Revista PQF - Dez/2015

Revista do Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores Nº 02 • Dezembro 2015 • Distribuição Gratuita e Dirigida

FÁBRICAS DE CELULOSE PRIORIZAM EMPRESAS LOCAIS As ampliações das indústrias de celulose melhoraram as expectativas de crescimento econômico no Estado Confira lista das empresas certificadas pelo PQF

Superintendente do IEL fala sobre desafio de gestão

Fiems destaca investimentos bilionários no Estado

Como funciona o PQF O que é o PQF O PQF - Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores é um programa consorciado entre as grandes indústrias, Eldorado, Fibria e Sitrel, chamadas Âncoras, e as instituições do Sistema S; FIEMS, IEL e SEBRAE. Tem por objetivo a qualificação de micro, pequenas e médias empresas de acordo com os requisitos do SGQF:2008 (Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento), norma que compreende todos os requisitos da ISO9001 acrescida de um requisito em Meio Ambiente e um em Saúde e Segurança do Trabalho.

Como funciona

Quem pode participar

É formado um Comitê Gestor do programa, composto pelas industrias âncoras e instituições parceiras. Esse comitê tem a função de dirigir, avaliar e subsidiar o Programa.

São subsidiadas um carga de 220 horas, entre consultorias e treinamentos, ao longo de 9 meses, para que as empresas implementem os requisitos do SGQF. Ao final da implementação, ou, etapa de desenvolvimento, as empresas passam por um período de auditorias de 2 meses para verificação do grau de aderência à norma, etapa de qualificação. Essas auditorias são realizadas pelas próprias industrias Âncoras do Programa.

Verificada a aderência a todos os requisitos da norma as empresas recebem um certificado chancelado por todos os parceiros do Programa e assinado pelo Presidente da FIEMS e pelo Coordenador Geral do programa.

Este certificado tem validade de 2 anos, condicionado à uma auditoria de manutenção intermediária e para cada renovação do certificado também é necessária uma auditoria de recertificação, gerando assim um ciclo perpétuo e virtuoso de qualidade.

Micro, pequenas e médias empresas do município de Três Lagoas, que sejam indicadas ou candidatas desde que aprovada a entrada pelo Comitê Gestor do Programa.

PQF em números

5 173 290 700 12.103 4.304

empresas compradoras (âncoras) empresas fornecedoras participantes pessoas capacitadas em seminários e treinamentos horas de treinamentos executados de 2008 até hoje horas de consultorias em empresas fornecedoras participantes horas de diagnósticos, avaliações e auditorias em empresas fornecedoras participantes

520

empresas envolvidas nas ações de prospecção e eventos de certificação

196

pessoas formadas como Auditoras da Norma ISO9001 nas ações de qualificação do Programa

105

empresas fornecedoras certificadas, sendo 35 na metodologia Básica e 70 na metodologia Avançada (implementação do SGQF)

Informações Tel. (67) 3522.5986 pqf@ms.iel.org.br www.fiems.com.br/iel

EDITORIAL

empregos diretos e indiretos a serem aportados na cidade. A unidade, que atualmente tem capacidade de produção de 1,30 milhão de toneladas de celulose/ano, aumentará sua capacidade produtiva para 3,05 milhões de toneladas de celulose/ano. Ainda temos outros projetos em andamento na cidade que trarão ainda mais oportunidades para os inovadores. É preciso estar preparado para capturar as oportunidades que surgem nestes períodos de incertezas. É nesta linha de atuação que se pauta o PQF; qualificando os fornecedores da região para fortalecimento das cadeias produtivas locais.

Desta linha de atuação podemos citar um case de sucesso através da uma entrevista que trazemos com Issan Fares, proprietário do IF Saúde, relatando a sua vivencia empresarial a partir do ingresso no PQF, destacando a expansão de suas fronteiras de atuação.

Paulo Edson Martins Vieira Coordenador Geral Comitê Gestor do PQF

A palavra de ordem nos meios de comunicação chegou às mais particulares conversas entre amigos; CRISE! Hora se fala em crise econômica, hora em crise política, às vezes nas duas e também de uma potencializando a outra.

Que vivemos um período de dificuldades, isto é fato!

No entanto, é procedente atribuirmos todas as culpas à “crise”?

Ela está presente em todos os aspectos da vida?

O ideograma milenar chinês que representa crise é o mesmo que representa oportunidade! A pergunta aqui é: Vamos assumir o lado da crise ou o da oportunidade?

Apesar de nosso país como um todo estar atravessando um período caótico em seus fundamentos sociais, políticos e econômicos, existem algumas ilhas de oportunidades, Três Lagoas é uma delas!

Um dos maiores projetos em andamento no país, quiçá o maior, está aqui! A Fibria, acaba de lançar a pedra fundamental do Projeto Horizonte 2. Serão investimento 8,7 bilhões de reais! Muitas oportunidades surgirão. Serão cerca de 40 mil

Na linha das entrevistas, trazemos também uma conversa com o José Fernando Gomes do Amaral, novo Superintendente do IEL-MS. Fernando é oriundo do setor financeiro e agregará conhecimento especifico ao PQF, Programa que está sob sua gestão dentro do IEL; Ampliando as informações sobre o Sistema S, nossa revista aborda a expansão das ações bem como do setor industrial no Estado do Mato Grosso do Sul que visam dar suporte às grandes empresas que se instalam e ampliam suas operações no Estado e as ferramentas de capacitação do Sistema FIEMS com uma matéria sobre a ampliação do Senai.

Trazemos ainda informações sobre o crescimento da economia pautada na indústria de base florestal com muitos dados importantes para os empreendedores da região.

Neste exemplar registramos o evento de certificação do PQF ocorrido em abril deste ano, onde foram certificadas mais dezoito empresas, além de mais 26 que mantiveram seus certificados através de auditorias. Essas empresas encontram-se em melhores condições de fornecer para qualquer grande empresa, nacional ou internacional, uma vez que os requisitos atendidos são a base da norma ISO 9001.

Durante o evento também ocorreu o lançamento oficial desta revista com a presença do empresariado locais.

A inovação é um outro campo lembrado, e a Revista PQF leva aos seus leitores um especial sobre como funcionará o Instituto Senai de Inovação e Biomassa em Três Lagoas que dará suporte em pesquisa ao setor industrial, oportunizando maior competitividade ao Estado.

Uma boa Leitura!

Representante: Paulo Edson Martins Vieira Suplente: Luiz Carlos Felippe

Comitê Gestor do PQF O Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores - PQF, é uma ação conjunta das empresas Eldorado, Fibria, Sitrel e as instituições do Sistema S. FIEMS, IEL e SEBRAE. Os representantes de cada uma dessas instituições formam o Comitê Gestor do PQF, que concentra o foro de decisões do Programa.

04 Revista

Representante: Lais Rebucci Suplente: Neil Maia Representante: Rodrigo Maia Suplente: Cintia Shigemoto Representante: José Fernando do Amaral Coordenador Executivo: Hugo Bittar

Coordenador Técnico Claudio Pedrassoli Junior Auditores Diego Almeida Leite Odirlei Aparecido Furlan Ronaldo Adriano Mota Xavier Mariana Pauline Tinós Hernandes Vanilda Arantes Luiz Favoretto Marco Aurélio Galhardi Trajano dos Santos Ana Paula Sakai Barros Claudemir Massami Takahashi Daiana de Lira Pedroso Ilton Luiz Rosa Sena

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SUMÁRIO

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Longen destaca investimentos Pelo menos 13 indústrias anunciaram investimentos da ordem de R$ 33,73 bilhões em Mato Grosso do Sul

Expansão do setor florestal Com expansão do setor, fornecedores ampliam chances de contratos

10

José Amaral que fala um pouco do seu percurso profissional Coroamento de sua carreira e a vontade de com seus conhecimentos em economia e mercado financeiro impulsionar ainda os projetos do IEL

24

Ampliação Senai Três Lagoas

30

Obras vão atender demandas das indústrias de Três Lagoas e de toda a região da costa leste

Revista PQF Ferramenta de divulgação para empresas certificadas

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Inovação Biomassa Inovação para desenvolver tecnologias e garantir mais competitividade ao país

A Revista PQF é a publicação oficial do Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores, dirigida a empresas interessadas nos sistemas de gestão da qualidade desenvolvidos e gerenciados pelo programa.

Diagramação, Arte-final e Execução

Av. Aldair Rosa de Oliveira, 247 Circular da Lagoa - Três Lagoas-MS Tel. (67) 3521.0510 agencia@bg2m.com.br Certificação PQF MS nº 74 - Abril/2014

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Editorial Sarah Minini MTB: 1047 MS Arte-final Gustavo Martins Fotografia Sarah Minini Fotos cedidas

Publicidade Alexandre Gonçalves (67) 3521.0510 cliente@bg2m.com.br Operacional Tatimeire Cordeiro midia@bg2m.com.br

Lançamento Abril de 2015 Tiragem 2.000 exemplares Distribuição Gratuita e Dirigida

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NEGÓCIOS

Rota do Desenvolvimento na Costa Leste reúne mais de 1000 visitantes em três dias de evento A iniciativa do Governo do Estado em parceria com o Sebrae e demais entidades da cadeia produtiva de MS capacita empreendedores da região após três dias de evento.

No mês de novembro, a Rota do Desenvolvimento na Costa Leste movimentou o setor produtivo da região e ofereceu diversas oportunidades de negócios, com cerca de 140 atividades, entre palestras, workshops e capacitações para os micro e pequenos empreendedores.

O evento recebeu representantes de

empresas e instituições oriundas de 11 municípios: Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Selvíria, Aparecida do Taboado, Inocência, Paranaíba, Cassilândia e da sede, Três Lagoas. Durante os três dias de Rota (17 a 19 de novembro), mais de 1000 visitantes passaram

pelo evento, realizado na sede do Sest Senat do município de Três Lagoas.

Esta é a última parada neste ano da Rota - ação do governo do Estado - através do PROPEQ (Programa Estadual de Apoio aos Pequenos Negócios); antes, havia passado por Nova Andradina, Coxim e Dourados.

Todos os eventos juntos receberam Afranio Pissini - Sebrae-MS

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cerca de mais de 4 mil visitantes.

No próximo ano, a iniciativa continua e a previsão é chegar aos municípios de Corumbá e Bonito. “Por meio do PROPEQ, nós estamos proporcionando aos pequenos empreendedores do interior do Estado a chance de sair da informalidade e ter acesso a uma série de oportunidades de negócios com o próprio poder público e

com médias e grandes empresas de Mato Grosso do Sul. Essa ação proporciona o crescimento, geração de emprego e distribuição de renda. É um importante aliado do Rede Solidária”, disse Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade). "É o encerramento, em 2015, de uma iniciativa que se consolidou

como resposta do governo estadual e do setor produtivo à crise econômica. No próximo ano, continuaremos a levar desenvolvimento ao estado com este evento por meio de conhecimento empreendedor e mobilização das classes pública e empresarial", afirma o diretor superintendente do Sebrae em MS, Cláudio Mendonça.

Afranio Pissini - Sebrae-MS

Principais palestras Os destaques da última edição de 2015 ficaram por conta da palestra Desenvolvendo Comportamentos Empreendedores para Aproveitar Oportunidades, do especialista em empreendedorismo, inovação e planejamento, Renato Santos; do Painel Mulher de Negócios - Empreendedorismo Feminino em Pauta, conduzido pela , diretora técnica do Sebrae/MS Maristela de Oliveira França; pela rodada de oportunidades do Fomenta e de Samy Dana Ph.D. em Business, doutor em administração, bacharel e mestre em

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economia, que discorreu sobre os Impactos e Oportunidades da Economia para as Micro e Pequenas Empresas.

A Rota do Desenvolvimento é realizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul/Semade, Sebrae, Sesc, Senac, Senai, Sesi, IEL, Senar, Sest Senat, e Sistema OCB/ MS. Apoiam a iniciativa: Amems, Assomassul, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Faems, Fundect, Prefeitura Municipal de Dourados, Sistema Famasul, Sistema Fecomércio MS, Sistema Fiems e UFMS.

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ESTADO

Longen destaca investimentos de R$ 33,73 bilhões das indústrias em MS Anúncios de investimentos no Estado podem ser creditados à localização privilegiada de Mato Grosso do Sul e aos incentivos fiscais oferecidos pelo Governo

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Pelo menos 13 indústrias anunciaram investimentos da ordem de R$ 33,73 bilhões em Mato Grosso do Sul a partir deste ano e juntas devem gerar até 50 mil empregos diretos e indiretos no Estado. As informações foram repassadas pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen.

Segundo Sérgio Longen, o montante são oriundos de projetos de ampliação e de implantação da:

Segundo Sérgio Longen, o montante são oriundos de projetos de ampliação e de implantação da: Eldorado Brasil

R$ 8 bilhões

CRPE Holding

R$ 8 bilhões

Fibria

R$ 7,7 bilhões

CCR MS Via

R$ 5,5 bilhões

BBCA Group

R$ 1,2 bilhões

International Paper

R$ 900 milhões

ADMBrasil

R$ 750 milhões

CPX

R$ 567,7 milhões

BioUrja

R$ 420 milhões

Grupo Asperbras

R$ 304 milhões

Cargill

R$ 240 milhões

Frigorífico Aurora

R$ 120 milhões

Latasa

R$ 30 milhões

(entre outras indústrias que estão em processo de instalação no Estado).

“Graças a esses investimentos, a situação das indústrias de Mato Grosso do Sul é menos preocupante que as de outras empresas do setor em nível nacional. Temos muitos pontos positivos no Estado e é nessa linha de atuação que estamos tocando

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os grupos de trabalho criados pelo CMC (Comitê de Monitoramento da Crise). Temos investimentos dos mais variados segmentos da indústria em todo o Estado, superando a casa dos R$ 33 bilhões em projetos identificados com grande potencial e que se iniciam ainda neste ano”, garantiu o presidente da Fiems.

Empregos Ele destaca que esses projetos estão sendo implantados e gerarão até 50 mil empregos diretos e indiretos, o que trará uma estabilidade para todo o Estado. “A indústria, para se ter uma ideia, deve apresentar um crescimento nominal do PIB Industrial entre 9 e 12% neste ano, saindo de R$ 12,6 bilhões em 2014 para até R$ 14,2 bilhões em 2015, ou seja, são números bastante significados e é nessa direção que o CMC vai trabalhar, também levando para os municípios do interior ações de desenvolvimento executadas pela Fiems, FecomércioMS, Famasul, Faems e Sebrae/MS, para que tenhamos o resultado menos impactante da crise financeira nacional aqui no Estado”, projetou.

Sérgio Longen acrescente que a edificação das duas novas plantas da Fibria e Eldorado em Três Lagoas devem reaquecer a indústria da construção civil na região, que foi uma das que mais sentiram com a crise, registrando um número expressivo de demissões. “Essas duas novas plantas trarão um sossego aos trabalhadores da construção na região da costa leste do Estado. No entanto, não é somente em Três Lagoas que os bons ventos começam

a soprar, várias indústrias anunciaram investimentos em Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Maracaju, Bela Vista, Chapadão do Sul, Água Clara, São Gabriel do Oeste e Paranaíba. Isso deve contrabalancear as demissões registradas nos últimos meses”, analisou.

O presidente da Fiems reforça que os anúncios de investimentos no Estado podem ser creditados à localização privilegiada de Mato Grosso do Sul e aos incentivos fiscais oferecidos pelo Governo. “O empresário preza muito o fato de o Governo do Estado buscar mais agilidade na concessão dos incentivos, bem como as prefeituras com oferecimento de benefícios. Além disso, é levado em consideração o apoio disponibilizado pelo Sistema Fiems, por meio do Sesi, Senai e IEL, com serviços técnicos e tecnológicos e qualificação profissional”, exemplificou.

Ele destaca que, de certa forma, o setor industrial, com esses investimentos, contribuem positivamente para a economia estadual, gerando mais emprego e melhor renda para os trabalhadores.

“Porém, para garantir uma boa colocação no mercado que se abre, o trabalhador precisa de qualificação, que é importante e somente nessa linha vamos supera a crise no Estado.

O trabalhador deve procurar se qualificar e se requalificar para zelar pelo emprego até porque os benefícios sociais oferecidos pelo Governo Federal já estão sendo revistos.

Nós entendemos que só vamos conseguir vencer a crise com trabalho e planejamento das nossas ações”, finalizou. (Fiems)

09 Revista

ENTREVISTA

Novo superintendente do IEL fala dos desafios de fazer parte do Sistema Nesta edição a Revista PQF traz uma entrevista com o novo superintendente do IEL-MS (Instituto EuvaldoLodi - NR MS), José Amaral que fala um pouco do seu percurso profissional até o Sistema S, a frente do IEL

José Amaral, superintendente do IEL

Para Amaral, seu ingresso no Sistema, significa o coroamento de sua carreira e a vontade de com seus conhecimentos em economia e mercado financeiro impulsionar ainda os projetos do IEL. Grato pela equipe que agora faz parte, ele acredita estar no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas. “Trago para a equipe toda a minha experiência e sucesso em gerir times de alta performance, sempre trabalhei com metas agressivas, entregando produtos de alta qualidade e rentabilidade, tenho a plena consciência que estou no lugar certo e na hora certa”, disse José Amaral, superintendente do IEL-MS.

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Revista PQF - Senhor superintendente como foi sua trajetória até aqui, para agora fazer parte do sistema S? José Amaral: Sou Bacharel em Administração, graduado pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas - EAESP-FGV. Pós graduado pelo CEAG da FGV em Finanças. Minha carreira profissional foi desenvolvida no Mercado Financeiro, com destaque para 11 anos no Banco Frances e Brasileiro, BFB, atuando como Gerente de Negócios em Campo Grande, aqui no Estado. Gerente Geral em Cuiabá, no Mato Grosso e Gerente Geral em Recife, Pernambuco.

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RP - O senhor já havia se envolvido de alguma forma no sistema?

José Amaral: Nunca havia me envolvido com o Sistema Indústria, entretanto no HSBC atuei durante 13 anos, exercendo a posição de Superintendente de Grandes Empresas, no Mato Grosso do Sul, o que me possibilitou ser sensível as necessidades das grandes corporações.

RP - Como foi para o senhor assumir a superintendência?

José Amaral: Assumir a Superintendência do IEL, foi um coroamento da minha carreira profissional, sinto que estou preparado para exercer este cargo e é gratificante ter recebido esse convite por perceber a confiança do Sistema nos meus anos de trabalho.

Novos ventos, nova brisa, novos ares.

RP - Quais as maiores dificuldades iniciais em assumir a superintendência?

José Amaral: As dificuldades iniciais ao assumir este cargo residem em conhecer as estruturas do IEL, seus produtos, serviços, seus clientes e principalmente a integração do IEL com as outras casas do Sistema Industria o Senai e o Sesi, mas o time do IEL é bastante forte e organizado, assim é mais fácil assumir.

RP - Qual a responsabilidade de assumir uma superintendência cheia de conquistas?

José Amaral: A responsabilidade é enorme, pois o IEL é responsável pelo Programa de Estágio, portanto estamos trabalhando com o futuro de muitos jovens, abrindo portas de oportunidade de carreiras que é de fundamental importância para o futuro do nosso país. Também é de suma importância a nossa atuação no desenvolvimento Empresarial, onde o PQF exerce um papel fundamental.

RP - Como o senhor entende as vitórias do PQF, sendo ampliada para a Capital e já em sua segunda edição da Revista?

José Amaral: É um caminho natural trazer o PQF para a Campo Grande, é um programa vitorioso, estabelecido e elogiado pelas empresa participantes, tenho certeza absoluta que será também um sucesso na nossa capital.

RP - Quais os maiores desafios que o senhor acredita encontrar dentro da superintendência?

José Amaral: Os maiores desafios estão em fazer melhor o que já está muito bom, para isso conto com a excelência profissional da nossa equipe, e com o meu expertise de longos anos atuando no Mercado Financeiro.Trago para a equipe toda a minha experiência e sucesso em gerir times de alta performance, sempre trabalhei com metas agressivas, entregando produtos de alta qualidade e rentabilidade, tenho a plena consciência que estou no lugar certo e na hora certa.

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ÇO NOVO ENDERE Av. Aldair Rosa de Oliveira, 247 - Circular da Lagoa Tel. (67) 3521-0510 www.bg2m.com.br agencia@bg2m.com.br

Revista

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AMPLIAÇÕES

SESI, SENAI e IEL apoiarão novas plantas da Fibria e da Eldorado O PQF (Programa de Qualificação de Fornecedores) desenvolvido pelo IEL, com o apoio do Sebrae, já certificou pelo menos 105 empresas nas sete edições do programa Com o anúncio de investimentos no total de R$ 15,7 bilhões nos projetos de ampliação das fábricas da Fibria e da Eldorado Brasil no município de Três Lagoas, o desenvolvimento da cadeia de fornecedores e a qualificação de trabalhadores tornaram-se o eixo central do trabalho do Sistema Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) para apoiar as duas novas plantas de celulose do Estado. "Na implantação de empreendimentos desse porte ou até mesmo na sua ampliação,

primeiramente, o processo passa pela construção civil e montagem, em que há um maior contingente de pessoas a serem qualificadas.

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) possui experiência própria nessa formação", diz o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero.

O diretor destaca, ainda, que o Senai atua em várias frentes - tanto por meio de ações na unidade de Três Lagoas quanto descentralizando as atividades, levando a qualificação

para os bairros ou, até mesmo, ao próprio canteiro de obras da empresa que está realizando a ampliação -, o que só é possível devido às unidades móveis e à infraestrutura de ações flexíveis.

Na parte de operação, o processo da formação começa antes mesmo de concluída a infraestrutura. "Já estão acordadas mais de duas mil capacitações com a Eldorado em diferentes modalidades e, ao longo do processo, podem surgir outras demandas", afirma.

Sérgio Longen, Presidente da FIEMS

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AMPLIAÇÕES

Outra iniciativa que vem sendo utilizada na formação de fornecedores para atender as grandes indústrias de Três Lagoas, o PQF (Programa de Qualificação de Fornecedores), desenvolvido pelo IEL (Instituto Euvaldo Lodi - NR MS) com o apoio do Sebrae (Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) - e que já certificou 105 empresas nas sete edições do programa, gerando mais de R$ 160 milhões de negócios entre fornecedores e grandes empresas no município, conforme informou o, então, superintendente do IEL, Bergson Amarilla. "O PQF tem foco na qualificação dos fornecedores para atender as grandes empresas instaladas no município e o trabalho desenvolvido pelo Sistema está mudando o cenário de Três Lagoas, transformando a região e contribuindo para o nosso desenvolvimento", explica. Ainda conforme o, então superintendente, a qualificação de fornecedores abrange as áreas da construção, serviços hidráulicos e elétricos, hotelaria, recursos humanos, comunicação, alimentos, transporte, entre outros.

Eldorado A Eldorado Brasil já começou o processo de duplicação da sua linha de produção em Três Lagoas; o projeto de engenharia básica está concluído e, neste mês, será iniciada a terraplanagem no local onde será construída a ampliação. O terreno está localizado ao lado da fábrica.

Segundo nota divulgada à imprensa pela Eldorado, a unidade receberá investimentos de R$ 8 bilhões e terá capacidade produtiva de 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano; a estimativa era que o valor de recursos

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Senai atua levando qualificação para os bairros ou, até mesmo, ao próprio canteiro de obras

ultrapassasse os R$ 10 bilhões. O término da obra está previsto para o primeiro semestre de 2018.

Ainda de acordo com a nota, o processo de tomada de preços junto aos fornecedores de equipamentos e tecnologias também se encontra em andamento. Ao todo, serão investidos R$ 8 bilhões na nova fábrica, 70% vindos de linhas de financiamento e 30% de capital próprio (equity).

Com a efetivação desta segunda linha de produção, a Eldorado dá continuidade a seu plano de negócios, com o objetivo de ser a empresa mais competitiva do setor, contemplando três linhas produtivas em Mato Grosso do Sul, futuramente.

Fibria Já segundo a Fibria, o investimento de R$ 7,7 bilhões vai aumentar a produção em 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano; somados à atual, em operação, a unidade de Três Lagoas chegará a uma capacidade total de 3,05 milhões de toneladas/ano, transformando-se

num dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo.

Com isso, a capacidade total de produção da Fibria, considerando todas as suas unidades, passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano.

Ao longo dos dois anos de execução do projeto, serão criados 40 mil empregos diretos e indiretos, sendo que, durante o pico da obra, serão cerca de 10 mil trabalhadores e, quando entrar em operação, a nova linha de celulose da Fibria terá três mil postos de trabalho, diretos e indiretos. A execução do projeto contará com cerca de 60 fornecedores locais e, ao longo das obras, a Fibria irá promover 500 mil horas de treinamento na área florestal e outras 390 mil horas de treinamento na área Industrial, incluindo a preparação da equipe própria e de terceiros. As obras também terão impacto positivo nas finanças públicas, com estimativa de arrecadação de impostos de cerca de R$ 450 milhões durante a construção.

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PARCERIA

IEL e Sebrae reúnem fornecedores para lançar convênio Segundo o superintendente do IEL, José Fernando Amaral, é de extrema importância a manutenção da parceria com o Sebrae

Quarta edição do “Encontro de Fornecedores”

No âmbito do PQF (Programa de Qualificação de Fornecedores), executado pelo IEL (Instituto Euvaldo Lodi) e o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Nacional, foi realizado em julho, no Hotel Druds Express, em Três Lagoas (MS), a quarta edição do “Encontro de Fornecedores”. Na ocasião, foram lançados o convênio de capacitação empresarial para os projetos de pós-graduação em Sistemas de Gestão Integrados, o curso de Gestão Financeira para Pequenos Negócios e o Programa SEBRAE de Desenvolvimento de Fornecedores, este último trata de ações complementares ao PQF. Segundo o superintendente do IEL, José Fernando Amaral, é de extrema importância a manutenção da parceria com o Sebrae para o desenvolvimento Dezembro 2015

do grande polo industrial da Costa Leste de Mato Grosso do Sul, que passa a contar com o novo projeto de pós-graduação e o curso de Finanças para pequenas empresas.

“Acreditamos que, no momento de crise, são ações como essa que podem reverter essa tendência e trazer otimismo responsável para a região”, afirmou. Para o coordenadorgeral do PQF, Paulo Edson Martins Vieira, esse encontro coroa o êxito do trabalho que vem sendo realizado em Três Lagoas. “Essa é uma troca de ideias e uma oportunidade de participar desse projeto de desenvolvimento no atendimento às grandes empresas, agregando novas oportunidades”, reforçou, destacando que o evento serviu também para lançar o Projeto Sebrae de Desenvolvimento de Fornecedores.

Fornecedores O gestor da Otino Empreiteira, Marcos Barbosa, disse que a empresa está no PQF desde 2012 e melhorou em muito a sua atuação no mercado local. “Passamos de pequena a média empresa e a gestão mudou da água para o vinho, melhorando o desempenho e a parte de organização”, comentou.

Já a proprietária da Gold Comunicação Visual, Sayuri Baez, está há 15 anos no mercado de sinalização, placas e adesivos e também destaca o crescimento da empresa graças ao PQF. “Somos uma família PQF e, nesse programa, discutimos problemas e soluções que mudaram totalmente a empresa. Vejo uma preocupação do Programa com os empresários e o comércio local, que nos ajuda no desenvolvimento”, pontuou.

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Hugo Bittar

ARTIGO

PQF, uma ferramenta de desenvolvimento do MS O PQF - Programa de Qualificação de Fornecedores é uma união de esforços entre grandes indústrias e instituições do Sistema S com o objetivo de qualificar grupos de empresas, em geral de pequeno porte, pertencentes à cadeia produtiva destas mesmas grandes indústrias.

O esforço consiste em subsidiar treinamentos, consultorias e até mesmo auditorias para qualificar o grupo de fornecedores dentro das áreas ou normas requisitadas como premissas para o fornecimento, tendo por base uma metodologia própria desenvolvida pelo IEL-ES em conjunto com as empresas mantenedoras naquele estado a qual foi adaptada. Os subsídios são compostos de parte financeira e parte econômica, com cessão de equipe técnica para auxílio aos trabalhos.

As grandes indústrias instaladas no município de Três Lagoas movimentam um conjunto enorme de pequenas empresas que formam uma rede chamada Cadeia de Suprimentos (Supply Chain).

Por sua vez essas cadeias carecem de fornecedores locais que atendam aos requisitos básicos de contratação. Para maximizar os esforços no sentido de preparar essas empresas locais para o atendimento às exigências das grandes indústrias fora estabelecido, no ano de 2008 em Três Lagoas, o primeiro Programa de Qualificação de Fornecedores do Estado, o PQF. Fruto da parceria entre VCP (atual Fibria), InternationalPaper, SEBRAE e IEL, posteriormente também aderiram ao Programa a Eldorado Brasil, a Sitrel - Votorantim Siderurgia, a UTE LCP Petrobrás e a Prefeitura Municipal de Três Lagoas. O PQF de fornecedores comprova sua eficácia na preparação de cadeias produtivas desde o ano de 2008, gerando ganhos extraordinários, tanto para as empresas fornecedoras participantes do programa, como para a economia do município, de acordo com o banco de dados do próprio programa foram registrados mais de 300 milhões de reais em compras locais (considerando apenas 16 Revista

fornecedores qualificados no Programa).

Importante salientar que o Programa foi executado em suas duas versões, Básica e Avançada. A metodologia Básica trata de regularizações e adequações de gestão pertinentes ao bom funcionamento de uma empresa, buscando torná-la sustentável. A partir de 2011, houve então a supracitada parceria do IEL MS com o IEL Espírito Santo e a Fibria (Âncora do Prodfor no ES) para a assimilação da metodologia de implantação do SGQF - Sistema de Gestão da Qualidade em Fornecimento, gerando o PQF Avançado, ou Nível II. Em 2013, a metodologia também passou a ser incorporada pelo IEL Nacional, sendo disponibilizada à outros núcleos regionais.

Para o biênio de 2015 e 2016 ainda de acordo com dados do programa, já foram firmados mais de 150 milhões de reais em contratos de execução, acarretando em paralelo a geração de impostos e divisas para o município. Também foram criados 250 empregos diretos nas empresas participantes e estima-se que será gerado mais 700 empregos indiretos frutos da geração de renda. Com relação ao desenvolvimento de empresários e colaboradores, foram treinadas e capacitadas nas mais diversas áreas da gestão mais de 400 pessoas e, certificadas em sistemas de gestão da qualidade 105 empresas. Com o PQF, essas empresas estão mais preparadas para enfrentar a forte concorrência globalizada por meio das melhorias implementadas, garantindo sua presença e constante evolução no mercado competitivo.

Dentro de um cenário em que o mercado encontra-se em constante variação, o aperfeiçoamento e capacitação através de treinamento e acompanhamento de técnicos especialistas, possibilita às empresas e seus respectivos colaboradores à procurar soluções que fogem de um viés simplista, sem uma análise prévia da situação como um todo, e assim passando a pensar em soluções

lógicas e baseadas no cenário que se apresenta a empresa que proporcionarão não só resultados financeiros mas a satisfação dos envolvidos no processo e principalmente dos clientes, sejam eles finais ou intermediários.

Com os resultados auferidos até aqui, cria-se um cenário diferenciado que nos leva a refletir o quão potencializados poderiam ser estes resultados no caso de uma estadualização do Programa, onde os benefícios conhecidos poderiam ser multiplicados em outras regiões industrializadas do Estado, carentes de fortalecimento de suas cadeias de abastecimento.

Dentro deste contexto vale citar a definição de economia de Cordeiro (2004), que a define como sendo uma ciência social que analisa a forma que o indivíduo e a sociedade decide empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas, sendo assim podemos considerar que o PQF auxilia as empresas existentes a enxergarem melhor as oportunidades e apresentam opções e caminhos a serem seguidos, guiados por técnicas que reduzem as possibilidades de falhas.

Concluindo, o PQF constitui-se em oportunidade para que as instituições públicas e privadas, interessadas em fortalecer a economia do Estado, possam atuar de forma a garantir que as empresas de pequeno e médio porte se qualifiquem para enfrentar a concorrência, que é impactada, sobretudo pela gestão não adequada e pela falta de tradição em fornecimento de produtos e serviços com alto grau de especificações e exigências, motivo pelo qual existam tantas empresas sem algumas certificações internacionais, certificações estas que possibilitariam a entrada em novos mercados. Para tanto é fundamental a adesão de novas Âncoras ao Programa no Estado, pois são estas que dão fundamento e creditam a certificação do PQF. Dezembro 2015

CELULOSE

Com expansão do setor florestal, fornecedores ampliam chances de contratos As ampliações das indústrias de celulose melhoraram as expectativas de crescimento econômico no Estado

Dezembro 2015

Em Três Lagoas, o ensinamento sobre plantar árvores é levado muito a sério, pois o estudante sabe que, por detrás de cada muda, pode estar reservado seu futuro; ele pode escolher, a partir desses ensinamentos, uma carreira profissional na área. São 250 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas na região, que fazem parte dos 800 mil plantados em todo o Estado. Portanto, hoje já se formam gerações de engenheiros, técnicos e operadores, acreditando no seu futuro dentro da indústria de base florestal.

A região se desenvolve por meio da indústria de base produtiva florestal desde a década de 80, e vem se estabelecendo ao longo dos anos. O último anúncio de que as duas gigantes da celulose (Fibria e Eldorado) mais que dobrarão suas produções, nos próximos anos, prova que Três Lagoas poderá manter o título de Revista

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metrópole global da celulose. Com as duplicações, elas fornecerão, juntas, 8 milhões de toneladas por ano, para todo o mundo.

A indústria com base na cadeia produtiva florestal será responsável por 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, e por 2% do PIB nacional. Além das duas fábricas de celulose em Três Lagoas, há, ainda, a previsão da fábrica de Ribas do Rio Pardo, com capacidade de 2,2 milhões de toneladas anuais, um investimento de R$ 8 bilhões.

Outros empreendimentos no segmento florestal fazem a região forte no setor, como a fábrica de MDF da Asperbras, a ser implantada em Água Clara. Os investimentos no plantio de florestas somam

R$ 75 milhões, e no projeto da fábrica de MDF, R$ 300 milhões para a instalação industrial, que conta com o apoio do governo sul mato-grossense. Em Cassilândia, também se aguarda o “Complexo da Borracha”, um projeto em desenvolvimento desde 2010 e que pode tornar o município responsável por 25% de toda a produção nacional de borracha. No projeto, assinado pela Cautex, já foram aplicados R$ 300 milhões - e devem ser injetados no município cerca de R$ 2 bilhões.

Ainda mais árvores Com todos esses empreendimentos, Mato Grosso do Sul vai atingir a marca de 1 milhão de hectares plantados até o fim de 2017. O presidente da Reflore - MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Moacir Reis, afirma que essa meta estava prevista inicialmente - para 2020.

No entanto, a demanda por florestas plantadas aumentou e houve uma aceleração do plantio, o que deve ter continuidade nos próximos anos

devido ao anúncio de duplicação da Eldorado Brasil e da Fibria, além da construção da fábrica de MDF em Água Clara e de uma terceira fábrica, em Ribas do Rio Pardo. “Na pior das hipóteses, chegaremos à esta marca em 2018, mas, sem dúvida, antes de 2020”, acrescentou Reis.

A presidente executiva da IBA (Indústria Brasileira de Árvores), Elizabeth de Carvalhaes, disse que Mato Grosso do Sul tem registrado, anualmente, um crescimento de 24% na área plantada. Ela considerou o número como “acima da média” e ressaltou que, nacionalmente, o ritmo atual é de construção de uma fábrica de celulose a cada dois anos.

De acordo com a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), em 10 anos, a área cultivada com florestas plantadas cresceu de 90 mil para 820 mil hectares. O Estado já é o terceiro maior plantador em volume de área de eucalipto no Brasil. Em 2014, o setor respondeu por mais de R$ 1 bilhão nas exportações locais, quase 30% da receita total da exportação de produtos industriais, segundo o levantamento do Radar Industrial da Federação.

Empreendimentos As ampliações da Fibria e da Eldorado, juntas, somarão investimentos de R$ 15,7 bilhões para Três Lagoas, o que já representa, para a região, a expectativa de geração de renda direta e indireta. Para Sergio Longen, presidente da Fiems, as ampliações consolidam o município como "capital mundial da celulose", e são mais uma demonstração de como o setor industrial do Estado está superando a crise econômica nacional. "Os investimentos têm sido o caminho 18 Revista

para expandir o crescimento, e os negócios estão acontecendo. Isto é uma demonstração clara de que a melhor rota para sair deste mau momento é acreditar e trabalhar para que os investimentos aconteçam. Esse anúncio da Fíbria em Três Lagoas, com mais de R$ 7 bilhões de investimentos, comprova que, dessa forma, vamos superar esta fase”, afirmou.

Para Longen, tais empreendimentos mostram que Mato Grosso do Sul, além de ter vocação para a produção Dezembro 2015

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de celulose, principalmente na região de Três Lagoas, ainda ensinam ao Brasil que a melhor forma de superar as dificuldades de produção, que afetam a competitividade, é gerar emprego e ampliar a produção. “É importante destacar, também, que isso é fruto da busca das indústrias por parceiros no exterior", completou.

De acordo com Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, o PIB Industrial do Estado pode ter um incremento de 3% apenas com esses dois investimentos. A ampliação da Fibria é, atualmente, o maior investimento do Brasil com recursos próprios.

Ampliação da Fibria O investimento de R$ 7,7 bilhões vai aumentar a capacidade de produção em 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano, que, somados à atual, em operação, a unidade de Três Lagoas chegará a uma capacidade total de 3,05 milhões de toneladas/ano, transformando-

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O último anúncio de

que as duas gigantes da celulose (Fibria e Eldorado) mais que dobrarão suas produções, nos próximos anos, prova que Três Lagoas poderámanter o título de metrópole global da celulose.

se em um dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo. Com isso, a capacidade total de produção da Fibria, considerando todas as suas unidades, passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano, o que a manterá com o título de maior produtora de celulose do mundo.

O presidente da empresa, Marcelo Castelli, afirmou que, ao longo dos dois anos de execução do projeto, serão criados 40 mil empregos diretos e indiretos, sendo que, durante o pico da obra, serão cerca de 10 mil trabalhadores. Quando entrar em operação, a nova linha de celulose da Fibria terá 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos. "A ampliação da unidade de Três Lagoas segue a estratégia de crescimento com

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disciplina da Fibria, que considera uma janela de oportunidade para a entrada de nova capacidade de produção de celulose no mercado, em 2018. É com muito orgulho que estamos fazendo esse grande investimento no Brasil, com foco no mercado exportador, contribuindo para a balança comercial brasileira, gerando empregos, melhoria na qualidade de vida e desenvolvimento local, regional e para o País", afirmou Castelli.

Paulo Silveira, Diretor Industrial da Fibria, afirmou que, inicialmente, a execução do projeto contará com cerca de 60 fornecedores locais; o número é baseado na primeira planta. No entanto, acredita-se na possibilidade de este número ser ampliado, já que, atualmente, Três Lagoas possui mais fornecedores, com maior diversidade de serviços e que, no decorrer dos anos, foram qualificados.

“Já alinhamos com todas as áreas da empresa para que se utilizem, preferencialmente, fornecedores locais, porque é prerrogativa da Fibria compartilhar seu crescimento com a comunidade local. Este procedimento faz parte do nosso plano de sustentabilidade”, afirmou o gerente.

Ao longo das obras, a Fibria irá

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promover 500 mil horas de treinamento na área florestal e outras 390 mil horas de treinamento na área industrial, incluindo a preparação da equipe própria e de terceiros. As obras também terão impacto positivo nas finanças públicas, com estimativa de arrecadação de impostos de cerca de R$ 450 milhões durante a construção.

Ampliação da Eldorado A previsão da companhia do grupo JBS é de que a segunda linha comece a operar no primeiro semestre de 2018.

“Após a conclusão das obras, teremos, novamente, a maior linha de fabricação de celulose de fibra curta do mundo, e também criaremos em Três Lagoas o maior complexo industrial do segmento”, afirma o CEO José Carlos Grubisich.

Atualmente, a Eldorado tem a capacidade média de produção de 1,650 milhão de toneladas/ ano, com autorização de produzir até 1,7 milhão de toneladas/ano.

A nova fábrica prevê produzir

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2 milhões de toneladas/ano, com autorização de produzir 2,3 milhões de toneladas. Somadas as duas fábricas, a expectativa inicial é de produzir 3,7 milhões de toneladas, com possibilidade de superar 4 milhões de toneladas.

“Trata-se de mais um passo decisivo para colocar a Eldorado como líder no setor de celulose, combinando competitividade, inovação e sustentabilidade”, ressalta Grubisich.

Demanda crescente de empregos O número de trabalhadores que atuam no setor de florestas deve aumentar expressivamente com a ampliação das fábricas de celulose Eldorado Brasil e Fibria em Três Lagoas. De acordo com Otony Ávila Ornelas, diretor de departamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, atualmente, essas fábricas empregam 4,8 mil trabalhadores diretos e indiretos.

“Acredito que o número de funcionários deve chegar a 3,6 mil em cada uma dessas indústrias”, disse.

O setor de florestas é um dos responsáveis por manter a economia do município aquecida: 40% dos impostos arrecadados pela Prefeitura vêm desse segmento. A extensão de florestas no município chega a 250 mil hectares. “Este é um setor muito representativo,

pois gera renda, emprego e, consequentemente, aquece a economia local por meio do consumo de serviços e produtos”, reforçou Ornelas.

Sistema “S” deve disponibilizar 82 novos cursos para Três Lagoas A grande demanda industrial de Três Lagoas requer muitos investimentos, ainda mais com os recentes anúncios e possibilidades de ampliações do setor florestal.

Desta forma, como parte do programa de educação profissional do Sistema Fiems para Mato Grosso do Sul, Sérgio Longen anunciou a oferta de 125.784 vagas em 311 cursos de educação profissional do Sesi (Serviço Social da Indústria), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi), a maioria gratuitos, distribuídos por 52 cidades - além de R$ 140 milhões em obras de modernização, ampliação e construção de unidades do Sesi e do Senai em Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Naviraí, Nova Andradina e Sonora.

Ainda como parte da programação, Longen informou sobre a realização de palestras com o publicitário Washington Olivetto e com o economista Ricardo Amorim, além da Ação Global 2015.

Do total de vagas, 90.193 serão disponibilizadas pelo Senai em

Como parte do programa de educação profissional do Sistema Fiems para Mato Grosso do Sul, Sérgio Longen anunciou a oferta de 125.784 vagas em 311 cursos de educação profissional.

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228 cursos nas modalidades de educação profissional técnica de nível médio, qualificação profissional, iniciação profissional, especialização profissional, superior e pós-graduação, distribuídos por 52 municípios do Estado. O Sesi oferece 25.017 vagas em 62 cursos nas modalidades de educação, saúde, saúde e segurança no trabalho, responsabilidade social e estilo de vida saudável, distribuídos por 7 cidades, enquanto que, no SENAI, são 10.574 vagas em 22 cursos nas mais diversas modalidades distribuídas por 29 municípios. É prevista, também, a criação de um grupo de trabalho formado pela Fiems, IEL e Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a fim de atuar na busca de oportunidades e na valorização das empresas locais para vender ao setor público federal, estadual e municipal. “Também continuaremos com ações junto ao Ministério do Trabalho e Emprego para readequar as normas regulamentadoras (NRs), que vêm trazendo grandes transtornos ao setor industrial do Estado”, pontuou Longen.

PQF deve atender demandas das ampliações Observando o cenário geral, o “Sistema S” já vinha desempenhando ações junto ao Senai e IEL, tanto para preparar a mão de obra, quanto para preparar o fornecedor local, a fim de atender corretamente as industrias aqui instaladas.

“O PQF tem foco na qualificação dos fornecedores a fim de atender as grandes empresas instaladas no município, e o trabalho desenvolvido pelo Sistema está mudando o cenário de Três Lagoas, transformando a Dezembro 2015

região e contribuindo para o nosso desenvolvimento” disse Longen.

Segundo o presidente da Fiems, a qualificação de fornecedores abrange as áreas de construção, serviços hidráulicos e elétricos, hotelaria, recursos humanos, comunicação, alimentos, transporte, entre outros setores.

Neste ponto, a qualificação é necessária. A Fibria já afirmou, por meio de seu diretor industrial - Paulo Silveira - que as lideranças da empresa foram alinhadas para que, neste momento de ampliação, sejam usados, preferencialmente, os fornecedores de Três Lagoas.

Oficialmente, houve o anúncio de que, de início, seriam 60 os fornecedores locais para atender as demandas – porém, a expectativa é de que o número seja maior.

“Calculamos 60 fornecedores, usando como referência as obras da construção da primeira linha de produção, mas o cenário mudou e temos fornecedores totalmente aptos a nos atender.

Inclusive, em parceria com o IEL, atuamos em Três Lagoas com o PQF, em que temos mais de 100 empresas auditadas em controle de qualidade, o que deverá representar um bom incremento financeiro aos fornecedores locais”, explicou.

Ao longo dos 8 anos de execução do Programa foram gerados mais de R$ 300.000.000,00 em negócios dentro do grupo qualificado. A Eldorado Brasil também sinalizou positivamente quando à utilização de fornecedores de Três Lagoas, no processo de construção da segunda linha de produção, e ressaltou que já é cultura da empresa empregar serviços, empresas, fornecedores e mão de obra locais.

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INAUGURAÇÃO

Com investimento de R$ 6 milhões, Longen inaugura ampliação do Senai Segundo Sérgio Longen, essas obras vão atender as demandas das indústrias de Três Lagoas e de toda a região da costa leste de Mato Grosso do Sul

Cerimônia integrou a programação de “Maio Mês da Indústria - Indústria Resistente”

Com investimento de R$ 6 milhões, além de mais de R$ 4 milhões em equipamentos, o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, entregou no mês de maio em Três Lagoas (MS), as obras de reforma e ampliação do Senai e entregou os certificados para 500 alunos formados em 31 cursos de qualificação profissional.

"No mês da indústria, estamos em Três Lagoas, município que lidera o desenvolvimento industrial do Estado, inaugurando a reforma e ampliação e formando todos esses jovens. Como agentes de apoio ao setor empresarial, buscamos 24 Revista

atender a demanda das empresas", declarou, lembrando que a cerimônia integrou a programação de "Maio Mês da Indústria Indústria Resistente".

A reforma e ampliação do Senai de Três Lagoas inclui a construção de laboratórios de gás natural, de normas regulamentadoras e de informática, laboratório de primeiros socorros e de um anfiteatro para 80 lugares, além da reforma dos laboratórios de química e implantação do laboratório de papel, do laboratório de celulose e do laboratório de mecânica diesel e

manutenção de máquinas florestais.

Ainda foi construído um bloco com dois pavimentos, amplo lounge, plataforma elevatória, 13 salas de aula, sala de instrutores, copa e banheiros normais e adaptados.

Segundo Sérgio Longen, essas obras vão atender as demandas das indústrias de Três Lagoas e de toda a região da costa leste de Mato Grosso do Sul, em especial, às novas plantas da Fibria e Eldorado Brasil. "A nossa unidade do Senai de Três Lagoas já presta atendimento às grandes indústrias da cidade e passou por essa ampliação para melhorar ainda mais esses serviços", afirmou, agradecendo à parceria com essas duas grandes indústrias e entregando uma placa de homenagem para o presidente da Eldorado, José Carlos Grubisich, que foi representado pela gerente de sustentabilidade Luciana Bortoluci.

Para a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, é uma grande satisfação receber tantos investimentos por parte do Sistema FIEMS. "Estamos desfrutando de tantos benefícios. Se temos isso é por conta da credibilidade do nosso povo, que quer a qualificação.

Também devemos isso à coragem e empenho do empresário Sérgio Dezembro 2015

Longen e sua diretoria na FIEMS", disse. Já o diretor da Federação, Jose Paulo Rímoli, salientou que os investimentos do Sistema Indústria favorecem a atração de indústrias para Três Lagoas. "Sem isso o município não poderia ter indústria, agora temos mão de obra qualificada em abundância", analisou.

O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, destacou que o momento representa capacidade ampliada.

"Ampliamos para atendermos os novos desafios, que já estão presentes, graças ao anúncio de ampliação da Fibria e Eldorado.

O Senai vive de desafios e todos são bem-vindos, pois ajudam a impulsionar o desenvolvimento do Estado. Este é um momento de comemorar", afirmou.

Também participaram da cerimônia o 2º vice-presidente da FIEMS, José Francisco Veloso Ribeiro, o superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, o prefeito de Brasilândia, Jorge Justino Diogo, o prefeito de Selvíria, Jaime Soares Ferreira, e o prefeito de Água Clara, Silas José da Silva.

Certificados Ainda durante a cerimônia, o presidente da FIEMS entregou os certificados de conclusão de cursos para 500 alunos de 31 cursos do Senai, tais como ajustador mecânico, assistente administrativo, assistente de planejamento e controle de produção, auxiliar administrativo, auxiliar de recursos humanos, cadista para a construção civil, caldeireiro, costureiro industrial do Dezembro 2015

vestuário, desenhista da moda, desenhista mecânico, eletricista industrial, eletricista instalador residencial, entre outros.

Para Altamir Romero Fernandes, que fez o curso de soldador no processo eletrodo revestido em aço carbono, destacou a qualidade da qualificação e os benefícios de ter participado.

"Sinto-me pronto para o trabalho, o curso foi excelente e como vejo que a indústria tem futuro aqui, pretendo trabalhar em uma delas", disse. Sandra Cristina Gomes da Silva recebeu o certificado de conclusão do curso de eletricista instalador residencial e disse que faz o curso técnico de eletrotécnica e que os conhecimentos vão se completar.

"Tenho um grande sonho de trabalhar na indústria nessa área.

Estou muito feliz por conseguido concluir o curso", pontuou.

Para as indústrias locais, os novos profissionais são imprescindíveis. "Quando ocorre esse tipo de momento, com tantos jovens qualificados, todos nos ganhamos. Isso eleva o nível da região", disse a gerente de sustentabilidade da Eldorado Brasil, Luciana Bortoluci. O coordenador de fábrica da Fibria, Alberto Antonio Resende, compartilha da mesma opinião.

"O Senai sempre participando do desenvolvimento. Hoje, esses novos profissionais têm grandes perspectivas de trabalho no indústria", assegurou. O gerente industrial da Sitrel, Rafael Latini França, salientou a parceria do Senai com a indústria. "O trabalho do Senai de formar profissionais fomenta o desenvolvimento", afirmou.

Revista

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QUALIFICAÇÃO

Seminário inaugural: nova turma do PQF Os seminários da 5ª turma do PQF (Programa de Qualificação de Fornecedores) em Três Lagoas estão a todo vapor. O programa, que visa qualificar fornecedores para atender empresas âncoras, é realizado em parceria com o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), tendo o apoio da Fibria e da Sitrel (Siderúrgica Três Lagoas).

Segundo o coordenador de projetos do IEL - MS (Instituto Euvaldo Lodi), Hugo Bittar, o primeiro encontro ocorreu em maio, nas salas de treinamentos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Três Lagoas, quando foi realizado o curso inicial, ministrado pelo coordenador de Sistemas de Gestão da Fibria e coordenador técnico do PQF, Cláudio Pedrassoli. “O curso inicial conta com 43 participantes, de 27 empresas. Vale destacar que, paralelamente ao curso inicial, também teve início o diagnóstico para verificação do grau de gestão da empresa”, declarou Bittar.

No seminário inaugural, Pedrassoli falou sobre a importância do comparecimento às aulas e como nivelar suas atividades dentro dos mesmos procedimentos das grandes empresas pode ser decisivo num processo de contrato. Mais que visar prestar serviços às grandes indústrias do município, é importante que os fornecedores acreditem na qualificação como forma de alavancar seus negócios, sabendo que, a partir do PQF, a empresa estará apta para atender qualquer corporação. É importante ressaltar que os procedimentos apresentados pelo PQF pretendem tornar a empresa

Paulo Edson Martins Vieira, coordenador geral do PQF e gerente de suprimentos da Fibria, ressaltou a que nível as empresas podem chegar se pautarem seu desenvolvimento pelos procedimentos do programa

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É importante ressaltar que os procedimentos apresentados pelo PQF pretendem tornar a empresa mais organizada, sem desperdícios, otimizando todos os sistemas.

mais organizada, sem desperdícios, otimizando todos os sistemas. Esses padrões são internacionais e devem ser vistos como crescimento para a empresa. Os empreendedores devem ter em mente que o PQF beneficiará toda a empresa, de forma integral.

O coordenador geral do PQF e gerente de suprimentos da Fibria, Paulo Edson Martins Vieira, compareceu à aula inaugural e apresentou todas as dificuldades de implantação dos procedimentos do PQF, entretanto, ressaltou a que nível as empresas podem chegar se pautarem seu desenvolvimento pelos procedimentos do programa. “Fácil não é. Se fosse fácil, não seria um diferencial, e esse diferencial deve ser buscado pelo crescimento da fornecedora, independentemente da busca pelo contrato. Estamos preparando os fornecedores, sim, para atender grandes indústrias de padrões internacionais; entretanto, mais do que isso, estamos preparando as fornecedoras para o mercado, seja ele qual for. Aprendendo e aplicando os processos, a empresa passa a ter mais capacidade comercial e pode explorar mercados além da região”, finalizou Paulo Edson.

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FIBRIA

Projeto Horizonte 2 terá um dos maiores investimentos privados do país Empresa irá tornar-se um dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo

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caustificação e forno de cal.

“Além da Andritz, a Fibria também negociou o fornecimento da infraestrutura, os turbogeradores (Siemens), o gerenciamento das obras (Time Now), as válvulas automáticas (Flowserve), os instrumentos (Yokogawa), as bombas centrífugas (Sulzer), todo o sistema de transmissão e distribuição de energia (Asea Brown Boveri - ABB), que inclui subestação primária, motores, central de controle de motores (CCM) e transformadores, e BOP - Balance of Plant (Pöyry).A companhia também firmou contrato com a empresa Veolia para o Pacote das Ilhas de Águas, que prevê a construção de três unidades. O Pacote da Planta

Química foi contratado junto à empresa AkzoNobel, que prevê a construção de uma planta de produção de dióxido de cloro com capacidade de 60t/d e tancagens de produtos químicos, todos utilizados no processo de branqueamento da celulose. A reforma da caldeira de força está sob responsabilidade da Valmet”, diz.

www.fibria.com.br

Recentemente a Fibria lançou o Projeto Horizonte 2, um dos maiores investimentos privados do país.

São R$ 8,7 bilhões e irá aumentar a capacidade de produção em Mato Grosso do Sul, com as duas plantas, para 3,05 milhões de toneladas/ano.

Com essa ação, a empresa irá tornarse um dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo.

Para o diretor de Engenharia e Projetos, Júlio Cunha, “a capacidade total de produção da Fibria, considerando-se as suas unidades, passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano”, ressalta.

Questionado sobre como está o andamento e também os principais contratos firmados de fornecimento, Cunha disse que já foram assinados, como um acordo com o Grupo Andritz para o fornecer o pacote de pátio de cavacos, linha de fibras (cozimento, lavagem e branqueamento), máquina de secar, caldeira de recuperação, evaporação,

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Fornecedores locais A execução do Projeto Horizonte 2 contará com cerca de 60 fornecedores locais e um impacto positivo nas finanças públicas, com arrecadação de impostos estimada no valor de R$ 450 milhões durante a construção. A Fibria também tem orientado seus fornecedores para que, sempre que possível, priorizem a contratação de mão de obra local.

Expectativa Um projeto de grande porte como esse requer, além de mão de obra qualificada, comprometimento e boas práticas de gestão.

“Muitos trabalhos, ao longo dos dois anos de execução, irão ocorrer. São cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos. Durante o pico da obra, serão cerca de 10 mil trabalhadores.

Quando entrar em operação, no último trimestre de 2017, a nova linha de celulose da Fibria terá 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Diferente do início da construção da Fibria, hoje a cidade conta com uma boa quantidade de pessoas que já fizeram cursos técnicos voltados para a área.

A Fibria foi a precursora do negócio florestal e da indústria de celulose na cidade e na região, fomentando a qualificação de mão de obra especializada que atendeu as demandas de Três Lagoas e das cidades no entorno.

Com o apoio do Senai/MS e do Sistema S, para a fase de construção da fábrica foram qualificadas profissionalmente 4 mil pessoas. Outras 250 pessoas participaram de cursos técnicos para operar a fábrica.

Dessas, 120 foram contratadas pela empresa e, posteriormente, mais 60, que fizeram um curso pós-técnico”, finaliza.

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Revista

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PUBLICAÇÃO

Revista PQF: ferramenta de divulgação para empresas certificadas Comitê Gestor do PQF lançou, em Três Lagoas, a Revista PQF - mais uma ferramenta para o empresário da região conhecer os melhores fornecedores e divulgar a importância de ser certificado

Revista PQF: toda edição também informará quais são as empresas certificadas

O mercado extremamente competitivo faz com que as melhores oportunidades sejam conquistadas por aqueles que buscam se qualificar.

No setor empresarial, aplica-se a mesma prática, considerando a necessidade de haver uma boa gestão a fim de baixar custos e ser mais eficiente. Para essa finalidade, o Comitê Gestor do PQF lançou, em Três Lagoas, a Revista PQF - mais uma ferramenta para o empresário da região conhecer os melhores fornecedores e divulgar a importância de ser certificado.

Fundado em 1998, no Espírito Santo, 30 Revista

o Prodfor (Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores) deu origem ao PQF (Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores) em vários Estados da Federação, inclusive Mato Grosso do Sul. Em nível nacional, os Programas reúnem 225 empresas compradoras (empresasâncora), 3.310 empresas fornecedoras participantes e 19.430 empresas participantes nas ações de prospecção e geração de negócios, de acordo com os dados do cadastro do IEL Nacional.

Atualmente, o programa está organizado em 17 estados e

tem como um de seus maiores trunfos o aumento da eficiência dos fornecedores, que são capacitados nas mais modernas técnicas de gestão, e das empresas compradoras, que passam a dispor de mais opções na hora de comprar.

Para ampliar a possibilidade do atendimento ao desenvolvimento e à qualificação dos fornecedores, o PQF pode ser executado em dois níveis: Básico e Avançado.

Em Três Lagoas, o IEL MS começou a desenvolver o PQF em abril de 2008, contando com diversas parceiras - entre elas, a Fibria e a Sitrel (Siderúrgica Três Lagoas), que permanecem, até hoje como âncoras do programa, oferecendo auxílio para a implementação de ferramentas que padronizam a rotina das empresas, gerando ganhos de eficiência para o micro, pequeno ou médio empresário. Lançada na ocasião da formatura da quarta turma do PQF Avançado, a Revista PQF chegou com grande expectativa entre as empresas que já possuem a certificação e estão no programa desde o início de sua implantação.

Na ocasião, o diretor da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), José Paulo Rímoli, representando o presidente Sérgio Dezembro 2015

Longen, afirmou que o programa trouxe muitos benefícios a Três Lagoas e região e, certamente, a revista documenta o sucesso do PQF e o leva às mãos de outros empresários que ainda não o conhecem. "Para qualificar mão de obra, o Senai e, o PQF, focou na qualificação dos fornecedores para atender as grandes empresas instaladas no município.

Já possuímos algumas formas de comunicação com o empresário como, por exemplo, a MS Forte; um novo veículo só vem agregar e possibilitar mais conhecimento aos empresários.

Esse trabalho muda e transforma o cenário da região da Costa Leste do Estado, porque qualificar é educar,

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e a revista convida os empresários a participarem desse desenvolvimento", declarou o empresário. No âmbito do PQF Avançado, o número total de empresas certificadas, até agora, já chega a 70.

Segundo o coordenador de projetos do IEL, Hugo Bittar, estes são momentos importantes que demonstram a consolidação do programa. "As empresas que desejarem fornecer seus produtos e serviços para as grandes indústrias podem buscar a qualificação através do PQF. A Revista PQF mostra o amadurecimento do programa no Estado, uma vitrine construída em parceria, recordando que o PQF está em andamento há sete

anos. No período de 2008 a 2014, foram certificadas, em todas as modalidades do PQF, 105 empresas da região", comemorou.

A Revista PQF traz informações pertinentes ao programa, como agenda de cursos que fomentem o desenvolvimento pessoal e profissional dos empreendedores da região. Toda edição também informará quais são as empresas certificadas, com endereço e demais contatos das fornecedoras; desta forma, o veículo funcionará como portfólio, por meio do qual os empresários estarão à disposição como referência na prestação de serviços.

Revista

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CASE

IF Saúde: crescendo junto e em parcerias Empresário nota diferença no comportamento de líderes que estão participando das ações do PQF O médico de Saúde do Trabalho, Issam Fares Junior, proprietário do IF Saúde afirma que o acesso ao PQF foi muito oportuno, pois no mesmo momento a empresa iniciou uma série de procedimentos de ascensão e expansão dos negócios e percebeu que necessitava de mais organização para crescer ordenadamente.

“Devido à cultura regional, sempre tivemos muitas dificuldades no gerenciamento de pessoas. O treinamento de pessoal sempre foi muito complexo. Sempre precisamos de pessoas que vistam a camisa e nem sempre é o que acontece, o que nos coloca uma dificuldade de formalizar procedimentos. O PQF vem ao encontro disso, pois colocamos nossos líderes para fazer os cursos e andar junto com os consultores.

Hoje são eles que empurram os outros funcionários, impulsionandoos a trabalhar de maneira mais ordenada”, aponta o médico.

no processo de sensibilização do pessoal, para que desde já assimilem o desenvolvimento do IF. Sabemos que ainda vamos percorrer um longo caminho, mas pelo menos com mais tranquilidade, já que estaremos ancorados em procedimentos mais sólidos”, afirma o médico.

Histórico da empresa A IF foi fundada em janeiro de 2000.

Farias afirma que sempre foi bastante difícil alcançar a qualidade desejada.

“Me formei em Medicina, em São Paulo. Na sequência, retornando a Três Lagoas, diante do início do desenvolvimento com os alicerces na industrialização, percebi esse nicho de negócio. Retornei a São Paulo, onde fiz especialização em Medicina do

Trabalho. Um ano depois retornei e abri a IF Saúde. Desde estão venho atuando para ter uma empresa diferenciada neste segmento”, explica Fares.

Embora a empresa seja conceituada atualmente, atendendo às demandas das indústrias em Medicina do Trabalho e na prestação de serviços ambulatoriais dentro do ambiente corporativo, o IF começou pequeno. De acordo com Fares, o IF começou pequeno. Ele aponta que, hoje, sua estrutura é cinco vezes maior: além das instalações de atendimento, as unidades dentro das indústrias ainda possuem um braço administrativo, onde ficam os depósitos de fichas. E não pretende parar por aí.

“Cada vez mais percebo a necessidade de expansão, mas não posso crescer sem oportunizar qualidade aos meus clientes, e é por isso que hoje busco a qualificação do PQF. Quero que este sempre seja meu diferencial de mercado. Quero ser referência no que faço e quero que isso seja o ponto alto para que as empresas contratantes

Lideranças como multiplicadores da qualidade Para desenvolver o PQF dentro do IF Saúde, Fares levou para o programa oito de seus funcionários que atuam em áreas de liderança. “Eles realmente vem trabalhando como multiplicadores dessa experiência, 32 Revista

Dezembro 2015

“Penso que o programa é uma estrutura que realmente precisa muito ser difundida na região, para que, como eu, outras empresas passem a ser certificadas e todos possam trabalhar com os mesmos sistemas.

Assim, todo mundo cresce”. Issam Fares Junior

deem preferencia aos serviços da IF. Vejo o PQF como o início de uma virada na minha empresa para trazermos um conceito de excelência em Medicina do Trabalho, apostando sempre na qualidade do nosso atendimento”, pontua.

Rompendo estruturas em busca da qualidade Para o médico, o PQF vem rompendo estruturas à medida que os novos procedimentos de qualidade vão dando retorno, tanto por parte dos funcionários, que começam a perceber que trabalhar conforme as regras de qualidade do PQF realmente funciona, quanto por parte dos clientes, cuja resposta é positiva, pois percebem melhoras no procedimento.

“O que lamento foi não ter conhecido o PQF em 2008, momento de sua fundação. Foi um período também de expansão da minha empresa e gostaria de já ter crescido junto com o Dezembro 2015

PQF. Penso que o programa é uma estrutura que realmente precisa muito ser difundida na região, para que, como eu, outras empresas passem a ser certificadas e todos possam trabalhar com os mesmos sistemas. Assim, todo mundo cresce. Com o PQF, realmente passamos a ter em mente que precisamos crescer juntos para que tenhamos um desenvolvimento sustentável. Dessa forma, o ciclo é completo e todos podem se desenvolver”, finaliza.

Com o PQF, Fares ressalta a guinada em sua empresa - no quesito estrutura física, pois teve que organizar internamente algumas salas e sinalizar as funções de cada local, na organização e na formalização dos procedimentos, com a criação de um manual - e, principalmente, o resultado, que segundo ele é bem claro: a qualidade do trabalho.

Revista

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TECNOLOGIA Yuri Spazzapan

Inovação em biomassa de Três Lagoas para o Brasil

Tecnologias usadas na Alemanha, servirão de base para a implantação do Instituto Senai de Inovação em Biomassa

Obras iniciadas em outubro de 2014 que devem ser finalizadas no segundo semestre de 2015 Observando a necessidade de desenvolvimento em tecnologias fósseis aliado à capacidade agrícola e unido a industrialização que cresce no Mato Grosso do Sul, é objetivo do Sistema S construir em todo o Brasil 22 institutos de inovação e tecnologia, um deles em Três Lagoas, o projeto ISI (Instituto Senai de Inovação/Biomassa) obras iniciadas em outubro de 2014 que devem ser finalizadas no segundo semestre de 2015.

34 Revista

Em entrevista com o presidente da FIEMS (Federação da Indústria do Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, disse que são mais de 15 milhões em tecnologias neste projeto e que esta é a nova área de atuação da FIEMS, junto ao Senai, que agora agrega um novo setor de desenvolvimento além do até então carro chefe “capacitação”, com a inovação para desenvolver tecnologias e garantir mais competitividade ao país. “Essa é a

nova frente do Senai, queremos ser mais fortes e por isso precisamos desenvolver pesquisas que fomentem geração de energia no Brasil por meio de biomassa.

Este instituto atenderá todo o país no quesito pesquisa. Temos que usar tecnologia própria para termos produtos finais competitivos, trabalharemos em parcerias e sinergicamente com os outros 21 institutos no Brasil”, disse Longen.

Dezembro 2015

Referência em biomassa Entre os objetivos gerais do Instituto é possível destacar o fato de tornarse referência em biomassa no Brasil, inovar em termos de processo e produtos, tornar a indústria competitiva introduzindo inovação por meio de pesquisa de ponta, oferecer suporte às indústrias já estabelecidas e inovação para a abertura de novos segmentos, além de ser um elo da indústria para levar inovação ao mercado.

Longen ressalta que países da Europa desenvolvem energia por meio de milho, beterraba e outros insumos agrícolas, ainda pouco explorados no Brasil, portanto é objetivo do instituto agregar à indústria esse conceito de exploração para fechar o ciclo das produções transformando a matéria prima inicial em produto acabado.

A quem o instituto de biomassa deve atender O instituto de Biomassa ou projeto ISI (Instituto Senai de Inovação) tem o objetivo de atender a todos os setores da indústria e às demandas específicas de cada região do País em áreas como energias renováveis, cosméticos, fármacos e fármacos veterinários, alimentos para animais com combinação de biomassa para rações, química fina e resíduos industriais.

Com investimento de R$ 35 milhões, este é o primeiro Instituto Senai de Inovação do Brasil na área de biomassa para o desenvolvimento de pesquisas de interesse do setor industrial de todo o País.

A obra A implantação do empreendimento é em uma antiga área da NOB Noroeste Brasil, doada pela União à FIEMS. A arquitetura aproveitará inclusive Dezembro 2015

estruturas antigas da história do município, com as logomarcas dos barracões que acomodavam peças e máquinas de manutenção da Ferrovia. No total, o terreno tem 83,5 mil metros quadrados, dos quais 42 mil metros quadrados serão destinados ao ISI Biomassa ao lado da Escola SESI. Após concluído, o ISI Biomassa, fará uma parceria com o Programa Ciência Sem Fronteiras do CNPq, que permitirá a atualização e a qualificação dos pesquisadores para gerar conhecimento e desenvolver tecnologias inovadoras que atendam às necessidades atuais e futuras da indústria.

Longen afirma que o instituto de Biomassa está linkado com o crescimento instalado na região por meio da indústria, com empresas que geram tecnologia limpa e desenvolvimento de espécies clonais como a Fibria por exemplo. "Teremos aqui um trabalho harmônico com a indústria, tudo para o desenvolvimento sustentável para o nosso Estado e o nosso país já que possibilitará um avanço na parte intelectual, trazendo pesquisadores e atraindo outras empresas”, diz o presidente.

Em processo de certificação

PQF

Serviços • Corte • Dobra • Corte Plasma CNC • Fabricação conforme desenho ou medida

Comércio de Aço • Chapas • Tubos • Inox • Aços Especiais • Bronze • Alumínio • Nylon • Policarbonato

A excelência alemã para Três Lagoas As tecnologias usadas pelo Instituto Fraunhofer, de Frankfurt na Alemanha, servirão de base para a implantação do Instituto Senai de Inovação em Biomassa. De acordo com a FIEMS, profissionais do Estado vêm andando desde o início do projeto com consultores do Fraunhofer para definir os

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TECNOLOGIA

objetivos gerais e as estratégias para implantação do Instituto de Biomassa.

Segundo o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, com a implantação do Instituto de Inovação em Biomassa, o objetivo é oferecer apoio à competitividade da indústria sul-mato-grossense e brasileira, aumentando a oferta de formação profissional, de serviços técnicos e tecnológicos e de pesquisas em inovação para a indústria. "O Instituto Fraunhofer foi escolhido para essa parceria justamente por ser uma referência mundial em inovação e por ter o trabalho alinhado com a indústria", diz.

O termo de cooperação entre as entidades foi assinado em 2012 e prevê a consultoria para a gestão de institutos de Inovação do Senai espalhados pelos Brasil a serem criados até o final de 2014.

Segundo o especialista em desenvolvimento industrial do Senai Nacional, Emílio Marins, analisando o mercado e captação de dados para a formação do plano de negócios, que também inclui o mapa de ações para o processo de implementação do Instituto, o desafio é conjugar as necessidades reais da indústria e estabelecer a gestão de acordo com essa demanda, conforme informações em reuniões de planejamento.

o know-how do Instituto com a necessidade do mercado brasileiro, para ajudar a indústria a colocar no mercado produtos de maior valor agregado e a ganhar competitividade.

"O Fraunhofer presta serviço de consultoria no desenvolvimento de processos capazes de atender com rapidez e eficiência às demandas das empresas. Incentiva também a criação de tecnologias e produtos estratégicos para o país, além de buscar soluções inovadoras, estudar as necessidades da indústria e buscar aplicações desconhecidas", declarou.

Planejamento O consultor de Fraunhofer, Markus Will, diz que o trabalho de consultoria deve estabelecer estratégias e modelo de negócios para os provedores de pesquisa aplicada, oferecendo suporte e apoio para a construção do plano de negócios. Esta parte de estruturação normalmente é feita antes do início da construção do instituto.

Neste processo são analisados o ambiente de negócios, a concorrência potencial e as oportunidades no Brasil, além da identificação das áreas de tecnologia e a definição de áreas de atuação, assim como o portfólio de serviços. "A definição das principais áreas de serviços é feita com base em áreas de tecnologia e demanda da indústria. Além disso, se faz necessária a identificação das áreas estratégicas de negócios, combinação de segmentos de mercado, selecionados com as principais áreas de serviço para as áreas estratégicas de negócio e sua proposição de valor", disse.

Markus Will afirma que com o instituto é possível o desenvolvimento de processos capazes de atender com rapidez e eficiência às demandas das empresas. Incentiva também a criação de tecnologias e produtos estratégicos para o país, além de buscar soluções inovadoras, estudar as necessidades da indústria e buscar aplicações desconhecidas.

Gerenciamento estratégico para biomassa de TL para o Brasil O consultor do Instituto Fraunhofer, Markus Will, explicou que a cooperação técnica com o Senai visa definir um gerenciamento estratégico e principalmente a pesquisa de desenvolvimento, combinando

36 Revista

Com investimento de R$ 35 milhões, este é o primeiro Instituto Senai de Inovação do Brasil na área de biomassa

Dezembro 2015

NOTÍCIA

PQF e demais atuações da FIEMS são ressaltadas em matéria do G1 Veja matéria na íntegra

Investimento de R$ 15,7 bilhões em celulose gera expectativa em MS A celulose é uma substância que está localizada dentro das células da maioria dos vegetais. Ela garante rigidez e firmeza a essas plantas. Não é digerível pelo ser humano, mas é alimento essencial para algumas espécies de animais, principalmente os ruminantes, como bovinos e equinos. Além dessa importante função na natureza, é extraída industrialmente de várias matérias-primas, principalmente da madeira, e utilizada na fabricação de vários produtos, como plásticos, vernizes, filmes, seda artificial e químicos, mas principalmente papel.

Em Três Lagoas, na região leste de Mato Grosso do Sul, a 338 quilômetros de Campo Grande, a indústria de extração da celulose de fibra curta, a que é utilizada para a produção da papel para a impressão, para escrita e com fins sanitários (higiênico, toalhas de papel e guardanapos) está mudando a história da cidade. Primeiro com a instalação de duas plantas, a VCP, atual Fibria, em 2009 e a Eldorado em 2013, que geraram emprego, renda e desenvolvimento, transformando a vida

de milhares de pessoas no município e no seu entorno. E agora, em 2015, com o anúncio, na contramão da grave crise econômica que o país atravessa, de um investimento de R$ 15,7 bilhões, para a implantação de novas linhas de produção pelas duas empresas.

A empresária Sayuri Baez, proprietária da Gold Comunicação Visual, é uma das que foi beneficiada diretamente com a onda de desenvolvimento provocada pela indústria da celulose no município.

A sua microempresa, especializada em comunicação visual, placas de sinalização, de segurança e impressão de produtos gráficos, empregava 14 colaboradores até 2009. Já atendia grandes empresas da região, como lojas, frigoríficos e até a termoelétrica Luís Carlos Prestes (Petrobras), mas não tinha uma perspectiva de crescimento a curto prazo. Tudo mudou a partir do início da construção da primeira planta de produção de celulose na cidade. A demanda na produção disparou e para atendê-la foi necessário contratar mais colaboradores e adquirir máquinas e equipamentos de tecnologia avançada.

Além de melhorar a estrutura do negócio, a empresária disse que também teve que investir no aprimoramento da gestão do seu empreendimento e uma das principais ferramentas para isso foi o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), oferecido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), do Sistema da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Sistema Fiems), em parceria com o Sebrae/ MS, a prefeitura de Três Lagoas e as próprias indústrias do setor de celulose e uma de siderurgia (empresas âncora).

“Trabalhávamos muito, mas não tínhamos noção do que entrava de recursos, do que tínhamos que pagar e do estoque. No final do mês pagávamos as contas e sobrava muito pouco. A principio não acreditava muito no programa, mas esperávamos que a partir dele, as empresas âncoras iam mudar o modo como nos encaravam. E a partir do PQF tudo mudo mesmo.

Passamos a ter um controle efetivo

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/08/investimento-de-r-157-bilhoes-em-celulose-gera-expectativa-em-ms.html

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37 Revista

NOTÍCIA

de toda a empresa. Conseguimos ganhos na qualidade dos produtos, no aprimoramento dos processos, na organização e na produção. Com isso, obtivemos ganho de tempo e de dinheiro, além de evitar desperdícios.

Depois do básico, fizemos o módulo avançado e estamos renovando anualmente a certificação do programa [Sistema de Gestão e Qualificação em Fornecimento - SGQF, que traz requisitos de funcionamento, saúde ocupacional, meio ambiente e segurança]. A experiência de sucesso em sua implantação, fez inclusive, com que apresentássemos palestras sobre ele em outros estados”, explica.

Sayuri disse que essa verdadeira revolução na gestão da empresa, somada a crescente demanda por serviços do setor de celulose foi decisiva para impulsionar o crescimento da empresa.

Atualmente, o empreendimento produz 60% a mais por mês e está empregando 27 colaboradores, 92,85% a mais que antes da chegada do setor ao município. Já o faturamento cresceu 65%. Esse desenvolvimento, conforme a empresária, chegou a ser afetado pelo prejuízo que sofreu com a paralisação das obras de construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras e o calote das construtoras que atuavam no empreendimento, mas agora, com o anúncio das implantação das duas novas linhas de produção da Fibria e Eldorado ela espera retomar o processo de crescimento de sua empresa.

“Sofremos, assim como vários outros empresários de Três Lagoas, um grande prejuízo com esse episódio [paralisação das obras da fábrica de fertilizantes], mas essas obras [das indústrias de celulose] nos dão um novo ânimo. Elas vão nos ajudar a crescer, mas faremos isso sempre com os pés no chão, de modo organizado e planejado”, ressaltou.

De acordo com o coordenador de projetos do IEL e coordenador executivo

38 Revista

do PQF, Hugo Bittar, o programa foi instituído em 2008 em Três Lagoas.

Neste período, capacitando entre 30 e 33 empresas por ano, já qualificou 170 empreendimentos e mantém 105 certificadas anualmente com o SGQF. “Desde a implantação do programa já foram investidos aproximadamente R$ 4 milhões nesta iniciativa somente em Três Lagoas e região. O foco principal é no treinamento, qualificação e consultoria de empresários e gestores dos empreendimentos para preparar as micro e pequenas empresas locais a fornecerem produtos e serviços para as grandes empresas, que chamamos de âncoras”, destacou, completando que atualmente 32 empresas participam do PQF no ciclo 2015.

A maior quantidade de empresas instaladas e de pessoas ocupadas refletiu diretamente na arrecadação de impostos pelo município. De acordo com a prefeitura, entre 2009 e 2014, a receita com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) teve elevação de 146,9% (de R$ 6,5 milhões para R$ 16 milhões por ano), a do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (Issqn), registrou alta de 127,1% (de R$ 21,8 milhões anuais para R$ 49,5 milhões) enquanto que a arrecadação total de tributos cresceu 107,5% (de R$ 163,9 milhões para R$ 340,2 milhões).

Esse aumento da movimentação de recursos no município impactou também no Produto Interno Bruto (PIB), medido pela Semade, que de 2009 a 2012, teve incremento de 68%, passando de R$ 2,013 bilhões para R$ 3,285 bilhões, e no PIB per capta, que passou, neste mesmo intervalo de tempo de R$ 22,5 mil para R$ 32,1 mil, o que representou uma elevação de 42,9%.

A indústria da celulose não impactou positivamente somente Três Lagoas e região, o setor também trouxe benefícios para a economia de Mato Grosso do Sul e do Brasil. Em 2009, quando

entrou em operação a primeira planta local, o produto foi o terceiro principal item exportado pelo estado, com um volume de 590,966 mil toneladas, o que gerou uma receita de US$ 227,177 milhões. Já no no primeiro semestre de 2015, a quantidade embarcada para o mercado internacional foi 89,77% maior, 1,121 milhão de toneladas e a receita atingiu os US$ 484,607 milhões.

O produto chegou a liderar o ranking de exportações sul-mato-grossenses neste ano e fechou os primeiros seis meses na segunda posição da listagem.

Neste semestre a celulose “Made in MS” foi vendida para 43 países, sendo os principais compradores a China, com 404,398 mil toneladas (36,05% do total), a Itália com 263,600 mil toneladas (23,50%), a Holanda, com 143,990 mil toneladas (12,83%) e os Estados Unidos, com 79,328 mil toneladas (7,07%).

Em âmbito nacional, Mato Grosso do Sul que era o quinto maior exportador do país em 2009, saltou para a segunda posição em 2014, com 2,292 milhões de toneladas, o que representou 21,60% das 10,613 milhões de toneladas do produto vendidas pelo Brasil a outros países no ano.

A importância do setor para o estado também pode ser mensurada pelo crescimento de sua participação no PIB industrial e do estado. De acordo com dados da Semade e da Fiems, em 2012, último ano em que os dados oficiais foram divulgados e quando apenas uma planta ainda estava em operação em Três Lagoas, o PIB do setor foi R$ 1,15 bilhão, o que representou 11,3% do PIB industrial do estado no ano que foi de R$ 10,2 bilhões e 2,44% do PIB sul-mato-grossense, que chegou aos R$ 47,1 bilhões.

Já em 2014, quando as duas plantas estavam em plena atividade, conforme as estimativas dos técnicos do governo do estado e da entidade, a projeção é de que o PIB do setor tenha atingido R$

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1,9 bilhão e que sua participação no PIB da indústria, que teria chegado aos R$ 14,2 bilhões, tenha aumentando para 13,3%. Já frente ao PIB estadual, que teria atingido no ano os R$ 69 bilhões, a estimativa é que sua representatividade tenha atingido os 2,75%.

Impulsionado pelo setor, o estado possui, segundo a Associação dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), atualmente cerca de 850 mil hectares cultivados com eucalipto, que é a principal matéria-prima do setor.

Dessa área, a terceira maior do país dedicada ao cultivo dessa espécie florestal, e que representa mais de um bilhão de árvores, cerca de 425 mil hectares são voltados para atender as indústrias de celulose seja por meio de cultivos próprios, áreas arrendadas ou de terceiros.

Com a estimativa da geração de um emprego (direto ou indireto) em toda a cadeia produtiva a cada dez hectares plantados, a Reflore-MS projeta que a atividade gere aproximadamente 85 mil empregos no estado.

O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, aponta que uma série de fatores estimulou o desenvolvimento do setor no estado, como: a disponibilidade de áreas (com mais de 8 milhões de hectares de pastagens degradadas ou em processo de degradação), topografia plana e características de solo, ar, clima, que asseguraram uma grande vantagem competitiva.

“Graças a essas caracterítisticas, estudos apontaram que no Brasil e em Mato Grosso conseguimos produzir mais em uma área menor. Nossa média de produção é de aproximadamente 39 metros cúbicos de madeira por hectare/ ano, enquanto que na Austrália é de 23 metros cúbicos por hectare/ano.

Quando comparamos com a China a nossa vantagem é ainda maior.

Precisamos de 140 mil hectares para

produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose. No país asiático, eles vão precisar de 300 mil hectares.

Por isso, o Brasil é a bola da vez no setor. É altamente competitivo na área agrícola, mas ainda tem vários aspectos a aprimorar, como a logística, capacitação de mão de obra, infraestrutura dos municípios, entre outros”, diz o secretário.

Além de ser importante para a economia do município e do estado, o setor de celulose vem sendo responsável por grandes transformações na vida das pessoas que trabalham direta ou indiretamente com a atividade, como por exemplo o técnico em manutenção elétrica Genalro Adair da Silva, de 45 anos, que é funcionário na Fibria.

Depois de trabalhar por 23 anos, no comércio da cidade e chegar a pensar em sair de Três Lagoas em busca de melhores oportunidades de emprego, ele, em 2007, então com 37 anos, decidiu fazer um curso de capacitação em eletroeletrônica oferecido pelo Senai no município e que tinha ainda uma bolsa auxilio oferecida pela empresa.

“Fiz minha inscrição e graças a Deus eu fui um dos selecionados para o treinamento. Passaram-se 11 meses de muita luta e dedicação nos estudos, porque eu sabia que pela minha idade, seria minha última chance de conseguir entrar em uma empresa de grande porte. Foi então que o departamento pessoal da empresa me chamou e fez uma proposta de contratação”, recorda.

A oportunidade, segundo Silva, mudou sua vida. “Venho de família muito humilde. Hoje eu consegui realizar o sonho de ter minha casa própria, carro, moto, tenho condições de dar uma educação melhor para meus filhos, coisa que meus pais não tiveram. Meu sonho hoje é preparar meus filhos para que eles possam trabalhar aqui [Fibria] e desfrutar

dessa que eu considero a maior e melhor empresa para trabalhar”, comenta.

Outro que teve a vida transformada de modo positivo depois da chegada do setor foi Isaque Gonçalves Pereira, de 18 anos. Assim como Silva o seu primeiro passo foi um curso de capacitação do Senai.

“Fiz o curso técnico em Celulose e Papel do Senai e durante a capacitação fui selecionado para fazer um estágio na Eldorado. Quando o estágio terminou recebi o convite para trabalhar na empresa a partir deste mês [agosto].

Minha expectativa é muito positiva, de que essa chance vai mudar minha vida.

Minha família é muito humilde. Meu pai é calheiro, minha mãe secretária e eu cheguei a ser menor aprendiz durante o ensino médio. Essa é uma grande oportunidade, tanto no aspecto de remuneração quanto de possibilidade de crescimento profissional futuro e para isso quero continuar me capacitando e me especializando na área”, diz.

Segundo o gerente do Senai em Três Lagoas, Adevaldo Vasconcelos Reginaldo, ainda antes do início da operação da primeira planta do setor no município, a entidade já estava capacitando mão de obra para atendêla, em 2008.

“Atualmente, a partir do projeto e sensível às demandas originadas pelo setor industrial, a unidade diversificou amplamente suas atividades e, hoje, é uma instituição educacional que atua em diferentes frentes, desde a educação de aprendizes para o trabalho, a formação de técnicos, até a realização de treinamentos ágeis e rápidos”, explicou.

Reginaldo diz que são vários cursos técnicos distribuídos por áreas como: automação, construção civil, eletroeletrônica, gestão, logística, metal mecânica, papel e celulose e química que atendem o setor. Somente para 2015, a instituição deve capacitar para o setor e também para outros segmentos, 12 mil pessoas no município.

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/08/investimento-de-r-157-bilhoes-em-celulose-gera-expectativa-em-ms.html

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NOTÍCIA

Polo de pesquisa do setor Além de polo de produção de celulose e de capacitação de mão de obra, a região de Três Lagoas também deve se tornar uma referência no país e até em âmbito mundial em pesquisas no setor, graças a implantação também pelo Senai de um centro de pesquisa aplicada para melhorar os processos industriais. A concentração desses três elos da cadeia em uma mesma região fez com que o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável chegasse a compará-la com o Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos, onde estão concentradas algumas das principais empresas de produção e desenvolvimento de tecnologia do mundo.

O Instituto Senai de Inovação em Biomassa está sendo construído com um investimento de R$ 34,8 milhões e deve entrar em operação no primeiro semestre de 2016. Entretanto, a diretora da unidade, Carolina Andrade, explica que o instituto já tem hoje uma equipe de 19 pesquisadores desenvolvendo uma carteira de projetos que totalizam R$ 8 milhões. Quando as instalações forem concluídas em Três Lagoas, a unidade deve abrigar, conforme ela, 28 pesquisadores.

O portfólio de serviços da unidade inclui: soluções sustentáveis para processos produtivos, transporte e tratamento de novas matériasprimas, desenvolvimento de processos inovadores de conversão de biomassa e resíduos e desenvolvimento de novos produtos e aplicações industriais com biomassa. As pesquisas, conforme a diretora, serão desenvolvidas em parceria com as empresas do segmento, e todo o khow how de implantação da unidade vem do Instituto Fraunhofer, de Frankfurt, na Alemanha.

“O Instituto Senai de Inovação em Biomassa, assim como as outras 25 unidades que estão sendo construídas

pelo Senai no país para atender outros segmentos, vai fazer a ponte entre a pesquisa acadêmica, entre a pesquisa cientifica e a demanda da indústria”, explica Carolina.

Demanda impulsiona crescimento Segundo o diretor executivo da Reflore-MS, Benedito Mário Lázaro, o crescimento da demanda mundial por celulose é de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas a cada 15 meses. Esse mercado crescente e a vocação natural do estado para o setor, conforme ele, ajudaram a impulsionar o investimento de R$ 15,7 bilhões que a Fibria e a Eldorado farão na construção de novas linhas de produção.

O empreendimento também será autossuficiente em energia e terá um excedente na cogeração de 170 MW/h, que será vendida para o sistema elétrico nacional e que é suficiente para alimentar, conforme a empresa, uma cidade de mais de 630 mil habitantes por um ano.

“Com o início das obras da nova linha, a Eldorado dá um passo fundamental para ser uma das líderes do setor de celulose do mundo, com competitividade e sustentabilidade em todas as etapas do processo”, destacou o presidente da empresa, José Carlos Grubisich, no lançamento das obras em junho deste ano.

“Os investimentos da Fibria e Eldorado na ampliação das atividades em Três Lagoas equivalem a 106% do PIB Industrial de Mato Grosso do Sul atual ou 21% do PIB do estado total, estimados para 2015. Quando entrarem em operação, o Valor de Transformação Industrial (VTI) das duas novas unidades, que é uma proxy para contribuição direta ao PIB, deverá ser de aproximadamente R$ 3 bilhões.

Já em relação ao PIB Industrial estimado para 2018 (R$ 18,7 bilhões), o incremento proporcionado pelas

novas linhas das duas plantas deverá ser próximo de 16%, enquanto que o impacto sobre o PIB do segmento de celulose e papel, também estimado para 2018 (R$ 4,9 bilhões) deverá ser de 61%”, projeta o coordenador da unidade de Economia, Estudos e Pesquisas (Uniep), do Sistema Fiems.

O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento do estado destaca que com a concretização dos investimentos é preciso melhorar a infraestrutura logística para o setor. Neste sentido, um dos principais aspectos é a melhoria das estradas vicinais, por onde transitam os caminhões que levam a matéria-prima da área rural para as industrias. “Neste sentido, encaminhamos ao BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] um projeto para a reforma de pontes e manutenção das principais estradas vicinais, que foram indicadas pelas próprias empresas”, comenta.

Verruck também destacou que o governo do estado tem mantido conversas constantes com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para que a BR-262, seja mantida sempre em boas condições, enquanto não ocorrer a concessão para a iniciativa privada e a duplicação da via, assim como discute com a Rumo ALL, para melhorar as condições da malha ferroviária na região e trabalha para retomar e ampliar o transporte pela hidrovia do Paraná-Tietê, que foi interrompido em maio do ano passado, em razão da estiagem que reduziu o volume de água dos rios.

Já o diretor-executivo da Reflore-MS lembrou que outro aspecto que precisa ser melhorado para estimular ainda mais o setor é o da infraestrutura das cidades que recebem os investimentos. “Os municípios precisam de uma estrutura melhorar. Precisam de mais saúde, mais educação, segurança pública e lazer para atender as pessoas de outros estados que vem para Mato Grosso do Sul para trabalhar nestas empresas”, destacou.

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/08/investimento-de-r-157-bilhoes-em-celulose-gera-expectativa-em-ms.html

40 Revista

Dezembro 2015

FORNECEDORES

Empresas atualmente certificadas Empresa

Atividade

Certificação

Empresa

Atividade

Certificação

Sakata Soluções

Montagem, manutenção e fabricação de peças e equipamentos para indústria

2015

Limpidoz

Prestação de serviços de limpeza industrial especializada e jardinagem

2013

Ortiz FisioFight

Atividade Física, Fisioterapia, Ginastica Laboral e Ergonomia

2015

Julio Cesar Mamede

Atividades de apoio à produção florestal

2013

Evoluir RH

Seleção e Agenciamento de Mão de Obra

2015

BG2M Com. Visual

2014

Box Restaurante

Restaurante

2015

Produção de material para uso publicitário

Eco Service

Lavanderia Industrial e Doméstica

2015

Mecânica Boa Imagem

Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores

2012

Labormed

Atividades de atenção à saúde humana

2015

FeisCar

2012

TLG Transporte

Transporte de Rodoviários de Cargas

2015

Centro Automotivo - Comércio e varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores

Oficina DMO

Torno, Solda e Fabricação de implementos Agrícolas

2015

Foco RH

Seleção e agenciamento de mão de obra

2012

Otino Empreiteira

Obras de Terraplenagem

2012

Fogão a Lenha

Restaurante e Similares

2015

Roomtek

2012

Lanchonete Camargo

Restaurante

2015

Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos, peças e acessórios

Artifrio & Cia

Instalação, manutenção e venda de ar condicionados

2015

Gold Com. Visual

Serviços de comunicação visual

2012

Shopping do Metalúrgico

Comércio de ferragens e ferramentas

2015

Protege

Comercialização de material e acessórios de segurança no trabalho

2012

Well Tech

Manutenção e reparação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas

2015

Extintec Extintores

2014

Parcetec Florestal

Manejo Florestal

2015

Vendas de EPI’S e equipamentos de combate a incêndio e serviços de manutenção, recarga de extintores e manutenção de mangueiras de incêndio

Cazzado

Comunicação Visual

2015

Cassol Construtora

Obras de Terraplenagem em abertura e manutenção de estradas

2014

Birigui

Prestação de serviços de limpeza

2015

Aço Três Lagoas

2015

Pantanauto

Peças e baterias, prestação de serviço de manutenção e reparação mecânica e elétrica, manutenção de ar-condicionado e injeção eletrônica em veículos automotivos

2014

Indústria, comércio, importação, exportação, serviços de ferro e aço em geral e seus periférios

Hotel Lago's

Hotelaria, bar, restaurante e lavanderia

2015

Druds Hotel

Prestação de serviços de hospedagem

2014

Escritório Satelite II

Atividades de Contabilidade

2015

Auto Elétrica São Luiz

2014

Best Life

Atividades de condicionamento físico

2013

Vendas de peças, baterias e prestação de serviços automotivos

Combate Serv. Florestais

Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita

2013

I. F. Saúde

2014

Foco Hotelaria

Alojamentos, assessoria em hotéis, produtos gerais, conservação e controle em alojamentos

2013

Realização de Exames Médico e Complementares para Medicina e Segurança do Trabalho, Elaboração e Execução de Programas de Saúde e Segurança do trabalho e Atividade de Remoção Médica

FeisCar Serviços

Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores

2013

I. F. Gestão de Saúde

Administração e terceirização de mão de obra de ambulatórios médicos

2014

RKM Máquinas

Comércio varejista

2013

Escala Construção

Prestação de serviços de construção, reforma e manutenção de obras civis

2012

Druds Express

Gestão e administração da propriedade imobiliária

2013

Irmãos D'Agosto

Metalurgia - Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias

2014

Seja um fornecedor certificado pelo PQF O PQF é um importante instrumento de desenvolvimento empresarial. Com a certificação sua empresa passa a integrar um seleto grupo de negócios que têm como premissa a excelência.

Dezembro 2015

Informações: Tel. (67) 3522.5986 pqf@ms.iel.org.br www.fiems.com.br/iel

Revista

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PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU) EM SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADOS Objetivo: Capacitar Gestores para a implementação e auditoria das normas: ISO9001, ISO14001, OHSAS18001, e SA8000.

Carga horária: 360 horas Polos em Campo Grande e Três Lagoas - Turmas iniciando em novembro de 2015 e fevereiro de 2016

Formação de Auditor Interno de Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 (NBR ISO19001) Objetivo: Capacitar Gestores para Auditoria da Norma: ISO9001 Carga horária: 24 horas Turma iniciando em dezembro de 2015

SEIS SIGMA-WHITE BELT Objetivo: Capacitar os participantes para aplicação de ferramentas básicas de implementação de projetos de baixa complexidade e curta duração.

Carga horária: 24 horas Aplicado in company e sob demanda

SEIS SIGMA-GREEN BELT Objetivo: Capacitar os participantes para aplicação de ferramentas básicas de implementação de projetos de média complexidade e curta duração.

Carga horária: 40 horas Aplicado in company e sob demanda

SEIS SIGMA-BLACK BELT Objetivo: Capacitar os participantes para aplicação de ferramentas básicas de implementação de projetos de alta complexidade e curta, média ou alta duração.

Carga horária: 40 horas Aplicado in company e sob demanda

LEAN MANUFACTURING Objetivo: Capacitar os participantes para aplicação de ferramentas eliminação de desperdícios, melhoria da qualidade, redução de tempo e custo de produção.

Carga horária: 16 horas Aplicado in company e sob demanda

GESTÃO COMERCIAL E VENDAS Objetivo: Oferecer ao cursando o conhecimento teórico e prático em técnicas de vendas. O participante ao final do curso estará capacitado em estratégias, tanto comportamental, quanto comercial. Envolvendo o participante em aperfeiçoamento psicológico da venda, organização do tempo, formação do caráter comercial, rede de relacionamento estratégico, fechamento de venda positiva e sua pós-venda.

Carga horária: 16 horas Aplicado in company e sob demanda

QUALIDADE NO ATENDIMENTO Objetivo: Oferecer ao participante o conhecimento teórico e prático em atendimento profissional ao cliente. O participante, ao final do curso, estará capacitado em atender seu cliente com qualidade, minimizando reclamações e potencializando as vendas.

Carga horária: 16 horas Aplicado in company e sob demanda

LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS

ORATÓRIA

A Arte de falar bem para qualquer público Objetivo: O participante irá conhecer seus limites e saber como dominá-los, adquirir sintonia máxima com a plateia, aprender a dirigir pequenas e grandes reuniões e eliminar os vícios e medos que mais incomodam e atrapalham ao expressar-se em público.

Carga horária: 16 horas Aplicado in company e sob demanda

GESTÃO DA INOVAÇÃO

Objetivo: Trabalhar os líderes no que tange às suas atitudes estratégicas, a busca pelo equilíbrio e harmonização em seus relacionamentos interpessoais, ajuste das diferenças individuais dos colaboradores aos objetivos comuns da empresa.

Desenvolver competências que aliem aspirações pessoais às formas de interação, comunicação, motivação e liderança com a cultura, missão e valores da empresa.

Carga horária: 16 horas Aplicado in company e sob demanda

Objetivo: Objetiva capacitar as empresas na introdução ou no aprimoramento do sistema de gestão da inovação. Essa é uma oportunidade para aprender alguns dos principais métodos e ferramentas para estruturar, organizar e revolucionar esse processo.

Carga horária: 20 horas.

Aplicado in company e sob demanda

GESTÃO FINANCEIRA EMPRESARIAL

Objetivo: Capacitar executivos em analisar as etapas da concepção inicial do projeto, de modo a atender a seu escopo, prazos, custo e qualidade nas entregas.

Carga Horária: 20 horas Aplicado in company e sob demanda

Objetivo: Desenvolver no participante habilidade para estruturação do Gerenciamento Administrativo e Financeiro de forma eficiente e eficaz em empresas do segmento industrial, comercial e de serviços.

Módulo Básico A importância da Gestão Financeira para as MPEs; Perfil e atribuições do Gestor Financeiro; Gestão de Custos; Entendendo Custos, despesas e investimentos; Diferença entre Custos Fixos e Variáveis; Entendendo Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio, Lucro Contábil e Lucro Econômico.

Carga horária: 16 horas/aula Módulo Avançado A importância da Demonstração de Resultado do Exercício - DRE como instrumento para mensuração da rentabilidade da empresa; Orçamento Operacional; Módulo Prático: Prática de Custeio ABC, Planejamento Financeiro e Orçamento Empresarial, case prático; Consultoria financeira: Diagnóstico Empresarial.

Carga horária: 16 horas/aula Aplicado in company e sob demanda

GERENCIAMENTOS DE PROJETOS

GESTÃO TRIBUTÁRIA EMPRESARIAL

Como recolher tributos de uma forma mais eficaz Objetivo: Oferecer ao empresário micro e pequeno, uma orientação, informação e gestão sobre como entender os impostos, quais classes tributárias existem e como pode reduzir custos percebendo sua realidade e onde poderá chegar com seu crescimento e se adequar aos impostos certos.

Carga Horária: 20 horas Aplicado in company e sob demanda

Realização:

TRABALHO EM EQUIPE Como produzir melhor

Objetivo: Oferecer ao cursando o conhecimento teórico e prático em distinguir as diferenças entre trabalhar com pessoas e trabalhar em uma equipe. O participante ao final do curso estará capacitado em ferramentas que potencializarão metas e objetivos em sua equipe, conhecer problemas que possam danificar o elo de confiança e motivação no grupo.

Carga horária: 8 horas/aula Aplicado in company e sob demanda

Informações e inscrições: Tel. (67)

3522.5986

Uma loja planejada

Para melhor atender Três Lagoas e Região.

Tel. (67) 2105.2600 www.munizmmc.com.br

Av. Antônio Trajano, 740 - Centro Três Lagoas-MS (em frente à Igreja Matriz)