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nesta edição
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14. FILHOS X TRABALHO
GENTE PEQUENA 12. EM FAMÍLIA
Como conciliar o sucesso profissional com a maternidade? Diante deste dilema, o sonho de ser mãe perdeu seu lugar de honra no topo das prioridades femininas.
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20. É SÉRIO
66. MEU CANTINHO
22. BEM-ESTAR
71. CANTINHO
24. SUA ESCOLHA
72. PRO CANTINHO
26. ADOÇÃO 32. QUESTÃO DE EDUCAÇÃO 36. MÃES E FILHOS
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CASINHA E COMIDINHA
74. COMIDINHAS 77. PANELINHA
MODINHA E BEAUTY
CANTINHO
Aconchego rústico
46. MODINHA BABY 48. MODINHA MENINA 1
48.
MODINHA MENINA
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50. MODINHA MENINO 52. MODINHA 60. TUDO DE BOM 62. COMPRINHAS
FOTOS: 1. Mario Chaves
Cores de outono
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princesa da capa
81. PRA CURTIR 82. PRA SE DIVERTIR
83.
hora de aprender Aprender brincando
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83. HORA DE APRENDER
7. R e c a d i n h o 10. F i q u e S a b e n d o 42. C l i c k i d s 84. B i b l i ot e q u i n h a 85. E n d e r e ç o s 90. DE M Ã E PA R A F ILHO
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sophia takeda usa vestido poá e sapato branco paetê, tudo Kids Wear. Solar Ray. Ban, Officer Occhiali.
80. PRA BRINCAR
sempre aqui
Sophia Takeda foi fotografada por JEFERSON URIAS. Tratamento de imagem Fioravante Diebe Jr Styling Ana Claudia Depetris e Juliana Rolim Assistente de fotografia Simone Del Campo Cenografia Ana Bianca Depetris Make-up e hair stylist Ludmylla Bazito Assistente de beleza Débora de Lima Beauty nail Belíssima Estética e Cabeleireiros
DIVERSÃO
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DIREÇÃO EXECUTIVA Alex Ruivo DIREÇÃO EDITORIAL Cristina Magnani GERÊNCIA DE NEGÓCIOS Duda Calegari, Luiz Trigo e Luzia Brunelli GERENTE DE PRODUTO Andréa di Modica PRODUÇÃO COMERCIAL Cleverson Lima GERÊNCIA ADMINISTRATIVA José Carlos da Costa ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO Tassiana Vieira – Supervisão Andréa Raymundo, Fernanda Siqueira e Mariana Nunes GERÊNCIA DE MARKETING Julio Cesar Gonçalves MARKETING E CIRCULAÇÃO Ana Lúcia Cardoso, Bruno Santos, Gustavo Benitez, Joseane Freitas e Nelson Pinheiro ASSESSORIA JURÍDICA Almeida Neto e Campanati (15) 3334-9494
EDITORA DE PRODUTO Bárbara Luz EDITORAS DE MODA Ana Claudia Depetris e Juliana Rolim REPÓRTERES Bárbara Luz, Francine Calegare, Mariana Rossi e Vanessa Olivier PRODUTORES EDITORIAIS Patrícia Passos, Paulo Ruivo e Willian Kayo FOTÓGRAFOS Jeferson Urias, Juca Ferreira, Mário Chaves e Simone del Campo DESIGNERS Adriana Carniel, Cláudia Scavacini e Fioravante Diebe Jr. COLABORADORES Carlinhos Gonçalves (Clickids), Gaby Gabriel (Comidinhas) e Janaína Tokitaka (Ilustrações) DISTRIBUIÇÃO Distribuidora Alvorada (15) 3413-8300 IMPRESSÃO Gráfica Igil (11) 4813-8696 TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 10 MIL EXEMPLARES AUDITADOS PELA
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recadinho Mãe foi mãe, mas já faz um tempão! Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar. Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista. Também é cozinheira e lavadeira. Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito. Mãe às vezes também é pai. Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão”.
Basta apenas um trechinho do texto Mãe é mãe, escrito por Martha Medeiros, para que a gente consiga dimensionar as incontáveis tarefas que as mulheres que são mães exercem diariamente. Elas conciliam a maternidade com o trabalho, a academia, o marido, os afazeres domésticos. E são elas também que fazem mingau quando o filho está doente, levam as crianças pra cima e pra baixo, organizam as festinhas de aniversário e mais um monte de coisas que não caberiam aqui se fossem citadas. E é por isso tudo que eu acho que as mães são é mesmo heroínas, mulheres de outro planeta, que vieram à Terra para tornar nosso mundinho bem melhor. Eu ainda não sou mãe, mas quando eu tiver um filho, desejo ser para ele tudo o que a minha mãe foi e é pra mim: meu porto seguro, minha amiga, companheira, que me ensina e puxa minha orelha quando necessário, e que esteve presente sempre, nos bons e maus momentos. Afinal, ser mãe não é apenas carregar um bebê por 9 meses no ventre, mas oferecer-lhe amor incondicional independentemente dos laços de sangue ou dos obstáculos que a vida nos coloca, como ao nos incumbir de criar uma criança com deficiência, por exemplo. E foi amor incondicional que eu presenciei durante a sessão de fotos para a matéria Mães mais do que especiais (pág.36). Foi um dia de muito aprendizado e uma experiência que vou levar pra vida toda. Como os leitores já devem ter percebido, a primeira edição da BIANCHINI Kids de 2010 sai no mês de maio, como um presente para todas as mães que leem a nossa revista.
BIANCHINI ® é uma publicação mensal da Editora A2 Ltda. © 2010 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. É proibida a reprodução parcial ou completa do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da Editora A2. Somente as pessoas que constam neste expediente estão autorizadas a falar em nome da revista.
Boa leitura!
BIANCHINI ONLINE EDITORA Cristina Magnani COORDENADORA Vanessa Olivier WEBMASTER Fernando Salvi www.revistabianchini.com.br
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SUA OPINIÃO
TELEFONE/ FAX (15) 3229-9090, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h EMAIL redacao@editoraa2.com.br ENDEREÇO Praça Nova York, 60 – CEP 18046-775 – Sorocaba / SP
Editora de Projetos Especiais [barbara@editoraa2.com.br]
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Eu com 3 anos, quando mamãe ainda me arrumava pra sair na foto.
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gente pequena
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Crianças que dormem pouco e tarde correm o risco de ter sérios problemas de desenvolvimento, pois o hormônio do crescimento é liberado nas fases mais profundas do sono. Pediatras recomendam que crianças pequenas durmam entre as 19h30 e as 20h30.
12. em família 14. filhos x trabalho 26. adoção 36. mães e filhos 9
fique sabendo
50 anos
por francine calegare [francine@editoraa2.com.br]
A Princesinha, referência em moda infantil em Sorocaba, completou 50 anos em abril, um marco para um estabelecimento local. A loja começou com o casal Dario e Consuelo Bevevino, em 1960, e hoje está no Esplanada Shopping, sob comando de Dirceu e Claudéris Feliciano. “Estamos debutando uma loja em bodas de ouro. É um momento muito especial”, comemora Claudéris. A Princesinha reúne o melhor da moda gestante – com coleções sempre atuais – e oferece muitas opções de peças infantis, desde o básico até moda festa. Tel.: (15) 3234-6045.
Aniversário personalizado Meninas adoram arrumar o cabelo e se maquiar, então, que tal proporcionar à sua filha um aniversário diferente? O Leelaa – ateliê de beleza para meninas – oferece à aniversariante e suas amigas um dia de princesa. O pacote VIP inclui penteado, maquiagem, unha artística e, depois de produzidas, as garotas participam de um desfile com sessão fotográfica. Há, também, dinâmicas de entretenimento com monitoras da área educacional. Além do pacote VIP, existem outros formatos de festa de aniversário a partir de 490 reais para 10 crianças. O Leelaa fica na Rua Cônego Januário Barbosa, 405, Jardim Vergueiro. Tels.: (15) 3233-8687 / (15) 3318-9394. www.leelaa.com.br
Lembrancinhas especiais
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Chá de bebê, batizado, nascimento, aniversário ou primeira comunhão. Não importa a ocasião, a Art e Craft, da designer de produtos Patrícia Benedetti, desenvolve lembrancinhas e presentes personalizados para eternizar esses momentos. São canecas, difusores de ambiente, home spray, velas perfumadas, sabonetes líquido, hidratantes e sachês, tudo confeccionado artesanalmente, com o nome do seu fofucho. Os preços variam de acordo com o modelo escolhido, as opções de acabamento e a quantidade. Outras informações: www.patriciabenedetti.com.br, www.acscraps. blogspot.com, http://www.flickr.com/photos/artecraft/. Tels.: (15) 3237-0220 / 9101-1238.
Nova Maple Bear
Para meninas e bonecas
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Mini Melissa
Marca adorada pelas moderninhas, a Melissa agora investe numa nova clientela e lança uma linha infantil para meninas entre 1 e 3 anos. Os dois modelos da Mini Mellissa, criados em parceria com a estilista inglesa Vivienne Westwood, estão disponíveis na numeração 17 a 25 e custam em média 90 reais. SAC Melissa: 0800-979 8898. www.melissa.com.br
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A Maple Bear Canadian School começou o ano letivo de 2010 em suas novas instalações. Agora, os alunos podem desfrutar de um espaço de 5 mil m² de área, quase toda verde, com árvores frutíferas, brinquedos apropriados, quadra, quiosque e muita sombra. Outra novidade é o horário integral para crianças a partir dos 5 anos, com atividades diversas, como: capoeira, teatro, iniciação musical e esportiva. Tudo isso com o horário de almoço, lição de casa e recreação. Para os menores, há o semi-integral, quando a criança almoça ou janta na escola e tem 1 hora de recreação. O novo endereço da Maple Bear é Rua Elias Rodrigues Claro, 695 – Jardim Pagliato. Tel.: (15) 3211-5901. www.maplebear.com.br
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Brincar de boneca já é a diversão preferida das meninas. Imagine então se a boneca estiver com a mesma roupa que ela... A Naty Kids, de Sorocaba, trabalha com a grife infantil ID Kids, de São Paulo, e oferece roupas para meninas de 2 a 10 anos acompanhadas de uma versão idêntica para bonecas. E o melhor, com sistema “leva e traz”. “Enviamos as roupas para a casa da cliente e depois de um ou dois dias vamos retirar. Assim, a menina pode experimentar com calma, sem aquele estresse do shopping”, explica a proprietária Natália Serpa. Entre as opções há calças jeans, casacos, camisetas básicas, vestidos, sobretudos e pijamas, tudo com a miniatura grátis. Informações pelo tels.: (15) 3326-1343 / (15) 8807-1342 ou pelo e-mail: natalia.serpa@hotmail.com
FOTOS: 1. Ana Luiza 2. Divulgação 3. Mário Chaves 4. Divulgação
Giovanna de Paula Simões ( de coroa) comemorou seus 6 anos com as amiguinhas no Leelaa
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em família por mariana rossi [mariana@editoraa2.com.br]
Será que é depressão?
Crianças também podem ficar depressivas. Atente-se aos sintomas.
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Crianças X mesada
Sem medo de gritos!
Qual a idade ideal para confiar às crianças a responsabilidade de controlar seu próprio dinheiro? Na opinião da psicóloga Betina Serson, seria entre os seis ou sete anos, fase em que elas iniciam sua interação com a sociedade, tomam conhecimento dos números, aprendem a fazer contas e passam a conviver com oportunidades de compra, como na cantina da escola, por exemplo. Os pais devem decidir, juntamente com seus filhos, para quais gastos a mesada será destinada e, a partir disso, calcular o seu valor. Eles devem ser avisados de que sempre que forem pedir “aumento”, deverão justificar-se. Betina aconselha ainda que, inicialmente, o dinheiro seja entregue semanalmente, pois um mês é um período muito longo para os pequenos.
Basta dizer não para que seu filho comece uma gritaria daquelas? Pois a psicóloga clínica Rita Romaro, que mantém o site www.ritaromaro.com.br, ensina como lidar com essa situação embaraçosa: 1 Deixe claro para a criança que os gritos não a farão mudar de ideia, ou ela adotará a tática para conseguir o que quer. 2 No momento da crise, quando o ambiente requer silêncio, leve-o dar uma volta fora daquele ambiente, até ele se acalmar. 3 Em ambientes movimentados, arrisque atitudes mais drásticas, como deixá-lo sozinho gritando até que sinta vergonha das pessoas olhando e pare com o escândalo. 4 Não volte atrás na sua decisão, pois isso colocará toda sua autoridade a perder. 5 Passada a crise, converse e pense com ele em outras formas dele expressar o descontentamento. 2
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Soltando a língua
Entre seis e sete anos é a fase ideal para começar a dar mesada às crianças.
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MEU FILHO TEM DOIS ANOS E FALA MUITO POUCO. DEVO ME PREOCUPAR? Heloísa Silva de Carvalho, advogada. É esperado que, por volta desta idade, a criança já consiga unir algumas palavras na tentativa de formar frases, porém isso não é regra, sendo comum observarmos crianças que desenvolvem a linguagem oral mais tardiamente do que outras. Mas a postura dos pais em incentivar a comunicação e proporcionar um ambiente rico em experiências aos seus filhos é muito importante. Em todo caso, é recomendável procurar um fonoaudiólogo para que seu filho passe por uma avaliação, visando observar possíveis alterações que podem influenciar negativamente seu desenvolvimento comunicativo. Glenda Saccomano Castro, Fonoaudióloga, Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Unicamp.
FOTOS: 1. istock.com / DNF-Style 2. istock.com / Ekaterina Monakhova 3.istock.com / Serhiy Kyrychenko 4. istock.com / Daniel Laflor
MINHA FILHA DE DEZ ANOS ANDA TRISTE E SOLITÁRIA, NÃO QUER BRINCAR NEM IR À ESCOLA. ISSO PODE SER DEPRESSÃO? Melanie Ueda, massoterapeuta. A depressão pode vir acompanhada de vários sintomas, como insônia, irritabilidade, medos, mudanças de hábitos alimentares, distração, baixa autoestima, apatia, tristeza. Mas muitos deles podem fazer parte da etapa normal de desenvolvimento da infância e adolescência. É importante observar se, desde que iniciaram os sintomas presentes na sua filha, houve alguma mudança significativa no contexto familiar, escolar ou social que pode ter desencadeado-os. No caso de permanecerem por muito tempo, aconselho procurar um psicólogo ou psiquiatra infantil. Andréia Lima, psicóloga clínica infantil.
SEM CULPA SEMPRE QUE ERRA, MEU FILHO COLOCA A CULPA NO IRMÃO. POR QUE A DIFICULDADE EM ADMITIR CULPA? ANA LUIZA CARVALHO, cirurgiã dentista. Neste caso, me parece que seu filho sabe que quando faz algo errado pode ser punido por isso, aí atribui a culpa inventando uma mentira, o que pode ser nada mais que medo. Muitas crianças mentem diante de determinada situação ou pessoa que represente autoridade. Se isso acontece, converse com ele, mostrando que sabe da verdade e, mesmo que ele seja pequeno, insista em demonstrar que ele não precisa temer em assumi-la. Existe também a mentira automática, que leva a criança a mentir sem saber por que, como um ato reflexo. Neste caso, aconselho buscar ajuda profissional para entender melhor o problema. DANIELLE CARMINATTI, psicóloga.
O medo é o maior responsável pela mentira entre as crianças. O diálogo é sempre a melhor saída. 3
Chegou a hora!
Ele não é o super filho!
Seu bebê cresceu e chegou o momento tão esperado (e temido, talvez): ele iniciará o ensino fundamental. E agora, como incentivar e auxiliar o seu filho? Giselle Fernandes, psicopedagoga e diretora da escola bilíngue Maple Bear, em Sorocaba, lista algumas atitudes importantes para esta nova etapa: 1 Crie um ambiente silencioso, iluminado e confortável para a realização das tarefas. 2 Demonstre interesse observando-o e fazendo alguns comentários, mas não durante o tempo todo. 3 Ajude explicando um enunciado, por exemplo, mas só – nunca faça a tarefa pela criança! 4 Para pesquisas, ensine-o a usar o dicionário e fazer buscas na internet, mas sempre incentivando-o a ler e entender, jamais copiar. 5 Paralelamente, leia muitos livros infantis para ele. É desde cedo que se adquire o hábito de ler.
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Crianças super dotadas ou inteligentes demais podem confundir os pais com relação à forma de agirem, que passam a ser mais permissivos e atribuem a ela uma autoridade que não convém. Por isso, a psicóloga clínica Amanda Spinicci, da Life Psicologia, em São Paulo, destaca que, de qualquer maneira, “a criança não tem experiência e nem a vivência das situações, o que difere muito da teoria”. Sendo assim, ela afirma que a palavra final deve ser dos pais, que são os adultos e os responsáveis pela criança. O que pode (e deve) ser feito é a estimulação da inteligência, através de aulas diferenciadas, esporte e leitura, jamais deixando de lado o lazer. “Rotinas auxiliam no limite e organização da criança. Muita conversa e orientação sempre são o melhor caminho”, finaliza a psicóloga.
Valorizando valores maio | 2010 bianchini kids
Demonstre interesse pelas tarefas de seu filho observando e fazendo alguns comentários quando solicitado.
Como ensinar seu filho a ser leal, honesto e comprometido com seus deveres? O consumismo, a violência e as deficiências sociais estão aí para dificultar esta tarefa, mas existem sim maneiras de vencê-los. A Dra. Laura Massaglia Soeiro, psiquiatra da infância e adolescência sugere: “a resposta está nas pequenas atitudes do dia a dia, dentro de casa, na clareza de nossos atos e na reflexão de nossos valores. Se quer comprometimento do seu filho com a escola, ele precisa sentir o seu com o seu trabalho”, exemplifica. São esses aprendizados que marcarão a personalidade da criança até a vida adulta: “bons valores na infância farão dos nossos filhos pessoas mais justas e com maiores chances de sucesso profissional e pessoal”, destaca Laura.
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filhos x trabalho por vanessa olivier [vanessa@editoraa2.com.br] fotos jeferson urias
Maternidade e carreira na balança O sonho de ser mãe perdeu seu lugar de honra no topo das prioridades femininas e acabou tornando-se uma opção, viável para algumas e nem tanto para outras. Mas essa liberdade de escolha despertou novos sentimentos às mulheres, como o medo de tomar decisões erradas e a insegurança quanto à capacidade de desempenhar, com sucesso, múltiplos papéis.
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IZEM QUE APENAS conhecemos o amor verdadeiro quando nos tornamos mães ou pais. E que não há emoção maior comparada àquela sentida quando uma mãe segura, pela primeira vez, seu filho recém-nascido nos braços. Este ideal de felicidade plena reinou na vida das mulheres durante séculos, geração após geração. Mas um fenômeno recente tem chacoalhado o mundo, transformando famílias e, inevitavelmente, envelhecendo a população. O que antes era uma decisão praticamente obrigatória, hoje passou a ser uma opção: a maternidade. Adiar a maternidade, reduzir o número de filhos ou até mesmo optar em não tê-los é uma tendência mundial, estimulada por uma nova geração de mulheres com outras prioridades, como o sucesso profissional, por exemplo. Recentemente, um levantamento realizado pelo IBGE comprovou esse fenômeno. Segundo a pesquisa, em pouco mais de 40 anos, a taxa de fecundidade brasileira despencou de 6,2 filhos por mulher, até 1960, para dois filhos, em 2006. Nas regiões Sul e Sudeste, os números eram ainda menores, abaixo da taxa de reposição (responsável por manter a população próxima da estabilidade), com 1,9 e 1,8 filho por mulher, respectivamente. Outro estudo, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revelou que a opção por não ter filhos tem crescido entre os casais. Em 2001, entre o total de famílias brasileiras, 62,8% dos casais tinham filhos. Em 2008, esse número caiu para 50,5%. Conforme a pesquisa, a porcentagem de casal sem filhos saltou de 11,7% para 15,7%. Para acompanhar as aspirações da mulher moderna, no-
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vas tecnologias têm permitido que elas engravidem com idade cada vez mais avançada. De acordo com o IBGE, o número de mães brasileiras com mais de 40 anos cresceu 27% entre 1991 e 2000. Nos Estados Unidos, a estimativa é de que duas em cada dez mulheres postergam a experiência da maternidade para depois dos 35 anos. Os motivos dessa decisão são variados, como razões profissionais, questões financeiras, falta de um companheiro estável e a vontade de curtir um pouco mais o casamento sem crianças por perto. Entretanto, independente do avanço da medicina ou dos planos de carreira, o relógio biológico da mulher é implacável. Segundo o andrologista e ginecologista Lister de Lima Salgueiro, especialista em medicina reprodutiva, as chances de uma mulher engravidar até os 35 anos é de 18% ao mês. O número cai vertiginosamente depois dos 40 anos – 7% ao ano. Além disso, os riscos de gerar um filho com malformações, como a Síndrome de Down, aumentam conforme a idade. Até os 35 anos, as chances são de 1,5%. Depois dos 40, o percentual sobe para 5%. O caminho mais garantido e seguro para uma gravidez tardia é a reprodução assistida. Um estudo recente da Universidade de Oxford (EUA), que coletou dados de 1.563 clínicas em 53 países, constatou um aumento de 25% no número de bebês nascidos com a ajuda de técnicas de reprodução assistida, em apenas dois anos (2000 a 2002). Ou seja, conforme a pesquisa, a cada ano cerca de 250 mil crianças nascem graças ao “empurrãozinho” da ciência. Nessa corrida contra o tempo, é comum entre as mulheres o desejo de ter gêmeos. “A maioria das minhas pacientes pedem gêmeos e algumas até trigêmeos”, conta
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filhos x trabalho
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O dilema de ser mãe Se por um lado, a conquista pela liberdade de escolha ampliou nossos horizontes, dando-nos a chance de viver de acordo com nossos princípios e sonhos, por outro, nos trouxe também um medo quase insuportável de tomar decisões erradas, entre elas, de ter ou não filhos. Segundo as psicólogas Sheila Skitnevsky-Finger e Tânia Novinsky Haberkorn, fazer escolhas implica em saber lidar com as perdas e os ganhos subsequentes. “A maioria das mulheres quer ser mãe, mas muitas têm medo de como isso vai afetar sua vida, sentem-se inseguras sobre sua capacidade de dar conta de tudo, no âmbito pessoal e profissional”, analisam. Entretanto, já não bastando ter que optar em ser ou não mãe, as mulheres que escolhem o caminho da maternidade enfrentam ainda um outro empate: o momento mais propício para engravidar. Sheila e Tânia são categóricas: “Hora certa não existe, mas talvez exista a ocasião menos errada, pois num determinado momento, um filho pode se transformar numa verdadeira tormenta na vida da mulher, o que acaba causando problemas também para a criança, que precisa de atenção e cuidado”. Elas defendem que a experiência da maternidade tem sempre aspectos muito inesperados, pois cada bebê é diferente, cada relação entre mãe e filho é única, e a condição e estrutura de cada família são muito especí-
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ficas. “Mais do que escolher uma hora certa é preciso decidir com quem, como, onde e sob quais condições essa criança será recebida”, afirmam. Se você quer ser mãe, mas está indecisa sobre o melhor momento, Sheila e Tânia pontuam características, baseadas em quatro motes, da hora “menos errada” para ter um filho. Pessoal: toda mulher tem sentimentos ambivalentes sobre ser ou não mãe, mas o importante é estar aberta à essa intensa experiência e consciente de que cuidar e educar um filho dá bastante trabalho. Apoio: é preciso ter um relacionamento ou uma comunidade que ofereça suporte. Sendo assim, analise se o seu relacionamento está num momento legal e se os dois compartilham desse desejo. Se o seu companheiro, por qualquer razão, não pode ser o seu suporte,
verifique se existe outra pessoa que possa suprir essa falta, participando dos cuidados diretos e indiretos (apoio psicológico, por exemplo) com o bebê e com você mesma. Saber o que, a quem delegar, com quem e como compartilhar esses cuidados, principalmente nos primeiros meses, é fundamental. Carreira: pergunte-se se já realizou planos e se não vai se sentir muito lesada caso precise dar uma parada ou diminuir as prioridades profissionais para cuidar de um filho. Finanças: em primeiro lugar, é preciso saber se você tem algum respaldo financeiro para criar uma criança. Tem momentos na vida de uma família que um filho pode ser uma despesa muito grande. Em alguns casos (e quando houver a possibilidade de escolha), esperar um pouco e se organizar melhor financeiramente pode fazer toda a diferença.
O mercado não perdoa Para as mães que se afastaram do mercado de trabalho durante os primeiros anos de vida dos filhos, retornar às atividades profissionais muitas vezes é um trampolim quase que instransponível. Numa disputa entre duas profissionais com a mesma competência, quem não tem filhos geralmente sai na frente, afirma a diretora fundadora do Grupo Soma – Consultoria em Recursos Humanos, Sônia Carminhato. “Infelizmente, isso ocorre porque muitos empregadores acreditam que a mulher com filhos dispõe de menos tempo para se dedicar à carreira, além da probabilidade de algumas vezes ter que se ausentar do trabalho em função das crianças”, explica. Em 2009, uma pesquisa feita pela Catho Online – empresa de recrutamento e seleção – com 16,2 mil pessoas de todo o País, além de comprovar a tese de que mães de crianças pequenas (até 4 anos) estão em desvantagem na preferência de contratação, também constatou um aumento no número de discriminação no mercado de trabalho. O estudo revelou que 50,6% dos participantes com cargo de presidente ou diretor de empresas manifestaram algum grau de objeção ante 39,7% observados há 8 anos. Entre os gerentes e supervisores, a parcela de rejeição subiu de 42%, em 2001, para 46,9% em 2009. Portanto, para as mulheres que sonham com a maternidade, saber escolher o momento mais propício para engravidar e planejar toda uma estrutura de apoio é a única maneira de preservar a carreira, sem correr o risco de ser prejudicada profissionalmente. Segundo Sônia, mulheres que estão passando por um processo de crescimento profissional não devem interromper esse momento de ascensão para tornarem-se mães. “Essa ruptura pode causar um atraso na carreira, que dificilmente será recuperado com a rapidez desejada”, alerta. Sendo assim, o início da carreira ou durante uma fase de estabilidade, quando a profissional já atingiu a maioria de seus planos, são as melhores épocas para se ter um filho, aponta Sônia.
FOTO: 1. istock.com / diego cervo
Lister. Segundo ele, o sonho de dar à luz a mais de uma criança ao mesmo tempo significa para essas mulheres a garantia de uma família completa, já que dificilmente irão engravidar novamente. A vantagem em ser uma mãe madura, segundo as psicólogas Sheila Skitnevsky-Finger e Tânia Novinsky Haberkorn, sócias-fundadoras do Instituto Mãe Pessoa, em São Paulo, – que oferece cursos e treinamentos com o objetivo de ajudar pais e mães a administrar melhor suas várias funções em casa e no trabalho –, é a bagagem de vida que só ela tem para dar conta de uma experiência tão intensa e complexa como a maternidade.
Equilíbrio é fundamental Aprender a equilibrar os papéis de mãe e profissional, sem que um venha a conflitar com o outro, não é uma tarefa fácil, mas também está longe de ser impossível. As psicólogas Sheila Skitnevsky-Finger e Tânia Novinsky Haberkorn, ensinam como ser bem-sucedida, tanto no campo materno quanto na esfera profissional:
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Aproveite a licença-maternidade para curtir bem o seu bebê e preparar a estrutura de apoio (babá ou creche, avó, pai, tia ou qualquer pessoa que esteja disposta a ajudar) para quando você voltar ao trabalho.
* faça uma transição gradual, começando por trabalhar meio perío* Seoupossível, do visitando a criança durante o dia (se ela estiver na creche do seu trabalho, Prepare seu coração também. Provavelmente você vai sentir falta do seu bebê no começo, mas a tendência é que tudo se assente com o tempo.
se você puder continuar amamentando, se puder visitar na hora do almoço etc). Tenha em mente que o equilíbrio não é fixo. Às vezes, você vai estar mais *voltada ao trabalho, outras vezes, à criança. O importante é ter essa atenção e flexibilidade para poder fazer essas mudanças quando necessárias.
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Não se esqueça de você. No meio dessa correria toda é importante arrumar um tempinho para você também, pois se estiver sempre cansada e se sentindo esgotada, sua qualidade de relação com o trabalho e com a família também vai sofrer. Assim como ela já sabia, a volta foi extremamente difícil. Aos poucos, o ritmo de trabalho foi diminuindo até que a ficha finalmente caiu: ela não estava feliz. “Não fazia mais sentido deixar meu bebê doente e ir a uma reunião para escolher o tecido do novo uniforme dos funcionários, por exemplo. Eu me agoniava”, revela. Mas apesar da pressão, Regina só tomou a decisão de deixar o emprego ao sentir-se definitivamente segura. “Aceitei o que minha natureza pedia e passei a ter uma incrível vontade de mostrar a ele que o mundo é bom. Tive que me desligar de muitos valores e hábitos antigos. Me emociono quando penso em quanta mudança meu filho me trouxe. Meu marido também sofreu todas as transformações comigo. Nosso filho nos fez um só”. Mãe leoa, como ela mesma se define, passou a se dedicar inteiramente à educação de seu filho. Junto com outros pais criou e agora administra a primeira escola Waldorf de Sorocaba, onde João André estuda durante as
poucas horas do dia que passa longe da mãe. “Pela manhã, ele vai à escola, enquanto resolvo questões da escola e atendo alguns poucos clientes que mantive, além de me dedicar a uma paixão que nasceu quando conheci a pedagogia Waldorf, o artesanato”, conta. Na opinião das psicólogas Sheila e Tânia, talvez o que mais jogue contra a decisão de muitas mulheres em abandonar a carreira em virtude dos filhos sejam as atuais pressões sociais (a mulher é cobrada para ter um outro papel além de ser mãe) e a crença cada vez mais fortalecida de que só a maternidade não basta para a satisfação total da mulher. “Ser mãe em período integral, sem outros interesses, também pode ser extenuante, além do risco de se sentir abandonada quando os filhos crescerem. Essa escolha tem que ser reavaliada sempre”, alertam. Buscar novas alternativas profissionais ou reavivar antigos interesses podem ser oportunidades que a maternidade proporciona às mulheres que, assim como Regina, decidiram deixar a carreira para ter mais tempo com os filhos, ponderam as psicólogas. “Mulheres conscientes de suas escolhas, apesar das limitações que enfrentam, tendem a se sentirem mais satisfeitas consigo próprias e com a maternidade”, concluem.
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Escolher a hora “menos errada” para engravidar é o caminho para uma experiência benéfica, mas será que é possível se preparar para a maternidade? Regina Carvalho, 35, mãe de João André, 2 anos e meio, e doula, acredita que não. “Preparamos o quarto, as roupinhas e só. O que vamos viver durante o parto e o que vem depois é o começo da lição de que não podemos controlar tudo. Não conheço ninguém que não se assuste diante da grande mudança de que é tornar-se mãe”, diz. Mudanças que também vêm acompanhadas de escolhas, nem sempre fáceis e justas. Depois de ser presenteada com a confirmação da gravidez, logo no primeiro mês de tentativa, Regina já não sabia mais como seria sua vida profissional. Publicitária, profissão que exerceu durante 14 anos, de repente percebeu que o foco estava mudando. “Antes de engravidar, já suspeitava que não ficaria tranquila em não cuidar pessoalmente do meu filho. Durante a gravidez, achava muito pouco o tempo da licença-maternidade. Depois do nascimento, chorava cada vez que pensava que iria voltar à rotina”, conta.
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Tudo pelos filhos
Para ter mais tempo com o filho, Regina mudou o rumo de sua carreira e descobriu novos interesses.
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filhos x trabalho É preciso jogo de cintura! O coração de uma mulher que vive momentos de ascensão profissional compartilhados com a espera do primeiro filho, já no ventre, é uma montanha russa de emoções. É preciso dividir a atenção dos “holofotes” da carreira com a ansiedade de uma imensa e bela transformação que está por vir: a de ser mãe. Medos, inseguranças, alegrias e expectativas bombardeiam a cada minuto o coração materno. Ufa, haja sangue para banhar as artérias! O medo de não conseguir conciliar a maternidade com o trabalho, e ainda não ter tempo para o marido e para ela mesma é o principal fantasma que atormenta a mulher de hoje. “Ela precisa de uma certa flexibilidade e de jogo de cintura para dar conta das duas coisas sem se descabelar e sem achar que está em falta com ambas. A começar pelas expectativas, pois não tem como estar nos dois lugares ao mesmo tempo”, analisam as psicólogas, Sheila e Tânia. Saber dividir o tempo, tentando obter dele momentos certos para se dedicar ao difícil
Renata aprendeu a dosar o tempo dedicado ao trabalho e ao filho.
balanço entre carreira e maternidade é o que tem feito a sorocabana Renata Arruda, 27, durante os últimos 12 meses, desde sua volta ao trabalho depois de 5 meses de licença-mater-
Tecnologias a favor delas
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Diferente do tempo de nossas mães e avós, hoje as mulheres precisam ser “ninjas” para dar conta de tudo ao mesmo tempo: trabalho, filhos, casa e marido. Mas graças aos avanços tecnológicos, ser mãe no século XXI tem lá suas vantagens. A principal delas é, sem dúvida, o acesso facilitado à informação. Com apenas alguns cliques é possível encontrar respostas para muitas dúvidas maternas pela internet. “Hoje, temos muitos canais de troca de experiências, livros, grupos on-line, sites, blogs etc. Isso tudo pode ajudar a mulher a olhar as coisas de outros ângulos”, dizem as psicólogas Sheila e Tânia. O celular é outro viés importantíssimo para acalmar o coração de mãe, que precisa se ausentar para cuidar dos compromissos profissionais. Esteja onde estiver é possível ter notícias dos filhos e se fazer acessível em casos de emergência. Creches com câmeras, que além de garantir a segurança do filhote permitem à mãe acompanhar seus primeiros passos via internet, também são outra valiosa ajuda. “Conhecemos uma mãe que não pode estar presente na hora de por as filhas para dormir e usa o skype para ler historinhas para elas e dar boa noite. Claro que não é a mesma coisa que um beijinho real, mas considerando as circunstâncias, ela está sendo bem criativa no uso da tecnologia”, contam. Outras situações proporcionadas pelo avanço tecnológico vêm ajudando a reduzir a culpa de muitas mulheres em não poder estar o tempo todo presente na vida dos filhos. Um exemplo é a possibilidade de poder assistir depois, pelo DVD, a uma apresentação de balé ou de futebol das crianças, ao lado delas. Para aquelas que têm a flexibilidade de trabalhar em casa, a tecnologia (internet, fax, telefone) também permitiu uma maior participação no cotidiano dos filhos.
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nidade. “É preciso extrair o melhor de si em cada circunstância. Tenho prazer no que faço e me sinto útil e realizada”, garante Renata, que há 3 anos gerencia projetos de uma empresa de comunicação. Segundo ela, afastar-se da profissão para se dedicar mais ao filho Davi, hoje com 1 ano e 4 meses, nunca passou por seus pensamentos. “Desde que ele nasceu tentei me preparar psicologicamente para o momento de retornar ao trabalho, analisando possibilidades que não fossem desgastantes para nós. Sempre tive o objetivo de ter sucesso profissional, jamais poderia abrir mão disso. Para mim, filho vem a acrescentar em nossa vida e não o contrário”. Mas quando chegou o momento de voltar à rotina e deixar Davi sob os cuidados de uma babá, Renata confessa ter se deparado com um sentimento novo: a insegurança. “Nos primeiros dias me sentia muito insegura, mas com o tempo percebi que ele estava bem e feliz. E aí tive certeza de estar fazendo a coisa certa”, conta. Além do apoio da babá e da escola, Renata também conta com a ajuda do marido, dividindo com ele todos os cuidados com o bebê. E ainda não descarta a possibilidade de um segundo filho que, segunda ela, virá num momento mais propício para acrescentar alegrias e descobertas na vida do casal.
Você está preparada para ser mãe?
Eu comigo:
a) Sei me posicionar diante do que pre-
ciso e desejo, mas também sei ser flexível diante das dificuldades e impossibilidades. b) Estou preparada emocionalmente para me colocar em segundo plano e mudar minhas prioridades. Entendo que tudo poderá ser transformado a partir da experiência de ser mãe. c) Meus projetos pessoais e profissionais talvez precisem ser repensados. Quando o bebê chegar vou precisar tratar, de forma diferente, questões como tempo, dinheiro, planejamentos e assim por diante.
Eu e o bebê:
a) Estou preparada para ser um modelo de pessoa para meu filho. b) Já entendi que a relação com meu bebê me modificará de maneiras que ainda nem consigo imaginar, mas sei que fará me rever e me reinventar enquanto mulher e ser humano. c) Ser uma boa mãe não é ser perfeita nem o tempo todo presente. Quero saber dosar o tempo (com qualidade) que vou destinar ao meu filho, aos meus relacionamentos e a mim mesma. Eu com meu companheiro:
a) Nossa relação conjugal é firme o suficiente para sobreviver ao inevitável bombardeio causado pela chegada dos filhos. b) Estamos cientes de que as privações de sono e o cansaço físico minarão nossa har-
monia sexual e conjugal (pelo menos temporariamente). c) Sabemos que o casamento não necessariamente determina as mudanças em relação à forma como vivemos nossas vidas, mas que a chegada dos filhos causa a necessidade de nos responsabilizarmos de verdade.
Eu com os outros:
a) Tem alguém, na minha rede de relacionamentos, que está disposto a me aceitar, a não me julgar, a me ajudar, e é flexível entre o apoio que me oferece e o que de mim recebe. b) Tem alguém (parceiro ou pessoa próxima) que está pronto para tentar me compreender e me ajudar a aceitar as mudanças físicas, biológicas, hormonais e psicológicas. c) Todas as relações humanas são ditadas por contratos sociais, ora verbais ora não verbais. Em qualquer relacionamento mais intenso, há que se reconhecer e priorizar o que precisamos, analisar se estamos pedindo para a pessoa certa, e comunicar o que esperamos, com abertura para ouvir o outro e ser flexível. Geralmente consigo me comunicar bem sobre o que e como espero ser ajudada. Eu e o mundo:
a) Meu trabalho e minhas prioridades
profissionais talvez sofram modificações, pelo menos temporariamente, e aceito que o meu foco mude, enquanto for necessário. b) Se preciso for, em prol da minha relação com meu filho, posso examinar outras oportunidades e possibilidades de projetos – pessoais ou profissionais. c) Estar no mundo tem tanto a ver com minha carreira, quanto com outras atividades que vão além do cuidado do bebê.
Resultados: Sim (22 a 30 pontos) Tudo indica que você está bastante consciente sobre o que a chegada de um bebê pode acarretar na sua experiência pessoal, na sua relação conjugal e com os outros, e está aberta para as acomodações que provavelmente serão necessárias. Mesmo assim, saiba que tudo pode ainda vir a ser diferente do que você imagina. O importante é lembrar que você não precisa fazer tudo sozinha. Informe-se e lembre-se de compartilhar as delícias e os desafios com pessoas que possam te apoiar. Talvez (10 a 21 pontos) Parece que você já tem alguma ideia das possíveis dificuldades desse processo de virar mãe. Mas há ainda algumas questões importantes que talvez não tenha considerado. Olhe com mais atenção para as reflexões nas quais você marcou “não”, e tente visualizar melhor o que está faltando para que haja espaço e estrutura para a chegada de um bebê. Não (0 a 9 pontos) Calma, vamos lembrar que nada disso quer dizer que você não está preparada, ou que não nasceu para isso. É bem possível que você nunca tenha levado em conta aspectos mais reais e, talvez, dolorosos da experiência de ser mãe. Mas ainda dá tempo de se preparar com mais objetividade. Converse com outras mães, leia livros, revistas e, se preciso, procure profissionais especializados, como psicólogos, doulas, pediatras ou obstetras.
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Tente responder, com seriedade, se concorda ou não com cada uma das reflexões abaixo, e se reconhece nelas, ou não, alguma importância para a experiência de ser mãe. Para cada alternativa, marque SIM, NÃO ou TALVEZ.
Como calcular:
Marque 2 pontos para cada SIM, 0 ponto para cada NÃO e 1 ponto para cada TALVEZ. Depois, some os pontos e confira o resultado. Mas, lembre-se: este teste é apenas um indicativo de que algumas coisas precisam ser levadas em conta. Por isso, é importante refletir melhor sobre as questões marcadas com o NÃO e o TALVEZ.
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Se você anda considerando a ideia de ser mãe, mas ainda não tem certeza absoluta de estar preparada para esse desafio, faça o teste elaborado exclusivamente para a BIANCHINI, pelas psicólogas Sheila Skitnevsky-Finger e Tânia Novinsky Haberkorn, sócias-fundadoras do Instituto Mãe Pessoa, em São Paulo.
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é sério por mariana rossi [mariana@editoraa2.com.br] produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br]
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Bicicleta, skate e patins O dia em que você solta as rodinhas e vê seu filho pedalando é mágico, não é? Os primeiros passos de patins, o primeiro tombo de skate. Tudo isso se transforma em lembranças eternas, mas que devem ser positivas! Por isso, alguns cuidados são indispensáveis. A organização Criança Segura Brasil indica que o uso de um capacete devidamente preso à cabeça, por exemplo, pode evitar em até 85% o risco de lesões na região e traumatismo craniano. É importante repassar este dado aos pais dos amiguinhos para que eles também exijam de seus filhos, e assim, ficará mais fácil para todos fazer com as crianças aceitem o uso do equipamento. E atente-se para o uso de sapatos fechados e bem presos aos pés, com cadarços bem atados. Outras informações acesse www.criancasegura.org.br.
Acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças no Brasil.
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Mais fiscalização Mamães e papais, atenção redobrada a partir do mês de junho! Além da preocupação habitual com os filhotes, entrará em vigor uma resolução visando intensificar a fiscalização do transporte de crianças em veículos. Então, fique por dentro: 1 Até um ano de idade, o bebê deve ser transportado nos chamados bebê conforto ou conversível com os pés em direção ao banco traseiro. 2 Entre um e quatro anos, na cadeirinha. 3 Superior a quatro e inferior a sete anos e meio, em assento de elevação. 4 Superior a sete anos e meio e inferior ou igual a dez, no banco traseiro com cinto de segurança. Em qualquer caso, os equipamentos de retenção devem ser certificados pelo INMETRO. Segundo a organização Criança Segura, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte entre crianças de 0 a 14 anos, no Brasil.
Infante não deixa nada a desejar. Esta cadeirinha pode ser utilizada por crianças de até 18kg, tem quatro posições de inclinação, cinto com cinco pontos, protetor de ombros e apoio de cabeça. Está à venda na Bicho Papão por 449 reais, tel.: (15) 3202-8585.
Na frente, não! Antes de sair de casa, você sempre discute com seu filho porque ele quer sentar no banco da frente do carro? A não ser que ele tenha mais de dez anos, não hesite em dizer não! Crianças devem ser conduzidas no banco de trás com o cinto de segurança adequado ao seu tamanho, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito. Renato Gianola, diretor-presidente da URBES, explica também que, no caso das motocicletas, transportar menores de sete anos constitui infração de natureza gravíssima, com acréscimo de sete pontos à CNH do infrator, multa de 191,54 reais e suspensão do direito de dirigir. As crianças com mais de sete anos, devem ser conduzidas atrás do motorista e com um capacete adequado ao seu tamanho.
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FOTOS: 1. istock.com / Renee Lee 2. Mário Chaves
Em questão de segurança a
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bem-estar por francine calegare [francine@editoraa2.com.br] produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br]
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Quarto mais acolhedor Para que seu filho possa dormir como um anjinho, o neurologista do Instituto do Sono de Sorocaba, Samuel Simis, dá as dicas: 1 Evite a escuridão total. Deixe uma luz suave voltada contra os olhos da criança, de preferência no chão, para não afetar o sono. 2 Mantenha o quarto silencioso. Música, televisão e até mesmo o tic tac de um relógio comprometem a qualidade do sono. 3 A temperatura deve permanecer em torno dos 22 ºC. 4 Evite muitas cobertas. No inverno, pode-se usar um aquecedor e no verão, ar condicionado, mas sem esquecer-se de umedecer o ambiente para evitar doenças respiratórias. 5 A roupa de cama deve ser de algodão puro, macio e antialérgico, bem como o cobertor e o travesseiro. Evite travesseiro de penas de ganso ou outros materiais orgânicos.
para seu filho um pijama confortável e, após uma boa noite de sono, guarde-o neste segura pijama de ursinho super fofo que pode alegrar a decoração do quarto. À venda na Lovely, por 33 reais, tel.: (15) 3233-9244. Para um sono seguro, o ideal é deixar o bebê de barriga para cima.
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Posição ideal É a primeira noite de seu bebê em casa e bate aquela dúvida: qual a melhor posição para ele dormir? Segundo o pediatra Fábio Bozelli, a posição mais segura e confortável para o bebê é de barriga para cima. “Existe uma crença que se a criança vomitar, ela se afoga nesta posição. Isto não é verdade, pois se ela estiver de barriga para cima, a tendência é tossir e chamar a atenção dos pais”, explica. Fábio diz ainda que se o bebê dormir de lado ou de bruços aumentam as chances de morte súbita, principalmente nos primeiros meses e recomenda: “Para um sono seguro, além da posição adequada, é preciso evitar o excesso de agasalhos, deixar o bebê com os braços para fora do cobertor, manter uma ligeira inclinação da cabeceira do berço e retirar brinquedos e travesseiros para evitar o sufocamento”.
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Bons sonhos Crianças podem dar muito trabalho na hora de dormir, por isso, a coordenadora do setor de Pediatria do Instituto do Sono da Unifesp, Márcia Pradella-Hallinan, ensina a criar um ritual para que seu filho tenha uma boa noite de sono. Para crianças entre 4 e 5 meses, ela recomenda cantar toda noite a mesma música e colocar um “amiguinho” (bichinho, paninho) para que ela manipule enquanto mama. Depois, quando a criança for crescendo, passe a contar histórias e deixe-a, espontaneamente, trocar o “amigo de dormir” por uma música ou leitura. “É importante manter este ritual por 30 minutos e não mais. Com estes hábitos desde cedo seu filho aprende a dormir sozinho e a ser independente”, ressalta.
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FOTOS: 1. istock.com / Liv Friis-Larsen 2. Mário Chaves
Na hora de dormir, escolha
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sua escolha por mariana rossi [mariana@editoraa2.com.br] produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br]
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Qual o melhor substituto? Ainda que o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde afirmem que, até os seis meses de idade, o bebê deve ingerir apenas o leite materno, existem mães que ficam impossibilitadas de amamentar ou preferem não fazê-lo. Nestes casos, a nutricionista clínica Daniela Murakami indica que o substituto ideal para suprir as necessidades do bebê de maneira saudável são as fórmulas infantis vendidas em pó e embaladas em lata. Existem as fórmulas à base de leite, de soja, e sem lactose, mas como a lactose costuma causar diversas alergias, Daniela sugere o uso da opção sem lactose. Para saber qual é o tipo mais indicado para o seu filho, de acordo com a idade, a saúde a as necessidades do seu bebê, consulte um pediatra de sua confiança.
Fortes vínculos são construídos entre a mãe e o bebê durante a amamentação.
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Amamentação: prepare-se! Apesar de ser um período mágico, a fase de amamentação também pode ser traumática e muito dolorosa. Por isso, a pediatra clínica, Dra. Alcinda Nigri, aconselha que, ainda durante o pré-natal, a nova mamãe já escolha um pediatra para iniciar o acompanhamento do bebê. Ele orientará sobre os cuidados com o bico do seio e também com a pele, que deve ser hidratada e fortalecida para evitar rachaduras. Durante a amamentação, é essencial uma alimentação rica em frutas e legumes, mas evite sucos de frutas ácidas e com derivados lácteos, que podem causar cólicas no bebê. É importante descansar bastante e ingerir muita água. Por fim, Dra. Alcinda enfatiza: “o mais importante é a mãe querer amamentar. Este é um momento novo em sua vida, haverá dificuldades a serem vencidas, mas é, sem dúvida, o maior investimento na saúde de seu filho”.
transporta até 3 doses prontas para sucessivas refeições do bebê e ainda possui recipiente graduado para os líquidos. Fabricado em plástico super resistente, pode ir ao microondas (sem a tampa e as divisórias). À venda na Bicho Papão por 25 reais, tel.: (15) 3202-8585.
Amamentar emagrece! Sabia que nos primeiros dias de amamentação você pode chegar a gastar até 10 calorias por minuto? É o que conta o pediatra do Instituto da Infância de Sorocaba, Dr. Édson Oshiro. Segundo ele, as mamães que amamentam também reduzem as chances de desenvolver câncer de mama. Já entre as vantagens para o bebê, está a de que só o leite materno possui, de forma completa e equilibrada, os nutrientes necessários ao seu organismo, incluindo anticorpos contra as doenças comuns na infância. Além disso, a amamentação constrói vínculos emocionais profundos entre a mãe e o filho, auxiliando na adaptação dele com o novo meio e proporcionando segurança para se relacionar com as outras pessoas durante sua vida.
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FOTOS: 1. istock.com / Andrzej Burak 2. Mário Chaves
O porta-leite em pó Chicco
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adoção por francine calegare [francine@editoraa2.com.br] fotos jeferson urias e luciana moura
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Mais de 4 mil crianças e adolescentes brasileiros vivem em abrigos.
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Amor além dos genes Ser pai ou mãe não é apenas gerar um filho, é antes de tudo amá-lo. Se você também pensa assim e sonha em adotar uma criança saiba que agora, com o Cadastro Nacional de Adoção e, com outras mudanças na lei, há mais facilidades neste processo.
meses pela Justiça. Neste prazo, cabe ao juiz decidir, com base em um relatório elaborado por equipe interprofissional, pela reintegração familiar ou pela adoção”, explica a promotora de Justiça da Vara da Infância e Juventude de Sorocaba, Alice Satiko Kubo Araújo. Segundo ela, a expectativa com as modificações na legislação vigente é de que o processo de adoção seja otimizado, tendo sempre em foco o interesse da criança. Antes da nova lei entrar em vigor, de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), só maiores de 21 anos podiam se candidatar à adoção. Hoje, maiores de 18 anos – e que sejam 16 anos mais velhos que os adotados – podem adotar, independentemente do estado civil. Outra mudança significativa é que a prioridade na reintegração de crianças e adolescentes deve ser a “família extensa”. Isso significa que, na ausência dos pais, as autoridades devem buscar parentes próximos com os quais a criança ou adolescente, convive e com os quais mantém vínculos de afinidade e afetividade. “Se algum parente tem a possibilidade de criar esta criança, a prioridade é dele e não de alguém que esteja na lista de espera”, esclarece a promotora. Já para a gestante que deseja entregar o filho para a adoção o critério é outro. Ela não pode entregar a criança para quem desejar e sim informar sua decisão ao Conselho Tutelar ou ao Juízo da Infância e Juventude que se encarregarão de entregar para quem está inserido no Cadastro Nacional de Adoção.
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e um lado, mais de 4 mil crianças e adolescentes no Brasil aguardam em abrigos o direito de ter uma família, alimentam o desejo de ter o aconchego do colo de um pai ou mãe. Muitas são vítimas de violência doméstica, não tem parentes conhecidos ou simplesmente foram abandonados e rejeitados pela família biológica. De outro, não faltam casais na fila da adoção. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, são 26.735 pretendentes à adoção cadastrados no País. Um número quatro vezes maior do que o montante de crianças que aguardam por uma nova família. Então, por que tantas crianças crescem e saem dos abrigos sem nunca conseguirem ser adotadas? Segundo os especialistas, esta disparidade é resultado do estereótipo de criança que os casais querem adotar: bebês, ou no máximo com até 3 anos de idade, brancos e apenas um, sem mais irmãos. No entanto, a Nova Lei de Adoção – Lei nº 12.010/2009 que vigora desde 3/11/2009 – é a esperança para impedir que meninos e meninas cresçam sem família. O Cadastro Nacional de Adoção é uma das principais modificações desta lei. Só pode adotar quem estiver inscrito e só podem ser adotados aqueles que também estiverem devidamente registrados neste Cadastro. Outra mudança é com relação às crianças que vivem em abrigos. “A inovação mais importante, com relação a estas crianças, é, sem dúvida, o limite de dois anos de permanência na instituição, devendo a situação delas ser reavaliada pelo menos a cada seis
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adoção O que mudou
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O Cadastro Nacional de Adoção (CNA) é uma ferramenta criada para auxiliar os juízes das Varas da Infância e da Juventude na condução dos procedimentos de adoção. Lançado em 29 de abril de 2008, o CNA tem por objetivo agilizar os processos de adoção, mapeando e unificando as informações, tanto dos pretendentes à adoção quanto de crianças e adolescentes em condições de adoção. Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça revelam que até o início de março de 2010, estavam cadastrados 26.735 pretendentes à adoção e 4.578 crianças e adolescentes aptas a serem adotadas. Destes pretendentes, 39,2% somente aceitam adotar crianças da raça branca, 78,2% querem crianças com até 3 anos de idade, 82,8% não aceitam adotar irmãos, 85,7% desejam adotar apenas uma criança e 80,6% não aceitam adotar gêmeos. No entanto, do total de crianças e adolescentes aptos à adoção, 35,2% deles são brancos, 17,85% são negros, 0,42% são da raça amarela, 45,7% pardos e 0,76% da raça indígena. As estatísticas revelam, ainda, que 71,8% das crianças e adolescentes aptos no CNA possuem irmãos e 20,12% possuem problemas de saúde. O Estado de São Paulo lidera o ranking nacional com 7.192 pretendentes cadastrados e 1.414 crianças e adolescentes para serem adotados. Desde a criação do CNA três crianças de Sorocaba já conseguiram um lar. Dois eram irmãos e o outro tem paralisia cerebral.
A adoção no Brasil ração na legislação, reduzindo a idade do A legislação brasileira passou a disciadotante para 30 anos e a diferença de plinar a adoção a partir de 1 de janeiro idade entre adotante e adotado para 16 de 1916. Havia alguns obstáculos imanos. Houve também um avanço muito postos pela lei àqueles que tivessignificativo, deixando de existir a sem a intenção de adotar: exigência de o adotante não somente podiam adotar possuir filhos e passando as pessoas que não Somente com a a exigir que os adotantes tivessem filhos legíConstituição Federal fossem casados há, pelo timos; o adotante de 1988 foi menos, cinco anos (o que deveria ter mais de abolida qualquer não era necessário em 50 anos e, pelo medistinção entre 1916). No entanto, a lei nos, 18 anos a mais filhos biológicos era preconceituosa no toque o adotado; duas e adotivos. cante à sucessão hereditária, pessoas somente popois o adotado só tinha direideriam adotar em conto a metade do quinhão a que junto se fossem casadas; o teriam direito os filhos biológicos. Em vínculo da adoção poderia ser 1965 entra em vigor a Lei nº 4.655, criando dissolvido se as duas partes (adotante e a legitimação adotiva. Com isso, passaram adotado) anuíssem ou se o adotado coa existir duas formas de adoção: aquela metesse ingratidão contra o adotante. prevista pelo Código Civil, alterada pela Lei A adoção era feita por escritura pública. 3.133/57 e a disciplinada pela nova lei. Já a partir de 1957, houve uma alte-
Como é lá fora Segundo dados de 2005 a 2008, China, Rússia e Etiópia são os principais países de origem das crianças que passam por processos internacionais de adoção, com mais de 3 mil crianças adotadas por ano. O Brasil também faz parte desta lista. Entre 500 e 1.000 crianças brasileiras são adotadas por estrangeiros todo ano. Quanto aos cinco países que mais acolhem crianças o ranking é liderado por Estados Unidos, Itália, França, Espanha e Canadá. Fonte: Centro Internacional de Referência para os Direitos da Criança Privada da Família
Crianças de Sorocaba De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, a Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Sorocaba possui 53 crianças e adolescentes que se encontram institucionalizadas e estão em condições de serem adotadas, ou seja, já passaram pelo processo de destituição do poder familiar. “A maioria das crianças se encontra nas instituições abrigo de Sorocaba em razão de histórico de abandono ou violência familiar”, salienta a promotora de justiça Alice Satiko Kubo Araújo. Destas 53 crianças que aguardam por uma família, 30 são da raça branca, 20 são pardas e 3 são negras. A maioria, 32 crianças e adolescentes, são meninas e 21 são do sexo masculino. Já com relação a idade, o maior
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número de institucionalizados, 28 adolescentes, está na faixa etária de 10 a 15 anos. Em segundo lugar, aparecem os adolescentes com mais de 15 anos: 13 esperam a adoção. Depois, na faixa etária de 5 a 10 anos, há 10 crianças nos abrigos de Sorocaba. O menor número representa a faixa etária que os pretendentes a adoção mais buscam, ou seja, de 0 a 5 anos, com 2 crianças apenas. Com relação aos pretendentes à adoção na Comarca de Sorocaba há 160 inscritos, dos quais 26 estão adotando, 16 pediram suspensão temporária e 3 pediram cancelamento recentemente. Dados coletados em março de 2010.
1.
Dirija-se à Vara da Infância e Juventude de seu município, com todos estes documentos: Carteira de Identidade e CPF; Certidão de Casamento ou Nascimento; Comprovante de residência; Comprovante de renda mensal; Atestado ou declaração médica de sanidade física e mental; Atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida; Atestado de antecedentes criminais; Fotografias sua e de sua residência (parte externa e interna).
2.
Se aprovado em análise preliminar, você ingressará no Cadastro Nacional de Adoção (se preferir, você pode contratar um advogado especialista em processos de adoção). No cadastro, indique o perfil da criança que deseja: sexo, idade, tipo físico e condições de saúde.
3.
Depois, num prazo de até 60 dias, a equipe interprofissional do Juizado, composta por psicólogo e assistente social, agendará uma entrevista para conhecer seu estilo de vida, renda financeira e estado emocional. Um assistente social também poderá visitar sua casa para avaliar se a moradia está em condições de receber uma criança.
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4.
Com as informações do seu cadastro e o laudo final da equipe, o juiz dirá se sua ficha foi aprovada. Caso sim, você receberá o Certificado de Habilitação para Adotar, válido por dois anos em todo o País. Este certificado fará você entrar na fila de adoção nacional. Assim, é só aguardar até aparecer uma criança com o perfil desejado.
Celebridades nacionais e internacionais estão aderindo, cada vez mais, à adoção. Confira alguns deles:
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Brad Pitt e Angelina Jolie têm seis filhos, sendo três adotados: Maddox, da Camboja; Zahara, da Etiópia; e Pax, do Vietnã. 2
5.
Todas estas etapas levarão em média de 5 a 6 meses, dependendo da peculiaridade de cada caso. Porém, se você preferir meninas recém-nascidas, loiras, com olhos azuis e saúde perfeita – a maioria dos pedidos – pode demorar até cinco anos pra encontrar uma criança com este perfil para adotar.
6.
Você será chamado para conhecer uma criança. Se quiser, já pode levá-la para casa. Quando o relacionamento corre bem, o responsável recebe a guarda provisória, que pode se estender por um ano. Crianças maiores passam antes por um estágio de convivência, uma adaptação, por tempo determinado pelo juiz e avaliado pela equipe interprofissional.
7.
Marcello Antony e Mônica Torres adotaram dois filhos: Francisco e Stephanie.
Elba Ramalho é mãe de Luan, filho que teve com o ator Maurício Mattar. Depois, adotou Maria Paula, Maria Clara e Maria Esperança. 2
Outra famosa com filhos adotivos é Madonna. Ela foi ao Malauí para adotar David Banda e Mercy James.
Depois de ganhar a guarda definitiva, você receberá uma nova certidão de nascimento para a criança, já com o sobrenome de sua família.
Pessoas solteiras, divorciadas e judicialmente separadas também podem adotar, desde que sejam maiores de 18 anos e pelo menos 16 anos mais velhas que o adotado. A Justiça ainda não prevê adoção por casais homossexuais, mas é cada vez mais comum pais do mesmo sexo conseguirem registrar a criança no nome dos dois após decisões judiciais.
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Quer adotar uma criança e não sabe qual o procedimento? Antes de qualquer coisa pense com calma, converse com outros pais para saber o que é bacana e jamais queira adotar para salvar um casamento em crise ou suprir a perda de um filho. É preciso ter em mente que durante a fase de adaptação, você terá que trabalhar o emocional da sua família e da criança, pois a maioria delas vem do abrigo com sentimentos de rejeição, frustração e baixa autoestima. Confira os procedimentos iniciais e a documentação necessária para ingressar com o pedido de adoção:
Famosos também adotam
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Tom Cruise e Nicole Kidman, quando ainda eram casados, adotaram Isabella e Connor.
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Como adotar?
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adoção
Casa cheia
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Ana Casas com os filhos Bruno e André
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Não conhecemos outra vida que não seja em nossa casa. É tudo super normal, somos uma verdadeira família. Também, nunca tivemos curiosidade em saber ou conhecer nossa família biológica. Somos super bem resolvidos com relação à adoção”. BRUNO CASAS, 25 ANOS E ANDRÉ CASAS, 23 ANOS, FILHOS ADOTIVOS DE ANA CASAS.
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A família Chaves Neto toda reunida.
Nos damos muito bem, como uma família mesmo. É muito bom porque quase ninguém tem duas famílias. Nós temos e sentimos muito orgulho disso. Adoramos nossos almoços em família, ficar juntos, viajar e estudar. Com os coleguinhas nós não temos problema não. Eles acham que nós ficamos tristes, mas na verdade ficamos felizes em contar nossa história como se fosse um conto de fadas. O que mais mudou em nossas vidas foi o amor. Aqui é diferente. Somos meninas perfeitas e temos tudo do bom e do melhor. Nunca nos faltou nada. Eles são os melhores pais do mundo. Só temos que agradecer por cuidarem de nós, coisa que não era eles quem deveriam fazer e sim nossa mãe verdadeira. Mas nós entendemos a dificuldade dela. Só pedimos a Deus que o Neto e a Zaira tenham muitos anos de vida para ficarmos sempre juntos”. VITÓRIA E CAROLAINE, FILHAS ADOTIVAS DE JOÃO RIBEIRO CHAVES NETO E ZAIRA DIAS RIBEIRO CHAVES * No final de março, quando este depoimento foi concedido, a família Chaves pleiteava na Justiça a adoção das crianças.
Laços de amor
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Na verdade, eu nunca pensei em ter filhos biológicos, mas também nunca pensei em fazer caridade, apenas ser mãe. E posso dizer que sou totalmente realizada. Meus filhos são o meu maior orgulho. Quando adotei o Bruno e o André, ambos tinham apenas seis dias de vida, mas eles souberam que são filhos do coração desde o primeiro dia em que estiveram comigo. Eu falava com eles enquanto dormiam para que gravassem bem o quanto eram importantes e amados. E nunca tive nenhum tipo de problema com eles por serem adotivos, a relação deles sempre foi de irmãos. Os amigos deles também nunca questionaram o fato. Me separei do meu marido quando os dois ainda eram pequenos, mas nada nos abalou. A nossa relação é normal como em qualquer família e, como muitas mulheres, sempre trabalhei fora e cuidei dos meus filhos”. ANA CASAS, ATENDIMENTO DE AGÊNCIA DE PUBLICIDADE, MÃE ADOTIVA DE BRUNO E ANDRÉ
FOTOS: 1. istock.com / David Sucsy 2. Divulgação
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Quando a Vitória começou a frequentar nossa casa não tínhamos a intenção de adotá-la. Mas, como o convívio ficou maior, meu filho Luciano começou a se incomodar com o fato da Vitória não ir à escola e nem à creche. Ela não morava conosco ainda e sim com a tia, que era nossa secretária do lar. Tanto o Luciano fez que colocamos a Vitória na escola. Nessa época ela tinha 3 anos de idade. Com o passar do tempo, ela passou a morar em nossa casa e não quis mais ir para a casa da tia. Isso já faz 7 anos. A Carolaine, irmã de Vitória, tinha 3 anos e já passava as férias, Natal e aniversário da irmã com a gente. Ela também foi ficando por aqui e não quis mais voltar para a casa de sua mãe. Colocamos ela também na escola, mas, ainda assim, não tínhamos pensado em adotar as meninas e sim dar a elas uma oportunidade de terem família e estudo. Mas o tempo e o cuidado com elas exigiram que tivéssemos a guarda das meninas. Foi o que fizemos. Hoje, estamos lutando pela adoção dessas criaturinhas tão lindas. Para nós é uma alegria imensa, pois nossos filhos mais velhos foram casando e saindo de casa. Agora temos novamente o riso das crianças e a preocupação com a educação”. JOÃO RIBEIRO CHAVES NETO E ZAIRA DIAS RIBEIRO CHAVES, PROPRIETÁRIOS DO BUFFET BALAIO. PAIS BIOLÓGICOS DE CARINA, RAFAELLA, MANOELLA E LUCIANO, ALÉM DE PAIS ADOTIVOS DE VITORIA, 10 ANOS E CAROLAINE, 8 ANOS.
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questão de educação por mariana rossi [mariana@editoraa2.com.br]
Ensinando a obedecer
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Por que eles desobedecem?
castigos prometidos; Não atribuir responsabilidades por algumas tarefas do lar; Não exigir disciplina com os estudos; Agir da maneira como não quer que seu filho aja (uso de palavrões, por exemplo).
PARA CHAMAR A ATENÇÃO, QUANDO SE SENTEM ESQUECIDOS OU POUCO QUERIDOS. Como agir: mostre-se amável e compreensivo para que
ele volte ao comportamento habitual. POR CIÚMES E/OU INVEJA DE IRMÃOS. Como agir: demonstre sempre que vocês o amam da mesma forma e que o irmão
também precisa de atenção PORQUE NÃO SE SENTEM ACEITOS, SEJA PELOS PAIS, PROFESSORES, AMIGOS. Como agir: mostre-se aberto a diálogos deixando claro que ele pode contar com
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QUANDO ESTÃO ABORRECIDOS, OCIOSOS. Como agir: crie atividades, estímulos para distraí-lo. QUANDO TESTAM OS LIMITES DESAFIANDO A AUTORIDADE DOS PAIS. Como agir: ignore, na medida do possível, pois essa fase há de passar.
O que fazer para eles obedecerem?
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Pai e mãe devem criar juntos as normas que julgam justas e que estarão dispostos a cobrar posteriormente. Elas devem ser poucas, razoáveis e os castigos estipulados, no caso do seu descumprimento, também razoáveis. ordem de cada vez. O excesso de normas con*fundeDê auma criança e pode fazê-la ignorá-las completamente. e destaque as boas condutas. Se ignorá-las, seu *filhoElogie as extinguirá. exigindo as condutas mais gratificantes, dei* Comece xando para depois as mais sacrificantes; de exigir no momento certo! A hora do dese* Lembre-se nho favorito dele, por exemplo, não é adequada. * Não deixe de dar o bom exemplo, sempre o estimulando positivamente.
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Quando deixa de ser normal? Contestar faz parte da autoafirmação da criança, segundo Teresa Gonzalez. Mas os chamados Transtornos de Oposição Desafiante, são mais graves e comuns entre meninos com oito anos ou mais. Suspeite se seu filho:
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Frequentemente guarda rancor e reivindica a tudo; Incomoda-se com muita facilidade; Discute com adultos;
Faz coisas que incomodam aos outros, deliberadamente; Recusa-se a cumprir normas e as reprova; Mostra-se colérico e, facilmente, se encoleriza.
FOTO: istock.com / Alexander Hafemann
ARE DE INVEJAR aquele casal que parece ter sido abençoado com anjinhos ao invés de filhos. Eles não têm mais sorte que você, e nem uma genética melhor. Apesar de o fator genético influenciar o comportamento das crianças, a Dra. Teresa Gonzalez, psicóloga espanhola especializada em educação familiar, afirma em seu livro Como resolver situações cotidianas de seus filhos de 6 a 12 anos (sem lançamento previsto no Brasil), que o ser humano não nasce obediente ou desobediente, ele apenas aprende a sê-lo de acordo com os estímulos que recebe e da forma como seus pais reagem perante suas ações. Sendo assim, a disciplina é decisiva no período em que a criança desenvolve sua personalidade. O imporOs erros fatais! tante é não ter medo (e nem preguiça) de exigir, Fraquejar perante a exigência pois essa é a maior demonstração de amor aos das normas e o cumprimento dos seus filhos.
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mães e filhos por bárbara luz [barbara@editoraa2.com.br] produção ana claudia depetris e juliana rolim fotos jeferson urias
Mães mais do que especiais
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oda mãe é uma heroína! Mas é preciso reconhecer que as mães de crianças com necessidades especiais possuem uma dose extra de força, afinal, seus filhos demandam maiores cuidados, investimentos, atenção e preocupações do que geralmente uma criança com desenvolvimento normal exige. A Organização Mundial de Saúde estima que 10% da população de qualquer país possui algum tipo de deficiência. Assim, calcula-se que no Brasil existem cerca de 16 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental. Para homenagear todas as mães que se doam para seus filhos, fotografamos cinco delas e pedimos que elas escrevessem uma carta relatando como é ser mãe de uma criança especial e o que gostariam de dizer aos seus pequenos.
Hair-stylist Nauria Versiane Make-up Ludmylla Bazito Assistente de beleza Débora de Lima Assistente de fotografia Simone Del Campo Agradecimentos: Às lojas Caramelada, Kids Wear, Lovely, Mamão Papaya, Petit Poá, Tribo dos Anjos e Veruskas, que doaram às mães e aos filhos as roupas usadas nesta reportagem. Serviço: APAE, tel.: (15) 3219-2499. Creche Especial Maria Claro, tel.: (15) 3229-4949 e Felicidade Down, tel.: (15) 3221-4377.
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A APAE atende prioritariamente crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, como Ana Beatriz.
Ser diferente é normal
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er uma filha especial não foi nada fácil, pois nem eu nem meu marido, como grande parte da sociedade, estávamos preparados para isso. Mas acreditamos que se não tivéssemos condições de criar a Ana Beatriz e conviver com ela, Deus não a teria nos mandado. Para nós, ela requer muito mais carinho, mais amor e muito mais atenção e, aos poucos, vamos aprendendo a inseri-la na sociedade e, em determinados momentos, adequar a sociedade a ela. Só gostaríamos que o poder público se preparasse melhor para conviver com crianças especiais. As escolas públicas não estão aptas ao convívio com a criança especial e a saúde pública também deixa muito a desejar. Tanto, que os médicos ainda não conseguiram diagnosticar exatamente qual a doença que a Ana Beatriz tem. Ela interage melhor com crianças menores que ela ou crianças que tenham o mesmo pique que ela, que gosta de correr, pular e aprontar. Apesar da idade, ainda temos que mandá-la tomar banho, escovar o dente... Mas ela é muito vaidosa, gosta de se arrumar, usar maquiagem, brincos grandes e pulseiras. Filha, eu te amo muito, e aprendi no dia a dia, que o fato de você ser diferente das demais crianças é o que a torna muito especial para nós”. CATARINA CARDOSO É DONA DE CASA, TEM 44 ANOS E É MÃE DE ANA BEATRIZ, 10 ANOS, QUE FREQUENTA A APAE E TEM UMA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, CUJO DIAGNÓSTICO AINDA NÃO FOI FECHADO.
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A Síndrome de Down não é uma doença, mas uma anomalia genética que faz com que essas pessoas tenham apenas diferentes características das demais.
Sorriso iluminado
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er mãe JÁ é algo especial, ser mãe de um filho especial é algo primoroso, que às vezes transcende a nossa capacidade de compreensão. Nos faz valorizar mais as pequenas coisas, pequenos movimentos, faz com que sejamos mais unidos com o desempenho das atividades em família. Há 3 meses o Thiago frequenta uma escola “normal”. Ele é muito extrovertido e sempre alegre com todos os mais próximos. O Thiago tem muitos amigos e seu relacionamento é muito bom com todos, sempre conquistando e defendendo seu espaço entre eles. Mas é com seu irmão Matheus, de 14 anos, que ele é mais apegado. Quer brincar o tempo todo com ele e acompanhá-lo aonde quer que ele vá; esse apego é recíproco e o irmão também o defende e o ajuda no dia a dia. Thiago, desde o seu despertar, você traz na face um sorriso que anima o dia de todos. Ser mãe de uma criança especial faz crescer nosso aprendizado sobre a vida e nos faz crescer como pessoa”. LÍLIAN KÁTIA GALDINO DE SOUZA É DONA DE CASA, TEM 36 ANOS E É MÃE DE MATHEUS, DE 14 ANOS E THIAGO, 2 ANOS, QUE TEM SÍNDROME DE DOWN E FREQUENTA A APAE.
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A Creche Especial Maria Claro atende mais de 130 crianças que, como o Henrico, possuem múltiplas deficiências.
Agraciada por Deus
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er mãe de uma criança especial é mágico, pois somos surpreendidos a cada dia. Eles nos ensinam a ter paciência, tolerância, mais amor e muita fé. Eles são a prova do mais puro e sincero amor. É lindo acordar e ser surpreendida com um sorriso lindo seguido de um “Te amo mamãe”. O Henrico me fez valorizar cada segundo do nosso fôlego de vida, pois passou a ser nossa razão de viver. Henrico, ser sua mãe é ser agraciada por Deus, apesar das lutas e das dificuldades, as conquistas e as superações têm sido o meu ânimo, pois acordar e vê-lo todos os dias junto a mim e mais que especial é necessário. É você quem me motiva a ser melhor a cada dia, você depende da minha vida, do meu ânimo, da minha fé, do meu amor... você mal sabe que é o responsável pelas minhas alegrias, vitórias, pois seu amor incondicional me faz mais feliz a cada dia .O seu sorriso alimenta meu fôlego de vida, que às vezes parece ser mais frágil que o seu. Você é a forma mais linda e sincera que Deus encontrou para provar o quanto ele me ama. Meu pequeno grande homem... Meu pequeno forte amigo... Meu pequeno e eterno anjo.” LUCIENE FERNANDA PICCINATTO É GERENTE DE UMA LOJA DE ROUPAS, TEM 34 ANOS E É MÃE DE OTÁVIO, 13 ANOS E HENRICO, 4 ANOS, QUE TEM MÁ FORMAÇÃO CEREBRAL E FREQUENTA A CRECHE ESPECIAL MARIA CLARO.
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O grupo Felicidade Down pretende promover a felicidade e integração social de jovens e crianças com Síndrome de Down.
Ganhei na loteria
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inha maior felicidade começou aos 21 anos, quando Jennifer nasceu. Claro que foi um momento difícil quando me disseram que minha filha tinha Síndrome de Down, pois eu não tinha muita informação sobre isto. Neste momento, pensei que ela não iria conseguir muitas coisas, mas depois que saí do hospital, comecei minha busca por descobrir o que era a Síndrome de Down. E para minha surpresa, não era tão grave, minha filha apenas necessitava de total apoio de seus pais e de sua família. Hoje, Jennifer tem 9 anos e é uma criança super independente que conseguiu superar muitas barreiras. Uma delas foi o idioma, pois sou de El Salvador. Em dois anos e sete meses Jennifer conseguiu falar português. Ela fala também algumas palavras em inglês, dinamarquês e, claro, espanhol e consegue diferenciar um idioma do outro. Ela estuda em uma escola “normal” e se sociabilizou com todas as crianças, os colegas não veem nenhuma diferença nela. Jennifer é uma garota independente, inteligente, carinhosa e muito esperta. Estou muito feliz em tê-la e dou graças a Deus por ele ter me escolhido como uma de tantas mães de um filho especial”. ESMERALDA NAVARRETE TEM 30 ANOS E É MÃE DE JENNIFER, 9 ANOS, QUE TEM SÍNDROME DE DOWN E FAZ PARTE DO GRUPO FELICIDADE DOWN.
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A paralisia cerebral afeta o movimento do corpo, mas os tratamentos e as terapias ajudam a melhorar a função muscular.
Um anjo em nossas vidas
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os 30 anos fiquei grávida do amor da minha vida, que é o César Henrique. No oitavo mês de gestação tive uma hemorragia grave – consequência do rompimento de uma úlcera – e foi preciso fazer uma cesárea de risco para retirada do bebê. No centro cirúrgico, o Cesinha teve uma parada respiratória, ocasionando uma lesão cerebral grave. No hospital, os médicos nos instruíram como proceder e nos disseram que ele teria que ter um acompanhamento com vários profissionais, fazendo terapia ocupacional, eco-terapia, hidroterapia, fisioterapia e fonoaudiologia. Fizemos tudo e, mesmo em minha casa, eu e meu marido fazemos brincadeiras com as mãozinhas e pezinhos dele para incentivá-lo no desenvolvimento e no reflexo. E cada avanço que ele dá, por menor que seja, é uma conquista com sabor de vitória. Hoje, vejo que Deus tem um plano e determina nossas vidas. O Cesinha tinha que ficar com nossa família desta maneira para nos ensinar a viver cada dia de nossas vidas. Ele completou seis anos de vida e é a alegria da família. É uma criança alegre que contagia todos à sua volta. É um anjo que Deus, com sua infinita misericórdia, nos deu pra cuidar. E cuido com toda a alegria do mundo. Graças a Deus, tenho um marido maravilhoso que é um pai muito presente na vida do Cesinha e juntos, estamos conseguindo cuidar, criar e aprender com nosso amado anjo. Meu filho querido, você foi um bebê muito desejado, amado e muito esperado. Antes de você nascer eu achava que minha vida era completa, achava que tinha tudo que a vida poderia me dar, pois Deus me surpreendeu, me confiando a cuidar de um dos seus anjinhos. Com você aprendi o significado do verdadeiro amor... Hoje, sinto que sem você minha vida não teria sentido. Você trouxe alegria, luz, paz e muito amor, e é um amor tão grande que as muitas vezes nem cabe dentro de mim. ROSE MARY DE FÁTIMA RIBEIRO MALDONADO É ASSISTENTE FINANCEIRA, TEM 36 ANOS E É MÃE DE CÉSAR HENRIQUE, DE 6 ANOS, QUE TEM PARALISIA CEREBRAL.
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Depois daqui eu vou pra NASA!
por carlinhos gonçalves fotos edgar gonçalves jr. e mário chaves
Esperem, vou produzir minha boneca para a foto.
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Lua, Sol e estrelas
Meninas também gostam de acampar.
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Se o Sol fosse criança ele seria um feliz meteoro saltanto de planeta em planeta! E foi com sua luz que Ana Julia (1) brincou de ser boneca e Larissa sonhou ser astronauta (2). Sem Sol, mas com Lua e estrelas, Julinha e Lucas passaram por aventuras de acampamento (3), talvez, na mesma noite em que Conrado (4) foi modelo de muitos fotógrafos “corujas”. Em outros dias de luzes douradas, Henrique surpreendeu no colo de sua mamãe (5) e Luiza flutuou sobre a natureza (6)
Ainda bem que não tenho medo de “corujas”.
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Não estou na Índia, não! Minha mãe que é moderna e oriental.
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Sou mais leve do que uma fada.
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Hum, que bom seria um sorvete na ChampsÉlysées, em Paris.
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Na próxima vez apareço de Super-Homem!
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Sem poses, vou fazer a linha “red carpet”.
Chique é ser criança
Optei em um twin-set para revalorizar a elegância das meninas de minha idade.
Quem disse que criança precisa fazer caras e bocas pra ficar bem na foto? João Gabriel (7) já tem fantasias incríveis com apenas um aninho de idade. Izadora (8) dá uma lição de estilo com sua franjinha francesa e Tati (9) faz pose para o click. Julia (10) sabe como ser fotografada pelos paparazzi. Lucas (11) é natural mesmo sendo um garoto muito fashion! Beatriz (12) exibe a beleza de ser feliz.
Felicidade está sempre na moda.
Naturalidade é minha grife.
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modinha e beauty
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A Anvisa voltou a permitir que farmรกcias ofereรงam o serviรงo de furar a orelha para colocar brincos. Assim, as mamรฃes que jรก querem por brinquinhos em suas filhas, podem procurar esses estabelecimentos sem problemas.
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Perfume infantil, Tribo dos Anjos, 50 reais
modinha baby produção ana claudia depetris e juliana rolim fotos mário chaves
Baby princess
Cinto com pochete, Nana Nanica, 60 reais Camisa, Lovely, 160 reais (parte de conjunto)
A doçura do rosa e a seriedade do preto formam a parceria ideal na estação de outono/inverno 2010, para transformar pequeninas em verdadeiras princesas. Laço de cabelo em veludo, Nana Nanica, 30 reais
Calça jeans, Caramelada, 70 reais
Detalhes delicados são imprescindíveis para pequenas meninas.
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Bolsa maternidade, Caramelada, 190 reais Sapato boneca verniz, Caramelada, 70 reais
Saia de sarja, Veruskas Modas, 150 reais
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Twin-set com laços e cristais, Veruskas Modas, 174 reais
FOTO: 1. Divulgação / Catálogo Lilica Ripilica
Tiaras, Caramelada, 20 reais (cada)
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modinha menina produção ana claudia depetris e juliana rolim fotos mário chaves Boina em veludo, Nana Nanica, 60 reais
Cores de outono Tons fechados e cores claras, estrategicamente combinadas com estampas outonais, conquistam e ganham espaço no vestiário do público infantil.
Cachecol bordado, Nana Nanica, 61 reais
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Casacos e camisas estampadas ajudam a colorir o inverno kids
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Calça em veludo cotelê, Lovely, 84 reais
Casaco, Lovely, 147 reais
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Blusa Tyrol, Caramelada, 160 reais
FOTO: 1. Divulgação / Catálogo Lilica Ripilica
Meia-legging, Tribo dos Anjos, 33 reais
Sapatilha com flor, Tribo dos Anjos, 85 reais
Blusa gola alta, Lovely, 59 reais
Casaco com flor, Caramelada, 130 reais
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modinha menino produção ana claudia depetris e juliana rolim fotos mário chaves
Grandes meninos
Cinto de lona, Tribo dos Anjos, 8 reais
Calça de veludo cotelê com cinto, Lovely, 116 reais
Alinhados, modernos e ousados. Meninos estão conectados com a moda e se divertem com looks inspirados na roupa de seus pais.
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Camisa manga longa, Caramelada, 204 reais
Camiseta pólo manga curta, Lovely, 44 reais
Calçados de couro complementam o look mais arrumadinho
Tricot, Caramelada, 90 reais
Blazer de sarja, Lovely, 110 reais
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Sapatênis de couro, Tribo dos Anjos, 72 reais
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Tênis de couro, Nana Nanica, 130 reais
FOTO: 1. Divulgação / Catálogo VR Kids
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Camisa manga longa, Caramelada, 204 reais
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Eu quero ser ...
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... igual à mamãe! O desejo de ser como a mãe é uma brincadeira gostosa que preenche e alimenta o imaginário das meninas. Aproveitem enquanto ela não vem! produção e styling ana claudia depetris e juliana rolim fotos jeferson urias
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Sophia usa conjunto saia rosê e blusa manga longa, Caramelada. Sapatilha listrada, Tribo dos Anjos. Tiara de laço dourada, Nana Nanica. Giovanna usa tricot argile e shorts veludo cotelê Tyrol, tudo Caramelada. Bota montaria, Lovely. Receituário Ana Hickmann, Officer Occhiali. Maria Eduarda usa caftã, Caramelada. Sapatilha flor bordô, Tribo dos Anjos. Bolsa carteira, Carmen Steffens.
Modelos: Giovanna Redini (OficinaQuatro), Júlia Bercial, Maria Eduarda Batroff (OficinaQuatro) e Sophia Takeda. Assistente de fotografia: Simone Del Campo Cenografia: Ana Bianca Depetris Make-Up e Hair Stylist: Ludmylla Bazito Assistente de beleza: Débora de Lima Beauty nail: Belíssima Estética e Cabeleireiros
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Sophia usa macaquinho Tyrol, Caramelada. ChapĂŠu, Veruskas Modas. Solar Max Mara off-white, Officer Occhiali. Galocha de bolas, acervo. Bolsa vermelha de bolinhas, Nana Nanica. Giovanna usa regata e saia Tyrol e bolero branco, tudo Caramelada. Scarpin vermelho de couro, Carmen Steffens. Bolsa lateral dourada, Nana Nanica.
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Maria Eduarda usa vestido pink e meia-calça corações, tudo Lovely. Scarpin nude, Carmen Steffens.
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Júlia usa vestido de laços, Nana Nanica. Sapatilha branca de couro, Caramelada. Maria Eduarda usa vestido floral e sapatilha listrada, tudo Tribo dos Anjos.
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Sophia usa vestido poรก, Kids Wear. Solar Ray.Ban, Officer Occhiali. Giovanna usa vestido moletom vermelho, Veruskas Modas.
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Maria Eduarda usa vestido marinho e pelerine branco, tudo Caramelada. Meia-calรงa listrada, Lovely. Sophia usa conjunto vestido poรก e bolero, tudo Nana Nanica.
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AGRADECIMENTOS: Terrabento Vintage & Design, tel: (15) 3329-4814. Shopping M, tel: (15) 2101-9202. Épocas e Festas, tel: (15) 3202-5038. Faz de Conta, tel: (15) 3231-4986. Carro Volkswagen 1600 (à venda), proprietário Lucas Soares, tel: (15) 9773-8678.
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Giovanna usa vestido balonê e sapatilha, tudo Caramelada. Trenchcoat, Tribo dos Anjos. Sophia usa vestido e capa-de-chuva, tudo Veruskas Modas. Meia ¾ black, Puket. Peep toe zebra, Carmen Steffens.
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tudo de bom produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br] fotos mário chaves
Colônia Boti, O Boticário, 29,90 reais
Cheirinho de infância Colônias Petit Avon, Brumaliz, 17,90 reais (cada)
Colônia Bebê Vida Davene, Toshimar, 6,95 reais
Colônia Banho do Bebê – Cia da Natureza, Toshimar, 7,98 reais
Para prevenir reações alérgicas em crianças pequenas, aplique o perfume na roupa e não diretamente na pele.
Baby colônia Johnsons, Toshimar, 11,30 reais
Colônia Hora do Sono Johnsons Baby, Toshimar, 12,70 reais
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Água de colônia Mamãe Bebê Natura, Bete Miranda, 45 reais
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Colônias Bem me Quer Coty, Toshimar, 7,50 reais (cada)
Colônias Bem Bom Natura, Bete Miranda, 40,10 reais (cada)
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FOTO: 1. istock.com / Heinrich Volschenk
As opções de colônias infantis estão cada vez mais apuradas e deixam a criançada irresistivelmente perfumadas.
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comprinhas produção willian kayo [kayo@editoraa2.com.br] fotos mário chaves
Camisa listrada Mini Noruega, Lovely, 53 reais Body shoes, choco and diamonds, Zöe, 50 reais
Body vestido xadrez, Lovely, 88 reais College Mini Noruega manga comprida, Lovely, 50 reais
Mini hypes Retrô, esporte ou rocker? Na hora de escolher o body do seu bebê abuse da originalidade e já inicie o filhote no mundo fashion. Saia do tradicional e mostre para o mundo que ele acaba de chegar com muito estilo!
Gatinha, Veruskas, 79,90 reais
Pack 3 bodys esporte Mini & Kids, Caramelada, 98,90 reais
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Body compact disk, 50 reais e calça quadriculada, Zöe, 20 reais
Body caveira chupeta pink, 50 reais e calça poás, Zöe, 20 reais
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Conjunto body falso colete, Veruskas, 100 reais
De laço, Veruskas, 60 reais
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casinha e comidinha
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Fique atento à alimentação do seu filho. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria apontam que a obesidade infantil dobrou no País nos últimos dez anos e atinge hoje mais de 5 milhões de crianças.
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meu cantinho edição e texto ivone tabarin fotos juca ferreira
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omo uma decoração certeira pode transformar a vida de uma família? Pois foi exatamente o que aconteceu. Preocupado em entreter a filha na nova casa de final de semana – a ponto de fazê-la querer ir para Itu e ainda dividir seu quarto com o irmão mais novo –, o pai decidiu surpreendê-la, entregando à dupla Regina Bordini / Vera Miguel a tarefa de transformar o quarto a ser dividido num espaço mágico, onde as duas crianças pudessem dormir e, ao mesmo tempo, brincar. Sem limites para a criatividade, Regina e Vera abusaram da imaginação e criaram um cenário de selva, que remete às casas de árvore.
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Dormindo na selva
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meu cantinho 1
1. As camas, projetadas para o espaço reduzido do quarto, ficam suspensas por cordas e são fixas no teto por cabos de ferro. A do menino é idêntica à da irmã: tem estrutura em madeira de demolição, cabeceira e guarda em taboa e dossel em organza. A diferença está na cor de fundo da colcha e das almofadas: verde para ele; vermelha para ela. 2. Bichinhos fazem escalada na escadinha de cordas presa na lateral da cama do menino. 3 e 4. Para imprimir o clima rústico da decoração, as arquitetas contrataram um peão de rodeio para executar toda a amarração das cordas. O trabalho deu contornos diferentes para as traves inferiores e superiores das camas. 5. Na parede oposta às camas, um painel de madeira de demolição com demãos de tintas coloridas desgastadas divide o espaço dos dois irmãos e abriga o gavetão. As duas mesinhas têm rodízios para facilitar a movimentação e cadeirinhas de taboa. Macacos de madeira parecem saltitar pelas paredes.
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6. Do outro lado, próxima à janela, fica a cama da menina, que tem colcha em patchwork e almofadas de seda. 7 e 8. No closet, prateleiras em quina dividem os armários dos dois irmãos. Por ser pequeno e passagem para o banheiro, o espaço fica semioculto pela cortina de linhão com fio de elefantinhos.
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9. O nicho pregado na parede abriga os livrinhos e a bancada serve para pequenas tarefas ou desenhar. Sob ela, um baú de fibra natural guarda os brinquedos.
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10. Regina Bordini e Vera Miguel Escritório: (11) 4024-6943 (Itu) Regina Bordini (11) 7887-7406 Vera Miguel (11) 7887-7404 Site: www.reginaevera.com.br e-mail: rvr@reginaevera.com.br
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Marionete boneco Waldorf, Escola Waldorf Micael Sorocaba, 60 reais
cantinho por paulo ruivo [paulo@editoraa2.com.br] fotos mário chaves
Kombi Surf, Villa Sebrian, 220 reais
Quadro Safári, Bicho Papão, 290 reais
Aconchego rústico
Cadeira infantil sisal, Escola Waldorf Micael Sorocaba, 30 reais
Macaco pelúcia, Bicho Papão, 69 reais
Pais inovam e levam para o quarto dos seus filhos o prazer de estar em contato com algo mais verdadeiro, evoluindo na forma de pensar e decorar. A madeira rústica de demolição ganha seu espaço. Leão de pelúcia, Bicho Papão, 44 reais Criança Querida, de Leonore Bertalot, Escola Waldorf Micael Sorocaba, 34,50 reais
Almofada matelassê artesanal, Casa Carambella, 45 reais
Carro vermelho, Villa Sebrian, 220 reais
Jogo de cama Escócia solteiro, Casa Carambella, 249,10 reais
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Armário decorativo, Itu Antigo Antiquário, 200 reais
Tapete Calcutta, Casa Carambella, 272,50 reais
Baú antigo, Villa Sebrian, 1.200 reais
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Cômoda rústica, Itu Antigo Antiquário, 550 reais
Puff Leão, Bicho Papão, 230 reais
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pro cantinho produção willian kayo [kayo@editoraa2.com.br] fotos mário chaves Janela portaacessórios, Fernanda Monteiro Atelier, 80 reais
Kit para berço com 8 peças, Kids Wear, 353 reais
Kit toalhinha de boca, Kids Wear, 29,90 reais
Quadro camponesa, Karen Baby House, 55 reais
Patchwork Trabalho manual produzido com a junção de pedaços de diferentes tecidos, a técnica do patchwork pode ser utilizada para criar os mais diversos utilitários decorativos para o quarto do seu bebê.
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Quadro vaso de flores, Amigas da Arte, 25 reais
Naninha com fralda pequena, Lugar de Criança, 60 reais
Manta almofada, Ateliê Débora Martinez, 140 reais
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Lençol percal 200 fios com aplicação manual, Lugar de Criança, 164 reais Boneca de pano, Karen Baby House, 41,90 reais
Trio de vasos tulipas e mini rosas, Ateliê Débora Martinez, 90 reais
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comidinhas por bárbara luz [barbara@editoraa2.com.br] criação culinária gaby gabriel produção paulo ruivo [paulo@editoraa2.com.br fotos jeferson urias
FOTO: 1. istock.com / AVAVA
Mão na massa
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Quando ajudam na cozinha, as crianças ficam mais receptivas a novos sabores e texturas.
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evar a criançada para a cozinha pode resultar num gostoso momento de descontração e interação entre toda a família. Então, aproveite e convoque seus filhos para ajudarem a preparar tortas e quiches deliciosos! Participando das atividades culinárias, as crianças ganham noções de nutrição, estimulam a criatividade e a imaginação e ficam mais inclinadas a provar aquilo que prepararam. Dessa forma, você ainda consegue incluir no cardápio, alimentos para os quais antes eles torciam o nariz. A apresentação também conta muito, portanto, use e abuse de forminhas coloridas e com formatos diferentes. Teste essas receitas e depois invente as suas, variando o recheio conforme sua preferência!
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TORTA DA VOVÓ (torta de banana)
Ingredientes xícaras (chá) de farinha xícaras (chá) de açúcar colher (sopa) rasa de fermento ovos batidos copo de leite colheres (sopa) de manteiga ou margarina bananas prata cortadas na vertical
Modo de preparo
1 Em uma tigela, faça uma farofa com a farinha, o fermento e o açúcar. Reserve. 2 Numa fôrma de fundo removível untada
com manteiga, coloque uma camada da farofa e uma camada de banana, assim sucessivamente até acabar os ingredientes. 3 Finalize jogando por cima a margarina ou manteiga derretida misturada com os ovos. 4 Leve ao forno 200 ºC até dourar.
Rendimento: 10 porções
TORTINHAS DO HULK
Jogo de sobremesa laranja com espátula, 56 reais (7 peças), Tomaz Presentes.
(quiche de espinafre)
Ingredientes (massa) 250g 125g 1 1 1
de farinha de manteiga ovo colher (sopa) de água pitada de sal
Modo de preparo (massa)
1 Em um recipiente, misture a farinha e a manteiga até obter uma consistência de farofa. 2 Acrescente o ovo, misture bem, depois acrescente a água e misture novamente, até que a massa fique macia e homogênea. 3 Embrulhe a massa em papel filme e leve à geladeira enquanto faz o recheio. 4 Depois de preparado o recheio, abra a massa sobre uma assadeira de fundo removível grande, ou em várias forminhas menores.
Ingredientes (recheio) cebola bem picada dente de alho bem picado maço de espinafre cozido, escorrido e picado ovos batidos de leite integral de creme de leite pasteurizado (fresco) de mussarela ou parmesão azeite a gosto sal e pimenta a gosto
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½ 1 1 3 100ml 250ml 100g
Modo de preparo (recheio)
Jogo americano verde, 12,24 reais (8 peças) e copo azul vidro, 35,50 reais (4 peças), tudo Maison Bertin. Faqueiro infantil Wolf, 29,43 reais (4 peças) e jogo xícara, 65,69 reais (6 peças), tudo Utilité.
1 Em um recipiente, misture todos os ingredientes. 2 Tempere com sal, pimenta e azeite. 3 Despeje sobre a massa já aberta e leve ao forno 180 ºC até dourar o recheio e a massa.
Rendimento: 10 tortinhas 75
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comidinhas
Jogo americano estampa Romero Brito e forminhas em silicone, acervo.
MINI CUPCAKE DE MAÇÃ Ingredientes 1 xícara de óleo 4 ovos 1 lata de leite condensado ½ 3 2e½ 1 ½
copo de leite maçãs xícaras (chá) de farinha de trigo colher (sopa) de fermento maçã para decorar chantilly em spray
Modo de preparo
1 Bata no liquidificador as gemas, o leite condensado e o leite. 2 Acrescente as maçãs picadas e sem o miolo e bata novamente. 3 Despeje a farinha aos poucos e o fermento e continue batendo até misturar bem. 4 Em uma batedeira, bata as claras em neve. 5 Despeje a mistura do liquidificador numa vasilha e, aos poucos incorpore as claras em neve delicadamente. 6 Coloque
a mistura em forminhas pequenas de silicone, ou em forminhas de papel (se usar as de papel, utilize forminhas de alumínio e coloque as de papel dentro). 7. Leve para assar em forno préaquecido a 200 ºC. 8 Decore com chantilly por cima e um pedacinho pequeno de maçã. Se desejar, polvilhe com canela.
Rendimento: 30 cupcakes Bandeja listrada azul acrílico, 37,25 reais, Maison Bertin. Talheres infantis Riva, 76 reais (2 peças), Utilité. Caneca verde, 17, 50 reais, Tomaz Presentes.
ESTRELAS DE CHOCOLATE (torta pé de moça)
Ingredientes 1 1 1 1 5
massa folhada pronta e congelada lata de leite condensado xícara (chá) bem cheia de amendoim torrado colher (sopa) de manteiga colheres (sopa) de achocolatado em pó granulado branco para decorar
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Modo de preparo
1 Abra a massa folhada já descongelada delicadamen-
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te e forre uma fôrma com o formato de sua preferência. Fure a massa com garfo para não crescer muito. 2 Leve a massa ao forno e asse até dourar. Reserve. 3 Faça um brigadeiro com o leite condensado, a manteiga e o achocolatado em pó. Acrescente o amendoim e deixe esfriar. 4 Despeje o brigadeiro dentro da massa folhada já assada, decore com granulado branco e sirva.
Rendimento: 6 estrelas 76
Em cerâmica, Primeira Casa, 40 reais
panelinha produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br] fotos mário chaves
Raso com estampa pássaro, Bicho Papão, 13,60 reais
Pratos Monstrinhos, O Segredo do Victório, 159,90 reais (4 peças)
Pratinhos animados Na hora de comer, muitas vezes a criança presta mais atenção no prato do que na refeição, portanto, fique atenta às inovações do mercado e faça da refeição do seu filho um momento feliz! Bandeja divisória, Bicho Papão, 21,60 reais
ScoobyDoo, Dondoca, 3 reais
Tiger, Konsulfree, 16,92 reais (2 peças)
Kit comidinha, Utilitè, 81,40 reais (3 peças)
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Em cerâmica My Dream, Konsulfree, 69,90 reais (3 peças)
Prato infantil, Dondoca, 7 reais
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diversão
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Até o dia 30 de maio o Ginásio do Ibirapuera recebe a temporada inédita do Disney On Ice – Princesas e heróis. Datas de apresentações, valor e compra de ingressos podem ser feitas pelo site www.ticketmaster. com.br.
80. pra brincar 81. pra curtir 82. pra se divertir 83. hora de aprender 79
pra brincar por mariana rossi [mariana@editoraa2.com.br] produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br] fotos mário chaves 1
Mamãe e filhinho...
lante da criatividade e costuma ser sempre divertido para os participantes ou para quem estiver por perto. Um dos participantes começa uma história da forma que escolher, é livre. E asPARA sim, o(s) outro(s) participante(s) deve(m) dar continuiSABER MAIS dade, cada um acrescentando uma frase, até chegar Brinquedos e Brincadeiras ao final – que fica a critério de vocês. As histórias – Formando Ludoeducadores, criadas sempre acabam surpreendendo!
Maria Ângela Barbato Carneiro, Editora
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Articulação Universidade Escola, 25 reais, TEM UMA COISA NESTE QUARTO... SOMBRAS CHINESAS na Livraria Saraiva. Mais uma brincadeira que não precisa de nada Fácil e super lúdico! As crianças e você, incluA Descoberta do Brincar, mais que você, seu(s) filho(s) e suas boas ideias. sive, ficarão entretidos por horas, se quiserem. Omo, Editora Melhoramentos, Ideal para fazer as crianças dormirem ou em qualA brincadeira não precisa de nada além de uma 39 reais, na Livraria Saraiva quer outro horário quando estiverem à toa em casa. lâmpada e muita imaginação: consiste em compor Você pensa em um objeto que esteja no ambiente em figuras com as mãos diante da lâmpada acesa, que que estão e fala, por exemplo: tem uma coisa neste quarto irá projetar imagens na parede. O objetivo da brincadeira que começa com a letra T! E então, seu(s) filho(s) vão tentando pode variar: vocês imitam o animal que foi feito com as mãos adivinhar. É perfeito para treinar as crianças em fase de alfabetização. ou, ainda, podem tentar adivinhar um a imagem do outro.
STOP! JOGO DA MEMÓRIA CASEIRO *Para *Façam as crianças mais velhas ou até adolescentes. Por que não? Cada vocês mesmos! Escolha, com seus filhos, algumas imagens para colorir na internet. Imprima duas cópias de cada e coloram da maneira que quiserem, mas cada parzinho com as mesmas cores. Depois é só recortar em quadradinhos, virar todos para baixo e tentar encontrar os pares! maio | 2010
HISTÓRIA EM PICADINHOS *Muito usado em cursos de interpretação teatral, é um ótimo estimu-
um com uma folha de papel e caneta. Dividam a folha em várias colunas, de acordo com espaço e suas preferências, e cada uma delas deve ser preenchida com: nome, país, fruta etc. A cada rodada, vocês sorteiam uma letra do alfabeto e quem completar as colunas em menos tempo com nomes, países e frutas, no caso, iniciados com aquela letra, vence o jogo. Pode ser mais legal ainda personalizar a brincadeira como gostarem: marcas de roupas, nomes de atores, de jogadores de futebol...
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Jogos e afins! Brinquedos e jogos para reunir a família e se divertir. Quebra-cabeça Progressivo Puzzle for Baby, Faz de Conta, 27,90reais
Meu trenzinho de histórias, Cerrado Papelaria, 17,90 reais
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Batalha naval, Ri Happy, 9,99 reais
Descobrindo as Sequências, Cerrado Papelaria, 17,90 reais
Fantoche, Faz de Conta, 39,90 reais
FOTO: 1. istock.com / Monika Adamczyk
Nada pode atar mais os laços com seus pequenos do que brincar com eles. A brincadeira é sempre garantia de risadas e descontração. Então, não deixe de acompanhar as ideias de alguns jogos super simples e, de quebra, embarque neste mergulho profundo rumo à criança que ainda existe dentro de você também. Se entregue e se divirtam!
pra curtir
Boliche caseiro! 1
VOCÊ VAI PRECISAR DE: pet de 600ml * 10papelgarrafas cartão ou color set *preto e branco papel cartão ou color set *colorido recortado em tiras
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Pegue o papel crepom ainda enrolado, a tesoura sem ponta e corte os rolos em pequenas tiras.
grossas papel crepom jornal velho cola em bastão fita adesiva incolor tesoura sem ponta caneta retroprojetora
* * * * * * Desenrole as tiras do papel crepom e vá colocando dentro das garrafas, variando as cores.
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Com a caneta retroprojetora, desenhe no papel color set preto e branco os olhos e bocas, recorte-os e cole-os nas tiras de papel color set colorido.
Com a fita adesiva incolor, prenda as tiras coloridas, já com as carinhas prontas, ao redor das garrafas pet.
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Passe momentos surpreendentes com seus pequenos preparando um brinquedo feito inteiramente por vocês. Além de ser uma ótima oportunidade para passarem um tempo juntos, eles vão se distrair, se entreter e jamais esquecerão essa experiência tão simples e tão divertida!
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por daniela sayuri, da brinque fest fotos jeferson urias
Agora, é só amassar o jornal velho, envolvê-lo com fita adesiva, e pronto! Vocês já podem começar o torneio de boliche!
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pra se divertir por mariana rossi [mariana@editoraa2.com.br]
Diversão na Fazenda! Com o inverno se aproximando e a criançada louca para se divertir, não há melhor escolha do que um hotel fazenda para garantir o lazer e o descanso da família inteira! Selecionamos algumas opções que oferecem excelentes serviços para crianças e adultos – elas se divertem e vocês também!
Hotel Fazenda Mazzaropi
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Localizado em Taubaté e construído em uma fazenda que pertenceu a Amacio Mazzaropi, nos anos 70, o estabelecimento foi considerado o melhor hotel fazenda do Brasil por três vezes, pela revista Viagem e Turismo. A área conta com parque aquático, sauna, academia etc. Para as crianças, os monitores oferecem várias atividades: pescaria, torneio esportivo, caça ao Jeca e hora do conto. Para adultos, hidroginástica, campo de mini-golfe, sessões de culinária caipira e de cinema. Além disso, o espaço é interligado por passarelas que facilitam o transporte de carrinhos de bebês. Até o final de junho, as diárias custam a partir de 413 reais (o casal), crianças entre 3 e 5 anos pagam um adicional de 110 reais, e de 6 em diante, 155 reais. Mais informações no site www.hotelmazzaropi.com.br 1
Praia da Hípica Pousada
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Hotel Fazenda Santa Mônica Verdadeiro refúgio ecológico, este Hotel Fazenda fica a 15 minutos de Campinas, em Loureira, e dispõe de vasta área de lazer, com piscinas externas e internas, salas de massagem, cinema, monitores para crianças e para adultos. Nos feriados, finais de semana e férias, há uma programação com shows de MPB, espetáculos teatrais, luau, aulas de dança e muito mais. Também são realizadas refeições temáticas, como show de massas, churrasco à beira da piscina, feijoada etc. Diárias a partir de 355 reais (o casal) em baixa temporada. Crianças até 4 anos são cortesia. www.hotelsantamonica.com.br
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Santa Clara Eco Resort Inserido numa área de 360 hectares, em Dourado, há 270 km de São Paulo, o Santa Clara Eco Resort oferece atividades e muito conforto para toda a família. Sob a orientação de monitores, os maiores de quatro anos podem brincar na mini-fazendinha, playground, brinquedoteca, além de passearem pela horta orgânica e participarem da ordenha de vacas. Para bebês, existe o serviço opcional de babá e a Cozinha da Mamãe. A área de lazer oferece quadras, piscinas, saunas, hidromassagem ao ar livre, salas de carteado, lareira e o Parque de Aventuras, com rapel, arco e flecha, cavalgada, boia cross e o rafting, realizado nas proximidades, em Brotas. Diárias a partir de 310 reais (o casal). Crianças até três anos não pagam e entre 4 e 11 anos, pagam 15% do valor total. Valores válidos para baixa temporada. www.santaclaraecoresort.com.br
FOTOS: 1. Divulgação
Esta é uma dica para os dispostos a irem um pouco mais longe, nas praias de Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, para aventurar-se com a família. A pousada oferece um pacote especial para gestantes, com opções de atividades diferenciadas. Para as mamães, eles dispõem de serviços como limpeza de pele, massagens, depilação, manicure – tudo isso enquanto seu bebê fica com uma das babysitters da pousada. Para as crianças maiores, aulas de equitação, salas de leitura, instrumentos e de desenho, além de trilhas pelas praias e piscina infantil. Diárias a partir de 180 reais (o casal) durante a baixa temporada. Crianças até 5 anos não pagam. www.praiadahipica.com.br
hora de aprender Direção divertida Fisher Price, Brinquedos da Hora, 199,99 reais
produção patrícia passos [patricia@editoraa2.com.br] fotos mário chaves
Inteligent Clock, Kids Wear, 42,90 reais
Aprender brincando
Aprender é sempre mais fácil quando se faz brincando! Aproveite as dicas e coloque os babys pra brincar e aprender números e letras.
Meu robô, Konsulfree, 108 reais
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Teclado musical, Top Brinq, 34,50 reais
Telefone educativo, Kids Wear, 66 reais
Cadeirinha musical, Akemi, 249,99 reais
Calculadora Fun2Learn, Brinquedos da Hora, 79,99 reais
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Mesa bilíngue, Akemi, 349,99 reais
Meu Brinquedo Musical, Top Brinq, 46,50 reais
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FOTO: 1. istock.com / Fertnig
Os brinquedos educativos vão ajudar seu filho a aprender e a se desenvolver
Auto divertido, Lúdica, 32,90 reais
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bibliotequinha por francine calegare [francine@editoraa2.com.br] fotos divulgação
Retrospectiva 2000-2010 Está em dúvida sobre qual livro comprar para o seu filho? Consultamos a presidente do Instituto Pró-Livro, Sônia Machado Jardim, para saber quais foram os melhores livros infantis lançados nesta década. Veja a relação dos tops da literatura infantil para crianças de todas as idades.
1.
A REDAÇÃO, de Antonio Skármeta, tradução de Ana Maria Machado e ilustrações de Alfonso Ruano. (Ed. Record, 36 páginas, 32,90 reais). Este livro, vencedor do Prêmio UNESCO 2003 de Literatura Infantil e Juvenil em Prol da Tolerância, é um exemplo marcante de como a ficção literária pode se insurgir contra o autoritarismo e ser perfeitamente desfrutada pelos jovens leitores. O protagonista Pedro é um menino comum, baixinho e apaixonado por futebol. Mas uma grande interrogação o inquieta: por que os pais ouvem a mesma estação de rádio, ansiosos e atentos, todas as noites?
2. AMAZONAS: NO CORAÇÃO ENCANTADO DA
FLORESTA, de Thiago de Mello e ilustrações de Andrés Sandoval. (Editora Cosac Nayfi, 80 páginas, 38 reais). Thiago de
7.
MINHA ILHA MARAVILHA, de Marina Colasanti. (Editora Ática, 40 páginas, 26,90 reais). A obra reúne 35 poe-
3. ATÉ PASSARINHO PASSA, de Bartolomeu Campos
OS CORVOS DE PEARBLOSSOM, de Aldous Huxley, com tradução de Luiz Antônio Aguiar. (Editora Record, 28 páginas, 32,90 reais). Ilustrado pela artista plástica italiana
Andrade e ilustrações de Mariana Massarani. (Editora Record, 84 páginas, 14,90 reais). Declaração de Amor – Can-
ção de Namorados faz um breve panorama do amor na obra poética de Drummond. Ilustrado por Mariana Massarani, são 27 poemas extraídos de 12 livros de Carlos Drummond de Andrade, numa criteriosa seleção realizada pelos netos do poeta: Pedro Augusto Graña Drummond e Luis Mauricio Graña Drummond.
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mundo do imaginário infantil. Inspirada em histórias que contou para sua neta Isabela, hoje com 6 anos, a escritora criou personagens que vão encantar crianças e adultos. São cinco histórias que incluem inusitadas e divertidas sugestões de Isabela, portanto saídas diretamente da fantasia de uma criança. As ilustrações são da pintora e pediatra Susana Luft, mãe de Isabela e filha de Lya.
mas, a maioria com versos curtos e poucas estrofes. Poucas palavras, muito significado. Usando com astúcia os recursos poéticos (sonoridade, cadência, rima, figuras de linguagem...), a poeta reuniu nesta “ilha” pequenas cenas do cotidiano, observações, visões e sensações. Tudo banhado de ludicidade e com um toque de fantasia.
4. DECLARAÇÃO DE AMOR, de Carlos Drummond de
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6.
HISTÓRIAS DE BRUXA BOA, de Lya Luft. (Editora Record, 96 páginas, 42,90 reais). O livro explora o fantástico
Mello dá uma aula de geografia poética: o folclore da Amazônia, onde mora há mais de 20 anos, exibe todas as cores do mundo. As sete histórias reunidas neste livro foram recontadas no registro de quem fala a “língua” da região e vive à beira do rio Paraná-dos-Ramos. As ilustrações de Andrés Sandoval traduzem a exuberância da paisagem e da vida amazônica. O livro traz ainda uma curiosa biografia de pessoas e rios. de Queirós. (Editora Moderna, 32 páginas, 37,90 reais). Terceiro lugar no Prêmio Jabuti 2004 na Categoria Infantil/ Juvenil, este livro conta a história de um menino que toma amores pelos passarinhos que iam colher migalhas em sua varanda. Dentre todos, havia um mais amado, que ele aguardava ansioso pela presença. Mas numa manhã, ao acordar, o menino vê um pequeno embrulho de penas no chão da varanda. No escuro da primeira noite, solitário, um pensamento acompanha o menino: até passarinho passa.
5. HARRY POTTER, de J.K.Rowling. (Editora Rocco, co-
leção completa com 7 livros, 385 reais). Os sete livros do
bruxinho mais famoso do mundo são um marco nesta década e despertaram na garotada a paixão por livros e pela leitura. A coleção é composta pelos livros: Harry Potter e a Pedra Filosofal; Harry Potter e a Câmara Secreta; Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban; Harry Potter 84
e o Cálice de Fogo; Harry Potter e a Ordem da Fênix; Harry Potter e o Enigma do Príncipe e Harry Potter e as Relíquias da Morte.
8.
Beatrice Alemagna, este conto tem sabor de um clássico. Temperado com uma pitada de humor mordaz, conta a história de um simpático casal de corvos, Amélia e Abraham, às voltas com o sumiço de seus ovos. O mistério é esclarecido pela descoberta da toca de uma serpente nas raízes da árvore que serve de moradia para o casal.
9. UM GATO CHAMADO GATINHO, de Ferreira Gullar.
(Editora Salamandra, 48 páginas, 37,50 reais). Este é um livro
sobre o Gatinho, escrito por um gatófilo muito especial: Ferreira Gullar. Um Gato Chamado Gatinho é uma homenagem do poeta ao seu amigo de longa data, um verdadeiro cúmplice. Você acha que Gullar é dono de Gatinho? Não. Quando se trata de amizade, a ideia de posse é completamente ausente. E, quando se é amigo, é preciso ser verdadeiro, companheiro, cúmplice e amoroso. Ah, se Gatinho pudesse escrever sobre Ferreira Gullar...
10. UMA MULHER VESTIDA DE SOL, de Ariano Suassuna. (Editora José Olympio, 194 páginas, 22 reais). A
obra retrata a história da família de Rosa e Francisco. Um amor condenado à morte, muito antes de tomar forma, por causa do sentimento de posse que o pai da heroína tem sobre ela. Mostra que a posse das terras no Nordeste e o controle sobre a filha valem mais que qualquer palavra empenhada. Esta história deu início à carreira de autor teatral de Ariano Suassuna.
endereços
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Todos os preços desta edição foram pesquisados em março e abril e estão sujeitos a alteração. Informe-se na loja antes da compra.
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de mãe pra filho por bárbara luz [barbara@editoraa2.com.br]
Antes de ser mãe
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Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança só por não querer afastar meu corpo do dela. Eu nunca senti meu coração se despedaçar quando não pude estancar uma dor. Eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse mudar tanto a minha vida. Eu nunca imaginei que pudesse amar alguém tanto assim. Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.
Antes de ser mãe, eu não conhecia a sensação, de ter meu coração fora do meu próprio corpo. Não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto. Não conhecia esse laço que existe entre a mãe e a sua criança. E não imaginava que algo tão pequenino, pudesse fazer-me sentir tão importante”. (trecho do texto original Before I was a mother, de Patrícia Vaughan, tradução de Silvia Schimidt)
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FOTO: istock.com / Nathan Maxfield
Feliz Dia das Mães!
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