Introdução Uma dieta equilibrada garante vida saudável à gestante e ao bebê. Já foi provado cientificamente que muitas doenças crônico-degenerativas se iniciam no interior do útero, por isso torna-se importante o cuidado com alimentação nesse período. É importante que a gestante realize de seis a oito refeições por dia, dando preferência ao consumo de frutas, legumes e verduras. O jejum prolongado favorece a formação de corpos cetônicos, que são substâncias químicas produzidas pela decomposição das gorduras, e quando constituem o único substrato energético da gestante, pode causar efeitos deletérios para o feto. No período de formação do bebê, o corpo da mãe utiliza uma parte de líquidos e energia provenientes da alimentação que ajudam no crescimento e na manutenção dos artifícios que protegem o feto, como a placenta e o líquido amniótico. A outra parte da energia fica retida em forma de gordura, localizando-se no abdômen, costas e coxas, sendo utilizada no decorrer da gravidez e do aleitamento. Porém, caso haja um exagero no consumo de calorias, a energia ficará armazenada como gordura localizada. Neste período, a gestante não deve nem pensar em perder peso caso esteja insatisfeita com os quilinhos a mais, já que as deficiências nutricionais podem interferir na formação e no crescimento do bebê. Todas as vitaminas são importantes no período em que o feto está em desenvolvimento. O ácido fólico, o ferro e o cálcio, por exemplo, são elementos fundamentais para que a gravidez ocorra normalmente.
Ganho de peso durante a gestação
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Alimentação na gestação A gestante não deve comer por dois, mas consumir pelos dois os nutrientes essenciais para a saúde da mãe e do bebê. A palavra-chave é qualidade, não é quantidade. Geralmente, a mulher deve aumentar a ingestão para apenas 200 a 300 calorias após o segundo trimestre. Há sempre muitas dúvidas em relação à alimentação das mães que acabam de saber que estão grávidas. Mas não há uma formula mágica de “alimentação para gestante”. Existem sim algumas dicas preciosas para uma alimentação saudável durante toda a gravidez. Durante toda a gravidez, a mulher deve se alimentar a cada três horas. Deve ser uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três a quatro porções de legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre variando para assim obter os mais variados minerais e vitaminas que mãe e bebê precisam. Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia. O primeiro trimestre é marcado por um aumento da frequência cardíaca e volume do sangue da mãe, fase importante de desenvolvimento de partes vitais do bebê, como o sistema nervoso. Nessa fase, a ingestão de ferro, ácido fólico e líquidos são de extrema importância. Isso não quer dizer que esses componentes são importantes só nessa fase, eles têm que fazer parte de toda a gestação.
Tipos de alimentos/ nutrientes que a gestante deve consumir: Ferro: encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e verduras (espinafre, por exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo organismo, consuma na mesma refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e tomate, e evite alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, que diminuem a absorção do ferro.
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Ácido fólico: encontrado em vegetais verdes escuros (espinafre, couve, brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo micro-ondas e altas temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a partir do segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de vitaminas C (que age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, além de fortalecer o sistema imunológico da mãe) e B6 (importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto) e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo). Vitamina C: encontrada nas frutas como kiwi, laranja, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliças (brócolis, pimentões, tomate, couve-flor). Vitamina B6: encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras Magnésio: encontrado nas nozes, soja, cacau, frutos do ar, cereais integrais, feijões e ervilhas. O cálcio e a vitamina D devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o bebê começa a esgotar a reserva da mãe. O bebê precisa de cálcio para a sua formação óssea (dentes e ossos). Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos cardíacos. Já a mãe precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries, evitar gengivite e câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto. Cálcio: encontrado em leites e derivados, bebidas de soja, tofu, gema de ovo e cereais integrais. Vitamina D: encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio nos ossos. Esses não são os únicos nutrientes que mãe e bebê precisam durante toda a gravidez. Outros importantes são:
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Carboidratos: fornecem energia para a mãe e para o desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e cereais que são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mãe.
Proteínas: encontradas em carnes, feijão, leite e derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos da mãe e do bebê. Lipídeos: são as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão. Vitamina A: ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto e na imunidade da gestante. É encontrada no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos. Niacina (vitamina B3): transforma a glicose em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral do feto. É encontrada em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados. Tiamina (B1): também estimula o metabolismo energético da mamãe. É encontrada em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e leveduras. Alimentos a serem evitados: • Carne mal passada • Peixe cru • Peixe com alto teor de mercúrio (A ingestão de peixe é importante, especialmente a ingestão dos mais ricos em ómega 3, importantes para o bom desenvolvimento do cérebro do bebé. Peixes como o peixe-espada, merluza, agulhão e atum são ricos em mercúrio e devem ser ingeridos com moderação). • Ovos crus • Maionese caseira • Bebidas não pasteurizadas (a pasteurização faz com que o leite ou os sumos sejam aquecidos a uma temperatura que mata os microrganismos sem modificar as características do alimento. Por isso, verifique sempre se os sumos e leite são pasteurizados, antes de ingeri-los).
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• Queijos moles (Os queijos são grandes fontes de bactérias. Especialmente os queijos moles e frescos que são feitos de leite não pasteurizado - contêm bactérias como a Listeria (responsável pela listeriose), devem ser evitados quando se está grávida). • Adoçantes artificiais (O Ciclamato é completamente desaconselhado para qualquer pessoa, não só durante a gravidez. A Sucralose, Aspartame e Sacarina são consideradas relativamente seguras se forem ingeridas com bastante moderação e quando orientados pelo médico ou nutricionista) • Embutidos, frios e frituras • Álcool • Sal e açúcar em excesso • Cafeína e refrigerantes (a cafeína aumenta a sensação de queimação, e junto com o refrigerante aumenta a excreção de cálcio). Exemplo de cardápio balanceado para gestantes:
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Retenção de líquidos A retenção de liquido é comum durante a gestação, principalmente nos 3 últimos meses. Isto ocorre devido á água extra em todo o corpo e também por alterações bioquímicas e fisiológicas durante a gravidez. Neste momento ocorrem alterações hormonais como o aumento da prolactina, estrogênio, progesterona, aumento do volume plasmático aumentando a água corporal. Outro fator importante para a retenção de líquidos é o aumento de peso uterino. Quando a mulher fica na posição ortostática (em pé), ocorre um aumento na pressão venosa nos membros inferiores, provocando um distendimento das veias, levando ao extravasamento de líquido para o interstício (o edema), e também o surgimento das varizes. Para ajudar a prevenir a retenção de liquido é importante: - Ter uma alimentação saudável rica em vitaminas e mineras; - Beber no mínimo 2 litros de água por dia; - Evitar roupas e sapatos apertados; - Manter-se fisicamente ativa.
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Dicas Nutricionais - Inclua de 4 a 5 porções por dia de vegetais verde-escuros em suas refeições. Esses contêm magnésio, clorofila e são ricas em antioxidantes, que facilitam a circulação sanguínea, além de serem diuréticas. - Diminua o consumo de café preto, chá, mate, guaraná, refrigerantes e chocolate. Esses alimentos á base de cafeína levam a desidratação, fazendo com que o corpo retenha mais líquido. - Reduza a ingestão de sal, assim você poderá evitar os inchaços pela retenção de líquidos causada pelo sódio. - Inclua alimentos diuréticos como: alface, tomate, pepino, cenoura, aipo, chuchu, aspargo, espinafre, couve, escarola, agrião, repolho, broto de feijão, berinjela, melancia, melão, manga, morango, abacaxi, pêssego, pera, uva, limão, maracujá, mamão, maçã, e temperos como hortelã, erva doce, coentro e salsinha. - Os chás também colaboram com o funcionamento dos rins, estimulando a eliminação dos líquidos acumulados no corpo, entre esses pode-se utilizar: Capim-cidreira, carqueja, cavalinha, chapéu-de-couro, quebra pedra. Fazer chá das folhas (30 g para 1 litro de água). Tomar 5 xícaras ao dia. - Use mais fibras em sua alimentação como farelo de trigo, linhaça triturada, aveia, grão de soja, etc. Estes alimentos previnem a prisão de ventre e redução a sensação de “estar estufada”. - Opte pelos carboidratos complexos que regulam por mais tempo o açúcar no sangue e dão mais energia: maça, damasco, ameixa, banana, barra de cereal, granola, etc.
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- Consuma peixes ricos em ácidos graxos Omega-3 como salmão sardinha, atum, truta, arenque. Os alimentos ricos em Ômega – 3 diminuem a retenção por serem ricos em minerais como selênio e potássio.
- EVITE: embutidos e processados, alimentos em conserva (azeitona, pepino, alcaparra), queijos amarelos, bacalhau, charque, carnes defumadas, temperos industrializados (ketchup, mostarda, shoyo, caldo knorr, sazon), patês comprados prontos, margarinas e manteiga com sal, bolachas de água e sal, frituras em geral, doces (chocolate, balas, etc.) e refrigerantes.
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia A pré-eclâmpsia é uma doença gestacional que surge geralmente após a 20ª semana (fim do 2º ou 3º trimestre). A gestante desenvolve hipertensão arterial e apresenta como característica a proteinúria (excreção de proteína pela urina) e edema (principalmente nas extremidades). A causa exata da pré-eclâmpsia ainda é desconhecida. As possíveis causas incluem: doenças autoimunes; problemas nos vasos sanguíneos, dieta e genética. Essa doença ocorre em uma pequena porcentagem das gestações. Os fatores de risco incluem: primeira gestação; gestação múltipla (gêmeos ou mais); obesidade; idade superior a 35 anos; histórico anterior de diabetes, hipertensão ou doença renal. Sintomas da Pré-eclâmpsia Geralmente, as mulheres diagnosticadas com pré-eclâmpsia não se sentem doentes. Possíveis sintomas da pré-eclâmpsia: - Inchaço nas mãos e rosto/olhos (edema) - Ganho de mais de um quilo por semana - Ganho de peso súbito em um ou dois dias Observação: apresentar um pouco de inchaço nos pés e tornozelos é considerado normal durante a gravidez. A eclampsia é um grau mais extremo dos efeitos da pré-eclampsia, caracterizado por convulsões, às vezes seguidas de coma, débito renal e disfunção hepática. Geralmente ocorre um pouco antes do parto e é encarado como resultado final de pré-eclâmpsia.
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Sintomas da Eclâmpsia – Cefaléia – Agitação psicomotora – Epigastralgia (dor e queimação) Dicas nutricionais: - Diminuir o consumo de sal - Optar por substituições ao sal para deixar sua comida mais saborosa, como: cebolinha, salsa, orégano, alho, cebola, limão, gergelim; - Evitar alimentos em conserva e enlatados como: milho, ervilha, sardinha, atum. Esses são alimentos que contém uma grande quantidade de sódio (sal) em sua composição; - Condimentos com glutamato monossódico, caldos prontos em tabletes, molho inglês, não devem ser utilizados, dar preferências às ervas citadas acima; - Evitar carnes industrializadas (embutidas) como o presunto, bacon, linguiça, carne de sol; - Não consumir refrigerantes diet ou zero, além dos adoçantes adicionados a esses alimentos não serem indicados a gestação, também contém uma grande quantidade de sódio (sal) não aparente; - Ingerir água em pequenos goles, durante todo o dia; - Consumir uma grande quantidade de salada, crua ou vegetais refogados; - Evitar cafés, chá-verde, chá-preto, mate; coca e chocolate; - Consuma de 3 a 4 frutas ao dia: pode distribuí-las durante seu dia e opte pelo suco natural;
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- Faça intervalos regulares entre as refeições: de 2:30h a 3 horas;
Faça sempre suas refeições em ambiente tranquilo, calmo, e mastigue bem os alimentos, sua refeição deve proporcionar um momento de prazer a você; - Evite frituras. * É essencial o acompanhamento e tratamento médico.
Diabetes gestacional: O diabetes gestacional é o alto nível de açúcar no sangue começa ou é diagnosticado durante a gestação. Os hormônios da gravidez podem impedir que a insulina cumpra sua função. Quando isso acontece, os níveis de glicose podem aumentar no sangue da gestante. Ocorre já nos três primeiros meses da gestação, mas muitas vezes é diagnosticado entre o sexto e o oitavo mês. Alguns fatores de risco: - Estiver com mais de 25 anos ao engravidar - Possuir histórico familiar de diabetes - Apresentar açúcar (glicose) na urina quando fizer uma consulta de pré-natal periódica - Tiver hipertensão - Apresentar líquido amniótico em excesso - Estava acima do peso antes de engravidar Geralmente não há sintomas ou os sintomas são leves e não apresentam risco de morte para a grávida. Com frequência, o nível de açúcar (glicose) no sangue volta ao normal após o parto. Sintomas do Diabetes Gestacional: - Visão borrada - Fadiga - Infecções frequentes, incluindo as na bexiga, vagina e pele - Aumento da sede - Aumento da micção - Náusea e vômitos -Perda de peso, apesar do aumento de apetite
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Influência do diabetes sobre a gestação Para a mãe: – A gestante diabética tem 3 vezes mais chances de desenvolver infecções, principalmente urinária, podendo evoluir para pielonefrite. – A taxa de mortes em gestantes diabéticas bem controladas é próxima à das não diabéticas. Geralmente esta taxa está ligada a doenças coronárias, renais e vasculares. Para o bebê: – A influência do diabetes sobre o bebê depende do controle da mãe, pois a alta taxa de açúcar da gestante favorece a maior produção de insulina no bebê, uma vez que a glicose ultrapassa a placenta. – As complicações mais frequentes são: aborto, bebês prematuros ou bebês muito grandes (acima de 4 Kg), podendo apresentar hipoglicemia no berçário e problemas respiratórios, excesso da quantidade de líquido amniótico e, finalmente, malformação congênita que se manifestam cerca de 5 a 10 vezes mais em relação às mulheres não diabéticas. Dicas Nutricionais: - Em geral, a dieta deve ser moderada em gordura e proteína e fornecer níveis controlados de carboidrato com alimentos como frutas, hortaliças e carboidratos complexos (como pão, cereais, massa e arroz). Será necessário diminuir os alimentos que contêm muito açúcar, como refrigerantes, sucos de fruta e doces. - Você deve fazer três refeições pequenas ou médias e comer um ou mais lanches diariamente. Não pule as refeições nem os lanches. Mantenha a mesma quantidade e os tipos de alimentos (carboidratos, gorduras e proteínas) todos os dias. - A maioria das mulheres que desenvolve o diabetes gestacional não precisa tomar medicamentos para diabetes ou insulina, mas para algumas isso é necessário. * É essencial o acompanhamento e tratamento médico.
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Higiene da gestante: Higiene corporal: A gestante deve ter uma rigorosa higiene regular do corpo, especialmente porque ao longo desta época as alterações hormonais e metabólicas aumentam a atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. Caso as secreções se acumulem na pele, o mais provável é que ocorram irritações e infecções cutâneas. A gestante deve lavar diariamente todo o corpo (os seios, a região genital e anal) com água e sabonete, sempre com uma abundante passagem por água, de modo a eliminar os restos do sabonete. É aconselhável que se utilize um sabonete neutro e evite produtos constituídos por corantes e perfumes, já que estes podem desencadear reações alérgicas. Deve- se utilizar água morna, independentemente da época do ano, a fim de evitar as bruscas alterações da dilatação/contração dos vasos sanguíneos, já que a água fria provoca uma brusca contração dos vasos periféricos, enquanto que a água quente provoca uma dilatação exagerada, sendo preferível evitar ambos os efeitos. Cuidados com os cabelos: Os cabelos devem ser lavados com frequência, sobretudo se for oleoso. Além disso, deve-se utilizar sempre um xampu suave, e evitar secá-lo com uma fonte de calor excessiva ou muito próxima. Alguns médicos não aconselham descolorações, tintas e permanentes ao longo da gravidez, de modo a evitar possíveis reações alérgicas. Cuidados com a pele: Como a pele da gestante é muito sensível, convém que se evite a aplicação de produtos químicos potencialmente irritantes e, sobretudo se tiver a pele seca, tónicos à base de álcool. Os produtos de maquiagem devem ser hipoalérgicos e não perfumados, enquanto que os demaquilantes devem ser suaves e não adstringentes. Existem alguns produtos especiais utilizados para vários fins, tais como cremes hidratantes que aumentam a elasticidade da pele e previnem o aparecimento de estrias e cosméticos que dissimulam eventuais alterações da pigmentação da pele, como as típicas manchas escuras que, por vezes, surgem no rosto. Mas, antes de utilizar estes produtos, a gestante deve assegurar-se de que os 13 mesmos não têm efeitos secundários adversos, e consultar um médico.
Aleitamento materno O aleitamento materno é o melhor método de alimentação no início de vida. O leite materno é o alimento ideal, nutricionalmente completo e que reforça os laços afetivos entre mãe e filho. O leite materno fornece todos os nutrientes que o seu filho precisa nos primeiros 6 meses de vida e continua a ser a maior fonte nutricional durante o resto do primeiro ano de vida. Além disso, o leite materno contém substâncias protetoras contra infecções, alergias e outras doenças, tais como fatores de crescimento, hormônios, imunoglobulinas, e outras. Os benefícios aumentam conforme a duração do aleitamento materno, ou seja, quanto mais tempo conseguir amamentar melhor. Esses benefícios permanecem muito além da fase de amamentação, são presentes até a vida adulta. Depois dos 6 meses, a amamentação deverá ser complementada com outros alimentos. Você pode continuar amamentando até 2 anos ou mais. O leite materno funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas doenças. Além disso, é limpo, está sempre pronto e quentinho. Isso sem falar que a amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. O aleitamento materno é o melhor para o seu filho, porque: - Fornece-lhe todos os nutrientes necessários - Protegem-o de alergias, infecções e outras doenças - Contribui para crescimento e desenvolvimento saudáveis - Contribui para a saúde global do seu filho - Ajuda-o no desenvolvimento da fala, da visão e a inteligência - Promove uma relação especial entre si e seu o filho - Facilita o desenvolvimento emocional saudável - Leva a um menor número de consultas médicas e internamentos hospitalares
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O leite materno: - Adapta-se ao apetite e sede individual do seu filho - Varia, na composição e na quantidade, ao longo da vida do bebé, ao longo do dia e ao longo da mesma mamada - Não é uma alimentação monótona, porque permite o contato com uma variedade de sabores dependentes da alimentação da mãe, facilitando ainda a introdução posterior da dieta familiar - Facilita a digestão e o funcionamento do intestino. A amamentação também traz muitos benefícios para a mãe: - Reduz o peso mais rapidamente após o parto - Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia após o parto - Reduz o risco de diabetes - Reduz o risco de câncer de mama - Se a amamentação for exclusiva, pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez Vantagens para a Família - Poupa dinheiro em latas de leite, mamadeiras, chupetas, esterilizações - Poupa dinheiro em gastos com a saúde - Diminui a necessidade de faltar ao trabalho - Facilita viagens, deslocações, passeios e mobilidade no geral
Desmame Não existe um momento ideal para o desmame. A recomendação do Ministério da Saúde é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida e complementar até os 2 anos. Na realidade, o desmame vai depender do filho, da mãe e de seu estilo de vida. A rotina profissional da mãe e sua capacidade física ou emocional também podem impossibilitar a amamentação. O importante é que a decisão seja tomada juntamente com o pediatra para que o processo não interfira na saúde do bebê e deixe mãe e filho felizes.
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O mais recomendado é oferecer leite no copinho. Diferentemente da mamadeira, ele não causa prejuízos com a mastigação e a fala. A mamadeira pode parecer mais prática, mas, além de causar prejuízos, exige um segundo desmame. Muitas vezes, é necessário que a criança experimente o copo de transição (aqueles com bicos de silicone) para só depois conseguir usar uma versão tradicional. O processo dá bastante trabalho, pois, geralmente, os bebês (e os pais!) criam uma dependência emocional da mamadeira difícil de largar. Ofereça o leite sempre com o bebê sentado para evitar engasgos. Lembre-se de limpar cuidadosamente todos os utensílios usados (copos, mamadeiras e bicos). O leite materno pode continuar sendo oferecido no copinho ou na mamadeira. As alternativas são as fórmulas especiais em pó, que hoje em dia são semelhantes ao leite materno, enriquecidas com vitaminas e de fácil digestão para o organismo infantil. O pediatra pode indicar qual a melhor marca. Um bebê com menos de 1 ano jamais pode ser alimentado com o leite de vaca, pois é mais difícil de digerir e com grande risco de causar alergias. O desmame deve ser feito de maneira gradativa. O desmame vai ocorrer substituindo uma mamada por algum alimento, ou mamadeira, ou copo, dependendo da idade do bebê. Escolha uma mamada para oferecer mamadeira ou copinho em vez do peito e veja qual a reação. Quando ele se habituar, vá trocando outros horários também. Você pode, inclusive, oferecer o leite materno no começo para ele estranhar menos. Ordenhe seu peito manualmente ou com o auxilio de uma bombinha própria para isso. Caso esteja no momento de começar a dar papinhas, ofereça os novos alimentos aos poucos para o bebê se acostumar. Um suco de frutas na primeira semana, uma papa doce na segunda e assim por diante. Com o estômago cheio, o próprio bebê passará a mamar menos. Então vá trocando o peito pela mamadeira ou pelo copinho também de maneira gradual.
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Como introduzir novos alimentos Após os 6 meses e até os 7 meses: Aos 6 meses, introduz-se um purê de legumes no almoço, mantendo em todas as outras refeições o leite. No 7º adiciona-se além do almoço, o jantar que deverá ser sempre purê de legumes variados de acordo com a aceitação do bebê e acrescenta-se ao lanche uma papa doce. A partir dos 8 meses de idade: Mantém-se o esquema como aos 7 meses, com acréscimo de uma da fruta cozida à colação (lanche da manhã), e no almoço e jantar deve-se acrescentar ao purê de legumes carne de frango (aprox. 5g). Entre os 9 e 12: A fruta não precisa ser cozida e ao almoço e jantar pode-se adicionar o peixe como opção à carne, peru ou frango desde que os pais não tenham problemas alérgicos. O dia alimentar do bebê deve contemplar no mínimo: café da manhã, colação, almoço, lanche, jantar e ceia. Alguns bebês sentem necessidade de mamar durante a noite por mais tempo do que outros. É importante respeitar as necessidades energéticas de cada bebê.
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Papinhas Papinhas Salgadas Papinha de carne, abóbora, batata e couve Ingredientes:
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal - 1 colher de chá de cebola picada - 2 colheres de sopa de carne moída - 1 batata pequena cortada em cubos pequenos - 2 colheres de sopa de abóbora cortada em cubos pequenos - 2 colheres de sopa de couve picada Modo de preparo Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a batata e a abóbora. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a couve e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. Rendimento: 1 ou 2 porções
Batata de carne, beterraba e couve-flor Ingredientes:
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal - 1 colher de chá de cebola picada - 2 colheres de sopa de carne moída - 1 batata pequena cortada em cubos pequenos - ½ beterraba pequena cortada em cubos pequenos - 2 colheres de sopa de couve-flor picada Modo de preparo Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a batata e a beterraba. Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a couve-flor e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva.
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Papinha de carne, feijão, macarrão, abóbora e brócolis Ingredientes:
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal - 1 colher de chá de cebola picada - 2 colheres de sopa de carne moída - 2 colheres de sopa de feijão cozido com caldo - 1 colher de sopa de macarrão para sopa - 3 colheres de sopa de abóbora picada em cubos - 2 colheres de sopa de brócolis picados Modo de preparo Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a abóbora e o macarrão. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte o feijão e os brócolis e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. Rendimento: 1 ou 2 porções
Papinha de frango, mandioquinha, beterraba e escarola Ingredientes:
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal - 1 colher de chá de cebola picada - 2 colheres de sopa de frango cortado em cubos pequenos - 1 mandioquinha pequena cortada em cubos - ½ beterraba pequena cortada em cubos - 2 colheres de sopa de escarola picada Modo de preparo Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o frango. Acrescente em seguida a mandioquinha e a beterraba. Cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte a escarola e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. Rendimento: 1 ou 2 porções
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Papinha de carne, fubá, cenoura e couve Ingredientes:
- 1 colher de sobremesa de óleo vegetal - 1 colher de chá de cebola picada - 2 colheres de sopa de carne moída - 2 colheres de sopa de fubá - ½ cenoura pequena picada em cubos - 2 colheres de sopa de couve picada - ½ xícara de chá de água filtrada Modo de preparo Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e a carne moída. Acrescente em seguida a cenoura e cubra com água. Tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Acrescente a água fria e o fubá. Deixe cozinhar, sem parar de mexer até que o caldo fique encorpado. Junte a couve e cozinhe por mais 5 minutos. Se necessário, acrescente mais água. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. Rendimento: 1 ou 2 porções
Legumes frutas Ingredientes:
Papinha
s Doces
1 rodela de cenoura ¼ de maça 1 fatia pequena de mamão 1 rodela ou pedaço de beterraba ½ xícara de água Modo de Preparo Lavar as frutas, a beterraba e a cenoura. Retirar a casca e as sementes das frutas. Raspar a cenoura. Descascar a beterraba. Cozinhar todos os ingredientes com a água. Após o cozimento você pode passar pelo mix ou liquidificador ou apenas amassar bem com um garfo ou passar na peneira.
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Papinha doce de iogurte Ingredientes:
120 ml de de iogurte natural 1 cenoura pequena 4 colheres de sopa de aveia 100 ml de suco de laranja lima ½ goiaba vermelha sem casca e sementes 1 colher de sopa de mel Modo de Preparo Bata no liquidificador a cenoura com o suco de laranja, coe e reserve. Em seguida bata no liquidificador os demais ingredientes, acrescente o suco da laranja batido com a cenoura e misture. Sirva imediatamente.
Papinha de batata doce e maçã Ingredientes:
1 unidade média (200g) de batata doce 1 unidade média (150g) maçã gala 200ml de leite materno* ou fórmula infantil** Modo de Preparo Higienize a batata e a maçã, descasque e corte em cubos. Coloque em uma panela com o leite e cozinhe em fogo baixo por 15 minutos ou até que a batata fique macia. Coloque tudo em um recipiente, amasse com garfo. Sirva quando esfriar.
Purê de abóbora com maçã e mamão papaia Ingredientes:
½ maçã100gr de abóbora ¼ de papaia Modo de Preparo Lave e descasque a maçã e a abóbora. Retire as sementes e corte em pedaços. Cozinhe no vapor até ficar com consistência macia e separe. Descasque o mamão papaia, amasse com um garfo e junte com a maçã e a abóbora, fazendo um purê até ficar com uma textura cremosa.
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Papinha salada de frutas Ingredientes:
½ xícara do suco da laranja ½ maçã pequena em pedaços ½ pera em pedaços 1 banana amassada Modo de preparo No liquidificador, acrescente o suco da laranja, a maçã picada (com casca) e a pera picada (com casca). Liquidifique até obter uma mistura homogênea. Em um pratinho, amasse a banana com um garfo. Coloque a papa de frutas sobre a banana, misture e sirva.
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