BOAS PRÁTICAS NA RECICLAGEM

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Boas Prรกticas na Reciclagem


CAMP

CENTRO DE ASSESSORIA MULTIPROFISSIONAL CONSELHO DIRETOR Alysson Isaac Bentlin Bernadete Maria Konzen Domingos Armani Jairo Carneiro João Marcelo Pereira dos Santos Rosimar de Mattos Teixeira

Apresentação

N

o ano de 2009 estamos consolidando os aprendizados do Projeto Integrado da Reciclagem, que compõe uma parceria entre CAMP; Instituto Vonpar; Governo do Estado do RS (por meio da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social); Braskem e Fundação Banco do Brasil. Contamos também com o apoio do IFSUL – Instituto Federal Sul-rio-grandense - e da empresa Maxiquim.

CONSELHO FISCAL Adelto Rohr José Inácio Konzen Luiza Christina Schafer

O Projeto Integrado envolve 38 unidades de triagem distribuídas em várias regiões do estado do Rio Grande do Sul, as quais recebem, por meio da Rede de Parceria Social , investimentos financeiros do Instituto Vonpar e da empresa Braskem.

EQUIPE DIRETIVA Mauri José Vieira Cruz

O CAMP realiza o acompanhamento destes projetos e desenvolve, com apoio da Fundação Banco do Brasil, ações de formação e a realização de uma pesquisa sobre a realidade dos grupos e sobre o mercado de resíduos sólidos na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Secretário Executivo

Helena Bins Ely

Coordenadora Pedagógica

Talita de Oliveira Costa Silva

Coordenadora de Comunicação

EQUIPE DO PROJETO RECICLANDO Alessandro Soares Beatriz Hellwig Daniela Zilio Raquel Chites Robinson Henrique Scholz Roque Spies

Este material vem para compartilhar alguns dos aprendizados na área da reciclagem e quer contribuir com o trabalho dos recicladores nas unidades de triagem. Trazemos uma sistematização do conhecimento desses trabalhadores, valorizando as ações positivas que já estão acontecendo nesta área e proporcionando com que as informações circulem entre todos os recicladores. Apresentamos e problematizamos a forma como hoje nos organizamos em sociedade, pensando em questões como a produção e consumo desenfreados, e refletimos sobre uma forma de sociedade sustentável. Queremos provocar e refletir com vocês sobre a necessidade de mudarmos nossas relações e com o meio em que vivemos. Para contribuir com o trabalho de triagem dos resíduos sólidos apresentamos a nomenclatura técnica dos diversos tipos de materiais relacionando com exemplos práticos. Além disso, enfocamos o processo de beneficiamento de plástico, etapa que acreditamos que precisa ser incorporada pelos grupos para o crescimento destes como empreendimentos econômicos. Ao final, você encontrará os contatos das unidades de triagem que hoje fazem parte do Projeto Integrado da Reciclagem. Desejamos uma ótima leitura e que seja uma fonte de inspiração!

Diagramação Beto Fagundes

Agência de Arte

Ilustrações Santiago Imagens Fotos acervo CAMP Figuras Fotos acervo virtual

Equipe do Projeto Reciclando do CAMP

dezembro de 2009


Boas Práticas na Reciclagem

Sociedade Insustentável Produção e Consumo Desenfreados

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Consequências de uma Sociedade Insustentável

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Vantagens da Reciclagem em uma Sociedade Sustentável

Sociedade Sustentável Produção e Consumo Responsáveis Classificação dos Materiais Recicláveis Metal Papel Plástico Vidro

Beneficiamento - Dois Irmãos

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Processo nas Unidades de Triagem e Beneficiamento do Plástico

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Conhecendo mais sobre Plásticos

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Boas Práticas na Reciclagem

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Contatos das Unidades de Triagem do Projeto Integrado da Reciclagem

Boas Práticas na Reciclagem

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SOCIEDADE INSUSTENTÁVEL Produção e Consumo Desenfreados

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Boas Práticas na Reciclagem

Boas Práticas na Reciclagem

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Consequências de uma Sociedade Insustentável

PAPEL - Para produzir 1 tonelada de papel novo é necessário de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia. A necessidade de grande produção de papel gera a implantação de monoculturas de eucalipto, que acarreta a diminuição da biodiversidade, a desertificação do clima, ressecamento do solo, além da transformação da paisagem e identidade cultural. VIDRO - O vidro não é biodegradável. Por ser formado de areia, carbonato de sódio, cal e outras substâncias inorgânicas, os microorganismos não conseguem comê-lo. Um objeto de vidro demoraria milhões de anos para se decompor pela erosão e ação de agentes químicos. PLÁSTICO - Os plásticos são derivados do petróleo, recurso natural não renovável com previsão de esgotamento dentro de 40 anos. Altamente poluente quando queimado ou derramado, e tóxico, quando inalado ou ingerido. Como agravante, a biodegradabilidade da maioria dos plásticos é muito lenta. Uma garrafa PET, por exemplo, leva cerca de 500 anos para se desintegrar na natureza. METAIS - Para fabricação de uma tonelada de alumínio são necessárias 5 toneladas de bauxita, um recurso natural não-renovável. A matéria-prima requer exploração, processos tecnológicos sofisticados e altos custos energético, econômico e ambiental. ORGÂNICO - O chorume é uma substância líquida resultante do processo do apodrecimento de matérias orgânicas, encontrado em lixões e aterros sanitários. Quando não é tratado, ele pode atingir lençóis freáticos, rios e córregos, levando a contaminação. REJEITO - Nem todos os materiais descartados por pessoas ou indústrias podem passar pelo processo de reciclagem, ou por estarem misturados a outros materiais e serem de difícil separação, ou por não possuírem valor comercial que compense o custo da reciclagem. Estes materiais não recicláveis tem como destino os aterros e lixões.

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Boas Práticas na Reciclagem

Vantagens da Reciclagem em uma Sociedade Sustentável

PAPEL - Cada tonelada de papel velho, destinada à reciclagem, evita o corte, de cerca de 30 a 60 eucaliptos com idade de 6 a 8 anos. Com a produção de papel reciclado evita-se a utilização de processos químicos evitando-se a poluição ambiental: reduz em 74% os poluentes liberados no ar e em 35% os despejados na água. VIDRO - O vidro é 100% reciclável, portanto não é lixo. 1 kg de vidro reciclado produz 1 kg de vidro novo. 1 tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 tonelada de areia, economiza 22% no consumo de barrilha e 50% no consumo de água. A energia economizada com a reciclagem de uma única garrafa de vidro é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 W durante quatro horas. PLÁSTICO - 100 toneladas de plástico reciclado evita a extração de 1 tonelada de petróleo. Além de desviar o lixo plástico dos aterros, utiliza apenas 30% da energia necessária para a produção da resina virgem. METAIS - Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 quilos de minério de ferro, 154 quilos de carvão e 18 quilos de cal. Cada 50 quilos de alumínio reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita, além de economizar 95% da energia elétrica utilizada na produção. ORGÂNICO - A reciclagem de lixo orgânico, por meio da compostagem, resulta em adubo de excelente qualidade para a agricultura. REJEITO - O ideal é que numa sociedade sustentável não sejam produzidos materiais que não sejam recicláveis. Pensar tecnologias ecológicas está na moda. É necessário parar de produzir os produtos que não são recicláveis ou descobrir reciclabilidade para eles.


SOCIEDADE SUSTENTÁVEL Produção e Consumo Responsáveis

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Boas Práticas na Reciclagem

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Classificação dos MATERIAIS RECICLÁVEIS

CANOS, PANELAS ANTIMÔNIO | ZAMAC VÁLVULA DE GÁS DE COZINHA

ANTIMÔNIO INOX (PIA, PANELA)

CHUMBO BATERIA

ALUMÍNIO PERFIL SEGUNDA | PERFIL SUJO

LATÃO

LATINHA

ALUMÍNIO

METAL

ALUMÍNIO

METAL

ALUMÍNIO

METAL

COBRE LIMPO FIO DE COBRE COM CAPA

FIO COM CAPA

CARTUCHO DE NITRATO IMPRESSORA DE PRATA CARTUCHO DE RAIO X IMPRESSORA RAIO X CHAPA

PANELA

ALUMÍNIO

FERRO FERRO FUNDIDO

BATERIA (CARRO, MOTO) PILHAS

LATÃO

LATÃO CROMADO

AÇO INOXIDÁVEL

COBRE MISTO

FIO DESENCAPADO

ALUMÍNIO CHAPARIA BANDEJA BANDEJINHA | MARMITEX

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Boas Práticas na Reciclagem

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PAPELÃOI (MARROM)

BRANCO ARQUIVO (IMPRESSOS, MANUSCRITOS)

PAPELÃO I (ONDULADO) BRANCO

PAPEL

PAPELÃO II (ONDULADO) PAPELÃOII (COLORIDO)

MISTO MISTÃO TERCEIRA COLORIDOS

MISTO

JORNAL

TETRAPAK CAIXINHAS LONGA VIDA

CAIXINHAS DUPLEX

JORNAL TETRAPAK (CARTONADA) KRAFT CIMENTO

KRAFT

PAPEL REVISTA

CAIXINHAS

APARA MISTA

APARA MISTA (RETALHOS DE GRÁFICA)

REVISTA ENCARTES COLORIDO LISO

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Boas Práticas na Reciclagem

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PET Polietileno Tereftalato

GARRAFA PET TRANSPARENTE DE REFRIGERANTE E ÁGUA

ALGUMAS GARRAFAS DE ÁLCOOL E OUTRAS PET BRANCO ALGUNS FRASCOS DE PET COLORIDO REMÉDIO E DE SHAMPOO

PET GARRAFA TRANSPARENTE 1

GARRAFA PET TRANSPARENTE DE ÓLEO DE COZINHA E CACHAÇA.

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PEAD Polietileno De Alta Densidade

PET - POLIETILENO PET TEREFTALATO TERMOFORMADO PET BANDEJAS PARA VERDE BOLO E PARA OVO

EMBALAGEM COLORIDAS DE PEAD PARA PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA,IOGURTES, SHAMPOO E POTES EM GERAL

GARRAFA PET VERDE OU AZUL PARA REFRIGERANTE

PEAD - Frascos Coloridos SACOLAS BRANCAS DE SUPERMERCADO (MAIS FINAS)

PEAD Flexível

2

PEAD -POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE

PEAD rIgido

BALDE, BACIA, BOMBONAS, TANQUES DE COMBUSTIVEL E TAMBORES.

PEAD - Frascos Brancos EMBALAGEM BRANCA DE PEAD PARA PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA, IOGURTES, SHAMPOO, ALCOOL E POTES EM GERAL

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Boas Práticas na Reciclagem

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PVC Cloreto De Polivinila

TUBOS E CONEXÕES PARA PASSAGEM DE ÁGUA, CANO DE PVC RÍGIDO EQUIPAMENTOS MÉDICO-CIRÚRGICOS

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PVC Cano e rígidos FILMES

PVC Flexível MANGUEIRA

3

PVC - CLORETO DE POLIVINILA

PVC Frascos

PVC Termoformados

PP Polipropileno

ALGUNS FRASCOS DE SHAMPOO, LÍQUIDO BUCAL E OUTROS PRODUTOS DE LIMPEZA

EMBALAGENS PLÁSTICAS CONJUGADAS COM PAPELÃO

PP DURO

PP TERMOFORMADO 5

RÁFIA

PP POLIPROPILENO PP

PP RÍGIDO

TAMPA DE GARRAFA DE REFRIGERANTE E ÁGUA

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POTE DE IOGURTE

PP FLEXÍVEL SACARIA DE RÁFIA PARA FRUTAS E CEREAIS

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POTE DE MARGARINA

RÓTULOS (COMUM EM GARRAFAS DE REFRIGERANTE) EMBALAGENS FILME DE SALGADINHOS BISCOITOS | MASSAS

COPO DESCARTÁVEL DE PP

FRASCOS TRANSPARENTE GARRAFAS DE CACHAÇA VINAGRE SORO E OUTRAS

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SACARIAS SEM IMPRESSÃO

PEBD FLEXIVEL FILME TRANSPARENTE

4 4

PEBD Polietileno de Baixa Densidade

PEBD FLEXÍVEL FILME COLORIDO

COPOS | BANDEJAS TALHERES | PRATOS DESCARTÁVEIS

PS Poliestireno

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ISOPOR

OUTROS

OUTROS

VIDRO

PS POLIESTIRENO PS DURO

VIDRO CACOS (MISTO) VIDRO CACOS

PS TERMOFORMADO EMBALAGEM ESPUMADA PARA OVOS | BANDEJAS COPOS | CUMBUCAS

OUTROS BLENDAS OU LAMINADOS

LONAS AGRÍCOLAS, SACOS DE ARROZ, FEIJÃO, AÇUCAR, GELO, FRALDAS, PARAFUSO, SACARIAS INDUSTRIAIS IMPRESSAS EM GERAL; SACOS PARA LIXO, RÓTULOS (COMUM EM GARRAFAS DE IOGURTE E DETERGENTES) SACOLA COLORIDA DE LOJAS (MAIS GROSSAS)

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7

7

PEBD POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE

CAPAS DE CD ALGUMAS CARCAÇAS DE GELADEIRA E COMPUTADOR CHUVEIRO DE PS

VIDRO INTEIRO VIDRO INTEIRO GARRAFAS | VASILHAME

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BENEFICIAMENTO

U N I DA D E D E T R I AG E M

Processo nas Unidades de Triagem e Beneficiamento do Plรกstico

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Conhecendo mais sobre PLÁSTICOS

Indústria do plástico e seus principais processos de transformação Recebendo plástico virgem das petroquímicas, as indústrias chamadas de ‘ indústrias de terceira geração’’, tem 4 processos originais para a formação de produtos plásticos. Um processo de transformação é a mudança de estado físico de um material plástico adquirido da própria petroquímica ou até mesmo material reciclado que passa por um conjunto de equipamentos que dá a forma a um produto final. Existem também processos posteriores, mas vamos nos concentrar em 4 principais de origem:

A origem... O Petróleo é uma complexa mistura de hidrocarbonetos, que apresenta contaminações variadas de enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais. A composição exata dessa mistura varia significativamente em função do reservatório de origem. Formado pelo depósito de pequenos crustáceos, detritos e resíduos vegetais e sedimentos arrastados pelas águas e ventos foram cobertos por lodos e formaram rochas sedimentares, o petróleo é o elemento que dá origem ao plástico.

ROCHA DE COBERTURA ÁGUA

GÁS PETRÓLEO

ÁGUA

Extrusão O processo de extrusão é aquele em que um material plástico em forma de pellets é “forçado” através de uma abertura chamada matriz, por ação de pressão. Isso ocorre devido o uso de altas temperaturas e giro de uma rosca no interior de um cilindro, que derrete e transporta as resinas, após a passagem do material pela matriz, em seguida este é resfriado ao ar livre até ser “bobinado”, este processo dá origem a produtos plásticos flexíveis como sacolas, lonas, sacos, rótulos, etc. Injeção O processo de injeção é aquele em que um material plástico em forma de pellets é “forçado” para dentro de um molde com refrigeração, onde o plástico toma o formato do molde tendo assim um produto final. Também existe neste processo ação de temperatura e giro de rosca no interior de um cilindro responsável pelo transporte do material até o molde. Do processo de injeção temos produtos como potes, bacias, baldes, até mesmo mesas, cadeiras entre outros produtos chamados de “plásticos duros”. Sopro

Antes do produto final: a “bolinha”!!! Entre as etapas de processo do petróleo e a confecção do produto final, existem algumas etapas que são de importante conhecimento, uma delas é a caracterização do plástico virgem em “bolinhas” ou como são chamados no meio técnico de pellets, estes são os elementos etileno e o propileno, por exemplo, retirados do petróleo que passam por um processo chamado de polimerização, isso acontece nas Petroquímicas e assim são formados os polímeros, como exemplo disso: ? Polietileno de Alta Densidade (PEAD), ? Polietileno de Baixa Densidade (PEBD ? Polipropileno (PP).

O processo de sopro pode ser realizado após o processo de extrusão (em linha) ou após o processo de injeção (em dois momentos diferentes, pois são duas máquinas distintas), consiste em dar forma a um “parison”, que nada mais é que um tubo amolecido proveniente de um processo de extrusão ou uma “préforma” que vem do processo de injeção, onde ocorre o sopro de ar comprimido dentro do parison ou da préforma tendo assim preenchida o formato do molde. Deste processo temos todas as garrafas e frascos em geral.

Modelos de pré-forma

Frascos do processo de sopro

Termoformagem No processo de Termoformagem, uma chapa ou lâmina termoplástica amolecida pelo calor é forçada contra um molde por meio de pressão, adquirindo o seu formato, em temperatura controlada. Esta chapa ou lâmina é proveniente de um processo de extrusão.

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Beneficiamento do plástico

Aglutinador

O processo de reciclagem consiste em “transformar” um produto final com defeito, ou pós-uso (proveniente da geração de lixo), ou até mesmo sobra, em pellet novamente que pode ser usado em um dos processos já descritos. Em casos de reciclar produtos plásticos vindos do pós-consumo, o normal é ocorrer durante seu processo de reciclagem uma limpeza deste material:

Para reciclar produtos vindos do processo de extrusão, no caso de aparas industriais ou até mesmo de resíduos flexíveis pós-consumo limpos (sacolinha, filme colorido e transparente, etc.), é dispensada a etapa de limpeza e é feita a passagem direta ao aglutinador. O aglutinador é semelhante a um grande liquidificador e é responsável pela homogeneização tanto do volume como do tamanho dos plásticos extrusados. O material a ser reciclado é colocado no aglutinador, e é adicionado água, em intervalos de tempo, para evitar a queima deste material e realizar a granulação do filme.

Processo de limpeza de peças e embalagens plásticas oriundas do lixo (Beneficiamento) Após a geração do resíduo pós-consumo, no qual o produto embalado foi consumido e restando então a embalagem, esta pode estar suja com resquícios do próprio produto, ou de outros produtos orgânicos (resultado de uma má separação nas casas e/ou misturada na própria coleta). Por isso existem linhas de limpeza para plásticos, para fazer a limpeza do material para seu melhor aproveitamento. Os equipamentos que fazem parte desta linha variam conforme o índice de sujeira e do material que será reprocessado. Por exemplo, em cidades que não tem coleta seletiva, o lixo vem muito misturado e mais sujo, podemos então ter tanques maiores para limpeza e mais secadores para retirar posteriormente a umidade. Alguns destes equipamentos são comuns na indústria de reciclagem de aparas industriais (limpas), como no caso

do aglutinador e do moinho, que serão abordados posteriormente. É comum termos no inicio da linha de lavagem um moinho, para uma primeira diminuição do volume, visando facilitar a remoção de sujeira. O material cai em um tanque com água, onde há equipamentos que facilitam o transporte e a remoção de sujeiras do material. Após, o material é retirado e secado em uma centrifuga, ou em mais de uma para melhor secagem do material. Importante salientar que a água deste tanque de limpeza pode ser captada da chuva e deve passar por procedimentos de tratamento e posterior reaproveitamento. Os resíduos já lavados e secados são armazenados em um silo. Se o material processado for flexível, este é processado em um aglutinador; se for rígido o processo se dará em um novo moinho.

Beneficiamento

2

1

8 7

3

1 – Esteira de alimentação 2 – Moinho 3 – Equipamento de arraste e limpeza 4 – Tanque de limpeza 5 – Esteira para retirada de materiais do tanque

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Boas Práticas na Reciclagem

Para reciclar produtos vindos do processo de injeção ou sopro, no caso de aparas industriais ou até mesmo de resíduos rígidos pós-consumo limpos (garrafas, baldes, bacias, etc.), é dispensada a etapa de limpeza e é feita a passagem direta ao moinho. Importante ressaltar que quanto maior e mais densa é a peça rígida, maior e mais potente tem que ser o moinho para a moagem deste material. Extrusora pelletizadora

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4

Moinho

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6 – Secadora ou centrífuga 7 – Moinho 8 – Silo para o moinho 9 – Silo para aglutinador 10 – Aglutinador

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Após a passagem por um aglutinador ou por um moinho, o material é levado a uma nova extrusora, chamada de extrusora pelletizadora. O processo até a matriz é idêntico ao processo de extrusão já descrito, no qual o material plástico sai como fios, caindo em um tanque de água, e enquanto é feito o resfriamento neste tanque, os “fios” são puxados para um granulador que corta e forma novamente pellets. O material reciclado pelletizado pode ser reutilizado em qualquer um dos 4 processos originais já descritos, alguns com mais limitações que os outros.


Boas Práticas de RECICLAGEM Esta é uma sistematização de práticas para um bom desempenho na Reciclagem de Resíduos Urbanos. São ações que as unidades de triagem já estão fazendo! As sugestões e propostas apresentadas neste material são resultado da sistematização das práticas e experiências das unidades populares de Reciclagem de Resíduos Urbanos participantes dos projetos acompanhados pelo CAMP e seus parceiros (Fundação Vonpar, Fundação Banco do Brasil e Braskem) Visam contribuir no processo de socialização e troca de informações no sentido da capacitação técnica e do empoderamento político dos trabalhadores e trabalhadoras das unidades populares de reciclagem de resíduos urbanos. As experiências estão estruturadas em dez áreas, buscando abranger os temas pertinentes à viabilidade econômica e gestão democrática de unidades populares de Reciclagem de Resíduos Urbanos: ? Constituição Legal do Grupo; ? Relação Formal com o Poder Público; ? Cuidados com o Bem Estar das pessoas; ? Tecnologias de triagem; ? Instrumentos de Gestão e Participação;

? Relações de Parceria com a Comunidade; ? Ações contínuas de Capacitação; ? Beneficiamento de materiais; ? Perspectiva Sócio-ambiental; ? Articulação e construção de Projetos coletivos.

Constituição legal do grupo

Relação com o poder público

A legalização do empreendimento de reciclagem permite que o grupo tenha autonomia e possa estabelecer relações formais de parceria e comercialização.

O sucesso de um empreendimento de reciclagem está associado a obtenção de formas estáveis de acesso ao lixo. A existência de uma boa relação com o poder público municipal, por meio da realização de uma coleta seletiva de qualidade, garante a matéria-prima para as unidades de triagem. A formalização desta relação entre poder público e centro de triagem tem avançado no reconhecimento do trabalho da reciclagem: algumas unidades de triagem são remuneradas pelo serviço de triagem e, em alguns casos, de coleta dos resíduos. As experiências existentes atualmente têm permitido a realização de debates e reflexões com gestores públicos sobre a importância dos modelos de coleta seletiva. Outro aspecto na relação com o poder público é a importância das unidades terem licenciamento ambiental, pois contribui para a formalização e o estabelecimento de parcerias.

A Associação de Catadores de Materiais da Ilha Grande dos Marinheiros é uma associação formalizada

Cuidados com o bem-estar das pessoas Os cuidados com a saúde no ambiente de trabalho são essenciais para um bom funcionamento. As principais medidas são: ? Utilização de EPIs (equipamentos de proteção individual) em todo o processo produtivo; ? Cuidados com fogo e eletricidade (extintores, avisos de perigo, capacitação para prevenção) ? Cuidados com o corpo durante o trabalho: postura, movimentos repetitivos, esforço demasiado, etc.; ? Conhecimentos das leis de trânsito para catadores de rua; ? Tomar as vacinas necessárias ao trabalho da reciclagem e as vacinas periódicas; ? Preocupação com uma alimentação saudável. Almoços coletivos de confraternização podem ser uma boa alternativa. ? Ambiente de trabalho bem organizado e com boa aparência influencia na auto-estima dos associados, nas relações comerciais e na construção de parcerias. Além disso, pode tornar o trabalho mais produtivo.

A Coolabore, que trabalha em Campo Bom, é formalizada como Cooperativa

A triagem realizada em esteiras e mesas contribui para o trabalho em equipe e tem demonstrado aumento na produtividade. É possível melhorar o aproveitamento dos materiais, diminuindo os rejeitos. E ao trabalhar as relações entre as pessoas permite a socialização dos conhecimentos e melhora o ambiente de trabalho. Além disso, a utilização de bambonas para armazenamento dos materiais triados é recomendável para melhor funcionamento do processo e cuidados com o corpo.

Triagem em esteiras na COOPERNOVA – Cooperativa de Produção, Trabalho e Habitação Ltda. – Sapiranga

Associação de Reciclagem Jardim Glória em Bento Gonçalves realiza as refeições no local de trabalho

Grupos de Canoas recebem EPIs – Equipamentos de Proteção Individual - por meio de projeto financiado pelo Instituto Vonpar Seminário Regional de Políticas Públicas para Reciclagem, promovido pelo Fórum de Recicladores do Vale dos Sinos em junho de 2009

Tecnologias de triagem

Triagem em mesas da Associação Comunitária Campo da Tuca – Porto Alegre


Ações contínuas de capacitação Instrumentos de gestão e participação A utilização de instrumentos de gestão auxilia na transparência e na participação de todos, o que é essencial para vivenciar um empreendimento democrático. Além disso, um empreendimento bem gerenciado e transparente tem mais potencial nas suas relações comerciais. Dentre os instrumentos de gestão mais utilizados estão: ? planilhas de controle de materiais comercializados; ? livro caixa (auxílio na contabilidade); ? livro ponto (auxílio na contabilização das horas trabalhadas); ? fichas de cadastro dos integrantes do grupo; ? estabelecimento de metas e avaliações periódicas, etc. Os canais de comunicação e a clareza das informações são muito importantes para a socialização dos dados (ex.: mural, reuniões de informação e prestação de contas, dentre outros). Outro fator significativo é a rotatividade nas funções de coordenação para que todos possam desenvolver habilidades e competências.

Associação de Recicladores de Dois Irmãos: realizam reuniões periódicas para gestão interna do grupo

É muito importante incentivar a formação e capacitação dos integrantes do grupo. Algumas ações importantes são: ? planilhas de controle de materiais comercializados; ? Atenção com o aprendizado dos novos integrantes; ? Participação em cursos, encontros e intercâmbios com outros centros de triagem; ? Multiplicar no grupo os conhecimentos adquiridos em cursos, encontros, reuniões; ? Valorização de conhecimentos especializados necessários à atividade; ? Incentivo à escolarização; ? Incentivar a leitura. Uma boa forma é fazer uma biblioteca com os livros encontrados na coleta. Oficina sobre plásticos na Associação dos Recicladores e Catadores de Esteio

Compartilhar entre os grupos: visita do grupo de Alvorada nos centros de triagem de Canoas.

A Associação de Recicladores Interbairros de Caxias do Sul possui mural para socializar informações

Relações de parceria com a comunidade As unidades de triagem podem contribuir muito na educação ambiental e na melhoria da separação dos resíduos, recebendo visitantes e participando de espaços para divulgação do trabalho da reciclagem (palestras em escolas, participação em feiras, produção de audiovisuais...). Outro fator importante é a construção de parcerias para recebimento de materiais, com escolas, empresas, condomínios, comunidade do entorno...

A Associação de Recicladores Barra Limpa realiza palestra em escolas

Beneficiamento de materiais O avanço na cadeia produtiva da reciclagem, realizando o beneficiamento dos materiais, tem demonstrado ganhos econômicos significativos e maior estabilidade para os grupos, devida a boa aceitabilidade dos produtos no mercado. Para a realização deste passo os galpões devem fazer uma triagem muito qualificada e ter conhecimentos técnicos waprofundados, exigindo uma crescente profissionalização.

Vídeo do Fórum de Recicladores do Vale dos Sinos A Cooperativa de Recicladores Nascente do Vale de Nova Hartz faz o beneficiamento do plástico

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Boas Práticas na Reciclagem

A Associação de Recicladores de Dois Irmãos faz o beneficiamento para agregar valor ao plástico


Perspectiva sócio-ambiental Além do trabalho da coleta e triagem dos materiais, o grupo pode desenvolver outras ações que complementam este importante papel ambiental e social: ? Aproveitamento do material orgânico para a

compostagem, diminuindo a quantidade de resíduos enviados para os aterros e produzindo adubo; ? Implantação de hortas melhorando a alimentação dos associados e fazendo um ciclo completo do reaproveitamento dos resíduos ao utilizar o adubo produzido na compostagem; ? Coleta de óleo vegetal usado para comercialização, fabricação de sabão e uso em veículos;

? Captação de água da chuva; ? Utilização de telhas transparentes, visando

economia de energia elétrica; ? Coleta de pilhas e baterias; ? Realização de brechó com os materiais encontrados entre os resíduos: aproveitamento de utensílios descartados e complementação da renda.

Articulação e construção de projetos coletivos A articulação entre as unidades de triagem é um passo fundamental para o fortalecimento do setor da reciclagem. Os grupos podem aprender muito compartilhando suas práticas e experiências. As unidades organizadas e articuladas entre si proporcionam que lutas e conquistas sejam coletivas, incidindo nas políticas públicas, na construção de novas parcerias, em avanços na comercialização e no beneficiamento dos materiais.

Realização de intercâmbios entre as associações do Vale dos Sapateiros: projeto articulado do Fórum de Recicladores do Vale dos Sapateiros, que já tem uma longa caminhada de ações conjuntas.

Grupos de Canoas e Esteio visitam empresa compradora de plásticos: possibilidades de mercado

Caminhão que utiliza óleo de cozinha como combustível na Ecos do Verde em Santo Ângelo. Encontro de Catadores e Recicladores da Região das Missões, realizado em Ijuí

Tanque de armazenamento de óleo de cozinha na AAMA em Passo Fundo

Realização de intercâmbios: projeto do Fórum de Recicladores do Vale dos Sinos, que já tem uma longa caminhada de ações conjuntas.

Encontro de articulação com recicladores de Passo Fundo e Carazinho Compostagem na Associação dos Recicladores de Bom Princípio.

Horta na Associação dos Recicladores de Bom Princípio.

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Contatos das Unidades de Triagem do Projeto Integrado da Reciclagem

Associação Amigos do Meio Ambiente - AAMA Rua Hawai, 99 Vila Popular | Passo Fundo-RS Contato: 54 8146.7672 | 54 9983.7124

Associação de Recicladores Serrano Travessão Leopoldina, 1303 Bairro: Serrano | Caxias do Sul-RS Contato: 54 3238.6474

Associação de Recicladores Amigos da Vida - AREVI Rua São Roque, 739 Vila Bom Jesus | Passo Fundo-RS Contato: 54 3315.3655

Associação Vida Nova Fátima Rua: Glauder Pedro Belenzer, 1222 Bairro: Centenário | Caxias do Sul-RS Contato: 54 9179.6296

Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Ijuí - ACATA Rua: Humberto Lampos, 430 Bairro: Luis Fogliato | Iju-RS Contato: 55 8406.1301

Associação de Recicladores Novo Amanhã Rua: Calixto Maximiliano Rávia, 845 Bairro: Cidade Nova | Caxias do Sul-RS Contato: 54 3214.0333

Associação de Lixo Reciclável Vitória da Vila da Quinta Travessa 24 Bairro: Vila da Quinta | Rio Grande-RS Contato: 53 3233.8620 | 8421.0818 Associação de Catadores de Alvorada – ACATA Rua 12 de Julho, 538 Alvorada-RS Contato: 51 9623.3890 Associação de Recicladores de Materiais de Canoas ARMC Rua 18 de novembro, 765 Bairro: Matias Velho | Canoas-RS Contato: 51 93623338 Associação dos Recicladores e Catadores – ARCA Av. Luiz Pasteur, 7275 Bairro: Três Marias | Esteio-RS Contato: 51 9917.0229 Associação dos Recicladores Carroceiros do Aeroporto - ARCA Rua: Filermino Boneti, 272 Bairro: Esplanada | Caxias do Sul-RS Contato: 54 8411.5097 Associação de Recicladores Consolação Rua: Ernesto Schimit, 251 Bairro: Consolação | Caxias do Sul-RS Contato: 54 8133.4785 Associação Interbairros Rua: Adolfo Randazzo, 1050 Vila Maestra | Caxias do Sul-RS Contato: 54 3224.4049

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Boas Práticas na Reciclagem

Associação de Recicladores de Dois Irmãos Rua Cinamomo, 25 Bairro: Vale Verde | Dois Irmãos-RS Contato: 51 9997.2814 Associação dos Recicladores Nascente do Vale Rua Campos Pinheiro, s/n Bairro: Campos Vicente | Nova Hartz-RS Contato: 51 9914.9747 Associação dos Recicladores de Bom Princípio Bom Fim Baixo | Bom Princípio-RS Contato: 51 9937.0870 Associação dos Catadores e Recicladores do Município de São Leopoldo – Uniciclar Rua: Tomas Edson, 3260 Vila São Miguel | São Leopoldo-RS Contato: 51 9192.3912 / 51 8498.6032 Associação de Reciclagem Nova Conquista Estrada do Socorro, 1420 Aterro Sanitário Faixa Santa Marta | São Leopoldo-RS Contato: 51 3592.6116 Associação dos Trabalhadores Urbanos de Recicláveis Orgânicos e Inorgânicos – Aturói Vitória Rua Arno Shuck, 466 Bairro: Vicentina | São Leopoldo-RS Contato: 51 3592.1527 Associação Renascer Estrada do Nazário, 3.303 Bairro: Guajuviras | Canoas-RS Contato: 51 9206.3196

Associação de Recicladores Amigas Solidárias – ARLAS Rua Bela Vista, 14 Bairro: Guajuviras | Canoas-RS Contato: 51 3428.6896 Associação de Triagem e Reciclagem Mato Grande ATREMAG Rua Maria Isabel, 1633 Mato Grande | Canoas-RS Contato: 51 3429.1490 | 9238.1618 Associação de Catadores de Materiais de Porto Alegre - Ilhas Rua Nossa Senhora Aparecida, 26 Bairro: Arquipélago | Porto Alegre-RS Contato: 51 9622.1548 Associação Comunitária Campo da Tuca Rua D, 360 - Vila João Pessoa Bairro: Partenon | Porto Alegre-RS Contato: 51 3339.8827 Associação de Classificadores de Resíduos Recicláveis – ACRER Travessa Gregório, 65 Distrito Industrial 2 | Cachoeirinha-RS Contato: 51 3469.8668 Associação de Educação Ambiental Nossa Senhora Aparecida Avenida José Garibaldi, 1304 Viamão|RS Contato: 51 9126.7412 Associação de Recicladores Barra Limpa Avenida Carlos Evangelista PY, s/n° Barra do Ribeiro-RS Contato: 51 8457.3918 Associação de Recicladores Jardim Glória Rua José Gaspar, 90 Bairro: Jardim Glória | Bento Gonçalves-RS Contato: 54 3452.0073 Associação de Recicladores Pôr do Sol – ARPS Rua: Pôr do Sol, Vila Pôr do Sol Nova Santa Marta | Santa Maria-RS Contato: 55 9992.6237

Associação dos Selecionadores de Material Reciclável – ASMAR Rua: Israel Seligmam, 460 Bairro: Nossa Senhora de Lourdes | Santa Maria-RS Contato: 55 3218.1295 Associação de Catadores de Cruz Alta Avenida Neco Paula, 855 Bairro: Vila dos Funcionários | Cruz Alta-RS Contato: 55 9637.6199 Associação de Papeleiros de Carazinho Rua: Polidoro Albuquerque, 33B Bairro: Vargas | Carazinho-RS Contato: 54 9142.8355 | 54 3331.1654 Associação de Reciclagem e Educação Ambiental Ecos do Verde Rua: São João Batista, 764 Bairro: Oliveira | Santo Ângelo-RS Contato: 55 3314.2163 Centro de Triagem A Arte de Reciclar Avenida Borges do Canto, 600 Bairro: Centro | São Miguel das Missões-RS Contato: 55 3381.1339 | 55 9922.1229 Cooperativa de Produção, Trabalho e Habitação Ltda. Coopernova Rua: Walter Antônio Plentz, 315 Sapiranga-RS Contato: 51 8183.5802 Cooperativa de Construção Civil e Limpeza Urbana – Coolabore. Rua: Giruá, 75 Bairro: Ipiranga | Campo Bom-RS Contato: 51 9988.6020 Cooperativa Mista de Produção e Trabalho dos Empreendedores Populares da Santa Marta LTDA Cotraempo Avenida Domingos Gomes, s/nº Vila Donária | Passo Fundo-RS Contato: 54 9614.6912 | 54 9626.4505 Profetas da Ecologia I Avenida Voluntários da Pátria, 4201 Bairro: Navegantes | Porto Alegre-RS Contato: 51 8519.0725


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REALIZAÇÃO

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