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Avaliação e monitoramento pós-ocupação
seção de saída com desaceleração de dimensão proporcional ao comprimento da seção de deslizamento. • A conservação do parque é fundamental, pois vai permitir que as estruturas durem mais e permaneçam seguras. É aconselhável uma inspeção visual periódica, que varia conforme a intensidade e frequência de utilização do parque, e o reparo de qualquer estrutura que apresente riscos com graves consequências ao usuário.
Por que alguns lugares têm vida própria e outros não? Por que as crianças gostam mais de brincar na área do parque que tem árvores para subir, em detrimento dos brinquedos estruturados? Quanto às atividades e ambientes planejados, são inclusivos e diversos?
Investigar como se dá o uso e a apropriação que as crianças e as famílias fazem do parque naturalizado vai ajudar a compreender esses fenômenos, orientar ajustes e a proposição de diretrizes para futuros projetos semelhantes, gerando um banco de dados de indicadores de qualidade sobre paisagens naturais para o brincar.
Uma das formas de fazer isso é planejar uma Avaliação Pós-Ocupação (APO), ou seja, um processo sistematizado de avaliação dos ambientes, estruturas e mobiliários após algum tempo de sua construção e ocupação. Ao contrário das APOs tradicionais, muito voltadas para aspectos operacionais dos ambientes, sugerimos que essa oportunidade de avaliação inclua não apenas uma compreensão a respeito da qualidade ambiental - aspectos técnico-construtivos, de durabilidade, funcionais e estéticos - mas, principalmente, um olhar atento para as vivências e interações entre as crianças, suas famílias e a paisagem. Como a presença humana dá sentido e significado a cada lugar? Quais são as expectativas, necessidades, sentimentos e afetos que influenciam a qualidade das experiências que as crianças e adultos têm no parque naturalizado? Qual é o tempo de permanência das famílias no espaço? Elas voltam? Com que frequência? Idealmente, esse processo deve ter um enfoque
multidisciplinar, ou seja, contar com a experiência e o olhar de diferentes pessoas: arquitetos, educadores, pais, mães etc.23
Entre as ferramentas que podem ser utilizadas na avaliação pós-ocupação estão: observação, entrevistas, fotografias, gravação de áudio e vídeo, croquis, mapa visual etc. Destacamos também o modelo conceitual apresentado na edição nº 5 da revista Parques&Sociedade, que traz de forma bastante prática parâmetros e diretrizes que nos permitem avaliar como um ambiente ou atividade conecta as crianças à natureza e quais as habilidades e aprendizados resultantes dessa experiência.
E, finalmente, sempre lembrar de colocar a criança no centro do processo: avaliar a partir do seu olhar pode nos ensinar muitas coisas.
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Casos práticos
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