BERNARDO LOURENÇO CURRÍCULO E PORTEFÓLIO
Olá! Sou recém-licenciado em arquitectura pela Universidade Lusíada de Lisboa, e por essa razão, proponho-me a um estágio que permita a minha inscrição na ordem dos arquitectos. Procuro, por isso, um atelier que se interesse pelo meu currículo e portefólio. Enquanto estudante de arquitectura, sempre tive uma boa relação com as maquetes e os instrumentos de desenho. No entanto, além dessa ocupação, envolvi-me por diversas vezes em actividades muito distintas no decorrer do meu percurso académico, quer fossem elas relacionadas com arquitectura, quer não. Essas aventuras permitiram-me adquirir um amplo conhecimento em áreas muito variadas que me definiram como um profissional de elevada versatilidade e capacidade de adaptação às numerosas contingências de cada função que desempenhei. Caracterizo-me por tentar corresponder sempre às espectativas, ter espírito de equipa e ser muito empenhado nas minhas funções. Cumprimentos, Bernardo Lourenço
blourenco. bernardolourenco .CONTACTOS
Rua 4 de Infantaria, 92, 4ºE, 1350-275, Lisboa +351 912464434 | bernardojlourenco@gmail.com
.PERCURSO ACADÉMICO 2008-2018, Licenciatura e Mestrado Integrado de Arquitectura. Universidade Lusíada de Lisboa - Faculdade de Arquitectura e Artes. Terminou o Mestrado com a dissertação: “Regionalismo em arquitetura: a perspectiva de Gion A. Caminada e Diébédo Francis Kéré.” 2007-2008, Licenciatura em Design. IADE - Instituto de Arte, Design e Empresa. Frequentou o 1ºano de licenciatura.
.COMPETÊNCIAS TÉCNICAS ADOBE - Illustrator, InDesign, Photoshop. Curso de nivel 1 conferido pela FLAG AUTODESK - AutoCad, RevitArchitecture 3D’s - Sketch’Up Ms Office - Excel, Outlook, Power Point, Word
.CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS PORTUGUÊS- Lingua materna INGLÊS- Boa compreensão, escrita e diálogo FRANCÊS- Nivel escolar básico ESPANHOL - Nivel básico
.WORKSHOP 07.2011 - “Introdução à fotografia de arquitectura”, coordenação João Morgado, Porto.
.DISTINÇÃO Edificío do ano “Archdaily 2016”: “Cozinha Comunitária nas Terras da Costa”, Almada: Colaborador em execução de obra.
.INTERESSES Arquitectura, construção, sustentabilidade, fotografia, design, música, mecânica, viagens, actualidade, história, mundo.
.EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 12.2017EnsaioBastidor Electrónica, Lda. Colaborações pontuais em instalações de sistemas de segurança: -Sistemas de CCTV e sistemas de detecção de incêndio. 07.2016-11.2016 LAMDA, Gabinete de Estudos Técnicos Arquitectura e Planeamento. Colaboração em projectos diversos: -Levantamento da zona histórica da “Costa do Castelo de S.Jorge”, Lisboa. -Reabilitação urbana e viária do Bairro da Encarnação, Lisboa. -Projeto para moradia. -Medição orçamentista. 05.2016-11.2016 Universidade Lusíada de Lisboa; Centro de Investigação em Território, Arquitectura e Design (CITAD). Estagiário em regime não remunerado: -Projecto de investigação: “A cidade efémera”; Coordenação Prof. Rodrigo Ollero 04.2016DRIVU, empresa portuguesa de motoristas profissionais. Colaborações pontuais em eventos de automóveis: -Feiras NacionalCar. 08.2014-08.2015 Colectivo Warehouse, colectivo de arquitectura e arte. Colaborador em execução de obra: -Cozinha comunitária das Terras da Costa, (2014). -Parque intergeracional de Marvila, (2015). 02.2014-03.2015 Let’s Get Lost, empresa de animação turística. Sócio gerente, designer e guia turístico. -Criação de conteúdos gráficos e guia turístico. 02.2013-11.2014 Nós Queremos!, plataforma de crowdfunding para eventos musicais. Tesoureiro e designer: -Colaboração na criação de conteúdos gráficos. 01.2011-10.2012 AVENIDA 211, grupo académico de arquitectura. Co-fundador e colaborador: -Diversos concursos e projectos de arquitectura. 05.2007-11.2008 Cores Definitivas, empresa de prestação de serviços e impressão. Assistente de impressão: -Responsável pela impressão de painéis publicitários. -Colaborador em montagem de painéis publicitários e decoração de viaturas. -Colaborador no departamento criativo. 11.2006-04.2007 Sorepal - Soc. Rep. de Papéis, empresa de fabrico e desenvolvimento de papéis. Colaborador no departamento administrativo: -Responsável pelo tratamento de logística de economato, e telecomunicações. -Gestor de frota.
.VOLUNTARIADO 11.2015-02.2017 Re-food - Aproveitar para alimentar. -Resgate do desperdicio alimentar dos estabelecimentos comerciais e posterior entrega às equipas de distribuição.
TRABALHOS ACADÉMICOS:
PROPOSTA URBANA PARA CANEÇAS; HABITAÇÕES UNIFAMILIARES
ABRIGO TEMPORÁRIO CAMINHO DE SANTIAGO COMPOSTELA
INTERVENÇÃO NO PLANO URBANO DA AV. JOSÉ MALHOA E REABILITAÇÃO DO Nº11
PROPOSTA URBANA PARA CANEÇAS; HABITAÇÕES UNIFAMILIARES A vila de Caneças pauta-se por uma grande diversidade de construções, erigidas em diferentes fases do seu desenvolvimento, e como tal, tornou-se numa vila cujo tecido urbano é desregrado e em certa medida caótico. Nela, pessoas e automóveis partilham as mesmas vias de circulação, o trânsito acumula-se em zonas nevrálgicas, e a necessidade de criar espaços de comunhão e praças onde os rituais culturais possam acontecer tornam-se numa das principais necessidades. Por outro lado, tendo em conta a realidade social da vila em que a população é cada vez mais envelhecida, torna-se imperioso a captação de populações mais jovens e em maior número que possam recuperar o edificado existente em constante degradação, assim como oferecer novas tipologias de habitação que permitam regrar o tecido urbano assim como estabelecer pontos de contacto entre construções velhas e construções mais recentes, e entre construções de média escala e construções de escala menor. Em acordo com esta perspectiva, a proposta urbana obrigava-se não só a ir ao encontro destas contingências, mas também da dos planos municipais que definiam áreas específicas para cada tipo de construção, assim como exigiam o estudo de equipamentos diversos como uma escola, um pavilhão polivalente, um mercado e um centro de dia. No entanto, o projecto que apresento, é relativo às habitações unifamiliares que ocupavam uma área pré-definida de cerca de 7500m2, apesar de neste caso, apresentar parte de um quarteirão modelo.
MAQUETE DE QUARTEIRÃO TIPO
MAQUETE DE QUARTEIRÃO TIPO
ESTRATÉGIA Os obstáculos encontrados para a definição de uma estratégia agregadora do tecido urbano da vila de Caneças, obrigaram a que fosse estudada uma maneira de unir o vazio deixado por uma estação de camionagem entre a zona norte da vila e a zona sul. A solução foi a criação de uma “ponte” que unificasse o território e que permitisse ser vivido como um todo. Por essa razão a proposta passou pela definição de um volume, entre as margens urbanas, que as unificasse e regrasse enquanto elemento de transição de escalas urbanas previamente edificadas. Conceptualemente, a “ponte”, materíaliza-se pela definição do maciço de onde surgem por subtracção todos os espaços sociais, culturais e de comunhão, assim como todas as circulações necessárias ao seu funcionamento, permitindo que o conteúdo programático se desenvolvesse nos restantes espaços “positivos”.
Tecido urbano desunificado e por definir
Proposta de união
Definição do tecido urbano
A estratégia usada para a definição da proposta de intervenção do plano, repercute-se também na zona destinada às habitações unifamiliares. Por essa razão, conceptualmente, o seu desenvolvimento faz-se pela subtracção de matéria a um volume previamente definido. Essa acção tem como consequência a criação de espaço habitável em torno desses vazios que constituem as zonas exteriores pertencentes a cada lote, e as circulações que permitem não só o acesso, como também, o atravessamento desta zona do plano, integrando-o no restante tecido urbano. Assim, atribui-se ao volume maciço a importância de comportar todo o conteúdo programático que dá origem às tipologias das habitações, definindo-as como moradias do tipo “casa pátio”.
Volume inicial de intervenção.
Subtracção de matéria ao volume inicial com o intuito de gerar espaço, acomodar o conteúdo programático e definir as suas circulações.
MAQUETE CONCEPTUAL DA PROPOSTA
DESENVOLVIMENTO
ESBOÇOS CONCEPTUAIS SOBRE TIPOLOGIAS
No desenvolvimento das tipologias das habitações unifamiliares, foram tidos como ponto de partida os conceitos de flexibilidade, economia, expansão e módulo. Por essa razão, desenvolveu-se a proposta com base na “casa pátio” em forma de “L”, e numa tipologia inicial, a T2, que permite a sua expansão em função das necessidades de cada família. Essa tipologia T2 era repetida pela área destinada às habitações unifamiliares em acordo com as regras introduzidas no resto do plano urbano. A distribuição dos espaços interiores na tipologia base, inclui uma cozinha, uma instalação sanitária, uma sala comum e dois quartos. O exterior conta com uma pequena zona de jardim e espaço para parqueamento automóvel. A expansão do modelo inicial, prevê que seja aumentado até à tipologia T5, no segundo piso, bastando para isso acrescentar o número de quartos necessários até um máximo de três, assim como mais uma instalação sanitária e um acesso vertical. As áreas comuns, tanto no primeiro piso, como no segundo, beneficiam sempre do acesso a uma zona exterior quer seja um jardim no primeiro piso, ou um terraço no piso superior.
MAQUETE CONCEPTUAL DO DESENVOLVIMENTO
ESTUDOS SOBRE TIPOLOGIAS
PROPOSTA A
B
Quarto
Quarto
I.S.
I.S.
Quarto
Quarto
Quarto
T4
T5
I.S.
Quarto
Quarto
T2
T4
Quarto
Quarto
Quarto
I.S.
I.S.
Quarto
T5
T3
Quarto
I.S.
T3
T2
B'
A'
PLANTA PISO 2
CORTE BB'
ALÇADO AA'
ALÇADO CC'
CORTE DD'
Parq.
Quarto
Quarto
I.S.
T4
Coz. Jardim
D
Parq.
Quarto
Quarto
Parq.
Quarto
I.S.
Parq.
Quarto
Quarto
Sala
Jardim
Quarto
Quarto
Parq. T3
Sala
I.S.
D'
Parq. T4
I.S.
I.S. Coz.
Jardim
Quarto
Coz.
Sala
T3
Quarto
Sala
Coz. Jardim
Jardim
Coz.
Sala
Quarto
Parq. T5
I.S.
I.S.
T5
Quarto
Sala
Coz. Jardim
Quarto
Coz.
Sala
T2
C
I.S.
Jardim
Quarto
Quarto
Parq. T2
Coz. Sala
Jardim
C'
PLANTA PISO 1
PERSPECTIVA SOBRE A ÁREA DAS HAB. UNIFAMILIARES
ABRIGO TEMPORÁRIO CAMINHO DE SANTIAGO COMPOSTELA A proposta para um abrigo temporário para o peregrino do Caminho de Santiago surge pela iniciativa da Ordem de Malta, que pretende prestar apoio não só a estes caminhantes como também, em caso de crise, apoiar refugiados aproveitando para tal esta mesma estrutura. Apesar dessa segunda vertente, o destinatário principal é o peregrino do Caminho de Santiago. Por essa razão o objecto proposto foi pensado enquanto espaço de descanso entre o momento da partida e o momento da chegada, conferindo as necessidades primordiais ao indivíduo. Mantém um carácter modular de conjunto, porque desta maneira o espaço pode ser vivido de vários modos tal como o próprio percurso proporciona vários momentos diferentes, suscitando no peregrino diversos sentimentos, sensações e relacionamentos, quer seja pelo convívio com os demais, quer seja pelo confronto com a natureza. O conjunto inside por esta razão nessas vivências, apelando à introspecção e ao mesmo tempo ao convívio. Como formas de estar opostas mas necessárias à incorporação do motivo pelo qual acontece a viagem, é por vezes apenas, a pura procura individual. Ainda assim, tudo se resume a uma necessidade que se torna num objectivo, despojamento. Há quem queira ser guiado pelos astros, pela crença religiosa, ou somente pela enorme vontade de chegar. Seja como for, o caminho funciona como um eixo de ligação entre algo que se quer alcançar e se deseja, ou tão só, como o percurso entre o querer e o ser capaz. Certa é a existência de um eixo. É sobre o significado dos conceitos: necessidades primordiais, despojamento, eixo e relações que o projecto é conduzido. Para tal, cada conjunto de abrigos é composto por dois tipos de módulos diferentes: um destinado a abrigar, e outro destinado às necessidades sanitárias básicas. Na disposição em que é proposto, neste projecto, o espaço central convida ao convívio e à partilha ao mesmo tempo que é disposto segundo o cruzamento de dois eixos que simbolizam não só o percurso, como os quatro pontos cardeais básicos essenciais à orientação espacial.
A
B
PLANTA IMPLANTAÇÃO ESCALA 1.200 | NORTE
ALÇADO AB ESCALA 1.200
MÓDULO ABRIGO
MÓDULO SANITÁRIO
O módulo abrigo proporciona a relação entre o indivíduo e os demais, a relação entre ele e a natureza que o rodeia, ou por outro lado caso prefira, a sua privacidade.
O módulo sanitário, pretende colmatar a necessidade de banhos e preparação de alguns alimentos. Para tal é dividido em duas zonas, instalações sanitárias, e cozinha.
O espaço interior está organizado sobre um eixo principal balizado entre dois vãos de porta opostos, e dividido por quatro zonas de dormir. Assim, pela individualização de cada zona, o peregrino pode escolher entre relacionar-se com os demais, ou fechar-se no seu espaço, num acto de individualidade. Cada zona de dormir tem arrumos por baixo da zona de deitar, permitindo à pessoa guardar os seus pertences, uma ficha eléctrica e um vão de janela para a contemplaçã do exterior.
A zona de banhos está equipada com dois conjuntos de duche, e unidade sanitária, embora com áreas e dimensões exiguas, contextualizam-se no conforto mínimo e indispensável a uma utilização que se prevê esporádica por cada indivíduo.
Existe ainda um espaço transitivo entre o exterior e o interior, que evoca ao equílibrio entre as duas realidades e que permite o controlo da luz para o interior.
Materialmente, é uma estrutura metálica, à semelhança da do outro módulo, também revestida exteriormente por cortiça e madeira no interior, no entanto as paredes são revestidas a policarbonato alveolar nas zonas húmidas devido à sua leveza, facilidade de montagem, resistência e economia de espaço, o pavimento é vinílico pelos mesmos motivos e impermeabilidade.
Os materiais adoptados privilegiam o conforto de quem utiliza, bem como a própria manutenção e transporte. De estrutura metálica, é revestido exteriormente por cortiça, numa tentativa de comunhão com o exterior. O revestimento interior é madeira nas paredes, tecto e elementos de mobiliário, conferindo conforto e homogeneidade.
A zona de preparação de alimentos é composta por uma bancada em cada lado destinada a servir o seu propósito, abrindo-se para o exterior insistindo no relacionamento dos peregrinos.
0.31
0.39
0.60 1.50
0.60 0.54
2.21
1.21
0.54
2.28
0.81
0.43
0.85
0.95
CORTE TRANSVERSAL
CORTE TRANSVERSAL
SEM ESCALA
SEM ESCALA
0.85 0.71
3.20
1.10
0.71
3.20
PLANTA BAIXA SEM ESCALA
PLANTA BAIXA SEM ESCALA
1.90 2.01
1.90 4.04
0.66 2.01
2.01
1.31
1.99 4.04
2.01
8.06
8.06
CORTE LONGITUDINAL SEM ESCALA
CORTE LONGITUDINAL SEM ESCALA
EFICIÊNCIA
TRANSPORTE
ELÉCTRICIDADE
ÁGUA
Os módulos foram pensados para serem transportáveis e montados em qualquer sítio, com um recurso moderado a infra-estruturas para a sua montagem. A estrutura é desmontável, permitindo a maximização de espaço nos transportes. Energeticamente, todos os módulos funcionam com a captação de luz solar por painéis fotovoltaicos adaptados às curvas da cobertura, acumulando essa energia, de forma a ser consumida pela iluminação dos módulos e funcionamento das fichas eléctricas. A captação de água, é feita pelo aproveitamento das águas pluviais, que são filtradas e armazenadas em depósitos que as distribuem pelos equipamentos. Essa água é aquecida por um acumulador de dimensões reduzidas para os duches. Por fim o ciclo é fechado armazenando noutros depósitos, as águas sujas. O bloco sanitário funciona por cassete.
A avenida José Malhoa está localizada numa das zonas centrais de Lisboa, foi projectada durante os anos 80 e constitui-se por isso numa das mais relevantes amostras de arquitectura moderna na cidade de Lisboa. Caracteriza-se por um edificado de grandes dimensões, cuja relação com a escala humana e com a envolvente que o rodeia é inconsistente. Por essa razão, a proposta centrou-se na “humanização” da avenida, onde para além disso tentei redesenhar as fachadas de maneira a criar uma unidade e continuidade entre o edificado e o jardim. Para a “humanizar”, restabeleci a relação entre o jardim da amnistia internacional e a avenida propriamente dita, ao criar novos atravessamentos entre ambos. Por cada atravessamento fiz corresponder um determinado equipamento, de índole cultural ou recreativa, situado dentro dos limites do jardim em que as ligações se fazem tanto pela avenida como por ele próprio. Para o desenho das fachadas optei pela definição de um embasamento comum que não só salienta essa unidade, como também permite regrar os avanços e recuos das fachadas existentes. O embasamento permitiu também separar as áreas de atravessamento e comerciais das áreas institucionais de cada edifício pela criação de um piso que servia os propósitos lúdicos em continuidade com o jardim.
ESQUEMA CONCEPTUAL DE INTERVENÇÃO cinema ao ar livre
edifício 11
anfiteatro
campo de jogos
PROPOSTA GERAL DE INTERVENÇÃO
escola de artes performativas
ALÇADO AA’ cinema ao ar livre
edifício 11
ALÇADO BB’ edifício hortas santander comunitárias
campo de jogos
anfiteatro
edifício 11
cinema ao ar livre
escola de artes performativas
A
B’
A’
B
REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO Nº11: O edifício 11 da avenida José Malhoa foi escolhido para ser a nova sede da Ordem de Malta pela sua posição central na avenida, pela proximidade com o jardim e por conseguir albergar o conteúdo programático exigido. Tendo em conta o carácter humanitário da Ordem de Malta o edifício deveria ser orientado não só para as questões representativas da Ordem, mas também para o facto desta se querer destacar enquanto organização humanitária. Como tal, a estratégia de intervenção passou pela restruturação total do edifício, aproveitando apenas a sua estrutura e comunicações verticais, ao mesmo tempo que a metodologia geral do plano era implementada. Para a incorporação do conteúdo programático o projecto foi pensado em função de duas premissas essenciais, a dos usos e a dos percursos. A premissa dos usos diz respeito às diversas funções desempenhadas dentro do edifício, quer fossem as de cariz humanitário ou de organização interna. A premissa dos percursos destina-se às relações espaciais entre as diversas funções desempenhadas no interior e exterior do edifício.
PERSPECTIVA SOBRE O ALÇADO SUL
Usos: 1. Nos pisos superiores estão todas as infra-estruturas necessárias à implementação da actividade da ordem. Desde a recolha de pessoas e seu acompanhamento, à realização de assembleias e recepções institucionais da ordem. 2. Entre os pisos superiores e o embasamento, formaliza-se um espaço lúdico e de reflexão que se interliga com os restantes pisos. Aqui está edificada a capela da Ordem de Malta, que é anunciada pelo percurso que é feito a partir dos pisos inferiores. A laje que se percorre, prolonga-se além dos limites iniciais do edifício, ancorando directamente no jardim à cota 72 servindo assim como atravessamento entre o edificado e a envolvente que se pauta por um ambiente de reflexão garantido pelas árvores que são pré-existência. ESQUEMA SOBRE OS USOS
3. Um embasamento de transição entre a rua e o jardim, promovendo espaços de função institucional, cultural, comercial e lazer. De carácter público e privado, surge como interstício entre os dois ambientes.
Percursos: Percurso Privado: Visa a ligação entre a rua e a zona destinada ao apoio humanitário. Percurso Público: É por este percurso que se torna possível o atravessamento entre o jardim e a rua. Pela sua concepção permite o cruzamento entre os indivíduos que utilizam o edifício e por quem apenas se serve dele para chegar ao jardim. Nele está inserido um espaço expositivo itenerante permitindo a visitação do espólio da Ordem.
ESQUEMA SOBRE OS PERCURSOS
Percurso Semi-Privado: Faz a ligação entre a rua e o programa institucional do edifício partilhando com o percurso público a passagem pelo espaço expositivo e acesso ao jardim.
A cota 69.30m relaciona-se directamente com a avenida. Nela dá-se entrada no edifício onde uma sucessão de patamares a cotas diferentes, permite o atravessamento entre a avenida e o jardim originando desta maneira, um átrio de grandes dimensões semi-coberto que privilegia a relação interior/exterior deste espaço. Os patamares sugerem uma utilização lúdica e cultural já que permitem a exibição de exposições temporárias e o convívio entre as pessoas que frequentam o edifício, sejam trabalhadores ou visitantes. A par destas funcionalidades, existe também pela zona de entrada do estacionamento, uma zona de cargas e descargas que actua como bastidor das acções humanitárias da Ordem de Malta e serve as necessidades de abastecimento dos estabelecimentos que se situam ao longo do atravessamento. Por fim, nesta cota, situa-se também a capela da Ordem que por estar situada na zona mais distante da avenida e próxima do jardim, incentiva à reflexão, já que para lá chegar é necessário percorrer um caminho que convida também a essa forma de estar.
V1 - PERSPECTIVA SOBRE O ÁTRIO DE ENTRADA
V2
V2 - PERSPECTIVA SOBRE A ENTRADA DO ESTACIONAMENTO V1
PLANTA À COTA DE RUA, 69.3M; SEM ESCALA
A cota 75,50m é a cota de chegada do percurso que se inicia na cota 69,30m. O conteúdo programático é distribuído numa laje que se prolonga desde o jardim até à avenida, e se destina a uma utilização maioritariamente pública. Desta maneira é potenciado o convívio entre pessoas e a relação visual entre o jardim e a avenida. Como tal, estando direccionados para sul, podemos observar um conjunto de árvores pré-existentes que rasgam o pavimento e marcam a transição entre o jardim propriamente dito e o edifício. Desta maneira, a laje funciona como um plano horizontal permeável à luz, que assim é conduzida para o piso inferior, e permite a
continuidade da existência das árvores cujas raízes estão dentro dos vasos que servem de estrutura a toda a zona de construção nova. Voltando-nos para norte, estando no limite da laje, é possível observar o edifício cuja forma surje da relação entre dois blocos distintos, um vertical que concentra as funções humanitárias, e um horizontal revestido com uma “pele” de aço corten perfurado, que facilita a ventilação interior minimizando a necessidade de utilização de climatização interior. Neste bloco estão concentradas as funções administrativas e institucionais da Ordem de Malta.
V3 - PERSPECTIVA SOBRE A RELAÇÃO COM A ENVOLVENTE
V4 - PERSPECTIVA SOBRE O ALÇADO SUL
V3
V4
PLANTA À COTA 75.50M; SEM ESCALA
A cota 79,00m é a cota em que se separa a utilização pública ou semi-pública da privada. É a cota onde o conteúdo programático combina um pequeno auditório, uma sala de reuniões, e outras de funções administrativas. Neste piso, os compartimentos mantêm a relação directa com o átrio através de vãos de janela direccionados para a zona central, e com o jardim através da perfuração do revestimento escolhido, assim como as zonas de circulação mantêm também as mesmas relações tanto com a avenida como com o jardim. Os pisos situados acima deste, servem também os propósitos humanitários da Ordem de Malta ao disponibilizarem dormitórios e residências para albergar pessoas que de alguma forma precisam de apoio institucional, assim como serviços de apoio à inclusão social.
V5 - PERSPECTIVA À COTA 75,50M SOBRE A PASSAGEM PARA O JARDIM E ENTRADA PARA O BLOCO DE ESCRITÓRIOS
79.00m
69.30m
V6 - PERSPECTIVA INTERIOR SOBRE OS ESCRITÓRIOS
79.00m
75.50m
V6
79.00m
75.50m
79.00m 75.50m V5
75.50m
PLANTA À COTA 79.00M; SEM ESCALA
ALÇADO AA’. SEM ESCALA
ALÇADO DD’. SEM ESCALA
ALÇADO GG’. SEM ESCALA
CORTE BB’. SEM ESCALA
CORTE EE’. SEM ESCALA
CORTE HH’. SEM ESCALA
CORTE JJ’. SEM ESCALA
CORTE CC’. SEM ESCALA
CORTE FF’. SEM ESCALA
CORTE II’. SEM ESCALA
PERSPECTIVA SOBRE O ÁTRIO DE ENTRADA
OUTROS TRABALHOS E COLABORAÇÕES
AVENIDA 211
LET’S GET LOST
WAREHOUSE
ATELIER LAMDA
AVENIDA 211 - GRUPO ACADÉMICO O grupo académico AVENIDA 211 surgiu num contexto de amigos e colegas de curso, que se juntaram para responder a uma série de desafios concursais e académicos. Das inúmeras acções levadas a cabo pelo grupo, houve a participação em alguns concursos e projectos diversos, mas a principal iniciativa conjunta foi a do projecto que apresento. Trata-se de um estudo prévio para uma moradia em Benfica, Angola e desenvolvido em parceria com um professor da faculdade, Prof. Dr. Miguel Pais Vieira. Por razões diversas, o projecto não chegou a ser edificado tendo apenas sido apresentado este estudo. O destinatário, empresário e coleccionador angolano, pretendia uma moradia para habitação própria na qual deveriam ser consideradas todas as comodidades de espaço e conforto que permitissem uma vivência familiar, ao mesmo tempo que deveria proporcionar as condições ideais para a sua actividade profissional.
LET’S GET LOST - TOURS TURÍSTICOS
A “LET’S GET LOST” foi uma empresa de animação turística a operar em Sintra da qual fui sócio e desempenhei as funções de guia turístico e designer de conteúdos gráficos. Enquanto guia levei inúmeros grupos de pessoas a conhecer a serra de Sintra, os seus palácios e pontos de interesse. Contudo foi no desenvolvimento do grafismo dos cartazes, do site e decoração das viaturas da empresa que a minha actividade mais se centrou. Os cartazes que apresento são exemplo dessa minha actividade como criativo gráfico.
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WAREHOUSE - COLECTIVO DE ARQUITECTURA O “WAREHOUSE” é um colectivo que tem como principal actividade a arquitectura participativa em projectos de âmbito cultural e social. O meu contributo fez-se por duas vezes em dois projectos distintos: a “Cozinha Comunitária Terras da Costa” e o “Parque Intergeracional de Marvila”, nos quais estive presente nas respectivas fases de construção. No primeiro contribuí na edificação da estrutura principal de um dos “braços” do edíficio que constitui a cozinha, ajudando na fase de escavação das fundações e união dos diversos elementos de madeira estruturantes. No segundo contribuí de igual maneira na sua construção, tendo estado na fase de betonagem dos diferentes elementos estruturantes do anfiteatro e respectiva escadaria, assim como no assentamento dos elementos em cimento pré-fabricado que compoem as bancadas.
1
2
Fotos 1, 2 e 3: www.warehouse.pt
3
ATELIER LAMDA
Nº 30/32
Nº 26/28
Nº 22/24
Nº 18/20
Nº 10/16A
Nº 6/8
Nº 4/4A
Nº 2
Rua da Regueira
RUA DOS REMÉDIOS A SANTA MARIA MAIOR
Nº 34/38
CALÇADINHA STO ESTÊVÃO
Nº 40/42
BECO DO CARNEIRO
BECO DO ALFURJA
O atelier LAMDA desenvolve a sua actividade principal na elaboração de projectos de arquitectura, levantamentos e orçamentação. A minha colaboração foi transversal a todas as actividades que o atelier desenvolve, contudo a minha principal contribuição foi no levantamento da Encosta do Castelo de São Jorge em Lisboa. O trabalho consistiu no levantamento das fachadas desta zona histórica da cidade e respectivo desenho, de maneira a fornecer à Câmara Municipal de Lisboa uma imagem actual do edificado, para que nos diversos pedidos seja mais fácil implementar as regras de edificação específica desta zona da cidade. As directrizes gerais deste trabalho visavam o reconhecimento de vãos, embasamentos específicos, cunhais, coberturas, fachadas em azulejo e inventariação de elementos de interesse histórico presentes nas fachadas.
12
Carta Municipal do Património
Possível aumento da altura da fachada
10 ON
I
S
5
8
Elemento a eliminar
5
10
Nº 1/2
Nº 8/9
Nº 10/11
A
Nº 12
LARGO DO SALVADOR
D.01.01d
RUA DA REGUEIRA
1:500 17 FEV 2017
Coordenador de equipa: Arq. Luís Ruivo, Equipa :Arq. Luís Ruivo, Arq. José Guilherme Azevedo, Arq. Inês Pulido Pereira, Arq. Graça Azevedo, Arq. Paulo Luís, Arq. Carlos Coração
2
20m
Nº 7
1
RE L E
PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DA COLINA DO CASTELO Proc .º 14/PLU/2013
Diretor Municipal - Arq.º Jorge Catarino,
Diretor de Departamento - Arq.º Paulo Prazeres Pais,
LARGO DO SALVADOR
2.5
4
MP
A
RUA DA REGUEIRA
RUA DE GUILHERME BRAGA
0 1
LARGO DO SALVADOR
Elemento a reformular
6
CI D
E
3
Edifício passível de substituição
E
L
7
Elemento notável a preservar
PISAL - Nível de salvaguarda
DMU I DP I Divisão de Planeamento Territorial
D E
BR
E
9
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
DE L IS BO A
MU
Altura da fachada estabilizada
Nº 3/4
Nº 5/6
LARGO DO SALVADOR
Chefe de Divisão - Dra. Sara Bragança
LARGO DO SALVADOR
11
Património Classificado
12
Altura da fachada estabilizada
Carta Municipal do Património
Possível aumento da altura da fachada
PISAL - Nível de salvaguarda
Elemento notável a preservar
Edifício passível de substituição
Elemento a eliminar
11
10 ON
I
DE L IS BO A
MU
Património Classificado
7
S
3
Elemento a reformular
0 1
2.5
5
10
20m
4 2
CI D
E
5
8
6
E
1
MP
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CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA DMU I DP I Divisão de Planeamento Territorial
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PLANO DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA DA COLINA DO CASTELO Proc .º 14/PLU/2013
LARGO DO SALVADOR
D.02.02.a
1:500 17 FEV 2017
Coordenador de equipa: Arq. Luís Ruivo, Equipa :Arq. Luís Ruivo, Arq. José Guilherme Azevedo, Arq. Inês Pulido Pereira, Arq. Graça Azevedo, Arq. Paulo Luís, Arq. Carlos Coração Diretor Municipal - Arq.º Jorge Catarino,
Diretor de Departamento - Arq.º Paulo Prazeres Pais,
Chefe de Divisão - Dra. Sara Bragança
Muito obrigado pela disponibilidade. contactos: 912464434; bernardojlourenco@gmail.com