A N O
AGENDA
Dia 20 Maio New England Revolution (F)
Dia 23 Maio Panathinaikos (N)
Dia 27 Julho Sunderland (N)
I
EDIÇÃO: Resultados
2
Jogo a Jogo
4
Camadas Jovens
20
Prospecção
21
Modalidades
22
Assistências
23
Futsal
24
Em Foco
26
Homens do Título
28
4
M A I O
2 0 1 0
CAMPEÕES NÓS SOMOS CAMPEÕES Cinco anos depois podemos voltar a gritar “E o Benfica é Campeão Olé Olé,”. Obrigado a todos que tornaram isto possível. Objectivo alcançado com distinção, numa época que certamente será lembrada. Grandes exibições com goleadas (mais de 100 golos), estádios cheios (mais de 1M de espectadores), isto é o Benfica! Grande ambiente no estádio da luz, até agradeço ao Porto ter obrigado a adiar os festejos para o dia 9 de Maio, porque foi indescritível aquilo que vivi nessa noite.
NESTA
N U M E R O
Para além do 32º título nacional, vencemos a 2ª taça de liga e
chegámos aos 4ºFInal da Liga Europa. Tirando a taça de Portugal foi uma época muito positiva. Futuro Vamos preparar já a próxima época, Faria, Jara e Gaitán estão para chegar, agora é importante não desmontar esta equipa por Rescaldo de Abril e Maio: 6 vitórias e 2 derrotas 20 golos marcados e 13 sofridos completo. É quase um dado adquirido que Di Maria sairá, para além dele admite-se mais uma saída do núcleo duro. Depois é blindar os jogadores,
para que daqui a um ano sejamos bicampeões. Jogador da época - Di Maria Podia ser… “Tacuara”, foi melhor marcador do campeonato e da liga Europa, mas o argentino teve uma época de um nível muito elevado, tanto que já conseguiu um lugar no 11 de Maradona. É um desequilibrador nato, com capacidade de inventar jogadas e fintas em espaços apertados, e com o seu pé esquerdo a assistir os seus companheiros. Vai deixar saudade. BHD
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2
Liga Sagres JOGO GRANDE 25ª Jornada
Porto - Benfica O Porto vence em casa e impede o
26ª Jornada
Naval
2-4
Benfica
Guimarães
1-1
Olhanense
Porto
4-1
Marítimo
Marítimo
3-3
Belenenses
Braga
3-2
Guimarães
Setúbal
1-1
Académica
Benfica de festejar o
Nacional
1-0
Leixões
Leixões
2-0
P.Ferreira
título no dragão
Sporting
5-0
Rio Ave
U.Leiria
1-2
Braga
P.Ferreira
0-0
Belenenses
Naval
0-0
Nacional
Olhanense
2-2
Setúbal
Rio Ave
0-1
Porto
Académica
0-0
U.Leiria
Benfica
2-0
Sporting
27ª Jornada 2-3
Benfica
5-0
Olhanense
Olhanense
1-2
Marítimo
Guimarães
2-0
Belenenses
Braga
3-1
Leixões
Naval
0-4
Braga
Porto
3-0
Guimarães
Rio Ave
0-0
Marítimo
Sporting
2-1
Setúbal
Nacional
1-1
P.Ferreira
Belenenses
0-0
Rio Ave
Leixões
1-3
Académica
P.Ferreira
1-3
Naval
Setúbal
2-5
Porto
Nacional
2-0
U.Leiria
U.Leiria
1-1
Sporting
A LIDERANÇA O Benfica vence o campeonato com 5 pontos de avanço.
28ª Jornada Benfica
Académica
29ª Jornada TÍTULOS Benfica 32 Porto 26 Sporting 18 Belenenses 1
30ª Jornada
Porto
3-1
Benfica
P.Ferreira
2-2
Olhanense
Académica
3-3
Nacional
Benfica
2-1
Rio Ave
Braga
1-0
P.Ferreira
Setúbal
1-2
Belenenses
Olhanense
1-0
Leixões
Guimarães
1-2
Marítimo
Rio Ave
0-0
Guimarães
Naval
0-1
Académica
Marítimo
2-0
Setúbal
Nacional
1-1
Braga
Sporting
0-1
Naval
Leixões
1-2
Sporting
Belenenses
5-2
U.Leiria
U.Leiria
1-4
Porto
Boavista 1
Marcadores Cardozo
26
Benfica
Falcão
25
Porto
Liedson
13
Sporting
Cássio
12
U.Leiria
Djalmir
12
Olhanense
Edgar Silva
12
Nacional
ANO
1,
NÚMERO
4
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Classificação Benfica
24
4
2
78-20
76
Braga
22
5
3
48-20
71
Porto
21
5
4
70-26
68
Sporting
13
9
8
42-26
48
Marítimo
11
8
11
42-43
41
Guimarães
11
8
11
31-34
41
Nacional
10
9
11
36-46
39
Naval
10
6
14
20-35
36
U.Leiria
9
8
13
35-41
35
P.Ferreira
8
11
11
32-37
35
Académica
8
9
13
37-42
33
Rio Ave
6
13
11
22-33
31
Olhanense
5
14
11
31-46
29
Setúbal
5
10
15
29-57
25
Belenenses
4
11
15
23-44
23
Leixões
5
6
19
25-51
21
Descem para a Liga Honra
Sobem para a Liga Sagres
Belenenses
Beira Mar
Leixões
Portimonense
Descem para a II Divisão
Sobem para a Liga Honra
Chaves
Apurados para o Playoff
Carregado
Moreirense/Arouca/U.Madeira
3
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4
Noite de Europeia “Sabia que, pela qualidade ofensiva das duas equipas, qualquer uma delas podia marcar golos, só não pensei sofrer um daquela forma.O Benfica foi mais equipa e dispôs de várias situações de finalização. É
N
Jogador
C
S
G
N
Jogador
C
S
G
uma equipa de grande categoria, que respira confiança e que acredita no que faz. Tivemos uma inteligência tática muito elevada e merecemos vencer. “
“Alcançámos uma vitória justa e mostrámos a nossa grandeza com dois golos. Foram dois penáltis
13 Júlio César 14 Maxi Pereira
66’
84
Reina
2
Glen Johnson
Luisão
29’
5
Daniel Agger
23 David Luiz
37’
23
Jamie Carragher
78’
18 Fábio Coentrão
22
Insuá
45’
6
Javi Garcia
20
Mascherano
8
Ramires
21
Lucas
20 Di Maria
8
Gerrard
4
17 Carlos Martins
72’
18
Kuyt
10 Pablo Aimar
86’
19
Babel
9
Fernando Torres
59’ 79’
7
Cardozo
T
Jorge Jesus
T
Rafael Benitez
1
Moreira
1
Cavallieri
27 Sidnei
16
Kyrgiakos
22 Luís Filipe
28
Plessis
evidentes e posso ficar feliz
2
Airton
86’
47
Daniel Pacheco
com a minha exibição, pois
5
Ruben Amorim
72’
15
Benayoun
66’
31
El Zhar
24
David Ngog
consegui provocar a segunda falta do lateral-direito do Liverpool [Glen Johnson]
21 Nuno Gomes 31 Kardec
para podermos chegar ao 21. Dar a volta a um resultado adverso, ainda por cima diante de uma grande equipa como o Liverpool, só prova que somos grandes “
74’
62.629 (96%)
Cardozo
9’
90’
82’
90’
82’
ANO
1,
NÚMERO
4
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Análise - Sabor a pouco...
Se antes do jogo alguém me tivesse proposto o resultado de 2-1, tê-lo-ia aceite sem hesitações. O Liverpool é um gigante do futebol europeu, tem na Liga Europa a sua grande oportunidade de conquista, e nesta fase da competição - marcada normalmente pelo equilíbrio - uma vantagem, por curta que seja, não deixa de ser… uma vantagem. Olhando para o que se passou em campo, para o facto do Benfica ter jogado cerca de uma hora em superioridade numérica, e, sobretudo, para a relativa naturalidade com que deu a volta ao golo madrugador de Agger, não posso deixar de reconhecer que, com um pouco mais de sorte – e acerto na finalização – as contas da eliminatória poderiam ter ficado, desde já, bastante mais favoráveis. E confesso que, quando Cardozo transformou irrepreensivelmente o segundo penálti, me convenci que ainda surgiria mais um golito, que, a acontecer, poderia revelar-se decisivo. Nada disto reduz a enorme felicidade que todos os benfiquistas devem sentir neste momento: pela grande exibição (foi disso que se tratou), pela vitória ante uma das melhores equipas da Europa (a quarta consecutiva sobre o Liverpool), pelo alimentar do sonho de ir ainda mais além na competição, e pelo grandioso espectáculo a que puderam assistir, dentro e fora do relvado, mais uma vez (a segunda em poucos dias) com as bancadas repletas de entusiasmo e amor clubista. Este 2-1 deixa todas as esperanças em aberto para o mítico Anfield Road, e creio que o Benfica tem hoje mais possibilidades de chegar às meias-finais do que tinha ontem. O jogo começou muito mal, com um golo consentido a lembrar – também ele – uma épica noite de 2005 em que o Manchester United saiu da Luz vergado a uma derrota por 2-1. O Liverpool dava mostras de conhecer bem o Benfica, limitando-lhe o espaço, e procurando explorar amiúde os corredores laterais, onde Babel e Kuyt eram setas apontadas à baliza de Júlio César, mas, simultaneamente, também os primeiros tampões à construção de jogo encarnada. A ausência de Saviola fazia-se igualmente sentir, e as dificuldades que a equipa de Jesus encontrava no último terço do campo eram visíveis, mau grado os “convites” que a linha defensiva britânica demasiadas vezes distribuía. Individualmente gostaria de destacar Cardozo, que mesmo desperdiçando várias situações de perigo, acabou por se tornar no pai desta vitória; e também Fábio Coentrão, que realizou mais uma grande exibição. O papel dos centrais fica marcado pelo golo sofrido, mas daí para a frente, tanto Luisão, como, sobretudo, David Luíz estiveram em plano elevadíssimo. Javi Garcia também foi dos melhores, tal como Di Maria, que no entanto insistiu demasiado em iniciativas individuais, mesmo quando elas não se justificavam. Em sentido contrário há que referir que Maxi Pereira, Carlos Martins, Aimar e Ramires ficaram longe daquilo que têm feito durante a época. Nota final para o comportamento absolutamente lamentável de alguns No Name Boys. O meu benfiquismo tem-me feito defender frequentemente a claque, mesmo para além daquilo que ela porventura merece. Desta vez porém, não posso deixar de exprimir o meu veemente desagrado com o ignóbil lançamento de petardos, e ainda por cima para perto do local onde estava estacionado o fiscal-de-baliza. Espero, e acredito, que sejam os próprios lideres da claque a pôr na ordem os elementos responsáveis por tamanha estupidez. Os restantes sócios do Benfica, a sua esmagadora maioria, mostraram de imediato o seu desagrado.
http://vedetadabola.blogspot.com
5
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6
Um pequeno susto “Não entrámos bem no jogo, mas há alguma justificação para isto. Quando os jogadores estão sobrecarregados não desenvolvem e isto aconteceu ino princípio do jogo. O relvado, que está mal tratado, também dificulta a equipa tecnicamente mais evoluída. Estivemos a perder e demos a
N
Jogador
Maxi Pereira
4
Luisão
23
David Luiz
26 Gomis
18
Fábio Coentrão
45 Camora
6
Javi Garcia
5
Rúben Amorim
10
Pablo Aimar
20
Di Maria
11’
19
Weldon
2’
7
Cardozo
6
Daniel
nunca perdeu a identidade e a
7
Carlitos
5
Bruno Lazaroni
65’
23’
15 Hauw 25 Godemeche
60’
11 Bolívia
75’
28 Fábio Júnior
dois golos. Nos primeiros minutos estávamos um pouco desconcentrados, mas felizmente encontrámos o caminho do golo. Vencemos e agora vamos pensar no próximo jogo.”
C
S
78’
70’ 37’ 55’
T
Jorge Jesus
1
Jorge Baptista
13
Júlio César
13 João Real
27
Sidnei
78’
30 Giuliano Amaral
8
Ramires
70’
60’
17
Carlos Martins
65’
21
Nuno Gomes
75’
32
Éder Luís
31
Kardec
Michel Simplício
10 Davide 39 Kerrouche
7.491 (79%) Weldon
15’ 18’ 55’
Augusto Inácio
9
G
45’
T
77 Marinho “Fico feliz, entrei e consegui
Jogador
14
esteve sempre tranquila,
recuperar”
N
Quim
Diego
ajudou à equipa a
G
30
4
Weldon, porque foi ele que
S
13 Peiser
volta ao resultado. A equipa
sorte de termos lançado o
C
90’
55’
ANO
1,
NÚMERO
4
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7
Análise - Reviravolta
A primeira vez que conseguimos dar a volta ao marcador no campeonato nacional fizemo-lo em grande estilo. Vencemos 4-2 na Figueira da Foz depois de estarmos a perder por 0-2. Mais um mito que se quebra (provavelmente ainda havia quem dissesse que o Benfica só virava resultados perante as equipas menores de Liga Europa…), mas este sinceramente dispensava-o. Estar a perder por 0-2 aos 12’ numa partida absolutamente decisiva não me fez nada
bem
ao
coração.
Felizmente
tivemos
uma
resposta
avassaladora
e
conseguimos
a
vitória.
Como é óbvio, entrámos pessimamente no jogo. Duas falhas individuais (David Luiz e Maxi Pereira) resultaram em outros tantos golos, se bem que no primeiro (aos 2’!) a movimentação do Javi García também não tenha sido nada famosa. Levámos dois socos no estômago e mal tínhamos entrado em campo. O facto de termos feito o 1-2 pouco depois (16’) ajudou a que a equipa e os adeptos acreditassem que iam acordar do pesadelo. Foi o Weldon (que fez de Saviola) que marcou depois de dois remates defendidos pelo Peiser. O brasileiro saltou muito bem e fez o golo de cabeça aproveitando o segundo ressalto. Dois minutos depois, a partida ficou igualada novamente pelo Weldon e novamente de cabeça. Canto do Aimar na esquerda, o David Luiz não chega a tocar na bola, mas desposiciona a defesa e o Weldon percebeu muito bem a jogada, e cabeceou à vontade. Voltava tudo ao início, mas até ao intervalo continuámos com algumas desconcentrações defensivas que permitiram à Naval criar lances de perigo. Um azar num ressalto isolou um avançado deles, mas o Quim defendeu bem e logo a seguir ficámos finalmente na frente. Um passe longuíssimo do David Luiz isolou o Di María, que desviou muito bem a bola do guarda-redes. Estávamos no minuto 38 e senti que, se não houvesse mais falhas defensivas (tão pouco habituais este ano), a vitória nºao nos fugiria. A 2ª parte foi completamente diferente da 1ª e era essencial marcarmos mais um golo para termos uma vantagem confortável. Foi o que aconteceu logo aos 55’ num lance que começou e acabou no Cardozo, com o Weldon a ter papel fundamental ao fazer a assistência para um remate do Rúben Amorim que o Peiser defendeu. Na recarga, o paraguaio não perdoou. A partir daqui, era difícil a vitória fugir-nos. A dúvida estava mais em saber se marcaríamos mais golos. O Benfica deste ano faz jus à ideia de que “o ataque é a melhor defesa” e o jogo continuou a desenrolarse principalmente no meio-campo adversário. O Jorge Jesus começou a fazer substituições, mas confesso que estranhei que o Weldon fosse o primeiro a sair logo um minuto depois do golo. Esteve em três dos nossos quatro tentos, não jogava há uma série de tempo e só entendo a saída por eventuais dificuldades físicas que não descortinei. Entrou o Carlos Martins, mas se fosse eu teria tirado o Aimar, porque estávamos a ganhar por dois golos e vamos a Anfield na 5ª feira. Aos 70’, saiu o Aimar e entrou o Ramires, mas a toada da partida manteve-se. Passávamos mais tempo no meio-campo adversário, mas a pontaria passou a estar desafinada. Mesmo assim ainda houve tempo para um petardo do Carlos Martins à barra. Uma incrível perda de bola do Di María no nosso meio-campo proporcionou à Naval a única situação de golo do 2º tempo, mas o jogador que estava isolado atirou por cima. Faltavam pouco mais de 10’ para os 90 e foi um lance que nos poderia ter causado um final de jogo intranquilo. Felizmente isso não aconteceu e a vitória é mais que justa.
http://nao-se-mencione-o-excremento.blogspot.com
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8
O fim de um sonho “Viemos para discutir a
eliminatória e fomos muito fortes até sofrermos o primeiro golo. Depois fomos perdendo velocidade e até algum posicionamento “
N
Jogador
C
S
25 Reina
Jogador
12
Júlio César
Glen Johnson
5
R.Amorim
5
Daniel Agger
4
Luisão
16 Kyrgiakos
27
Sidnei
23 Jamie Carragher
23
David Luiz
20 Mascherano
6
Javi Garcia
8
Ramires
20
Di Maria
17
Carlos Martins
10
Pablo Aimar
7
Cardozo
8
estratégia que passava
N
2
21 Lucas
“Eles montaram uma
G
24’
Gerrard
88’
18 Dirk Kuyt 15 Benayoun
28’ 75’
90’ 59’ 82’
por sair rápido para o
9
Fernando Torres
contra-ataque e isso
T
Rafael Benitez
T
Jorge Jesus
demonstra o respeito
1
Cavalieri
1
Moreira
27 Degen
14
Maxi Pereira
40 Daniel Ayala
2
Airton
18
Fábio Coentrão
24
Felipe Menezes
que tiveram pela nossa equipa. Mas como sofremos dois golos logo de início, eles fecharam-se muito e a partir daí as coisas tornaram-se mais difíceis. Infelizmente não conseguimos passar esta eliminatória “
4
Aquilani
86’
88’
47 Daniel Pacheco 31 El Zhar
90’
32
Éder Luís
24 David N’Gog
86’
31
Kardec
42.377
Carlos Martins
C
S
G
79’
66’ 84’
86’
’ 70’
79’
86’
66’
ANO
1,
NÚMERO
4
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9
Análise -
Estivemos a 1 golo da passagem às meias finais a 15' do fim. Depois do golo de Cardozo senti que podíamos fazer história novamente mas o nosso percurso na Liga Europa terminou hoje num estádio mítico contra uma grande equipa europeia que beneficiou da inspiração de um dos melhores pontas de lança do mundo, o homem que decidiu a final do último Euro, e da infelicidade nos momentos chave do jogo do nosso Benfica. Entrámos bem e fizemos o mais complicado que foi aguentar mais de meia parte sem grandes sufocos perto da nossa baliza. Depois veio um golo muito estranho que foi invalidado pelo auxiliar do árbitro que marca falta de Kuyt sobre Júlio César mas o árbitro resolve originalmente dar golo. O Benfica acusou o golpe edesconcentrou-se permitindo o 20 logo de seguida. Sem querer arranjar culpados direi apenas que com um guarda redes de qualidade superior tínhamos evitado bem aqueles 2 golos. Paciência, hoje tudo correu mal ao Júlio César que até acabou por sair atordoado. Jesus hoje também não quis arriscar muito e não mexeu na equipa para a 2a parte e foi com alguma naturalidade que o Liverpool fez o 3º golo. Só com 2 golos de desvantagem é que o Benfica reagiu a sério e quando Cardozo fez o 3-1 tudo ficou novamente em aberto. Faltava apenas um golo para continuar o sonho. Golo que esteve muito perto de acontecer em novo livre de Cardozo mas a bola bateu na barreira e saiu um pouco ao lado do poste de Reina. Foi ali que acabou a nossa carreira europeia desta época porque depois o Liverpool como grande equipa que é soube aproveitar a nossa subida em campo e a quebra de ritmo provocada pela nossa substituição de guarda redes para acabar com a eliminatória com Torres a fazer um golo de grande classe a Moreira. É o fim de uma bonita campanha europeia, a melhor dos últimos tempos onde o Benfica juntou mais umas noites épicos ao seu glorioso historial e que vão ficar na nossa memória. Ultrapassámos equipas como o Marselha, o Hertha de Berlim, o Everton, o AEK entre outras. Começámos em Agosto esta caminhada e ficámos a 2 jogos da final. Caímos com o Liverpool por dois golos de diferença e viramo-nos para os 5 jogos que faltam para sermos campeões nacionais. Para estreia na Liga Europa não foi nada mau, fomos os últimos representantes de Portugal a cair e para o ano estaremos na competição mais importante do mundo, a Champions com o objectivo de chegarmos (pelo menos) tão longe quanto esta temporada. A Liga Europa ficará bem entregue ao grande clube de Liverpool. Obrigado por todas estas belas noites europeias, Benfica. Em Agosto regressamos na Liga dos Campeões e não vamos reencontrar o Liverpool que ficará por esta competição outra vez. Aplaudo de pé!
http://redpass.blogspot.com
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Derby ganho com 2ªparte de luxo “O Sporting não foi a mesma equipa na 2.ª parte. Na 1.ª foi muito agressiva, não nos deixou construir o jogo como sabemos e como costumamos fazer. Sabíamos que face à nossa qualidade técnica e ao facto do Sporting não poder aguentar
N
Jogador
5
R. Amorim
tivemos a sorte de o
4
Luisão
Foi uma estratégia pensada que surtiu efeito. Depois do 2 -0, começámos a defender o resultado, como é normal “
23 David Luiz 18 Fábio Coentrão
55’
final do campeonato “
40’
78
Abel
45’
3
Daniel Carriço
13
Tonel
18
Grimi
8
Ramires
24
Miguel Veloso
28
João Moutinho
21
João Pereira
20
Yannick
31
Liedson
76’ 45’
7
Cardozo
T
Jorge Jesus
T
Carlos Carbalhal
1
Moreira
16
Tiago
22 Luis Filipe
4
Anderson Polga
27 Sidnei
6
Adrien
25
Pereirinha
14
Matias Fernandez
23
Helder Postiga
9
Carlos Saleiro
67’
Airton
85’
10 Aimar
45’
19 Weldon 31 Kardec
jogo de hoje lembra um pouco
um dérbi disputado na reta
Rui Patrício
Pedro Mendes
85’
59,317 (91%)
David Luiz
67’
62’
77’
C
1
2
2
esse desafio pela grandeza de
Jogador
Javi Garcia
23 Éder Luís
serão difíceis. Ainda assim, o
N
6
20 Di Maria
ainda 4 jogos, que
G
46’
17 Carlos Martins
“Ainda falta muito, restam
S
12 Quim
o ritmo do primeiro tempo,
Aimar entrar daquela forma.
C
S
67’
78’
87’
78’
67’
G
ANO
1,
NÚMERO
4
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11
Análise - Cheira a campeão
A equipa do Benfica realizou os primeiros 45 minutos mais fracos deste ano na Luz. A pressão alta do Sporting, logo no primeiro quarto do campo, fez com que Luisão e David Luiz tivessem muita dificuldade em sair a jogar. O Benfica só conseguiu levar perigo à baliza de Rui Patrício através de lances de bola parada, mas nem esses saíram bem, de tão mal executados que foram. O Sporting soube explorar o contra-ataque e conseguiu levar perigo à baliza de Quim, que se mostrou inseguro desde o início, baqueando completamente num canto do lado direito, onde se sai à bola da maneira mais inacreditável possível. João Pereira, pela direita, também criou dificuldades a Coentrão e Ramires, que actuou muito tempo sobre a esquerda. No entanto, e apesar do maior domínio territorial dos verdes, não houve grandes lances de perigo para a baliza encarnada, apesar de admitir que se alguma equipa deveria chegar a vencer ao intervalo, essa equipa seria o Sporting. Falta claramente ao Sporting um médio ofensivo que saiba pautar jogo, que saiba construir lances de ataque. A primeira parte chegava ao fim com muito pouco futebol e já com algumas picardias, típicas de um clássico. No segundo tempo Jesus promove a alteração que desbloqueia autenticamente o jogo. Éder Luís sai para a entrada do mago Aimar. O Benfica começa, finalmente, depois de 45 minutos de avanço dados ao adversário, a trocar a bola no meio-campo leonino. Bola a circular por Aimar, Martins, Amorim, Javi, Ramires, Di Maria, aquele carrossel que todos já vimos. Sucedem-se entradas merecedoras de cartão como a de Luisão sobre Liedson, Moutinho sobre Ramires e Grimi sobre Cardozo, esta última já na área, e que acaba por lesionar o paraguaio. Cardozo não aguenta, fica agarrado à perna. É assistido, fora das quatro linhas. Jesus chama Kardec. O Sporting tem a sua melhor oportunidade de golo, num remate fortíssimo de Abel para boa intervenção de Quim. Boa parte do público espera e desespera pela saída de Cardozo, que foi novamente ao banco receber assistência. E eis que Rúben Amorim cria uma auto-estrada por entre a defesa do Sporting, cruza longo para Coentrão, que remata forte de pé esquerdo, e aparece Cardozo a emendar com o seu pé favorito (e único?) para a baliza de Patrício. 1-0, Benfica na frente. Kardec entrou, finalmente, para o lugar de Tacuara, muito queixoso. E daí para a frente o Benfica soltou-se e dominou o jogo a seu bel-prazer. Foram toques de calcanhar, rabonas, olés, bola a circular ao primeiro toque no último terço do relvado, um festival, um banho de bola. E eis que num lance em que a defesa do Sporting está a dormir, Ramires isola Pablo Aimar, que passa por Patrício e atira, quase em esforço, de pé esquerdo, para o fundo das redes dos leões. Beija o símbolo, faz a festa, vitória garantida. O Benfica superiorizou-se ao Sporting no segundo tempo e acaba por conseguir uma vitória mais que merecida. A primeira parte teve pouco futebol mas na segunda viu-se um pouco daquele rolo compressor de Jesus. Aimar foi o homem do jogo, conseguiu trazer um Benfica dominador para a segunda parte, deu muita qualidade ao futebol encarnado. Vitória justíssima que nos deixa a sete pontos de festejar o campeonato. Viva o Benfica.
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12
Passou o teste em Coimbra “O Benfica está a um pequeno passo do título, um passo decisivo e que é o mais difícil. Era importante não perder
N
este jogo e
Jogador
S
G
N
Jogador
C
S
12
Quim
14
Maxi Pereira
27
Sidnei
23
David Luiz
18
Fábio Coentrão
6
Javi Garcia
83’
5
R.Amorim
53’
20
Di Maria
10
Aimar
76’
19
Weldon
66’
7
Cardozo
55’
T
Jorge Jesus
1
Moreira
28
Miguel Vitor
30 Pedro Costa
2
Airton
um passo muito
17 Cris
8
Ramires
76’
importante frente a
28 Bru
17
Carlos Martins
55’
continuamos com uma vantagem de 6 pontos sobre o Sp. Braga. “
1
Rui Nereu
C 80’
22 Rafael 4
Luiz Nunes
15’
5
Berger
73’
82’
19 Pedrinho 33 Tiero
88’
66 Nuno Coelho 25 João Ribeiro
45’
85 Diogo
80’
18 Sougou
26’
28’
21 Eder T
“O título ainda não está ganho, mas é verdade que demos
um adversário bastante difícil. Segue -se o Olhanense e, se ganharmos, então ficaremos mais tranquilos .“
Vilas Boas
12 Ricardo 2
Amoreirinha
27 Vouho
45’
21
Nuno Gomes
14 M.Fidalgo
82’
31
Kardec
21.742 (73%)
Weldon
90’
G
45’
81’
66’
2’ 41’
ANO
1,
NÚMERO
4
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Análise - Doutorados na vitória
Mais uma vitória e vão nove seguidas, penso que já merecemos um doutoramento em vitórias. Menos três pontos que faltam para sermos campeões, e feitas as contas são apenas quatro os pontos que nos separam do título que merecemos e justificamos. E ontem em Coimbra voltámos a fazê-lo, juntámos a magia, raça, sofrimento e muita, muita vontade de ser triunfar. Jesus fez várias alterações no onze relativamente ao jogo contra o Sporting, Maxi reentrou para a direita, Sidnei substituiu Luisão, Ramires descansou, dando lugar lugar Rúben Amorim, Aimar desta vez foi titular relegando Carlos Martins para o banco, e Weldon voltou a ser o segundo avançado no papel de que Éder Luís tinha desempenhado na terça. Grande é o clube que pode mudar tantos jogadores jogo a jogo sem que isso afecte o resultado final dos jogos - a nossa vitória. Vitória essa que começou a ser construída desde o minuto inicial, catapultada pelos mais de 20 mil adeptos presentes em Coimbra, os nossos jogadores entraram a todo o gás, ganhando cantos e lançamentos nas imediações da área adversária, de forma que não foi surpresa nenhuma que Weldon tenha chegado ao golo numa jogada de insistência depois de um lançamento longo de Maxi Pereira. Estava dado o mote para o que viria a ser um jogo de muita luta, muito sacrifício e porque não glória no final obviamente. Falar deste jogo é obviamente falar de Weldon, mais uma vez de utilidade máxima o brasileiro que Jesus pediu a Rui Costa no ultimo defeso. Capacidade de sacrifício, excelente eficácia, magnífico jogo de cabeça e grande velocidade fizeram dele o homem do jogo. Se é verdade que Di Maria inventou dois golos com duas jogadas mágicas, quem concretizou foi mesmo o brasileiro, portanto é para ele que vai o estatuto de melhor em campo. Mais uma vez gostei da exibição de Rúben Amorim, há semanas que o afirmo, é dos jogadores que mais gosto tenho em ver vestir a camisola do nosso clube e marcou me a forma como festejou o golo, agarrando o emblema e gritando Benfica! Benfica! Ah ganda Rúben pa! Concluindo, temos que ganhar 4 pontos dos próximos 9 em disputa, e penso que não será a coisa mais impossível do mundo, se tomarmos em conta que nos últimos 81 conquistámos 70. Temos de manter a concentração lá em cima e a intensidade máxima em cada lance para alçarmos o título que tanto sonhamos e tanto merecemos! Carrega Benfica!
http://tribunabenfiquista.blogs.sapo.pt
13
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14
Só mais um para a festa “Temos tudo para sermos vencedores neste campeonato. Temos sido a melhor equipa, que melhores jogos faz e mais golos marca, com qualidade de jogo. Acredito que o
N
Jogador
Jogador
C
S
26
Lionn
2
Anselmo
23 David Luiz
49
Miguel Angelo
18 Fábio Coentrão
13
Carlos Fernandes
6
Javi Garcia
27
Delson
8
Ramires
7
Rui Baião
18’
17
Ukra
79’
10
Castro
19
Nwokolo
65’
11
Djalmir
65’
novamente e que o
4
Luisão
60’’ 20’
20 Di Maria 10 Aimar
61’
19 Weldon
82’ 61’
3’ 53’ 56’
7
Cardozo
T
Jorge Jesus
T
Jorge Costa
1
Moreira
31
Ricardo Fernandes
3
Sandro
27 Sidnei
5
Pietravallo
17 Carlos Martins
23
Paulo Sérgio
14 Maxi Pereira
sentimos campeões.
N
Bruno Veríssimo
Ruben Amorim
“Ainda não nos
G
1
5
esperar “
S
12 Quim
Braga vai ser vencedor
Benfica vai ter de
C
55’
87’
60’
3’ 9’ 21’ ’
81’
21 Nuno Gomes
82’
9
Toy
65’
Falta 1 ponto e vamos
30 Saviola
61’
14
Yazalde
65’
continuar a trabalhar da
31 Kardec
29
Rabiola
81’
mesma forma“ 62.147 Cardozo
G
ANO
1,
NÚMERO
4
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Análise - Chapa 5
O Benfica este ano não vacila. Já perdi a conta ao jogos para o campeonato em que ganhamos sem espinhas consecutivamente. Ontem havia uma preocupação da minha parte quanto à postura do Olhanensepor ser treinado por quem é e por ter tantos jogadores emprestados do mesmo clube. O jogo de Olhão foi das piores noites desta época, não me esqueço que caímos ingenuamente naquela armadilha bem montada pelas mentes tripeiras que habitam em Olhão. Na altura fiquei tão ou mais irritado como na noite de Braga. Na Luz tudo é diferente. As equipas já entram encolhidas, o Estádio voltou a ser um inferno para quem nos visita e o Olhanense não suportou a pressão de um ambiente com mais de 60 mil adeptos em loucura. Já houve tempos em que esse ambiente era um problema para a equipa da casa, hoje não. O Benfica teve uma noite tranquila uma vitória calma que começou logo aos primeiros minutos com Delson a fazer penalti que Cardozo aproveitou. E aos 9' Delson estava na rua por ter visto 2º amarelo. Para quem não acredita que estes ambientes ganham jogos perguntem ao pobre Delson como é. Com a vitória a ser construída naturalmente e com um futebol de ataque do melhor que se pode ver por essa Europa os adeptos entraram em total delírio chegando mesmo a declarar já o Benfica campeão. DiMaria fez o 2-0 confirmando a grande época que está a fazer e na 2ª parte deu para levar Cardozo para a frente de Falcao na lista de melhores marcadores. O nosso Tacuara não se escondeu e ontem assinou o seu 4º hat trick da época! Aimar também selou mais uma grande exibição com um golo contribuindo assim para mais uma goleada de Era Jorge Jesus. Não tenho a menor dúvida em afirmar que estamos a assistir a momentos históricos, este Benfica vai ser recordado por muitos e bons anos da mesma maneira que ainda hoje recordamos o Benfica de 1983/84 ou o de 1980/81. Cada jogo nosso é um livro aberto de futebol de ataque, de golos e de classe. Marcar 75 golos em 28 jogos no futebol moderno é absolutamente fantástico. E nós, benfiquistas, podemos festejá-los juntamente com a equipa nos estádios. Uma dádiva que já merecemos há muito tempo Agora falta somarmos um pontinho e rebenta a festa por um país inteiro que já reservou as suas cidades para celebrar. O gigante vai acordar e vai fazer um estrondoso barulho que se vai ouvir no mundo todo. Hoje, para a semana ou daqui a duas semanas. Vai acontecer e quanto mais tempo demorar maior é a agonia dos antis em ver o tempo passar e nada poderem fazer para evitar o Benfica Campeão.
http://redpass.blogspot.com
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16
Vitória adiada “Temos todas as condições para sermos campeões no próximo jogo, como era o objectivo desde o primeiro dia, e vamos sê-lo certamente “
N
Jogador
C
S
G
24 Beto 13 Fucile
5 51’
14 Rolando 2
Bruno Alves
56’
42’
15 Álvaro Pereira 25 Fernando 7
Belluschi
6
Guarín
3
Raul Meireles
63’ 90’
44’
82’
53’
12 Hulk 19 Farías T
“Queríamos acabar com a questão do campeonato já hoje, mas o futebol não é sempre como queremos. Faltounos tranquilidade quando empatámos a
Jesualdo Ferreira
33 Nuno 22 Miguel Lopes
de concentrar energias e força porque todos querem prejudicar o Benfica “
53’
16 Maicon 20 Tomás Costa 8
90’
Valeri
10 Rodriguez 29 Orlando Sá
partida para segurar o resultado. Agora temos
61’
44.902 (89%) Di Maria
61’
59’
N
Jogador
C
S
12
Quim
14
Maxi Pereira
90’
4
Luisão
57’
23
David Luiz
15’
18
Fábio Coentrão
13’
6
Javi Garcia
41’
8
Ramires
79’
20
Di Maria
5’
17
Carlos Martins
81’
30
Saviola
66’
7
Cardozo
T
Jorge Jesus
1
Moreira
27
Sidnei
25
César Peixoto
28
Miguel Vitor
10
Aimar
63’
19
Weldon
66’
31
Kardec
81’
G
56’
63’
ANO
1,
NÚMERO
4
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Análise - Decisão adiada
Derrota no Dragão, vitória do Sp.Braga, vários jogadores benfiquistas fora de combate para a última jornada. A noite não podia ter sido pior para o Benfica, que terá agora noventa minutos dramáticos frente ao Rio Ave para mostrar que toda a sua excelente temporada não foi em vão. Olegário Benquerença condicionou a entrada dos encarnados no jogo (distribuindo amarelos cirúrgicos e deixando Fucile em campo demasiado tempo), a agressividade posta em cada lance pelos jogadores do FC Porto foi absolutamente inusual (e levanta algumas dúvidas quanto à sua origem), os golos portistas surgiram contra a corrente do jogo, mas a verdade é que o Benfica nunca se entendeu muito bem com esta partida, nem com aquilo que seria necessário para a vencer, ou, pelo menos, não a perder. Talvez o clima de festa que se vive desde há algumas semanas tenha tomado conta do subconsciente dos jogadores benfiquistas. Talvez a extrema motivação da equipa de Jesualdo Ferreira (afastada do título, mas carregada de ódio e vontade de vingança) para esta partida os tenha surpreendido. A verdade é que me deu a sensação que o Benfica confiou demasiado na sua superior capacidade técnica e no seu virtuosismo, esperando que assim, com naturalidade, a ver o que dava, mais tarde ou mais cedo as coisas lhe viessem a sorrir. Não critico a entrega da equipa, nem, obviamente, a sua vontade de vencer. Mas no contexto em que esta partida se disputou, no local onde foi, contra este adversário, só com outra abordagem estratégica - sobretudo em termos de velocidade de processos, robustez e capacidade de choque - saria possível vencer. Olhando para os noventa minutos, e partindo do princípio que a força e a intensidade portista se deveram única e exclusivamente ao ódio incutido aos seus jogadores (sem elementos externos ou alheios à natureza), terei de concluir que ganhou quem mereceu, e quem mais fez por isso. O FC Porto deu a vida para ganhar este jogo, enquanto o Benfica, demasiado tranquilo e descontraído, nunca se esqueceu que lhe bastava empatar com o Rio Ave na próxima semana, e isso ter-lhe-á subtraído o sentimento de urgência e a alma guerreira a que o momento apelava. Deixar toda a decisão de uma época para noventa minutos, com uma bola redonda e onze de cada lado, não deixa de ser perigoso. A situação em que o Benfica está é invejável (tomara todos os seus adversários estarem a um ponto do título), mas será necessária uma enorme força mental para suportar a pressão que pesará nos ombros dos jogadores encarnados quando entrarem em campo no próximo domingo, e em vez de se limitarem a pousar para as fotografias, tiveram de arregaçar as mangas para marcar golos e ganhar (pois jogar para o empate seria suicidário). E sem Di Maria e Fábio Coentrão (todo o flanco esquerdo), e ainda sem Javi Garcia, a última coisa que o Benfica poderá fazer é pensar em facilidades. A partida com o Rio Ave será o jogo de uma vida, e terá que ser encarado como tal.
http://vedetadabola.blogspot.com
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CAMPEÕES “O objectivo foi conquistado. Desde o 1.º dia que sabíamos que éramos capazes. Foi um jogo difícil, com muita ansiedade em relação ao resultado. Soubemos esperar pelos momentos
N
Jogador
C
S
G
12 Quim
N
Jogador
13
Carlos
C
S
certos. Sofremos um golo,
5
Ruben Amorim
18
Zé Gomes
o que criou um certo
4
Luisão
2
Gaspar
23 David Luiz
24
André Vilas Boas
25 César Peixoto
25
Sílvio
24’
3
Ricardo Chaves
73’
65’
30
Wires
11’
46’
83
Tarantini
77
Bruno Gama
19
Sidnei
63’
99
Bruno Moraes
54’
nervosismo, mas soubemos aguentar e marcar o outro “
2
Airton
17 Carlos Martins 8
Ramires
10 Aimar 30 Saviola
agradeço-lhes por tudo, esta festa é deles. Este é o dia mais feliz da
3’ 78’
7
Cardozo
T
Jorge Jesus
T
Carlos Brito
1
Moreira
1
Trigueira
32
Magno
27 Sidnei
17
Adriano
24 Felipe Menezes
16
Tiago Terroso
14 Maxi Pereira
“Parabéns aos adeptos,
61’ 78’
65’
85’
’
21 Nuno Gomes
83’
4
Evandro
65’
32 Éder Luís
46’
7
Wesliem
65’
15
Chidi
81’
31 Kardec
minha vida.“ 64.103 (99%) Cardozo
G
72’
ANO
1,
NÚMERO
4
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19
Análise - Haverá algo mais bonito?
Sim, talvez, mas serão poucas coisas. Mais que um país, um credo, uma religião, Benfica é uma forma de estar na vida. Pode parecer frase-feita, até é, mas não deixa de ser verdade. Ser Benfiquista é meter milhões de pessoas nas ruas a festejar o título. É sair de casa e ir à Luz ou ficar em frente à TV, roer as unhas, praguejar, sofrer e festejar, gritar "Golo!", cantar o hino "Ser Benfiquista" e sair às ruas, nos Restauradores, no Marquês, na Boavista, em Coimbra, Braga, Faro, mas também nas antigas colónias, Paris, Suíça, Bruxelas, Newark, por todo o mundo. E isto é o que me chama mais à atenção: tanta gente que sofreu nos seus países com a guerra e mesmo assim mantêm um elo de ligação fortíssimo a um clube do país com o qual estiveram em guerra. Nem os milhares de quilómetros e os anos de residência fora de Portugal levam ao esmorecer do amor pelo Sport Lisboa e Benfica. Por isso, a pergunta impõese: haverá algo mais bonito que o Benfica campeão? Talvez haja. Benfica bi-campeão, Benfica campeão europeu, etc. No que ao jogo diz respeito, os adeptos criaram um ambiente fabuloso e nem o falhanço da águia Vitória serviu para desmoralizar quem se encontrava no Estádio da Luz. É engraçado como os benfiquistas vivem o clube: eu estava em pulgas para o jogo com o Porto, estava aceleradíssimo, depois do encontro na Invicta tive uma semana difícil de dúvidas em relação ao que poderíamos encontrar na Luz, mas em todo o fim-de-semana fui "assaltado" por uma tranquilidade surpreendente, como se a vitória estivesse assegurada. Curioso, não é? De qualquer das formas o ambiente foi simplesmente à campeão, fumo, barulho, e aquilo que eu tanto queria ver: 65 mil cachecóis ao alto no hino Ser Benfiquista. Foi sem dúvida um dos momentos mais bonitos que vi no novo estádio. O Benfica entrou em jogo com a corda toda, muito por culpa de César Peixoto, que regressou numa forma invejável para quem esteve tanto tempo afastado por lesão. Os ataques sucediam-se, a equipa parecia extremamente confiante (apesar do que Luisão e Jesus disseram no pós-jogo) e o golo apareceu com naturalidade pelo homem-golo Óscar "Tacuara" Cardozo, após insistência de Saviola, um dos jogadores mais perspicazes do campeonato. Com o primeiro golo e com um público vibrante, os jogadores do Rio Ave passaram um mau bocado, tendo o descontrolo emocional apoderado-se de Wires, que agrediu propositadamente e com maldade Ramires, acabando por lesiona-lo, sendo que foi expulso. E aqui não interessa se jogámos um terço da época contra dez, pois se um jogador agride, deve ser, obviamente, expulso. E quando esta crítica é feita por um indivíduo cuja equipa jogou maioritariamente com 14, aí saímos do campo da crítica ridícula e entramos no campo da palhaçada. Quem sabe se ele não tivesse "baixado as calças" quando foi ao Dragão, até poderia ter ganho isto. No entanto, o resto da primeira parte foi tudo menos tranquilo. Apesar de o Rio Ave não ter criado uma ocasião digna de golo, o Benfica demonstrou grande nervosismo no último terço do relvado, falhando sempre o último passe, fruto da velocidade excessiva de jogo e da alguma impaciência. Por isso, o intervalo chegou com 1-0 no marcador, resultado merecido mas que deixava os benfiquistas ainda intranquilos. O segundo tempo começou com excelentes notícias vindas da Madeira. Nesse momento estava precisamente a ouvir o relato na Renascença e eis que surge o tão esperado "Goooooooolo Nacionaaaaaal!". O estádio salta e festeja, a vitória no campeonato estava praticamente garantida. "Nós só queremos o Benfica campeão", "Ninguém pára o Benfica", "Campeões, campeões, nós somos campeões", cantava-se de tudo no estádio, e eis que num livre aparentemente inofensivo à entrada do meio-campo encarnado, a nossa equipa, já em festa, ficou a dormir na marcação do lance. Resultado? Mais um golo sofrido num lance de bola parada, mostrando que a marcação à zona é tudo menos eficaz, aliás, revelou-se um autêntico desastre ao longo da época. O Braga já tinha empatado e renascia a esperança na Madeira, enquanto que na Luz crescia a incerteza. O Benfica reagiu a medo, como seria de esperar. Afinal de contas, para todos os efeitos, o resultado em Lisboa era favorável aos nossos interesses. O Benfica trocou a bola na zona mais recuada no terreno, e face à ausência de pressão dos vila-condenses, o tempo foi passando com o resultado que nos favorecia. Cardozo, esse, via Falcao ficar-lhe com a bola de prata. E eis que num pontapé de canto, após cabeceamento de Airton, a bola sobra para Cardozo que, ironia das ironias, marca de pé direito, o seu pé cego, valendo-lhe o título de melhor marcador e ao Benfica o título de campeão nacional de futebol. Não havia dúvidas, o Benfica ia mesmo sagrar-se campeão. Cinco anos depois, o título estava por um fio. Quando Jorge Sousa apitou para o final do encontro, Rúben Amorim caiu de joelhos sobre o chão, festejando. Era eu que estava ali. Eram todos os outros que sentem o Benfica a 100%. Ele era o espelho fiel de um adepto. Por fim acabou, o Sport Lisboa e Benfica é campeão nacional de futebol.
http://eternobenfica.blogspot.com
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Camadas Jovens
Departamento de Formação
Contacto:
Juniores
hribeiro@slbenfica.pt
Iniciados
RESULTADOS
RESULTADOS
RESULTADOS
Marítimo 2-4 Benfica
L.Évora 1-3 Benfica
Benfica 9-0 Santa Clara
Benfica 4-0 Salão
Académica 1-3 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
Estoril 0-4 Benfica
Benfica 4-0 Setúbal
Benfica 81
Benfica 2-0 L.Évora
Santa Clara 0-5 Benfica
Sporting 75
Salão 0-5 Benfica
Benfica 3-2 Académica
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Benfica 15
Benfica 15
Estoril 10
Académica 9
L.Évora 3
Setúbal 6
Salão 1
Santa Clara 0
PRÓXIMOS JOGOS
PRÓXIMOS JOGOS
Benfica - Estoril
Setúbal - Benfica
futformacao@slbenfica.pt
Hugo Ribeiro
Juvenis
Nacional 62
Actividades
1 Maio - Seixal 1ª Seminário Nacional Treino de Guarda Redes Organizado pela Área
Marítimo 62
PRÓXIMOS JOGOS (2ªFase) Benfica - Sporting Porto - Benfica
de Formação do Benfica, vai decorrer, no Caixa Futebol Campus, o 1ºSemínário Nacional “Aspectos Práticos do Treino de Guardaredes”, com a presença de vários especialistas da área.
Programa
Preços Participantes 35€ Estudantes 25€
Caixa Futebol Campus
ANO
1,
NÚMERO
4
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21
Prospecção Nome: Pablo Aguilar
Nome: Uros Cosic
Clube: San Luis
Clube: CSKA
Idade: 22 anos
Idade: 17 anos
Peso: 75 kg
Peso: 79 kg
Altura: 180cm
Altura: 187cm
Nacionalidade: Paraguaio
Nacionalidade: Sérvio
Pablo César Aguilar, já internacional "A" pelo Paraguai e depois de se destacar no campeonato argentino ao serviço do Colón, onde de resto apareceu como profissional, transferiu-se para o San Luís do México e lá tem revelado as mesmas qualidades que lhe eram reconhecidas na Argentina. Defensivamente, é pau para toda a obra. Joga naturalmente como defesa central, mas encaixa também bem como lateral direito ou esquerdo. Raçudo, é essencialmente um excelente jogador de antecipação, onde ganha muitos lances pela facilidade de leitura de jogo e destreza com que sai com bola controlada. No jogo aéreo é onde acrescenta toda a qualidade que tem o seu futebol. Mesmo não sendo muito alto nem tendo uma impulsão por aí além, tem um excelente tempo de salto que o torna quase intransponível nas alturas. Vai ainda à área contrária criar muitas situações perigosas nas bolas paradas.
Ainda um adolescente (geração de 1992), Cosic, formado no Red Star de Belgrado, saiu sem cumprir nenhum jogo oficial pelos sérvios para o CSKA de Moscovo. Tem sido bem guardado, mas os registos do seu talento já chegaram a Manchester, com Alex Ferguson a evidenciar todos os esforços para contratar aquele que no seu entender será o sucessor natural de Nemanja Vidic. Cosic é um central relativamente rápido, muito forte na antecipação e na forma como consegue participar na organização ofensiva da equipa através da boa qualidade de passe que apresenta. Muito forte no jogo aéreo, se continuar a evoluir irá certamente dar muito que falar.
Nome: Mauro Formica Nome: Nicolas Otamendi
Clube: Newell’s
Clube: Velez
Idade: 21 anos
Idade: 22 anos
Peso: 64 kg
Peso: 75 kg
Altura: 176cm
Altura: 178cm
Nacionalidade: Argentino
Nacionalidade: Argentino
A baixa estatura não parece ser problema para mais um dos internacionais argentinos que Maradona fez questão de estrear. Otamendi esteve em grande destaque na Abertura, revelando-se como uma das principais peças do Velez. Jogador muito agressivo em todos os seus movimentos, consegue ter a lucidez necessária para abordar os lances com a qualidade de resolver sem efectuar falta. A Europa deverá ser o seu próximo destino.
O campeonato argentino está actualmente dotado de grandes nomes para o futuro. Formica é, juntamente com Boghossian, o ganha pão de um Newell's que lutou até à última jornada pelo título. Fez 6 golos e encantou. Com 21 anos assume-se como um dos mais promissores camisola 10, modernos, do país das pampas. Moderno, porquê? Tem tudo o que necessita um jogador daquele lugar para o futebol actual, digamos que é um extremo disfarçado de 10. Rápido, muito dinâmico e irrequieto, excelente tecnicamente e no drible, forte no último passe, ambidestro, gosta de assumir e cair nos flancos para desequilibrar. Um jogador preparado para a Europa. Que gozo deu ver tantas vezes ele e Boghossian dizimar as defesas contrárias.
http://vidadofutebol.blogspot.com
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Modalidades Basquetebol
Futsal
Hóquei
RESULTADOS
RESULTADOS
RESULTADOS
Iliabum 62-81 Benfica
D.João V 6-2 Benfica
Porto 5-2 Benfica
Benfica 88-75 Guimarães
Benfica 5-1 Mogadouro
Benfica 4-2 Oliveirense
Porto 78-69 Benfica
Benfica 1-0 UTAD
O.Barcelos 3-2 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Belenenses 58
Porto 52
Benfica 35
Sporting 53
Benfica 39
Porto 34
Benfica 52
Oliveirense 36
Ovarense 33
D. João V 41
Juv.Viana 35
PRÓXIMOS JOGOS
PRÓXIMOS JOGOS
PRÓXIMOS JOGOS
Benfica - Vila Verde
Benfica - Braga
Vagos - Benfica
Onze Unidos - Benfica
Espinho - Benfica
Benfica 105-71 Sampaense
Guimarães 30
Benfica - Física
Andebol 1ªFase
CLASSIFICAÇÃO Espinho 43
Fafe 21-23 Benfica
Benfica 41
Benfica 27-25 Marítimo
Guimarães 39
São Bernardo 24-25 Benfica
Castelo Maia 38
Benfica 29-27 Belenenses RESULTADOS 2º vs 3º
Porto 61 Benfica 54
Benfica 3-0 Guimarães
Madeira 53
Guimarães 1-3 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO Agronomia 50 Direito 46 CDUL 43 ... 5º Benfica 22 PRÓXIMOS JOGOS
Nacional Benfica 24-25 Madeira
RESULTADOS Benfica 19-66 Belenenses
Madeira 24-23 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
Rugby
Voleibol
PRÓXIMOS JOGOS 1º vs 2º
Porto 32
Espinho - Benfica
Madeira 30
Benfica - Espinho
Benfica 28
Espinho - Benfica
CDUL - Benfica
ANO
1,
NÚMERO
4
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Assistências da Luz
Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica Benfica
1-2 1-1 (5-4) 1-1 4-0 8-1 2-0 5-0 5-0 6-1 1-0 0-1 4-0 2-1 1-0 1-0 3-1 3-0 1-0 4-0 3-1 1-1 1-0 2-1 2-0 5-0 2-1
A.Madrid Milan Marítimo Poltava Setúbal Bate Leixões Everton Nacional Naval Guimarães Académica AEK Porto Nacional Guimarães U.Leiria Belenenses Hertha P.Ferreira Marselha Braga Liverpool Sporting Olhanense Rio Ave
57.462 62.342 54.103 34.177 40.915 34.953 43.283 44.534 47.011 41.981 30.000 41.206 20.000 58.659 36.521 52.616 33.179 45.329 30.402 42.971 46.635 63.679 62.629 59.317 62.147 64.103
3ªF - 19h45 Apresentação Sab - 19h Eusébio Cup Dom - 20h15 Liga Sagres 5ªF - 19h45 Liga Europa 2ªF - 20h15 Liga Sagres 5ªF - 20h05 Liga Europa Sab - 21h15 Liga Sagres 5ªF - 18h Liga Europa 2ªF - 20h15 Liga Sagres 2ªF - 20h15 Liga Sagres Dom - 19h45 Taça Portugal Dom - 20h15 Liga Sagres 5ªF - 20h05 Liga Europa Dom - 20h15 Liga Sagres Dom - 18h15 Carlsberg Cup Sab - 20h15 Liga Sagres 4ªF - 21h Liga Sagres Sab - 17h Liga Sagres 3ªF - 17h Liga Europa Dom - 20h15 Liga Sagres 5ªf - 18h05 Liga Europa Sab - 20h15 Liga Sagres 5ªf - 20h05 Liga Europa 3ªf - 20h45 Liga Sagres Sab - 21h15 Liga Sagres Dom - 18h Liga Sagres
Oficial na Luz Lotação do Estádio da Luz: 65.376 espectadores Média de assistência na LIGA SAGRES: 50.033 espectadores
Esgotado Esgotado Esgotado
Esgotado
Esgotado Esgotado Esgotado Esgotado Esgotado
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Futsal faz história Jornada de grande glória no pavilhão Atlântico, com a disputa da final da UEFA Futsal Cup. Uma oportunidade única para o Benfica se afirmar como uma potência europeia na modalidade, perante um pavilhão quase esgotado, com mais de 9000 pessoas. A mobilização dos adeptos benfiquistas ajudaram a equipa a superar-se e a lutar arduamente por um feito inédito na história. André Lima preparou muito bem o jogo contra o poderosíssimo Interviu, um histórico da modalidade e detentor do troféu até esta final. A equipa soube travar o pragmatismo cínico do ataque dos espanhóis, mas na primeira parte raramente conseguiu perturbar de forma continuada o último reduto do adversário. O Interviu foi a primeira equipa a marcar, numa excelente jogada de Marquinho, mas o Benfica não se atemorizou. Sempre com o público em fundo a apoiar, a equipa aproveitou muito bem as bolas paradas. Em duas ocasiões, Joel Queiroz primeiro e Arnaldo depois puseram o Benfica em vantagem, o 2º golo já na 2ª parte. A segunda parte foi muito diferente da primeira, e foi um autêntico massacre encarnado. Só o enorme guarda-redes do Interviu impediu que o Benfica arrumasse com a final, e garantiu tempo extra de sofrimento. Isto porque apesar do domínio esmagador encarnado, o Interviu conseguiu alcançar o empate. O volume de jogo encarnado foi sempre muito superior ao do adversário, com César Paulo e Ricardinho em maior destaque nas acções ofensivas. Gonçalo Alves, Pedro Costa e Davi foram sempre mais importantes em missões defensivas, cumprindo sempre com grande determinação e acerto as tarefas que lhes foram incumbidas. Já no prolongamento, na 1ª parte, Davi desferiu um remate indefensável e fixou o resultado no 3-2 final. Na segunda parte do tempo extra o Interviu apertou imenso, jogando em 5 para 4 com guarda-redes avançado, e foi aí que mais se notou a boa preparação da equipa para este jogo. Contrariamente a desafios recentes em que o Benfica teve dificuldades em lidar com esta estratégia do adversário, o Benfica defendeu de forma exemplar. Bebé ainda fez duas defesas crucias para segurar a vitória, e quanto o tempo se esgotou finalmente, foi a explosão de alegria. Um feito inédito do Benfica e do futsal português, com o título de campeão europeu a ser ganho às mãos do anterior detentor do troféu, equipa reputada como a mais forte do continente. Um feito histórico, conseguido por uma equipa que fez do seu talento natural e da capacidade de sofrimento as principais armas para conseguir levar ao rubro um pavilhão ansioso por celebrar um feito deste calibre. Excelente toda a equipa, excelente a preparação da equipa para este desafio de dificuldade máxima, e fantástico também o público presente. Muitos parabéns ao futsal, e viva o Benfica! por trainmaniac no SerBenfiquista
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Campeão Europeu
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Em Foco: David Luiz David Luiz Moreira Marinho Nacionalidade: Brasileira (Diadema) (SP) Idade: 23 anos (22 de Abril de 1987) Altura: 1,88m Peso: 84kg Percurso: Vitória da Bahia e Benfica Internacional Sub20: Brasil (24jogos)
O sinuoso caminho da Luz Sabe qual o cúmulo da generosidade? Um pai que oferece um sonho a um filho. É algo que não se explica. São raízes de humanismo elevadas a um patamar apenas compreensível por quem toma essa atitude. Esta é uma história extensível a um sem-número de lares. Serve de exemplo. Por isso nos centramos nela. Filho de Ladislau e Regina, irmão mais novo de Isabelle, David Luiz está a viver o sonho que outrora acalentou o seu pai. E a história tem tanto de simples como de reveladora. Outrora jogador profissional de futebol, Ladislau chegou a ver a realidade lá ao fundo mas numa época em que os sonhos não davam dinheiro, teve de optar. Com dois filhos pequenos no colo deixou o futebol, que tanto amava, e dedicou-se ao trabalho, no duro, para ganhar o sustento que alimentasse os rebentos familiares. Ali, naquele momento de decisão, ofereceu o seu sonho ao filho. “O gosto pela bola começou cedo e a culpa foi do meu pai, que sempre disse que esse sonho estava guardado para mim. Os meus pais sempre se dedicaram ao máximo para que nada nos faltasse e ainda assim tinham dificuldades. Não tinha sempre o que queria, mas tinha o necessário pois eles nunca deixaram faltar nada, incluindo esse gosto pelo desporto”. Longas eram as noites em que, Ladislau, após chegar da labuta, ainda esgotava as quase nulas energias com o pequeno David. A bola, essa, estava sempre pelo meio, ou talvez não. “Eu chutava para longe e lá ia ele, com muita paciência, buscar a bola. Incrível a forma como ele vivia para mim, como notava nos olhos deles a alegria de ver este meu gosto pela bola. Hoje sei que ele me estava a oferecer algo muito importante. Algo simbólico, mas divino. A liberdade para cumprir um sonho.” Explanou o seu talento no Vitória da Bahia, clube que o ajudou a formar-se enquanto jogador. Ficava para trás uma fase de grandes conquistas, mas igualmente de sacrifícios. O “Macarrão” - nome pelo qual era conhecido pelos colegas devido a ser muito magro e ter o cabelo encaracolado que hoje todos lhe reconhecem - estava longe de casa, mas permanecia forte em busca de um sonho. “Estava a 36 horas de autocarro. Cheguei a estar ano e meio sem ver os meus pais. Muitas vezes passava fome e quando os meus pais ligavam eu dizia que estava tudo bem. Mas não estava”. Foram tempos difíceis, mas para o jovem não passavam de obstáculos num caminho que tinha de ser trilhado: “Sabia que Deus me tinha destinado o papel de mudar vida da minha família e a saudade era uma dor que precisava de sentir para conseguir dar um passe em frente.” O clube atravessava uma grave crise de resultados e caiu na III Divisão. Era a hora de dar uma oportunidade aos mais jovens, como David Luiz. Ao fim de pouco tempo já era chamado às selecções jovens brasileiras: “O Vitória sempre formou bons jogadores e as categorias de base da selecção teve sempre muitos representantes do clube, daí que tenha também chegado à selecção”.
Um dia tudo mudou: “Tinha jogado num domingo à noite e ligaram a dizer que tinha de ir para o Benfica no dia seguinte. Não acreditei, mas era mesmo verdade. Só que a aventura mal começara. As inscrições estavam quase no fecho e tinha passagem de avião. Só que não sabia do passaporte. Em São Paulo, o meu pai revirou tudo e achou o passaporte atrás de uma estante. Hoje sei que ele [o pai] me estava a oferecer a liberdade para cumprir um sonho. O meu empresário viajou de carro para ir buscar o passaporte, mas não deu tempo. Então alugou um jacto para me levar até São Paulo e apanhar um voo que estava a partir. Quando lá cheguei ainda vi o avião descolar, Foi então que pensei que não ia dar certo. Mas, felizmente, ainda havia um voo no dia seguinte e, ainda, deu para chegar a Portugal e ser inscrito a tempo.” Podia dizer-se que David aterrou pé ante pé e à experiência. “Quando cheguei ao aeroporto, os jornalistas não me reconheceram. Pudera, vinha com roupa emprestada pelo empresário. Só quando me viram com o Shéu perceberam que o miúdo magrinho era o novo reforço”, lembra. “Tinha um contrato um contrato de seis meses e após os primeiros três ainda nem tinha jogado. Aos 19 anos anos estava a substituir um campeão, como o Ricardo Rocha. Até que em Paris se deu a estreia. O Benfica jogava mais uma eliminatória da Taça Uefa, quando a indisponibilidade física de Katsouranis e, já durante o jogo, a lesão de Luisão obrigaram o treinador Fernando Santos a colocar em campo o miúdo. O Benfica estava a vencer por 1-0 quando entrei, mas em menos de cinco minutos sofremos dois golos e eu pensei que no dia seguinte ia voltar para o
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Brasil. Ao intervalo até pensei que pudessem achar que eu ia pedir para sair, mas o que pedi foi força a Deus e na segunda parte já joguei à minha maneira. A partir daí conquistei a „torcida‟”.
A mística num abraço Após duas épocas de altos e baixos, com boas exibições, mas algumas lesões, na época actual David Luiz explodiu definitivamente. Tornou-se titular no centro da defesa “encarnada”, realizando exibições de sonho, marcando golos, evitando outros tanto e revelando uma atitude de guerreiro que despertaram a a atenção de toda a Europa do futebol. Na Luz, é cada vez mais ídolo. Algo que respeita e que transporta para dentro de campo. “Sempre tive este jeito de jogar, sempre me dediquei ao máximo e isso só tem de aumentar pois cada vez tenho mais responsabilidade. Quando entro em campo penso em mim, na família, mas também nos pais que compram bilhetes aos filhos ou em quem está doente e se alegra com o Benfica. O mínimo que eu posso fazer é deixar tudo em campo, ter esta garra. Quando estou a jogar, estou a respirar pelos pulmões de todos os adeptos, jogo com esta pessoas todas no meu corpo e só dessa forma consigo dar aquilo que se fosse só pensando em mim eu não conseguiria dar”. Aquilo a que chamam mística, não é, por isso, desconhecido do brasileiro: “Viver de alma e coração o clube, sentir o abraço de um adepto, gerar um sorriso no rosto de alguém. Gosto de fazê-los felizes dentro de campo, mas também de lhes dar atenção fora dele. Não podemos apenas pensar em nós. Eu preciso dos adeptos. Eles são a minha família. O Benfica é família. Logo tenho de lhes dar o meu coração tal como dou à minha família. Para mim, isso é a mística”. Uma forma de estar que se manifesta igualmente quando lhe falamos nos diversos patamares da evolução enquanto jogador: “Manter-me no topo é mais difícil do que lá chega. Muitos podem dizer que tenho um bom carro, uma boa casa, mas não imaginam o que sofri para aqui chegar. Mas também sei o que me vai custar manter o nível. O ser humano acomoda-se naturalmente quando chega a determinado patamar. Esquecemo-nos de agradecer o que comemos ou a cama em que dormimos, por ser tão natural. É o mesmo no futebol. Só quando corre mal é que pedimos a ajuda de Deus”. Por isso mesmo, só pode mesmo ser fabuloso o destino de David Luiz. Um destino talhado para o encaminhar na Luz do “Glorioso”. “Nunca duvidei do sucesso. Todas as dificuldades sempre me fortaleceram e eu sabia que ia ser jogador e que para isso tinha de me dedicar. Só se conseguem grandes coisas com luta, perseverança… Foi dessa forma que os meus pais me ensinaram. Foi assim que a minha personalidade foi moldada por eles e por Deus.” Razão tinha o senhor Ladislau quando um dia ofereceu ao pequeno David o sonho de uma vida. Um sonho feito realidade pelo miúdo dos caracóiis.
Retirado da Revista Mística Nº10 Making Of:
http://www.slbenfica.pt/Informacao/RevistaMistica/noticiasrevistamistica_video_revistamisticadavidluiz_230410_61000.asp
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Os 26 campeões No esquema montado por Jorge Jesus há peças que Nº se destacam como fundamentais na campanha do 12 título nacional. Importância que é facilmente perceptível na contabilidade do tempo de utilização das 14 22 mesmas. Quim surge à cabeça como o guarda-redes da Liga, com todos os minutos da Liga jogados, sendo que nem Júlio César, nem Moreira tiveram oportunidade. Depois, na defesa, David Luiz e Luisão foram peças nucleares, tal como mais à frente Javi Garcia - o pêndulo táctico desta equipa encarnada - enquanto, no ataque Cardozo, Saviola e Di Maria foram as referências, sem esquecer Aimar, que apesar de ser sistematicamente alvo de gestão de esforço, consegue, somar números impressionantes. Todavia, além do onze mais utilizado existem ainda alguns suplentes fundamentais, casos de Carlos Martins e Rúben Amorim. No banco encarnado houve trunfos oportunamente usados por Jesus - Weldon, autor de golos importantes na recta final, ou Nuno Gomes quem em apenas 204 minuto marcou por 3 ocasiões. Para a história do título ficam outros que apesar do papel pouco importante, ganharam essa menção, o lateral Shaffer, o extremo Urreta ou o brasileiro Keirrison. Menos sorte tiveram Moreira, Júlio César, Roderick, Jorge Ribeiro e Mantorras que não chegaram a alinhar.
Jogador
N
J
T
M
G
A
Quim
POR
30
30
2.700
-20
1
Maxi Pereira
URU
25
21
1.954
2
8
Luís Filipe
POR
1
4
Luisão
BRA
28
28
2.520
4
7
23
David Luiz
BRA
29
29
2.610
2
8
27
Sidnei
BRA
5
3
257
28
Miguel Vítor
POR
2
1
103
18
Fábio Coentrão
POR
26
18
1.717
3
Shaffer
ARG
4
4
335
25
César Peixoto
POR
15
10
913
6
Javi Garcia
ESP
26
26
2.225
3
9
8
Ramires
BRA
26
23
1.947
4
1
5
Rúben Amorim
POR
24
14
1.360
3
4
17
Carlos Martins
POR
17
11
866
3
2
1
20
Di Maria
ARG
26
26
2.242
5
9
1
10
Aimar
ARG
25
21
1.711
4
4
24
Felipe Menezes
BRA
5
0
133
2
Airton
BRA
4
3
233
16
Urreta
URU
1
1
66
30
Saviola
ARG
27
26
2.088
11
4
7
Cardozo
PAR
29
28
2.211
26
4
19
Weldon
BRA
12
3
394
5
21
Nuno Gomes
POR
13
1
204
3
31
Kardec
BRA
8
0
80
32
Éder Luís
BRA
6
2
211
11
Keirrison
BRA
5
1
185
Equipa Tipo: Quim, Cardozo, David Luiz, Javi Garcia, Ramires, Luisão (em cima), Maxi Pereira, Fábio Coentrão, Saviola, Di Maria e Aimar (em baixo)
V
24
9
3
1
1
A Frase
A Foto
«O dia mais feliz da minha vida»
Benfica vence o Campeonato
David Luiz, depois de se sagrar Campeão Nacional
O Vídeo
«Mensagem que os jogadores viram» http://benficahd.blogspot.com/2010/05/mensagemque-os-jogadores-do-benfica.html
Os Números
Agradecimento http://tribunabenfiquista.blogs.sapo.pt http://redpass.blogspot.com http://dezouvinte.blogspot.com http://eternobenfica.blogspot.com http://vidadofutebol.blogspot.com
O último sócio conhecido tem o nº 215.995. Esta época o Estádio da Luz já recebeu mais de 1 milhão de espectadores.
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