TCC_ARQUITETURA ( CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL)

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CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL A ressonância da arquitetura lúdica no aprendizado de crianças de 0 a 5 anos


CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL A ressonância da Arquitetura Lúdica no aprendizado de crianças de 0 a 5 anos

Trabalho de Conclusão de Curso Arquitetura e Urbanismo 2 0 1 9

Paula Bianca Ribeiro Cardoso Orientador: Renan Avanci

Centro Universitário Ingá - UNINGÁ Maringá - Paraná


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do titulo de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, apresentado ao Centro Universitário Ingá - Uningá, sob orientação do Profº. Me. Renan Avanci


LISTA DE DIAGRAMAS

Diagrama 1 Jogo e suas funções ............................................................................................................. 16 Diagrama 2 Fluxograma. ............................................................................................................................. 33


LISTA DE TABELAS Tabela 1. Programa de necessidades ..................................................................................................... 31


LISTA DE FIGURAS Figura 1. Vista superior do Courtyard Kindergarten ........................................................................ 23 Figura 2. Planta baixa evidenciando os limites da construção(vermelho), o pátio preservado(amarelo) e as árvores nativas (verde)............................................................................. 25 Figura 3. Interior do jardim de infância com a evidencia do caminho periférico (vermelho) e interno (amarelo) ....................................................................................................................................... 26 Figura 4. Fachada Colégio Positivo Internacional ............................................................................. 28 Figura 5. Pátio Central reúne diversas atividades e funções ......................................................... 29 Figura 6. Brises de proteção solar ........................................................................................................... 30 Figura 7. Quadra de intervenção e entorno ........................................................................................ 36 Figura 8. Mapa de Maringá........................................................................................................................ 36 Figura 9. Vista externa entrada do C.M.E.I. .......................................................................................... 37 Figura 10. Vista externa Biblioteca .......................................................................................................... 37 Figura 11. Vista interna espaço de higiene .......................................................................................... 38 Figura 12. Vista interna palco.................................................................................................................... 38 Figura 13. Vista interna pátio coberto ................................................................................................... 39 Figura 14. Vista interna sala de aula infantil I ..................................................................................... 39 Figura 15. Vista boque lúdico ................................................................................................................... 40 Figura 16 Bosque lúdico visto do mirante ........................................................................................... 40


AOS MEU PAIS, POR TODO AMOR E DEDICAÇÃO.


AGRADECIMENTOS


Agradeço a Deus, por todo seu amor. Por me conceder o privilégio de ingressar em uma faculdade, me sustentar e abençoar ao longo de todos os dias. A meu pai, Paulo pela dedicação e esforço, por todas as orações feitas por mim ao longo dos dias. Pelas palavras de incentivo, pelo amor ofertado através das caronas, dos lanchinhos, dos abraços e beijos e principalmente por trabalhar incansavelmente para conseguir proporcionar a todos uma vida digna. Para mim é o nosso protetor, guerreiro e batalhador. A minha mãe, Marili pelo amor incondicional, esforço e dedicação. Por cada abraço de consolo, as conversas ao longo dos dias, as risadas compartilhadas, os lanches especiais, aos energéticos comprados e os cafés feitos pra mim. Por sua luta diária, sua força de vontade e alegria, que apesar dos problemas de saúde, nunca se queixa ou se deixa abater. Te tenho como minha rainha, musa inspiradora e símbolo de amor. Pelas minhas irmãs, Kamilly e Sophia, por me ajudarem e compreenderem minha ausência. A cada dia quero ser um bom exemplo. Vocês são a alegria da minha vida. Cada louça lavada para me ajudar, cada filme visto juntas, foi meu respiro nesta luta constante. A minha família, por me apoiarem e auxiliarem diretamente ou indiretamente neste período, por compreenderem minha ausência nos eventos de família e expressarem alegria com minhas conquistas. Aos meus amigos e namorado, por todos os momentos divertidos, difíceis e de aprendizados. Por todas as palavras de incentivo e todas as conversas confortantes. Cada fatal error compartilhados, lanches divididos e madrugadas insanas...Agradeço por tudo. Aos meus professores, por todos os aprendizados e ensinamentos transmitidos. Ao meu orientador, por seu carinho e atenção. Seu entusiasmo e paixão pelo que faz me inspira a buscar evoluir cada dia. Cada pessoa, que de maneira direta ou indiretamente, me impulsionaram a permanecer firme e alcançar meus objetivos. Obrigada a todos ♡


SUMÁRIO INTRODUÇÃO

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1. O LÚDICO

12

1.1 JOGOS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA

14

1.2 BRINCADEIRAS E BRINQUEDO

17

2. ARQUITETURA LÚDICA

18

2.1 LINGUAGEM VISUAL COMO RECURSO ARQUITETÔNICO E LÚDICO

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3. ESTUDO DE CASO

22

3.1 COURTYARD KINDERGARTEN

23

3.1.1. CONTEXTO

24

3.1.2. OCUPAÇÃO

24

3.1.3. PERMEABILIDADE

25

3.1.4. SOCIABILIDADE

25

3.1.5. FLUXOS

26

3.1.6. ESTRATIFICAÇÃO

27

3.2 COLÉGIO POSITIVO INTERNACIONAL

28

3.1.7. OCUPAÇÃO

28

3.1.8. PERMEABILIDADE

29

3.1.9. SOCIABILIDADE

30

3.1.10. FLUXOS

30

4. PARÂMETROS BÁSICOS DE INFRAESTRUTURA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

31

5. ANTEPROJETO: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

33

5.1 JUSTIFICATIVA DE TERRENO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

41 8


INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um anteprojeto de um Centro de Educação Infantil na cidade de Maringá, com ênfase na arquitetura lúdica. A educação na primeira infância possui grande importância no desenvolvimento infantil, pois entre os 0 e 3 anos de idade ocorre a formação das estruturas neurológicas e o fortalecimento das conexões entre os neurônios. (YOUNG, 2010, p. 33). Investir neste período permite criar indivíduos empáticos e respeitosos com outros seres humanos. (CYPEL, 2011) Uma das maneiras de auxiliar na educação infantil, é a construção adequada do espaço. Um ambiente estruturado oferecerá ao indivíduo a possibilidade de desenvolver suas potencialidades, habilidades e personalidade. Os primeiros anos são decisivos para estruturação psíquica e física das crianças, o que acarreta no desempenho em seu futuro (CYPEL, 2011) A influência das condições ambientais é ressaltada por Cypel: Avanços

na

neurociência,

biologia

molecular,

epigenética, ciências sociais vêm mostrando que durante o processo

de

intrauterina,

desenvolvimento, o

cérebro

é

começando

influenciado

por

na

vida

condições

ambientais. Isso inclui modo de criação, cuidado e estímulos que o indivíduo recebe. O funcionamento cerebral depende da passagem rápida e eficiente de sinais de uma região do órgão a outra. Os neurônios fazem conexões sinápticas entre si. Esses processos, essencia is para o aprendizado, unem-se para formar os circuitos neurais (CYPEL, 2011, p.20)

Umas das estratégias para auxiliar no desenvolvimento infantil, é a apresentação de espaços lúdicos, sendo o arquiteto o responsável pela criação destes ambientes. Desta forma, a arquitetura pode ser vista como um projeto educador, ao qual excede a função de apenas abrigar, para então se tornar uma forma de comunicação cultural, pedagógica e política. (SANTOS, 2011)

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O espaço consegue criar relações com o usuário, através das sensações. Estas sensações são desencadeadas por aspectos aparentemente intangíveis, que a autora Castro, chama de conforto psicológico, ao qual “reúne qualidades de bem-estar mental, físico e emocional.” (CASTRO, 2000). Quando este conforto é atingido, o desempenho aumenta, diminuem-se os conflitos e o espaço é respeitado pelos alunos. Sendo assim, o ambiente bem planejado possibilita a facilidade na aprendizagem. (CASTRO, 2000). O lúdico se comporta como recurso didático capaz de “desenvolver habilidades motoras e intelectuais, fixar conteúdos de forma prazerosa e envolvente, permitindo assim ao educando construir sua aprendizagem” (CORDOVIL & FILHO, 2016) De acordo com um trabalho do economista americano James Herckman, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Economia, o melhor investimento que um governo pode oferecer a seu país é na educação e nos cuidados com crianças de 0 a 3 anos. Segundo ele, investir na primeira infância para as crianças é uma questão importante para reduzir os déficits e fortalece a economia, além de compensar os atrasos no desenvolvimento social e reduzir a desigualdade. Em uma recente entrevista, Herckman diz: Países

que

não

investem

na

primeira

infância

apresentam índices de criminalidade mais elevados, maiores taxas de gravidez na ad olescência e de evasão no ensino médio e níveis menores de produtividade no mercado de trabalho, o que é fatal. Como economista, faço contas o tempo inteiro. Uma delas é especialmente impressionante: cada dólar gasto com uma criança pequena trará um retorn o anual de mais 14 centavos durante toda a sua vida. É um dos melhores investimentos que se podem fazer — melhor, mais eficiente e seguro do que apostar no mercado de ações americano. (HERCKMAN, 2017)

Neste sentido é possível apontar que um dos investimentos na educação está na adequação dos ambientes educacionais, voltados ao ensino infantil. O cuidado ao projetar espaços às crianças no período de primeira infância pode afetar o 10


aprendizado, uma vez que a linguagem visual é um dos instrumentos básicos na representação da arquitetura, e na educação é um instrumento de comunicação. Segundo Mazzilli (2003), a linguagem visual lúdica é um meio essencial de transmissão de mensagens, ao qual o espaço intercede no processo de criação, execução e utilização dos espaços. Essas mensagens transmitidas pela linguagem visual compreendem elementos como: cor, ritmo, movimento, temas, linhas, formas, texturas, proporções de escala, materiais variados e distorção, que serão abordados ao longo do trabalho. (MAZILLI, 2003) Portanto, o trabalho exposto busca compreender o conceito lúdico e aplica-lo na arquitetura escolar infantil, para que tenha a possibilidade de melhoria das escolas e consequentemente o desenvolvimento da educação na primeira infância.

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O LÚDICO


1. O LÚDICO Com base nos objetivos do trabalho faz-se necessário abordar alguns conceitos relacionados ao lúdico, uma vez que os aspectos pertinentes a compreensão do tema integra tanto no desenvolvimento educacional das crianças quanto na caracterização da arquitetura escolar. Segundo Cordovil & Filho (2016), o lúdico pode auxiliar no processo de ensino, se comportando como um mecanismo estratégico para o desenvolvimento da aprendizagem, através de jogos e brincadeiras pode-se construir o agir e interagir nas relações do objeto com o indivíduo. Ensinar através de jogos leva o aprender de forma prazerosa, agradável com recursos didáticos diferenciados, e divertidos. É necessário a aplicação correta para atingir resultados: O

uso

do

lúdico

com

objetivo

definido,

direcionado para o que ser quer atingir, torna -se uma importante aprender

estratégia

para

ensinar,

fixar

ou

mesmo

conceitos, conteúdos e experenciar situações,

chegando assim, ao verdadeiro sentido Lúdico. Pode ser através

de

jogos,

brincadeiras,

porque

tudo

isso

tem

fundamento e faz parte do ato de ensinar, o professor também deve brincar com seus estudantes. (...) (CORDOVIL & FILHO, 2016, n. p.)

Em relação a importância do lúdico na infância: Quando

brincam,

nomeadamente,

as

crianças

estimulam os sentidos; aprendem a usar a musculatura ampla e fina; adquirem domínio voluntário sobre os seus corpos; coordenam o que ouvem e o que vêem com o que fazem; direccionam os seus pensamentos e lidam com as suas

emoções;

exploram

o

mundo

e

a

si

mesmas;

reelaboram as suas representações mentais; adquirem novas habilidades; tornam-se proficientes na língua, exercitam a criatividade; exploram diferentes papéis e, ao reencenarem situações da vida real, aprendem a gerir a complexidade de seu papel histórico e a fazer decisões com confi ança e auto-

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estima. Há, portanto, muito mais complexidade no acto de brincar,

do

que

pode

parecer

ao

observador

desavisado[sic.]. (GORDINHO, 2009)

O termo lúdico possui sua definição complexa, entretanto no dicionário a palavra se refere a “jogos, brinquedos ou jogos públicos dos antigos” (MICHAELIS, 2004). Marcellino (2007) ressalta que “se for considerado a tarefa de especificar um conceito implica na restrição do uso da palavra a ele relacionado”. A origem semântica da ludicidade, vem do latim ludus, que significa jogo, exercício ou imitação. Portanto, é possível considerar que o termo lúdico remeta a brincadeira, jogos e diversão, fatores relevantes para o desenvolvimento das habilidades humanas tanto no período de infância como na continuidade da vida adulta. (MASSA, 2015) Verifica-se então que, o termo está vinculado ou relacionado a jogos e brincadeiras e suas derivações. O jogo compreende a brincadeira, com ou sem regras, resultando no divertimento e entretenimento. A brincadeira refere-se ao ato de brincar, a espontaneidade de uma atividade não estruturada, e o brinquedo é o objeto do brincar. (SANTOS, 2011) Portando, torna-se necessário abordar alguns conceitos relacionados ao lúdico: brincadeira, brinquedo e jogo. Autores como Marcellimo (2007), Kishimoto (2016), Santos (2011) e ROMERA, et al., (2007), citam estes conceitos como integrantes da ludicidade.

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1.1

Jogos como ferramenta didática Dentro do âmbito lúdico, o jogo surge como o instrumento principal na

atividade lúdica, sendo citado por diversos autores a fim de elucidar o termo e trazer exemplos de aplicações. O jogo pode ser dividido em duas funções: a que proporciona diversão e possui caráter desinteressado, que gera prazer ao indivíduo, vinculado à livre adesão e que não possui fim de produtividade, ou seja, o ato de jogar não almeja aquisição de bens ou riqueza, o que importa no momento em que está jogando é a experiência e o processo. Neste caso, não há a preocupações em adquirir conhecimento, ou desenvolver habilidades físicas ou mentais. (ROMERA, et al., 2007) A segunda função é relacionada a possibilidade de ensinar algo que complete o indivíduo em seu saber, em seu conhecimento pessoal ou a apreensão do mundo, gerando sabedoria e tornando-se um elemento motivador no processo de ensino. Sendo, portanto, uma ferramenta facilitadora e estimulante na aprendizagem. (ROMERA, et al., 2007) Entretanto, há diversos tipos de jogos com semelhanças e diferenças, mas que em sua essência são jogos. Uma mesma conduta pode ser jogo ou não jogo dependendo do significado atribuído a ele. Por exemplo, o ato de atirar flechas em uma tribo indígena, pode ser considerada um treinamento, ainda que para a criança é uma brincadeira. Mas na cultura indígena, a criança está sendo ensinada a um ofício, desta forma, a mesma atividade possui significados diferentes. (KISHIMOTO, 2016) Contudo, as semelhanças e diferenças permitem que aja uma categorização de atividades, para Wittgenstein (1975), citado por Kishimoto (2010), podem ser agrupados por famílias como, por exemplo, jogos de construções, de números, de palavras, de faz de conta, de regras, de política, entre outros. Christie (1991), citada por Kishimoto, elabora critérios para identificar os jogos: 1.

A não literalidade: os jogos são criados muitas

vezes dentro da realidade interna, o sentido habitual é substituído pelo imaginário. Por exemplo, a boneca se

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transforma em filha, o carrinho pode se tornar um carro espacial. (KISHIMOTO, 2016) 2.

O efeito positivo: em geral ao ato de jogar é

caracterizado pela reação de felicidade, prazer e alegria. A ação

de

brincar

livremente,

traz

efeitos

positivos

na

“dominância corporal e social da criança” (KISHIMOTO, 2016) 3.

Flexibilidade: as crianças dispõem com maior

facilidade em criar novas ideias e comportamentos em situações recreativas. O ambiente propicia a exploração e a criatividade em solucionar problemas. Por exemplo, na ausência de uma cabana, cria-se se um abrigo com lençóis. (KISHIMOTO, 2016) 4.

Prioridade do processo de brincar: ao brincar as

crianças concentram na atividade e não em seus resultados ou efeitos. A prioridade do jogo é brincar. Os jogos em sala de

aula,

enfatizam

por

sua

vez

apenas

os

desvirtua

esse

resultados

da

critério,

quando

aprendizagem.

(KISHIMOTO, 2016) 5.

Livre escolha: o jogo perde sua essência à

medida que a espontaneidade é abonada, se tornando trabalho ou ensino. (KISHIMOTO, 2016) 6.

Controle interno: os jogadores controlam os

acontecimentos das brincadeiras, quando há interferência externa, dos professores, por exemplo, predomina o ensino e a liberdade da criança é abandonada. (KISHIMOTO, 2016)

O ato lúdico deve dispor de liberdade, possibilitando a criança explorar e criar seu mundo. Neste sentido, o ambiente construído deve proporcionar diversos cenários que facilitem a imaginação e a liberdade de escolha das crianças. Sendo assim, torna-se indispensável o layout dinâmico e interativo, com a presença de recursos lúdicos que auxiliem no aprendizado sem necessariamente a intervenção direta de um adulto.

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Porém, o uso de regras e limites são necessários pois favorecem o exercício, o imaginário e a criatividades, sem o risco de frustração, possibilitando a criança criar e experimentar a invenção e a solução de obstáculos. (SANTOS, 2011) Para melhor compreensão um diagrama foi desenvolvido para esclarecer de um modo visual, as nuances do conceito de jogos. Diagrama 1 Jogo e suas funções

Prazer

Propicia diversão e possui caráter essencialmente desinteressado

livre adesão

Sem produtividade JOGO

Conhecimento

Possibilita o ensino de algo que complete o indivíduo

Elemento motivador no processo de ensino

Fonte: Elaborado pela autora, 2019.

Portando, a concepção da arquitetura escolar deve apresentar o recurso lúdico como atividade fundamental, não excluindo outros recursos pedagógicos. O edifício escolar deverá considerar as brincadeiras como atividade de apoio a aprendizagem infantil, visto que a ação de brincar desenvolve habilidades motoras e intelectuais, de forma prazerosa e envolvente. (CORDOVIL & FILHO, 2016) (SANTOS, 2011)

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1.2

Brincadeiras e Brinquedo Ao buscar o significado do termo lúdico, continuamente é encontrado as

palavras brincadeira, brinquedo e jogos como sinônimos do ato lúdico. Desta forma, é possível afirmar que ambos elementos descrevem o mesmo ato, entretanto a aplicação de cada um varia de acordo com a atividade exercida. Por exemplo, brinquedo refere-se ao objeto suporte do brincar ou jogar, como a bola para jogar futebol ou a boneca para brincar de faz de conta. A brincadeira é a conduta estruturada com regras internas ou externas, por exemplo, brincar de casinha ou brincar de amarelinha. E os jogos abrangem tanto o objeto quanto a conduta exercida (brinquedo e brincadeira), mas trazem regras que estruturam a situação lúdica (KISHIMOTO, 2016). Para Kishimoto (2010), o brincar é parte essencial na vivência das crianças. Na infância as brincadeiras possibilitam a autonomia, a tomada de decisões, de expressar sentimentos e seus valores, partilhar momentos com outras crianças e adultos, além de expressar sua individualidade e identidade. Não há brincadeira sem interações, seja na interação com os professores, família, instituição e as crianças; no contato com outras crianças; com os brinquedos e materiais e em especial a interação com o meio físico, onde pode se facilitar ou dificultar a realização das práticas recreativas. (KISHIMOTO, 2010) Portanto, a opção de brincar na educação infantil é o que contribui com a cidadania das crianças e ações pedagógicas de maior qualidade. A brincadeira é a linguagem mais usada na primeira infância, pois através dos gestos e expressões acontecem a comunicação e a exploração do mundo tanto interno quanto externo. A arquitetura poderá auxiliar neste processo de ensino, através da construção de espaços que permitam a brincadeira de forma espontânea e autônoma às crianças.

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ARQUITETURA LÚDICA


2. ARQUITETURA LÚDICA Tendo em vista os pressupostos apresentados anteriormente, e a possibilidade que a dimensão lúdica nos espaços escolares contribui para um ambiente que responda as necessidades da criança, onde a mesma participa e interaja com o meio, é proposto neste capítulo expor um recorte teórico que justifique e conceitua a ressonância da arquitetura no aprendizado infantil. Neste sentido, é significativo ressaltar as características do lúdico, que somados as atribuições da arquitetura poderão qualificar o espaço escolar, no sentido de tornalo uma ferramenta de auxílio à aprendizagem. A arquitetura, assim como a ludicidade, possui inúmeros adjetivos e aplicações, demonstrando sua pluralidade. O espaço construído pode facilitar, evidenciar e ressoar na aprendizagem, principalmente na primeira infância. Segundo Santos (2011),” o espaço, devidamente planejado e perceptível, enriquece a experiência humana e (...) as atividades lúdicas são essenciais para o desenvolvimento infantil” O espaço é estruturado a partir do desenvolvimento de habilidades e sensações, e desafia constantemente os indivíduos que os ocupam, a partir das diversidades e riquezas. Esta estrutura é construída pelos símbolos e linguagens visuais que transformam e recriam os espaços continuamente. (BARBOSA, 2008) A linguagem visual é um instrumento básico da representação arquitetônica, é através das visuais que a arquitetura é melhor compreendida. Na ludicidade e na educação a linguagem visual se comporta como meio de comunicação. “A composição dos elementos visuais podem formar mensagens em diversos níveis de complexidade” (SANTOS, 2011) Segundo Mazzilli (2003), a visual lúdica é um meio essencial na transmissão de mensagens relativas ao espaço, tanto no processo de criação como na execução e utilização desses ambientes.

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De acordo com Santos (2011), o espaço lida com os quatro domínios da experiência humana: espacial, psicológico, fisiológico e comportamental. Cada atributos são explicitos na arquitetura escolar: 1. Espacial: íntimo, aberto, iluminado, fechado, ativo, quieto, conectado com a natureza, tecnológico 2. Psicológico: calmante, seguro, inspirador, alegre, divertido, estimulante,

criativo,

encorajador

de

reflexão,

espiritualmente

elevador, criador de senso de comunidade. 3. Fisiológico: quente, frio, aconchegante, ventilado, saudável, aromático, texturizado, visualmente agradável. 4. Comportamental:

trabalho

independente,

trabalho

colaborativo, trabalho em equipe, atividade fitness, pesquisa, escrita, leitura,

trabalho

no

computador,

canto,

dança,

performance,

apresentação, trabalho em grandes grupos, comungando com a natureza, projetando, ensinando, relaxando, construindo, brincando, refletindo[sic.] (SANTOS, 2011)

Cada domínio da experiência humana pode ser vivenciado através das visuais atribuídas a arquitetura com o auxílio de recursos lúdicos. Por meio da arquitetura é possível criar subsídios para o emprego da ludicidade na educação infantil.

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2.1

Linguagem visual como recurso arquitetônico e lúdico Sendo a linguagem visual, um elemento presente tanto na arquitetura, como no

lúdico, torna-se necessário um esclarecimento maior de suas competências. Na arquitetura a linguagem visual é vista através das formas, linhas, cores texturas, entre outros aspectos, que possibilitam a transmissão de mensagens aos usuários, por exemplo, um espaço com o uso constante de madeira carrega com si a ideia de conforto, ou seja, transmite a mensagem de aconchego. Na vivência lúdica os recursos visuais podem ser notáveis através da linguagem visual, da mesma forma que na arquitetura, uso de cores primárias, materiais de texturas diferentes, permitem ao indivíduo criar atividades exploratórias, criativas e ao final, poderá obter um ganho em sua aprendizagem. Mazzilli (2003), busca associações visuais que distingam os espaços, e obtém as características visuais lúdicas, que podem ser avaliadas segundo: Sintaxe visual: são elementos do espaço e da forma e suas relações no ponto de vista físico -estrutural. Os elementos

como

linha,

ponto,

superfíc ie,

cor,

volume,

textura, direção, movimento, escala, módulo, dimensão e estrutura Psicologia

da

forma:

elementos

relacionados

a

ilusão de ótica, clareza, desordem, ritmo, tensão equilíbrio, harmonia,

movimentos,

semelhanças,

contrastes,

continuidade, cheio e vazio, horizontal e vertical. Perceptivo provocam

reações

sinestésico: em

todos

são os

elementos

sentidos

e

que

produzem

respostas visuais, como por exemplo, cheiros, musicas, cores, calor e frio, etc. (SANTOS, 2011)

Os elementos do espaço estimulam sensações nas crianças como surpresa, aventura, desafios, medo, prazer ou mistério são frutos da exploração dos elementos citados, e as crianças tem em sua percepção sensorial estimuladas ao brincarem e interagirem com o espaço contemplados por estes elementos (SANTOS, 2011).

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Um dos elementos de linguagem visual que mais se destacam nos ambientes de ensino infantis, são o uso de cores. Santos (2011) diz que, a percepção simplificada da criança procura combinações cromáticas utilizando cores primárias muito saturadas ou cores muito suaves. Por outro lado, a imagem mais complexa da criança busca esquema de cores mais amplo, rico e variado. O objetivo na utilização de cores é estimular o processo de conhecimento e identidade do lugar, trazendo uma percepção global do ambiente, além de entusiasmar a criança a visualizar todo o ambiente, e criar atividades lúdicas. Após a explanação dos conceitos propostos no trabalho, busca-se criar subsídios necessários para escolhas assertivas no processo projetual apresentado, desta forma, o objetivo geral é criar um Centro de Educação Infantil que alcance a aplicação dos

recursos

lúdicos

através

de

seus

elementos

construídos.

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ESTUDO DE CASO


3. ESTUDO DE CASO Para melhor compreensão e domínio dos pontos abordados no projeto, é necessário a análise de estudos de casos. Sendo assim, foi elencado o Courtyard Kindergarten, localizado em Pequim, e o Colégio Positivo Internacional, em Curitiba. Foram escolhidas obras que se destacam pela sua funcionalidade e forma plástica. Terá como referência projetual a cobertura do Courtyard Kindergarten, que unifica todo o espaço, além dos pátios para lazer e esporte, e sua divisão interna dos ambientes. O Colégio Positivo, influenciará com suas cores e a dinâmica interna. A análise dos estudos de caso foi baseada no método Vias de aproximação para uma leitura da condição espacial na arquitetura, de Júlio Luiz Vieira.


3.1

Courtyard Kindergarten O jardim de infância projetado pela MAD Architects, segundo o site do

escritório, propõe uma dinâmica construtiva entre um pátio tradicional chinês, datado de 1724 e o edifício educacional. A construção está em andamento e a previsão de entrega é para o outono de 2019. O edifício está localizado em Pequim, China. Os pátios na China têm grande relevância para a cultura do país, onde os chineses ao construírem suas residências desviavam-na do mundo exterior, em direção ao pátio, ao qual recebia uma importância particular. Sendo assim, a proposta de intervenção levou em conta o contexto histórico, as árvores antigas e um edifício residencial mais recente (Walsh, 2018). Figura 1. Vista superior do Courtyard Kindergarten

Fonte: Archdaily, 2018 Disponível em:< https://www.archdaily.com/905754/mad -architectsbegin-construction-on-floating-kindergarten -above-historic-beijing courtyard>acessado em 05 de junho de 2019

O resultado foi um edifício com grande impacto visual, porém com uma intervenção respeitosa ao patrimônio histórico (Figura 1). Com o teto dinâmico que


circunda o pátio chinês e atua como um playground para as crianças. O antigo e o contemporâneo passa a coexistir em harmonia (MAD Architects, 2018).

3.1.1. Contexto O edifício dialoga com seu entorno, as linhas orgânicas da cobertura acompanham o topo das arvores ao redor. Cria-se um destaque por sua forma, entretanto, não descaracteriza o entorno. Seu gabarito segue o pátio, criando uma harmonia entre as duas construções. O edifício é térreo, o que garante melhor circulação para as crianças, e para o lazer a cobertura desempenha a função de pátio. A premissa de projeto foi a preservação e integração do pátio a nova construção, desta forma as bordas internas do edifício são envidraçadas permitindo a visibilidades dos alunos ao pátio. O local de intervenção também condicionou a forma da cobertura, esta preenche todas as bordas do lote e os vazios são necessários quando há vegetação (já existentes).

3.1.2. Ocupação O projeto tem ocupação total do lote, de maneira a criar uma forma única com espaços livres internos entorno ao pátio e aos pátios criados a partir da preservação da arborização existente. Possui gradiente de confinamento, de modo que o jardim de infância é confinado em seu interior e se abre para o pátio através de seu fechamento envidraçado. Sua forma se torna envolvente ao trazer acolhimento do pátio tradicional chinês, e respeitoso ao seguir um gabarito baixo e não sobressair as demais edificações, permitindo que sua cobertura se torne um marco a edificação.


Figura 2. Planta baixa evidenciando os limites da construção(vermelho), o pátio preservado(amarelo) e as árvores nativas (verde)

Fonte: Archdaily, 2018. Editado pela autora, 2019 Disponível em:<https://www.archdaily.com/905754/mad -architects-begin-construction-onfloating-kindergarten-above-historic-beijing-courtyard>acessado em 05 de junho de 2019

3.1.3. Permeabilidade O Courtyard Kindergarten possui uso restrito com acesso e manutenções regidas pela administração da escola, desta maneira o acesso público torna-se inexistente. A escola se aparta do externo, e se volta para seu interior, ao pátio preservado. Os acessos são restritos aos pais, alunos e funcionário. A visibilidade acontece através do fechamento de vidro ao qual circunda todo o perímetro edificado, permitindo a visão entre público e privado. O percurso dos pedestres ocorre ao redor do Courtyard Kindergarten e a cobertura avança para o passeio.

3.1.4. Sociabilidade A organização interna compreende de maneira legível, com acessos demarcados e circulação contínua, sem excessos de fechamento. Resultando em um


ambiente amplo visualmente. O uso é restrito pois a atividade imposta ao local é classificada como necessária, obrigatória do cotidiano. O edifico não gera sociabilidade em suas bordas, apenas atrai pessoas especificas em seu interior. Há interações visuais através da permeabilidade do fechamento escolhido (vidro). Entretanto, não gera possibilidade de encontros devido seu uso. A segurança das crianças neste caso, impede a sociabilidade nas bordas. O pátio atrai todos os alunos, gerando encontros e sociabilidade. Outro espaço facilitador de encontros é a cobertura, que desempenha a função de espaço livre, esportivo e de brincadeiras.

3.1.5. Fluxos O passeio é realizado de modo interno e periférico (Figura 4), sem barreiras internas. O layout foi projetado com o mínimo de fechamento, permitindo a permeabilidade interna e a circulação livre. Figura 3. Interior do jardim de infância com a evidencia do caminho periférico (vermelho) e interno (amarelo)

Fonte: Archdaily, 2018 . Editada pela autora, 2019 Disponível em:< https://www.archdaily.com/905754/mad -architectsbegin-construction-on-floating-kindergarten-above-historic-beijing courtyard>acessado em 05 de junho de 2019


Segundo, VIEIRA, 2015, o espaço construído possui fluxos que necessitam ser valorizados para criar um ambiente com sisremas de circulações. Ele divide em componetes estáticos e dinâmicos. Os componentes dinâmicos abrangem as circulações, espaços de transição do usuário para acessar determinado local. Os componentes estáticos , são espaços de uso, no qual as pessoas permanecem. Os componentes estáticos, caracterizados pelos espaços de uso, grande parte não possui fechamento. Já os componentes dinâmicos, são caracterizados pelos pátios e toda circulação. Estes espaços se mesclam por não haver fechamentos notórios, porém é possível demarca-los através dos usos, como espaço de estudo, circulação e lazer. Os pátios são espaços contemplativos e de lazer, trazendo dinamicidade ao ambiente, luz natural, contato com a natureza e ao patrimônio histórico.

3.1.6. Estratificação O edifico se divide em dois níveis funcionais: o térreo compreende todas as atividades administrativas, de estudos e sociais. O térreo possui uma cobertura que se estende por todo o perímetro do local. Esta cobertura une todos os serviços e tem a função de espaço misto, sem demarcação de atividades. A cobertura foi projetada para ser um espaço lúdico, despertando a imaginação das crianças e possibilitando liberdade a elas (Figura 4). Para o projeto proposto neste trabalho, o conceito de pátios como espaço de lazer e encontro, será trazido ao C.M.E.I, além da cobertura orgânica que une os ambientes.


3.2

Colégio Positivo Internacional O Colégio localiza-se em Curitiba e tem como responsável o escritório Manoel

Coelho Arquitetura e Design. Implantado dentro do campus da Universidade Positivo, possui proposta bilingue de ensino. Figura 4. Fachada Colégio Positivo Internacional

Fonte: Archdaily, 201 7. Disponível em:< https://www.archdaily.com.br/br/872442/colegio -positivo-internacionalmanoel-coelho-arquitetura-e-design>acessado em 10 de outubro de 2019

3.1.7. Ocupação O projeto está locado de forma linear, através de um monobloco, onde as atividades são destruídas, como salas de aula e laboratórios. O volume irregular abriga a biblioteca e administração. O pátio é um elemento de destaque, ele articula os setores e se torna um espaço de convívio, lazer e estar aos alunos.


Figura 5. Pátio Central reúne diversas atividades e funções

Fonte: Archdaily, 201 7. Disponível em:< https://www.archdaily.com.br/br/872442/colegio -positivo-internacionalmanoel-coelho-arquitetura-e-design>acessado em 10 de outubro de 2019

3.1.8. Permeabilidade Visto do exterior, o Colégio configura um prisma regular. Ao se aproximar a permeabilidade é garantida através das empenas suspensas do chão, integrando o interior e exterior. Na entrada do colégio, uma grande marquise triangular demarca a entrada e se torna lugar de espera e estar configurando um espaço semipúblico. A permeabilidade visual é conquistada através dos planos de vidros e os painéis de vedação em telhas metálicas perfuradas. Esta estratégia permite a visual e a ventilação e iluminação natural.


3.1.9. Sociabilidade Por se tratar de um Colégio, não possui integração direta com o externo, por segurança. Entretanto, em seu interior as diversas aberturas e os painéis garantem um troca constante. O pátio é o ambiente com maior convívio entre os alunos, além das circulações e espaços de atividades que sempre integram os alunos.

3.1.10.

Fluxos

Os fluxos acontecem de modo rígido, resultante da ordem das formas, regulares e angulares. Os componentes dinâmicos e estático se mesclam, ao mesmo tempo que se limitam e demarcam cada tipo de fluxos. O uso de brises e aberturas para ventilação cruzada como neste Colégio, foram levados em consideração no projeto tema deste trabalho.

Figura 6. Brises de proteção solar

Fonte: Archdaily, 201 7. Disponível em:< https://www.archdaily.com.br/br/872442/colegio positivo -internacional -manoel-coelho-arquitetura-edesign>acessado em 10 de outubro de 2019


PARÂMETROS BÁSICOS DE INFRAESTRUTURA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL


4. PARÂMETROS BÁSICOS DE INFRAESTRUTURA PARA INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL De acordo com o documento apoiado pelo Ministério da Educação – MEC , “o espaço físico não apenas contribui para a realização da educação, mas é em si uma forma silenciosa de educar.” (BRASIL, 2006). A construção de um ambiente educacional demanda um planejamento e envolve estudos do espaço, a definição das características ambientais e a elaboração do projeto. Abaixo é exposto uma tabela com os ambientes principais e suas respectivas descrições de acordo com as idades. Tabela 1. Programa de necessidades

Idade

Ambientes Sala de repouso

0a1 ano

Berços ou similares; visibilidade para o ambiente externo.

Sala de

Espaço para circulação livre na qual permita realizar atividades

atividades

diversas; local para aleitamento; local para alimentação;

Fraldário

Espaço para higienização das crianças

Lactário Solário Salas de 1a6

Descrição

atividades

Local destinado à higienização, ao preparo e à distribuição das mamadeiras área livre e descoberta para banho de sol Espaço de convivência, jogos e brincadeiras.

anos

-

Sala multiuso

Espaço reservado para atividades diferenciadas.

Área

Recepção, secretaria, almoxarifado, sala dos professores, sala de

administrativa

direção e coordenação

Banheiro

Espaço de higiene, com banheiros exclusivos para adultos

Pátio coberto

Espaço livre para recreação de todos; uso múltiplo

Serviço de

Atividades relacionadas ao preparo e à distribuição das


alimentação

refeições; cozinha; dispensa; refeitório;

Lavanderia

Local para limpeza e higienização dos utensílios de limpeza

Deposito de lixo

Setor de destinação dos resíduos sólidos

Fonte: Parâmetros Básicos de Infra-estrutura para Instituições de Educação Infantil. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/miolo_infraestr.pdf > acessado em 20 de julho de 2019 Edição: autor, 2019

Neste sentido, os parâmetros expostos pelo Ministério da Educação atuam como guia inicial para o desenvolvimento dos setores e ambientes fundamentais para a organização escolar e o anteprojeto proposto neste trabalho. Em conformidade com o plano Municipal de Educação (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, 2015) e os Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil do Brasil, será imposto os parâmetros como parte das diretrizes projetuais para a realização do projeto a seguir.


ANTEPROJETO


5. ANTEPROJETO: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL O trabalho exposto refere-se ao anteprojeto de uma escola de educação infantil na cidade de Maringá. O intuito é colaborar com uma solução para um programa de necessidades e de projetar o espaço com qualidade arquitetônica para o bairro escolhido. A seguir, apresenta-se um fluxograma da escola, contendo os ambientes e suas dependências. Diagrama 2 Fluxograma.

Acesso a escola

Setor pedagógico maternal

Setor administrativo

Hall

Salas de atividades

Setor pedagógico infantil

Bosque Lúdico

Fonte: Autora, 2019

Tendo em vista a composição dos setores necessários para um bom funcionamento da escola, o projeto se iniciou e desenvolveu a partir o conceito de bosque lúdico, visando construir um ambiente promotor de aventuras, descobertas,


criatividade, desafios e aprendizados. O espaço lúdico deve ser dinâmico e acessível para um melhor desenvolvimento da criança. O ambiente projetado tem como objetivo o desenvolvimento da criatividade, a participação e exploração, a fim de estimular a fantasia e a iniciativa da criança, por meio de um ambiente lúdico e fantasioso, remetendo aos bosques das histórias infantis. Os objetos e mobiliários foram dispostos propositalmente de maneira a permitir a autonomia e a possibilidade de ação, sem a constante intervenção de um adulto. Deste modo, os mobiliários são da altura da criança, há sempre medidas protetivas de segurança, como corrimão, guarda-corpo, etc. para que o adulto permita a autonomia da criança. O boque foi projetado de tal forma que a criança o utiliza de maneira livre, sem a criação de módulos ou brinquedos literais e usuais, para que possam exercitar sua imaginação e exploração do mundo. Além do contato direto com a natureza, o bosque propicia que a criança e funcionários se conectem com o presente momento, permanecendo em uma atmosfera única. As cores também possuem papel protagonista no espaço, pois, como foram mencionadas ao longo deste trabalho, as cores são perceptíveis as crianças, elas reconhecem os tons e assimilam a ambientes, situações e atividades. Sendo assim, as salas foram pintadas de modo diferente uma das outras, para que houvesse certa identidade para cada ambiente. É importante para criança em fase de alfabetização, que se sintam pertencentes ao seu ambiente de ensino e que possam colocar sua identidade nas salas. O corredor de acesso a salas do infantil foram pintadas de maneira a se tornar um túnel colorido, dando direção aos alunos e trazendo uma esfera fantasiosa. O acesso a salas do maternal houve uma abordagem diferente: faixas coloridas remetendo as cores de todas as salas foram instaladas no piso e teto, para gerar direção também e reconhecimento.


O espaço de higienização e escovação optou-se por trabalhar com o tema de mar/água, para que as crianças tivessem a percepção de brincadeira podendo criar diversas histórias no momento que para elas nem sempre lhe é agradável. O segundo pavimento inferior também recebeu tratamento lúdico em seus ambientes. A brinquedoteca foi disposta com livros em uma grande estante permeável visualmente, remetendo a ideia de estar dentro de livros. As mesas das áreas de estudos relacionam-se aos mobiliários dispostos ao longo de todo o edifício, e se descaracteriza do habitual de mesas convencionais. Permite o arranjo de diversas maneiras, concedendo ao layout se tornar dinâmico. Todos

os

ambientes,

tanto

da

escola

quanto

da

biblioteca

foram

minuciosamente pensados a criar autonomia a todos os usuários, principalmente às crianças. Criar espaço possui escolhas lúdicas, pois, o lúdico não se aplica apenas a crianças, adultos também se beneficiam com o lúdico.

5.1

Justificativa de Terreno A Secretária Municipal de Educação de Maringá conta com aproximadamente

doze mil crianças matriculadas em Centro Municipal de Educação Infantil, segundo o INEP,2018, na modalidade creche no qual atende alunos de 0 a 3 anos, e em préescolas de 4 a 6 anos. Em uma área de 487,052 km², são dispostas 101 CMEI, de acordo com o Censo Escolar 2017. O que resulta em 126,3 alunos por instituição. Este número demonstra que as instituições de ensino atualmente possuem vagas suficientes, entretanto não há professores, o que gera uma grande fila de espera nos CMEIs. Apesar da quantidade de instituições de ensino na cidade, algumas áreas não possuem escolas infantis. A zona 32, escolhida para a intervenção, não dispõe deste equipamento público, entretanto possui 473 crianças residindo. Sendo assim, o terreno escolhido considerou o número de crianças e a ausência de CMEI na zona. O local é em geral residencial e com pequenos comércios vicinais,


próximo ao Contorno Norte, e em sua quadra encontra-se a Unidade básica de Saúde Império do Sol, uma Academia para Terceira Idade e Primeira Idade. O valor do solo, da mesma forma teve grande relevância, o local está avaliado entre R$ 0 a R$250 por metro quadrado. Além de pertencer a Prefeitura, para uso público, o que garante ao Centro Infantil designação pública. Figura 8. Mapa de Maringá

Fonte: Google Maps, 2019. Editado pela autora, 2019

Figura 7. Quadra de intervenção e entorno

Fonte: Elaborado pela autora, 2019


Centro Municipal de Educação Infantil

Implantação + Cobertura

PARTIDO ARQUITETÔNICO

A linguagem visual é um instrumento básico na representação na Arquitetura e na educação é um meio de comunicação. Sendo assim, o meio construído é um transmissor de mensagens tanto no processo de aprendizagem quanto na execução de tarefas e atividades recreativas. Levando em consideração as histórias infantis, onde há o bosque como cenário na maior parte dos contos, foi

Diante deste conceito, o projeto se desenvolveu a partir de arranjos a potencializar as visuais ao bosque. Deste modo o edifício de desenvolve em três níveis: o térreo contendo a parte administrativa e pedagógica maternal o pavimento inferior abrange o setor pedagógico infantil e as salas de atividades extras, além do refeitório em cada pavimento. No Segundo pavimento inferior, tem acesso ao nível 4,20m onde a comunidade poderá usufruir da biblioteca livremente.

Lúdico

His tó rias In f an t is

Bosque Lúdio

A forma é simples e contínua, para uma melhor circulação das crianças. Os acessos aos níveis são feitos através de rampa e escada em cada pavimento. Estudo do terreno

Estudo da forma

Terreno

Recorte do terreno na quadra

Terreno

Proporção do local no terreno

Priv

ado

ic o

Quando brincam, as crianças estimulam seus sentidos e adquirem percepção do mundo, exercitam a criatividade e a cidadania, aprendem o seu papel no meio e a tomar decisões com confiança e autonomia.

A possibilidade de construir um ambiente de estudos em uma atmosfera lúdica e fantasiosa, poderá acarretar em grandes benefícios a criança, como foi dito ao longo deste trabalho.

bl

O lúdico como estratégia de ensino, traz para este momento a forma de aprender brincando, através de jogos e brincadeiras

proposto então, um bosque lúdico para que houvesse este reconhecimento e assimilação direta ás crianças.

A imaginação é objeto fundamental no período de aprendizagem, na primeira infância todo esforço para promover o desenvolvimento das crianças acarreta em benefícios no seu futuro.

Acessos Duas modalidades de acesso: público e privado

Subtração Exploração da forma

Escala gráfica

Vegetação

Ressonância da vegetação no espaço

Forma Final

Resultado formal após a subtração

40

10 20


[

Centro Municipal de Educação Infantil

Planta Térreo

C

1

21.15m²

Secretaria

Espaço de armazenamento de documentos e atividades administrativas

1

27.71m²

Sala de reunião

Sala com capacidade para 12 pessoas

1

25.18 m²

Sanitários coletivos

5

124m²

Copa

Espaço para preparação de alimentos (professores)

1

15.62m²

Ambiente de descanso para Sala dos funcionários, local de refeições e de professores estar

1

36.70m²

Sala pedagoga

Sala administrativa e reuniões privadas

1

18.30m²

Sala vicediretor(a)

Sala administrativa e reuniões privadas

1

18.30m²

Sala diretor(a)

Sala administrativa e reuniões privadas

1

18.30m²

Mirante

Espaço de estar e conexão visual com o Bosque

1

56.97m²

Refeitório maternal

Área de refeições

1

40m²

Espaço para preparação de alimentos (maternal)

1

16m²

Espaço de manutenção e armazenamento de materiais de limpeza

1

10.40m²

Salas de aula maternal 01, 02 e 03

3

165m²

Área livre e descoberta para banho de sol

1

130m²

1

25.80m²

1

11.70m² 10.75m²

Sanitários

Copa Depósito Salas de aula Solário Berçário Lactário

Espaço destinado ao repouso, com berços ou similares Local destinado á higienização, preparo e distribuição das mamadeiras

Fraldário

Local para higienização das crianças, troca e guarda de fraldas e materiais de higiene

1

Circulação

-

-

01

02

04

Legenda 010203040506070809101112131415161718192021-

03

D

05

Entrada/hall/espera Recepção Secretaria Sala de reunião Sanitários Copa Sala dos professores Sala pedagoga Sala vice-diretor(a) Sala diretor(a) Mirante Refeitório maternal Copa Depósito Sala maternal 0 Sala maternal 01 Sala maternal 02 Solário Berçário Lactário Fraldário

05

A

18 D

06

07

08

09

10

io

Local de atendimento e espera

Recepção

A

z va

150m²

Entrada do edifício, local de espera dos pais e alunos e mobiliários de estar

zio

1

Entrada/ hall/espera

Área (%)

va

Área (m²)

Descrição

O ESS AC O L A ESC

Quant. (Uni.)

Espaços

B

14

05

11

20 12

13

19

05

Escala gráfica Total

2

6 4

16

15

metros

B

21

17


Centro Municipal de Educação Infantil Planta pavimento-1

C

Espaços

Descrição

Quant. (Uni.)

Área (m²)

Área (%)

Salas de aula

Sala de aula infantil 03, 04 e 05

3

148m²

xxxxm²

Espaço de higiene

Local destinado á higiene pessoal das crianças

1

50m²

Sanitários

Sanitários coletivos

5

87.80m²

Cozinha

Local de preparação, armazenagem e distribuição de alimentos

1

22.10m²

Refeitório

Espaço para alimentação

1

50m²

Depósito

Espaço de manutenção e armazenamento de materiais de limpeza

Palco

Espaço para apresentações e uso coletivo

1

14m²

Pátio Coberto

Espaço para utilização coletiva para lazer e estar

1

130m²

Sala de informática

Sala para aulas de informática e atividades afins

1

55m²

Sala de artes

Sala para aulas de artes e atividades afins

1

55m²

Almoxarifado

Local para armazenamento de objetos diversos

1

37m²

1

90m²

Brinquedoteca

Local para leitura, brincadeiras e atividades recreativas

1

05

05

05

05

B

10.40m²

Bosque

Espaço comum de lazer e atividades recreativas

1

1057m²

Circulação

-

-

v Total

Legenda 01- Sala Infantil 3 02- Sala Infantil 4 03- Sala Infantil 5 04- Espaço da higiene 05- Sanitários 06- Cozinha 07- Refeitório 08- Depósito 09- Palco 10- Pátio Coberto 11-Sala de informática 12- Sala de artes 13- Almoxarifado 14- Brinquedoteca 15- Bosque

10 01

02

03

04

A

A 08

06

09

05

11

05 07 05

15 13

14

05

Escala gráfica 2

6 4

C

B

12


Planta pavimento-2 Espaços

Descrição

Quant. (Uni.)

Área (m²)

Guardavolumes

Local para armazenamento de pertences de usuários

1

9m²

Recepção

Espaço de entrada

1

66m²

Estudo Individual

Local de estudos em mesas individuais com computadores

1

60m²

Espaço Infantil

Espaço de leitura, atividades e recreação infantil

1

94m²

Sanitários

Sanitários de uso coletivo

2

64m²

Administração

Local para atividades administrativas da biblioteca

1

22m²

Curadoria/ restauro

Ambiente de armazenamento, verificação, catalogação, restauro de livros e atividades afins

1

12m²

Consulta

Local para consulta do acervo

3

15m²

Estudo Coletivo

Local de estudos em mesas coletivas de até 6 pessoas cada

1

80m²

Acervo

Espaço para consulta de livros

1

180m²

Circulação

-

Total

C

B

Área (%)

Legenda 01020304050607080910-

Guarda-volumes Recepção Estudo Individual Espaço Infantil Sanitários Administração Curadoria/restauro Consulta Estudo Coletivo Acervo

ACESSO COMUNIDADE

10 09

A

A

01

05

04

08 02

09

03

08 06

05

07

Escala gráfica 2

6 4

metros

B


CORTE AA

+10.00

+7.20

+4.02

0.00

CORTE BB

+10.00

+10.00

+7.20

+7.20

+4.02 Escala grรกfica 2

6 4

CORTE CC

+4.02


Figura 9. Vista externa entrada do C.M.E.I.

Elaborada pela autora, 2019

Figura 10. Vista externa Biblioteca

Elaborada pela autora, 2019


Figura 12. Vista interna palco

Elaborada pela autora, 2019

Figura 11. Vista interna espaรงo de higiene

Elaborada pela autora, 2019


Figura 14. Vista interna sala de aula infantil I

Elaborada pela autora, 2019

Figura 13. Vista interna pรกtio coberto

Elaborada pela autora, 2019


Figura 15. Vista boque lĂşdico

Elaborada pela autora, 2019

Figura 16 Bosque lĂşdico visto do mirante


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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above

Historic

Beijing

Courtyard.

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