JORNAL MARTIM-PESCADOR 173

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OUTUBRO/NOVEMBRO 2021 • Número 173 • Ano XVIII • Tiragem 3.000 exemplares

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ORGULHO CAIÇARA

A Lili do Acarajé está de volta em São Vicente. Pág. 3

Ivones exibe um robalo no Mercado de Peixes...

Acarajé e abará, iguarias da Bahia!

...e ensina a fazer a deliciosa peixada alagoana. Págs. 4 e 5

A advogada e professora Beth Nakano escreve o livro As cores da Biju, ilustrado por Leandro Passos. Pág.6 A família Leandro do sítio Pedrinhas, em Guarujá, mantém a tradição caiçara. Págs. 4 e 5 Isabela Carrari/PMS Flavia Lemos

Missa de Bom Jesus de Ilha Diana aconteceu dia 6 de agosto. Pág. 7 Padre Claudenil e bispo Tarcisio Scaramussa celebram a renovação da consagração de Nossa Senhora de Monte Serrat como padroeira de Santos. Pág. 6


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Defesos

Caranguejo-guaiamum (Cardisoma ganhumi) 1/10/2021 a 31/03/2022 Caranguejo-uçá (Ucides cordatus) 1/10/2021 a 30/11/2021 (machos e fêmeas), 1/12/2021 a 31/12/2021 (somente fêmeas) Garoupa verdadeira (Epinephelus marginatus) 1/11/2021 a 28/02/2022 Mexilhão – 01/09/2021 a 31/12/2021 Ostra (todas espécies) 18/12/2021 a 18/02/2022 Defeso da piracema-1/11/2021 a 28/02/2022-período de defeso continental em duas bacias hidrográficas que abrangem o estado de São Paulo – a do rio Paraná e a do Atlântico Sudeste (rios Paraíba do Sul e Ribeira de Iguape). Sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis)1/10/2021 a 28/02/2022 Badejo-amarelo (Mycteroperca interstitialis), sirigado (Mycteroperca bonaci), garoupa-de-são-tomé (Epinephelus morio), caranha (Lutjanus cyanopterus)- 1/08 a 30/09 Temporada de pesca Tainha (Mugil liza)- S/SE- 01/06 a 31/07 (cerco) ; 15/05 a 31/07 (emalhe costeiro de superfície e com anilhas) ; 01/05 a 31/07 (pesca desembarcada ou não motorizada) Áreas de exclusão A menos de 1 MN (emalhe motorizado)- S/SE permanente A menos de 1,5 MN (arrasto) – SP- >10 AB- permanente Moratórias Cherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2015 a 6/10/2023 (Portaria Interministerial no 14) Mero (Epinephelus itajara) 06/10/2015 a 06/10/2023 (Portaria Interministerial no 13) Tubarão-raposa (Alopias superciliosus)- tempo indeterminado Tubarão galha-branca (Carcharinus longimanus)-tempo indeterminado Raia manta (família Mobulidae) - tempo indeterminado Marlim-azul ou agulhão-negro (Makaira nigricans)- tempo indeterminado Marlim-branco ou agulhão-branco (Tetrapturus albidus) – tempo indeterminado Saiba mais sobre a legislação de pesca em: www.jornalmartimpescador.com.br (legislação)

COVID-19 no Brasil até 28/09/2021 Total de casos registrados .............21.381.790 Total de óbitos ....................................595.446 Novos casos registrados (24h) ............ 15.395 Novos óbitos registrados (24h)................. 793 Fonte: site do Ministério da Saúde www. saude.gov.br Com a vacinação e os cuidados de prevenção o crescimento da pandemia desacelerou, mas não acabou. Portanto usar máscara, lavar as mãos, manter distanciamento mínimo são cuidados que todos devem ter para preservar sua saúde e das pessoas que os cercam. EXPEDIENTE www.jornalmartimpescador.com.br

PAT oferece nove oportunidades de emprego em São Vicente Postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, na região Insular e na Área Continental

O Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) da Cidade divulgou dia 29 de setembro, novas oportunidades de emprego em diferentes segmentos profissionais. São eles: supervisor de vendas comercial (1 vaga), salgadeiro (2 vagas), auxiliar de cozinha (3 vagas), borracheiro (1 vaga), vendedor de plano de saúde (1 vaga). O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, com agendamento pelos números de telefone (13) 3468-1636 (unidade Área Insular, na Avenida Presidente Wilson, 1.126 – Itararé) e 3576-0836 (unidade Área Continental, na Avenida Ulisses Guimarães, 211 – Jardim Rio Branco). É necessário que o candidato leve RG, CPF, carteira de trabalho e comprovante de residência. Para quem quer mais agilidade, é possível acessar as vagas disponíveis pelo aplicativo Sine Fácil (em celulares com sistema Android) ou por meio de cadastro pelo Portal do Ministério do Trabalho – Emprega Brasil, por meio do link https:// empregabrasil.mte.gov.br/

Projeto Albatroz é premiado

Dia 15 de setembro, o Projeto Albatroz recebeu, como parte da iniciativa Open Tuna, um prêmio internacional em sustentabilidade no Tuna Awards. A cerimônia de entrega foi realizada na cidade espanhola de Vigo, durante a 10ª Conferência Mundial do Atum. O OpenTuna tem o objetivo de promover a sustentabilidade da pescaria de atuns por meio Tatiana Neves e Rodrigo Hazin do Projeto da modernização da coleta de Albatroz recebem a homenagem informações, da transparência, da rastreabilidade e da valorização desses diferenciais no mercado do pescado. Foi impulsionada pela Aliança do Atlântico para o Atum Sustentável (AAAS) e conta com a parceria da Oceana, Global Fishing Watch, Projeto Albatroz, Fundação Projeto Tamar, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Paiche.

Ministério da Saúde recomenda vacinação para adolescentes

Adolescentes de 12 a 17 anos, sem comorbidades, devem ser vacinados contra a Covid, seguindo ordem de prioridades. Essa é a recomendação do Ministério da Saúde, publicada em uma Nota Técnica dia 22 de setembro. Além disso, a pasta reforça a orientação para que estados e municípios utilizem apenas a vacina da Pfizer/BioNTech, única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa-etária. A orientação garante a segurança da campanha. Segundo a recomendação da pasta, como já havia sido divulgado anteriormente, a vacinação desse público deve começar pelas adolescentes grávidas, puérperas e lactantes, adolescentes com deficiência permanente e com comorbidades.

Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo Presidente Tsuneo Okida

Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP CEP: 11030-350 Fone: (013) 3261-2992

Em seguida, a prioridade deve ser dos jovens de 12 a 17 anos privados de liberdade. A lista de comorbidades está definida no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). “Podemos, a partir de agora, retomar a vacinação dos adolescentes e essa decisão vem após vários estudos e discussões técnicas. Depois de muita investigação, entendendo as causas que fizeram com que se adotasse a suspensão e, depois de uma semana, decidiu-se que podemos retomar a vacinação priorizando os grupos que têm uma imunidade mais deficitária”, comunicou o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz. Fonte: site do Ministério da saúde: www. gov.br/saude

Caiçara Expedições: conhecendo a Baixada Santista Turismo Comunitário Ateliê Arte nas Cotas - Cubatão SP

Um roteiro para quem gosta de conhecer projetos comunitários e fazer turismo ao mesmo tempo! O Turismo Comunitário Arte nas Cotas - Cota 200 mostra aos visitantes o trabalho da comunidade do bairro Cota 200 conhecendo os projetos do Ateliê Arte nas Cotas, Nesdel, Cota Viva e ComCom, cujas intervenções artísticas, sociais e ambientais alegraram o bairro e proporcionam renda e autoestima à comunidade. 03 de outubro domingo/R$ 220,00 por pessoa

Tour a Pé em Santos SP Mais de cinco séculos marcados por lutas e pela determinação de seu povo forjaram uma cidade confiante no futuro, que vive orgulhosamente sua história. 09 de outubro sábado/R$ 30,00 por pessoa

Trilha dos 03 Ecossistemas - Bertioga SP Esta trilha é uma aula a céu aberto repleta de informações e belezas naturais. Passando por importantes ecossistemas da região (manguezal, restinga e mata de encosta), a trilha ainda possui rio de águas cristalinas e uma bela piscina natural. 10 de outubro domingo/R$ 198,00 por pessoa

Diversão com as Mãos na Terra - Santos SP Café da Manhã elaborado por Comunidade Local, Oficina de Compostagem, Oficina de Sementeira, uma muda de planta, Monitoria da Comunidade e Acompanhamento de Guia de Turismo. 12 de outubro - terça feriado Dia das Crianças R$ 80,00 por criança R$ 100,00 por adulto

Tour a Pé em Santos SP Mais de cinco séculos marcados por lutas e pela determinação de seu povo forjaram uma cidade confiante no futuro, que vive orgulhosamente sua história. 23 de outubro sábado/R$ 30,00 por pessoa

www.caicaraexpedicoes.com.br Tel:13 3466-6905 WhwhatsApp: 13 9 8142-0151 E- Email: contato@caicaraexpedicoes.com Horário de Atendimento Seg a Sex, das 09h30 às 12h / 14h às 17h30. WhatsApp: 24h (retornamos mensagens assim que possível).

Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP christinamorim@gmail.com Fotos e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - icarrari@gmail.com - Impressão: Diário do Litoral: Fone.: (013) 3307-2601 Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia


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A importância de se retirar as vísceras do pescado antes de conservá-lo na geladeira Por ser o pescado um alimento altamente perecível, sua manipulação e preparo exigem cuidados especiais. Assim, são necessárias boas práticas de conservação, desde a higiene pessoal (lavaAugusto Pérez Montano gem das mãos), Médico Veterinário, membro higiene com os da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de utensílios e equiMedicina Veterinária do pamentos (faca, Estado de São Paulo panos, vasilhames limpos), higiene com o ambiente (cozinha e pia limpas) e higiene com o pescado. Quanto à higiene do pescado, deve-se levar em consideração o local onde ocorreu a captura, quanto mais próximo da costa, mais facilmente o pescado se contamina, tornando esse alimento impróprio para o consumo. O mesmo acontece com os peixes provenientes de rios e lagos, pois esses ecossistemas estão sempre propensos a despejos de esgotos domésticos ou industriais que podem contaminar o pescado com microrganismos ou com metais pesados, desinfetantes, detergentes, resíduos de medicamentos, entre outros. Quando o pescado provém de águas profundas, o risco de contaminação diminui bastante. A retirada das vísceras faz parte das boas práticas de conservação para controle da matéria prima, evitando a deterioração do pescado. Esse procedimento inicia com uma abertura abdominal, expondo as vísceras para sua retirada e procedendo, em seguida a lavagem da cavidade com água corrente e de boa qualidade para retirada dos resíduos e sangue. É importante não ocasionar o rompimento das vísceras pois facilitará a contaminação da carne com o conteúdo, que é responsável pela deterioração. Quanto mais cuidadoso é esse procedimento, maior o tempo de conservação da matéria-prima. Os resíduos devem ser separados e contidos em sacolas e não ter contato em hipótese alguma com o pescado limpo. Para dar a continuidade ao processo a dona de casa pode temperar a gosto ou guardar em geladeira para consumo imediato ou até o dia seguinte. Pode também congelar em freezer (- 18 graus Celsius) para o consumo após alguns dias.

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Clínica-escola da Unisanta dá atendimento odontológico A Unisanta mantém uma clínica que presta atendimento para várias especialidades odontológicas,como: Clínica de bebês, Odontopediatria – crianças, Prótese total, unitária, fixa e removível, Dentística (restauração dos dentes), Endodontia (tratamento de canal), Periodontia (tratamento da gengiva), Cirurgia (extrações), Estomatologia –

diagnóstico de doenças da cavidade bucal (prevenção de câncer), Ortodontia preventiva (colocação de aparelho) e Pacientes especiais - desde bebês até adultos. O atendimento é gratuito, e apenas serão cobrados, quando necessário, serviços que exigem trabalho de laboratório de protético, como por exemplo aparelhos ortodônticos. Os alu-

nos prestam atendimento sob a orientação de professores em clínica. Os interessados devem agendar avaliação por telefone. Mais informações: Clínica de Odontologia da Unisanta endereço: rua Cesário Mota 8 (travessa da Conselheiro Nébias), Santos. Informações pelo email: recepcaoodonto@unisanta.br. Tel. (13)32027154/ (13)3223.8641

Uma empada vegana bem deliciosa

Lúcia Blue se divide entre receitas caiçaras e veganas

Empada de ricota e espinafre

Mesmo que você não seja vegano, é bom experimentar esta receita leve e saborosa. Quem ensina é a Lúcia Blue, aficionada da cozinha vegana e também da culinária caiçara. Há muitos anos em contato com pescadores artesanais, trabalhadores rurais e quilombolas do litoral de São Paulo, já fez vários projetos, entre eles facilitar o escoamento da produção de peixes no Mercado de Peixes de Peruíbe no litoral sul. Seu objetivo agora é fazer aquaponia com pacus em Cananeia. Diretora-presidente do Instituto dos Trabalhadores da Transformação da Agricultura familiar, explica que o instituto ensina o pescador a pegar o pescado in natura e transformá-lo em produtos. “Passar conhecimentos em projetos de aquaponia também está em nossos objeti-

vos”, acrescenta. A empada vegana é uma boa opção de comida leve e saudável. “Fiz um Instagram para vender meus produtos”, Lúcia explica. As entregas são feitas em delivery (na região da Bela Vista e Jardins em São Paulo). Entre as delícias feitas por Lúcia estão sanduíches criativos, torta Le Tatin de goiaba, manga, ou a tradicional de maçã, tortas salgadas de legumes, galinha caipira e tomate com pesto e requeijão. Veja no instagram: porto_de_engenho24. Contato: (11) 97330.7357 Empada vegana Ingredientes: 1 xícara de farinha de grão de bico (hidratar com 70 ml de água)

1 xícara (chá) de farinha de trigo 4 colheres (sopa) de óleo de coco ou azeite 1 colher (chá) de sal 35 g de açúcar mascavo Hidratar farinha e acrescentar os demais ingredientes. Recheio: Cozinhar o espinafre em água. Escorrer, espremer um pouco, picar miúdo e juntar à ricota amassada. Colocar um pouco de sal. Coloque a farinha de trigo na mesa corte discos de 14 cm de diâmetro. No centro, coloque 1 colher de sopa de recheio de ricota de soja e espinafre. Feche e leve ao forno até dourar (180 graus C). Com essa receita da massa também é possível fazer a Torta Le Tatin, com recheio de maçã ou manga.

Lili do acarajé está de volta! Depois de um ano de forte pandemia, o comércio vai reiniciando suas atividades. Assim, a Lili, que frita seus acarajés na avenida da praia esquina da Divisa Santos-São Vicente também retomou seu trabalho. Quem quiser experimentar suas delícias, e só passar no local

nos sábados e domingos das 18h às 21h. A quituteira baiana também trabalha com encomendas para festas. Ela faz todas as especialidades baianas: acarajé, vatapá, caruru, moquecas e também doces, como bolos de tapioca, cocada e outros. Contato: Whatsapp: (13) 97418.9476.


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COLUNA DP World Santos promove atividades de preservação ambiental em prol da campanha Go Green O compromisso com a conservação do Meio Ambiente faz parte da história da DP World. Por esta razão, desde 2015, o terminal aderiu à campanha Go Green, uma iniciativa global liderada pelos maiores operadores portuários do mundo, que se uniram por um objetivo em comum: contribuir para a construção de portos mais sustentáveis por meio de ações com as comunidades onde as empresas atuam. Como parte da campanha, a DP World Santos realiza anualmente a ação “Clean Up Day” (Dia de Limpeza) em áreas próximas do terminal ou na orla da praia de Santos. Neste ano, um grupo de 10 voluntários recolheu mais de 280kg de resíduos diversos (entre isopores, garrafas pet, restos de brinquedos, sapatos, pedaços de colchão e embalagens diversas) nas áreas de entorno da empresa, próximo à Ilha Diana. Além disso, como forma de celebrar o Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro, a DP World Santos promoveu o plantio de 50 espécies de árvores nativas da Mata Atlântica no terminal. Integrantes voluntários plantaram mudas de Araçá, Pitangueira, Manacá da Serra, Quaresmeira, Ipê amarelo e Palmito-juçara, com o objetivo de valorizar a ambientação externa dos escritórios e atrair mais aves e outros animais polinizadores para o terminal – um ponto de partida para um patrimônio ambiental que fará parte do futuro das próximas gerações.

OUVIDORIA DP WORLD SANTOS NOVO SITE 0800 779-1000 ouvidoria.ssz@dpworld.com www.dpworld.com/santos

Família Leandro, orgulho de ser caiçara Do peixe azul-marinho à confecção de tarrafas, seis gerações cultivam a cultura caiçara

Ivones

Mandioca, coco, coentro e colorau são algumas das presenças constantes na culinária alagoana

Ivones Paulo da Silva, 38 anos, nascida em Campo Grande, Alagoas, mora há 20 anos no estado de São Paulo, sendo 10 em Guarujá, mas não esqueceu as receitas de sua mãe, dona Maria Luciana. Ela e seus nove irmãos, seis mulheres e quatro homens, aprenderam a gostar de comer a deliciosa galinha caipira, mocotó e buchada. “Fui criada com a comida caseira, feita com produtos do sítio”, conta. Lá, a mãe e o pai Amarílio plantam de tudo um pouco, milho feijão, abóbora, batata e mandioca, além de criar porcos, galinhas e cabras. Hoje, Ivones trabalha no box Gabrimar, no Mercado de Peixes de Santos, na Ponta da Praia. Embora nascida no interior, aprendeu rápido a conhecer todos os peixes, e sabe indicar direitinho o que o freguês procura. Embora tenha vivido longe do mar, sabe uma boa receita de peixe à moda das Alagoas. Quem ensinou foi sua irmã mais velha, Ivonete, e repartimos os ingredientes e o preparo aqui com vocês. Bom apetite!


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Seu Zeca Leandro, pescador desde os 13 anos de idade, ainda gosta de sair para uma boa pescaria em companhia de seu filho Paulo, em Guarujá. “Cada vez que eu pesco com meu pai, ele vai contando uma história diferente, um acontecimento, ele já andou por esse rio todo”, diz o filho. Aos 89 anos ele esbanja saúde, e em sua última saída, capturou uma bela pescada amarela 13 quilos, que foi preparada de duas maneiras tradicionais, ensopada e assada, usando a cabeça para fazer o pirão. “Hoje, peixe bom assim a gente não vende, prepara para a família”, afirma o pescador aposentado. Dos tempos antigos conta que saia à tardinha para pescar com um companheiro e à meia noite, passavam uma água no corpo, nem voltavam para casa e remavam até o Mercado de Santos para vender o peixe. Iam com sono, e às vezes pegavam reboque em algum barco a motor que ia passando. Como o Mercado só abria às 5 horas, iam para o bar de um português chamado Túlio, tomar café e comer um pão com queijo. Lá conheciam todo mundo. “Era sacrificado, mas era divertido”, lembra-se. Depois levavam uma cesta de bambu cheia de peixe, pesavam na balança. Com o dinheiro da venda, seu Zeca fazia compras para trazer para casa feijão, arroz, carne, café. Chegava em casa quase sem dinheiro, mas com bastante mercadoria comprada, além de parte da produção da pesca para o consumo da casa, tainha, robalo, parati, caratinga ou camarão. Comiam peixe todo dia, ensopado ou assado na brasa do fogão de lenha, preparados pela esposa,

A família Leandro confraterniza no quintal caiçara

dona Aurora, já falecida, e muitas vezes pelo seu Zeca. O gosto de preparar e degustar o pescado acompanha até hoje os sete filhos, José com 59 anos, Eugênio, 58, Nelson, 57, Paulo, 56, Lucia, 54, Luzia, 52, Neia, 51. E a mais nova geração, nove netos 11 bisnetos, também segue o exemplo dos mais velhos. “Todos são fanáticos por peixe”, afirma o filho Nelson, que cada vez que vai visitar o pai leva sardinha para assar na brasa. A família preserva o modo caiçara de preparar o pescado, temperado com o coentro-de-folha-larga, pimenta, com banana verdolenga nanica ou da terra, acompanhado sempre que possível de pirão. E algumas preciosas receitas, guardadas com carinho por muitas gerações, como a cocada de gengibre da avó Carmen, mãe de dona Aurora.

Aos 89 anos ainda tem habilidade de jogar a rede

A vida inteira na pesca, Seu Zeca trabalhou por um período no ferry-boat, onde se aposentou. Por isso, o pescado nunca faltou na mesa da família. “Faço rede, pesco com os filhos sempre com rede e motor, mas hoje não aguento mais remar”, conta. “Ensinei todos os filhos a pescar, quatro moleques e três meninas”, diz com orgulho. A tradição começou quando a família Leandro saiu de Ubatuba para se instalar no sítio Pedrinhas, em Guarujá às margens do Canal de Bertioga. Chegaram em 1922, quando a família comprou terras do Guarujá e recebe um quinhão, o Sítio Pedrinhas, onde moram até hoje. O filho de seu Zeca, Nelson, conta que seu bisavô materno, o português Modesto Barbosa, foi o maior produtor de café e fumo de Ubatuba por

Seu Zeca captura uma pescada de 13 kg

volta de 1840 e presidente da Câmara Municipal local. Seu filho, também chamado de Modesto Barbosa, veio para Guarujá com Pedro Leandro, pescador caiçara de Ubatuba, e a esposa Maria dos Passos, pais de seu Zeca. Assim se seguiram gerações na pesca, e seu Zeca segue passando seus conhecimentos sobre ventos, marés e contando histórias. Fazer tarrafas ainda é sua diversão, além de cuidar de sua rocinha, onde planta banana, jaca, mandioca, coentrão e muito mais. Muitos filhos pescam, usando os conhecimentos transmitidos pelo pai. Com certeza, o segredo de viver bem, em contato com a natureza, é uma lição que está sendo passada para as novas gerações. E esse modo caiçara de ser, serve de exemplo para todos que desejam uma melhor qualidade de vida.

fala dos sabores de Alagoas Peixada alagoana Ingredientes para o caldo-base: 1 cabeça do robalo/1 litro de água/1 maço de cheiro-verde/ coentro/pedaços de cenoura/1 cebola/1 tomate/2 dentes de alho Ingredientes para o ensopado: 500 g de robalo em postas (pode ser substituído por pescada-cambucu ou namorado)/1 garrafa de leite de coco/2 alhos moídos/1 cebola, 1 pimentão e 1 tomate picados/3 colheres (sopa) de manteiga/1 colher (chá) de colorau/pimenta-de-cheiro/sal Preparo: Comece preparando o caldo-base, misturando todos os ingredientes e deixando ferver por cerca de 30 minutos em fogo médio. Reserve. Tempere as postas de robalo com alho, colorau, sal, pimenta e azeite e deixe curtir por 10 minutos. Depois, numa panela, aqueça manteiga e azeite. Em seguida coloque cebola, pimentão, tomate e mexa. Acrescente as postas de peixe. Deixe pegar o gosto por 2 minutos, vire com muita delicadeza as postas, deixe mais 2 minutos e depois acrescente o leite de coco. Coe o caldo feito com a cabeça e adicione ao refogado da peixada, deixando por mais 10 minutos (dependendo da grossura da posta o tempo de cocção pode variar). Para fazer o pirão tire com uma concha o excesso do caldo, coloque numa panela e leve ao fogo. Acrescente aos poucos a farinha de mandioca sem parar de mexer. Quando chegar à consistência desejada do pirão, acrescente meia colher de manteiga e corrija o sal. Sirva o peixe ensopado e o pirão, acompanhado de arroz e farinha de mandioca.

Dona Maria Luciana e a neta Laura

O irmão Leandro

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O pai Amarílio


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Beth e as cores da Biju É impossível ler o livro “As cores da Biju” de Beth Nakano e não se apaixonar pela personagem principal, a cachorrinha Biju. Muito travessa, passa de forma lúdica a alegria do convívio com a diferença. Beth, que é advogada, professora de psicologia social, mãe e avó, se define como uma apaixonada pela leitura e pelo mar. Escritora desde a adolescência, lançou agora seu primeiro livro infantil pela livrariapolobooks.com.br, com a preciosa ilustração de Leandro Passos. Nascida em Santos, mora hoje em São Paulo, mas sonha em viver no litoral, como seus ascendentes. Suas raízes de família estão guardadas em suas memórias de infância, nos dias passados na casa dos parentes na praia de Toque-Toque, em São Sebastião. Seu avô paterno João Claro da Silva e o materno Rosendo Teixeira da Silveira, vieram de Portugal a Santos e depois se estabeleceram no litoral norte. Em seus tempos de infância, entre os anos 1953 e 1964, a família ali se reunia para saborear café e comer mandioca assada na fogueira. O cheirinho do café está até hoje presente em sua memória afetiva. A irmã de Beth, Maria Margarida, também se recorda deste especial sabor caiçara. “Minhas tias e avós colocavam a água com o pó de café no fogo, e quando levantavam as primeiras bolhas, mexiam bem. Apagavam o fogo e coavam o líquido em coador de pano, no próprio bule”, conta. “Depois ´temperavam´ com melaço de cana no bule”, completa. Beth gosta de escrever relatos dessas lembranças caiçaras,

que guarda para um dia escrever um novo livro. Informações para comprar “As cores da Biju”: (11)99659.4704 “Na aldeia de Toque Toque, distante da cidade de São Sebastião, num tempo remoto, um grupo de pescadores se deliciavam com as noites das festas de verão. Sentavam no terreiro da casa do tio Maninho. A prosa de fartas histórias e a viola de Nhô Benito varavam a madrugada de risos soltos. Tio Maninho, pescador de subsistência, único alfabetizado do grupo e frequentador assíduo de livros de mitologia da cidade grande, sabia da importância do seu conhecimento e de quanto precisava propagá-la como líder daquela banda marítima. Suas histórias eram o alimento do lazer na alma daqueles trabalhadores da pesca que tanto o apreciavam como um sábio. Nas noites de encontros, os assentos de banco de madeira rústica eram divididos em três grupos, o dos homens, o das mulheres e o das crianças, uma logística para todos se sentirem íntimos. Todos contavam seus “causos” e participavam com bravatas de todos os tipos. A música entoada por todo o terreiro convidava para danças e a criançada em algazarra criava passos engraçados que pareciam uma quadrilha de São João. A mandioca assada na fogueira e o café ralo de tia Constância forravam, na madrugada, os estômagos de todos. Tio Maninho se foi e continua em nossa memória afetiva, com muita saudade. Ah! Lembranças de um tempo mágico!” Escrito por Beth Nakano em 28/03/2021

Pescadores fazem manifestação no Largo do Caneu Dia 4 de outubro, às 8h30 pescadores e pescadoras artesanais de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Bertioga se uniram numa manifestação pacífica em defesa da pesca e meio ambiente no estuário, em relação ao projeto de um novo terminal flutuante da empresa Compass, do grupo Cosan. O protesto pede que as autorida-

des se sensibilizem e se manifestem em defesa do interesse coletivo. Entidades, movimentos sociais e universidades foram convidados a participar. Segundo os organizadores da manifestação, até o momento não há nenhuma contrapartida para o setor pesqueiro que compense a dimensão dos impactos gerados pelo projeto Comgas-Compass.

Judeus à beira-mar: a saga dos sefarditas que povoaram o litoral paulista Recentemente tive a honra de ser presenteado com o “Café com Peixe”, um livro delicioso, que relata as experiências da nossa Christina Amorim com a gastronomia caiçara. Num dos trechos, o entrevistado seu Alonso relatou o hábito antigo de se fazer as refeições sobre a terra do chão batido da cozinha, na época da guerra. Ato semelhante ao de Anna Roiz, como a autora bem sugere, que após viúva, passou a comer assentada em solo, e por isto foi levada do Brasil a Lisboa para ser queimada na fogueira da Inquisição, já que tal costume era associado a práticas judaicas, que atraíram no passado forte repressão da Igreja Católica. Até onde é possível saber que culturas como a de seu Alonso e Anna Roiz podem ser provenientes de uma mesma raiz? Fato é que o caiçara, resultado da mescla entre brancos, indigenas e africanos, ainda carece de estudos que poderiam revelar sua origem semita. Mas que fique claro uma coisa: a baixada santista, célula mater da colonização do Brasil, foi destino certo de muitas famílias sefarditas, que encontraram à beira mar uma rota de fuga do Tribunal do Santo Ofício na Europa. O próprio Martim Afonso de Souza, capitão donatário responsável pelo inicio do povoamento no litoral paulista, teve uma avó paterna que foi batizada forçadamente durante as conversões compulsórias em Portugal, decretadas em 1497. O genro de Martim, de nome Estevão Gomes da Costa, primeiro detentor de sesmarias na Ilha de Santo Amaro, era de família judia, já que o irmão deste foi rejeitado por sua pretendente ao casamento, por ser cristão novo. Exemplos como estes só mostram o quanto as primeiras expedições colonizadoras estavam repletas de judeus, que buscaram no novo continente o seu refúgio. Nem sempre adiantava. Falemos de Jerônimo Leitao, capitão-mor que possuía engenho no Porto das Naus, próximo de onde hoje se localiza a Ponte Pênsil, entre São Vicente e Praia Grande. Sua sogra, de nome Branca Mendes, foi denunciada pela própria enteada na primeira visitação do Santo Ofício ao Brasil em 1593, por ritos judaicos, como colocar porções de beiju, iguaria brasileira feita de mandioca, em potes com água, que eram bebidos às vésperas de São João, quando as fogueiras eram montadas. Uma clara adaptação dos costumes hebreus aos elementos da culinária brasileira. O pai de Branca, inclusive, foi acusado de açoitar um crucifixo na torre de Bertioga, em sinal de protesto à nova religião que havia sido imposta por Portugal aos seus familiares. Também Bartolomeu Bueno, que veio ao Brasil em 1582 na armada de Diogo Flores de Valdez, para trabalhar como carpinteiro na Fortaleza da Barra Grande, em Guarujá, tem seu sobrenome possivelmente associado à palavra Boino, utilizada na Península Ibérica por grupos judeus. Ele era de Sevilha, Espanha, berço de massacres contra os chamados marranos, o que sugere ainda mais a sua associação com a religião perseguida. Ele foi pai de Amador Bueno, que dá nome à rua no centro histórico de Santos, e desta família descenderam inúmeros caiçaras. Na luta pela sobrevivência no além-mar, na saga da reconstrução de suas existências, os judeus certamente deixaram sua contribuição em nosso solo, seja em práticas culturais valadas, que podem ter passado despercebidas aos séculos, seja no DNA do homem do mar, que um dia escolheu fazer da Baixada Santista a sua nova Terra Prometida. Wendel Alexsander Dalitesi Costa, historiador formado pela Universidade de São Paulo. Fundador da Legado (Pesquisa e Consultoria Histórica e Genealogia). Autor do Livro os Homens da Ilha.


OUTUBRO/NOVEMBRO 2021

Flavia Lemos

Padre Claudenil Moraes celebrou a missa em louvor a Bom Jesus

Adeus, Adriano Foi na madrugada de 6 de agosto, dia de Bom Jesus, que Adriano da Silva Alves, aos 75 anos, se despediu de Ilha Diana, deixando saudades àqueles que amava. Um dia que sempre fora especial para ele, devoto do santo. Nos momentos de aperto, Adriano sempre recorria ao padroeiro da ilha, dizendo: “Meu bom Jesus, me valei”. Foi em sua cidade natal, Iguape, que nasceu sua fé no santo. Adriano chegou em Ilha Diana, na área continental de Santos, em 1963, aos 17 anos.“Só havia três casas, cerca de 150 pessoas”, acrescentava, pois o local fora inicialmente ocupado por apenas quatro famílias: Hipolito, Souza, Quirino e Gomes. “Na época, não tinha luz na ilha, a televisão era à bateria e o fogão a lenha”, contava. Hoje a comunidade possui cerca de 61 casas e mais de 180 moradores. Foi para a ilha com o irmão Marcelo, já falecido, que se casou com Edith e Adriano com a irmã da cunhada, Geny. De seu primeiro casamento nasceram Adriani (Chilico), Roberto, Katia (Lili) e Elisa. Do segundo casamento com

O dia de Bom Jesus de Ilha Diana foi comemorado com uma missa na Capela em homenagem ao padroeiro, celebrada pelo Padre Claudenil Moraes dia 6 de agosto. A procissão marítima foi cancelada em respeito ao falecimento de Adriano da Silva Alves, um dos mais antigos moradores do local.

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Joseane nasceram Jessica e Taina. No início, Adriano pescava e fazia serviços como carpintaria e pequenas obras. Mais tarde, a partir da década de 80, trabalhou nas obras da adutora que trouxe água para a ilha e também para construir o Centro Comunitário. Participou também da construção da antiga capela de Bom Jesus, feita pela iniciativa do morador Altidório Quirino, já falecido. O comandante da Base Aérea de Santos participou doando a imagem do Bom Jesus,

que os moradores cuidam com muito respeito. “Foi uma pessoa que deu muito de si para a comunidade”, afirma a filha Elisa. Por isso acabou ganhando o apelido de prefeito da ilha, sempre disposto a conversar com os visitantes e contar as histórias da ilha. “Aqui sou uma espécie de Vovô Sabe-Tudo”, dizia com orgulho. Com a partida de Adriano também se vai um pedaço da memória de Ilha Diana, que terá continuidade através de seus descendentes.

Nossa Senhora do Monte Serrat é reverenciada em Santos Missa e desfile da imagem em carro aberto marcaram o dia da padroeira As comemorações foram realizadas dia 8 de setembro, conduzidas pelo bispo diocesano Tarcísio Scaramussa, seguindo os protocolos preventivos exigidos pela pandemia de Covid-19. A renovação da consagração de Nossa Senhora de Monte Serrat

como padroeira de Santos, foi realizada na praça Mauá, em frente ao Paço Municipal. A imagem seguiu para a av. Ana Costa, passando a seguir pelas avenidas Francisco Glicério, Afonso Pena e Governador Mario Covas Jr, conselheiro Nébias até retornar ao

Santuário de Monte Serrat no Centro. Durante o caminho, os fiéis acenavam e faziam orações para a Santa. A procissão teve apoio da Prefeitura, Guarda Municipal, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Polícia Militar e Exército. Isabela Carrari/PMS

O Santuário de Monte Serrat foi construído entre 1598 e 1603


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OUTUBRO/NOVEMBRO 2021

Artesãs de Caruara abrem as portas Muitas sugestões para quem quiser adiantar as compras natalinas Há cerca de 20 anos os artesãos do bairro de Caruara, na área continental de Santos, se reúnem em grupos para oferecer seus produtos. São trabalhos diversificados feitos com escamas de peixe, descartes de natureza como pedaços de folhas e madeiras, reciclagem de tecidos, entre outros. Com esse material são feitas bijuterias, luminárias, aventais e luvas de cozinha e o que mais a imaginação criar. O Turismo de Base Comunitária-TBC Caruara desenvolve, além de artesanato, recepção aos turistas com visitas a trilhas, roda de conversa explicando a história do bairro e oferecendo café e almoço caiçara. Devido à

pandemia o receptivo de turismo foi suspenso temporariamente, mas a venda de artesanato foi reaberta. “Estamos abrindo gradativamente, com todos os cuidados como o uso de máscara e álcool em gel”, afirma a artesã Lygia Mesquita. Além de seus trabalhos, estão em exposição os artesanatos de suas companheiras no grupo, Adélia, Gabi, Sandra e Helena Assumpção. Chega-se à Caruara pela Rodovia Rio-Santos a cerca de 50 minutos de Santos. Saiba mais em: whatsapp: Sandra (13)99751.7484/ email: tbccaruara2gmail.com /https:://pt-facebook.com/ tbccaruara/

Pabllo Vittar é recebida com carinho em Ilha Diana

A beleza de Ilha Diana ficou registrada num ensaio fotográfico feito pela cantora Pabllo Vittar dia 25 de agosto no local. A ilha, localizada na área continental de Santos, foi escolhida pela revista Elle Brasil para sua edição de setembro/2021. Após a sessão de fotos, Pablo confraternizou com os moradores da Ilha que queriam tirar selfies com a cantora. “Ela foi supersimpática”, acrescentou Samanta dos Santos Alves, que curtiu muito a presença da celebridade no bairro. Veja o vídeo no perfil do Instagram da ellebrasil https://www. instagram.com/p/CUVKyHXNykn/?utm_medium=share

Flores decorativas da Adelia

Luminária da Sandra As artesãs estão prontas para atender nos fins de semana

Sala Verde Caruara

Enfeites da Natal da Gabi

Colcha de fuxico da Lygia

Patrícia Santos ....

Bolsa da Helena

A herança de tecer redes

Marcia Nobre, a Tuka, aprendeu a fazer redes com o avô Claudemiro Ferreira Nobre. Ela e a irmã de Maria Aparecida Nobre, a Nenê, atual presidente da Colônia de Pescadores Z-4 de São Vicente, preservam com carinho a herança cultural dos avós. Afinal, a profissão de pescador está no sangue, já que seu bisavô, Firmino Gonçalves dos Santos se registrou na Colônia Z-4 no ano de sua fundação em 1921. Seu Firmino sempre se lembrava com muito orgulho a histórica visita de D.Pedro II à colônia, quando a imperatriz Tereza Cristina lhe entregou uma medalha de prata como lembrança. Da arte de fazer redes, Marcia partiu para o artesanato com barbantes, que podem ser obtidos por encomenda. Saiba mais: whatsapp (13)98133.5137. Márcia Nobre

...e Samanta curtiram a vinda de Pabllo à ilha

Artesanato tecido com barbante


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