REVISTA
REVISTA INSPIRARE BNK | BERNECK®
Edição Marceneiros 2021 | nº 11
ACABAMENTO IMPECÁVEL NA SUA PRODUÇÃO Resultado passa por serras adequadas, eficiência na aplicação das bordas e processos que preservam a estabilidade dos painéis.
Editorial REVISTA INSPIRARE BNK | BERNECK®
Muito além das tendências Atualizar os conhecimentos para se manter qualificado é fundamental no ramo da marcenaria, principalmente diante da variedade de acessórios, ferragens, insumos e equipamentos disponíveis para trabalhar com os painéis de MDF e MDP. Sim, produzir móveis sob medida demanda um alto grau de conhecimento técnico e dedicação, além de organização financeira e administrativa. Diante disso, seguimos com nosso propósito de trazer informações que possam contribuir com seu negócio e com o conhecimento de novas técnicas. Esse é o grande objetivo da Inspirare BNK. Com o auxílio de fornecedores especializados, esta edição traz detalhes sobre a aplicação de fitas de borda, tanto manual como em processos automáticos. São informações sobre condições ideais de aplicação, causas de erros e soluções para obter o melhor acabamento. Também trazemos informações sobre serras para o corte ideal dos painéis. Você sabia que o número, a geometria e a dureza dos dentes da serra, além da potência da máquina, são determinantes para a qualidade do corte e do acabamento? Ainda, você vai conferir as possíveis causas de empenamento e como armazenar seu estoque de painéis, além de conhecer a importância de utilizar dispositivos de montagem. Boa leitura!
EQUIPE DE MARKETING BERNECK®
EXPEDIENTE A revista Inspirare BNK é uma publicação informativa da Berneck S.A. Painéis e Serrados voltada ao universo da marcenaria e da produção de móveis sob medida. Rua Dr. Valério Sobania, 500 – Thomaz Coelho | CEP 83707-125 | Araucária (PR) Tel.: (41) 2109-3700 Website: www.berneck.com.br Distribuição dirigida - Edição 11 Out. Nov. Dez. 2021 Coordenação Marketing BERNECK® Edição e Conteúdo Carlos Eduardo Souza | DRT-PR 05108 Projeto Gráfico e Diagramação Workers Retail Branding Foto de Capa Crédito: iStock Impressão: OptaGraf Tiragem: 18 mil exemplares É permitida a reprodução total ou parcial dos textos desde que a BERNECK® seja citada como fonte original do conteúdo. Fica vetada a utilização de conteúdos e fotos para fins comerciais. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: marketing@berneck.com.br.
Índice pág. 04-05
pág. 08-15
DISPOSITIVOS DE MONTAGEM
MUITO MAIS QUE UM DETALHE
Garanta o melhor acabamento das bordas em processos manuais ou automáticos
Confiáveis e simples, os componentes facilitam o trabalho da marcenaria
Descubra quais são os principais problemas na colagem das bordas, suas possíveis causas e como resolvê-los
pág. 06-07
pág. 16-23
COMO ARMAZENAR CORRETAMENTE OS PAINÉIS
DICAS PRÁTICAS PARA UM CORTE PRECISO
Entenda como armazenar os painéis de MDF, MDP e HDF
Entenda as características e como fazer a escolha correta das serras, bem como possíveis problemas e causas
CONHECIMENTO
DISPOSITIVOS DE MONTAGEM
Crédito: banco de imagens iStock
SEU TRABALHO MAIS RÁPIDO, PRÁTICO E FÁCIL Confiáveis e simples, os dispositivos de montagem facilitam o trabalho da marcenaria
A criação dos dispositivos de montagem para a união de painéis é um dos principais avanços do setor. Com eles, marceneiros e montadores ganharam um importante aliado na hora de montar e desmontar o mobiliário (aumentando a vida útil dos móveis), além de simplificar o trabalho e garantir mais estruturação e durabilidade.
Para Leticia Kercher, Marketing de Produto da Bigfer, os dispositivos são soluções inteligentes e acabam dispensando a colocação de parafusos diretamente na união das peças, prática esta que não é adequada.
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"Eles tornam o trabalho mais rápido, eficiente e seguro, além de garantir acabamento 100% alinhado com os cantos dos móveis, o que evita danificar as chapas”.
A Bigfer explica que há diferença nos modelos de parafusos, conforme a espessura do painel.
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“Existem parafusos e dispositivos para 15, 18 e 25 mm, por exemplo. Quanto mais espesso é o painel, maior é o parafuso, já que ele precisa ter mais resistência para aguentar o peso. Isso é importante para garantir a sustentação total do móvel e maior poder de tracionamento”.
Por isso, um aspecto fundamental dos dispositivos de montagem, cita Leticia, é a possibilidade de montar o projeto na marcenaria, testar tudo, poder desmontar as partes necessárias e levar até a casa do cliente. Tudo de maneira simples e segura.
Crédito: banco de imagens iStock
Benefícios dos dispositivos de montagem O marceneiro otimiza sua produção.
Não utiliza a furação do topo, que é errada.
Economia no transporte.
O alinhamento fica perfeito e preciso.
Ganho de tempo na montagem do mobiliário.
Acabamento e qualidade superiores.
O móvel pode ser montado e desmontado sem estragar as chapas.
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CONHECIMENTO REVISTA INSPIRARE BNK | BERNECK®
COMO ARMAZENAR CORRETAMENTE OS PAINÉIS ORIENTAÇÕES IMPORTANTES PARA EVITAR O EMPENAMENTO DAS CHAPAS A excelência na execução de um móvel contempla desde a qualidade das suas matérias-primas até o correto armazenamento dos materiais. A seguir, traremos algumas recomendações.
Dica BNK
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Certifique-se de que a sua revenda parceira cumpre com os padrões de armazenamento e transporte indicados pela BERNECK®. Mais detalhes no documento Garantia BERNECK®. Link: https://www.berneck.com.br/pt/organizacao/area-de-downloads
Crédito: BERNECK ®
NA ÁREA DE ESTOQUE • O armazenamento dos painéis deve ser na horizontal, sobre uma base firme, com pallets nivelados e sem contato direto com o chão. As chapas devem ter sempre o mesmo tamanho e a mesma espessura e precisam estar perfeitamente alinhadas, para que o revestimento e os cantos não sejam danificados.
• Para evitar deformações decorrentes do empilhamento, aplique calços com distância máxima de 60 cm entre eles. Também deve-se observar o alinhamento vertical dos calços, para que a força não seja aplicada em vãos do pacote inferior, o que pode causar empenamento. • Respeite o limite máximo de 10 pallets de altura empilhados para HDF, MDF e MDP. Evite o empilhamento alternado de pacotes com diferentes espessuras e dimensões.
10SAI
10 ENTRA
FI FO
• Mantenha o controle de datas dos pallets armazenados. Utilize o método FIFO e evite manter estoques por longos períodos.
• Evite a exposição dos painéis à umidade, pois isso pode provocar o empenamento dos painéis, além de mofo e bolor. Os painéis não são à provad’água. Recomenda-se um local de armazenamento bem protegido de intempéries.
NA MOVIMENTAÇÃO DAS CHAPAS Quando as chapas são transportadas em grandes quantidades, recomenda-se que sejam manuseadas com empilhadeiras ou equipamentos similares, a fim de evitar acidentes e atritos nas extremidades dos produtos. Em quantidades menores, a movimentação dos painéis deve ser feita sempre em duas pessoas e na vertical.
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CONHECIMENTO REVISTA INSPIRARE BNK | BERNECK®
Crédito: Rehau
MUITO MAIS QUE UM DETALHE CONFIRA DICAS PARA OBTER UMA BOA COLAGEM MANUAL OU AUTOMÁTICA As fitas de borda protegem e revestem as laterais dos painéis de madeira, sendo a correta aplicação um dos principais diferenciais no móvel. A aplicação da fita de borda em todas as bordas, mesmo nas não aparentes, acaba trazendo mais durabilidade e menos “dor de cabeça” quanto a mofo e inchamento do painel. A espessura da borda utilizada é determinante para a estética e a percepção de valor pelo cliente. Entre os modelos mais utilizados de fita de borda estão as fitas de PVC e ABS, que seguem os mesmos padrões dos painéis revestidos da BERNECK®, com espessuras entre 0,40 mm e 3 mm.
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Crédito: Lepic Fenix NTM ® Nero Ingo/Black Ingo.
Nas caixarias, por exemplo, é comum bordas com espessura de 0,45 mm. Mais econômicas, protegem contra umidade e dão acabamento aos módulos internos. No entanto, quando falamos de portas, frentes e tampos, as fitas de 1 mm ou até 2 mm de espessura fazem uma enorme diferença na
“Além da exclusividade de cada projeto, o design da borda agrega valor e diferencia a produção da marcenaria, sendo um componente muito importante em diversos nichos de mercado”, diz Alvino Lara, gerente comercial da Proadec.
estética das peças, principalmente ao evitar as “quinas vivas” nas junções.
As fitas de borda também podem ser utilizadas para ousar e dar ainda mais criatividade ao projeto. Elas servem, por exemplo, como um componente essencial para valorizar a estética e o acabamento do móvel. Quando bem orientado pelo profissional, o projeto pode ser personalizado, e as fitas utilizadas podem ser de cores diferentes, para revitalizar e diferenciar a composição. Escolher padrões exatos – e não similares – garante que as fitas de borda sejam idênticas aos painéis revestidos fabricados pela Berneck, o que atribui mais qualidade ao produto final. Por exemplo: a fita de borda que reproduz o miolo do compensado multilaminado, o aço escovado ou até mesmo a fita de borda amadeirada no painel BP branco. Vale ressaltar que a Berneck não produz fitas de borda.
Dica BNK
Aplique fita de borda em todas as laterais dos painéis, mesmo nas que não ficam expostas. Isso evita que o MDF/MDP esteja suscetível à absorção de umidade, fungo e bolor.
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CONHECIMENTO REVISTA INSPIRARE BNK | BERNECK®
OS PRINCIPAIS MODELOS DE FITAS PVC
ABS
Fita termoplástica com maior resistência à luz UV, à abrasão, ao impacto e à umidade, sendo o produto mais utilizado no acabamento dos móveis.
Possui uma densidade menor, porém tem qualidade equiparada à de PVC. É indicada a aplicação com coladeira de alta performance.
Crédito: Rehau
OUTROS MATERIAIS Além de lâminas naturais de madeira, há outros modelos no mercado, com impressão 3D, acabamento de alto brilho, efeito visual de vidro e metais, iluminação LED e até de fusão a laser.
Crédito: Jeferson Soldi
Crédito: Rehau
APLICAÇÃO AUTOMÁTICA Confira na página 13 mais informações sobre como aplicar fitas de borda.
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Crédito: Proadec
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RECOMENDAÇÃO DE APLICAÇÃO
01 Painel e fita de borda devem estar perfeitamente cortados e limpos.
04 Cola de contato com distribuição uniforme no painel e na fita.
Recomendações: Proadec.
02 A fita nunca deve ter o tamanho exato da espessura do painel. Trabalhe com uma margem de 4 mm para dar acabamento nas peças.
05 Pressão uniforme na aplicação manual ou ajuste na compressão dos rolos em coladeira.
03 A temperatura ideal do ambiente varia entre 16 0C e 25 0C.
06 Na coladeira, verificar, ainda, a temperatura ideal da cola (indicada pelo fabricante), a velocidade de avanço e a regulagem dos grupos de acabamento.
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CONHECIMENTO Créditos: Rehau
APLICAÇÃO NO INVERNO Em épocas mais frias, o trabalho com as bordas pede atenção redobrada – principalmente na Região Sul, onde as temperaturas são mais baixas. A cola endurece mais rápido com a aplicação do adesivo na superfície fria do painel, o que leva a uma má fixação.
Créditos: Rehau
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Fonte: Proadec
MÁXIMA EFICIÊNCIA PARA SUA MARCENARIA A procura pela agilidade na marcenaria leva muitos profissionais a buscarem uma colagem automática da fita de borda, mas esse investimento exige pesquisa, e alguns fatores devem ser considerados, indica Riverson do Vale, professor de Marcenaria e Luteria do Senai/PR. Confira: • Quais máquinas você já possui? •Q ual é o espaço disponível no galpão/na oficina? •Q uantos móveis você fabrica por semana ou mês? •Q ual é o nível de qualidade da sua produção? •Q uais componentes e itens de série a máquina apresenta?
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•A empresa que fornece a máquina tem assistência técnica e pós-venda?
Como armazenar fitas de borda! Guarde as fitas na horizontal, empilhadas em local seco e fresco, para evitar tanto a umidade quanto o calor. Condições adversas podem comprometer o primer aplicado no verso da fita. Evite estoques por mais de um ano.
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APLICAÇÃO AUTOMÁTICA DA FITA DE BORDA Para quem já faz uso da coladeira, confira dicas da Proadec para a colagem das bordas e diferenciais que alguns grupos de acabamento podem proporcionar.
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Colagem da fita no painel
A cola de hot melt deve estar aquecida na temperatura correta (indicada pelo fabricante da cola) para alcançar o ponto de fusão, e a fita deve ter 4 mm a mais em relação à espessura do painel, para um melhor acabamento. A regulagem do equipamento para um acabamento satisfatório baseia-se na espessura do painel de MDF/MDP e evita que ocorra:
Corte dos topos
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As guilhotinas de corte devem cortar rentes ao painel. Para isso, o aferimento e a afiação devem estar em dia.
Fresagem
Proporciona o desbaste pesado, retirando o excesso de fita e cola e uniformizando com o painel.
• excesso de cola (bolhas de cola); • falta de cola (fita de borda descolando); • desalinhamento; • sobreposição de fita; • corte do revestimento do painel/da fita.
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Fresagem com raio
Retira o excesso do material e aplica o formato do ângulo desejado. Fitas de borda mais espessas, a partir de 3 mm de espessura, deixam mais característico o ângulo de curvatura.
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Refilador
Retira o excesso de cola na peça, melhorando o acabamento e aumentando a vida útil do polidor.
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Polimento
O polidor retira resquícios de adesivo e pequenas rebarbas, lustrando a fita e proporcionando um acabamento fino.
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CONHECIMENTO
Crédito: Homag
SOLUÇÕES DE PROBLEMAS EM COLADEIRAS DE BORDA
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Para quem utiliza coladeiras manuais ou automáticas em seus processos, fique atento a estes detalhes, respeitando sempre as indicações dos fornecedores de colas e máquinas.
FITA DESCOLA FACILMENTE APÓS A COLAGEM Possíveis Causas
Solução
• Quantidade de cola insuficiente
• Verificar a temperatura ambiente
• Temperatura ambiente ou da cola
• Climatizar a fita e/ou o painel
muito alta/muito baixa
antes da aplicação
• Falta de pressão nos rolos de
• Ajustar a pressão dos rolos
compressão • Correntes de ar
SUPERFÍCIE DE FITA IRREGULAR APÓS A COLAGEM Possíveis Causas • Corte irregular do painel
Solução • Controlar a simetria de corte dos painéis
• Temperatura excessiva da cola • Diminuir a temperatura da cola • Excesso de cola aplicada • Ajustar a pressão dos rolos • Muita pressão dos rolos de compressão
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• Reduzir a quantidade de cola aplicada
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ABERTURA DA LINHA DE UNIÃO ENTRE A FITA E O PAINEL APÓS A COLAGEM Possíveis Causas
Solução
• Corte irregular do painel
• Controlar a simetria do painel
• Cola muito fria ou com temperatura excessiva
• Verificar a pressão dos rolos
• Temperatura ambiente muito alta
• Verificar a temperatura da cola e/ou ambiente
• Problema dimensional na fita (côncava)
• Contatar o fornecedor de fita e da máquina
• Perda de esquadro devido à serra do riscador
FITAS GROSSAS FICAM CLARAS NA ZONA FRESADA OU PARTEM
Possíveis Causas
Solução
• Velocidade de corte baixa
• Aumentar a velocidade do corte
• Velocidade de alimentação excessiva
• Afiar ou substituir as ferramentas
• Ferramentas desgastadas
• Ajustar o raspador, que deve estar a 900 em relação ao painel
• Formato da fresa incorreto • Raspador não ajustado
MARCAS OU RISCOS NA SUPERFÍCIE DA FITA APÓS A COLAGEM Possíveis Causas
Fonte: Proadec
• Resíduos de fita entre a fita e os apalpadores (normalmente, riscos paralelos e descontínuos)
Solução • Verificar a aspiração • Contatar a assistência técnica da máquina
• Problema mecânico na coladeira
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COMPETITIVIDADE Crédito: Leitz
DICAS PRÁTICAS PARA UM CORTE PRECISO NÚMERO, GEOMETRIA E DUREZA DOS DENTES DA SERRA, ALÉM DA POTÊNCIA DA MÁQUINA, SÃO DETERMINANTES Aparentemente simples, o processo de corte dos painéis de madeira exige atenção na escolha das serras e dos equipamentos adequados da marcenaria, desde manuais a esquadrejadeiras e seccionadoras. Esse conhecimento, aliado à competência do operador, é essencial para obter o melhor
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acabamento e a menor perda possível das peças que serão trabalhadas. No entanto, muitos profissionais acabam utilizando a mesma serra para diferentes ocasiões, por desconhecerem as opções existentes ou por economia. Existem diversas escolhas
e regulagens de operação que evitam o desplacamento ou efeito "piriricado" de serrilhamento inferior e superior dos revestimentos. O arrancamento de partículas, queimas laterais e marcas da serra, como o efeito "banana" no ato do corte, também são ocasionados por erros na escolha das serras ou da configuração das máquinas.
COMO FAZER A ESCOLHA CORRETA DAS SERRAS? Fábio Amandio, gerente comercial da Leitz, conta que nas seccionadoras são utilizadas serras principais que variam de diâmetro: 250 mm (menor porte) a 570 mm (seccionadoras maiores), que podem ter entre Z60 e Z96 dentes. Tudo vai depender da altura de corte (pacote de painéis e capacidade/potência da máquina).
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“Para essas aplicações, sempre devem ser consideradas serras com maior número de dentes (levando em consideração seu diâmetro), devido à necessidade de se alcançar elevados acabamentos de corte, principalmente nos painéis com revestimento, e por serem materiais que apresentam melhor necessidade de acabamento de corte, em que o número de dentes influencia na vida útil da ferramenta”, diz Amandio.
Crédito: Leitz
Os riscadores, que fazem o pré-corte do revestimento BP na parte de baixo do painel e acompanham as serras principais, também variam de dimensões conforme o modelo da máquina.
Outro conceito de corte, detalha Amandio, é utilizar máquinas seccionadoras. Nestas, existem modelos com e sem riscador, e essa variação influenciará na geometria de corte da serra.
Cutting Lower
Scoring sawblade Main sawclade Return to starting position
Imagem: Representação do conjunto de serra principal + riscador
Crédito: Leitz
Crédito: Leitz
Beam
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ÂNGULOS DE ATAQUE Observe na imagem a incidência de dentes com ângulos de ataque positivo e negativo e a entrada de corte de ambos em um painel.
Crédito: Leitz
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Crédito: Leitz
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Crédito: Leitz
A IMPORTÂNCIA DO RISCADOR Seja no corte de pacotes ou de um único painel por vez, a serra riscadora realiza o pré-corte do revestimento BP na parte de baixo, em seccionadoras e esquadrejadeiras com essa função. Na prática, efetua um canal de aproximadamente 1 mm, cortando somente a camada superficial dos painéis.
Crédito: Leitz
Esse canal impede que a serra principal, ao cortar, entre em contato com o material na saída, evitando problemas de acabamento, como lascas no revestimento ou arrancamento de partícula do painel. Os dentes dos riscadores podem ter formato reto ou cônico (maioria dos casos), como demonstra a imagem.
Crédito: Leitz
Atenção! Siga as especificações dos fabricantes das máquinas, principalmente quanto ao diâmetro das serras e dos riscadores. A RPM (rotação máxima) das ferramentas varia em função do diâmetro da própria serra e, caso esse limite seja ultrapassado, ela perderá suas características - influenciando na qualidade do corte e na vida útil da serra -, além de oferecer risco aos usuários. Além disso, mantenha os equipamentos de corte nivelados e as esquadrejadeiras e as seccionadoras chumbadas ao chão, sem vibrações, e realize limpezas, lubrificações e revisões periódicas nos equipamentos.
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COMPETITIVIDADE REVISTA INSPIRARE BNK | BERNECK®
DADOS IMPORTANTES DE UMA SERRA CIRCULAR
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“Todas as ferramentas de corte possuem um desenho e características de engenharia para executar o melhor corte possível, com a melhor produtividade, sofrendo o menor desgaste e proporcionando o menor ruído possível, além de segurança. A engenharia de corte é uma ciência exata”, diz Fábio Amandio, gerente comercial da Leitz.
• Diâmetro da serra.
• Tipo de afiação.
• Número de dentes.
• Diâmetro do furo (rasgo de chaveta).
• Qualidade da pastilha e dureza dos dentes da serra, sendo HW (Metal Duro) e DP (Diamante Policristalino) as mais aplicadas no setor.
• Rotação. • Avanço da peça. • Sistema antirruído.
• Diâmetro da flange, que não deve ser inferior a 1/3 do diâmetro da serra.
• Painel/material a ser trabalhado.
• Espessura de corte.
• Máquina.
ATENÇÃO AO ACABAMENTO Como vimos até aqui, várias situações podem comprometer a qualidade do corte dos painéis revestidos: • Serras inadequadas, gume de corte sujo com resinas ou sem afiação. • Fricção da peça no momento do corte. • Máquinas com vibração, desreguladas ou com potência limitada. A altura do disco da serra ao ultrapassar o painel ou pacote de painéis também é determinante para um bom acabamento. Assim, garante-se uma entrada de corte otimizada do dente no painel, como também refrigeração e saída de cavacos mais eficientes. O indicado é que a serra sempre fique: • Entre 10 e 15 mm acima do painel superior, caso o disco tenha dentes positivos. • Cerca de 18 mm quando o disco for constituído por dentes negativos. Veja mais detalhes no Guia para Marceneiros.
Crédito: Leitz
Link: https://www.berneck.com.br/pt/organizacao/area-de-downloads
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Crédito: Leitz
É HORA DE AFIAR A SERRA Alguns sinais indicam o momento certo: • Aumento do ruído durante o corte, devido à elevação das forças de corte.
• Falhas no acabamento de corte, como lascas no revestimento ou marcas de aquecimento. • Elevação da corrente (amperagem) pelo aumento de esforço ao cortar. É o mais preciso dos sinais para controlar e acompanhar a evolução da perda de fio, mas nem todos os equipamentos têm essa função.
A quantidade de afiações varia de acordo com cada modelo e com as recomendações do fabricante, devendo ser feita em centros especializados e que mantenham os ângulos originais do gume de corte.
Crédito: Leitz
Também deverá ser observada a necessidade de troca da ferramenta quando a serra chegar ao fim da vida útil. Fonte: Bosch / Freud / Leitz
NA HORA DO CORTE Antes de iniciar o corte dos painéis, certifique-se de que a serra está corretamente bloqueada na máquina. O número de dentes cortando a madeira simultaneamente deve ser de três a quatro. Veja um exemplo na imagem a seguir. Para espessuras maiores: serras com menos dentes.
Crédito: Leitz
Para espessuras menores: serras com mais dentes.
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COMPETITIVIDADE
Crédito: Leitz
Descrição
Problema 1
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ENTENDA COMO EVITAR POSSÍVEIS PROBLEMAS Possíveis Causas
• Lascamento da parte superior (apenas um lado)
• Serra queimada em um lado do corpo
Eixo desalinhado em relação à guia da máquina.
Problema 2
Descrição
Possíveis Causas
• Lascamento da parte superior (nos dois lados)
• Serra queimada nos dois lados do corpo
A serra é prensada pelos painéis. (efeito “banana”)
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Problema 3
Descrição
Possíveis Causas
• Lascamento das partes superior e inferior • Corte com ondulação
Falhas de tolerância ou sujeira nas flanges, nos espaçadores e no eixo.
Problema 4
Descrição
Possíveis Causas
• Ranhuras e marcas de corte • Partes internas dos painéis apresentam marcas de corte com ranhuras no mesmo sentido
Altura irregular da serra, sobrando muita serra acima do painel.
Problema 5
Descrição
Possíveis Causas
• Aumento do ruído e da amperagem da máquina, com falhas no acabamento do corte
Dentes de serra sem fio de corte. Ângulos de saída dos dentes bloqueados por resina.
Fonte: Freud / Bosch
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Crédito: Proadec
P a i n é i s : M D P • M D F • H D F | S e r r a d o s : P i n u s e Te c a