Aula -Quadro da joias e técnicas

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Quadro Histórico da joia no mundo e sua evolução Por Beth Paz


Paleolítico Antiguidade 3.500 a.C Europa Peças: Pendentes ou pingentes. Materiais : eram os que o homem encontrava na natureza, como dentes de animais abatidos na caça, conchas, fibras naturais, couro, ossos, crustáceos, caracóis, fósseis, vértebras de peixes e pedras. Técnica: incisões, que formavam círculos e desenhos de animais em seu cotidiano. As peças tinham acabamentos precisos nos contorno.


Colar de 7.000 anos de caramujos


Temática: religiosa, Fé na vida após a morte. Peças: amuletos e joias mortuárias. Materiais: pedras coloridas como lápis-lázuli, turquesa, ametista. Técnica: usadas fundição por cera perdida, gravação, cravação, repuxo/cinzelagem, filigrana e gravação, esmaltação.


TÊcnica de Cinzelagem É a arte milenar de estampar em baixo e alto relevo uma chapa de metal, aplicando pequenas batidas no metal atÊ chegar ao desenho desejado.


TĂŠcnica de filigrana Filigrana ĂŠ um trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequeninas bolas de metal soldados de forma a compor um desenho. Os metais sĂŁo geralmente ouro, prata e bronze.


Técnica de esmaltação O esmalte empregado nesta técnica é basicamente vidro uma combinação de fluxo (vidro incolor) e óxidos metálicos (cobre, manganês e ferro) que lhes dão a coloração. Quando aquecido a aproximadamente 800ºC, o esmalte torna-se líquido e adere à superfície do metal.


Análise de peça Designer: René Lalique Peça: Pente em ouro, esmaltado, pedras semipreciosas e diamantes.


Antiguidade 3.500 a.C 1595 a.C

1595 a.C

Suméria, considerada a mais antiga das civilizações (região sul da Mesopotâmia) atual Iraque. Peça: Com forte influencia floral. Temática: florais, abstrata e figurativa. Materiais: com predominância de ouro, prata e lápis-lázuli, cornalina, granada, coral, pasta de vidro. Técnica: As técnicas mais usadas: fundição por cera perdida, esmaltação, gravação, cravação, cinzelagem, filigrana. Joias da escrava Puabi


Etrúria (atual Itália) 700 a.C Técnica: em desenvolvimento. O contato com os gregos permitiu o conhecimento de novas técnicas como granulação, esmaltação e incrustação.


Grécia 400 a.C Temática: religiosas, florais, animais, arabescos, figuras humanas, discos e rosetas. Técnicas: cinzelagem, gravação, esmaltação e fundição por cera perdida.

Peças: pendentes e pentes com predominância de prata, bronze e ouro. Materiais: pedras como âmbar, cornalina, granada e esmaltes coloridos como broches, brincos, tiaras, pendentes, e braceletes.


TĂŠcnica por cera perdida


Ver vídeo na internet Técnica por cera perdida Técnica de filigrana


Roma Séc. I ao séc. IV a.C Peças: Anéis variados, sinetes de compromisso; colares pendentes de ouro com safira, esmeraldas, granadas, pérolas, topázio águas-marinhas, vidros e *camafeus. Técnica: filigrana, gravação, estamparia, esculturas de camafeus e cera perdida.


Sinete Selo gravado em relevo ou em baixo-relevo com as iniciais de quem o usa. Sua utilização é datada desde o 3º milênio a.C. Era usado para selar cartas e documentos importantes.


Bizâncio Atual Turquia Séculos Vl e Xl d.C

Temática: religiosa. Nos reinos bárbaros: decorações geométricas, desenhos abstratos e estilizados. Materiais: Safiras, ametistas, rubis, pérolas, esmaltes coloridos, camafeus, e requintadas peças. Neste período os brincos deixam de ser usados.


Camafeu O camafeu (do latim Cammaeus, que significa pedra esculpida) é uma técnica de escultura usada em joias de modo a formar uma figura em relevo (em oposição a entalhe) tirando partido da existência de camadas sobrepostas de cores diferentes. Tradicionalmente essa técnica é feita em broches e pingentes.


Inglaterra França Itália Século Xll/XV

Temática: religiosa Peças: broches, botões, fivelas, correntes, anéis. E camafeus, Materiais: era usado o ouro, prata, pedras variadas, marfim e esmalte.


Renascimento Inglaterra França e Itália 1501 a 1600 Temática: religiosa com cenas bíblicas. Peças: Mini esculturas de ouro e prata esmaltadas em pendentes e *broches, colares, anéis, fivelas, correntes de ouro. Pequenos animais como pássaros, cisnes, unicórnios, falcões, leões, elefantes, composições florais, rosas, lírios, folhagens e cenas mitológicas. Os brincos voltam a serem usadas. Materiais: As pérolas ficam em evidencia. Também são usados, rubis, safiras, ametistas, opalas, corais, esmalte, e diamantes lapidado.


Barroco Séc. XVIII Temática Floral: florais e folhagens são marcantes neste período. E animais, cúpidos, cenas mitológicas. Peças: Camafeus de ônix e conchas. laços e variados *relicários. Colares, brincos, broches, correntes, alfinetes, cruzes, braceletes, anéis, tiaras e pendentes. Materiais: Ouro, prata com Diamantes lapidados, pedras facetadas, cabochão de granada, cornalina, safira, esmeralda, rubis, safiras, ametistas, topázio, turquesa, opala e pérolas em formatos e tamanhos diversos. Vidros coloridos e lapidados imitando gemas naturais, o esmalte colorido complementa a decoração das joias volumosas, rebuscadas e orgânicas.


Relicรกrio joia porta foto


Arte Nouveau 1860-1920 Temática: de plantas marinhas, insetos como libélulas, besouros, borboletas, gafanhotos, escaravelhos, aranhas, pássaros, galos, cisnes, pombos, corujas, águias, répteis, lagartos, camaleões, rãs, sereias, dragões, figuras mitológicas, laços, folhas, paisagens, figuras femininas com cabelos esvoaçantes, mulheres aladas, motivos celtas e vikings. Peças: são as mais variadas, broches, grampos, brincos, colares, fivelas, pentes, pendentes, tiaras, anéis e braceletes. Assimetria, curva. Movimento, delicadeza, vitalidade, vigor, juventude, erotismo, sensualidade, transparência, mistério, fantasia, leveza. Materiais: São os mais diversos como chifre de boi, opala, pérola, marfim, ágata, madrepérolas, casco de tartaruga, turquesa, pedra-da-lua e esmaltes.


Arte Decô 1925 – 1930 Formas: geométricas, florais, temas egípcios, indianos, japoneses, africanos, animais e engrenagens. Peças: Joias suntuosas, uso de novas tecnologias e materiais como aço, alumínio, diamante, rubis, safiras, esmeraldas, pérolas, coral, opala, ônix, jade, lápis-lazúli e esmalte.


Europa EUA 1940 Temรกtica: como ramalhetes de flores cravejados de pedras. E o uso de conjuntos de brincos e broches

Peรงas: Brincos, pendentes, peรงas protuberantes em ouro polido, formas esculturais, buques de flores e leques. Materiais: Gemas coradas eram as favoritas: topรกzio, รกgua-marinha, ametista.


Europa Américas 1960-1970 Estilo: abstrato e grande desenvolvimento tecnológico. Formas: orgânicas, texturas, novas técnicas agregam valor as peças e as lapidações resaltam a beleza das jóias. Peças figurativas representando animais e flores. A alta joalheria esbanja no uso de esmeraldas, safiras, brilhante, ametistas, corais, ônix, pérolas, cristais, rubis e lápis-lázuli. Anel Cartier


No mundo 1980 Peças: Brincos e anéis são indispensáveis para esta na moda. Joias pequenas e grandes, coloridas e com estilos ecléticos. Materiais: Gemas como turmalinas verdes, rosa, ametista, citrinos, topázios azuis, safiras e pequenas pérolas marcaram as criações da época.


Liberdade de criação 1990 Designers esbanjam criatividade em joias de ouro branco, amarelo e rosa. Neste momento há uma alta valorização das pedras brasileiras. Uso de novos matérias, os não convencionais como plástico, tecido, madeira e papel. Com a inserção do design estas peças passam a ganhar mercados mais exigentes.


Anos 2000 Neste período não há limites para o design. O uso de materiais não convencionais ganham mercado e fazem o maior sucesso. O papel, plástico, madeira, borracha e couro ganham um novo valor. E com a inserção do design, as peças criadas com estes materiais passam a ser reconhecidos como joia. E surge a criação de peças masculinas, folheados e bijuterias criativas mostram um novo acessório e novo valor agregado. Colar: Mandala Material: Pet Designer: Mana Bernardes


Fontes bibliográficas COUTINHO, Telmo de Azeveso, Metalografia dos Não Ferrosos.São Paulo: Ed. Edgar Blucher 1998. LODY, Raul, Jóias de Axé: fios de contas e outros adornos do corpo; a joalheria afro brasileira.Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2001. Caras, Revista Anuário, edição nº03.São Paulo, 2007. PROENÇA,Graça: História da Arte, Edição nº 17, Editora Ática 2005. GIBSON, Clare, Como compreender símbolos / Guia rápido de como compreender simbologia: Tradução Luis Carlos Borges São Paulo, Editora SENAC - São Paulo, 2012.


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