Geografia Critica 8

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Sumário UNIDADE I Como regionalizar o espaço mundial? Capítulo 1 O mundo atual: unidade e diversidade.................................. 12 1. C omo estudar o mundo em que vivemos?....................................................13 2. O que é Estado?.........................................................................................................13 3. O nosso mundo é um só......................................................................................... 17 4. A s diferenças internacionais são muito grandes........................................19 Roteiro de estudos ................................................................................................23

Capítulo 2 Continentes e paisagens naturais.......................................... 25 1. C ontinentes.................................................................................................................25 2. O rigem dos continentes........................................................................................28 3. P aisagens naturais...................................................................................................36 Roteiro de estudos ............................................................................................... 44

Capítulo 3 Norte e Sul: uma regionalização geoeconômica do mundo.............................................................. 47 1. P aíses ricos e países pobres................................................................................ 48 2. C omo medir as desigualdades.......................................................................... 49 Roteiro de estudos ............................................................................................... 56

Capítulo 4 O Sul subdesenvolvido. .................................................................. 57 1. D iferenças entre os países do Sul.................................................................... 58 2. O rigens do subdesenvolvimento...................................................................... 58 3. D emocracia frágil ou inexistente...................................................................... 59 4. U ma industrialização fraca..................................................................................63 Roteiro de estudos ............................................................................................... 64

Capítulo 5 Os países do Sul: características e contrastes.............65 1. A mérica Latina......................................................................................................... 66 2. C hina e Tigres Asiáticos........................................................................................ 69 3. Á frica..............................................................................................................................70 4. O riente Médio............................................................................................................. 71 5. S ul da Ásia...................................................................................................................72 6. S udeste da Ásia e Extremo Oriente.................................................................72 7. A perifería da Oceania............................................................................................73 Roteiro de estudos ................................................................................................76

Sumário

10


UNIDADE II América Latina 78 Capítulo 6 A América Latina em conjunto................................................. 78 1. A mérica Anglo-Saxônica e América Latina..................................................82 2. F ormação histórica da América Latina.......................................................... 83 3. S ituação atual de subdesenvolvimento . e dependência dos países latino-americanos..............................................84 4. P opulismo, caudilhismo e coronelismo......................................................... 86 5. A s grandes diferenças entre os países latino-americanos.....................87 6. S erá possível uma América Latina unida?....................................................87 Roteiro de estudos .................................................................................................91

Capítulo 7 México.........................................................................................................94 1. C aracterísticas gerais............................................................................................. 94 2. U m poderoso vizinho ao norte.......................................................................... 96 3. P opulação................................................................................................................... 99 4. R iqueza histórico-cultural e turismo............................................................. 100 5. E conomia e dívida externa.................................................................................. 101 6. L utas camponesas e reforma agrária...........................................................103 7. N afta: uma nova mudança . nas relações entre México e Estados Unidos..............................................104 8. C hiapas, a região mais pobre do México.....................................................105 Roteiro de estudos ..............................................................................................106

Capítulo 8 América Central..................................................................................110 1. C aracterísticas gerais.............................................................................................. 111 2. A América Central continental...........................................................................113 3. A mérica Central insular........................................................................................ 119 Roteiro de estudos .............................................................................................. 125

Capítulo 9 América Andina e Guianas.........................................................128 1. A spectos gerais da América do Sul................................................................ 129 2. A mérica Andina........................................................................................................131 3. G uianas....................................................................................................................... 143 Roteiro de estudos .............................................................................................. 147 Sumário


Capítulo 10 América Platina.................................................................................151 1. A spectos gerais....................................................................................................... 152 2. U ruguai....................................................................................................................... 153 3. A rgentina................................................................................................................... 155 4. P araguai..................................................................................................................... 159 Roteiro de estudos .............................................................................................. 162

Capítulo 11 Brasil......................................................................................................... 166 1. C aracterísticas gerais............................................................................................ 167 2. O Brasil e a América do Sul................................................................................169 3. O Brasil e o Mercosul............................................................................................ 170 4. O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU..............................................175 Roteiro de estudos ...............................................................................................176

UNIDADE III África

180 Capítulo 12 A África em conjunto....................................................................182 1. A spectos gerais do continente africano....................................................... 182 2. C olonização e descolonização.......................................................................... 183 3. C onsequências da colonização........................................................................186 4. A spectos fisiográficos e população................................................................189 Roteiro de estudos .............................................................................................. 193

Capítulo 13 África: conjuntos regionais......................................................197 1. Q uais são os conjuntos regionais africanos?.............................................198 2. Á frica setentrional.................................................................................................199 3. Á frica subsaariana................................................................................................204 Roteiro de estudos .............................................................................................. 214

UNIDADE IV Ásia

219 Aspectos gerais do continente asiático....................... 220 Capítulo 14 Oriente Médio....................................................................................222 1. C aracterísticas gerais........................................................................................... 223 2. T urquia e Chipre..................................................................................................... 228 3. A feganistão................................................................................................................231 4. I srael............................................................................................................................ 233 5. A utoridade Palestina: o povo procura . se organizar como Estado-Nação..................................................................236 6. P aíses árabes...........................................................................................................238 Roteiro de estudos ............................................................................................. 243

Sumário


Capítulo 15 Sul da Ásia ou “subcontinente indiano”........................247 1. A spectos gerais do Sul da Ásia........................................................................248 2. P opulação e diversidades étnicas..................................................................250 3. E conomia.................................................................................................................. 252 4. O papel da religião................................................................................................ 252 5. Í ndia.............................................................................................................................255 6. C onflitos étnico-territoriais . no Paquistão e no Sri Lanka.............................................................................259 Roteiro de estudos .............................................................................................260

Capítulo 16 Sudeste e Leste da Ásia............................................................263 1. A spectos gerais......................................................................................................264 2. Economia e população........................................................................................ 267 Roteiro de estudos ...............................................................................................271

Capítulo 17 O Dragão e os Tigres Asiáticos............................................276 1. I ntrodução................................................................................................................ 277 2. China........................................................................................................................... 277 3. Tigres Asiáticos.......................................................................................................286 Roteiro de estudos .............................................................................................289

Glossário

293

Indicações de leituras complementares

294

Referências bibliográficas

295

Sumário


Unidade I Como regionalizar o espaço mundial?

Adaptado de Quid 2007. Paris: Robert Laffont, 2006.

divisão do mundo por critérios sOcioeconômicos: norte e sul GROENLÂNDIA

ISLÂNDIA

CANADÁ

RÚSSIA

FINLÂNDIA

NORUEGA REINO UNIDO

POLÔNIA ALEMANHA FRANÇA

NORTE

ESPANHA

ESTADOS UNIDOS

NORTE

SUL MÉXICO

SUL

CUBA

COLÔMBIA

VENEZUELA

PERU

BRASIL BOLÍVIA

PACÍFICO CHILE

QUÊNIA REP. DEM. DO CONGO TANZÂNIA

ATLÂNTICO ANGOLA

PARAGUAI URUGUAI ARGENTINA

ESCALA 2 390 4 780 km

MOÇAMBIQUE

ÍNDIA FILIPINAS

OCEANO

INDONÉSIA

ÍNDICO

MADAGASCAR

NAMÍBIA

JAPÃO

CHINA

AUSTRÁLIA

REP. ÁFRICA DO SUL NOVA ZELÂNDIA

Linha divisória Norte/Sul

SUL

NORTE

jumana elheloueh / reuters

gavin hellier

0

PACÍFICO

TURQUIA

IRAQUE MARROCOS IRÃ ARGÉLIA LÍBIA EGITO ARÁBIA SAUDITA MAURITÂNIA NÍGER ERITREIA MALI SUDÃO NIGÉRIA ETIÓPIA

OCEANO

EQUADOR

OCEANO

ITÁLIA

OCEANO

MONGÓLIA

ROMÊNIA

yy Vista de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um país do Sul (2008).

10

yy Vista de prédios comerciais em Tóquio, no Japão, um país do Norte (2007).


Adaptado de World Reference Atlas. London: Dorling Kindersley, 2003.

Grandes paisagens naturais CÍRCULO POLAR ÁRTICO

O

E A N O PA C

ÁFRICA

O

O

I C O N T L Â

Í

A CE NO O DICO ÍN

OCEANIA TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO

0

ESCALA 2 720

5 432

divulgação

arno balzarini / keystone

Áreas de clima frio polar ou semipolar Áreas de clima temperado e subtropical Áreas de clima tropical Áreas de clima desértico e semidesértico Altas cadeias de montanhas

IC

T

C

AMÉRICA DO SUL

IC

ÍF

A

PA

F

C

A N O

AMÉRICA CENTRAL

O

E

EQUADOR

ÁSIA

E A N O

C TRÓPICO DE CÂNCER

EUROPA

C

AMÉRICA DO NORTE

O

yy Paisagem de altas cadeias de montanhas na Suiça.

?

yy Paisagem de área de clima temperado na África do Sul.

•C omo estudar o mundo em que vivemos? •Q ue critérios podem ser utilizados para regionalizar o mundo? Nesta unidade você vai obter as respostas para essas e outras questões que envolvem a regionalização do espaço mundial. 11


Capítulo

1

O mundo atual: unidade e diversidade

O planeta que os seres humanos habitam, e no qual produzem modificações, constitui o espaço mundial, que apresenta áreas ou regiões muito diferentes entre si. Como dividir esse mundo para estudá-lo melhor? A resposta a essa pergunta você vai obter durante o estudo deste capítulo. Para começar, observe este mapa:

CÍRCULO POLAR ÁRTICO

OCEANO

TRÓPICO DE CÂNCER

OCEANO

OCEANO

PACÍFICO OCEANO

EQUADOR

PACÍFICO

ATLÂNTICO

ÍNDICO

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

Taxa de mortalidade infantil por 1000 nascidos vivos (‰) até 20 21 a 40 CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO

0

ESCALA 2 335 4 670 km

41 a 100 101 a 170 Dados não disponíveis

Trinidad e Tobago Maurício Kuwait Cingapura Vanuatu Arquipélago da Melanésia

Ponto de partida 1. Observe os mapas das páginas 10 e 11. Que informações eles fornecem? 2. Quais os critérios utilizados para estudar o mundo nos mapas que você observou? 3. Em sua opinião, podem ser utilizados outros critérios para agrupar os países do mundo em conjuntos regionais? Quais? 4. Tendo como base os mapas observados, responda: O que significa regionalização? 12

Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?

Fontes: 1. Quid 2007; 2. IBGE, 2007.

Mortalidade Infantil


Como estudar o mundo em que vivemos? 1

Existem várias formas de analisar o mundo. As mais utilizadas são aquelas em que ele é dividido: << do ponto de vista da natureza: – em continentes; – de acordo com suas paisagens naturais. << do ponto de vista das características da sociedade: – em países ricos e pobres; – em países do Norte e do Sul. Por­tan­to, pa­ra es­tu­dar o mun­do é pre­ci­so re­ gio­na­li­zá-lo. Re­gio­na­li­zar um es­pa­ço sig­ni­fi­ca di­vi­di-lo em re­ giões, em ­áreas que te­nham, ca­da uma, al­gu­mas ca­rac­te­rís­ti­cas im­por­tan­tes em co­mum. Ge­ral­men­ te se re­gio­na­li­za um es­pa­ço na­cio­nal: as re­giões do Bra­sil ou dos Es­ta­dos Uni­dos, por exem­plo. O que sig­ni­fi­ca, en­tão, re­gio­na­li­zar o mun­do? Sig­ni­fi­ca agru­par as na­ções em gran­des re­ giões ou con­jun­tos re­gio­nais. Verificando o que aprendemos 1. P ensando no que acabamos de ver, responda:

a) O que significa “regionalizar o mundo”?

b) Quais os critérios mais utilizados para estudar o mundo em que vivemos?

onsulte um atlas e identifique outros 2. C critérios que podem ser utilizados para organizar o espaço mundial. Depois, escreva alguns deles no caderno.

2

O que é Estado?

Os seres humanos sempre viveram em grupos, ocupando um mesmo território e compartilhando traços comuns (língua, hábitos, costumes, crenças). No início eram grupos pequenos, com centenas ou, no máximo, milhares de indivíduos. Com o tempo surgiram grupos ou povos constituídos de milhões de pessoas vivendo num mesmo território e com uma certa identidade cultural.

O Estado é a organização político-administrativa da sociedade. Ele é composto pelo governo (que é a cúpula ou o comando do Estado) e pelas demais instituições públicas a ele associadas (tribunais, polícia, forças armadas, etc.). Formado com as funções defensivas de proteger o território das ameaças externas, pode ter se originado também da divisão da sociedade em classes (dominantes e dominados, ricos e pobres) com a função de garantir a lei e a ordem, ou seja, de preservar a riqueza de uns perante a ameaça de revolta dos demais. Há quem acredite que o Estado foi criado no momento em que alguma sociedade se tornou maior e mais complexa tanto sob o aspecto demográfico (maior número de pessoas) quanto sob o aspecto econômico (com o desenvolvimento de outras atividades, além da caça, da pesca e da agricultura, e com o surgimento das primeiras cidades, etc.). Nesse caso, teria havido a necessidade de melhor administração e maior organização da sociedade, papel que coube ao Estado. Até hoje existem sociedades que não têm Estado. Elas são raras, mas sobrevivem e têm se expandido nos últimos anos. Um bom exemplo são as sociedades indígenas, que não sofreram grandes influências dos chamados povos civilizados. O Estado-Nação originou-se por volta dos séculos XV e XVI, tendo se consolidado de fato nos séculos XVIII e XIX. Inicialmente uma criação europeia, com o tempo ele foi se impondo nos demais continentes. Veja, por exemplo, o caso do Brasil. Antes da colonização, várias sociedades indígenas ocupavam o que é hoje o território brasileiro. Essas sociedades não formavam países ou Estados-Nações, pois eram sociedades sem Estado, isto é‚ sem governo (veja a foto na página 16). Os ter­ri­tó­rios que ocu­pam ­em geral são im­ pre­ci­sos, sem fron­tei­ras mui­to bem de­fi­ni­das. Fre­ quen­te­men­te, os ín­dígenas mu­dam de uma ­área pa­ra ou­tra em bus­ca de me­lho­res so­los e de ca­ça ­mais abun­dan­te. Co­mo foi en­tão cons­truí­do o ­país que ho­je cha­ ma­mos Bra­sil? O mundo atual: unidade e diversidade < Capítulo 1

13


0

Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?

60

180

90

CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO

150∞

EQUADOR

120

B R A S I L

90

FRANÇA SUÍÇA

A

1. REPÚBLICA TCHECA 2. ESLOVÁQUIA 3. ESLOVÊNIA 4. CROÁCIA 5. BÓSNIA-HERZEGOVINA 6. SÉRVIA 7. MONTENEGRO 8. MACEDÔNIA 9. GEÓRGIA 10. ARMÊNIA 11. AZERBAIJÃO

30

N

T

O C E A N O

0

Á

R

LESOTO

T

0

30

ÍNDIA

R Ú S S I A

CHINA

60

90

120

150

ÍNDICO

MAURÍCIO

A N T Á R T I C O

A

MALDIVAS

SRI LANKA

180

BRUNEI

NOVA ZELÂNDIA

VANUATU

FIJI

SALOMÃO

TUVALU

KIRIBATI NAURU

IS. MARSHALL

FEDERAÇÃO DOS ESTADOS DA MICRONÉSIA PAPUA– NOVA GUINÉ

AUSTRÁLIA

TIMOR LESTE

I N D O N É S I A

CINGAPURA

PALAU

PACÍFICO

lS. MARIANAS DO NORTE (EUA)

OCEANO FILIPINAS

M A L Á S I A

M

DE BERING

MAR

JAPÃO

TAIWAN

COREIA DO SUL

COREIA DO NORTE

TAILÂNDIA VIETNÃ CAMBOJA

OCEANO

SEYCHELLES

MADAGASCAR

ESCALA 1 700 3 400 km

I

D

REP. DA ÁFRICA DO SUL

COM

SUAZILÂNDIA

ZIMBÁBUE

BOTSUANA

G L A C I A L

MALAUÍ

MOÇAMBIQUE

ANGOLA ZÂMBIA

DEMOCRÁTICA BURUNDI DO CONGO TANZÂNIA

CONGO QUÊNIA GABÃO REPÚBLICA RUANDA

A T L Â N T I C O NAMÍBIA

LEGENDA

60

TERRA DO FOGO

Is. Falkland (Malvinas)

ARGENTINA

URUGUAI

PARAGUAI

BOLÍVIA

CHILE

PERU

Adaptado de Simielli, M. E. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2007.

30

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

TONGA

PACÍFICO

BAHAMAS

ESTÔNIA

FINLÂNDIA

CASAQUISTÃO HUNGRIA MOLDÁVIA 3 4 MONGÓLIA ROMÊNIA MAR MAR 5 6 USBEQUISTÃO 7 8 BULGÁRIA NEGRO 9 CÁSPIO QUIRGUÍZIA ITÁLIA ALBÂNIA ESPANHA 10 11 TURCOMENISTÃO PORTUGAL R MED GRÉCIA TURQUIA TAJIQUISTÃO MA MAT SÍRIA CHP AFEGANISTÃO IRAQUE TUNÍSIA R R Â N E O LÍBANO IRÃ ISRAEL JORDÂNIA MARROCOS NEPAL KUWAIT BUTÃO BAH LÍBIA EGITO PAQUISTÃO ARGÉLIA SAARA ARÁBIA CATAR EM. ÁR. BANGLADESH OCIDENTAL UNIDOS MAR SAUDITA MIANMA LAOS MAURITÂNIA

ÁUSTRIA

SUÉCIA

O

SAMOA OCIDENTAL

OCEANO

CUBA

OCEANO

MAR DO

NORUEGA

REINO NORTE DINAMARCA LETÔNIA UNIDO PAÍSES LITUÂNIA POLÔNIA BELARUS BAIXOS IRLANDA BÉLGICA ALEMANHA UCRÂNIA LUX 1 2

ISLÂNDIA

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

I. Terra do Norte

REP. DOMINICANA JAMAICA OMÃ MALI NÍGER PORTO RICO (EUA) HAITI ARÁBICO BELIZE CABO VERDE SENEGAL MAR ERITREIA HONDURAS CHADE GUATEMALA IÊMEN DAS ANTILHAS GÂMBIA BURKINA l. Socotra EL SALVADOR NICARÁGUA SUDÃO FASSO GUINÉ-BISSAU TRINIDAD DJIBUTI (IEM) GUINÉ COSTA NIGÉRIA E TOBAGO COSTA RICA REP. SERRA LEOA DO VENEZUELA GUIANA CENTROETIÓPIA PANAMÁ MARFIM SURINAME -AFRICANA LIBÉRIA GUIANA FRANCESA SOMÁLIA STP CAMARÕES COLÔMBIA UGANDA (FRA) GUINÉ EQUATORIAL

MÉXICO

ESTADOS UNIDOS

Grandes Lagos

CANADÁ

TERRA DE BAFFIN

Is. Nova Zembla

LH

EQUADOR

s

CÍRCULO POLAR ÁRTICO ALASCA (EUA)

GROENLÂNDIA (DIN)

E

HAVAÍ (EUA)

TRÓPICO DE CÂNCER

30

A Ilhas

ta leu

60

90

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

ME

GANA TOGO BENIN

CHINA

o mundo atual: divisão política

ER

DA

IT

RV

AR

14 MA


CÍRCULO POLAR ÁRTICO

RÚSSIA CANADÁ CASAQUISTÃO ESTADOS UNIDOS

CHINA

TRÓPICO DE CÂNCER

OCEANO EQUADOR

ÍNDIA

OCEANO

PACÍFICO

OCEANO

SUDÃO

PACÍFICO

ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO

BRASIL TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO 2

País Extensão (em km ) 1. RÚSSIA 17 075 400 2. CANADÁ 9 970 610 3. CHINA 9 597 000 4. ESTADOS UNIDOS 9 372 615 5. BRASIL 8 547 403 6. AUSTRÁLIA 7 741 000 7. ÍNDIA 3 287 263 8. ARGENTINA 2 780 000 9. CASAQUISTÃO 2 717 300 10. SUDÃO 2 505 813

AUSTRÁLIA ARGENTINA

0

Fontes: 1. IBGE. Anuário Estatístico 2003. 2. Quid 2007. Paris: Robert Laffont, 2006.

OS DEZ PAÍSES MAIS EXTENSOS DO MUNDO os dez países mais extensos do mundo

ESCALA 2 370 4 740 km

CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO

CÍRCULO POLAR ÁRTICO

RÚSSIA

ESTADOS UNIDOS

CHINA

PAQUISTÃO

JAPÃO

TRÓPICO DE CÂNCER

OCEANO EQUADOR

ÍNDIA

OCEANO

OCEANO

NIGÉRIA

PACÍFICO

ATLÂNTICO

PACÍFICO

BANGLADESH

OCEANO ÍNDICO

BRASIL

INDONÉSIA

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

País 1. CHINA 2. ÍNDIA 3. ESTADOS UNIDOS 4. INDONÉSIA 5. BRASIL 6. PAQUISTÃO 7. RÚSSIA 8. BANGLADESH 9. NIGÉRIA 10. JAPÃO

População 1 315 000 000 1 092 800 000 296 600 000 219 900 000 183 900 000 150 400 000 143 475 000 136 600 000 128 200 000 127 700 000

0

ESCALA 2 440 4 880 km

CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO

O mundo atual: unidade e diversidade < Capítulo 1

15

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), 2007.

os dez países mais populosos do mundo


celso junior / agência estado

fron­tei­ras, on­de es­sas ­leis se­jam res­pei­ ta­das e on­de o go­ver­no exer­ça o seu po­ der. É is­so o que cha­ma­mos de Es­ta­do na­cio­nal: o Es­ta­do ter­ri­to­rial mo­der­no ou Es­ta­do-Na­ção. En­tre­tan­to, es­sa iden­ti­fi­ca­ção do Es­ta­ do com a na­ção é ape­nas um ­ideal, ­pois na prá­ti­ca ocor­rem mui­tos pro­ble­mas. É ra­ro ha­ver uma iden­ti­da­de per­fei­ta en­tre o Es­ta­do e a na­ção, is­to é, a co­mu­ni­da­de, os ha­bi­tan­tes com ­seus tra­ços cul­tu­rais. Cal­cu­la-se que, no má­xi­mo, 20% dos paí­ ses do mun­do te­nham es­sa iden­ti­da­de sem gran­des ques­tio­na­men­tos en­tre o yyÍ ndios da etnia Kuikuru no Parque Nacional do Xingu, em Mato Es­ta­do e a na­ção. A imen­sa maio­ria dos Grosso, em foto de 2002. As sociedades indígenas não formam Es­ta­dos-Na­ções do mun­do, por­tan­to, tem um Estado, não têm classes sociais e o governo é exercido por um chefe, que é apenas portador da vontade do grupo social. pro­ble­mas de iden­ti­da­de na­cio­nal: exis­te um Es­ta­do e ­dois ou mais po­vos com idio­ mas e ou­tros tra­ços cul­tu­rais dis­tin­tos. O Bra­sil re­sul­tou de um pro­ces­so len­to, im­pos­ Por exem­plo, no Ca­na­dá exis­te um úni­co Es­ta­do e to pe­los co­lo­ni­za­do­res por­tu­gue­ses, que uni­fi­cou no mí­ni­mo ­duas na­ções: a in­gle­sa, ma­jo­ri­tá­ria, e a to­dos os po­vos que vi­viam no que é ho­je o ter­ri­tó­ fran­ce­sa, que há tem­pos al­me­ja ­criar seu pró­prio rio bra­si­lei­ro, o ­qual foi sen­do gra­da­ti­va­men­te con­ Es­ta­do. quis­ta­do e ocu­pa­do. Es­ses po­vos uni­fi­ca­dos, que Inúmeros outros casos podem ser lembrados: de­ram ori­gem ao po­vo bra­si­lei­ro, fo­ram: os chechenos, os tártaros e os bashiquires cons<< eu­ro­peus, prin­ci­pal­men­te por­tu­gue­ses; tituem minorias étnicas russas que gostariam de << afri­ca­nos tra­zi­dos à for­ça pa­ra tra­ba­lhar co­mo obter sua independência. Da mesma forma, os ties­cra­vos; e betanos, na parte oeste da China, e os mongóis, ao << os di­ver­sos gru­pos in­dí­ge­nas. norte, almejam se tornar independentes do país. A lín­gua foi um dos prin­ci­pais ele­men­tos usa­ Entre a França e a Espanha, ocupando parte do dos pe­los co­lo­ni­za­do­res pa­ra a uni­fi­ca­ção na­cio­nal. território dos dois países, está o chamado País BasOs po­vos que fa­la­vam ou­tros idio­mas ti­ve­ram de co. Para pleitear sua independência, as lideranças apren­der por­tu­guês. Com is­so, os ou­tros idio­mas bascas chegam a fazer uso de meios terroristas fa­la­dos ­aqui, so­bre­tu­do os in­dí­ge­nas, pra­ti­ca­men­ — atentados a bomba, sequestros e assassinatos de te de­sa­pa­re­ce­ram. Ho­je, ape­nas al­gu­mas lín­guas políticos espanhóis, etc. (veja a foto a seguir). in­dí­ge­nas con­ti­nuam exis­tin­do. Tam­bém as di­ver­ Os maio­res exem­plos de Es­ta­dos na­cio­nais ar­ sas lín­guas fa­la­das pe­los po­vos afri­ca­nos que pa­ra ti­fi­ciais en­con­tram-se na Áfri­ca, on­de gran­de par­ cá fo­ram tra­zi­dos, des­de o sé­cu­lo XVI até par­te do te dos ­atuais paí­ses foi cria­da pe­los co­lo­ni­za­do­res eu­ro­peus com ba­se ape­nas em ma­pas, sem o co­ sé­cu­lo XIX, fo­ram por ­eles es­que­ci­das. Era co­mum nhe­ci­men­to da rea­li­da­de da ter­ra e dos po­vos que um gru­po afri­ca­no não sa­ber o idio­ma dos de­mais. a ha­bi­ta­vam. Na­ções ou tri­bos tra­di­cio­nal­men­te Por is­so, pa­ra se co­mu­ni­ca­rem uns com os ou­tros ri­vais fo­ram uni­fi­ca­das pe­la for­ça nes­se con­ti­nen­ pre­ci­sa­vam apren­der o idio­ma do co­lo­ni­za­dor. te, dan­do ori­gem a co­lô­nias, que de­pois se tor­na­ Es­sa uni­fi­ca­ção do idio­ma, bem co­mo das ­leis, ram Es­ta­dos in­de­pen­den­tes, for­ma­dos por vá­rias dos cos­tu­mes, da cul­tu­ra, é fun­da­men­tal pa­ra a so­cie­da­des ou na­ções di­fe­­ren­tes, com idio­mas e cria­ção de um ­país ou Es­ta­do-Na­ção. Pa­ra que ela há­bi­tos di­ver­sos, que, em al­guns ca­sos, vi­vem bri­ ocor­ra de­vem exis­tir go­ver­no, for­ças ar­ma­das, gan­do en­tre si. um con­jun­to de ­leis e um ter­ri­tó­rio de­li­mi­ta­do por 16

Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?


reuters newmedia inc./corbis

3

Em 2008, a Funai (Fundação Nacional do Índio) divulgou imagens de um grupo de indígenas que habitam uma área da floresta Amazônica no Acre. Eles vivem isolados, nunca tiveram contato com não-índios e estão distantes do convívio com outros grupos indígenas. Esses casos, contudo, são excepcionais e cada dia mais raros. Hoje praticamente não existem grupos humanos que não têm contato com os demais. O de­no­mi­na­do pro­gres­so já se es­pa­lhou por to­ dos os re­can­tos do pla­ne­ta, em­bo­ra al­guns lu­ga­res te­nham se de­sen­vol­vi­do bem ­mais que ou­tros. Qua­ se to­dos os po­vos co­nhe­cem o rá­dio e a te­le­vi­são e ca­da vez ­mais as re­des de com­pu­ta­do­res, co­mo a in­ter­net. Por ­meio de sa­té­li­tes ar­ti­fi­ciais, a te­le­vi­ são mos­tra ao vi­vo fa­tos que es­tão ocor­ren­do nos paí­ses ­mais dis­tan­tes. ­Aviões le­vam pes­soas de um pon­to a ou­tro da Ter­ra em pou­cas ho­ras (o ma­pa na página seguinte apre­sen­ta os prin­ci­pais ae­ro­por­ tos do mun­do — veja também a foto abaixo). O te­le­ fo­ne nos per­mi­te fa­lar com al­guém a mi­lha­res de qui­lô­me­tros de dis­tân­cia. E cer­tos ti­pos de pro­du­to — co­mo os ­jeans, tê­nis, re­fri­ge­ran­tes, co­mi­das do ti­ po f­ ast-­food, rá­dios de pi­lha, te­le­vi­so­res, apa­re­lhos de fax, com­pu­ta­do­res, ca­ne­tas es­fe­ro­grá­fi­cas, en­tre ou­tros — cos­tu­mam ser en­con­tra­dos em qual­quer par­te do mun­do.

yy Manifestantes protestam em Madri contra o grupo terrorista ETA, responsável por um atentado que matou na ocasião um político espanhol e seu guarda-costas. O nome ETA é uma sigla que provém de Euskadi Ta Askatasuna, expressão em língua basca que significa “Pátria Basca e Liberdade”. O ETA luta pela independência do País Basco, uma região fronteiriça localizada na França e, principalmente, na Espanha.

Verificando o que aprendemos 1. E screva no caderno o nome dos povos que formaram o povo brasileiro.

4. C ite algumas características do modo de vida das sociedades indígenas que ocupavam o território brasileiro antes da colonização.

divulgação/editora abril

2. O que é Estado? 3. Há várias formas de explicar a origem ou criação do Estado. Cite algumas delas no caderno.

O nosso mundo é um só

5. A língua nacional é um importante elemento de unificação de vários povos sob o mesmo Estado. Com base nisso, podemos dizer que a língua foi um dos principais elementos usados pelos colonizadores na construção do país que hoje chamamos de Brasil? Justifique sua resposta. 6. O bserve as tabelas da página 15 e comente a posição do Brasil em cada uma delas.

yy Com o desenvolvimento dos modernos meios de transporte, especialmente o aeroviário, hoje é possível ir de um ponto a outro do globo terrestre em poucas horas. O mundo atual: unidade e diversidade < Capítulo 1

17


Adaptado de Airports Council International, 2006.

PRINCIPAIS AEROPORTOS DO MUNDO PORpor MOVIMENTO principais aeroportos do mundo movimento

CÍRCULO POLAR ÁRTICO Copenhague Amsterdã

Oslo

Londres Vancouver Seattle Las Vegas San Francisco Los Angeles TRÓPICO DE CÂNCER

Detroit Minneapolis Chicago Denver Dallas

Toronto

Houston

Phoenix México

Montreal

Helsinki Estocolmo

Moscou

Frankfurt

Boston Nova York Filadélfia Atlanta Nova Orleans Orlando Miami

Paris Newark

Madri

Istambul

Roma

Atenas Cairo

OCEANO

Tóquio Nova Délhi

Karachi

Bangcoc

Bogotá

PACÍFICO

Manila

ATLÂNTICO São Paulo

OCEANO ÍNDICO

Rio de Janeiro

Jacarta

Brisbane

Johannesburgo

Sydney Buenos Aires

Número aproximado de passageiros transportados por ano (em milhões) 2 a 10 10 a 20 20 a 50

Melbourne

Auckland

CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO

50 a 80

Mas o pro­gres­so tam­bém des­trói flo­res­tas, au­ men­ta a po­lui­ção nos ­rios, na at­mos­fe­ra, nos ocea­ nos e nas gran­des ci­da­des. ­Além dis­so, nem to­dos são be­ne­fi­cia­dos por ele. So­men­te os paí­ses e os in­di­ví­duos ­mais ri­cos. Não é qual­quer pes­soa, por exem­plo, que po­de via­jar de ­avião. Nem é qual­quer pes­soa que po­de ter ho­je um lap­top (com­pu­ta­dor por­tá­til) ou um te­le­fo­ne ce­lu­lar, com os ­quais po­de se co­mu­ni­car com qual­quer par­te do mun­do. Apesar disso, o progresso permitiu maior aproximação entre as nações, tornando o que acontece de importante num país interessante e acessível aos demais. Se os cientistas norte-americanos ou japoneses, por exemplo, inventarem um novo tipo de computador ou de robô, os outros países certamente usarão essa nova tecnologia. Um ritmo musical de sucesso numa região do mundo logo se espalha pelas demais. Do mesmo modo, 18

OCEANO PACÍFICO

Cingapura

OCEANO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

Osaka Hong Kong

Mumbai (ex-Bombaim)

Jedda

Caracas EQUADOR

Seul

Pequim

Teerã

Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?

0

ESCALA 2 440 4 880 km

um livro que faz sucesso num país é traduzido e publicado em muitos outros idiomas. Uma gea­da que pro­vo­que uma gran­de per­da agrí­co­la pa­ra um ­país po­de tra­zer con­se­quên­cias pa­ra ou­tros. Há al­guns ­anos, por exem­plo, um in­ ver­no mui­to ri­go­ro­so pre­ju­di­cou a pro­du­ção de la­ran­jas no sul dos Es­ta­dos Uni­dos. Com a fal­ta de la­ran­jas, o ­país te­ve de im­por­tar es­se pro­du­to de ou­tros paí­ses, prin­ci­pal­men­te do Bra­sil. Con­se­ quen­te­men­te, o pre­ço da la­ran­ja su­biu no mer­ca­ do in­ter­na­cio­nal. Apro­vei­tan­do o pre­ço al­to, os pro­du­to­res bra­si­lei­ros ven­de­ram sua pro­du­ção pa­ra os Es­ta­dos Uni­dos, o que pro­vo­cou a fal­ta de la­ran­jas ­aqui. ­Além dis­so, en­tu­sias­ma­dos com o pre­ço da fru­ta no ex­te­rior, os pro­du­to­res pro­cu­ ra­ram for­mar no­vos po­ma­res. As­sim, hou­ve uma gran­de cor­ri­da pa­ra a com­pra de no­vas plan­tas, e o pre­ço das mu­das su­biu mui­to no Bra­sil.


Ho­je não exis­te ne­nhum ­país que vi­va iso­la­do, que não de­pen­da dos de­mais pa­ra su­prir par­te das ­suas ne­ces­si­da­des. Al­guns ex­por­tam ca­fé‚ so­ ja, mi­né­rios; ou­tros ex­por­tam ­aviões, má­qui­nas, pro­du­tos quí­mi­cos; ou­tros ain­da im­por­tam tri­go e ex­por­tam pe­tró­leo; e as­sim por dian­te. Há também empresas multinacionais, que possuem fábricas ou escritórios em quase todos os países, como a Shell, a Ford, a Toyota, a Coca-Cola, a Fiat, a General Motors, a Goodyear, entre outras. Como podemos ver, o mundo em que vivemos apresenta grande unidade, apesar das diferenças entre uma região e outra. Essa intensa interdependência de todos os países, de todas as economias, de todos os povos do globo é chamada de globalização.

aque­la épo­ca, as na­ções que exis­tiam fo­ram pou­ co a pou­co se as­so­cian­do e pas­sa­ram a de­pen­der ca­da vez ­mais ­umas das ou­tras. O mun­do se tor­ nou en­tão uni­fi­ca­do. (O mapa na página seguinte apre­sen­ta as ro­tas das Gran­des Na­ve­ga­ções, rea­li­ za­das nos sé­cu­los XV e XVI; nos mapas da página 21, temos as ex­plo­ra­ções nas re­giões po­la­res, que ocor­re­ram nos sé­cu­los XIX e XX.) Mas is­so não ­quer di­zer que não exis­tam ­mais di­fe­ren­ças en­tre os paí­ses. Pe­lo con­trá­rio, nun­ca hou­ve tan­tas di­fe­ren­ças so­ciais, cul­tu­rais e eco­nô­ mi­cas co­mo as que exis­tem atual­men­te.

1. O bserve a imagem da segunda coluna da página 17 e comente-a com base nas informações do capítulo.

odas as pessoas são beneficiadas pelo 2. T progresso? Explique. 3. Examine o mapa “Principais aeroportos do mundo por movimento” (página 18) e responda ao que se pede.

ivan wasth rodrigues/acervo ect

Verificando o que aprendemos

b) E m que país da América do Norte ficam alguns dos aeroportos mais movimentados do mundo? c) Em que cidades estão localizados os principais aeroportos do Brasil? Qual o número aproximado de passageiros transportados anualmente nesses aeroportos?

4

s diferenças A internacionais são muito grandes

Foi a par­tir do sé­cu­lo XV que os eu­ro­peus co­me­ ça­ram a na­ve­gar por to­dos os ma­res e ocea­nos e a fa­zer con­ta­to com os ­mais di­ver­sos po­vos. Des­de

ivan wasth rodrigues/acervo ect

a) De acordo com a legenda, a que correspondem os círculos de diferentes tamanhos espalhados pelo mapa?

Os temas Descobrimento do Brasil – Pedro Álvares Cabral – e Descobrimento da América – Cristóvão Colombo – foram criados pelos Correios do Brasil em homenagem à exposição filatélica “Espanha 84”, que ocorreu em Madri.

O mundo atual: unidade e diversidade < Capítulo 1

19


A EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL DOS EUROPEUS GROENLÂNDIA

EUROPA

Londres

AMÉRICA DO NORTE

Saint-Malo

OCEANO

Açores Lisboa Palos

ATLÂNTICO

Is. Canárias Cabo Bojador

Guanaani Jamaica

GUINÉ

EQUADOR

AMÉRICA DO SUL

OCEANO

Diu

SENEGAL Cabo Verde

AMÉRICA CENTRAL

PACÍFICO

ÁSIA

Tânger

Melinde Mombasa

Recife Salvador Porto Seguro

Luanda CONGO

Kilwa

Moçambique

Cabo Frio São Vicente Cananeia

FILIPINAS

OCEANO

I. Sumatra

I. Bornéu

I. Java

ÍNDICO Madagascar

OCEANIA

Sofala

OCEANO

Buenos Aires

MERIDIANO DE TORDESILHAS

ATLÂNTICO

Estreito de Magalhães

ÍNDIAS Damão Goa Calicute

ÁFRICA

I. Fernando de Noronha

OCEANO PACÍFICO

Nova Amsterdã

I. Tasmânia

Rotas de navegantes nos séculos XV e XVI

0

ESCALA 1 740

3 480 km

Bartolomeu Dias Vasco da Gama Pedro Álvares Cabral Américo Vespúcio Cristóvão Colombo

Francis Drake John Cabot e Sebastian Cabot Jacques Cartier Fernão de Magalhães

yy Nos séculos XV e XVI os povos europeus realizaram longas navegações oceânicas, chegando até o continente americano, o sul e o leste da África, o sudeste da Ásia e a Oceania. Foi a partir dessas grandes navegações que o mundo todo, com exceção das regiões polares, passou a se integrar e a estabelecer relações de trocas entre áreas muito distantes.

Nun­ca hou­ve, por exem­plo, tan­ta di­fe­ren­ça en­ tre os ren­di­men­tos de uma mi­no­ria de ri­cos e uma maio­ria de po­bres co­mo nos ­dias de ho­je. Mas es­ sas de­si­gual­da­des so­ciais for­mam um úni­co con­jun­ to. Tan­to os ri­cos co­mo os po­bres per­ten­cem à mes­ ma so­cie­da­de e, às ve­zes, vi­vem pró­xi­mos e até tra­ba­lham na mes­ma em­pre­sa. Po­de­mos afir­mar que só é possível com­preen­der o que é a po­bre­za e a ri­que­za se com­pa­rar­mos es­sas ­duas si­tua­ções. Se, numa sociedade isolada, todos ganhassem o mesmo salário, morassem em casas semelhantes e possuíssem a mesma quantidade de bens, não seria possível classificar seus membros nem como ricos nem como pobres. Tomemos como exemplo uma sociedade indígena do Parque do Xingu, onde os indivíduos vivem em habitações semelhantes, vestem roupas quase idênticas e comem os mesmos alimentos. Nessa sociedade não haveria nem ricos nem po20

Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?

bres. Nós só poderíamos classificá-los como pobres, por exemplo, se comparássemos sua situação com a de um povo rico, como os japoneses, cuja condição de vida permite o consumo intenso de eletrodomésticos, automóveis, roupas caras, etc. Portanto, as ideias de pobreza e de riqueza são relativas, isto é, são estabelecidas por meio de comparações. Di­ze­mos, por exem­plo, que a Bo­lí­via e o Hai­ti são na­ções po­bres por­que as com­pa­ra­mos com os Es­ ta­dos Uni­dos ou com o Ja­pão, que são paí­ses on­de em mé­dia as pes­soas vi­vem me­lhor: mo­ram em re­si­ dên­cias ­mais am­plas e ­mais equi­pa­das (nor­mal­men­ te com te­le­fo­ne, ge­la­dei­ra, te­le­vi­so­res, ar-con­di­cio­na­ do em al­guns am­bien­tes, etc.), ali­men­tam-se ­mais far­ta­men­te, têm ­mais di­nhei­ro pa­ra gas­tar, re­ce­bem me­lhor aten­di­men­to mé­di­co-hos­pi­ta­lar, etc. Ape­sar de se­rem re­la­ti­vas, as di­fe­ren­ças eco­ nô­mi­cas exis­tem de fa­to. A vi­da de um bo­li­via­no

Adaptado de Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1996.

a expansão marítImo-comercial dos europeus


EXPLORAÇÕES NA ANTÁRTIDA explorações na antártida N OCEANO ÍNDICO I. Geórgia do Sul

OCEANO ATLÂNTICO

Is. Órcadas do Sul

TERRA GRAHAM

COSTA COSTA PRINCESA PRINCESA COSTA COSTA MARTA RAGNHILD PRÍNCIPE BRUCE COSTA HAROLDO PRÍNCIPE TERRA OLAVO COAST TERRA TERRA ENDERBY CAIRD TERRA MAC TERRA TERRA DA ROBERTSON PRÍNCIPE RAINHA MAUD LEOPOLDO

Mar de Weddell

ADELAIDE

TERRA DA PRINCESA ELIZABETH

I. Alexandre I

CHARCOT

EXPLORAÇÕES NA REGIÃO ÁRTICA

TERRA DO REI LEOPOLDO E RAINHA ASTRID

POLO SUL COSTA WALGREEN TERRA CARMEN

OCEANO

TERRA DO IMPERADOR GUILHERME II

TERRA MARIE BYRD

TERRA DA RAINHA MARY se

ve

lt

PACÍFICO

I.

Ro o

COSTA HOBS

CÍR LO CU

I. São Lourenço

R LA PO

A

ALASCA

A

Is. da Nova Sibéria

N TÁ RT

TERRA WILKES TERRA DO REI JORGE V

TERRA ADÉLIA

IC O

GLACIAL ÁRTICO

Eglinton Melville Borden

S

Ellefrignes

POLO NORTE Is. Terra do Norte

Axel Haiberg TERRA DE ELLESMERE

Vucheca

S

Príncipe de Galés

Geórgia TERRA DE BAFFIN

Amundsen (1911)

Riser-Larsen (1929-1930)

Ross (1843)

Filchner (1911)

Isachsen (1930-1931)

I. Spitsbergen

Is. Nova Zembla

Shackleton (1907-1909)

Scott (1912)

Ellesworth (1935)

Kolkiev

ESPERANÇA

R

GROENLÂNDIA (DIN)

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

OCEANO

ISLÂNDIA

ATLÂNTICO

CÍRCULO POLAR ÁRTICO

NORUEGA

N

ESCALA 540 1 080 km DINAMARCA

Rotas de exploradores do polo Norte Mac Clure (1849-1853) Amundsen (1903-1907) Nordenskjold (1878-1879) Nansen (1893-1896) Amundsen + Ellesworth + Peary (1909)

Cook (1773)

Alexandra I.Terra do Nordeste

Nobile (1926)

OCEANO PACÍFICO

Rotas de exploradores da Antártida

Ú

I. Vitória

0

ESCALA 780 1 560 km

I

OCEANO

I. de Banks

0

VULCÃO EREBUS

Península Eduardo VII

I. Wrangel

CANADÁ

I.

Adaptado de Duby, G. Atlas Historique. Paris: Larousse, 2004.

A N T Á R T I D A

COSTA EIGHTS

explorações na região ártica

yy Embora alguns navegantes já tivessem chegado ao continente antártico desde os séculos XVIII (Cook, 1773) e XIX (Ross, 1843), na verdade essa imensa e gelada porção territorial localizada na parte meridional do nosso planeta só começou a ser mais pesquisada no século XX. Até os dias de hoje, a Antártida não pertence a nenhum país em especial, apesar de várias nações manterem aí bases científicas.

Terras pertencentes a: Estados Unidos Canadá Rússia Noruega Dinamarca

Byrd (1926)

yy As áreas geladas localizadas ao redor do polo Norte só foram efetivamente exploradas no fim do século XIX e início do século XX. Foram cinco os países que realizaram importantes expedições até essa região e que acabaram por se apropriar de parcelas de terras aí localizadas: Estados Unidos, Canadá, Rússia, Noruega e Dinamarca.

Para saber mais a respeito da Antártida, acesse o site: <www.ufsm.br/antartica>

Nele estão disponíveis mais informações sobre a história, a fauna, a flora, os cuidados ambientais e os selos da Antártida.

O mundo atual: unidade e diversidade < Capítulo 1

21

Adaptado de Duby, G. Atlas Historique. Paris: Larousse, 2004.

que tra­ba­lha de dez a do­ze ho­ras por dia nu­ma mi­na de es­ta­nho é mui­to di­fe­ren­te da vi­da de um ope­rá­rio nor­te-ame­ri­ca­no, que nor­mal­men­te tra­ ba­lha de cin­co a se­te ho­ras por dia. Mas os ­dois vi­vem no mes­mo mun­do e aca­bam se re­la­cio­nan­ do, mes­mo que um não co­nhe­ça o ou­tro. Gran­de par­te do es­ta­nho que o mi­nei­ro bo­li­via­no ex­trai é ex­por­ta­da pa­ra os Es­ta­dos Uni­dos. E o pro­du­to que o ope­rá­rio nor­te-ame­ri­ca­no fa­bri­ca, mui­tas


mi­na­do mo­do, fa­zer pe­re­gri­na­ções a lu­ga­res es­ pe­cí­fi­cos. To­do mu­çul­ma­no, por exem­plo, de­ve ir a Me­ca — ci­da­de sa­gra­da pa­ra sua re­li­gião — ao me­nos uma vez na vi­da. Al­guns há­bi­tos de po­vos Muçulmano Pes­soa que pra­ti­ca a orien­tais (chi­ne­ses, ára­bes, re­li­gião is­lâ­mi­ca ou in­dia­nos e ou­tros) che­gam a mu­çul­ma­na; es­sa re­li­gião, co­mum cau­sar es­pan­to no Oci­den­te. en­tre os ára­bes e Em gran­de par­te dos paí­ses ou­tros po­vos (per­sas, su­da­ne­ses, mu­çul­ma­nos, por exem­plo, pa­quis­ta­ne­ses, etc.), é as mu­lhe­res de­vem ­usar véu ba­sea­da nos en­si­na­men­tos do quan­do ­saem à rua pa­ra não pro­fe­ta Mao­mé. mos­trar o ros­to. Nes­ses paí­ses, ­elas ra­ra­men­te tra­ba­lham fo­ra de ca­sa e são su­bor­ di­na­das ao ho­mem — pai ou ma­ri­do. Já na maio­ria dos paí­ses do Oci­den­te, as mu­lhe­res con­quis­ta­ram os mes­mos di­rei­tos dos ho­mens: têm mui­to ­mais li­ber­da­de pa­ra se ves­tir, tra­ba­lham fo­ra de ca­sa e, ca­da vez ­mais, têm se tor­na­do eco­no­mi­ca­men­te in­ de­pen­den­tes. Ve­ja as fotos a seguir. larry williams/getty images

jehad nga/corbis

ve­zes usan­do es­ta­nho bo­li­via­no, po­de­rá ser ven­di­ do pa­ra a Bo­lí­via e tal­vez se­ja até mes­mo com­pra­ do pe­lo mi­nei­ro. Não são ape­nas os as­pec­tos eco­nô­mi­cos que in­ter­fe­rem no mo­do de vi­da das pes­soas. Ao com­ pa­rar di­fe­ren­tes po­vos é pre­ci­so le­var em con­si­ de­ra­ção ­suas di­fe­ren­ ças cul­tu­rais, re­li­gio­sas Valores Nor­mas ou prin­cí­pios ou de va­lo­res. Um hin­ in­te­rio­ri­za­dos por pes­soas duís­ta, por exem­plo, ao de um de­ter­mi­na­do gru­po va­lo­ri­zar uma vi­da sim­ ou de uma so­cie­da­de. ples, ado­ta prá­ti­cas diá­ Hinduísta rias bem dis­tin­tas das Adep­to da re­li­gião ou de um nor­te-ame­ri­ca­no fi­lo­so­fia hin­duís­ta, co­mum na Í­ndia e em al­guns ou de um eu­ro­peu que paí­ses vi­zi­nhos. so­nha em pro­gre­dir na vi­da, tro­car de car­ro to­do ano e ter mui­to di­nhei­ ro pa­ra gas­tar em di­ver­sões e via­gens. De acor­do com sua re­li­gião, uma pes­soa po­de evi­tar cer­tos ali­men­tos e pre­fe­rir ou­tros, ves­tir-se de um de­ter­

yy As tradições e os costumes variam muito de um povo para outro. A situação da mulher é um exemplo. Nas fotos acima vemos, à esquerda, mulheres muçulmanas; à direita, uma mulher ocidental.

Verificando o que aprendemos 1. P or que só podemos compreender o que é pobreza e o que é riqueza se compararmos as duas condições? Explique.

3. Além dos aspectos econômicos, que outros elementos devem ser considerados quando se comparam povos diferentes?

2. De que maneira um mineiro boliviano e um operário norte-americano podem estar interligados, mesmo que eles jamais se conheçam pessoalmente? Como isso é possível, de acordo com o texto do capítulo?

4. C ite alguns hábitos dos povos orientais que causam espanto aos povos ocidentais.

22

Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?

5. Observe a foto acima e responda: Você já observou a presença de muçulmanos no lugar onde mora? Como é a vida dessas pessoas?


ROTEIRO DE ESTUDOS 2. Observem a tabela a seguir, que mostra vinte das cem marcas globais que valem pelo menos 1 bilhão de dólares.

Reúnam-se em grupos para realizar as atividades a seguir. 1. Como estudar o mundo em que vivemos? Foi com essa pergunta que iniciamos o capítulo. Para refletir mais sobre ela, sigam este roteiro:

Agora respondam no caderno:

a) O bservem o planisfério “O mundo atual: divisão política” (página 14). Depois, reflitam sobre o significado das linhas ou fronteiras que dividem os países e sugiram maneiras de estudarmos os países que compõem o mundo atual.

b) De acordo com o texto do capítulo, quais são os critérios mais utilizados para dividir o mundo atual?

c) Depois que o professor conferir suas respostas, discutam com ele a utilização de outros critérios para formar novos conjuntos espaciais.

d) Registrem as principais ideias discutidas.

a) Vocês conhecem essas empresas? Qual (ou quais)? Registrem as cinco marcas mais valiosas e o que elas fabricam.

b) Pesquisem em jornais, revistas e na internet quais dessas empresas possuem fábricas ou escritórios no Brasil.

c) Releiam o item “O nosso mundo é um só” (página 17). Deem exemplos de aspectos positivos e de aspectos negativos relacionados ao progresso.

d) Em classe, com a orientação do professor, conversem sobre a globalização.

As Marcas Globais mais Valiosas Posição

Valor da marca em bilhões de dólares

País

1

Coca-Cola

67,0

Estados Unidos

2

Microsoft

56,9

Estados Unidos

3

IBM

56,2

Estados Unidos

4

GE

48,9

Estados Unidos

5

Intel

32,3

Estados Unidos

6

Nokia

30,1

Finlândia

7

Toyota

27,9

Japão

8

Disney

27,8

Estados Unidos Estados Unidos

9

McDonald’s

27,5

10

Mercedes-Benz

21,7

Alemanha

11

Citi

21,4

Estados Unidos

12

Marlboro

21,3

Estados Unidos

13

Hewlett-Packard

20,4

Estados Unidos

14

American Express

19,6

Estados Unidos

15

BMW

19,6

Alemanha

16

Gilette

19,5

Estados Unidos

17

Louis Vuitton

17,6

França

18

Cisco Systems

17,5

Estados Unidos

19

Honda

17,0

Japão

20

Samsung

16,1

Coreia do Sul

Fonte: Business Week, 2006.

O mundo atual: unidade e diversidade < Capítulo 1

23


Geografia e tempo A ex­plo­ra­ção da su­per­fí­cie ter­res­tre te­ve gran­de ex­pan­são no sé­cu­lo XV, com as Gran­des Na­ve­ga­ções e os des­co­bri­men­tos rea­li­za­dos pe­ los po­vos eu­ro­peus, e con­ti­nuou até o co­me­ço do sé­cu­lo XX. Foi aí que to­da a su­per­fí­cie do pla­ ne­ta se tor­nou co­nhe­ci­da, em­bo­ra até ho­je ain­ da não se­ja to­tal­men­te po­voa­da. a) Formem duplas e analisem os mapas das páginas 20 e 21: observem títulos, legendas e traçados das rotas.

b) T racem no caderno uma linha do tempo conforme o modelo a seguir. c) C onsultem um livro de História e completem a li­nha do tempo com as grandes viagens e os des­cobrimentos nos respectivos séculos. d) Criem um título para o texto. e) O professor vai conferir a linha do tempo e os títulos dados pela classe.

séc. XV séc. XVI séc. XVII séc. XVIII séc. XIX séc. XX

Geografia na internet Sugerimos para consulta os seguintes sites: www.ibge.gov.br – Site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que possui amplo banco de dados, mapas e outras informações de interesse sobre o território brasileiro. www.unesco.org.br – Site da Unesco Brasil, representação brasileira da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Desenvolve programas e oferece publicações, notícias, eventos e informações especialmente nas áreas da Educação, Ciências Naturais, Humanas e Sociais, Cultura, Comunicação e Informação. www.obancomundial.org – Site do Banco Mundial, em português. Opera um dos maiores bancos de dados do planeta, apresentando estatísticas, estudos e projetos em múltiplas áreas da atividade humana. www.onu-brasil.org.br – O site apresenta os objetivos, os principais órgãos, os organismos especializados da Organização das Nações Unidas (ONU), a situação do Brasil na ONU, etc.

Sugestão de filme relacionado ao conteúdo do capítulo: A copa (Phörpa). Butão, 1999. Direção de Khyentse Norbu. Com Jamyang Lodro, Orgyen Tobgyal, Neten Chokling, Kunzang Nyima, Lama Chonjor, Godu Lama. Si­nop­se: Na re­gião do Hi­ma­laia, um mos­tei­ro abri­ga mon­ges bu­dis­tas exi­ la­dos do Ti­be­te e crian­ças que es­tão sen­do ini­cia­das. Mas a vi­da es­pi­ri­tual não im­pe­de que os me­ni­nos gos­tem de fu­te­bol nem que ­eles fi­quem sa­ben­do so­bre a Co­pa do Mun­do (1998) que es­tá acon­te­cen­do na Fran­ça. De­pois que ­dois ga­ro­tos dri­blam a vi­gi­lân­cia do mes­tre e es­ca­pam do mo­nas­té­rio pa­ra ir as­sis­tir a um jo­go pe­la TV, sur­gem os di­le­mas: ­Eles de­vem ou não ser pu­ni­dos pe­la in­dis­ci­pli­na? Te­rão per­mis­são pa­ra as­sis­tir à par­ti­da fi­nal en­tre Bra­sil e Fran­ça? Com hu­mor e sen­si­bi­li­da­de, o fil­me re­ve­la o en­tre­la­ça­men­to en­tre cul­tu­ras com dife­ren­tes há­bi­tos e tra­di­ções.

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Unidade I < Como regionalizar o espaço mundial?

http://www.siddarthassintent.org/images/phorpa5.jpg

Geografia na tela


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