fora de estruturas semelhantes: medo época em janeiro de 1919, que em relação ao seu surgimento; elegeu o Epitácio Pessoa como negação da existência ou miPresidente. Outra consequência nimização da doença e, enfim, dessa gripe foi a criação do Denão tendo nada mais a fazer é o partamento Nacional de Saúde momento da aceitação e busca Pública, em janeiro de 1920. da solução para problema. No Brasil, também estaQuando inicia uma panmos assistindo essa turbulência demia muitos conflitos são quanto ao enfrentamento da gerados e tornam verdadeiros Covid-19, as autoridades reAugusto Pérez Montano entraves entre as autoridades negaram a chegada do novo Médico Veterinário, membro que ao negligenciar a potência Coronavírus em janeiro, posda Comissão de Aquicultura do agente levam as pessoas a teriormente afirmavam que a do Conselho Regional de desacreditar que não haverá doença era de pouca importância Medicina Veterinária do uma catástrofe na saúde, e ene hoje se busca incessantemente Estado de São Paulo quanto isso a doença aproveita o melhor modo de solucioná-la para se disseminar na população. para evitar o mínimo de mortes e um desastre na Um exemplo deste fato é a gripe espanhola economia do país. O que se sabe é que o número causada pelo vírus influenza que ocorreu em 1918 de mortes sobe de forma geométrica provocando e, que levou à morte pelo menos 50 milhões de muitas mortes, até o momento, mais de dez mil, pessoas no mundo. A história comenta que no afetando todo setor econômico e trazendo sérios Brasil essa doença chegou, em setembro daquele problemas sociais. Esse vírus é muito poderoso, ano, com os marinheiros que participaram da pri- apresenta velocidade de contágio de forma geomémeira guerra mundial (1914-1918), afetando mui- trica, tornando necessário o isolamento social para tas pessoas inclusive levando a óbito o Presidente evitar elevada contaminação entre as pessoas e o da República, Rodrigues Alves, que assumiria colapso do sistema hospitalar.
Covid-19: Riscos para o setor de pescado A pandemia da covid-19 tem desencadeado em todo mundo crise de saúde pública e economia devido às medidas que vem sendo aplicadas pelo governo de diferentes países, com a finalidade de diminuir o contágio entre as pessoas como o confinamento domiciliar, a proibição de viagens o fechamento de negócios, o isolamento social, entre outras. Segundo a FAO, a Covid-19, afeta indiretamente o pescado, porém o setor pesqueiro está sujeito a impactos indiretos da pandemia por meio de mudanças nas demandas dos consumidores, acesso ao mercado ou problemas logísticos relacionados principalmente ao transporte, o que já vem acontecendo com a comercialização. Este fato pode gerar efeito não benéfico sobre os pescadores e as fazendas aquícolas, bem como sobre a segurança
alimentar das populações que dependem fortemente de pescado para a obtenção de proteína animal. A cadeia de pescado envolve vários setores desde a produção até o consumidor final e neste cenário engloba os mercados local, regional e global, tendo como principais atividades a pesca, a produção aquícola, o processamento, o transporte e a comercialização no atacado e no varejo. Se um desses elos produtor-comprador-vendedor for quebrado pela Covid-19 ou por medidas de contenção, o resultado será uma cadeia de interrupções em cascata que afetará a economia do setor. O consumo humano de pescado e produtos da pesca, só pode ser alcançado quando se protege os elos produtor-comprador-vendedor, e também, cada uma das etapas da cadeia de suprimento.
Painel Covid-19 Diariamente o Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre COVID-19 no site covid.saude.org.br. Desde meados de março a 31 /05/2020 (até 19h) foram registrados 514.849 casos, 29.314 mortes e 206.555 casos recuperados. Com esses dados o Brasil se posiciona em segundo lugar de ocorrência num ranking de cerca de 180 países. Em primeiro lugar está os Estados Unidos com 1.837.170 casos, 106.195 mortes e 599.867 casos recuperados. No mundo estão registrados 6.262.406 casos, 373.848 mortes e 2.846.474 casos recuperados.
EXPEDIENTE
Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 www.jornalmartimpescador.com.br Fone: (013) 3261-2992 Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - icarrari@gmail.com Impressão: Diário do Litoral: Fone.: (013) 3307-2601 - Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida
MAIO/JUNHO 2020
Projeto Albatroz leva diversão e educação ambiental às crianças Em período de isolamento social e paralisação de eventos educativos, o Projeto Albatroz oferece cartilha gratuita de jogos e desenhos em sua biblioteca virtual. Jogos, tirinhas Albatrupe e desenhos para colorir. Estas são as três principais ferramentas que o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, escolheu para trabalhar a educação ambiental durante o período de isolamento determinado para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Serão sete edições de cartilhas de atividades gratuitas. Toda terça-feira uma nova edição será anunciada nas redes sociais do
Projeto. As imagens já estão disponíveis para download na biblioteca do site www.projetoalbatroz.org.br. Além das Folhas de Atividades, a equipe de educação ambiental do Projeto Albatroz também preparou outra novidade para o período: a partir do dia 30 de abril, o site conta com o Programa Albatroz em Casa (PAC). A iniciativa visa levar materiais de apoio para que professores de todo o país possam trabalhar temas da Base Nacional Comum Curricular do Ministério da Educação (MEC) de forma virtual com os alunos, utilizando a temática do
albatroz para o ensino de ciências. O acesso ao material será gratuito e feito mediante inscrição no site oficial. Após as atividades, professores terão direito a um certificado de participação. Reduzir a captura incidental de albatrozes e petréis é a principal missão do Projeto Albatroz, que tem o patrocínio da Petrobras. O Projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que trabalha em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.
Comerciantes inovam para estimular venda de pescados A venda de pescados no Mercado ças quando o Mercado inaugurar do Peixe apresentou queda no mês de suas novas instalações na Avenida maio, durante a quarentena imposta Governador Mário Covas, entre pela pandemia. Os comerciantes as ruas Vereador Henrique Soler apontam como um dos fatores o fe- e Dona Amélia Leuchtemberg. chamento provisório de restaurantes, Ocupando área de 2 mil metros que eram seus principais fregueses. quadrados, terá 20 boxes para Para recuperar o antigo nível de ven- venda de pescado, sendo cinco a das alguns boxes vêm apresentando mais que o atual, que será fechado. novidades na comercialização dos Há previsão também de abertura de pescado, como entregas delivery e restaurante de frutos do mar, lojas de embalagens feitas a vácuo de produ- produtos de pesca e estacionamento tos frescos. O Box do Santista, por para 40 carros. exemplo, vende peixe e o camarão fresco, que são limpos na hora e podem ser fechados a vácuo tanto para o consumo rápido como para o congelamento. As entregas domiciliares (acrescidas do valor do transporte) podem ser feitas para Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande e São Paulo. Mais informações: (13) 3261.3858/whatsapp: (13)99120.8482. O Mercado do Peixe fica na Praça Almirante Gago Coutinho-Ponta da Praia, Santos. Horário: segunda-feira (fechado), terça a sábado (7h às 18h), domingo (7h às 14h). Os horáA meca é o peixe que inspirou rios sofrerão mudano prato símbolo de Santos
TELEFONES ÚTEIS
SAMU(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 192
Como usar a máscara de proteção Como cada um deve usar a sua, as máscaras de pano podem ter cores ou padrões diferentes para não misturar. Veja as regras simples para o uso de máscaras de pano ou descartáveis: -Lave as mãos antes de colocar e retirar a máscara (com água e sabão ou higienize com álcool em gel 70%). -Segure pelo elástico para colocar e para retirar. Nunca tocar na frente da máscara. -As máscaras de pano devem ser lavadas após o uso deixando de molho numa solução com água sanitária por 30 minutos. Depois enxaguar e lavar com água e sabão. -Passar a ferro e guardar num saco plástico. -Usar por no máximo por duas horas, ou trocar se estiver molhada. Leve consigo uma máscara de reserva guardada em saco plástico, para trocar se preciso. -Mesmo com a máscara evite contato próximo (mínimo de 1 metro). Na rua para evitar contágio da COVID-19: 1- Use máscara 2- Mantenha distanciamento social 3- Não consuma os alimentos durante as compras 4- Evite pagar em dinheiro 5- Leve sua sacola de compras 6- Evite tocar a mão na boca, olhos e nariz. Tempo de sobrevivência estimado do coronavírus em superfícies Papelão- 24 horas Aço inoxidável- de 2 a 3 dias
Corpo de Bombeiros ..... 193 Disque Denúncia .......... 181
Polícia Civil ................... 197 Polícia Militar ................ 190
Cobre- 4 horas * estudos foram realizados com umidade relativa de 60% para aerossóis e 40% para os demais, mas todos à temperatura de 21-23ºC. Formas de higienização de objetos e superfícies - Álcool 70%: os produtos saneantes à base de álcool 70% podem ser encontrados na forma de gel ou líquido. CUIDADO: O álcool é altamente inflamável! Mantenha-o distante da cozinha. - Desinfetantes domésticos comuns: necessitam de um tempo de contato de 5 a 10 minutos para inativar os microrganismos, portanto, a limpeza imediata com pano ou toalha na superfície após a aplicação do desinfetante não permitirá tempo suficiente para a destruição dos vírus. - Água sanitária (2,0 a 2,5% hipoclorito de sódio): diluir 1 parte de água sanitária para 4 partes de água. Esperar pelo menos 10 minutos antes de secar ou limpar a superfície. Atenção: utilize imediatamente a solução, pois é desativada pela luz. Observe o rótulo do produto e verifique se possui registro na ANVISA-MS. Fonte: Higienização de Alimentos em Tempos de COVID-19Coordenação e Elaboração: Analy Machado de O. Leite, Jessica Chaves Rivas- Universidade Federal do Rio de Janeiro-Campus Macaé/Curso de Farmácia e Nupem- Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade. Sabesp ......................... 195 CPFL ...................0800-0102570
Disque-Saúde-136 (Informações sobre coronavírus/Aedes aegyti/Deixar de fumar/febre amarela/aplicativos do SUS)
Higiene diária Lave as mãos: Sempre depois de tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz, coçar os olhos ou tocar na boca ao preparar/manusear alimentos crus (ex. carne, vegetais e frutas). - Ao manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos. - Mantenha as unhas curtas, sem esmaltes, e não use anéis, aliança e relógio. - Não converse, espirre, tussa, cante ou assovie em cima dos alimentos, superfícies ou utensílios utilizados no seu preparo. Na cozinha as regras de higiene visam evitar bactérias, vírus, entre outros: - Troque o pano de pratos todo dia. - Troque a esponja de louça com frequência e após sua utilização aperte bem para deixá-la sequinha até a próxima lavagem. A água ajuda o acúmulo de bactérias. - Não use a tábua de carnes para cortar legumes. Pode haver contaminação cruzada. Corte os legumes em outra tábua, de preferência de vidro ou plástico, ou num prato. - O coador de pano para café depois de lavado deve ser guardado dentro da geladeira, longe de moscas. E fervido pelo menos a cada 15 dias. - Não deixar alimento cozido por mais de 2 horas fora da geladeira.
3
4
MAIO/JUNHO 2020
COLUNA
DP World Santos recebe autorização da Antaq para operação do seu novo trecho cais A DP World Santos recebeu, no dia 29 de abril, a autorização da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) para operação do seu trecho de cais, que passa a ter 1.100 metros de extensão, dentro da área autorizada de 1.372.225,00m². O termo regulariza a construção dos últimos 226,75 metros do cais Leste e um dolfin (espécie de passarela metálica de acesso dos trabalhadores para amarração dos navios), concluindo o trecho 2 de 447 metros, os quais integram o projeto de ampliação das estruturas de acostagem da empresa. O novo trecho de 226 metros cais já estava com as obras civis concluídas desde agosto do ano passado e integra um pacote de obras de ampliação do terminal para operação de celulose.
Vera e a p “Gosto de ir pescar sempre. Não vivo longe da água”, afirma Vera Lúcia Rezende Burais. Nascida em Sergipe em 1955, mora em São Vicente desde os sete anos de idade. “Quando você me vê nervosa é porque não pesquei”, brinca. Além de pescar, Vera ensinou a profissão para toda a família. Com um barco de alumínio de 6 metros, motor 15 hp, pesca sempre acompanhada de um dos filhos ou do genro. A pesca pode ser de rede de emalhe para peixes e arrasto ou gerivá para camarões. Vera mora há 13 anos à beira da maré, no bairro de Pompeba, em São Vicente, com a filha Alessandra, 41 anos, o genro Fábio, 43, Naila, 18 e Miguel,15. Dos outros filhos, Ana Lucia 44, Gilberto, 35, Anderson, 43, Gislene, 36, apenas os dois últimos também acompanham na pesca. Com a rede, costumam trazer corvina ou parati, entre outros. Sai para pescar segunda, quarta e sexta, mais ou menos às 6h da manhã e volta às 3 h da tarde.
Na Vila dos Pescadores
OUVIDORIA DP WORLD SANTOS 0800 779-1000 ouvidoria.ssz@dpworld.com www.dpworldsantos.com Dona Santina ajuda a beneficiar o peixe que o marido pesca
MAIO/JUNHO 2020
pesca em família Por terem aderido ao plano de moratória de pesca, respeitam o rodízio de proibições de pesca nos locais do estuário que foram afetados pelo incêndio na Ultracargo em 2015. O objetivo do plano é evitar a exploração nestas áreas por um ano para a recuperação da fauna local. Embora a pescaria esteja permitida, desde que sejam respeitados os devidos defesos, a pandemia do coronavírus (Covid-19) trouxe algumas mudanças na vida dos pescadores, dificultando a comercialização do pescado. A venda para o atravessador alcança preço muito baixo. Neste momento está mais difícil vender direto ao consumidor, pois as pessoas estão reclusas em suas casas devido à quarentena. “A situação está difícil”, afirma. A solução para Vera é vender para uma clientela fixa, que a pescadora já conquistou em muitos anos de trabalho. A filha e o genro entregam de bicicleta em alguns locais como o bairro Tancredo em São Vicente. O peixe vai limpo e acondicionado em bandejas para ser consumido no dia ou congelado. “Pouco lucro, mas é garantido”, diz, explicando que alguns fregueses têm consumo fixo de 2 bandejas por semana. Vera persiste na pesca, pois gosta do que faz. “Quando você me vê nervosa é porque não pesquei. Se eu pudesse passava 24 horas na maré”, explica. “Jogo minha tarrafinha na maré, sai minha raiva todinha”.
Seu Chico pesca desde a década de 60 na Vila dos Pescadores em Cubatão
Alimentação saudável e o isolamento social Em tempos de isolamento social não podemos deixar de lado uma alimentação saudável e equilibrada. Segundo a nutricionista Uli Schnitter, com a necessidade de sair de casa o mínimo possível temos que escolher com cuidado os alimentos, para que tenhamos uma alimentação equilibrada e sem desperdícios. Ela afirma que para compor uma refeição A nutricionista completa, nosso prato tem que ter: Uli Schnitter carboidrato, proteína, verduras e legumes (crus e cozidos), frutas e leguminosas. Carboidratos: arroz, batata (doce), mandioca, mandioquinha, cará, inhame, abóbora, farinhas, pães, massas/Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, soja, grão de bico/Verduras: folhas/Legumes: brócolis, couve-flor, berinjela, abobrinha, jiló, cenoura, beterraba/Proteína: carne, frango, peixe, ovo, leite e derivados A ilustração abaixo mostra o quanto temos que consumir de cada grupo de alimentos ao dia.
Óleos e gorduras 1 porção
Leite, queijo e iogurte 3 porções
es a pesca prossegue, enfrentando a crise Francisco Tobias Barros, seu Chico, sai para pescar duas vezes por semana. O peixe está pouco, comenta. “Pesco para comer e viver’, explica. A comercialização em tempos de quarentena está difícil, mas a pesca sempre garante a mistura na mesa do pescador. “O povo sumiu das ruas”, afirma acrescentando que antes até ia vender peixe em São Paulo. Seu Chico nasceu na Paraíba em 1942 e se mudou para Cubatão em 1965. Casou-se com dona Santina em 1967, que é hoje a coordenadora da capatazia da Colônia de Pescadores Z-1 na Vila. “Pego só parati de rede, tarrafa ou puçá. Robalo tá sumido e camarão esse ano não teve”, afirma. Seu Chico respeita a moratória de pesca que estabelece a proibição de pesca num rodízio de peixes e locais, um acordo entre pescadores e Ultracargo, feito através do Ministério Público Federal e Estadual. O projeto visa permitir a recuperação de algumas áreas do estuário afetadas pelo incêndio da Ultracargo em 2015. O pescador que cumprir o acordo durante a moratória de um ano recebe um salário mínimo paulista mensal para suprir suas necessidades básicas. A esposa, dona Santina, ajuda a limpar e guardar o peixe. “Estamos sobrevivendo”, diz. Apesar da covid-19 não ter atingido sua família, ela se queixa da dengue que atacou muito os moradores da Vila dos Pescadores. “Tinha muito pneu na entrada da vila e os moradores jogaram areia para não formar água”, afirmou. Agora o problema é também na entrada, onde a água está empoçando muito. Eles aguardam ações das autoridades para sanar o problema.
5
Verduras e legumes 3 porções
Açúcares e doces 1 porção
Carnes e ovos 1 porção
Feijões 1 porção
Frutas 3 porções
Arroz, pão, massa, batata, mandioca- 6 porções
Algumas frutas e legumes tem sua vida útil reduzida, então, seguem algumas dicas de alimentos que tem uma durabilidade maior, e como conservar melhor os alimentos: Verduras fibrosas como couve, repolho e acelga têm uma durabilidade maior que alface, agrião, rúcula/Cenoura, batata, rabanete, abóbora, nabo, também tem uma longa durabilidade/ brócolis e couve-flor cozidos podem ser congelados/Maçã, laranja, limão, uva, abacaxi (só descasque o que for consumir)/ Congele as carnes, frango, peixe, etc em porções/Lave e seque as hortaliças antes de colocar na geladeira, isso faz com que durem mais tempo Não esqueça que é muito importante o consumo de pelo menos 2 litros de água ao dia, e mesmo estando em casa dá para praticar algum tipo de atividade física. LEMBRANDO QUE ESSAS ORIENTAÇÕES SÃO PARA PESSOAS QUE NÃO POSSUEM DIABETES, HI-PERTENSÃO E OUTRAS DOENÇAS CRÔNICAS QUE EXIJAM DIETAS ESPECIAIS.
6
MAIO/JUNHO 2020
Zé marques e a arte minimalista
Rick e a tradição da escultura caiçara
Aos 62 anos, José Fermino Marques, já fez diversos tipos de escultura em madeira, a maioria ligada à regionalidade e o folclore de nosso povo. Dá cursos de entalhe e xilogravura. Viveu 30 anos em Cananeia, no litoral sul de São Paulo e agora está há cerca de um ano em Pinhais, no Paraná. Agora se especializou em entalhes em lápis, fazendo miniaturas com cerca de 3 centímetros, que exigem ferramentas especiais e muita habilidade. Nele retrata imagens sacras e tipos característicos. “Entalho quase tudo que pode caber num lápis sem perder as São Pedro de características”, explica. Pode ser encontrado no face3 centímetros, book: Ze marques ou Canjerê artesanato. Contato para entalhado na adquirir suas obras: (41)85237205 (whatsapp). ponta de lápis
Lei visa coibir disseminação da Covid-19 para comunidades indígenas e tradicionais O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou dia 21 de maio o Projeto de Lei 1142/20, da deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) e outros, que institui medidas para prevenir a disseminação da Covid-19 junto aos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. A matéria será enviada ao Senado. Segundo o substitutivo da relatora, deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), as medidas de saúde farão parte de um plano emergencial coordenado pelo governo federal, mas deverão ser adotadas também outras ações para garantir segurança alimentar. Em relação à saúde indígena, caberá à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) coordenar o Plano Emergencial, a ser executado em conjunto com estados, Distrito Federal e municípios.
Manter-se em forma em tempos de quarentena “Atividade física é importante porque a gente está ficando mais dentro de casa”, afirma a professora e bailarina Célia Faustino, referindo-se ao isolamento decorrente da pandemia. “Mas o importante é conciliar o bem-estar físico ao emocional”, acrescenta. Célia é bailarina, musicista, eutonista, terapeuta e educadora corporal. Mora em Santos e dedica-se a apresentações de dança e aulas de alongamento integradas com outras técnicas como ioga, Pilates e kundaline. Durante 17 anos foi professora no Sesc-Santos, onde também faz apresentações de dança. Em 2003 abriu o Espaço de Consciência Corporal Célia Faustino no bairro do Embaré em Santos. Explica que com o início da quarentena em março teve que se adaptar ao desafio das aulas online. “As duas primeiras semanas foram mais difíceis, porque muitas pessoas não conseguiam lidar com estas ferramentas”, conta. “Mas os que toparam experimentar tiveram um bom retorno”, comemora. As aulas presenciais aconteciam duas vezes por semana para cada grupo. Agora, muitos alunos participam de aulas todo o dia ou mesmo duas vezes por dia. As aulas online acontecem em 8 horários na semana, terça, quarta, quinta e sexta de manhã e final de tarde. Célia vê na atividade prática uma ponte para se conectar mental e emocionalmente. “Tenho percebido nas aulas online esse encontro entre as pessoas”, observa. Para enfrentar o dia a dia da quarentena, Célia aconselha manter o foco e traçar um cotidiano com limites. Embora a professora afirme gostar mais das aulas presenciais, considera o contato online a preparação para uma nova realidade que vamos viver num futuro próximo. O Espaço de Consciência Corporal Célia Faustino fica na rua Oswaldo Cochrane, 71, sala 34. Mais informações: facebook: Célia é bailarina e Espaço de Consciência Corporal Célia professora de alongamento Faustino. Whatsapp: 997339962
Defesos Camarão-rosa (Farfantepenaeus paulensis e F. brasiliensis), camarão-branco (Litopenaeus schmitti), camarão-sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri)- 1/03 a 31/05. Pargo (Lutjanus purpureus) 15/12 a 30/04. A retenção a bordo e o desembarque do pargo será tolerado somente até o dia 18 de dezembro de cada ano.
Sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) 15/06 a 31/07 (traineiras e atuneiros) Lagosta vermelha (Panulirus argus) Lagosta verde (P. laevicauda)-01/12 a 31/05 Emalhe de fundo > 20 AB - S/SE- 15/05 a 15/06 Temporada de pesca Tainha (Mugil liza)- S/SE- 01/06 a
31/07 (cerco) ; 15/05 a 31/07 (emalhe costeiro de superfície e com anilhas) ; 01/05 a 31/07 (pesca desembarcada ou não motorizada) Áreas de exclusão A menos de 1 MN (emalhe motorizado)S/SE - permanente A menos de 1,5 MN (arrasto) – SP- >10 AB- permanente Moratórias
Ricardo Santos aprendeu com seu tio Francisco, caiçara de Ubatuba, a arte de fazer esculturas em madeira. O mestre fazia canoas de um pau só em tamanho real, e também em miniaturas. Ricardo virou Rick, apelido dado por uma turista alemã, fã de seu trabalho. Hoje, aos 60 anos, o artista mora em Bertioga e expõe suas obras na Casa da Cultura local e no Receptivo Turístico da Secretaria da Cultura na entrada da cidade (temporariamente fechados devido à pandemia da Covid-19). O artista usa pedaços de madeira caídos de árvores para fazer suas esculturas. “A forma já está lá, é só tirar o excesso de madeira”, diz Rick, explicando de uma maneira simples a beleza de sua arte. Assim ele produz onças, saíras, tucanos, e também, peixes como traíras, tubarões, garoupas, e figuras humanas. Um tubarão de 1,15 m é um de seus maiores trabalhos. Contatos: facebook.com/Rick Bertioga escultor/telefone e whatsapp: (13)99711.4185/(13)99799.9392/ email:ricksantos1221@gmail.com
Ala Indígena é inaugurada em hospital em Manaus A primeira ala voltada para o atendimento de pacientes indígenas com COVID-19 no Estado do Amazonas foi inaugurada dia 26 de maio no Hospital Nilton Lins em Manaus no Estado do Amazonas. A articulação para a abertura dos novos leitos foi feita pelo Ministério da Saúde e Governo do Estado do Amazonas. A Ala Indígena inaugurada tem 53 leitos; sendo 33 leitos clínicos, 10 Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e 5 Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) com possibilidade de expansão. O Amazonas é o Estado brasileiro com a maior quantidade de indígenas. Segundo o IBGE, o Estado tem 183.514 indígenas, com 70% vivendo em aldeias. Muitas são acessíveis apenas por barco ou aeronave pequena. Moradores de tribos situadas em áreas de difícil acesso acreditam que hospitais de campanha também devam ser construídos nestes locais. Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2015 a 6/10/2023 (Portaria Interministerial no 14) Mero (Epinephelus itajara) 06/10/15 a 06/10/23 (Portaria Interministerial no 13) Tubarão-raposa (Alopias superciliosus)tempo indeterminado Tubarão galha-branca (Carcharinus longimanus)-tempo indeterminado
Raia manta (família Mobulidae) - tempo indeterminado Marlim-azul ou agulhão-negro (Makaira nigricans)- tempo indeterminado Marlim-branco ou agulhão-branco (Tetrapturus albidus) – tempo indeterminado Saiba mais sobre a legislação de pesca em: www.jornalmartimpescador.com. br (legislação)
MAIO/JUNHO 2020
De olho nas crianças! Sempre é tempo de ficar atento aos pequeninos dentro de casa Acidentes domésticos foram a principal causa de morte de menores de 1 a 14 anos no Brasil nos últimos 10 anos, segundo dados da DATASUS. Por isso, é importante ficar atento a possíveis perigos dentro de casa, alerta a enfermeira Rosely Kalil, professora universitária, mestre em Ciências, especialista em Saúde Pública e Promoção da Saúde. “Entre os principais acidentes temos queimaduras ocasionadas com fogo, água fervente ou eletricidade, quedas e intoxicação com produtos de limpeza e plantas venenosas”, afirma Rosely. Em relação às queimaduras, a especialista ressalta que os adultos também devem se cuidar, logo após usar álcool em gel, para não manipular fontes de calor (como o forno e fogão). O produto tem efeito residual e é inflamável, podendo trazer risco para quem usa. O álcool em gel é mais aconselhável quando a pessoa está fora de casa, e não tem uma pia para lavar a mão. Em casa é melhor usar água e sabão ou ainda
sabonete e detergente. Estes são os procedimentos aconselhados
para evitar acidentes: - Para evitar quedas, proteja as quinas dos móveis, e deixe-os em posições que não permitam que as crianças subam neles. - Para prevenir acidentes com queimaduras, não deixe crianças na cozinha, e também não cozinhe com criança no colo. Para evitar imprevistos, use sempre as bocas de trás do fogão, e mantenha os cabos das panelas voltados para dentro, fora do alcance dos pequenos. - Proteja tomadas de eletricidade com fitas adesivas para evitar choques elétricos. - Produtos de limpeza e plantas venenosas podem provocar intoxicações quando ingeridos. Devem ser mantidos fora de alcance dos menores. Crianças de 1 a 3 anos estão na fase oral, conhecendo o mundo e colocam tudo na boca. - Na área de serviço, colocar os baldes vazios e de boca para baixo para evitar afogamentos.
Chefs Júnior e Naila, unem a culinária fit à tradicional O chef Junior França, consultor e coordenador gastronômico, tem motivação na gastronomia de raiz e na agricultura familiar. Trabalha há 16 anos em Itacaré na Bahia, procurando sempre valorizar os produtos locais. No Hotel Itacaré Suíte desenvolveu pratos de tradição baiana criando uma nova leitura. Na hamburgueria Casa87 criou um delicioso hamburguer artesanal com molhos caseiros. Nesta especial receita de nhoque de banana da terra juntou seu talento ao da chef funcional Naila Moreira, que produziu um especial molho
de shitake. Experimente, pois a combinação rendeu um prato saudável e com os bons ingredientes da terra. Naila, nasceu e trabalha em Campinas, São Paulo, e é especialista em gastronomia funcional. Depois de emagrecer 25 quilos com preparos fit, tornou-se a imagem da alimentação equilibrada que pratica. Especializou-se em preparar marmitas fit para atender pessoas que buscam pratos saudáveis. Instagram: @chefjuniorfranca/@hamburgueriacasa87/facebook: Junior França Instagram: nailamoreira_
Nhoque de banana ao molho de shitake (4 pessoas) Ingredientes: Massa: 1 kg de bananas da terra/200g de queijo parmesão ralado/ 1 pouco de farinha de trigo, se for necessária para dar o ponto firme Leve as bananas ao forno com casca e deixe assar por 30 minutos no fogo pré-aquecido a 180 graus. Ou até que elas escureçam por completo. Retire as cascas e coloque as bananas ainda quentes num refratário e as amasse com um garfo. Em seguida, adicione o queijo parmesão ralado e misture tudo até que se envolva por completo, formando uma bola de massa. Se a massa estiver muito mole, pode-se acrescentar um pouquinho de farinha de trigo (ou farinha de arroz que não tem glúten). Enrole a massa num filme plástico e deixe por uma hora na geladeira para dar firmeza. Passar óleo numa mesa de inox ou mármore, e depois pegue pedaços de massa e forme rolinhos, cortando os nhoques um a um. Molho: Ingredientes: 30 g shitake desidratado (ou
cogumelos frescos como o Paris ou shimeji)/15 ml de azeite/ 1 colher (sopa) de cebola branca/1 colher (sobremesa) de alho picado/1 colher (sopa) de manteiga/alho-poró picado/páprica/ cerca de 1 xícara (de café) de farinha de trigo/1 xícara (de café) de leite/1 xícara (chá) de caldo de legumes (feito com cebola, tomate e cenoura)/pimenta-de-cheiro picada/sal/pimenta-
-do-reino/flores comestíveis Preparo: Deixe o shitake hidratar na água. Escorra, reserve e aproveite esta água para levar ao fogo com cebola, tomate e cenoura para formar um caldo de legumes. Reserve. Coloque um fio de azeite numa frigideira grande. Acrescente cebola, alho, pimenta-de-cheiro, pimenta-do-reino, páprica, sal e 1 colher (sopa) de manteiga. Depois de refogar, adicione o shitake, despeje aos poucos metade da xícara de caldo de legumes. Coloque a manteiga, e adicione aos poucos a farinha de trigo, mexendo bem. Para engrossar, adicione aos poucos o leite até dar o ponto cremoso. Se necessário, colocar mais caldo de legumes. Reserve. Preparo final: Distribua um pouco de manteiga em outra frigideira. Coloque o nhoque. Deixe dourar de um lado e depois do outro. Para empratar, coloque o nhoque, espalhe o molho de shitake por cima e enfeite com flores comestíveis.
7
Economia na pandemia Que tal empregar maneiras práticas de cozinhar que vão economizar seu consumo de gás, na pandemia e depois dela? Para isso, duas técnicas podem ser aproveitadas. Uma delas é deixar os cereais de molho na água antes de cozinhar. A segunda é aproveitar o calor criado com a fervura para finalizar o cozimento com o fogo desligado. Usamos aqui a panela de pressão para o feijão, e uma panela com tampa que encaixe bem para fazer o arroz e os legumes. Arroz, feijão e legumes são uma boa opção para a refeição no dia a dia. Feijão Lavar 2 xícaras (chá) de feijão e escorrer. Deixar de molho por 1 hora em 4 ½ xicaras (chá) de água. Colocar na panela de pressão. Quando começar a apitar, abaixar o fogo e deixar por 5 minutos. Desligar o fogo e deixar mais 30 minutos na panela ainda tampada para terminar de cozinhar no vapor. Acrescentar alho refogado no azeite (ou outro tempero a seu gosto) e misturar ao feijão. Salgar. Arroz branco Colocar 2 xícaras (chá) de arroz e 4 xícaras (chá) de água numa panela. Misturar azeite, sal e alho picado (ou outro tempero a gosto) numa panela com tampa. Mexer e deixar descansar por 20 minutos. Depois levar ao fogo e deixar até ferver. Desligar o fogo, tampar bem e deixar dentro do forno desligado por 35 minutos. Quando retirar do forno, tirar a tampa e mexer bem com uma colher de pau para deixar o arroz soltinho. Arroz integral Colocar numa panela 2 xícaras (chá) de arroz integral e misturar com 3 ½ xícaras (chá) de água, um alho picadinho (ou outro tempero a gosto), sal e azeite a gosto. Deixar descansar por 30 minutos. Levar ao fogo alto com panela tampada por 5 minutos. Abaixar o fogo e deixar mais 5 minutos cozinhando. Desligar e deixar com panela tampada dentro do forno por 35 minutos. Depois que retirar do forno, destampar e mexer o arroz com uma colher de pau para ficar soltinho. Salada de legumes Colocar numa panela 2 batatas, 2 mandioquinhas e 2 cenouras, todas cortadas ao meio. Cobrir com água e tampar. Colocar em fogo alto por 5 minutos e mais 10 minutos com fogo baixo. Tampar e deixar no forno desligado por 30 minutos. Salgar e temperar a gosto para fazer uma salada.
CARTILHA PARA PESCADORES
ACORDO DE PESCA
8
MAIO/JUNHO 2020
Moratória de Pesca QUAIS ESPÉCIES VOU TER QUE DEIXAR DE PESCAR? E POR QUANTO TEMPO?
QUAIS ESPÉCIES VOU TER QUE DEIXAR DE
Veja que o tempo e as regiões irão variar de acordo com a espécie, conforme trabalho o tempo e as regiões irão variar de acordo com a espécie, conforme trabalho elaborado pelo CAEX, pelo Instituto da Pesca, pelo Instituto Maramar e Veja pela que Unisanta.
pelo CAEX, pelo Instituto da Pesca, pelo Instituto Maramar e pela Unisanta. A MORATÓRIA CONTINUA - PROIBIÇÕES DE JUNHOelaborado JULHO E AGOSTO Rio Itapanhaú
Bertioga
A moratória de pesca é um compromisso opcional para os Guarujá Não permitido pescadores artesanais de não pescar determinadas espécies coleta Serra do Mar abr | mai | jun em certas áreas e épocas no estuário de Santos durante 12 meses. O objetivo é de colaborar para a recuperação da área Barra Não permitido do Canal coleta Não permitido afetada pelo incêndio ocorrido em 2015 no TEAS, atingindo PROIBIDO PEGAR: jan | fev | mar coleta out | nov | dez PROIBIDO PEGAR a Central de Transferência de Combustível e seis tanques da DE PESCA ACORDO ACORDO DE PESCA CARTILHA PARA PESCADORES O MEXILHÃO empresa Ultracargo. O pescador pode continuar pescando Não permitido coleta Santos ONDE E QUANDO: jul | ago | set em outras áreas do estuário. A medida é parte de um Termo Iriri POR FORA de Ajustamento de Conduta (TAC) Parcial com o Terminal DO COSTÃO Enseada Químico de Aratú (Tequimar), tendo como anuentes o TerLargo do Ponte de Guaiúba ROCHOSO Candinho Domenico minal Exportador de Álcool de Santos- Teas e as empresas Rangoni Marina INCLUINDO Enseada do Perequê Ultracargo, Ultrapar e Raízen Energia.O TAC foi firmado A PRAIA DO QUAIS VOU Federal TER QUE DEIXAR DEdePESCAR? E POR QUANTO TEMPO? comESPÉCIES o Ministério Público e o Ministério Público GUAIUBA, QUAIS ESPÉCIES VOU TER QUE DEIXAR PROIBIDO PEGAR: SURURU, SP dia 15 de maio de 2019. O acordo foi assinado de forma Guarujá EM JULHO E BICO DE OURO, BICO-DE-PRATA E PRETINHO Ilha da AGOSTO. parcial atendendo num primeiro momento a proteção do meio Moela ONDE E QUANDO: DA PONTE DOMENICO RANGONI Proposta de Manejo Veja que oambiente tempo e as regiões irão variar de acordo com a espécie, conforme AO COMEÇO DO LARGO DO CANDINHO; E DO IRIRI do estuário e os pescadores, mas astrabalho negociações Veja que o tempo e as regiões irão variar de acordo com a espécie, conforme trabalho elaborado pelo CAEX, pelo Instituto da Pesca, pelo Instituto Maramar e pela Unisanta. elaborado pelo CAEX, pelo Instituto da Pesca, pelo Instituto Maramar e pela Unisanta. ATÉ O MAR: JUNHO, JULHO E AGOSTO. FicaEM definido que nas áreas apontadas no mapa não é permitida a coleta em outras áreas continuam. de Sururus por 1 ano, alternando as áreas nos meses indicados.
PESCAR? E POR QUANTO TEMPO?
SURURU, BICO DE OURO, BICO DE PRATA, PRETINHO
Santos
Proposta de Manejo 1 ano, alternando 3 meses de interrupção da atividade
Rio Cascalho
Alternância de 4 áreas Tamanho mínimo (4,5 cm)
Legenda
Fica definido que nas áreas de ocorrência apontadas no mapa não é permitida Guarujá São Vicente a coleta de Mexilhão por 1 ano (durante julho e agosto).
MEXILHÃO
Área de prática de manejo para a espécie
1 ano de interrupção da atividade (durante julho e agosto)
5 São Vicente Largo do Candinho
Rio Trindade
Santos
Ponte Pênsil
Alternância de áreas apontadas no mapa
Baía de Santos
Legenda
Área de prática de manejo para a espécie CARTILHA PARA PESCADORES
Fortaleza da Barra
6
Mar pequeno
Rio Piaçabuçu ACORDO DE PESCA CARTILHA PARA PESCADORES
Canal de Bertioga
DE
QUAIS ESPÉCIES VOU TER QUE DEIXAR DE PESCAR? PROIBIDO PEGAR: PARATI PEGAR: QUAIS ESPÉCIES VOU TER QUE DEIXAR EDEPOR PESCAR? EPROIBIDO POR QUANTO TEMPO? QUANTO TEMPO? ONDE E QUANDO: NO MANGUE NA PARTE PESCADA E CORVINA Canto do Forte
Praia Grande
Guarujá
PESCAR? E POR QUANTO TEMPO? PROIBIDO PEGAR: CARANGUEJO-UÇÁ
Ponta do Monduba
Ponta do Itaipu
ONDE E QUANDO: NO MANGUE NA Proposta de Manejo de Manejo NA BAÍA DE SANTOS PARTE DO CANAL DE BERTIOGA ATÉ O DO CANAL DE BERTIOGA ATÉ O LARGO DO QUANDO: Veja que o ONDE tempoEeProposta as regiões irão variar de acordo com a espécie, co Proposta de Manejo LARGO DO CANDINHO, NO LADO DE Veja que o tempo CANDINHO, NO DE SANTOS RIOS trabalho elaborado pelo DACAEX, PONTA DO ITAIPÚ ÀdaPONTA DO Fica definido quevariar nosLADO riosde Piaçabuçu e Cascalho não permitida E a conforme e as regiões irão acordo com a éespécie, pelo Instituto Pesca, pelo Instituto Maramar Fica definido que na Baía de Santos não é permitida a pesca de Corvina e Pescadas de Parati por 1 ano nos meses de julho, agosto e setembro. por 1 ano nos meses julho, agosto eEsetembro. pelo CAEX, pelopesca da Pesca, pelo Instituto Maramar e pela Unisanta. SANTOS, JUNHO, JULHO E oAGOSTO. PIAÇABUÇU EInstituto CASCALHO, EM JULHO E AGOSTO. MONDUBA, EMdeJULHO AGOSTO. Fica definido que nas EM áreas de mangue do Rio Trindade até Largo do Candinho elaborado Bertioga
não é permitida a captura de Caranguejo-uçá durante 1 ano.
CARANGUEJO-UÇÁ
1 ano de interrupção da atividade
PARATI
Trindade-Candinho (Canal de Bertioga)
Cubatão
Cubatão
Legenda
1 ano por 3 meses (julho, agosto e setembro) de interrupção da atividade
PESCADA E CORVINA
Rios Piaçabuçu Bertioga e Cascalho
Legenda
Legenda
Área de prática de manejo para a espécie
Largo Largode do prática Área manejo para a espécie SantadeRita Caneú
Rio Diana
Guarujá 1 ano por 3 meses (julho, agosto e setembro) de interrupção da atividade
PROIBIDO PEGAR: CAMARÃO-BRANCO E O CAMARÃO-SETEBARBAS NO MAR ONDE E QUANDO: NA ENSEADA DO GUAIUBA E EM TORNO DA ILHA DA MOELA (ATÉ 200M), EM JUNHO, JULHO E AGOSTO.
Área de prática de manejo para a espécie
Canal de Bertioga
9 10
7 Guarujá Guarujá Baía de Santos
Praia Grande
Ilha da Moela
PROIBIDO PEGAR: ROBALO QUANDO: NAS ÁREAS DE CABECEIRAS DOS RIOS, Fica definido que nas áreas de cabeceiras e de menores salinidades EM aJUNHO, E AGOSTO. não é permitida pesca de Robalo JULHO por 1 ano.
ONDE E Proposta de Manejo
ROBALO
1 ano de interrupção da atividade
Legenda
Áreas de cabeceiras e de menores salinidades
PROIBIDO PEGAR: CAMARÃO-BRANCO NO ESTUÁRIO Proposta de ManejoEM TODO O ESTUÁRIO (SÓ É ONDE E QUANDO: PERMITIDA A CAPTURA PARA ISCA VIVA), EM JUNHO, Fica definido que em toda área estuarina não é permitida a captura de Camarão branco JULHO AGOSTO. durante 1 ano no período deEmaio até agosto (permitido somente para isca-viva). CAMARÃO BRANCO ESTUÁRIO
1 ano por 4 meses (maio, junho, julho e agosto) de interrupção da atividade
Legenda
Baía de Santos
Em toda área estuarina Permitido somente captura para isca-viva
200 m
Ponta do Monduba 200 m
Proposta de Manejo
Fica definido que na Enseada do Guaiúba e ao redor da Ilha da Moela (2