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Manifestações Ambientalistas

standards e as melhores práticas, por falta de conhecimento e de recursos. Mas estamos a aprender depressa, e muito do que fazemos já tem em conta as regras arquivísticas. Por exemplo, temos práticas de conservação bastante eficazes, controlo da temperatura e humidade relativa, controle de pragas, etc. Digitalizamos com a resolução recomendada para os arquivos e as nossas bases de dados são feitas de modo a serem exportadas para software mais profissional, sem se perder o trabalho anterior. Seguimos as regras de prudência, confidencialidade e proteção de dados, quando tal se justifica. Mas não nos consideramos peados pela regulação burocrática europeia, com enormes absurdos por exemplo quanto aos direitos de autor, que está a permitir a algumas firmas rapaces registar milhares de documentos, anúncios, imagens, etc., como sendo suas, que passam de “órfãos” a terem “pais” que fazem negócio com o registo de paternidade. Não as seguimos porque não concordamos com elas e porque prejudicam, e muito, a divulgação pública, por exemplo, na Internet, de informação de interesse público. E vamos evoluir, quer do ponto de vista da organização do que temos e do que vamos recebendo, quer do ponto de vista tecnológico, sempre com a ajuda e contributo dos nossos amigos. Possuímos já uma pequena estrutura administrativa, um embrião de departamento editorial, uma pequena equipa que prepara exposições, voluntários tendencialmente responsáveis por áreas, como a música, a fotografia, a arte, a literatura, o desporto, o “tempo”, a gastronomia, ou espólios concretos, uma eficiente logística que se ocupa das recolhas, das arrumações, das compras, etc., etc. 15. O Arquivo vive dos seus voluntários, a sua força e capacidade de realização vem dos cerca de 150 mulheres e homens, em todo o país e não só, pois temos os nossos fiéis amigos Espanhóis,

Irlandeses e portugueses a viver, nos mais diversos países, que dedicam parte do seu tempo e esforço a recolher papéis, a salvar espólios, a fotografar campanhas, a ir a manifestações, a registar tudo, a inventariarem documentos, a digitalizar, a fazer trabalho físico, como se diz no cartaz “se acha que o trabalho intelectual é leve, venha trabalhar connosco”. Nem sempre é fácil, há quem não queira ser fotografado mesmo estando numa manifestação pública, há quem fique desagradado pelo que documentamos do “interior” da ação política, há quem ache que um

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Arquivo desta natureza deve ter anátemas e censuras, - por exemplo, não recolher elementos sobre a direita radical, - há quem corra riscos para mostrar o que está a acontecer. Por exemplo, suportar o gás lacrimogénio, e as cargas da polícia para mostrar como são as manifestações dos

Gilets Jaunes em Paris.

16. O Arquivo não depende das circunstâncias da sua formação, nem da vida do seu fundador.É hoje um trabalho de uma equipa completamente capaz de lhe dar continuidade. E tem plano B. E, se for preciso, tem plano C. No entanto, precisa de ter um enquadramento institucional que em

Portugal não existe, nem em muitos países europeus, mas que existe na tradição anglo-saxónica.

Precisa de uma nova lei que compatibilize a solidez patrimonial das fundações com a flexibilidade das associações culturais sem fins lucrativos, que permita manter o património seguro e usar a grande força do trabalho voluntário e da dedicação pro bono. Precisa também de uma lei das fundações que não seja feita a pensar no fisco, nem nas grandes fundações, mas seja amigável com as pequenas e médias que estão em extinção. E que efetivamente puna as fundações fraudulentas que estão a ocupar indevidamente o espaço cívico de quem está a dar a todos aquilo que era privado. Precisa, naturalmente, de mais recursos, e, para isso, conta com as contribuições dos associados. Por tudo isto, mais do que um arquivo e uma biblioteca, o

EPHEMERA é um movimento, um movimento pela memória, logo, um movimento pela democracia.

José Pacheco Pereira Outubro de 2020

Crédito da Fotografia © Orlando Almeida/Global Imagens. Armazéns da Ephemera Ephemera – Biblioteca e Arquivo José Pacheco Pereira, no Barreiro. In reportagem, "Não deite nada fora!" Pacheco Pereira guarda todos os papéis”, de Maria João Caetano, 22 FEV 2020. Acessível em https://www.dn.pt/edicao-do-dia/22-fev-2020/nao-deite-nada-forapacheco-pereira-guarda-todos-os-papeis-11848327.html

A PAZ

“A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos”.

ALBERT EINSTEIN (1879-1955)

No tema da PAZ estão ilustrados diferentes subtemas, com diferentes cartazes artesanais, que se subdividem em cinco subtemas.

. Manifestação Portugal contra os Incêndios em Viana do Castelo/outubro 2017 . Marcha Mundial do Clima em lisboa/abril 2017 e setembro 2018 . Greve climática estudantil no Porto/15 março 2019

.Marcha Constroem Muros, Aprendemos a Voar em Lisboa/março 2017 . Manifestação Machismo Não é Justiça, É crime em Lisboa/outubro 2017 .19ª Marcha de Orgulho LGBTI+ em Lisboa/junho 2018

. Manifestação do 25 de abril. d'As Toupeiras em Lisboa/2016 . Manifestação pelos Direitos dos Emigrantes em Lisboa/outubro 2016 . Manifestação contra o Racismo em Lisboa/junho 2020

. Manifestação Machismo Não É Justiça, É Crime em Lisboa/outubro 2017 . Manifestação Mexeu com Uma, mexeu com Todas- Não à Cultura de Violação no Porto/setembro 2018 . Greve Feminista Internacional no Porto/08 de março de 2019

. Marcha das Mulheres – Não sejas Trump! no Porto/janeiro 2017.

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