DiVer Cidade Ensino inclusivo para o Residencial Canadรก Escola Municipal de Ensino Fundamental I
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNIANHANGUERA ARQUITETURA E URBANISMO
ESCOLA INCLUSIVA
Beatriz Thainá Silva Girão
Figura 1. Crianças e diversidade. Fonte: http://www.abjnoticias.com.br/dia-educador-especial/ Edição: Beatriz Girão, 2019.
GOIÂNIA JUNHO/2020
BEATRIZ T. S. GIRÃO
ESCOLA INCLUSIVA
Trabalho de Conclusão de Curso II orientado pela Professora Mestra Arquiteta Urbanista Ana Isabel Ferreira, apresentado à faculdade Uni-ANHANGUERA Centro Universitário de Goiás pela acadêmica Beatriz Thainá Silva Girão.
Goiânia 2020
Figura 2. Crianças e diversidade. Fonte: www.vix.com/es/imj/familia/6096/ Edição: Beatriz Girão, 2019.
Agradecimentos
Dedicatória
Agradeço aos meus pais e minha irmã que acompanharam
Dedico esse trabalho à todas
meus momentos de dedicação e crescimento. Obrigada pelo
as crianças, pois são ‘‘pessoinhas’’
incentivo, abdicação de tempo e paciência.
que eu sempre tive uma grande
Agradeço ao meu noivo por ser meu companheiro nos
admiração. Principalmente à
momentos tristes, nas minha conquistas, e na minha evolução
aquelas crianças que não se
como pessoa.
sentem compreendidas de alguma
Agradeço aos professores que contribuíram com o meu crescimento não só acadêmico, mas político e pessoal. À minha Orientadora Me. Ana Isabel que sempre foi um exemplo de prossional, além de ser dedicada e sempre disposta a ajudar.
maneira. Dedico à criança que eu fui e ainda levo dentro de mim. Dedico aos meus alhados
Agradecimentos ás amigas que a faculdade me
que amo imensamente e à todos
proporcionou, as pessoas que mais me entenderam e me deram
aqueles que contribuem para
forças pra continuar. Obrigada pelos momentos de choro coletivo
formação das crianças, pais,
assim como risadas exageradas e aleatórias.
psicólogos e pedagogos.
Obrigada a todos aqueles que contribuíram com orações, torcidas, abraços, frases motivadoras e por entenderem a minha ausência.
Resumo A educação é o elemento mais precioso que se pode ter, é a chave para a liberdade pessoal de cada um e a única forma de proporcionar um mundo melhor e mais igualitário. As crianças são pessoas em formação que devem ser compreendidas e ouvidas, independente da sua raça, cor, comportamento, cultura, corpo, deciência ou sexo. Por isso a escola deve ser o ambiente de acolhimento e auxilio para a evolução de todas as crianças. A arquitetura pode proporcionar ao usuário aquilo que é mais adequado, assim, a escola Inclusiva deveria ser a base de toda instituição, pensando na diversidade das crianças ao invés de tentar encaixa-las em um padrão. Palavras chave:
EDUCAÇÃO
CRIANÇAS
DIVERSIDADE
ESCOLA INCLUSIVA
SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO DO TEMA
07
2. ABORDAGEM TEMÁTICA
08
2.1. EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
08
2.1.1. Educação Pública em Goiânia
09
2.2. ESCOLA INCLUSIVA
09
2.2.1. Legislação
09
2.2.2. Linha Pedagógica
10
2.2.3. Crianças com Desenvolvimento Atípico
11
2.3. JUSTIFICATIVA
12
2.4. OBJETIVO
15
3. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
16
3.1.ESCOLA NOSSA SENHORA DA CRUZ
16
3.2.BERÇÁRIO PRIMETIME
18
3.3.ESCOLA EM ALTO DE PINHEIROS
20
3.4. QUADRO DE APROVEITAMENTO
22
4. ASPECTOS RELATIVOS À INTERVENÇÃO
23
4.1. CONTEXTO DA CIDADE
23
4.2. LOCAL DE INTERVENÇÃO
24
4.2.1. Histórico do Bairro
24
4.2.2. Mapa de Bairros vizinhos
25
4.2.3. Mapa de pontos de interesse
26
4.2.4. Mapa do Sistema Viário
27
4.2.5. Redes de Infraestrutura
28
4.2.6. Mapa de Gabarito
29
4.2.7. Mapa de uso
30
4.2.8. Mapa de Adensamento
31
4.2.9. Mapa de Aspectos Físicos Naturais
32
4.2.10.Mapa de mobiliários
33
4.2.11Área de Intervenção
34
4.2.10.1. Insolação e Ventilação 4.2.12. Condicionantes Legais REFERÊNCIAS
35 36 37
Página 07
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA Ao estudar sobre arquitetura escolar constata-se
o sistema educacional brasileiro desconsiderava os
que existem inúmeras linhas pedagógicas, ou seja,
portadores de necessidades especiais, assim, crianças
métodos utilizados pela escola a m de ensinar as crianças
nessas condições eram “responsabilidade dos pais” e não
de determinada maneira. Ao longo dos anos diferentes
tinham direito à escola. Apenas a partir da década de
pedagogos e psicólogos difundiram linhas distintas que
1950 começaram a surgir escolas especiais, onde os
pudessem ser mais efetivas para o aprendizado. Entre elas,
alunos vistos como diferentes (Figura 3) tinham que se
as mais comuns são a linha tradicional, a construtivista, a
manter isolados das outras crianças. Essa realidade reete
Montessoriana, a Waldorf e a Freireana.
até hoje na forma com que lidamos com tais pessoas,
Quando se fala em educação inclusiva logo vem à mente crianças com deciências físicas, cognitivas ou
tentando enquadrá-las em um padrão inalcançável ao invés de explorar cada diferença.
mentais (Figura 3), porém a inclusão abrange todas as
O modelo de escola a seguir trata-se de uma linha
pessoas e tem o intuito de pensar não só nessas, mas
pedagógica inclusiva, que tem como objetivo fazer com
também naquelas que tem problemas familiares, sofrem
que as crianças se sintam bem com suas diferenças. As
assédio de qualquer tipo ou se sentem diferentes e
falhas não devem ser atribuídas à preguiça ou falta de
incompreendidas, entre várias outras realidades. E s t e
inteligência. É fundamental que elas entendam que não
trabalho acadêmico: Di Ver Cidade - Escola Municipal de
há uma criança superior à outra e que não se sintam
Ensino Fundamental I inclusivo para o Residencial Canadá,
excluídas.
tem como objetivo apresentar o modelo de escola, onde todos os alunos se sintam inseridos independente das suas individualidades. Celso Antunes (2008) conta que antes do século XX
Figura 3. Crianças. Fonte: pinterest.com. Edição: Beatriz Girão, 2019.
Página 08 2.1.
2. ABORDAGEM TEMÁTICA
EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases) (LORENA ALVES,
Lorena Castro Alves (2015) apresenta uma linha do
2015).
tempo da educação no Brasil, que se iniciou em 1549,
No período da Ditadura Militar as escolas eram
quando os jesuítas começaram a catequizar e alfabetizar
opressoras e tinham o objetivo de ensinar disciplina aos
os indígenas como uma forma de ''domesticá-los'' na linha
alunos, formando crianças a obedecer e não questionar,
do ensino europeu. Os homens brancos e cristãos tinham
além de reforçar a hierarquia para alunos homens, fortes e
acesso não só à educação básica, mas eram preparados
‘‘valentões’’(LORENA ALVES, 2015).
para ir à faculdade e aprender o maior número de
Os dados do Programa Internacional de Avaliação
atribuições. Já os negros escravizados não tinham acesso
de Estudantes (PISA, 2015) revelou que Brasil ocupa o 53º
a nenhum sistema de ensino.
lugar em educação, sendo 65 países avaliados, o que diz
Após a Independência do Brasil, a escola não era
muito sobre a qualidade das escolas públicas do país. A
mais responsabilidade da igreja, agora era do estado. A
linha do tempo (Figura 4) mostra como a desigualdade
educação primária e secundária eram responsabilidades
social está estabelecida e atrelada às raízes da história,
do estado e das províncias, e o ensino superior
como isso inuencia até hoje na educação, já que ainda
responsabilidade da união. Somente em 1961 teve-se a
se usa uma metodologia que estabelece uma hierarquia
1549
1822
1961
1964
2015
Indígenas tinham uma educação inferior à dos homens brancos, enquanto negros e mulheres não tinham acesso algum.
A escola deixa de ser responsabilidade da igreja e passa a ser do estado com o intuito de oferecer uma educação mais imparcial.
Implantação da LDB que garantia o direito da educação pública e gratuita à todas as crianças. A lei defende a liberdade e a igualdade.
Início da Ditadura Militar, onde a escola ensina um conceito de hierarquia entre militares, professores e alunos.
Dados revelam o quão problemática é a educação no Brasil em relação aos outros países, alertando a urgência de mudanças.
Figura 4. Linha do tempo da educação. Fonte: Lorena Castro Alves 2015. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Página 09 entre alunos e que se preocupa em enquadrar todos em
Os professores antigos geralmente não recebem
um padrão, ignorando a diversidade. Esses fatores
formação para atualizar a didática e não aprendem a
colaboram para que os alunos vejam a escola de maneira
lidar com alunos da nova geração ou com a diversidade.
errada, com desanimo para estudar ou se empenhar.
Segundo a Analista de Comunicação do Grupo
Muitos não aproveitam e nem têm a chance de explorar
Educacional Augusto Cury, Janaína Maria de Castro
suas qualidades. O resultado dessas condições é o alto
(2014) a Secretaria Municipal de Goiânia investiu no
índice de analfabetos funcionais, crianças com traumas
Programa Escola da Inteligência (EI). Esse método foi
vividos no ambiente escolar, se sentindo incompreendidas
desenvolvido pelo Dr. Augusto Cury, psiquiatra e escritor e
e principalmente as crianças com deciências que
se baseia na Inteligência Multifocal¹, explorando o
acabam sendo injustiçadas e marginalizadas por não
arquivamento de informações na memória e as
conseguirem de fato seguir esse padrão e aprender da
habilidades socioemocionais. Inclui a Educação Infantil, o
mesma forma.
Ensino Fundamental, o Ensino Médio e até o EJA
2.1.1. Educação Pública em Goiânia
(Educação de Jovens e Adultos). Nas aulas, são utilizados
A educação em Goiânia é reexo do cenário
materiais impressos, recursos multimídia, dinâmicas e
nacional e segue o padrão de escola tradicional e que é
atividades pedagógicas. Essa atitude é válida e mostra a
resistente a mudanças pedagógicas.
necessidade de mudanças, mas ainda é tímida,
Com o salário inadequado dos professores, a falta de incentivo no ambiente educacional, as escolas se
considerando que atingiu 133 das 450 escolas públicas da cidade e que são mudanças básicas.
revelam resistentes à evolução, visto que nem sempre os
Quanto a inclusão nos ambientes escolares ainda
prossionais têm o direito de exercer novas ideias e realizar
não temos resultados consideráveis, visto que são
projetos.
questões mais delicadas e que demandam estudo,
¹ ‘‘A inteligência multifocal é uma teoria sobre a construção dos pensamentos, tendo como objetivo explicar como eles são formados dentro da mente humana.’’ ( José Roberto Marques, 2018)
Página 10 dedicação e o governo não se benecia tanto investindo
habilidades, necessidades e expectativas. Seguindo esses
nisso.
requisitos a escola é considerada inclusiva.
2.2.
ESCOLA INCLUSIVA
Em janeiro de 2016, o Estatuto da Pessoa com
2.2.1. Legislação
Deciência foi atualizado e se tornou Lei brasileira de
A Constituição Federal mostra no Art. 205 que a
inclusão (LBI). Agora a lei garante de forma mais ampla a
educação é direito de todos, e a Resolução do CNE/CEB
inclusão de todas as crianças nas escolas públicas,
nº 2/2001, dene que as escolas do ensino regular devem
exigindo igualdade de oportunidades e tendo obrigação
matricular todos os alunos em suas classes comuns, com os
de fornecer toda ajuda necessária a todo tipo de aluno
apoios necessários, independentemente de suas
(MARA GABRILLI, 2016).
diferenças. Isso indica que as escolas devem estar
A escola inclusiva deveria ser a regra de todas as
preparadas para receber qualquer criança e oferecer
escolas públicas, já que por lei, todas devem oferecer
todo suporte, e qualquer escola, pública ou particular, que
educação e apoio à qualquer criança, portanto, a
negar matrícula a um aluno com deciência comete
inclusão na escola deve estar de acordo com as leis como
crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos
todas as outras deveriam estar. Alguns fatores ainda
(Art. 8º da Lei nº 7.853/89).
impedem as escolas de oferecer a inserção de todas
Sassakia (2013) diz que a escola deve se adequar
crianças em totais atividades, tais como, oferecer
para que todos os alunos possam receber uma educação
acompanhamento psicológico de fato ao invés de
de qualidade, a partir de cada realidade, seja ela de raça,
apenas disponibilizar aos que procuram; dar
etnia, gênero, situação socioeconômica, deciências etc.
oportunidades iguais para todos os alunos independente
A escola que deve acolher todo tipo de aluno e oferecer
de suas deciências física, visuais, auditivas etc.
uma educação de qualidade, explorando suas
Página 11 2.2.2. Linha Pedagógica
obrigação de toda escola no Brasil), tem o intuito de
As linhas pedagógicas mais comuns, (que fogem da
oferecer igualdade de oportunidades para que toda e
tradicional) possuem um pensamento parecido e se
qualquer criança tenha sua inteligência explorada da
baseiam na exploração da criatividade e da capacidade
melhor forma, fazendo-o evoluir naquilo que é mais
de cada criança, falam sobre ensinar cada um de forma
cabível.
correta, apesar disso as linhas não falam exatamente das
Um aspecto fundamental da pedagogia é não
crianças marginalizadas e que necessitam realmente de
hierarquizar as crianças de nenhuma maneira. Para isso os
atenção e dedicação, por isso, a linha pedagógica
professores devem receber orientações para não
utilizada foi baseada no livro de Celso Antunes ''INCLUSÃO:
prejudicar nenhuma criança com atitudes, tratamento
o nascer de uma nova pedagogia'' que propõe uma
inadequado ou comentários que podem afetá-las e
forma de ensino baseada na diferença que cada criança
principalmente, colaborar com o bullying, lembrando
tem uma da outra, considerando que cada uma delas
sempre que as diferenças individuais não são obstáculos,
tem uma potencialidade e um diculdade em cada área.
mas apenas a diversidade que existe na humanidade. Celso Antunes (2008) apresenta diretrizes para
Um excelente aluno não é apenas aquele que é bom em Matemática, Língua Portuguesa ou Estudos
concretizar essas ideias, como por exemplo:
Sociais, mas aquele que pode também ser excelente nas relações pessoais, nos esportes ou nas artes. (ANTUNES, Celso, 2008, p.21)
Os professores devem ensinar aos alunos como organizar seu dia, hierarquizar suas tarefas e administrar seu tempo,
A ideia dessa metodologia vai muito além de oferecer acessibilidade aos alunos (anal essa é uma
para que elas entendam seus limites e suas obrigações.
Página 12 As cadeiras da frente devem ser destinadas aos alunos
descriminadas, assim como reforça a diversidade fazendo
com diculdade de aprendizagem ou para alunos com
com que todos entendam as individualidades de cada um.
problemas de vista. As atividades devem ser aplicadas de forma equivalente a cada aluno, ou seja, se um aluno demora mais para raciocinar, ele deve ter direito a mais tempo, ou quando o aluno precisa de mais exercícios para aprender, ele deve receber mais atividades.
2.2.3. Crianças com desenvolvimento atípico Para se pensar em um projeto inclusivo, deve-se ter conhecimento sobre as principais diculdade enfrentadas por pessoas com deciências e restrições. As crianças com deciências físicas ou motoras tem necessidade especiais quanto à acessibilidade, pode
Quadro 1. Diretrizes da linha pedagógica.
envolver o uso da cadeira de rodas, a diculdade de
Fonte: Antunes ‘‘INCLUSÃO: o nascer de uma nova pedagogia'’
locomoção, deciência visual, auditiva ou afonia². Nestes
Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
casos, a inclusão é feita através de rampas de acesso, corrimão ou elevador quando se trata de questões
Cada criança tem o passo de um tamanho diferente, mas todas podem fazer a mesma jornada. Os momentos fora de sala como recreio ou saída das aulas são momentos em que toda a equipe da escola deve estar atenta para não haver rejeição e bullying entre as crianças, pois isso inuencia diretamente na auto estima delas e pode proporcionar traumas para a vida. O método é pertinente e pode oferecer grandes melhorias para as crianças que se sentem excluídas ou
motoras. Disponibilizar intérprete e aulas de libras para decientes auditivos ou afônicos é essencial, enquanto para decientes visuais, o piso tátil, braille e informações sonoras. Há também aspectos relacionados ao desenvolvimento mental das crianças como síndromes, Transtorno do Décit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Autismo, Dislexia ou qualquer deciência mental. Esses casos demandam uma atenção maior, pois a
²Afonia é o termo utilizado para se referir à pessoas incapazes de produzir fala, seja devido à deciência auditiva ou problemas vocais.
Página 13 diculdade e a restrição é individual de cada criança,
cor, raça, gênero, corpo, sexualidade, estilo de vida,
porém algumas coisas podem ser feitas para amenizar o
deciência ou qualquer outra coisa, todos são diferentes e
desconforto. Autistas não se sentem confortáveis com
devem ter direitos iguais.
cores vibrantes e formas pontiagudas; Salas interativas são
No Brasil, existem ‘‘45 milhões de pessoas com
favoráveis para o desenvolvimento de crianças com
alguma diculdade para ver, ouvir, se movimentar ou
TDAH; Ambientes que despertam a autonomia auxiliam no
algum tipo de limitação mental. Muitas dessas pessoas
desenvolvimento de crianças com síndromes ou
(12,5 milhões) possuem grande ou total diculdade com
deciências mentais.
essas habilidades, e são consideradas pessoas com
Esses são apenas alguns dos cuidados que devem
deciência’’ (IBGE, 2010) .
No gráco 1 observa-se a
ser tomados, visto que a escola deve garantir o
quantidade de pessoas com diculdades ou deciência,
aprendizado de cada criança explorando suas
algo que não se pode ignorar.
qualidades, assim como a integração e socialização da mesma. 2.3.
JUSTIFICATIVA A educação é a base de tudo, de todo ser humano
e de seus ideais, a partir dela se adquire habilidades e
Condições das crianças no brasil 80%
70% 60% 50% 40% 30% 20%
muitos dos valores de cada um. O país está enfrentando um momento de luta pela
10% 0%
diversidade, onde o principal objetivo é reforçar que ninguém deve seguir um padrão e não existe a forma correta e padronizada de ser. Independentemente da
Gráco 1. Condições das Crianças no Brasil. Fonte: IBGE, 2010. Elaboração: Beatriz Girão,2019.
Página 14 Em Goiânia existem 543 escolas públicas de ensino N
fundamental, e a maioria se encontra em uma situação precária ou mal localizadas, algumas muito próximas umas das outras e lugares que carecem (Figura 5). Segundo o IBGE (2018) a taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade é de 96,4%. Além disso, o secretário municipal de educação Marcelo Ferreira da Costa (2017) declarou que existe um décit de 18.911 vagas no ensino público infantil. Analisando o mapa da Figura 5, foi detectado lugares com necessidade de implantação de escolas. Alguns espaços com pouca ocupação e outros sem espaço para construir um novo equipamento. Apenas um local possui um número considerável de moradores sem 0m
nenhum equipamento público próximo.
3.500m
7.000m
10.500m
14.000m
Portanto, o trabalho trará opções para redirecionar as ideias de uma escola inclusiva. A escola pública não deveria ser direcionada à aquelas crianças sem condições nanceiras, devia ser um exemplo de
Figura 5. Escolas Públicas. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão,2019.
educação, assim como universidades, porém pouco se investe em educação básica, e isso inuencia em toda uma geração e em várias atitudes tomadas futuramente.
Legenda:
Áreas Sem Escolas
Raio de Abrangência das escolas municipais (1.500 m)
Página 15 2.4. OBJETIVO N
A escola municipal tem o intuito de oferecer gratuitamente a educação para todas as crianças, e o projeto Di Ver Cidade - Escola Municipal de Ensino Fundamental I inclusivo para o Residencial Canadá trás soluções e cuidados que essas escolas deveriam ter, pensando na diversidade das crianças. Deve atrair alunos com desenvolvimento atípico, ou com qualquer outra condição ignorada pelas escolas tradicionais, fazendo com que todos se sintam inclusos e que saibam respeitar as individualidades de cada um. A região Sudoeste terá uma escola nova para suprir a necessidade, além de atrair crianças da cidade toda devido a sua linha pedagógica (Figura 6). As crianças devem ter vontade de ir à escola,
0m
vendo como um lugar acolhedor. Por isso a proposta tem o intuito de mostrar uma nova forma para as escolas, tanto arquitetônica, quanto pedagogicamente.
3.500m
7.000m
Figura 6. Mapa da região Sudoeste de Goiânia. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019. Legenda: Áreas Sem Escolas
Raio de Abrangência das escolas municipais.
Implantação da escola
Página 16
3. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
3.1.ESCOLA NOSSA SENHORA DA CRUZ Figura 7. Escola Básica Nossa Senhora da Cruz.
Fonte: ArchDaily.com.br. Fotografo: Peter Clarke. Edição: Beatriz Girão 2019.
Arquitetos: Baldasso Cortese Architects (David Choate, Nick Nackovski).
Objetivo da Análise: Observar o
Localização: 2/20 Howqua Way, Taylors Hill VIC 3037, Austrália.
programa, o uso do espaço interno e as
Ano do projeto: 2014.
soluções de conforto térmico.
Designer de Interior: Anastasia Malishev. Figura 8. Corte Esquemático. A parede vazada permite iluminação natural Sala para aula de reforço
Ventilação natural
Beiral longo ajuda a sombrear a Fachada Norte
Beiral longo ajudando a sombrear a Fachada Norte
Fonte: ArchDaily.com.br. Fotografo: Peter Clarke. Edição: Beatriz Girão, 2019.
0m 1 2 3
5m
A fachada tem uma forma linear e assimétrica (Figura 7), remete a um ambiente escolar devido às cores sóbrias do edifício. As cores vibrantes em tons de vermelho marcam a entrada do edifício e promove uma certa energia e alegria às crianças. A preocupação maior do projeto são os ambientes internos onde as crianças passam mais tempo, assim, há uma solução de conforto térmico e iluminação natural (Figura 8) nos ambientes.
Página 17 Figura 10. Área externa Figura 9. Planta térrea
O ambiente interno é N
bastante aberto e livre, possibilitando a circulação das crianças de forma
Fonte: ArchDaily.com.br Fotógrafo: Peter Clarke (2014)
atrativa, confortável e
Figura 11. Salas de arte e ciências
acessível (Figura 9). O paisagismo tem o intuito de fazer as crianças interagirem com as plantas
Acesso serviço
e ter contato com a natureza (Figura 10).
Fonte: ArchDaily.com.br Fotógrafo: Peter Clarke (2014)
Há um ambiente integrado de artes e
Acesso principal 0m 2
4
6
Figura 12. Piso elevado
10m
ciências onde as crianças podem escolher o mais atrativo pra elas (Figura 11).
Legenda: Salas ao ar livre
Salas de aula
Administrativo
Serviço Fonte: ArchDaily.com.br Fotógrafo: Peter Clarke (2014)
Página 18 3.2.BERÇÁRIO PRIMETIME
Concreto
Pintura Amarela
Arquitetos: Marcio Kogan. Localização: São Paulo, Brasil. Ano do projeto: 2007. Área construída: 870 m² Estrutura: Concreto Objetivo da Análise: Observar o programa, a acessibilidade e a estrutura.
Madeira
Figura 14. Rampa com parede de vidro.
Figura 13. Berçário Primetime. Fonte: ArchDaily.com.br. Fotógrafo: Nelson Kon
A ideia desse berçário é desenvolver a inteligência infantil através do relacionamento humano. Os painéis de vidro mantêm uma relação com a natureza e a rampa aberta da uma sensação de clareza em todo o edifício.
Fonte: ArchDaily.com.br. Fotografo: Nelson Kon.
O uso do concreto armado permite o vão
A fachada não remete a um edifício educacional,
livre usado em toda a edicação. O concreto
mesmo com o uso das cores. A forma, a iluminação e os usos
aparente traz uma austeridade. O amarelo
dos materiais remetem mais a algo luxuoso e para lazer, como
causa um contraste que permite uma ambiente
um restaurante ou um museu.
descontraído. Já a madeira remete uma
Além disso a parede de vidro recebe uma incidência solar muito grande, mesmo estando na fachada sudeste.
sensação aconchegante, de lar (Figura 14).
Página 19 Figura 18. Palco.
Apesar de terem três pavimentos, os acessos não são problema, já que
N
Palco
acontecem através da rampa. Portanto, a circulação de crianças com Refeitório
deciências motoras não é segregada. As salas de aula são abertas e Acesso Principal
Piscina
Fonte: ArchDaily.com.br Fotografo: Nelson Kon.
Figura 19. Sala de aula. 0m
3
6
9m
todos os mobiliários tem a altura das crianças, despertando a autonomia das mesmas.
Figura 15. Térreo. Fonte: ArchDaily. Edição: Beatriz G., 2019.
O térreo possui as atividades
Lavan. N
coletivas, playground, refeitório e área livre onde as crianças podem se divertir e se exercitar. No 1º pavimento encontra-se a
Sala de aula
Fonte: ArchDaily.com.br Fotografo: Nelson Kon. 0m
3
Figura 16. Pav. 1. Fonte: ArchDaily. Edição: Beatriz G., 2019
Legenda:
9m
Administrativo Depósito
N
Recreação
6
Sala de dormir
Banheiros 0m
Figura 17. Pav. 2. Fonte: ArchDaily. Edição: Beatriz G., 2019.
3
6
9m
Playground Circulação Vertical
sala de aula principal, que segue o layout da escola Montessoriana. Por m, no 2º pav. predomina-se a parte administrativa, salas de reunião e escritórios. Também se encontra algumas salas como: sala para dormir, trocador, preparo de mamadeiras e sala de recreação.
Página 20 3.3.ESCOLA EM ALTO DE PINHEIROS Figura 20. Fachada da Escola.
Arquitetos: Catherine Otondo e Marina Grinover (Base Urbana); Jorge Pessoa (Pessoa Arquitetos). Localização: Alto de Pinheiros, São Paulo, Brasil. Ano do projeto: 2015. Área: 796.0 m² Objetivo da Análise: Observar o programa, forma e a estrutura. Concreto O concreto armado foi pré moldado e permite o vão livre dos pavimentos e trás uma cor sóbria para transmitir a seriedade de uma escola. Brise Os brises permitem o sombreamento dos ambientes com parede de vidro e trazem cores para contrastar e agradar as crianças, além disso a escolha de tons pastéis são mais cativantes para autistas que se estressam com cores muito vibrantes. Madeira A madeira permite uma sensação mais familiar para as crianças, remetendo ao ambiente de casa por exemplo, quebrando a sensação industrial que o concreto tráz. Fonte: ArchDaily.com.br. Fotografo: Pedro Vannucchi.
Página 21 A escola contém duas salas de aula
N
tradicionais com cadeiras enleiradas e quadro negro, mas tem também salas dinâmicas e abertas (Figura 22). O refeitório por exemplo é atrativo para as crianças e adaptado à elas (Figura 21). Figura 21. Sala de aula.
Figura 23. Térreo. Fonte: ArchDaily. Edição: Beatriz G.
0m 1m
5m N
Fonte: ArchDaily.com.br Figura 22. Sala de aula.
Figura 24. Pav. 1. Fonte: ArchDaily. Edição: Beatriz G.
0m 1m
Legenda:
Fonte: ArchDaily.com.br
Salas de aulas
Banheiros
Área verde
Administrativo
Circulação Vertical
Refeitório
5m
Página 22
3.4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Projeto
ESCOLA NOSSA SENHORA DA CRUZ
Aspecto Aproveitado
Objetivo
Aberturas Zenitais e Beiral Largo
Aproveitar e utilizar a ventilação e a iluminação natural. Sombrear e proporcionar conforto térmico.
Ambientes Abertos
Facilitar a circulação e a integração do espaço como um todo.
Programa de necessidades
Permitir o uso de salas distintas ao mesmo tempo devido a integração dos ambientes de estudo.
Acessibilidade
Promover ao deciente físico a circulação livre e em coletividade com todas as outras crianças.
Transparência
Proporcionar uma permeabilidade visual, trazendo conforto e aconchego.
Cores e materiais
Tons pasteis, madeira e concreto para gerar contraste entre o infantil, o aconchegante e o industrial.
Estrutura
Uso de pré moldados e concreto armado para facilitar a execução do projeto, para garantir espaços abertos.
Programa
Oferecer salas tradicionais com cadeiras enleiradas para determinadas atividades e salas didádicas para outras.
BERÇÁRIO PRIMETIME
ESCOLA EM ALTO DE PINHEIROS
Quadro 2. Quadro de Aproveitamento. Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 23
4. ÁREA DE INTERVENÇÃO 4.1.
CONTEXTO DA CIDADE
Atíllio Correa Lima, um arquiteto e urbanista
Goiânia é uma metrópole, capital do Estado de
renomado, foi responsável pelo planejamento da cidade.
Goiás, no centro-oeste do país. Segundo o IBGE, a
Segundo Anamaria Diniz (2007), ele se baseou nas idéias
População estimada (2019) é de 1.516.113 habitantes e a
de Haussmann³ onde as vias convergiam para o centro.
área territorial é de 728,841 km² (2019). Está dividida em 7
Porém o projeto foi remodelado por Armando de Godoy
Regiões, sendo elas: Centro, Noroeste, Norte, Leste, Sul,
que usou os conceitos de cidade jardim onde todas as
Oeste e Sudeste.
casas tinham sua fachada principal voltada para uma
De acordo com Chaul (2009) cidade foi planejada e
praça interna, como o setor Sul.
idealizada para ser a Capital do estado, visto que a
O projeto foi concebido para um núcleo inicial de 50
Cidade de Goiás (a antiga capital) já tinha sido muito
mil habitantes, porém atualmente a população é 30 vezes
explorada, além de ter um crescimento limitado. Em 1932
maior (Figura 27). O crescimento desordenado fez com
Pedro Ludovico Teixeira começou a colocar em prática
que esses princípios se perdessem e hoje a cidade não
esse plano. Inicialmente houve a escolha do tereno, que
funciona da forma como Atíllio e Armando idealizaram,
segundo Chaul (2009, p.102):
além disso, houveram ocupações irregulares que resultou o traçado desigual da cidade.
[...]a comissão deniu-se por um local de água
1.400.000
abundante, bom clima, topograa adequada e
1.200.000
próxima à estrada de ferro. Tratava-se de Campinas
1.000.000
e a escolha do local foi corroborada por um técnico
800.000 600.000
de gabarito, com formação no exterior, Armando
400.000
Augusto de Godói.
200.000 0 1930
1940
1950
1960
1964
1970
1980
1991
2000
2010
Gráco 2. População. Fonte: IBGE. Elaboração: Beatriz Girão, 2019. ³Haussmann era um administrador público que foi responsável por reconstruir a cidade de Paris a pedido do imperador. Para isso, regiões inteiras deveriam ser demolidas e requalicadas, com a intenção de fazer de Paris uma nova Roma. As ruas convergiam ao Arco do Triunfo (Marcelo Albuquerque, 2018).
Página 24 4.2.
LOCAL DE INTERVENÇÃO
4.2.1. Histórico do Bairro 2004
O Residencial Canadá é um bairro localizado da região sudoeste de Goiânia/GO. Segundo o IBGE (2010) sua população é de 1.726 habitantes e conforme os moradores o bairro se deu início por volta dos anos 2000. Devido a
2009
idade e o tamanho do bairro, não existem documentos ou relatos ociais na biblioteca da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH) sobre a história do residencial.
2014
4
De acordo com os moradores , o bairro se iniciou a partir de um loteamento,
quando adquiriram os lotes. A partir disso muitas pessoas
começaram a construir suas casas. Ao analisar a linha do tempo (Figura 25) percebe-se a evolução rápida do bairro, devido o valor acessível dos lotes. Além disso, a promessa era que os equipamentos públicos e a rede de esgoto seriam
2019 Figura 25. Linha do tempo Res. Canadá Fonte: Google Earth. Edição: Beatriz Girão
implantados logo, porém até hoje não foi concretizado.
4
Entrevista feita com Sônia (40 anos de idade e mora no bairro há 20 anos) no dia 2 de Setembro e com Denilson (52 anos de idade e mora no bairro desde o início) dia 11 de setembro.
Página 25 Os bairros vizinhos são todos novos e em
4.2.2. Mapa de Bairros Vizinhos
desenvolvimento. De todos eles, apenas o
N
Residencial Monte Claro possui uma escola municipal com apenas 11 salas e 678 matrículas. Os demais não contém nenhum equipamento público, apesar disso, todos eles possuem Áreas Públicas Municipais destinadas aos equipamentos necessários, contudo, ainda não foram executados e a população acaba tendo que recorrer à bairros ainda mais distantes. Portanto, um equipamento público pode contribuir com a qualidade de vida de toda a região, 0m
300m
600m
900m
além da valorização do local. Figura 27. Ensino fundamental.
Figura 26. Mapa 1. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Legenda: Res. Flórida Res. Vereda dos Buritis S Rio Formoso Res. Monte Carlo Res. Canadá
Res. Brasil Central Moinho dos Ventos VI Santa Rita Gleba Área de intervenção
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 26 Vereda dos Buritis
4.2.3. Mapa de Pontos de Interesse
N 9
7
APM 1,5 e 9
Praças
Res. Canadá
Moinho dos ventos APM 6 e 7 Escolas APM 7 Parque APM 9 Creche APM 9, 10 Escola APM 10 Saúde APM 6 Creche Institu. APM 4, 5 e 8 Praças APM 5
Tabela 1. Fonte: SEPLANH. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
A região carece de equipamentos públicos, visto que não existem escolas, creches ou equipamentos de saúde. As Áreas Públicas Municipais (APM) são destinadas a usos especícos (Figura 28), de acordo com 1
o planejamento disponibilizado pela Secretaria Municipal
5 6 7
de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH), que 8
ainda não foram construídos.
9
Atualmente na região existem apenas duas
10 10 9
escolas que são privadas e de pequeno porte (Figura 29 e
7
30) que atende apenas uma parcela da população. 6
Figura 29. Educação Infantil.
4
5
Figura 28. Mapa 2. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
0m 80m
Figura 30. Ensino fundamental.
160m 240m
Legenda: Escolas privadas
Área de Intervenção
Res. Canadá
APM
Moinho dos Ventos
Vereda dos Buritis
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 27 As vias locais dão acesso a áreas restritas ou
4.2.4. Mapa de Hierarquia Viária
22
R.
4
5 Vb
7
R.
Vb
1
co
on t
re
4
al
R. R
c1
c2
c3
R. R
Figura 32. Ponto de ônibus.
13
to
DV
estão degradados (Figura 32) e pontos mais recentes e usuais (Figura 33).
on
M
público. Existem pontos de ônibus mais antigos que
.M
Rc
or
R.
19 M DV
R.
R. R
R.
Av .T
2
da cidade, além de facilitar o acesso do transporte
s
Rc R.
M DV
20
R. M DV R.
sucientes para possibilitar o acesso às demais regiões
M ar ro
5
Rc R.
R.
Figura 31. Mapa 3. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
R.
R.
6
R. 21
23
Av
La
Rc
7
Rc R.
go
8
uv er
22
M
M DV
M DV
co
um bairro familiar e residencial. As vias coletoras são
R.
Vb R. 2
an
R. R.
R.
R. V
28
vias locais são predominantes, visto que se trata de
Vb
R.
to
7
R.
Rc
9
on
O tta w a
Vb
R.
DV
22
6
10 Rc R.
11
27
Rc
Vb
Vb
A região de estudo não é movimentada e as
Ab re u
8
R.
R.
or
Rc
Rc
Rc
rápido e vias locais.
Vb
3
13
12
receber e distribuir o trânsito entre vias de trânsito
17
14
R.
R.
R.
Rc
Já as vias coletoras são responsáveis por
es de
Vb
Rc
14
R.
.V
wa
al
semáforos. 19
20
Rc
re
21
Rc
R. Rc
15
R.
Rc
R.
R. Rc
rit is Bu tta
Av c 29 R. R
R. Rc
do s er ed a
R. O
R.
Av .T
R.
R.
Rc
R.
22
v Al
Av .M on t
16
R. Rc
R.
Rc
Rc
cinto Av. Ja
15
R.
R. Rc
R. Rc
19
R.
residenciais, com pouco movimento e sem
N
0m 80m
Figura 33. Ponto de ônibus.
160m 240m
Legenda: Vias Locais
Área de interveção
Vias Coletoras
Pontos de ônibus
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 28 4.2.5. Redes de Infraestrutura Figura 34. Poste de Iluminação
Figura 35. Esgoto
Esgoto Iluminação e distribuição de água
Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
Figura 36. Poste de Iluminação
Figura 37. Esgoto
Segundo os moradores o bairro não possui rede de esgoto.
Os moradores não se queixam da iluminação ou da distribuição de água. A calçada não tem uma largura
Calçada
ideal (Figuras 36 e 37), porém existem poucas interrupções e não se encontra degradações. Os equipamentos públicos ainda não foram construídos. As APMs
Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
Figura 38. Lixo em lote baldio
Figura 39. Entulho em lote.
Equipamentos Públicos
existentes estão sem uso, sem calçamento ou manutenção e são usadas para o descarte irregular do lixo. A coleta de lixo é feita de forma
Coleta de lixo Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
regular.
Quadro 3. Infraestrutura. Fonte/Edição: Beatriz Girão, 2019.
Página 29 As edicações são predominantemente
4.2.6. Mapa de Gabarito
N
térreas, mas existem algumas de 2 pavimentos. A maior edicação possui 4 pavimentos, locada ao sul do mapa da região estudada, o restante tem no máximo por volta de 7 metros de altura. Isso decorre do perl do bairro que se mostra sereno e familiar, é periférico porém sem ocupações irregulares ou queixas de falta de segurança. Atrai famílias em busca de tranquilidade e um ambiente pacato. A paisagem se forma horizontalmente (Figura 47) e as árvores são maiores que as edicações.
Figura 40. Mapa 4. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
0m 80m
Figura 41. Tipologia das casas.
Figura 42. Residências Térreas.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
160m 240m
Legenda: 1 Pav.
3 a 5 Pav.
2 Pav.
Área de Intervenção
Skyline Figura 43. Skyline. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Página 30 As edicações residenciais prevalecem e os
4.2.7. Mapa de Usos 4
3
N
2
comércios existentes são pequenos e apenas para necessidades básicas, além disso a maioria deles são de pessoas que transformaram uma parte da casa em comércio. Apenas a avenida Vereda do Buritís pussiu supermercado e farmácia. O restante da região conta com mercearias e comércios menores. Figura 45. Residências térreas.
Figura 46. Drogaria local. 2
1
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019. Figura 47. Ferragista local.
Figura 48. Supermercado local. 4
3 Figura 44. Mapa 5. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
0m 80m
160m 240m
Legenda: Residencial
Misto
Comercial
Institucional
Área de intervenção Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 31 O bairro se iniciou por volta dos anos 2000, ou seja,
4.2.8. Mapa de Adensamento
N
um bairro novo, porém a maioria das quadras já estão edicadas (Figura 50). O recuo é geralmente mínimo ou inexistente. Apesar disso existem muitas áreas verdes e livres, o que auxilia na permeabilidade visual. Segundo o mapa disponibilizado pela Prefeitura de Goiânia (2010) a região analisada se trata de uma Área Especial de Interesse Social (AEIS), uma região propícia a implantação de habitações de interesse social. Com isso percebe-se que a região está destinada receber famílias e por isso escolas e creches são primordiais. Figura 50. Adensamento da região.
Figura 49. Mapa 6. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
0m 80m
160m 240m
Legenda: Cheios
Área de interveção
Vazios
APP
Fonte: Google Earth. Edição: Beatriz, 2019.
Página 32 A região dispõe de muita vegetação, possui
785
790
795
4.2.9. Mapa de Aspectos Físicos Naturais
bastante áreas verdes arborizadas e permeabilidade do
N
solo devido a uma APP (Figura 53) além de algumas APMs destinadas a parques e praças.
785 800
Existem árvores de grande porte nos canteiros, nas
790
4 2
vias locais e no quintal dos moradores que são mais altas
95
7
que as edicações, fazendo a paisagem agradável, assim como o conforto térmico. Figura 52. Árvores.
800
80
Figura 53. Árvores APP. 1
2
1
5
805
3
810
Fonte: Beatriz Girão, 2019. Figura 54. Árvores aglomeradas.
Fonte: Beatriz Girão, 2019. Figura 55. árvores do bairro. 4
3 Figura 51. Mapa 8. Fonte: Prefeitura de Goiânia.810 Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
0m 80m
160m 240m
Legenda: Curvas de nível
Árvores
Vegetação
Área de interveção
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 33 Como a região ainda não contém
4.2.10. Mapa de Mobiliário Urbano
N
equipamentos públicos, ela carece também de mobiliários urbanos. Não existem lixeiras ou bancos. Os postes de iluminação são sucientes e estão em boas condições, anal é um bairro novo. Esse
2
décit da abertura para implantação de mobiliários urbanos que podem trazer uma identidade ao bairro. As únicas placas são de nome de vias que 1
estão ilegíveis (Figura 57). Figura 57. Placas apagadas.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Figura 58. Telefone Público.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Figura 59. Poste das vias locais.
Figura 60. Poste vias coletoras.
1
Figura 56. Mapa 7. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
0m 80m
2
160m 240m
Legenda: Poste de Iluminação Área de interveção
Telefone Público Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Fonte: Beatriz Girão, 2019.
Página 34
N Legenda:
4.2.11. Mapa da Área de Intervenção -1
-2
-2
Árvore de pequeno porte
1
0
-1
Árvore de médio porte
Av. Montreal
Árvore de grande porte
103.4
8
0
Poste de iluminação
112.37 2
A área de trata de uma APM destinada à recreação infantil, porém a
94.58
117.64
1
R. Rc 7
R. Rc 10
Bueiro
Área: 26.281,46 m²
proposta será implantar uma escola integrada à uma praça pública.
2 3
O terreno tem uma inclinação leve de 3%. Esse
218.17
R. Ottawa
fator é muito importante
3 2 2 3 Figura 61. Área de Intervenção. Elaboração: Beatriz Girão
0m
25m
3
50m
para a acessibilidade do 75m
ambiente como um todo. A iluminação pública é
Figura 62. Corte Transversal. Elaboração: Beatriz Girão
suciente e garante uma certa segurança no local.
Figura 63. Corte Longitudinal. Elaboração: Beatriz
Página 35 4.2.11.1. Insolação e ventilação
Goiânia tem um clima tropical e sua temperatura média é de 24,9 ºC (Tabela 1). Os ventos dominantes em Goiânia são para a região noroeste e devido a ausência de grandes edicações, não existem barreiras. Os estudos da Figura 64 foram feitos em Janeiro às
Ventos Dominantes
8:00 e às 18:00 e em Julho às 9:00 e às 17:00. Na parte da manhã a sombra das edicações não interfere no terreno em nenhuma época do ano. Já
Figura 64. Sombreamento. Fonte: Prefeitura de Goiânia. Elaboração: Beatriz Girão,2019.
na parte da tarde, entre
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Temperatura Média (ºC) 26 26 25,9 25,3 24,7 23,7 23,3 23,4 24,3 25,3 25,6 25,8
17:00 e 18:00 parte delas
Tabela 1. Temperatura. Fonte: Climate. Elaboração: Beatriz Girão,2019.
afetam a extremidade do terreno.
Página 36 4.2.12. Condicionantes Legais Para viabilidade do projeto, é necessário seguir as legislações vigentes da cidade. Devido a ausência do documento de Uso do Solo que é disponibilizado pela prefeitura de Goiânia, foram utilizados os documentos básicos para construção de edicações como: Plano Diretor de Goiânia, Código de Obras e Edicações, NBR 9050 - Norma de Acessibilidade e NR 23 - Proteção contra incêndios. Para projetos de punho educacional, são utilizados documentos bases para instrução de construções de escolas como Ministério de Educação (MEC) e Lei de Diretrizes e Bases. A Área Pública Municipal (APM) destinada a Escola Infantil de número 6, localizada no bairro, não atende à área mínima exigida pelo Plano Diretor de 8 mil metros quadrados, portanto foi denida como área de intervenção para inserção da escola, a APM de número 5, destinada à praça e recreação infantil. Portanto, o terreno terá uma inclusão de atividades, sendo agora atribuído as funções de: praça, lazer e educação para população com foco no público infantil.
Página 37
5. ÁSPECTOS RELATIVOS À PROPOSTA 5.1. CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO
concursos públicos. Assim como funcionários da área de
A escola DiverCidade atenderá crianças da região do
manutenção, segurança e organização geral.
Residencial Canadá, com idades entre 4 e 12 anos. Voltada para
Por m, o equipamento atrairá todas as pessoas da região e
alunos de qualquer condição nanceira e com toda e qualquer
entorno que irão usufruir das atividades e ambientes abertos à
diversidade, garantindo a inclusão de crianças com mobilidade
comunidade, como playground, quadra poliesportiva, equipamentos
reduzida, TDAH, síndromes no geral, autismo, dislexia ou com questões
para contemplação, academia ao ar livre, etc.
familiares e psicológicas. A prefeitura assume que há um décit de escolas na cidade (apesar de não divulgarem os dados), e a região em questão se
O parque deve atender diversas faixa etárias em diferentes horas do dia, para manter um movimento no bairro e estabelecer um ponto de encontro.
encontra em uma área onde não há escolas no raio de 150 m, deduz-
A escola contará também com ambientes abertos ao público
se que é uma região carente. Devido essa demanda a escola
como Laboratório de informática, ateliê de arte e biblioteca. Desta
atenderá até 280 crianças, sendo 14 salas com aulas no turno matutino
forma se tem também um público de jovens adultos e idosos em busca
e vespertino (Do Jardim I ao 5º ano).
de aprendizado ou lazer.
O público também se baseia nos funcionários da escola, que trabalharão na parte administrativa ou dando aulas através de
Figura 64. Diversidade. Fonte: maisdiversidade.com.br/treinamentos-em-diversidade/ Edição: Beatriz Girão, 2019.
Figura 65. Praça. Fonte: dreamstime.com/illustration/fam%C3%ADlias.html Edição: Beatriz Girão, 2019.
Página 38 5.2. DEFINIÇÃO DO PROGRAMA
Setor Administrativo
Ambiente
Usuários
Mobil./Equipam.
Permanência
Quantidade
Área útil
Área construída
Recepção
10
Balcão, cadeiras e armário
Transotório
1
2,8 x 3,5 9,8 m²
+ 30% 12,74 m²
Secretaria
5
Mesa, cadeiras, computador e armários.
Prolongado
1
4,0 x 3,6 14,4 m²
+ 30% 18,72 m²
Diretoria
5
Mesa, cadeiras, computador e armários.
Prolongado
1
4,0 x 3,6 14,4 m²
+ 30% 18,72 m²
Coordenação
5
Mesa, cadeiras, computador e armários.
Prolongado
1
4,0 x 3,6 14,4 m²
+ 30% 18,72 m²
Sala dos professores
5
Mesa, cadeiras e armários.
Transotório
1
6,0 x 5,5 33 m²
+ 30% 42,90 m²
Arquivo
4
Prateleiras e mesas
Transotório
1
2,0 x 5,0 10 m²
+ 30% 13,0 m²
4
Bacia sanitária e pia.
4
2,06 x 1,38 2,84 m²
+ 30% 3,70 m² x 4 14,80 m²
Banheiro PNE
Quadro 4. Quadro Síntese. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Transotório
139,60 m²
Página 39
Setor de Serviço Ambiente
Usuários
Mobil./Equipam.
Permanência
Quantidade
Área útil
Área total (30%)
DML
4
Cadeira, mesas, armários, quadro
Transotório
2
2x3 6 m²
7,8 m² x 2 15,6 m²
Refeitório
200
Estantes, balcão, mesas e cadeiras
Transotório
1
13 x 10 130 m²
169 m²
Cozinha
5
Balcão, mesas e cadeiras.
Prolongado
1
5 x 10 50 m²
65 m²
Despensa
3
Armários, mesa
Transotório
1
3x4 12 m²
15,6 m²
Banheiro
1
Bacia sanitária e pia.
Transotório
2
2,06 x 1,38 2,84 m²
3,7 m² x 2 7,4 m²
Copa
20
Bacia sanitária e pia.
Transotório
1
5 x 10 50 m²
65 m²
Descanso dos funcionários
30
Puff, mesa, cadeiras, sofá, tv.
Prolongado
1
5 x 10 50 m²
65 m²
402,58 m² Quadro 5. Quadro Síntese. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Página 40
Setor Educacional Ambiente
Usuários
Mobil./Equipam.
Permanência
Quantidade
Área útil
Área construída
Salas de aula
20
Cadeira, mesas, armários, quadro
Prolongado
14
5 x 10 50 m²
65 m² x 14 910 m²
Biblioteca
100
Estantes, balcão, mesas e cadeiras
Prolongado
1
18 x 10 180 m²
234 m²
Sala de dança
20
Barras, mesas e cadeiras.
Prolongado
1
10 x 15 150 m²
195 m²
Laboratório de informática
20
Mesas, cadeiras, computadores.
Prolongado
2
5 x 10 50 m²
65 m² x 2 130 m²
Laboratório de ciências
20
Mesas, cadeiras e armários.
Prolongado
1
5 x 10 50 m²
65 m²
Ateliê de artesanato
20
Mesas, cadeiras e armários.
Prolongado
2
5 x 10 50 m²
2 x 65 m² 130 m²
Sala de vídeo
20
Projetor, tela, cadeiras, mesas.
Prolongado
1
10 x 10 100 m²
130 m²
Quadra Poliesportiva
100
Gol, rede de basquete e vôlei.
Prolongado
1
16 x 27 480 m²
624 m²
Playground
15
Brinquedos
Prolongado
2
10 x 8 180 m²
234 m² x 2 468 m²
Banheiro PNE
8
Vaso, lavatório e chuveiro
Transitório
1
11,07 x 2,06 22,72 m²
29,54 m²
Vestiário
20
Armários e bancos.
Transitório
1
5 x 10 50 m²
65 m²
Quadro 6. Quadro Síntese. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
2.915,54 m²
Página 41
Setor Recreativo Ambiente
Usuários
Mobil./Equipam.
Permanência
Quantidade
Área útil
Área total
Pátio
250
-
Transitório
1
50 x 10 500 m²
+ 30% 650 m²
Playground
15
Brinquedos, equipamentos para diversão
Transitório
2
10 x 20 200 m²
+ 30% 260 m² x 2 520 m²
Quadra Poliesportiva
100
Gol, rede de basquete, acento.
Transitório
1
16 x 27 480 m²
+ 30% 624 m²
15
Equipamentos de academia.
2
10 x 8 180 m²
+ 30% 234 m² x 2 468 m² + 30% 234 m² x 4 936 m²
Academia ao ar livre
Transitório
Jardim
50
Bancos.
Transitório
4
10 x 8 180 m²
Anteátro
250
Acentos.
Prolongado
1
20 x 18 350 m²
+ 30% 455 m²
Pista de skate
20
Skate
Prolongado
1
20 x 10 200 m²
+ 30% 260 m²
Quadro 7. Quadro Síntese. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
3.913 m²
Página 42
Setor de Serviço Ambiente
Usuários
Mobil./Equipam.
Permanência
Quantidade
Área útil
Área construída
Estacionamento Comum
75
Carros
Transotório
75
2,5 x 5 12,5 m²
16,25 m² x 75 1.218,75 m²
Estacionamento PCD
2
Carros
Transotório
2
3,6 x 5 18 m²
23,4 m² x 2 46,8 m²
Estacionamento Idoso
4
Carros
Transotório
4
2,5 x 5 12,5 m²
16,25 m² x 5 65 m²
Estacionamento Grávida
4
Carros
Transotório
4
2,5 x 5 12,5 m²
16,25 m² x 5 65 m²
Estacionamento de serviço
4
Carros
Transotório
4
2,5 x 5 12,5 m²
16,25 m² x 5 65 m²
Bicicletário
280
Bicicletas
Transotório
280
2x1 2 m²
2,6 m² x 280 728 m²
Área permeável: 5.738,84 m²
2.188,55 m²
Quadro 8. Quadro Síntese. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
ÁREA TOTAL EDIFICADA: 3.457,69 m²
TOTAL GERAL: 9.507,24 m²
Página 43 5.2.1. Descrição de ambientes Secretaria: Sala para resolver assuntos burocráticos e administrativos.
que são parques de diversão. Todos eles serão acessíveis para crianças com diculdades de locomoção, gerando a integração de crianças diferentes. Duas unidades do
Coordenação: Sala do (a) coordenador (a),
parque será dentro da escola, destinada exclusivamente
responsável por acompanhar os resultados de
aos alunos, e as outras duas na praça para atrair e atender
aprendizagem da escola.
as crianças da comunidade.
Diretoria: Sala do (a) diretor (a), responsável por
Anteatro: Utilizado para apresentações artísticas, o
administrar a escola e as nanças, supervisionar o projeto
anteatro é a união de dois teatros que forma uma
político-pedagógico, organizar eventos escolares e
estrutura esférica.
envolver a comunidade. Sala dos professores: Sala onde os professores se reúnem para socializar, conversar e tomar café ou fazer reuniões, assim como guardar seus objetos pessoais e material de trabalho. Pátio: Ambiente aberto onde os alunos podem brincar, conversar se exercitar, entre outras atividades, só depende da criatividade das crianças. É um ambiente livre para cada um fazer o que quiser, além de ser o ponto de encontro da escola, um ambiente que leva para todos os setores do programa. Playground: O programa conta com 4 playgrouns
Biblioteca: A biblioteca é um dos ambientes que serão compartilhados com o público, com um acesso monitorado. Sala de dança: Serão compartilhadas com o público oferecendo aulas de diferentes tipos de dança. Laboratório de informática: Será usado pelos alunos para pesquisas e para oferecer cursos básicos ao público. Ateliê de artes: Usado para aulas de artes pelos alunos e para oferecer cursos básicos para o público. Sala de vídeo: Sala com projetor e almofadas para que os alunos possam assistir lmes e vídeos didáticos ou para lazer.
Página 44
5.3. CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO
DI VER CIDADE
O conceito se baseia a partir da palavra ‘‘DIVERSIDADE’’, visto que a ideia é acolher crianças diversas, com o maior numero de diferenças umas das outras. O jogo de palavras traz outras ideias, já que a escola deve ‘‘VER’’ todas as crianças e não marginalizalas. A palavra CIDADE remete ao espaço urbano e a necessidade que as crianças tem de integração com a comunidade. O quebra-cabeças é um jogo que representa a coletividade. Cada peça é diferente uma da outra, e cada uma tem seu valor, sem uma das peças o jogo não é concluído e a imagem não se completa. E a partir disso se da o conceito formal.
Para concretizar esses conceitos o partido virá através da acessibilidade do prédio, que será uma parte fundamental para que todas as crianças acessem todos os ambientes pelo mesmo percurso, por isso não haverá escadas. Banheiros não serão separados por sexo e os parques serão todos acessíveis de forma que nenhuma criança se sinta ‘‘excluída’’. A escola será integrada com um parque, para que a comunidade se aproprie do espaço público. O partido formal fará referência ao quebra-cabeça de forma que cada setor terá um bloco e todos juntos formarão o edifício. Assim como o uso da gura no acabamento.
Página 45 5.3.1. Interpretações e Apropriações iniciais na Área de Intervenção Considerando que vão chegar
A partir desses estudos, observa-
O projeto de uma escola de
de distintas regiões, os caminhos
se as passagens e atalhos percorridos
ensino fundamental deve levar em
prováveis são de extrema importância
pelos pedestres que estabelece um
consideração principalmente os
para a escolha do local da
ponto de encontro, o lugar ideal para
pedestres, visto que a maioria das
implantação.
implantar o edifício escolar, visto que é
5.3.1.1. Fluxos e Acessos
crianças moram próximas e vão a pé
mais acessível.
ou de transporte coletivo. Atualmente não existem caminhos no terreno, devido à dimensão do mesmo, além de não ter calçada ou manutenção da vegetação. Porém existe um campo de futebol usado por jovens e crianças (Figura 66). Depois de perceber o uxo
0m
50m
Figura 66. Mapa de uxos. Elaborado por Beatriz Girão.
100m
0m
50m
Figura 67. Mapa de uxos. Elaborado por Beatriz Girão.
existente, foi feito um estudo analisando os possíveis percursos que serão feitos dentro do terreno, a partir das ruas do entorno.
Legenda: Acessos de pedestres Fluxos internos Campo de futebol
Legenda: Acessos de pedestres Ponto de encontro
100m
Página 46 5.3.1.2. Acesso de Veículos
5.3.1.3. Implantação
A análise do uxo de veículos e
A partir disso, se conclui que a
transporte coletivo é importante para
escola deve ser acessada por alguns
O estacionamento será locado
entender a forma mais fácil de acessar
lugares atendendo a demanda de
na parte inferior, próximo a uma via de
a escola através dos mesmos.
uma grande quantidade de usuários
uxo médio e de forma que atenda
que chegam de diversas regiões da
tanto a escola, quanto a praça.
Considerando que o terreno é cercado por duas vias coletora e duas
cidade.
vias locais, percebe-se que há uma
O acesso à escola deve ser feito
uxo pequeno, um médio e um grande
de duas formas: crianças que chegam
(Figura 68).
para estudar que devem entrar por
praça e chegam ao edifício.
A maior parte da escola cará posicionada para sul e leste, garantindo o conforto térmico.
uma região com menor movimento de carros; pessoas acessando à recepção por diversos motivos, sendo assim, sera feito próximo da via com mais uxo. Outro fator importante é o Figura 68. Mapa de uxos. 0m Elaborado por Beatriz Girão.
Legenda: Ponto de ônibus Fluxo alto de veículos Fluxos médio de veículos Fluxo leve de veículos
80m
160m 240m
acesso à praça que será integrada à escola, que deve ser feito do ao oeste
Figura 69. Mapa de uxos. 0m Elaborado por Beatriz Girão.
80m
160m 240m
da gura 69, visto que os ventos predominantes vem da região noroeste, sendo assim, passam pela
Legenda: Acesso dos alunos Acesso à recepção Acesso à praça
Praça Estacionamento Escola
Página 47 5.3.2. Aspectos Formais 5.3.2.1. Escola Para se iniciar o processo criativo da forma foram levadas em consideração alguns fatores, como garantir o conforto visual de crianças com determinadas diculdades, a integração do edifício com a praça e a adoção do partido arquitetônico que se da através de blocos que se conectam de alguma forma.
O partido formal se da através
5.3.2.2. Praça
da construção em blocos separados
A praça terá uma identidade
que se conectam por caminhos e
visual que se integre à escola, por isso
coberturas, assim a setorização ca
Os caminhos e ambientes terão formas
clara, estabelecendo hierarquia e
extraidas da peça de quebra-cabeça
separação de ambientes sem
(Figura 69), fazendo mais uso do circulo
barreiras físicas, fazendo com que a
que se adequa à ideia de explorar
própria criança entenda onde ela
elementos curvos.
deve ou não circular.
Ambientes da praça serão de
Além disso, cada ambiente terá um ponto central determinando.
complementares à escola disponibilizando atividades à população além de integra-la com os
~ Elementos curvos sao
muito importantes quando se trata de um
alunos, trazendo o conceito de Setor Serviço
´ ambiente para criancas, e
Diversidade. Setor Adm.
^ mais harmonico e
´ elas, alem interessante a ´ disso criancas com autismo se sentem mais acolhidos nesses ambientes.
Setor Recre.
Setor Educa.
Figura 70. Setores. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Figura 71. Forma. Elaboração: Beatriz Girão, 2019.
Página 48 5.3.2.3. Ideais Infantis Um fator muito importante para as decisões de
disso a maioria das crianças gostam de tarefas artísticas
projeto, fachadas e usos é acatar ideias dos principais
manuais, idealizam desenhos nas paredes para colorir,
usuários. Portanto foram realizadas pesquisas com crianças
ambiente para usar tintas e massinhas.
de idades entre 5 e 10 anos para entender como seria a
Um outro fator em comum é a necessidade de atividades ao ar livre, esperam que as salas sejam
escola ideal na visão deles. Ao realizar entrevistas e fazer questionamentos, percebe-se que as crianças possuem referências parecidas
integradas à jardins, que o refeitório seja ao ar livre e que tenham diversas atividades na grama.
e diversas vontades em comum. Geralmente, o primeiro
Também se interessam por formas inusitadas, janelas
ambiente em que pensam é o parque, onde imaginam
diferentes, portas grandes e tudo bastante colorido e
escorregadores diferentes, balanços e pula pula. Além
lúdico.
Figura 72. Hellen, 5 anos. Fonte: Acervo Pessoal.
Figura 73. Enzo, 6 anos . Fonte: Acervo Pessoal.
Figura 74. Ingrid, 7 anos. Fonte: Acervo Pessoal.
Página 49
5.4. Setorização e Fluxos
Legenda: Setor Recreativo Setor Educacional Setor Administrativo Setor de Serviço Figura 75. Setores da escola. Fonte: Beatriz Girão, 2020.
Legenda: Fluxo do público geral compartilhado com alunos e funcionários da escola; Fluxo dos alunos e funcionários da escola; Fluxo dos funcionários da escola; Fluxo de Serviço. Figura 76. Fluxos da escola. Fonte: Beatriz Girão, 2020.
Página 50
5.5. Processo Formal
A primeira etapa foi colocar um pátio central, e logo em seguida, as salas de aula em volta. Depois foram acrescentadas as salas que serão divididas com o público. Em seguida o bloco da administração e por ultimo o setor de serviço e a quadra poliesportiva, a forma foi reexo do espaço e das soluções funcionais. As formas usadas na cobertura deram o movimento da fachada,
Legenda: Setor Recreativo Setor Educacional Setor Administrativo Setor de Serviço
pois cada uma tem uma altura diferente. Figura 77. Processo Formal. Fonte: Beatriz Girão, 2020.
Página 51
5.6. Sistemas Construtivos
Figura 78. Alvenaria. Fonte: Beatriz Girão, 2020.
Considerando que as
Figura 79. Laje impermeabilizada. Figura 80. Telha de Fribrocimento. Fonte: https://fotos.habitissimo.com Fonte:https: www.leroymerlin.com. .br/foto/impermeabilizacao-laje. br/telhas-de-brocimento/Brasilit.
Algumas coberturas
Os telhados mais
Figura 81. Brises. Fonte: ArchDaily.com.
O brise usado foi
formas do prédio são simples usadas no projeto são laje amplos são de telhas de escolhido a partir de um dos e podem ser executadas i m p e r m e a b i l i z a d a p o r brocimento na cor branca estudos de casa, que além com facilidade, a decisão permitir uma forma leve e para amenizar a condução de amenizar a insidencia do foi o uso de alvenaria, pois lisa, porém em apenas de calor. Além disso os s o l d a s s a l a s , e l e s s ã o além de ser resistente e trechos pequenos para ambientes onde ela se divertidos e podem ser barato, esse processo é e v i t a r p r o b l e m a s d e e n c o n t r a c o n t a m c o m manuseados pelas crianças. muito usual e garante uma inltração.
m u i t a s a b e r t u r a s , O elemento também foi
boa mão de obra e facilita a
garantindo a ventilação usado para o fechamento
manutenção.
natural.
da escola.
Página 52
5.7. Memorial Justicativo
Como foi abordado no início do trabalho, a escola
As salas terão mobiliários ergonômicos, reguláveis e
abrange o máximo de particularidades e individualidades
modulares, assim o layout pode ser alterado de acordo com
dos usuários, sendo assim algumas decisões de projeto
a atividade, mas sempre garantindo boa circulação.
devem ser feitas com todo cuidado e atenção.
De acordo com o Ministério da Educação
O terreno foi denido por estar localizado um uma
“Parâmetros básicos de infraestrutura para instituições de
região carente de equipamentos públicos, mas
Educação Infantil Encarte I 2006”, as aberturas devem ter
principalmente por ser uma área ampla e plana,
uma área igual a 1/5 da área do ambiente, garantindo
facilitando as soluções de acessibilidade e garantindo
bastante luz e ventilação natural e o máximo que contato
uma escola totalmente térrea.
visual com a natureza.
A primeira solução foi dividir os platôs com o menor
Outra etapa do projeto foi locar o setor educacional
desnível um do outro possível, assim as rampas não
que será compartilhado com o público, portanto será um
exigem muito espaço. Dessa forma também se garante
ambiente que oferecerá aulas diversas à toda a população
que o terreno tenha uma inclinação leve a ponto de
da região. Esse ambiente deve ter conexão tanto com as
permitir a circulação livre de cadeirantes, sem limitações
salas de aula quanto um acesso individual. Esse por sua vez
como rampas.
ca voltado para a praça, próximo aos equipamentos a m
O processo projetual do edifício partiu da ideia de
de atrair seus usuários para as atividades da escola.
um pátio central contornado pelas salas de aula,
Os banheiros destinados aos alunos serão
evitando corredores ou barreiras visuais. A escola
padronizados, todos acessíveis e sem distinção por sexo,
atenderá do Jardim I ao 5ª ano, portanto foram locadas
garantindo que qualquer aluno possa utilizar qualquer
14 salas, sendo duas por série.
banheiro. Para garantir um controle e a supervisão desse
Página 53
espaço, somente as cabines são fechadas, enquanto os lavatórios cam sempre a vista.
Cores neutras e formas arredondadas são soluções para tornar o ambiente mais agradável ao maior número
A partir das soluções do setor educacional, foi locada
de crianças. Crianças do espectro autista ou hiperativas,
a administração de maneira que permita fácil acesso pela
por exemplo, preferem. Portanto é importante manter
Av. Montreal e garantindo boa visibilidade. Ao leste,
cores divertidas para que todas as crianças se sintam
próxima à vai local então, foi inserido o acesso dos alunos
inseridas no local.
em um ambiente mais calmo e seguro.
Todos os funcionários da escola, assim como os
Por m, o setor de serviço foi posicionado próximo a
alunos, devem ter aulas de libras para garantir a
Av. Montreal a m de garantir boa acessibilidade para os
comunicação sem limitações. Assim como alarmes visuais
entregadores. O refeitório possui vegetação, um item que
junto aos sonoros, a m de situar todas as crianças ao
as crianças geralmente apreciam, pois associam ao
mesmo tempo. Essa interação será feita no setor
piquenique. A maior parte é piso de concreto liso, assim
educacional compartilhado com o público a m de
como em todo o projeto, garantindo o conforto de
oferecer à qualquer outra pessoa que tenha interesse.
locomoção de pessoas com deciências motoras.
O refeitório deve oferecer alimentos saudáveis e opções
Toda a praça e escola será equipada com piso tátil a m de facilitar a locomoção de pessoas com deciências visuais. Considerando que decientes visuais podem tem
para restrições alimentares básicas, como intolerâncias e alergias ou pessoas vegetarianas. Todo o mobiliário da praça é projetado para que
níveis de visão distintos e que a maioria consegue perceber
seja o mais acessível possível.
alguns tons, uma solução paisagística foi aplicar pisos com
O anteatro garante o acesso de cadeirantes em quase
cores diferentes indicando os acessos.
todos os lugares, assim ele pode decidir onde se
Página 54 posicionar ao invés de um lugar especíco destinado a ele. 6. PROJETOS
Garante também o acesso livre ao centro onde acontecem as apresentações. O playground lúdico permite que todos tenham
N
acesso e que cada um brinque da sua maneira, além de explorar a criatividade das crianças. A maioria deles
23
atendem cadeirantes e possui uma variedade de opções
APP 12
como brinquedos mais calmos, para crianças que gostam
da escola são amplos para garantir que as crianças
15 16 17
Av. Montreal
16 24 23 22
15 16 17
mais livremente, lembrando que não só os alunos podem
24 23 22
15
33
19 20 21
R. RC 13
andem todas juntas e que cadeirantes possam circular
34
18
R. RC 7
Todos os acessos tanto da praça quanto ao longo
15
16
R. RC 14
R. RC 10
de trabalhar a mente e brinquedos mais radicais.
APM
19
21
APM
Planta de situação
APM
APM
0m
20 m
40 m
R. RC 8
16
17
3
30 29 31
18
16
15
R. RC 9
funcionários no geral.
14
2
19 20 21 22 23
20
14 15
32
1
3
R. Vancouver
18
R. Ottawa
ter essa necessidade, mas também professores e
19 18 17
20
17 14 17
2
21
13
3
2
1 22
10
24
17 16
25 26
15
17
14
27 28
13
18
13
29
12
19
12
30
11
20
11
31
14
11
N
Implantação
0m
25 m
50 m
N
Planta do tĂŠrreo
0m
10 m
20 m
Pรกgina 57
10 m
20 m
Corte 1
0m
Corte 2
0m
10 m
20 m
Corte 3
0m
10 m
20 m
0m
10 m
20 m
Corte 4
Página 58
Pintura cinza
Fachada 1
0m
Vidro temperado
Pintura branca
Fachada 2
10 m
0m
10 m
Vidro temperado
0m
Janela de alumínio colorido
10 m
Brise de alumínio
Brise de alumínio
Janela de alumínio colorido
Pintura cinza
Brise de alumínio
Brise de alumínio
Vidro temperado
Brise de alumínio
0m
Janela de alumínio colorido
Pintura azul claro
Vidro temperado
20 m
Pintura branca
10 m
Pintura azul claro
20 m
Pintura azul claro
Vidro temperado
Brise de alumínio
Telha de brocimento
0m Fachada 4
Pintura branca
20 m
Brise de alumínio
Fachada 3
Vidro temperado
20 m
Brise de alumínio
10 m
20 m
Abertura
Detalhamento de mobiliários
Página 59
Vista Vista Planta Banco coberto
Perspectiva 5m
2,5 m
0m
Planta Perspectiva Balanço acessível
2,5 m
0m
Planta
5m
Perspectiva Vista Gangorra acessível
0m
5m
2,5 m
Altura padrão
Vista
Pet Crianças e cadeirantes
Planta Perspectiva
Planta
Perspectiva Vista
Balanço para deitar
0m
2,5 m
5m
Bebedouro acessível 0 m
2,5 m
5m
Página 60
Vista 0m
2,5 m
5m
Planta Mesa interativa
Perspectiva 5m
2,5 m
0m
Perspectiva Planta
Anteátro 0 m
2,5 m
5m
Espaço amplo para permitir um uxo grande e dar possibilidades para brincadeirasou eventos Baia de acesso
Acesso dos alunos
Acesso dos alunos
Acesso dos alunos
Acesso administrativo
Acesso de serviço
Página 61
Página 62
O playground tem a nalidade de divertir crianças em qualquer condições e até adultos Playground
Brinquedos interativos tem a nalidade de exercitar a criatividade e a mente das crianças Playground O anteátro ca no mesmo nível a m de garantir fácil acessibilidade a qualquer pessoa
Playground
Anteátro
Página 63
Sala de aula
Biblioteca
Sala de música
Sala de dança
Pรกgina 64
Quadra poliesportiva
Refeitรณrio
Refeitรณrio
Fachada da Av. Montreal
Pรกgina 65
Página 66 CONCLUSÃO
A partir do desenvolvimento da pesquisa, pôde-se observar que a falta de inclusão existe em todos os lugares com diversas pessoas, visto que a sociedade se baseia em padrões de várias maneiras. Para projetar uma escola que proporcione maior inclusão foi necessário pensar em todo tipo de diversidade, além de escolher um local que por si só não está exatamente incluso no contexto da cidade. Para um futuro melhor e mais junto, as crianças devem ter acesso a informação e consciência da diversidade que existe na saciedade. Além disso, todos os arquitetos devem colaborar para proporcionar cada vez mais equidade.
Página 67
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