[CINE]
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centro cultural de cinema itinerante
autora: elizabeth Cavalcante Orientadora: Raquel blumenschein
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[CINE]
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centro cultural de cinema itinerante
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Universidade de Brasília-UnB Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Projeto, Expressão e Representação Trabalho Final de Graduação Caderno de Projeto 2º/2016
Elizabeth Cristina Tenreiro Cavalcante | 10/0028403 Orientadora: Raquel Blumenschein Banca examinadora: Ana Zerbini e Gustavo Luna
abstract 4
The [CINE]² is a cultural itinerant center focused on cinema and its arts. Its objective is to disseminate the artistic variety of the cinema trough Brazil. The concept of Ephemeral Architecture that is explored on the project, reflects the dinamism, mobility and globalization of the current societies, where new relations between men, space and time are being established. While traveling and exploring the various regions of the country, experiencing its cultural, economic and social variations, the project seeks to bring knowledge, curiosity, cultural valuation and raise questions about current issues through the cinema and its areas of knowledge. Acting then, as a space for the expression of local cultures, and simultaneously as an environment of exchange, education and integration of the Brazilian cultural diversity.
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resumo
agradecimentos
O [CINE]² é um centro cultural de cinema itinerante que tem como objetivo disseminar a diversidade artística que a sétima arte representa. O projeto traz o conceito de Arquitetura Efêmera, isto é, provisória, representando assim o dinamismo, mobilidade e globalização da sociedade atual e suas novas necessidades e relações com o espaço/tempo. Ao viajar e explorar as várias regiões do país, vivenciando as suas variações culturais, econômicas e sociais, o projeto busca trazer conhecimentos, curiosidades, valorização cultural e questionamentos sobre questões atuais por meio do cinema e suas áreas de conhecimento. Atuando assim, como um espaço para a expressão das culturas locais, e simultaneamente um ambiente de trocas, educação e integração da diversidade cultural brasileria.
Meus agradecimentos vão para muitas pessoas que com toda a paciência, delicadeza e sinceridade me ajudaram nesse ano de muito trabalho, abdicação e dedicação. Em especial, agradeço à minha família que com toda a sua sabedoria e carinho soube me incentivar e aceitar minha a ausência em tantos momentos. Agradeço ao meu amor, que aguentou minhas crises e choros com muita calma e bom humor, e soube me mostrar a minha força e capacidade para dar o meu melhor neste trabalho. Agradeço aos meus amigos que estiveram comigo ao longo de todos esses 7 anos de curso e que neste fim foram companheiros de luta, compartilhando frustações, alegrias e muitas risadas. Agradeço à minha orientadora Raquel por toda a sua preocupação e dedicação com cada um de seus orientandos. Com certeza a sua paciência e carinho foram essencias para termos chegado aqui com muito orgulho do que fizemos. E por fim, agradeço à Deus, pois foi Ele quem me deu forças e confiança para eu chegar aonde estou hoje.
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“space is the breath of art” frank lloyd wright
SUMÁRIO
refe rências
3.1 O CINEMA NO BRASIL 3.2 CINEMA, COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO
POR QUÊ CINEMA ?
2.2 A SOCIEDADE
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01 in trodução 1.1 OBJETIVOS GERAIS 1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO
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o projeto
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2.1 O CONTEXTO HISTÓRICO
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6.1 ARQUITETÔNICAS 6.2 CONCEITUAIS
8.1 CONCEITOS 8.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES
ITI NE RANTE ?
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8.3 PARTIDO
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8.4 SISTEMA CONSTRUTIVO
parti cula ridades
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CONDI CIONAN TES
qual o itinerário ?
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5.3 ECONÔMICO
8.6 ESTÉTICA 8.7 INSTALAÇÕES 8.8 PRAÇAS
biblio grafia
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5.1 CULTURAL 5.2 SOCIAL
8.5 MATERIALIDADE
7.1 O ROTEIRO DE CIDADES 7.2 A BASE 7.3 LOGÍSTICA
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01
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in trodução
A arquitetura Itinerante possui um enorme potencial que manifesta-se e persiste ao longo da história da humanidade. Caracterizada pela sua diversidade, adaptabilidade e flexibilidade, estas estruturas vem mostrado diversos avanços da sociedade nas áreas da tecnologia e sustentabilidade, e exibindo as mudanças socioculturais e econômicas que o mundo tem construído. (Kronenburg, Architecture in Motion, 2014) Diante do ato de atender às necessidades do ser humano, esta arquitetura torna-se essencial em seu contexto atual, tendo em vista sua diversas possibilidades de uso e função. Com isso em mente, este Trabalho visa apresentar o estudo que fundamenta a realização do projeto proposto: um Centro Cultural de Cinema Itinerante.
“As estruturas itinerantes,
apesar de serem temporárias no espaço, não são temporárias no uso.
De forma teórica e prática, o estudo envolve análise de aspectos e componentes que condicionam e determinam o projeto, complementada pela contextualização histórica do objeto de estudo que fundamenta a sua realização.
introdução 12
A sua portabilidade, é precisamente, oque as faz
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indispensáveis.” Robert Kronenburg
objetivos O objetivo geral é desenvolver um projeto arquitetônico que atenda as demandas de um cinema itinerante, e contribuir assim para a divulgação e disseminação da sétima arte e a valorização da cultura local.
Exercício de uma Arquitetura Itinerante
O cinema é uma enorme fonte de cultura, sendo capaz de expandir conhecimentos diversos para a população. Diante deste fato, a intenção é expandi-lo na sociedade brasileira. Expandir o olhar das pessoas, levando-as à lugares inimagináveis; expandir a curiosidade e o senso crítico de cada um, e por fim, expandir a cultura cinematográfica.
Levar cultura à todos, e à qualquer lugar- Arte para todos
Disseminação da arte cinematográfica Valorização da Produção Cinematográfica Brasileira Incentivar o cinema como veículo social de comunicação e educação Promover a conscientização da população como agente cultural e pensador crítico Alcançar lugares carentes e inóspitos Valorização da cultura brasileria e suas diversidades
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por quE itinerante?
breve a sociedade atu a l
CONTEXTO HISTÓRICO Não é de hoje que a arquitetura itinerante se faz presente em nossa sociedade. Desde o início da história evolutiva do homem, o nomadismo era determinante para a sobrevivência dos grupos de civilização. Dependentes de fatores físicos como alimento, segurança e de variações climáticas, a necessidade de estar em constante movimento os levava a explorar diversos territórios e a estarem sempre aptos as mais variadas adversidades . (Meneses, 2007)
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Como parte da expressão de seus povos, cada forma de arquitetura carregava simbolismos estéticos, culturais e sociais, expressando suas crenças e organizações como grupo. Além disso, traziam também informações técnicas e territoriais, que agregavam ao estudo do caminhar dessas pessoas. Para adequar-se às constantes viagens, a portabilidade de sua habitação era um ponto de destaque, tento em vista que deveriam possuir forte caráter temporário. Sua construção desenvolvia-se com materiais locais e a leveza era um ponto determinante, pois o peso devia ser adequado para o transporte por animais ou por um homem. (Bógea, 2006)
De modo geral, as construções eram desmontáveis, portáveis, flexíveis e organizadas, características que determinaram a evolução desta tipologia arquitetônica. Com o passar dos anos, a partir do avanço das técnicas de construção, e do surgimento de novas formas de trocar conhecimentos e informações, a abordagem da construção e a relação com o espaço mudaram. O espaço tornou-se permanente. O homem em sua constante evolução sentiu a necessidade de fixar-se e construir relações territoriais e sociais com uma comunidade fixa. O sentimento de pertencimento com o local tornou-se importante, e assim casas, castelos, prédios e cidades inteiras surgiram e definiram-se como grandes locais de estabilidade. (Meneses, 2007) Mas apesar disso, a vontade de explorar e viajar sempre esteve presente ao longo das descobertas e crescentes evoluções informativas do homem. E foi a partir da Revolução Industrial, que a ideia de mobilidade e nomadismo, retornou veemente aos imaginários humanos, com o início da produção em série e assim o início da arquitetura pré-fabricada.
A partir desse breve panorama, até o contexto atual, muito se mudou. A globalização e o rápido avanço das tecnologias propiciaram um alto crescimento na velocidade de transmissão de informações e no transporte de pessoas e veículos. A dinamicidade mundial se transformou, e hoje a rapidez dos movimentos e a preocupação com a eficiência do tempo, definem nossas fronteiras, encurtando distâncias e propiciando o alto intercâmbio de culturas e práticas locais. (Meneses, 2007) Em meio a tanto, a sociedade vive então, a dualidade entre a mobilidade e a permanência. A cidade, antes colocada como algo estável e permanente, hoje apresenta-se como um organismo vivo, capaz de constantes mutações e reciclagens demandadas pelas novas relações de ocupação e apropriação do espaço. Como palco de anseios e descobertas, o espaço urbano tornou-se a concretização de toda essa transformação vigente, adequando-se as mais variadas necessidades e anseios de seus habitantes. (Bógea, 2006)
“…a cidade imóvel cede lugar a um território em movimentação. Transformação cada vez mais radical, atrelada a uma intensidade de deslocamento até então inimaginável e ocorrida metaforicamente por um homem multiplicado pelo motor.” (Bógea, 2006)
O novo modo de vida atual vem se desenvolvendo na incessante mobilidade entre o homem e o espaço em que vive. O movimento tornou-se inerente ao cotidiano, abrangendo não somente a percepção do espaço físico, mas também do meio virtual, com a criação do “ciberespaço”.
A partir disso, tende-se a compreender então, a cidade e a arquitetura como um grande sistema, que ao trabalhar com interligações de interferências mútuas, necessita de constantes renovações em suas formas de ocupação do espaço.
Em uma era definida por essa dicotomia de espaços, entende-se as mudanças ocorridas nas relações de espaço x tempo. O espaço, antes definido como estático e absoluto, hoje deve apresentar flexibilidade e eficiência para mutar-se e adaptar-se às ágeis e constantes transformações do tempo.
E a esta necessidade, traduz-se a condição para uma arquitetura sem raízes, que adapte-se e transforme-se a cada novo espaço e a cada novo tempo. Como afirma Bógea, nasce a ousadia de considerar e aceitar a itinerância dos espaços numa nova arquitetura, que construirá constantes novas relações, a partir das existentes.
“Compreender a cidade em movimento significa aceitá-la como corpo que se re-organiza no tempo e não simplesmente se substitui. Compreender a arquitetura nestes mesmos termos significa reconhecer corpos que, em vez de simples substituições de materialidades a cada mudança proposta, permitem re-organizações no tempo.”
Assim, o desafio apresenta-se em trazer a materialidade estável da arquitetura para uma inquietante realidade móvel, trazendo assim características imprescindíveis como a flexibilidade, tanto do espaço ocupado como do próprio objeto; a mutabilidade, ao mostrar novas formas e abordagens dadas pela sua liberdade formal e a sua dinamicidade, traduzida na capacidade de ser e gerar mudanças, temporárias ou permanentes onde se instalar.
(Bógea, 2006)
“Não mais arquiteturas necessariamente construídas num determinado lugar e presas a ele como premissa, nem mais arquiteturas que atendem a um determinado uso, inalterado desde sua concepção.” (Bógea, 2006)
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“…movimentam-se os corpos no espaço, movimenta-se o espaço para abrigar novos corpos.” (Bógea, 2006)
tipo l o gia s de arquietura portável Diante da necessidade de uma arquitetura e espaço urbano dinâmicos, que se adequem as transformações intrínsecas ao tempo, a aplicação da arquitetura móvel, de acordo com a estudiosa Yona Friedman, apresenta-se em dois grandes grupos: o primeiro engloba aqueles que possuem uma base estrutural fixa, onde as alterações mostram-se na optimização de sistemas de infraestrutura; e o segundo trata as mudanças nas formas e funções do edifícios, englobando aqueles que permitem novas espacializações e implantações.
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Ao trata-se em particular do segundo grupo, sendo este o objeto de estudo deste trabalho, há de se entender a variedade de utilizações e variações construtivas que são apresentadas e a complexidade envolvida em sua classificação. De acordo com o arquiteto estudioso Robert Kronenburg (2014), a arquitetura itinerante portátil pode ser dividida em três grandes grupos: 1. Edifícios transportáveis: que são transportados como um volume único e utilizados instantaneamente nos locais de destino. Sua forma de transporte por vezes, apresenta-se em sua própria estrutura base e por isso, restrições de dimensões e peso são definidas. 2. Edifícios pré-fabricados: cujo elementos são transportados separadamente e montados rapidamente no local. 3. Edifícios Desmontáveis: cujas partes também são transportados separados e facilmente remontados seguindo um padrão construtivo. Possui maior flexibilidade que o anterior, podendo apresentar variações de layouts e possibilidades de compactação para o transporte. Dentro desta classificação, existem subclassificações que esclarecem os métodos de construção, suas aplicações e características físicas intrínsecas a cada tipo. (Meneses, 2007)
A. ESTRUTURA DESMONTÁVEL (Flat pack): Entendida como uma estrutura de elementos pré-fabricados, esta apresenta possibilidades à variados terrenos e usos. Pela individualização de seus elementos, entregues como um “kit” de montagem, o transporte é muito facilitado, assim como a sua utilização em expansões, alargamentos ou complementos de outras construções. A sua montagem, ocorrida no local, requer mão de obra especializada, pois deve seguir instruções base para o anexo de todas as partes.
B. ESTRUTURA MÓVEL Este tipo de estrutura possui o meio de locomoção como um dos pontos principais da arquitetura. Diferentemente da estrutura desmontável, normalmente este tipo de estrutura é transportada como volumes inteiros e acabados. O benefício está na alta eficiência do tempo de instalação e facilidade com as instalações. No entanto, não possui tanta flexibilidade de forma e volume e em caso de manutenção toda a estrutura é paralisada.
C. ESTRUTURA MODULAR Esta estrutura possui características próximas às estruturas desmontáveis e às móveis, podendo ser transportado em peças individuais ou como volumes acabados. Seu ponto particular reside na repetição formal de seus elementos e na conjugação volumétrica.
D. ESTRUTURA TENSIONADA Entendida com uma estrutura de membrana, esta desenvolve-se em uma estrutura espacial metálica, acoplada a cabos metálicos tensionados coberta por um tecido ou membrana. Seus pontos positivos apresentam-se em sua leveza, alta durabilidade, flexibilidade de formas plásticas e na capacidade de vencer grandes vãos. Pode ser facilmente, montada e desmontada e possui uma boa relação de custo\benefício. Os pontos negativos estão na falta de conforto térmico, mão de obra especializada para sua construção e alta complexidade e conhecimento técnico para seu desenvolvimento. (artigo de tenso estruturas)
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Voyager 03
Puma Store
e. ESTRUTURA PNEUMÁTICA Também classificada como estrutura de membrana, esta é definida como uma estrutura inflável, cuja espacialidade é criada pela pressão do ar exercida em sua membrana pneumática. Este sistema permite vencer grandes vãos livres, qualificando positivamente o uso do espaço e podem ter diversos tamanhos e formas, propiciando diversidade de layouts. Sua membrana possui alta durabilidade pode ser facilmente montada e desmontada e não requer muito espaço de armazenamento e transporte. Alguns pontos negativos desta tipologia estão a inflexibilidade a diversos terrenos, risco de ruptura da membrana e a limitação na colocação de estruturas de expansão. (Pinheiro, 2014)
Wiki House
Plastique Fantastique
Cloudscape Plastique Fantastique
Architectura do Ar
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por quE cinema?
Cinematógrafo dos Irmãos Lumière
Divulgação do Cinematógrafo em 1895.
O grande “boom” inicial
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O cinema ou a Sétima arte, é considerado como uma das maiores formas de expressão da era moderna. Criado em 1895 pelos irmãos Lumiére na França, suas imagens em movimento logo conquistaram o mundo, abrindo horizontes de informações e curiosidade nunca antes vistos. Tal novidade chegou ao Brasil em 1896, onde foi exibido pelas ruas do Rio de Janeiro. O sucesso foi tamanho que em 1987, a primeira sala de exibição foi inaugurada na zona central da então capital (Exteriores). Como um país exportador de matéria prima e importador de produtos, todo o material cinematográfico e os filmes para reprodução vinham do exterior. A primeira película nacional só foi filmada em 1898, onde era mostrada a Baía de Guanabara e navios que chegavam (Vasconcelos, 2012). Com relação à distribuição de filmes estrangeiros e nacionais, estes iam para as salas de projeção das grandes cidades como Rio e São Paulo ou para cinemas itinerantes que projetavam em feiras pela cidade. Os itinerantes tornaram-se grandes protagonistas na divulgação do cinema para a população, principalmente para àquelas que viviam nas zonas periféricas do centro urbano. Sobre os espaços de projeção, estes e multiplicaram-se e espalharam-se, atraindo cada vez mais público. No entanto, permaneceram concentrados nas principais capitais do sudeste, devido a deficiência no fornecimento de energia elétrica em várias regiões do Brasil (Exteriores). O panorama do início do século XX, era bastante promissor.
Viagem à Lua-1902
Cinema Caruso Copacabana- 1954
O Pagador de Promessas- Anselmo Duarte-1962
A construção do contexto atual O cinema nacional fortalecia-se, e já conseguia concorrer com o mercado estrangeiro no país. De acordo com Ademar Gonzaga (1987), eram produzidos mais de cem filmes ao ano e muitos superavam em qualidade a produção estrangeria. Os gêneros de maior sucesso entre tantos exibidos, eram o policial e o matuto, cujos filmes marcaram o sucesso da produção brasileira.
Após a rápida ascensão e queda do início da produção cinematográfica no Brasil, foi apenas na década de 30 que o contexto brasileiro começou a melhorar. Outras capitais além da região sudeste, como Pernambuco e Porto Alegre passaram a ter produções próprias, oque acarretou numa crescente significativa na quantidade e qualidade das produções nacionais. (Miucci, 2013)
No entanto a partir de 1912, este período de intensa produção, distribuição e investimentos começou a perder força, e a produção nacional entrou em crise. O motivo foi definido pelo início da industrialização da produção cinematográfica em países mais desenvolvidos, transformando o cinema artesanal em uma importante indústria do entretenimento, atraindo assim a preferencia do público. Além disso, a situação tornou-se mais grave com o estouro da Primeira Guerra Mundial em 1914, que dificultou enormemente as importações de material adequado para a produção nacional (Vasconcelos, 2012).
Nas revistas e jornais, a consciência cinematográfica ganhava foro outra vez, com colunas dedicadas somente a produção nacional e suas responsáveis, como por exemplo a Cinédia.
Após um grande estouro em terras brasileiras, o cinema apresentou-se como uma empreitada complicada para dar continuidade, ao ponto que diversas salas de projeção foram fechadas e a produção cinematográfica, extremamente reduzida.
Mas além destes, surgiram as “chanchadas”, filmes musicais de comédia popularesca, que de maneira irreverente, tratava temas do panorama humano da cidade. Por ter uma abordagem cômica e leve, este logo conquistou e se aproximou muito do público. Alguns dos artistas e cantores de rádio símbolo deste gênero, e responsáveis por essa aproximação do cinema com a população foram Oscarito,
O cinema falado era o grande destaque da época pela sua inovação e amplitude. Como resultado desta nova fase do cinema, grandes nomes e produções surgiram exibindo uma grande evolução na linguagem cinematográfica brasileira, como Humberto Mauro, autor de “Ganga Bruta” e Mário Peixoto, autor de “Limite” (Miucci, 2013).
Deus e o Diabo na Terra do Sol- Glauber Rocha -1964
cinema, comunicação e educação Grande Otelo e a cantora portuguesa Carmem Miranda. (Exteriores) Posteriormente, já na década de 50, observou-se o desejo de implementar uma indústria cinematográfica brasileira, a fim de produzir filmes de maior qualidade e com temas mais elaborados (Miucci, 2013). Como marco dessa vontade, foi criada a Fundação Vera Cruz, que caracterizava-se por ter inúmeros estúdios bem equipados e equipes com conhecimento técnico estrangeiro para a produção nacional. Apesar de sua falência em 1954, a Fundação teve seus momentos de glória, como a conquista do Festival de Canes para o filme “Cangaceiro” de Lima Barreto; mas antes de tudo, ela iniciou uma retomada de mudanças no cenário brasileiro. (Exteriores). Como reação e oposição aos estúdios, na década de 60, uma geração de vertentes independentes surgiram, trazendo consigo ideais de representação artística e abordagem crítica e social aos filmes. Conhecidos como Cinema Novo, este foi um movimento de muita notoriedade que representou a época de ouro, com plena maturidade artística e cultural, da produção do cinema moderno brasileiro. A temática retratada era a vida real e seu diversos problemas sociais e econômicos, instigando pensamentos críticos e contestadores. Nomes importantes e obras deste período podem ser destacadas como Nelson Pereira, Ruy Guerra e Glauber Rocha, autor de “ Deus e o Diabo na terra do Sol”. (Miucci, 2013)
Esta intensa mudança e agitação no cenário nacional, teve como resultado o grande retorno do público para as salas de projeção, que voltavam a multiplicar-se pelo país. Mesmo após o Golpe Militar(1964), e a forte censura imposta às produções de todos os veios artísticos, o cinema continuou produzindo, usando-se de metáforas e eufemismos para passar pelos militares e chegar à população. (Exteriores) Em 1974, a fim de organizar o mercado cinematográfico brasileiro e motivar popularidade ao governo, Geisel inaugura a Embrafilme, uma empresa estatal produtora e distribuidora de filmes cinematográficos que teve um forte papel na concretização do cinema nacional. Vários sucessos de público e crítica datam dessa época, como “ Dona Flor e seus dois Maridos”(1976) de Bruno Barreto e “ Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980) de Hector Babenco (Exteriores). No entanto, em 1990 o governo Collor fecha a Embrafilme, como parte de suas políticas neoliberais, promovendo uma quebra profunda nas produções nacionais. Paralela à forte abertura do mercado, as salas de projeção foram tomadas por filmes estrangeiros, principalmente os norte-americanos, minimizando consideravelmente, a presença nacional nas exibições. (Miucci, 2013) Na contextualização histórica do cinema brasileiro, este período é conhecido como a “Retomada do Cinema Brasileiro”, tendo em vista a necessidade do cinema nacional de retomar a produção bruscamente interrompida.
As dificuldades foram grandes, mas após algum tempo o cinema se reiniciou com novas condicionantes e diretrizes. Em governos posteriores, foram instauradas Leis de Incentivo, como a renúncia fiscal, e programas como o Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro (Itamar Franco). Além disso, novas instâncias governamentais de apoio também surgiram, como a Ancine (2001) e a Globo Filmes, que auxiliaram na reorganização da produção nacional (Vasconcelos, 2012). Atualmente, a diversidade é a marca da produção brasileira. Hoje o cinema define-se por sua qualidade crescente e a enorme capacidade produtiva de seus cineastas. No âmbito nacional, o público vem respondendo positivamente à produção brasileira, fato observado em bilheterias crescentes e aumento da presença em salas de exibição. No cenário internacional, este já é referência nos países sul-americanos e vem em busca de sua posição entre as tradicionais produtoras europeias e norte americanas. (Renó, 2008) Observa-se, dessa forma, um momento expressivo na história do cinema brasileiro, o qual vem mostrando qualidade e personalidade em suas produções. Após tantos altos e baixos, e pelo retorno crescente, a busca pela sua consolidação como forma de expressão cinematográfica continua.
Por meio do cinema é possível compreender melhor as questões que envolvem nossa sociedade atual. A linguagem de imagens, apresenta-se como uma forma simples de conectar informações e espectadores e assim gerar o entendimento da causa abordada.(Marques, 2013) Além de arte, o cinema também é um forte meio de comunicação de massa, que ultrapassa seus “ limites” ao interagir diretamente com diversas áreas do conhecimento, como psicologia, antropologia, história e linguística. A sua reprodução e avanço de suas tecnologias, representou na história, a democratização das artes e do conhecimento. No momento de sua autonomia e difusão, camadas sociais mais baixas puderam apreciar de momentos de entretenimento e vislumbre com coisas até então, restringidas à aristocracia. (Klammer, 2006) “O cinema cumpre diversas funções, entre elas, o entretenimento, a informação e a educação. Porém, mais do que entreter, informar e educar, o cinema faz pensar afetivamente pelas catarses despertadas e pelas reflexões suscitadas.” (Marques, 2013) Mas além de entreter, o cinema tem apresentado ao longo do tempo, a capacidade de conectar-se ao indivíduo e fomentar pensamentos e sentimentos sobre diversos assuntos recorrentes da sociedade. A sua importância delineou-se assim, nesta capacidade de se internalizar nas pessoas. Por meio dessas emoções provocadas, risos, choros e reflexões o cinema mostra-se capaz de mudar maneiras de ser, pensar e agir do ser humano. (Marques, 2013)
“O emocional não desaloja o racional: redefine-o.”(Cabrera, 2006) Como forte meio de expressão, o cinema também se afirma na enorme importância que possui na definição de valores dentro da sociedade, ao ser capaz de incentivar a politização e a construção de conscientes coletivos em assuntos políticos, sociais e econômicos. Mediante sua função político-pedagógica, constroem-se ideologias e culturas de conscientização de maneira mais didática e interessante para a população, principalmente em regiões carentes. Lógico, que diante de tamanho poder de influência, esta deve ser trabalhada de forma cuidadosa. Em nossa sociedade, a construção da cultura pela mídia tem mostrado este poder, disseminado tendências, estilos de vida e novos hábitos. Este assunto não entra no definido trabalho, mas há de se entender a importância de se trabalhar de maneira planejada e consciente com estas produções. (Klammer, 2006) Mas retornando para a questão educacional, além dos aspectos apresentados, o cinema representa um veículo de informações condizente com a intensa produção midiática da sociedade atual. Em um contexto onde a imagem tornou-se um meio comum de comunicação, é importante entender o cinema como forte aliado nos processos de ensino sobre a diversidade humana e o dinamismo mundial (Klammer, 2006).
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05 24
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particularidades e condicionantes
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CONDICIONANTES
As condicionantes de um projeto são fatores que influenciam e/ou determinam características e requisitos para a viabilização do projeto.
cultural Um dos grandes meio de divulgação entre a população de projeto cinematorgáficos brasileiros ocorrem por meio de Festivais de Cinema. De acordo com o Guia Kinoforum- Festivais Audiovisuais, um site que busca acompanhar e divulgar o mercado cinematográfico brasileiro; atualmente existem 150 eventos nacionais entre Festivais e Amostras, ocorrendo periodicamente pelo país, sendo em sua maioria, na região sudeste. Estes fatos ,mostram o grande interesse de parte da população em engrandecer a divulgação da produção nacional.
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Por parte do governo federal, há a ANCINE, Agência Nacional do Cinema, que tua como fomentadora, regularizadora e desenvolvedora do mercado audiovisual brasileiro vinculada ao Ministério da Cultura. Entre suas várias realizações, há o Cinema Mais Cultura, que basea-se no fornecimento de kits de exibição com aparelhagem e filmes para a criação de cinemas em comunidades e escolas por exemplo. A distribuição é feita por meio de editais, onde o interessado apresenta sua proposta de utilização. O programa já distribuiu 1043 kits cines em todo o país e busca desse modo democratizar o cinema. Programas como este fazem parte das metas do Plano Nacional de Cultura, que busca a consolidação da cultura como eixo de desenvolvimento cultural, social e econômico. Dentre tais metas, algumas se destacam por colaborar e fortalecer as intenções do atual projeto como veículo de valorização e disseminação cultural.
04. Política nacional de proteção e valorização dos conhecimentos e expressões das culturas populares e tradicionais implantada. 09. Aumento em 100% no total de pessoas qualificadas anualmente em cursos, oficinas, fóruns e seminários com conteúdo de gestão cultural, linguagens artísticas, patrimônio cultural e demais áreas da cultura. 22. Aumento em 30% no número de municípios brasileiros com grupos nas áreas de tetatro, dança, circo, música, artes visuais, literatura e artesanato. 25. Aumento em 70% nas atividades de difusão cultural em intercâmbio nacional e internacional. 27. 27% de participação dos filmes brasileiros na quantidade de bilhetes vendidos nas salas de cinema. 28. Aumento em 60% no número de pessoas que frequentam museu, centro cultural, cinema, espetáculos de teatro, circo, dança e música. 30. 37% dos municípios brasileiros com cineclub 31. Municípios brasileiros com algum tipo de instituição ou equipamento cultural (...). 40. Disponibilização na intenet dos seguintes conteúdos, que estejam em domínio p´´úblico ou licenciados: 100% das obras audiovisuais do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv) e da Cinemateca Brasileira;(...).
econômico
Social
Diante do investimentos necessários para a viabilização do projeto, a alternativa econômica proposta é a realização de uma PPP. PPP, Parceria Público Privado é um contrato de prestação de serviços entre o governo federal, estadual ou municipal e um agente privado. O contrato envolve a utilização, pelo setor privado, de áreas de natureza pública e possui duração de no mínimo 5 anos e máximo de 35. (Portal Brasil,2014) O ganho financeiro por parte privada ocorre por pagamentos feitos pelo próprio governo, ou na taxação de tarifas para os usuários combinado com recursos públicos.
Para a concretização do projeto, tende-se de analisar e buscar enteder a relação das pessoas com projetos itinerantes e a espontaneidade envolvida em sua alocação. Por ser localizar, em sua maioria, nos grandes centros de movimento populacional, estes promovem um contato direto com os transeuntes e moradores. O contato espontâneo e facilitado nas ruas traz uma imagem mais democrática ao projeto, de modo que mostra-se acessível a todos.
Várias interpretações e classificações deste tipo contratual são colocadas, assim como afirma Silveira & Borges. Mas de acordo com a Lei da PPP, estas podem ser classificadas de duas maneiras: Concessão Patrocinada, isto é, quando a arrecadação com a cobrança de taxas aos usuários não é suficiente para suprir os investimentos feitos, de modo que torna-se necessário a complementação da remuneração pelo governo. E Concessão Administrativa: quando não sendo possível cobrar dos usuários, a remuneração ttoal da empresa privada é feita pelo governo (Portal Brasil,2014).
As possibilidades e objetivos do projeto só terão eficácia ao ser bem recebido pelo público alvo de cada localidade. O envolvimento e dedicação das pessoas tornará tudo muito maior e servirá como um bom exemplo de ação para o fortalecimento cultural da cidade.
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normas
PARTICULARIDADES
construtiva
transporte
Flexibilidade de tamanho e layouts
Fácil montagem e desmontagem
Durabilidade
Leveza
Material Acessível
Compacto
Facilidade de Construção
Dimensões- Raio de Giro
Comportamento térmico
Sala de exibição
ângulos das poltronas
A sala de exibição é o ponto principal do projeto, onde serão exibidos filmes, documentários, curta-metragens e a própria produção dos alunos das oficinas. O local será composto por 120 lugares, com espaços destinados à portadores de deficiência, de acordo com a NBR 9050, e um espaço frontal para a possíveis palestras.
A qualidade da exibição é de grande importância para uma boa experiência entre o filme e o telespectador. Além de requisitos técnicos, alguns aspectos estão diretamente associadas à questões de saúde e bem-estar das pessoas, como ângulos de visão.
De acordo com a NBR 12237- ”Projetos e Instalações de salas de projeção cinematográfica” de 1988, e sua revisão elaborada pela iniciativa conjunta da Associação Brasileira Cinematografia-ABC e da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura; uma sala de exibição deve seguir os seguintes parâmetros:
Dimensões da tela: (figura 01)
sustentável 28
social
Manutenção dos materiais
Uso de mão de obra Local
Coleta de água pluvial
Exposição da produção artística local
Captação de Energia Solar
Valorização da Cultura Local
Inserção de Material Local
Conscientização da população
Produção de energia por movimento Reciclagem: oficinas de cenografia com reaproveitamento de materiais
Tela plana:
d≤ 2L
L= Largura da tela dmáx = Distância máxima entre a tela e a face anterior do enconsto da última fileira de poltronas.
Tela curva:
SENTADOS NA PRIMEIRA FILEIRA A alta inclinação vertical da linha de visão gera excessivos desconfortos nos espectadores. Para evitar isto, os ângulos máximos de visão (Figura 02) para quem está sentado nas poltronas mais próximas da tela devem ser:
ângulo ≤ que 30 graus em relação à um plano horizontal que passe pelo centro da altura da tela.
ângulo ≤ que 40 graus em relação à um plano horizontal que passe pelo pela borda superior da tela.
r ≥ 2d
40
Flexibilidade de uso Compacto Material Sustentável
norma Exigências da Agência Brasileira de Cinema (ABC) Alvará de autorização de funcionamento para evento
Para que todas as pessoas possam ver a imagem projetada sem obstruções, define-se um escalonamento visual para o posicionamento das poltronas, isto é, traça-se uma reta entre o nível dos olhos do telespectador (considerando médias gerais de alturas) até a borda inferior da tela, sem que esta receba nenhuma interferência em sua trajetória. Para tais, adota-se o escalonamento visual mínimo de 15cm, correspondendo à distância entre o topo da cabeça e o nível dos olhos.Considera-se neste caso, uma altura de 1,20 entre o nível de solo e a linha dos olhos (Figura 04), (Audiovisual, C. T., & Brasileira, C. (2016).
dmin > 60%% %l
L= Largura da tela dmín = Distância mínima entre a tela e a face anterior do enconsto da primeira fileira de poltronas.
A distância entre poltronas de diferentes fileiras, medindo da face anterior do encosto até o mesmo da poltrona à frente, deve ser ≥1 metro.
Afim de evitar o mesmo desconforto de angulação no plano horizontal, é determinado que o ângulo formado pelo eixo perpendicular ao encosto da poltrona e uma reta perpendicular ao centro da largura da tela, para cada poltrona, deve ser ≤ 15 graus (Figura 03).
escalonamento visual
implantação das poltronas (figura 01)
mobiliário
FIGURA 01- IMPLANTAÇÃO SEGUNDO A NORMA
Para garantir as medidas citadas, todos os assentos devem estar compreendidos, em planta baixa, entre dois planos verticais que passem pelas extremidades laterais da tela formando um ângulo (g) de 106 graus com o plano da tela (Figura 01).
r= Raio de Curvatura dmáx = Distância máxima entre a tela e a face anterior do enconsto da última fileira de poltronas.
1ª FIleira:
FIGURA 04- ESCALONAMENTO VISUAL
FIGURA 02- ÂNGULAÇÃO VERTICAL
As poltronas devem ser dispostas intercaladas entre as fileiras.
FIGURA 03- ÂNGULAÇÃO HORIZONTAL
Sala de projeção A Sala de Projeção é onde estará o equipamento necessário para a exbição dos filmes. Assim como a sala de exibição, algumas particularidades devem ser levadas em consideração, para a qualidade da projetação.
eixo de projeção Afim de evitar distroções de imagem, a localização da sala de projeção deve estar alinhada ao eixo da tela. Embora alguns sistemas de projeção eletrônica disponham de funções para compensação das distorções da imagem produzidas pelas angulações laterais ou verticais, é recomendável que a lente do projetor fique posicionada no interior da área definida por planos perpendiculares, verticais e horizontais, do espaço definido para a tela de projeção. Para esta alteração de ângulos dá-se o nome de distorção trapezoidal. Esta é evitada quando o projetor é posicionado corretamente, dentro de limites angulares pré-determinados, como mostra a Figura 05. Para este projeto, serão utilizados equipamentos com tal regulagem automática, devido ao seu caráter de montagem e desmontagem. Outro caráter importante é a altura do feixe de projeção, que não deve apresentar nenhuma interferência, sendo esta arquitetônica ou humana (Figura 06).
FIGURA 06- ALTURA DO FEIXE DE PROJEÇÃO
Para isso, define-se que a borda inferior do feixe de projeção deve ter H (altura) ≤ 1,90m com relação ao plano de implantação das poltronas e da circulação do público. Quanto à iluminação, é recomendável o uso de luzes pontuais quando em funcionamento devido ao cuidado necessário com o não vazamento de alta luminosidade para a sala de exibição, que atrapalha na qualidade da projeção. De acordo com a revisão da Norma 12337 (1988), é recomendável que o nível de luz refletida na tela seja inferior a 0,03 cd/m² (0,01 ft-L).
SISTEMA DIGITAL DE EXIBIÇÃO O Sistema digital de exibição é uma nova maneira de produzir e exibir filmes. Utilizando-se das novas tecnologias de transmissão digital de vídeo, imagens e som, esta tecnologia digital já apresenta-se muito forte no mercado de entretenimento doméstico, como em Tv’s, Dvd’s, câmeras e celulares. Já no meio cinematográfico, este vem ganhando espaço gradualmente, mas ainda apresenta vários obstáculos e divergências de opiniões. Para alguns cineastas e profissionais da área, o sistema digital não apresenta a mesma qualidade de imagem que o sistema analógico de película. Além disso, a transição geraria grandes mudanças de insfraestrutura gerando grandes investimentos para as distribuidoras e salas de exbição. Outro ponto importante que é um obstáculo à esse novo padrão é a pirataria. O novo formato dos filmes facilitaria a cópia ilegal de filmes, ao já estar em formato digital e ser distribuida por redes de satélite. (Blasiis, J.)
FIGURA 05- DISTORÇÃO TRAPEZOIDAL
Mas apesar destes pontos negativos, a tecnologia digital posui vários pontos positivos e um grande cineasta adepto deste meio é George Lucas, o qual filmou “A Guerra dos Clones” em sistema digital. Facilidade na operação: a produção, edição e exibição são muito mais simples e baratos. Mais leves e menos volumosos: a aparelhagem necessária para sua exibição é mais compacta e o próprio formato do filme é facilitado, podendo estar em DVD, HD’s ou no compputador. Envio de filmes e outros materiais via satélite: facilidade e baixo custo de distribuição. Atendimento à outros tipos de vídeo, com suporte para vídeo e Mini DVD- em situações comoa do projeto itinerante, a tecnologia utilizada adequa-se à outros formatos de arquivos mais simples, oque seria interessante para a exibição de produções locais. Ambos os sistemas possuem pontos favoráveis e desfavoráveis para seu uso no mercado do cinema. O sistema analógico é tradicional e está presente no mercado à décadas. Já o sistema digital, apresenta uma fexibilidade enorme pro mercado cinematográfico, além de redução de custos e processos de logística. Assim cabe à cada situação, entender qual a melhor forma de utilização da tecnologia à partir dos fatos existentes, não afirmando-se aqui qual sistema é melhor ou pior. No caso deste projeto, o sistema digital encaixa-se muito bem nos conceitos de compatação e itinerância do projeto. A leveza e facilidade apresentadas para o transporte e exibição e os baixos custos de produção e edição, garantem a distribuição abrangente por todo o país da produção cinematográfica brasileira e mundial (Blasiis, J.).
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re ferĂŞncias
penda A Penda é um projeto de sistema modular para um prédio residencial. Sua estrutura é fixa, mas os fechamentos são módulos individuais, propiciando ao comprador customizar seu apartamento de acordo com suas ncessidades. Vários tipos de módulos estão disponíveis como janelas, brises, portas, paredes comuns ou paredes verdes.
flexibilidade de fechamentos
modulação
mutabilidade
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f city- La vIlle Foraine O F city é um projeto de exposição itinerante urbana que buscar representar uma cidade flexível e variadas experimentações artísticas urbanas de modo divertido e inteligente. A exposição oferece espaços variados de vivência para workshops, performances e exposições. A sua programação está sempre em renovação, comunicando-se assim com as necessidades de cada cidade que passa. Sua estrutura montável e desmontável foi concebida pela 1024 Architecture, que utilizou andaimes, compensado e tecido.
flexibilidade construtibilidade
efemeridade interatividade
mutabilidade divertimento
Roskilde dome Criado por arquitetos dinamarqueses (Cand. Arch. Kristoffer Tejlgaard and Cand. Arch. Benny Jepsen) em 2012, a doma geodésica é formada por vários módulos individuais de madeira, que podem ser facilmente carregados por duas pessoas. De acordo com a necessidade, a flexibilidade de sua forma possibilita aumentar ou diminuir o seu tamanho, incluindo mais peças em sua montagem.
modulação
construtibilidade
flexibilidade de tamanho
efemeridade
cubo Projeto desenvolvido como trabalho de graduação de uma aluna da UFC-Universidade Federal do Ceará. O projeto consiste em uma Escola de Circo Itinerante. A estrutura é toda realizada em sistema de andaimes, com fechamentos em madeira.
materialidade
efemeridade
construtibilidade
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expo milão 2015- pavilhão do brasil O projeto do Pavilhão, realizado pelos escritórios Studio Arthur Casas e Atelier Marko Brajovic, traz forte permeabilidade, proprocionando aos visitantes transladar livremente por entre o projeto. Paralelamente, a interatividade foi outro ponto explorado, trazendo novas maneiras aos visitantes, de explorarem e coletarem informações sobre os valores brasileiros. O sistema de montagem e desmontagem é composto por elementos pré-fabricados modulares, seus materiais são certificados e recicláveis, e mecanismos como o reaproveitamento de água foram instalados.
construtibilidade
permeabilidade
efemeridade
texturas
interatividade
kinoforum misbar Localizado na Indonésia, o cinema ao ar livre foi construído em dez dias, utilizando-se de andaimes, madeira compensada e tecido. Influenciado pelos cinemas de rua, a ideia é divulgar os filmes da Indonésia e possibilitar a experiência do cinema para todos. Nome: Kineforum Misbar Dimensão: 530 m, Localização: Jakarta, Indonesia Arquitetos: Csutoras &amp Liando, Design: Laszlo Csutoras, Melissa Liando, Engenheiro Estrutural: Sumarsono
replicabilidade
construtibilidade
flexibilidade
Vagão do saber Projetado pelos arquiteto Al Borde, o Vagão do Saber é parte do projeto de recuperação do sistema ferroviário do Equador. Mas ao invés de levar passageiros, este vagão leva cultura para onde passa. Sua estrutura possibilita apresentações de tetatro, cinema e workshops. O seu espaço mutável adequa-se à atividade que lhe for proposta. flexibilidade
interatividade
mutabilidade
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The Movement cafe E the pavilion The Movement Cafe e o The Pavilion são projetos de Morag Myerscough e Luke Morgan. Seguindo a mesma linha de materialidade e identidade visual, com diversas cores e formas, os projetos trazem um ambiente descontraído e irreverente para seus usuários. O Cafe, localizado em Greenwich,Londres, é composto por dois containers e complementado com estruturas de andaime e placas de madeira. O Pavilion, localizado dentro de uma livraria em Birmingham, Inglaterra, é todo construído em madeira.
chuck-a-luck Chuck-a-Luck é um peça de arte interativa desenvolvida pele RaumLabor Berlim, para adaptar-se ao dinamismo da cidade Presikhaaf. A estrutura é um cubo que pode mover-se e girar oferecendo 6 diferentes faces e designs, de modo a trazer diversidade e a instigar novas apropriações pela população.
mutabilidade construtibilidade lúdico
efemeridade
cores e formas
divertido
replicabilidade
interatividade
wedge table Mesa modular e compacta do designer Andreas Kowalewski. Feita em madeira, ela é facilmente montada e desmontada por uma pessoa por encaixes frios.
construtibilidade
modulação compactação
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Many small cubes O “Many small cubes” é um escultura de cubos de alumínio suspensos desenvolvida pelo arquiteto Sou Fujimoto para a FIAC, Feira Internacional de Arte Contemporânea em Paris. A idéia por trás desta peça é explorar as estruturas nômades, trazendo a arquitetura para mais perto da natureza, instalda no Jardins des Tuilerie’s. Entre os cubos, árvores de diversos tipos estão presentes e juntos trazem estabilidade para a estrutura, apesar do dinamismo e diferentes ritmos criados pelo todo.
forma
dinamismo efemeridade
wikihouse A Wikihouse é um projeto feito em estilo Flat Pack. Suas peças são desenhadas separadamente, impressas na madeira e cortadas a laser. Grande parte da sua construção é realizada a partir de encaixes frios auxiliados por uma martelo. O projeto foi realizado por um conjunto de estudiosos da área de design e arquitetura na Inglaterra.
flexibilidade compactação
sustentabilidade
replicabilidade
construtibilidade
cine - educação O Programa atua na rede de ensino fundamental e médio, com o objetivo de formar cidadãos conscientes e formar um público para o cinema. A ação ocorre com a apresentação, para alunos e professores, de filmes nacionais e internacionais, e traz informações sobre toda a produção cinematográfica envolvida para sua realização, fomentando discussões sobre temas sociais, culturais, políticos e econômicos.
interatividade
responsabilidade social
educação
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Bela rua O Bela Rua é uma associação sem fins lucartivos que visa trasnformar os espaços públicos em lugares mais bonitos, divertidos e seguro, através de intervenções urbanas participativas que chamem as pessoas para transformar sua cidade. A Rua³ é um exemplo de intervenção com foco cultural, onde ocorrem exposições e bate-papos.
trasnformação
interatividade
para todos
oficinas kinoforum As oficinas, desenvolvida em comunidades carentes de Sao Paulo, buscam aproximar a população do cinema e de sua produção, promovendo exibição de filmes e curta metragens para todos e ,com um grupo selecionado, o desenvolvimento do próprio filme, atuando na parte de roteiro, filmagens e edição.
interatividade
responsabilidade social
oficinas
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qual o itinerรกrio?
A alma do projeto é a liberdade que lhe cerca. Sua definição temporária lhe proporcinona diversas possibilidades de contextos urbanos e socias por todo o país. E assim levar e espalhar conhecimentos, sentimentos, questionamentos e alegrias. Diante de tamanhos caminhos a serem seguidos, serão definidas 3 Cidades Exemplo para o estudo da adaptação e instalação do projeto. Por meio delas, objetiva-se observar as relações construídas entre o meio e objeto e assim buscar entender as possíveis relações com a população.
A escolha das Cidades Exemplo foi com base em sua classificação quanto ao arranjo populacional, tendo em vista mostrar as diferenças presentes entre os diferentes contextos urbanos com relação ao Cine Cultural Itinerante e as considerações projetuais a serem consideradas como o tamanho da instalação. A intenção construtiva é criar peças modulares que possibilitem essa flexibilidade de tamanho, com a retirada e acréscimo de espaços de modo fácil, sem interferência no conceito espacial e teórico do projeto.
PRIMEIRA PARADA PRIMEIRA PARADA Cidade na região Norte/Nordeste do país
C R ATO C EA R Á
Parâmetro populacional para a escolha das Cidades Exemplo
Cidade 1
Cidade Pequena: 500 a 100 000 hab.
Cidade 2
Cidade Média: 100 001 a 500 000 hab.
Cidade 3
Cidade Grande: acima de 500 001 hab.
Cidade Pequena: 500 a 100 000 hab.
*Dados de acordo com o IBGE.
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Características do espaço para locação: Próximo ou inserido em um vívido espaço urbano, onde ocorram grandes movimentações de pessoas e atividades. Integrado ao espaço que o cerque, podendo construir e\ou intensificar relações de uso e apropriação da população com o local.
Ser de fácil acesso. Próximo à possibilidades do transporte público. Possuir as dimensões mínimas necessárias para a implantação do projeto de acordo com a mlaha definida. (Variáveis do projeto podem ocorrer e sendo assim, cada caso analisado individualmente.)
ENTRE TEMPORADAS - BASE
Brasil Cidades Exemplo Trajeto do Projeto Trajetos Futuros
A programação do cinema cultural itinerante será realizada baseada no intuito de passar em cada cidade 6 semanas. Durante uma temporada, tem-se como objetivo passar por 3 ou 4 cidades. No entanto, entre essas temporadas, é necessária uma base onde o material poderá passar por manutenções e ser armazenado até o início da próxima viagem. A base será localizada em Brasília, no Setor de Indústria e Abastecimento, SIA, onde há condições ideais para a realização dos serviços e conexões diretas e próxims com vias expressas.
base
Visão Micro: Setor de Indústria e Abastecimento - Conexões
O Crato é um Município Brasileiro que localiza-se no interior do estado do Ceará, na região do Cariri, muito próxima da divisa com o Estado de Pernambuco. É uma das cidades mais importantes e antigas do estado. Destacando-se pela sua expressiva influência regional, com a comercialização de produtos rurais oriundos da agricultura dos vales irrigados da região. Com relação à índices sociais, a cidade apresenta altos valores de desigualdade social, tendo 44,3% de sua população no índice da pobreza. Na educação, 56,82% das pessoas tem ensino fundamental completo, e apenas 10,8% possui ensino superior. Seu IDHM é 0,713 (IBGE). Com relação à cultura, esta destaca-se pela famosa Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato), que atrai milhares de visitantes à cidade. Em sua proximidade, encontra-se Juazeiro do Norte, uma cidade com 250 000hab., que destaca-se pela forte cultura regional com personagens como Padre Cícero e Lampião, além disso promove uma das mais conhecidas festas de São João do Estado (Prefeitura de Juazerio do Norte).
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ce i lândia df
TERCEIRA PARADA
SEGUNDA PARADA
Cidade na região Sul/Sudeste do país
Cidade na região Central do país
zo n a n o rt e sp
Cidade Grande: acima de 500 001 hab. Cidade Média: 100 001 a 500 000 hab.
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A Ceilândia, com aproximadamente, 450 000 hab. é a Região Administrativa mais populososa do Distrito Federal. Esta surgiu a aprtir da Campanha de Erradicação das Invasões-CEI realizada no final dos anos 60, a fim de erradicar as favelas que à época, co abrangiam em torno de 15% da população. Em seu entorno encontra-se Taguatinga, Samambaia e Águas Claras, localidades com também altos íncices populacionais. A cidade possui uma forte autonomia com relação ao Plano Piloto, ao oferecer um variado pólo de comércio e serviços e saúde e educação adequadas para a população. Além de ser, um dos principais setores de indústria do DF (PDAD-2013). No entanto, possui deficiência em aparelhos culturais para a população, como cinemas, bibliotecas, teatros e museus. Fato que não favorece à divulgação da grande diversidade cultural que a cidade apresenta, formada por pessoas de vários estados brasileiros. Com relação à educação, sua população apresenta em sua mairoria com o Ensino FUndamental Incompleto, 38,11% seguido de ensino médio completo, com 21,98%. Ensino Superior abrange apenas 4,70% (PDAD-2013).
Ceilân-
São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, com aproximadamente 11 milhões de habitantes. Atualmente é formada por 39 municípios, representando a amior aglomeração urbana do país. No entanto, devido ao seu tamanho o projeto focará somente na Zona Leste da cidade. A zona Leste é a região com o maior índice populacional da cidade, apresentando em torno de 5 milhões de habitantes. Entre os vários bairros perféricos, destacam-se o Brás, Tatuapé, Mooca e Vila Prudente. Seus índices sociais e econômicos são os mais baixos da região, apresentando-se como a zona mais pobre. Seu índice de IDH é 0,406. Foi estabelecido pela Prefeitura regiões administrativas dentro da Zona Leste, conhecida como Zona Leste 1, Zona Leste 2. e Zona Sudeste A primeira possui em torno de 1 500 000 de habitantes e apresenta-se como uma região diversificada em serviços e comércio que passa por processos de urbanização e regularização. A Zona Leste 2 tem uma população de 1 170 000 habitantes e representa a menor renda per capita do município, com 63% dos habitantes na linha da pobreza. E por fim, a Zona Sudeste, que é a região mais desenvolvida com 1500 000 habitantes, e bons fatores de urbanização. No caso do projeto, o foco será na Zona Leste 2, nos bairros Itaim Paulista, São Miguel Paulista e Itaquera.
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lo gística
pré-produção
POSTE 3 metros Integração
POSTE 3 metros Cinema
POSTE 3 metros Social
produção
POSTE 3 metros ADM
POSTE 3 metros Produção
POSTE 3 metros Criação
pós-produção
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O transporte de todas as partes do projeto será realizada por meio de caminhões de carga. Estes serão cerregados na base do itinerante localizada no Setor de Indústrias, em Brasília- DF. Ao fim de cada temporada este retonará à esta base, onde será descarregado e assim peças e o próprio caminhão passarão por manutenções necessárias. Com relação à equipe, parte dela será fixa e treinada na sede do [CINE]² e irá em viagem acompanhando o itinerante, podendo ser rotativa a cada nova temporada. O complemento da equipe será feito pela própria população das cidades onde o itinerante irá passar. Esta alternativa traz movimento para a economia local e tem a intenção de envolver a comunidade local, criando laços e incentivando a apropriação do espaço. Além da equipe, o espaço para as lanchonetes que são para estabelecimentos locais, os módulos reservados para a expressão dos artistas e os alunos das oficinas serão todos seecionados por meios de inscrições online. Contudo, como muitas pessoas não possuem acesso à internet, parte das vagas serão reservadas para inscrições presenciais.
Assim que chegar em cada cidade, os caminhões se encaminharão para os terrenos de implantação pré-definidos pela equipe em conjunto com os representantes locais e suas normas de uso do espaço público. A primeira semana do itinerante será para a montagem do complexo e para a organização e preparação da equipe local, com treinamentos básicos; produção dos módulos pelos artistas locais, instalação das lanchonetes e cafeterias locais nos espaços reservados do projeto; e distribuição dos kits e confirmação das inscrições dos alunos. A montagem, em primeira instância, será realizada por equipes terceirizadas especializadas em estruturas de andaimes.
Ao fim de todas as atividades propostas, o complexo terá em torno de uma semana também para a sua desmontagem. Organização nos caminhões e assim viagem para o próximos destino. O tempo de permanência em cada cidade é de 6 semanas, onde 2 delas são separadas para a montagem e desmonstagem e organização do todo, podendo ser flexível. O roteiro será sempre definido anteriormente e será dividido por regiões, afim de facilitar a logística e o transporte do todo e por causa das variações de clima muito intensas.
identidade Etiquetas e carimbos com a identificação por pavilhão, cor e dimensões de cada peça, estarão em cada elemento estrutural, afim de identificar facilmente a sua função e posição, tornando a montagem mais rápida e organizada. Além disso, foi determinada uma cor para cada pavilhão, complementando a lógica de construção criada junto à malha.
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o projeto
con ce i t o s
{
{
construtivo
“Sendo assim, o que precisa ser providenciado de permanente para que o transitório se instale?” (Bógea, 2006)
“Mesmo no âmbito de uma lógica serializada e padronizada, há de se permitir
{
Construção da Relação com o visitante captar a pessoa pelo inusitado(cores, formas, objetos voando)Procurar diretores e filmes icônicos e tentar trazer um pouco da abordagem e marca característica deles para o projeto.
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Ação: Mudar de postura e promover pequenas mudanças em sua localidade. Buscar o crescimento e valorização de artistas de sua cidade. Ser um agente de mudanças.
Interagir:
Fazer a diferença:
envolver-se com as peças, com a exposição, com as at-
Contagiar nas pessoas a vontade de fazer a diferença. Queira ser melhor, queira ser capaz, queria fazer a diferença. Seja Arte, promova a liberdade de pensamento, a difusão das singularidades e semelhanças. Valorize-se, Todos somos arte.
Conhecimento:
{
construção do entendimento da sétima arte e da sua importância como difusor de cultura e consciência social.
Pensamentos: Abertura dos horizontes, exposição de opiniões e dúvidas. (possibilidades de fazer rodas de discussão e bate-papo)
{
efemeridade
interatividade
{
(Bógea, 2006)
espírito de mudança crescendo na pessoa. Sentimento de que ela é um ser atuante na sociedade, na cidade dela, na vila ou em seu bairro.
primeiro contato com o espaço, sensações sentidas, es-
uações e oficinas.
{
o singular individualizado. “
Encantamento:
Experimentação: pontâneas, vontades e sentimentos.
flexibilidade
“Não seria oportuno e pertinente que o caminho sistêmico de pré-fabricações permitisse trabalhar com uma materialidade em que a variação factível na reorganização dos componentes, após a primeira montagem, fosse viável?”
filosófico
Curiosidade:
linguagem arquitetônica
sensorial
divertido
lúdico
{
construtibilidade “Compreensão sistêmica do problema, não basta pensar em um só, há se pensar no todo.” Abre, fecha, roda, conecta. (Menezes,2012)
modulação “Constituídas por componentes que se organizam a partir da recorrência de determinados padrões, simples e ágeis.” (Bógea, 2006)
{ {
mutabilidade
{
compactação
{
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flexibilidade
{
replicabilidade
{
i n s pi ra ç õ es
BATALHA N AVAL
O projeto possui como principal problemática a questão da montagem e desmontagemdefinida pela sua tipologia itinerante. Esta apresenta-se não apenas com relação à materialidade e suas conxões, mas também com relação à organização do projeto em sua futura implantação. Por não ter terreno definido, dimensões exatas ou condições controladas do espaço no qual será inserido, diretrizes que auxiliem a organização espacial são de extrema importância.
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Além disso, ao se assumir essa dinâmica para a Arquitetura, deve-se levar em consideração as pessoas envolvidas, que irão construir e aquelas que irão orientar esta etapa, priorizando a facilidade de entendimento do projeto, para que não hajam dúvidas. Ao pensar em organização espacial, vários objetos me vieram à mente, como o xadrez, o lego , a batalha naval entre outros exemplos., que trazem conceitos como a racionalidade e a modulação. A partir disso, surgiu a idéia de definir uma malha, onde todo o projeto será organizado seguindo dois eixos corrdenados X e Y.
LEGO
X ADR EZ
TETR IS
TANGRAM
nú cleos
BILHETERIA
flexibilidade
+
+ +
efemeridade
replicabilidade
NÚCLEO CINEMA
=
ÁREA FUNC.
NÚCLEO CINEMA
CAFETERIAS
NÚCLEO INTEGRAÇÃO
CRIAÇÃO
3x3m
57x57m=3249m² 19 VERTICAIS E HORIZONTAIS
NÚCLEO SERVIÇOS
NÚCLEO EDUCACIONAL
CRIAÇÃO
DEPÓSITO
BANHEIROS
SHAFT INSTALAÇÕES
FILMAGEM DIREÇÃO EDIÇÃO DISCUSSÕES LIVRES
PRAÇAS
PRAÇAS
NÚCLEO SERVIÇOS
PRODUÇÃO
ROTEIRO CENOGRAFIA FIGURINO
NÚCLEO INTEGRAÇÃO
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BANHEIROS
NÚCLEO ADMINISTRATIVO
NÚCLEO EDUCACIONAl
malha
ÁREA FUNC.
NÚCLEO ADMINISTRATIVO
RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
SALA DE PROJEÇÃO
VIDEOTECA
modulação
BILHETERIA
CAFETERIA
SALA DE EXIBIÇÃO
RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
SALA DE PROJEÇÃO ACESSO
Afim de definir o programa de necessidade e entender a relação dos espaços fechados e abertos, foram criados núcleos de cada função. Estes são: Núcleo Administrativo, o local onde toda a organização do parque se estabelece, o Núcleo Educação, onde estão as atividades educativas; o Núcleo Cinema, protagonista e sintetizador de todas as atividades do complexo; o Núcleo Serviços, que engloba as instalações necessárias para a função plena do parque e o Núcleo Integração, o qual une todos os outros.
A malha segue uma modulação de 3 x 3 x 3m, definido a partir da percepção de um ambiente em seu tamanho mínimo, 1 módulo. Afim de tornar eficaz a montagem, foram definidos dois eixos x e y. O eixo Y segue uma organização por letras em ordem alfabética e o eixo X, segue uma ordem crescente de números, definindo 19 horizontais e 19 verticais. Os dois eixos iniciam no ponto 0. No total, a malha possui 57x57m, 3249m², e determina o espaço mínimo necessário para a implantação do projeto. Com o objetivo de racionalizar o processo construtivo, esta definição projetual também auxilia na flexibilidade de posiconamentos dos volumes dentro da malha, aadequando-se ao terrenos disponíveis nas cidades; na expansão ou na diminuição do projeto e na replicabilidade do mesmo em diferentes contextos.
construtibilidade
SALA DE EXIBIÇÃO
FLUXOGRAMA
PRODUÇÃO
INSTALAÇÕES DEPÓSITO
VIDEOTECA ROTEIRO CENOGRAFIA FIGURINO
FILMAGEM DIREÇÃO EDIÇÃO HISTÓRIA DO CINEMA MESA REDONDA
ORGANOGRAMA
sequência de vazios alinhados ao cinema quebra do “L” 56
determinação do "L" para criar canto na implantação PROCESSO CRIATIVO
conectores dos pavilhões?
PAR TIDO CONCEITO:
REPLICABILIDADE
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quebra do retângulos quadrados independentes
usar o vazio como extenssão do cheio
re p li c a bilidade
O conceito para a definição da implantação parte da forma originária da malha: o quadrado. Seguindo a lógica da replicabilidade, o complexo parte do quadrado principal e primário, o Cinema, e segue até o quadrado mais externo da implantação. O cinema foi disposto no ponto
pavilhões
originário de todo o itinerante pois este representa o início e o fim de todos os processos e atividades desenvolvidas. O cinema defini-se por um conjunto de artes que se expressam por meio da produção final cinematográfica, sendo no início, meio ou fim de todo o processo.
pavilhões praças
Definida a implantação dos núcleos, seguiu-se com a definição do programa e suas atividades. O núcleo educacional foi separado em dois blocos, um para as oficinas de Criação e o outro para as de Produção. O núcleo integração dividiu-se em três praças e o pavilhão social. Este possui 2 lanchonetes e 2 cafeterias que possuem como objetivo serem espaços para restaurantes ou cozinheiros locais divulgarem a sua culinária. A seleção dos estabelecimento que ocuparão serão feitas por meio de incrições e seleção, igualmente ao processo de incrição dos alunos. Com relação ao espaço aberto, foram definidas 3 Praças com diferentes focos. A Praça Expositiva, onde estarão expostos trabalhos de cidades e alunos anteriores, a Praça Interativa A segunda localiza-se entre os pavilhão de Produção e Administrativo e será a Praça Interativa, onde haverão instalações para as pessoas participarem e o Torre de observação do Parque. E a Praça Social que complementará o Pavilhão Social com espaços de estar em mobiliários feitos de pallets. O núcleo administrativo foi organizado em um Pavilhão compartilhado com o Pavilhão Social e o núcleo cinema ficou definido no Pavilhão Principal.
PRAÇAS
DESENVOLVIMENTO ATÉ A FORMA FINAL Após replicar os quadrados, formaram-se entre eles dois “L”. O mais externo e maior definiuse a implantação dos núcleos educacional, administrativo e de serviços e o menor como o núcleo de integração. O “L” externo definiu também, um canto para o projeto, facilitando a implantação.
58 Permeabilidade foi uma diretriz para a implantação, desse modo quebrou-se o “L” em dois blocos e expandiu-se o núcleo integração afim de marcar um eixo de entrada forte e com atividades atrativas. VISUAL DO CINEMA 1
pavilhão ADMINISTRATIVo VISUAL DO TODO
A construção da relação com as pessoas é muito importantes pelo fato de ser uma arquitetura espontânea. Em toda a sua estadia, a idéia é que as pessoas possam fechar um ciclo de exoerimentações a partir dos espaços que o complexo proporciona. As praças complementam e dão força à intenção do projeto de conquistar as pessoas e estimular a curiosidade. A primeria praça, entrada principal do complexo é a Praça Expositiva. Por meio de esculturas e espaços interativos, a intenção é conquistar as pessoas pelo lúdico, estimulando o lado sensorial.
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Ao passar por essa praça, para um lado haverá uma praça Visual, onde estará a torre de observação. E para o outro, estará a Praça Social, complementado pelas comidas locais, este espaço será para troca de conhecimentos, novidades e idéias. Neste mesmo local, o cinema ao ar livre será organizado, propondo uma abordagem mais irreverente e dinâmica.
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pavilhão CINEMA
Foram criados eixos de perspectiva e passagem para pedestres para deixar o projeto mais permeável e interessante para aqueles que chegam no [CINE]².
Pavilhões criação e produção
presente em todos, em especial no social
VISUAL DO CINEMA 2
Pavilhão social e praças de exposição, social e visual
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b c d e
praça visual
produção
criação
f g
praça expositiva
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h i j
adm
praça social
l m n
Implantação final: 5 núcleos independentes interligadas por praças que definem diferentes usos para cada espaço e que acolhem as entradas para o complexo.
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EIXOS
16
o p q r s
cinema social
vo lumes
Do quadrado nasce o cubo. E do cubo nascem o partido, os volumes e assim os pavilhões. A forma do cubo é a geradora volumétrica do projeto. A partir dela, a forma dos blocos 2, 3 e 4 foram determinadas pela junção de dois e três cubos, respectivamente e meio cubo. As dimensões de 3 x 3 x 3m baseiam-se na minha perspectiva, em dimensões mínimas necessárias para o desenvolvimento de atividades em geral, com poucas pessoas, e com certo comforto. Baseando-se nisso, todo o projeto, desde a malha, segue este padrão e seus multiplicadores.
Os outros blocos forma criados buscando obter uma visão ampliada do processo e do volume, afim de conseguir resultados diferentes daqueles quando trabalhados apenas com o cubo único. Dessa forma, três blocos foram criados, um de 6m e outro com 9m de comprimento. Os volumes foram pensados na sobreposição dos blocos, intercalamentos, paralelamente e diagonalmente, criando estruturas dinâmicas e flexíveis quanto às suas diversas possibilidades de construção e disposição.
Os volumes foram desenvolvidos como produto do espaço, anteriormente, definido nos zoneamentos em cima da malha. Partindo da igualdade dos tamanhos pré definidos para os blocos, com exceção do cinema, no primeiro lançamento; o desenvolvimento de todos os volumes seguiu a mesma lógica de construção e descontrução, tendo como objeto de dinâmica o cubo.
02
BLOCO 1
BLOCO 2
BLOCO 3
BLOCO 4
01
VOLUMETRIZAÇÃO DA MALHA
03
DEFINIÇÃO DO ESPAÇO DO BLOCO DENTRO DA MALHA DE 3X3m
DELIMITAÇÃO DO ESPAÇO VOLUMÉTRICO 61
60
3 x 1,5 x 3 m
3 x 3x 3 m
DINA
3x9x3m
FLEXIBILIDADE
DES MISMO
CON CEI TOS
3x6x3m
CONS TRU ÇÃO
de usos e montagens
RACIO NALID ADE
05
A PARTIR DA DESCONSTRUÇÃO DO VOLUME MACIÇO E ÚNICO, CONSTRUIU-SE OS VOLUMES DOS PAVILHÕES
04
AO SER DEFINIDO ESTE ESPAÇO, OS BLOCOS DEFINIDOS FORAM SENDO DISPOSTOS ALEATORIAMENTE. JUNTANDO, EMPILHANDO E TIRANDO.
NÚCLEO ADMINISTRATIVo
pro grama
TOTAL=
ZONA cinema
81m²
NÚCLEO CINEMA
189m²
SALA DE EXIBIÇÃO
37,5m²
BILHETERIA
90m²
SALA DE PROJEÇÃO
54m²
TOTAL=
NÚCLEO EDUCACIONAL
TOTAL=
NÚCLEO de serviços
NÚCLEO SOCIAL
TOTAL=
AMBIENTES
TOTAL= PRAÇAS
438m²
884m²
274,5m²
1048,5m² 774m²
CIRCULAÇÃO
2,5m²
BANHEIRO PNE UNISSEX
204,5m²
BANHEIRO MASCULINO
2,5m²
BANHEIRO FEMININO
2,5m²
ESCADA DE ACESSO
2,5m²
SHAFT DE INSTALAÇÕES
4,0m²
GRUPO GERADOR
153m²
CAIXA D`ÁGUA
9m²
TOTAL=
ÁREA GERAL
08
05
09
438m²
ZONA DE SERVIÇOS 62
EIXOS NUMÉRICOS
09
02 02
TOTAL=
08
05
2640m²
TO MEN I V A 1° P m 3,20
ní v e l :
63
TÉR
n
R EO
0,20 ível:
m
25m²
PavilhÃO CINEMA
15 ZONA EDUCACIONAL OFICINA 1- ROTEIRO
45m²
OFICINA 2- FIGURINO
81m²
OFICINA 3- CENOGRAFIA
81m²
OFICINA 4- EDIÇÃO
49,5m²
OFICINA 5- DIREÇÃO
37,5m²
OFICINA 6- FILMAGEM
90m²
VIDEOTECA/BIBLIOTECA
54m²
TOTAL=
03
R
15
10 08
EIXOS NUMÉRICOS
L
EIXOS ALFABÉTICOS
10
G
08
R E RT U B O C
ní v e l :
N
A
6,20m
RA E RT U B O C 0m
ní v e l :
ZONA administrativa
R
L
G
03
N
6,2
RECEPÇÃO
31,5m²
ADMINISTRAÇÃO
13,5m²
COPA FUNCIONÁRIOS
4,5m²
WC FUNCIONÁRIOS
4,5m²
DESCANSO FUNC.
27m²
TOTAL=
81m²
438m²
ZONA SOCIAL
64
ZONA DE SERVIÇOS CIRCULAÇÃO
2,5m²
BANHEIRO UNISSEX
2,5m²
SHAFT DE INSTALAÇÕES
4,0m²
CAIXA D`ÁGUA
TOTAL=
ní v e l
TO IMEN V A P ° 1 m : 3,20
ní v e l
LANCHONETES + ESTAR
103,5m²
CAFETERIAS + ESTAR
184,5m²
LOJA DE SOUVENIRS
54m² 274,5m²
TOTAL=
205m²
BANHEIRO PNE UNISSEX
GRUPO GERADOR
E N TO M I V A 1° P m : 3,20
TÉRR
ní v e l :
EO
ZONA de serviços
0,20m TÉRR
EO
0,20m : l e v í n
CIRCULAÇÃO
189m²
9m²
WC FEM. E MASC. SUPERIOR
4,5m²
376m²
WC FEM. E MASC. INFERIOR
36m²
153m²
Pavilhões ADMINISTRATIVO E SOCIAL
Pavilhões criação e produção
SHAFT DE INSTALAÇÕES
44,5m²
ÁREA DE GERADORES
85,5m²
CAIXA D`ÁGUA
27m²
TOTAL=
274,5m²
65
7 oficinas
oficinas
programação
oficina 01
oficinas de criação
oficina 03
Tempo de Estadia em cada cidade: 6 semanas semana 1
Como parte do [CINE]², oficinas sobre processos de criação e de produção cinematográfica serão realizadas com a população, de modo que no final construa-se uma produção local com o trabalho conjunto das várias áreas exploradas.
Dias Montagem e Divulgação; Entrega dos kits para os inscritos; Festa de Inauguração: Apresentação do projeto e dos envolvidos; Exibição de filmes e apresentações culturais locais.
10 alunos por turma
Este trabalho busca expandir o conhecimento e as possibilidades para as pessoas em torno da produção cinematográfica. Além de buscar a valorização e disseminação de aspectos e características culturais de cada região, de modo a fomentar a valorização cultural e histórica na comunidade.
semana 2 Início das atividades: 2 turmas para jovens e adultos; Palestras, mesas redondas e exibição de filmes na sala de exibição.
semanas 3 e 4 Desenvolvimento das atividades; Palestras, mesas redondas e exibição de filmes na sala de exibição e apresentações locais.
semana 5
66
para jovens e adultos
Finalização das atividades; Palestras, mesas redondas e exibição de filmes na sala de exibição e apresentações locais.
semana 6 Festa de encerramento com a apresentação dos trabalhos realizados. Desmontagem
ROTEIRO
cenografia
O roteiro é um documento narrativo que é utilizado como guia para a filmagens de filmes, seriados. Neste está narrada toda a história a ser contada, com a ordem e descrição das cenas e cenários, as falas dos personagens e a sonoplastia. “ Escrever um roteiro é muito mais do que escrever, é escrever de outra maneira: com olhares e siêncios, com movimentos e imobilidades, com conjuntos complexos de imagens e de sons que podem possuir mil relações entre si...” - JeanClaude Carrière
A cenografia é encarregada de criar ambientes com elementos reais ou digitais, para o desenvolvimento de uma narrativa. Esta área é a responsável pela criação dos cenários e toda a ambiência que se tem intenção de passar para o telespectador. Dentro disto, há a importante escolha dos materiais, cores, modos de montagem e desmontagem, acessórios e móveis. O ambiente caracteriza e fortalece o personagem e ambientiza o contexto e época do roteiro.
Site: Cinemacja(2009)
figurino Para caracterizar a época e o local em que a história se passa, desenvolve-se o estudo dos figurinos para o filme. Este processo é de enorme importância, pois é através do figurino que há a conexão real entre o ator e o personagem, e entre público e o contexto vivido, juntamente com toda a concepção visual de cenários e fotografia da direção de arte. Este processo envolve desenvolvimento de croquis, a escolha de tecidos, acessórios e várias provas com os atores. Site: SaltoAgulha
oficina 02
2 turmas 2 X por semana
Site: FosforoCennografia(2015)
67
oficina 04
oficinas de produção
oficina 06
reunindo resultados As atividades do [CINE] ² ocorrerrão ao longo do ano, em diferentes cidades de todas as regiões do país. Em cada uma, será desenvolvido um pequeno filme como resultado do trabalhos dos alunos realizados nas oficinas. A estadia em cada local foi programada para ficar 6 semanas, inseridos os processos de montagem e desmontagem e o real funcionamento. Mas e quando o cinema se desmontar e partir?
68
direção
interpretação
Ser diretor de um filme é ser o responsável pela criação, produção e pós produção do mesmo, e coordenar todas as equipes envolvidas no processo. Um filme desenvolve-se pelo olhar do diretor. Cabe à ele, definir o elenco com os produtores, ajustar o roteiro com os roteiristas, aprovar os figurinos, guiar os atores em cena e ditar o ritmo de cada música em cada cena. O diretor é o grande criador da arte final.
Por meio de jogos de improviso e dinâmicas, a oficina de interpretação teatral apresentará aos alunos técnicas e princípios fundamentais sobre improvisação verbal e não verbal, imaginação, posicionamentos, planos e técnicas de expressão. Propiciando ao aluno a construir cenas teatrais, entender a relação palco-platéia e conseguir se expressar verbalmente e corporalmente. Conjuntamente, serão colocadas as diferenças para interpretação para cinema.
Site: Artescetera(2013)
filmagem e fotografia Esta área é a responsável pela imagem de um filme. Nela existem diversas funções dentro do set, como diretor de fotografia, operador de câmera, assistentes de câmera e de iluminação, diretor de som e o microfonista. Neste caso, serão ensinados conceitos gerais sobre cada um, como ângulos de câmera, tipos de lentes, tipos de iluminação, técnicas de fotografia e efeitos.
Site: WolfMaya (2016)
Como forma de estimular a continuidade dessas atividades e prestigar os envolvidos em cada etapa, ao final de cada ano, encerradas as atividades do itinerate, será realizado um evento, onde todos os filmes desenvolvidos e suas cidades serão divulgados no Festival de Cinema do Itinerante.
edição Edição consiste em selecionar, ordenar e ajustar os planos de um filme ou outra produção audiovisual. Existe várias tipos de edição, no caso da edição de vídeo, são decidas as cenas que serão retiradas e as que continuarão, elementos de cena que devem ser retirados e outros que devem ser inseridos e a colocação de efeitos nas cenas. Na edição de som, há a mixagem de som e a dublagem do áudio. Site: KleberMota(2013)
oficina 05
Site: Mnemocine (2008)
oficina 07
Afim de valorizar as produções, prêmios serão distribuídos para os três melhores classificados pelo público, em uma votação online que ocorrerá antes do festival. E prêmios de destaque serão entregues ao alunos, escolhidos pelos professores e envolvidos ténicos.
69
Como uma semente, o objetivo por trás disso tudo é fomentar o gosto e a admiração pelo cinema e suas diversas possibilidades de comunicação, visual e sonora, e os variados conhecimentos que ele traz. Diante de uma realidade dura de falta de educação e acesso à informação que muitas pessoas vivem hoje, o Cine é colocado como uma proposta para a mudança desse contexto, mostrando o Brasil e o mundo para cada cidadão e plantando em cada coração e mente a vontade de conhecimento e de melhorias.
ap
a t n e s e r
01
es tr u tur a
p o s t es 02
A Arquitetura efêmera traz consigo vários desafios para ser posta em prática. Os meios de transporte, o tempo de montagem e desmontagem, a modulação dos componentes e a flexibilidade de mudanças em cada novo espaço. Todos esses pontos, para a eficácia do conjunto, devem ser trabalhados conjuntamente, pois a falha em um dos processos gerará em dificuldades de lógística e assim a montagem do projeto. Sendo assim, o projeto utilizarar-se de materiais bastante comuns no cenário da construção civil, os andaimes. Estes estão sempre presentes no meio urbano, e de maneira geral são usados de maneira secundária, como em escoramentos de estruturas, apoio para certos serviços entre outros. No caso do [CINE]², os andaimes serão os protagonistas. Estes elementos serão valorizado e explorados 70 como elementos arquitetônicos, capazes de transformar completamente espaços urbanos. Condizentes com o contexto atual de dinamismo interespacial e temporal, este elemento construtivo torna possível a dinâmica que o projeto requer, de estar presente em vários locais por um período de tempo. A praticidade de montagem e desmontagem rápida, a ridigez e estabilidade para conjuntos de grande porte e a leveza e compacticidade necessárias para o seu transporte.
03
02
71 04
04
O Sistema utilizado será o Sistema Multidirecional Allround LAYHER. A sua tecnologia confere ao projeto extrema versatilidade e flexibilidade de possibilidades de espaços. Com uma ampla gama de peças, o sistema traz rapidez e segurança na montagem, com conexões eficientes e rígidas sem a utilização de parafusos. E isto é possível pelo seu grande diferencial, o NÓ ALLROUND que é capaz de receber até 8 conexões de peças em variados ângulos, trazendo maior estabilidade e melhor tranferência de cargas no conjunto.
05
05 p l atafo r m as 05
03 i m a g e m: visa o ger al da estr u tura d o pavil hão pr odu ção
bas e
01
ho r i zo n tai s e t r el i ç as
di ag on ais
p e ças
As principais peças utilizadas para a elaboração do projeto estão dipostas a seguir. Seguindo a modulação pré-determinada para a montagem do projeto, estas foram escolhidas para o melhor atendimento da estética do conjunto, do requerimento estrutural e da qualidade do espaço requerido no programa. Todas podem ser encontradas no catálogo do fabricante LAYHER, seguindo as especificações de comercialização. Ref: http:// www.layher.com.br
7. horizontais reforçadas
9. arquibancada
As horizontais são travadas à roseta por meio da trava com cunha (Encaixe 01). Para o projeto foram definidas horizontais reforçadas de 3,07m, 1,57m e 1,09m.
Para a montagem da arquibancada, peças como esta serão encaixadas nos postes. Cada pumeça possui dois patamares com degrau de 0,15m, altura ideal para o escalonamento visual.
8. bancos arquibancada O cinema será montado com estes módulos de 1,94 com 4 bancos, cada um com 47cm.
10. guarda-corpo
1. roseta A roseta, ou Nó Allround da Layher, é uma peça que traz simplicidade, rapizez e facilidade na hora da montagem. Ela é formada por 8 perfurações, sendo 4 para receber ângulos retos e as outras 4 para ângulos variados.
72
Dimensões: 1,57m x 1,0m
6. diagonais As diagonais complemetam o travamento da estrutura. Para o projeto: 3,58m; 2,49m e 2,25m.
2. POstes Tubos metálicos de 5mm de diâmetro com rosetas a cada 50cm. Para o projeto, foram definidos postes
5. treliças Certos espaços do projeto requerem vão livres para o melhor desempenho das atividades. Para isso, vigas treliças com 50cm de altura serão utilizadas. Para o projeto serçao utilizadas treliças de 6,14m e 3,07m.
11. grade de proteção Facilmente encaixam-se nas horizontais. Dimensões: 1,0 x 1,57m.
3. base Para o apoio do andaime serão utilizadas as base ajustáveis que podem variar até 40cm. No caso do projeto, está serrá ajustada para 20cm acima do chão
4. plataformas As plataformas fazem parte da ridigização da estrutura horizontalmente. Estas são de alumínio e para o projeto foram definidas: 3,07m x 0,32m e 1,57m x 0,32m.
12. escada de alumínio com patamar
13. viga escada
Dimensões: 1,25 x 0,60. Por ser mais estreita, o uso desta escada será para área restritas, com acesso somente para funcionários.
Voltada para uso do público, esta viga escada é uma peça inteira com 8 degraus, espelhos de 0,17m e 1,50m de altura.
73
01
INSTALAÇÃO DAS BASES A primeria etapa do processo de montagem da estrutura metálica de andaimes, é a disposição das bases reguláveis nas dimensões corretas do projeto. Neste momento, a malha criada torna-se essencial para a locação correta dos pontos e melhor entedimento espacial das estruturas no terreno. Toda base leva sob esta uma peça de madeira, afim de ajudar na estabilidade do sistema e minimizar a interferência no solo local.
02
05
encaixe das horizontais Após a disposição das bases, começa-se o encaixe das horizontais metálicas. O encaixe, ocorrerá por meio das rosetas.. Depois de encaixada na base, cada horizontal é fixada nela de maneira fácil e simples, como será mostrado posteriormente.
encaixe das treliças Por haver muitos ambientes com vão livres, foi necessário o uso das treliças. Cada peça desta se conecta ao poste por meio da roseta, encaixe trava com cunha (1). Em casos onde duas treliças se encontrem, será utilizado o reforço de treliça, entre elas, para estabilizar e unificar a estrutura.
03
06
encaixe das plataformas Instaladas as horizontais, entra a colocação das plataformas metálicas. Estas estão disponíveis de váriados materiais, e pela facildade de colocar e retirar, estas podem ser trocadas sem maiores dificuldades. O encaixe ocorre por garras nas lateriais menores das plataformas que se encaixam nas horizontais, promovendo uma montagem rápida e simples.
encaixe das diagonais As diagonais funcionarão para o travamento final da estrutura.
04
07
encaixe dos postes Os postes se encaixam diretamente nas bases.
encaixe das plataformas Deste ponto em diante, recomeçam os encaixes dos postes, treliças, plataformas e diagonais. Esta ordem se segue até o último pavimento.
75
74
MON TAGE M
Pela leveza e praticidade de encaixes, a montagem do sistema pode ser feita por poucas pessoas e sem a necessidades de máquinas pesadas.
O CRESCIMENTO DA ESTRUTURA
01.
Encaixe PAVILHÕES PRODUÇÃO E CRIAÇÃO
t r ava com cu nha o u n ó allro u n d
E TORRE DE OBSERVAÇÃO
O NÓ ALLROUND é o grande diferencial do sistema Layher de andaimes. Tanto de alumínio quanto de aço, esta peça traz rapidez, eficiência e economia de custos na hora da montagem. O nó é o encaixe da roseta com a trava com cunha das outras peças . Este encaixe é muito simples, podendo ser realizado de forma segura por uma só pessoa, indepedente da altura proposta. Além disso, este nó proporciona uma estrutura mais limpa visualmente e mais segura, sem nós de braçadeiras e tubos desproporcionais e sobrepostos que necessitam de constantes ajustes. Estruturalmente, o alinhamento dos eixos da horizontal com o do poste proporcionam a transmissão centralizadas das cargas, trazendo maior estabilidade para a estrutura. Cada roseta é capaz de conectar até 8 peças, ângulos retos nas menores perfurações e ângulos variados nas maiores. SISTEMA COM BRAÇADEIRAS
SISTEMA COM NÓ ALLROUND
77
76
COM A CUNHA DESTRAVADA, ENCAIXA-SE A HORIZONTAL NA PERFURAÇÃO DA ROSETA.
COM A HORIZONTAL NO LOCAL CERTO, INSERE-SE A CUNHA POR MEIO DE UM SIMPLES GIRO, UNINDO AS DUAS PEÇAS.
COM ALGUMAS MARTELADAS, GARANTE-SE O TRAVAMENTO DA UNIÃO MÓVEL EM UMA UNIÃO FIXA.
VARIEDADE DE POSSÍVEIS ÂNGULOS DE ENCAIXE NA ROSETA
CUSTO TUBO E BRAÇADEIRA
CUSTO ANDAIME MULTIDIRECIONAL
ANDAIME MULTIDIRECIONAL ECONOMIA DE 27% NO TOTAL DE USO MENOR PESO DO CONJUNTO CERCA DE 30%MENOS, SENDO ASSIM MENOS CUSTOS COM TRANSPORTE REF: LAYHER BRASIL
REF: LAYHER BRASIL
A estrutura do cinema foi pensada para vencer o vão de 12 metros, estabelecido para a Sala de Exibição. O alcance será realizado por meio de 2 treliças horionztais de 6m cada. Esta dupla estrá disposta de 3 em 3m, seguindo assim a modulação da malha. Para a união destas duas treliças, há uma peça chamada reforço de treliça que promove o travamento das peças para que os esforços sejam distribuídos uniformemente. Os esforços verticais serão distribuídos a partir de um “parede” dupla de andaimes contraventados distanciados de 1m, atuando como uma treliça vertical. Esta alternativa foi criada afim de distribuir melhor os esforços verticais e aumentar a rigidez do sistema como um todo. De acoro com o livro Sistemas Estruturais de Heigel Engel, a classificação para este sistema estrutural seria de Altura-ativa de vão livre, devido à distribuição das cargas agrupadas horizontalmente, em apoios laterais periféricos.
O CINEM A Concentração de cargas horizontais
Transmissão vertical das cargas para a base
Estabilização Lateral
Referência: Sistemas Estruturais, Heigel Engel-1997
79
78
VISTA LATERAL DA ESTRUTURA DO CINEMA
VISTA FRONTAL DA ESTRUTURA DO CINEMA
Para a montagem foram definidos 4 tipos de módulos:
a
b
c
d
mó dul o
mó dul o
mó dul o
meio
c o m p o rta
c o m jan el a
in teiro
mó dul o
3, 0 x 3, 0 m
3, 0 x 3, 0 m
3, 0 x 3, 0 m
1, 5 x 3, 0 m
Os dois tipos de placas podem ser encontrados para venda com as dimensões: 1,20x 3,0m (bxh). Contudo, cada com o objetivo de seguir a malha estrutural definida para o projeto, os módulos A, b e C serão montados com 3 placas de 1,0 x 3,0m (bxh) cada. E o módulo d com metade da altura, 1,0 x 1,5m (bxh). A sobra deste material será também utilizada nos fechamentos, como será explicado posteriormente.
Diversificada em todos os âmbitos, a cultura brasileira apresenta-se de maneira forte, heterogênea e sensível por todo o território brasileiro. Cada região possue história, lendas, modos de dançar e fazer músicas diferentes. A culinária diversifica-se pelos seus temperos, gostos, facilidades e às vezes necessiadades de cada região. A cultura brasileria é muito rica e por isso este projeto busca, por meio do cinema e do espaço montado, explorar, expor e conhecer cada vez mais os costumes e detalhes de cada povo e cidade desse país. Funcionando assim, como um disseminador da diversidade brasileira, levando e trazendo conhecimentos, interpretações e modos de viver da população, afim de gerar curiosidades, orgulho de pertencimento e valorização da história de cada local. Em sua variedade de pensamentos, realidade sociais e econômicas, valores pessoais e culturais, o projeto tranforma-se em um espaço de expresão. A proposta estética do [CINE]² é mostrar o colorido, a alegria e a espontaneidade do brasileiro. Por meio de uma paleta de cores vibrantes, os módulos serão coloridos e de modo diverso, instalados nos pavilhões. O esquema ao lado demonstra a variedade de combinações que podem existir com os 2 tipos de materiais utilizados e a paleta de 5 cores.
c
04
a
b
01
d
p l ac a tetra p ak
CORES
TEXTURA
a
81 b
01
p l ac a OSb
a
MATERIAIS
03
80 Em resumo temos :
MÓ DU LOS
MÓDULOS
Os módulos funcionam no projeto como os fechamentos dos ambientes e da estrutura metálica e podem ser econtrados em dois tipos de materiais: Placas OSB e Placas Tetra Pak.
05
b 02
c
06
d
07
02 4 tipos de módulos
em
2 tipos de materiais
*ver esquema ao lado.
Definidos os tipos de módulos e seus materais, veio o momento de definir a estética dos blocos. Entre várias interpretações e definições, o cinema é definido como a união de todas as artes, pois agrega em uma produção cinematográfica obras de figurino, músicas, maquiagem, fotografia, dança entre outras. Dessa forma, pode-se afirmar que o cinema celebra as artes e as diversidades de expressão do ser humano. E seguindo este ponto, o projeto visa celebrar a diversidade das artes, em especial da cultura brasileira.
c
08 Incluída na paleta também há a textura de concreto. A intenção em usá-la será brincar, confundir um pouco a percepção das pessoas com relação ao [CINE]². A sua estrutura é bem presente no espaço em que estiver, devido `a sua altura, às suas cores, luzes e músicas. E diante de estruturas como esta, é difícil “acreditar” que aquilo vai sumir dali uns dias. Neste ponto, o concreto entra para intensificar esta sensação de estabilidade, permanente, sólido. E causar a confusão do fingir ser permanente mas não ser. Estar ali, e de repente não estar mais.
d
01 placa OSb
03
04
05
06
07
08
amarelo
verde
rosa
azul
r=24 2, g =205 , b=92
r=14 2, g =218, b=212
r=207 , g =90, b=17 7
laranja
r=13 8, g =17 8 , b = 2 2 5
r = 2 4 3, g = 1 5 6 , b = 38
textura de concreto
02 placa tetra pak
a rt e l o ca l
82
Em cada cidade que o cine passar, parte dos módulos serão separados para artistas locais exporem a sua arte. Os pavilhãos servirão como grandes expositores, com obras locais e obras de outras cidades, que estarão também presentes para representar essa diversidade brasileria tão única, havendo assim, uma mistura de artes a cada próxima cidade. No fim, o evento final com a exposição das melhores obras realizadas pelos alunos, será montado com uma coletânea de obras, de artistas brasileiros dos mais diversos locais no país.
83
01
o f ec ham e n t o
módulo em placa osb O módulo em placa OSB será utilizado em toda a parte interna do projeto. Cada módulo será consituído por 3 placas OSB de 1mx3mx com espessura de 11 mm cada. O OSB é uma placa composta por lâminas de madeira orientadas, que respeitam questões de sustentabilidade e ecoficiência. Suas características estão diretamente ligadas ao eu fabrico. Devido à disposição variadas das lamelas, oriundas de reflorestamento, as placas adquirem grande resistência mecânica e estabilidade e possuem excelente resistência à humidade pelo seu processo de colagem. Seu uso é bastante variado, sendo um destes o revestimento estrutural de esqueletos metálicos, contribuindo assim para a resistência e estabilidade estrutural do projeto.h Condizente com a proposta do projeto, o OSB é bastante leve, podendo ser facilmente transportado, e são fáceis de cortar e fixar por parafusos. Além disso, este material atua no controle térmico do edifício, oque é um ponto positivo devido às variadas temperaturas que o itinerante será inserido ao longo de todo o país. A escolha deste material portanto, justifica-se pela divesidade de suas características como durabilidade, resistência, leveza e eco-eficiência, atendendo as diretrizes do projeto, e também pela sua estética que traz irreverência e aconchego aos ambientes.
01 módulo em placa osb
02 lona cristal para as janelas
03
montante metálico
84
tábua de osb
04
01
módulo em placa osb
06
módulo em placa tetra pak
Cada placa de OSB definida para este projeto é vendida com as dimensões de 1,20x3,0. Mas para manter a modulação e a estética, cada módulo terá 1,0x3,0m. Os 0,2m que sobram de cada placa são as tábuas de OSB. Estas terão como objetivo vedar e auxiliar na rigidez dos fechamentos. Entre cada placa, uma tábua será instalada por meio de pregos. A intenção é evitar a excessiva perda de energia interna por meio das frestas. No caso das placas de Tetra Pak, a mesma lógica é utilizada, não havendo por fim despedício de material.
estrutura metálica
05
A estrutura metálica de andaimes não ficará aparente em todo o projeto. A parede dupla esconderá a estrutura das paredes, formando um “sanduíche” de módulo-estrutura-módulo. Esta decisão foi tomada por vários motivos: maior estabilidade e rigidez estrutural com a parede dupla, uso desta para a passagem de instalações elétricas, hidráulicas e de condiconamento de ar, e maior resistência do projeto as intempéries e variações climáticas a que será exposto.
D ET1. CON E X ÃO E N TR E P L AC AS OS B E TETR A PAK
D ET2. EST RU T U RA M ET Á L I CA E N T RE PL ACAS
ESC . 1: 10
ESC . 1: 1 0
85
Referência: http://www.futureng.pt/durabilidade-das-placas-osb
02
tábua de osb
lona cristal para janeas Para o fechamento das aberturas nos módulos, será utilizada a Lona Cristal transparente. Este material, além de trazer a transparência necessária para a iluminação natural dos espaços interno, possui alta resistência mecânica, não rasgando ou esticando com facilidade, tratamento ultravioleta, compacticidade e leveza, facilitando assim o seu transporte. Além disso, é impermeável e pode ser facilmente instalada e limpada. A fixação da lona será feita diretamente no OSB e serão instaladas com zíperes para abertura ou fechamento delas de acordo com a necessidade e clima da região.
04
estrutura metálica
05 03
módulo em placa tetra pak
06
montante metálico O montante metálico será utilizado como estruturador da parede dupla formada pelas placas de OSB e Tetra pak. Esse será fixado por parafusos em ambas as placas conetando-as. A instalação será feita com uma dupla de montantes no centro de cada placa OSB que formam os módulos das paredes,seguindo uma distância regular de 1m entre cada ponto. Esta sequência mudará apenas, nas placas com aberturas, que serão estruturadas com um montante na extremidade. O perfil proposto é em aço no formato “U” com as seguintes dimensões 30x90x0,5mm.
módulo em placa tetra pak As placas Tetra Pak são confecionadas à partir da reciclagem das embalagens de leite longa-vida. Estas são compostas por três materias básicos: fibras de papel, alumínio e plástico. Para este material ser utilizado, as caixinha spassam por vários processos na indústria do papel, onde as fibras são separadas do plástico e do alumínio, e destinadas para diferentes usos. As fibras são reutilizadas para a confecção de outras caixas e tubos, já o plástico e alumínio são direcionadas para peças plásticas, telhas e placas para a construção civil. Cada telha ou placa produzida evita o descarte de 1500 embalagens em aterros sanitários, que poderiam levar até 180 anos para sua decomposição total no meio ambiente. (1) As placas possuem muitas características positivas e importantes para o projeto, como: são anti-mofo e anti-fungo, possuem alta resistência mecânica, não propagam chamas e são impermeáveis, por isso são dispostas nas fachadas dos pavilhões. Além disso possuem qualidades de isolamente térmico, retendo até 87% da temperatura externa; e isolamento acústico, este de extrema importante devido à atividades que serão desenvolvidas nas oficinas. (1) As placas para o projeto têm as mesmas dimensões das de OSB 1,0x3,0 com 10mm de espessura. (1)-Ref: http://ecoeficientes.com.br/guia-de-empresas/ placa-de-tetra-pak/
06
02
lona cristal para janelas
04
tábua de osb
01 Tábua com 1,20x3,0m
03
montante metálico 03 Placa com 1,0x3,0m para compor os módulos 1 módulo=3 placas
Tábua com 0,20x3,0m 02 para vedação
sus te ntá ve l
1a .
A sustentabilidade é ponto bastante trabalhado dentro do projeto. Por meio do uso de materiais reciclados e ecoeficientes como a placa de OSB e a PLaca TetraPak, já comentados anteriormente, o [CINE]² busca minimizar os seus impactos no meio. Seguindo esta linha, a seguir serão apresentadas soluções para a manutenção necessária do conjunto.
a.
PRODU ÇÃO DE E N E RGIA
Uma das principais forma de obtenção de energia limpa do projeto são por meio das Placas Solares. Estas serão posicionadas na cobertura dos 4 Pavilhões e serão posicionadas em ângulos variáveis, afim de aproveitar ao máximo a captação de luz solar ao longo de todo o dia.
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2a.
e ne rgi a s o l a r
Por ser itinerante e passar por diversas tipologias de cidades, a questão da energia é lgo muito delicado, tendo em vista a existência de regiões sem redes elétricas ou com uma rede mal dimensionada que não suporte o desenvolvimento das atividades. Portanto, o projeto visa ao máximo a auto suficiência em produção de energia, sendo por meios sustentáveis e\ou por meio de geradores quando necessário.
O maior desafio do projeto é a daptação térmica à variação de regiões e tipos climáticos ao longo do país. Visando a melhor adaptação e comforto dos usuários, o projeto terá uma programação ao longo do ano divididas pelo clima das regiões. Ao fim de cada período, este voltará para a base em Brasília para manutenção e troca de peças para se adequar melhor à outro clima. A placa solar proposta para ser utilizada no projeto é a Placa S1 da SOLOPOWER. O seu diferencial é a sua flexibilidade, podendo ser facilmente transportada e instalada. Ref: http://solopower.com/products/solopower-sp1
energia eól ica
Outra alternatica de produção de energia limpa será po meio dos ventos. A região Nordeste por exemplo, é bastante suscetível à variações de pressão atmosféricas nas bacias dos oceanos Atlântico e Pacífico, oque influencia diretamente na produção dos ventos. Caracterizando-se por uma região de alta intensidade, continuidade e constância dos Ventos Alísios (Silva,2003). Como uma das principais regiões a ser desbravada pelo itinerante, acredita-se na importância desse tipo de produção no projeto. O equipamento referência é o Aerogerador Air Silent X. Este possui vida útil de 20 anos, operação silenciosa, é livre de manutenções e bastante leve 5,9kg. A sua potência máxima é de 430W e produz 90Ah/dia a 5.5m/s. A sua montagem é bastante simples e seus materiais são de alta resistência.
b.
c ol e ta de á gu a da c h u va
Paraa a cobertura dos pavilhões serão utilizadas as telhas Tetra Pak, oriundas da recilcagem das caixinhas longa-vida de leite Tetra- Pak. O caimento é de 5%, e a água pluvial é direcionada para calhas e assim tubos de queda. A coleta e desta água terá como objetivo a limpeza do complexo. O armazenamento então será realizado por meio de Cisternas externas, chamadas Waterbox. Cada cisterna possue 1,77m de altura, 0,55 de largura, profundidade de 0,12m e comportam até 97 litros de água. Estas são modulares, permitindo que se expanda ou diminua o armazenamento de água em um sistema, de acordo com a disponibilidade de espaço e necessidade. O material utilizado para sua confecção é o polietileno de alta densidade, atóxico e 100% reciclável, e suas cores não possuem metais pesados. Além disso, cada cisterna possue proteção UV-8 e são completamente fechados, inibindo a formação de algas e limo e/ou a proliferação de insetos causadores de doenças. A Waterbox é apoiada no chão e fixada nos módulos para que não tombe.
c.
telhas tetra pak
Para a cobertura dos pavilhões serão utilizadas as telhas Tetra Pak, oriundas da reciclagem das caixinhas longa-vida de leite Tetra- Pak. As telhas são compostas basicamente por alumínio, Pet, Polietileno e Polinylon. De acordo com o fabricante, sua resistência é superior às telhas convencionais, podendo suportar cargas de até 150kg/m². Além disso, possuem alta eficiência térmica, reduzindo a temperatura ambiente em até 60%. Com relação ao transporte, a sua resistência é alta, não se danificando ou flexionando facilmente, e é considerado um material leve, fato que a torna mais eficiente no seu deslocamento e sua instalação. São bastante resistentes ao fogo e caso seja necessário, podem receber pintura acrílica. Modulação: 1,50x0,95x 6mm. Peso 12kg. Para o projeto, será desenvolvido um encaixe da telha para os andaimes, de modo à facilitar as montagens e desmontagens. Ver detalhe abaixo. Ref: http://ecoeficientes.com.br/guia-de-empresas/preco-telha-ecologica/
Ref: http://www.minhawaterbox.com
LOCAIS POSSÍVEIS PARA A INSTALAÇÃO DAS PLACAS SOLARES
DET1- ENCAIXE TELHA TETRA PAK ESC: 1:10
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d.
c li m at i za ç ão
e.
hid rossanit ário
f.
piso plástico
g.
l u z de l e d f i ta
c o ndi c i o n am en t o d o ar
88
O projeto procura trazer alternativas para manter o comforto térmico dos ambientes internos. As placas OSB e as Tetra Pak, ajudem na minimização da absorção do calor, ao seerem dispostas em lado a lado, formando uma parede dupla. Contudo, o projeto estará presentes nas cinco regiões do país, cujo os climas variam consideravelmente. Ao se aventurar pelo nordeste, o intenso calor será um dos pontos a se preocupar, ao se aventurar pelo sul, o frio é de coniderar. Portanto, com isso em mente, o projeto será disposto de condiconamento de ar nos ambientes fechados, sendo eles as oficinas, a adminisrtação, a área de descanso dos funcionários e a loja de souvenirs. Os ambientes sociais, em prol da livre circulação e troca de interações com as praçs, serão abertos. Mas a possibilidade de fechamento existe caso haja a necessidade pode ser feita de maneira rápida e simples.
v a p o ri za d o r es d e a r Com foco em climas de calor intenso e baixa humidade, pensou-se em colocar nos pavilhões na parte externa, vaporizadores de ar com o intuito de baixar um pouco a temperatura.Estes tra http://ecoeficientes.com.br/guia-de-empresas/ wp-content/uploads/2013/09/capa-telhas-tetrapack.jpg rão
Os banheiros serão instalados seguindo o sistema de banheiros para Motorhome e Químicos, que basicamente são formados por 3 tanques, o Tanque de Detritos, o Tanque de Água servida e o Tanque de água limpa. O primeiro tanque é conectado aos vasos sanitários, que após o acionamento com o pé de uma bomba a vácuo, recebe os detritos que serão tratados quimicamente, afim de evitar o mal cheiro. O segundo e o terceiro tanque são conectados às pias e chuveiros. O tanque de Águas limpas fornece a água, que é acionada pelo usuário por meio de uma bomba de pressão. O descarte dessa água é feito para o tanque de água servida. A racionalização deste sistema, está em não utilizar água, por conta da capacidade do tanque, e não precisar estar conectado à uma sistema de esgoto. A descarga é feita com produtos químicos, higienizando o sanitário. O descarte desse tipo de sistema deve ser feito regurlamente, chamando um caminhão que aspira os detritos e despeja-os em uma estação de tratamento de esgoto. Para a reposição de água limpa, carros pipa são acionados para encher os tanques de àgua limpa e as caixas de armazenagem extra.
Tendo em vista a diversidade de terrenos e locais de implantação que existem para o projeto, podendo ser grama, terra, cascalho ou mesmo alfalto; pensou-se em se utilizar um piso plástico portátil. O seu uso possui como objetivo unificar o terreno de locação e facilitar o nivelamento do mesmo para a futura montagem dos andaimes, além de também trazer mais comforto para seus usuários e ser mais um espaço de expressão no projeto com a sua paginação. O piso plástico é transportado em rolos de 10m² com 10x25x1,5cm cada. Seu material é o Polipropileno de alto impacto, o qual pode ser utilizado em qualquer superfície e é 100% reciclável. Para segurança dos transeuentes e escoamento de líquidos, os pisos possuem uma superfície antiderrapante, com ranhuras e orifícios. Além disso, possuem proteção Anti-UV, podendo ficar expostos ao clima. Suas conexões podem ser feitas em dois sentidos, oque traz flexibilidade e agilidade para a sua montagem. Podem ser facilmente higienizados e esteticamente, eles estão disponíveis nas mais diversas cores, sendo possível personalizá-los. Ref: http://criadeck.com.br/locacao-piso-para-eventos
O projeto traz como parte da atração e complemento estético dos pavilhões o uso de fita led. Esta idéia vem a fim de trazer diversão e dinamismo para a noite. Mudando a estética do dia para a noite de maneira bem enfática, ao usar música, projeção mapeada e fita led como parte do espetáculo. As fitas Led serão colcoadas nos cubos do cinema principalmente, e em algumas partes do andaimes dos outros pavilhões e cubos das praças. As fitas serão usadas por serem práticas na instalação, maleáveis, resistentes à umidade e disponibilidade em diversas cores. Além disso, como energia elétrica é um ponto de atenção no projeto, o led se encaixa bem ao precisar de pouca energia para seu funcionamento.
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P L A NTA G ER A L
des e nh os t é cni c os
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1 :25 0
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pavilhões Pr o d uç ão e c ri aç ão c o bert ura
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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PLANTA DE COBERTURA-TELHAS
PLANTA DE COBERTURA-INSTALAÇÕES
ESC: 1:125
ESC: 1:125
pavilhões Pro d uç ão e c ri aç ão 1 º p av i m ent o
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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planta de técnica- 1º pavimento ESC: 1:125
planta de layout- 1º pavimento ESC: 1:125
pavilhões Pro d uç ão e c ri aç ão t érreo
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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planta técnica- térreo ESC: 1:125
planta de layout- térreo ESC: 1:125
pavilhões adm i ni s t raç ão e s o c i al c o bert ura
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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planta DE COBERTURA- TELHAS
planta DE COBERTURA- INSTALAÇÕES
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pavilhões admini s t raç ão e s o c i al 1 º p av i m ent o
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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100
planta TÉCNICA- 1° PAVIMENTO
planta TÉCNICA-1° PAVIMENTO
ESC: 1:125
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pavilhões admini s t raç ão e s o c i al t érreo
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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planta TÉCNICA- TÉRREO
planta TÉCNICA-TÉRREO
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pav i lh õ es p r o d u ç ã o e s oc i a l
pavilh õ es ad m i ni s t raç ão e s o c i al
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corte aa
corte bb
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p av i l hão c i nem a c o bert ura
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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PLANTA DE COBERTURA
PLANTA DE COBERTURA-TELHAS
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p av i l hão c i nem a 1 º p av i m ent o
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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PLANTA TÉCNICA- 1° PAVIMENTO
PLANTA TÉCNICA-1° PAVIMENTO
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p av i l hão c i nem a t érreo
PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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PLANTA TÉCNICA- TÉRREO
PLANTA TÉCNICA-TÉRREO
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vistas gerais
i m a g e ns
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pl an ta g eral sem esc ala
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pr o po s ta de im pl antação
as pra ç a s
Como complemento das atividades e conceitos desenvolvidos ao longo dos pavilhões, 3 praças foram desenvolvidas afim de intensificar a experiência e o contato do visitante com as oficinas e com a sétima arte.
p r aç a s o c i al A segunda praça é a social, a qual constrói um espaço de estar e permanência para os usuários das lanchonetes do pavilhão social e para os visitantes. Todo o seu mobiliário é feito em pallets que podem ser facilmente desmontados e montados da maneira que se precisar, formando mesinhas de apoio, sofás mais baixos ou mais altos, grandes ou pequenos. Para a proteção contra o sol, tecidos impermeáveis serão dispostos na praça, sendo fixados por cabos na estrutura dos pavilhões próximos, não comprometendo a estabilidade estrutural destes. A intenção é criar um ambiente irreverente, simples e flexível para possíveis mudanças.
p r aç a v i s ual A terceira praça é a visual, onde localiza-se a torre de observação com vista para todo o complexo. Além disso, esta também atua como totem e ponto de referência na cidade para a localização do [CINE]².
117
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m e io c ubo cenár io
praça expositiva A primeira praça é a Praça das Exposições. Esta será composta por cubos e meio cubos que trarão cenários pequenos para as pessoas interagirem e tirarem fotos, fotografias dos alunos e trabalhos realizados em outras cidades, o cubo cinema, onde trechos de produções cinematográficas serão passadas, uma exposição simples sobre a história do cinema e outras experiências interativas que buscam dialogar com o visitante..
c ub o f o t o g r a f i a s
as OFICINAS
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c o rt e- P a v i l hões pr odu çã o e cr ia çã o
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O F I C I N A D E FOTOG RAFIA E F ILMAGEM
VI D EOT EC A
O FI C I N A DE ROT EI RO
O FI C I N A DE C EN O G R A FI A
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c o rt e - P a v i l hões ADMIN IST RAT IVO E SOCIAL
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HA L L D E ACESSO- 2° PAVIMENTO
O F I C I NA D E D I R E Ç Ã O
O FI C I N A DE EDI Ç ÃO
O FI C I N A DE FI G U R I N O
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ci n e m a
R EC E P Ç Ã O
C A FET ER I AS - 2 ° PAV I M EN TO
LOJA DE SO U V EN I RS
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c ort e - P a vi l h ĂŁ o c i ne ma
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PRAÇA DE EXPOSIÇÕ ES E INTERATIVIDADE
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pr aça s o cial e pav il hþ es adm inis tr ativ o e s o cial pr aç a s e c inema
135
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entr ada entr e pav il hĂľ es
v is ta da pr aça expo s itiv a e do s pav il hþ es
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