Minuto Poema el placer de leer y escuchar la lectura
Introducción “Minuto Poema” é um projeto eTwinning em português e espanhol. O principal objetivo é promover o gosto da leitura por prazer através da leitura e audição de poemas. Os poemas que se seguem estão publicados no TwinSpace do projeto e foram selecionados pelos alunos https://twinspace.etwinning.net/30815/home
Boas leituras!
EN PRIMAVERA De azul pastel es el cielo, El sol de limones dulces, Las nubes, de caramelo. Los campos, de verde intenso, las flores, de mil colores, Los arroyos saltarines, el canto de ruiseñores. Los árboles muy frondosos, Con el viento susurrantes, de sonidos melodiosos.
Mª Luisa García Giralda
EL PAJARITO VERDE Morado y verde limón estaba el poniente,madre. Morado y verde limón estaba mi corazón. ¡Verdugo de los golpes de su rudo corazón! ... Morado y verde limón estaba el poniente, madre.
JUAN RAMÓN JIMÉNEZ
O H existe onde há uma vogal logo a seguir para lhe dar apoio e sentido sem ter mãos a medir. É uma letra discreta que aspira a ter uma gare e um comboio para partir com o meu primo Heliodoro numa janela a sorrir.
“H” - José Jorge Letria
Às duas por três um albatroz chega até nós com um ovo dentro de uma noz. Do ovo sai uma voz que diz: “Este ovo é de perdiz!”
Por um triz não saía um albatriz, por um truz não nascia um avestruz, por um traz não nascia um arganás. “Mas que grande barafunda” disse uma voz cá atrás.
“O Albatroz”- José Jorge Letria
Numa noite escura, escura, o sol brilhava no céu. Subi pela rua abaixo vestido de corpo ao léu. Fui cair dentro de um poço mais alto que a chaminé. Vi peixes a beber pão, rãs a comerem café.
(...) Plantei pregos no jardim, reguei-os com laranjada. Deram tomates vermelhos, com eles fiz marmelada.
“Tudo de pernas para o ar” - Luísa Ducla Soares
O pica-pau fica picando, futrica, bica, bica, bica.
bate, bate, bate,
Puxa um bichinho,
faz barulheira
estica, engole;
na floresta,
vai no galho duro,
inteira,
vai no galho mole;
pica, bica, fica buscando bichinho comendo tudinho ficando gordinho.
“O pica-pau� - Rosa Clement
Uma foca equilibrista cansada de equilibrar ficou desequilibrada e confessou ao artista: - amigo, estou esfomeada, se me não dão de jantar não equilibro mais nada!
“Greve no circo” - Sidónio Muralha
El niño busca su voz (la tenía el rey de los grillos). En una gota de agua busca su voz el niño. No la quiero para hablar me haré con ella un anillo que llevará mi silencio en su dedo pequeñito. En una gota de agua buscaba su voz el niño (la voz cautiva, a lo lejos, se ponía un traje de grillos). El niño mudo - Federico García Lorca
Livro um amigo para falar comigo um navio para viajar um jardim para brincar uma escola para levar debaixo do braço. Livro um abraço para além do tempo e do espaço.
“O livro” - Luísa Ducla Soares
_ Senhor doutor: tenho uma dor! _ Nos braços? _ Não. _ Na cabeça? _ Não. _ Nas pernas? _ Não. _ No coração? _ Também não. _ Tens apetite? _ Muito!
_ Febre? _ Já passou. _ O caso está complicado… _ Pois está, senhor doutor… É que eu parti dois pratos de louça fina!...
“Ai, senhor doutor!” - António Mota
Teus olhos são meus livros Que livro há aí melhor, Em que se leia A página do amor? Flores me são teus lábios. Onde há mais uma bela flor, Em que melhor se beba O bálsamo do amor?
“Livros e flores” - Machado de Assis
O bicho-de-conta faz de conta que todos os dias é Natal, embora pareça uma barata tonta sempre pronta para festejar o Carnaval.
“O Natal do bicho-de-conta” - José Jorge Letria
A Beatriz deu por si a subir uma raiz veio a sequoia partiu-lhe o nariz depois foi viver para Paris ficou amiga de uma atriz
depois foi viver para Paris ficou amiga de uma atriz a seguir atirou-se da Torre Eiffel apanhou-a o Gabriel
“Beatriz” - Filipe Simões
e o Cristiano meteu-se a tocar uma música num piano que estava a treinar para um momento ucraniano.
A centopeia tem cem pernas para cercar a lua cheia, em correrias eternas à luz de uma candeia.
“A centopeia” - José Jorge Letria
Com fios de palavras entrelaço as voltas do meu mundo em mantas dum saber de experiências feito. Saber contido em minhas falas (poucas) de menina.
“Fios de palavras” - Maria Helena Pires
A linha que alinha não alinha, desalinha o meu querer. Quebra as voltas do meu mundo, cose o botão do casaco, dá volta à imaginação, esta linha em movimento alimenta a ilusão.
É uma linha sem tento. Porém, por ela eu cá me avenho. É esta a linha que eu tenho.
“Desalinha” - Maria Helena Pires
Pelo céu cor de violeta, que lindo, que lindo vai o poeta. Pôs uma camisa branca e sapatos amarelos, as calças agarradinhas são da feira de Barcelos. Pelo céu vai o poeta. Sobe, sobe de bicicleta.
“Andanças de poeta” - Eugénio de Andrade
Casei um cigarro com uma cigarra, fizeram os dois tremenda algazarra porque o cigarro não sabe cantar e a cigarra detesta fumar.
“Casamento” - Luísa Ducla Soares
Não digam que errei (mania antipática!) só cumpri a lei que manda a gramática.
Escola Básica Vale de Figueira, Montemor-o-Novo Centro Escola Luiz Vives, Badajoz EB1/JI da Boa Fé, Elvas 2016.17