Impassion spin off série clube 13 (Degustação)

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BARBARA BIAZIOLI

Impassion

Spin off

SÉRIE CLUBE 13


Sinopse Seu nome é CONFIANÇA. Ela apareceu em minha vida quando eu já não tinha esperança de sequer ter uma vida. Seu sorriso me cativou. Juntos, sonhamos e realizamos, e hoje, não imagino minha vida sem ela.

Seu nome é RESILIÊNCIA. Quando ela chegou em nossa casa, as grandes cicatrizes no corpo e na alma deveriam têla imobilizado, mas ela venceu cada uma delas e, com determinação, mostrou que nada a deteria em suas conquistas.

Seu nome é PETULÂNCIA. Ela entrou em meu escritório como quem iria dominar o mundo. E ela dominou... o MEU mundo. De encontros casuais, tornamo-nos uma unidade. Agora, meu objetivo é fazer com que ela queira ficar indefinidamente.

Minha vida é cheia de derrotas e vitórias. Nas derrotas, eu conheci meus irmãos. Nas vitórias, eu conheci o mundo. Admito, não sou fácil de lidar. Talvez você me compreenda; talvez goste de mim; talvez me odeie. Esta é a história do meu para sempre e de como conquistei o nome AMOR...


Josh Trilha Sonora: Best of You, Foo Fighters Girls Just Wanna Have Fun, Cindy Lauper

Ela me olha de lado e finjo que não percebo, mas eu sei que sua mão está coçando para mudar a música. Ainda temos trinta minutos de estrada. — A música ... pode trocar — falo e olho para a morena de cabelo solto, que veste jeans, uma camisa fina e saltos. É a primeira vez que a veja com o cabelo solto e ele vai quase até a cintura, com ondas. Mas dos saltos ela não abriu mão. Quando parei o carro em frente à sua casa, me senti novamente com quinze anos, onde tudo era proibido e permitido. O caso é que não é a primeira vez que fujo da minha realidade, e eu sei que depois de uma boa dose de sexo eu vou conseguir encarar meu problema e seguir adiante. Só não sei por quanto tempo vou aguentar a minha realidade aqui em Nova York. Eu sei também que essa mulher estará apenas rodeando uma aventura passageira no meu passado e, depois disso, coloco meu pai em qualquer negociação com a Charper se for preciso e, assim, me livro de ter qualquer contato com ela de novo. Ela não me parece o tipo de mulher que espera uma ligação na manhã seguinte e eu não posso ser o homem desse telefonema. Ela coloca em uma rádio que está tocando alguma coisa da Madonna e eu observo seus dedos e meus pensamentos consideram eles em mim, imagino seu corpo no meu e esse pensamento tem me assombrado desde o momento em que ela pisou naquela sala de reunião e eu fiquei ali, de boca aberta, olhando para a desenvoltura de seus lábios disparando palavras quase que profanas sobre um aumento de um orçamento já fechado.


Eu havia me rendido a ela em meus pensamentos e precisava colocá-los em prática. — Não gosta de Madonna? — ela me desperta dos pensamentos sobre ela. — Não apertaria o play se estivesse sozinho — deixo claro que prefiro não ouvir. Ela escolhe outra rádio e isso me passa a informação que ela é democrata e quer agradar todos os ouvidos desse carro. Ela vasculha alguma coisa na bolsa e pega seu celular e o conecta, via bluetooth, no rádio e de repente meu ouvido, que estava sendo vítima da Madonna, se torna refém de Cindy Lauper, com Girls Just wanna have fun e eu não sei se ela é realmente democrata. — Cindy Lauper? — pergunto. — Sim — ela responde diretamente e não deixa brecha alguma para nenhum tipo de argumento nessa questão. — Não gosta de Cindy Lauper? — ela pergunta de maneira sarcástica e pelo visto esse é seu principal dom. — Mais do que a minha própria vida — respondo no mesmo tom e ela, para enfatizar sua decisão soberana e imperialista sobre a minha, aumenta o volume. — Temos mais vinte minutos de viagem, isso lhe dá a oportunidade de escutar mais quatro músicas do meu repertório e assim você vai evitar Nirvana e similares no caminho de volta — ela determina e eu me sinto ameaçado e completamente atordoado por ela. — É sempre assim tão mandona? — pergunto. — Isso não é uma ordem, é uma breve solicitação, e você vai saber quando eu estiver ordenando alguma coisa — ela ajeita o cabelo atrás da orelha e isso quase me comove, mas me sinto atraído por esse gesto. É como se dentro dessa muralha que ela apresenta constantemente existisse uma garota que quer apenas se divertir. — Vou ter o prazer de ver você enviando ordens para mim? — pergunto com malícia. — Não acredito que sentiria prazer com isso, mas já que quer olhar por esse lado... — ela me deixa sem respostas e eu ainda tenho uma lista de perguntas para ela, como por exemplo, de onde vem toda essa segurança em ser o que ela é. Sorrio e não respondo, não tenho como responder, mas existe algo nela que me deixa mais confuso e menos sensato.


Continuo o trajeto e a vejo acompanhando as letras de Cindy Lauper até mesmo com uma dancinha, e isso era para ser um tormento, mas está sendo divertido e é isso que as garotas querem. Chego em frente à minha propriedade que andou sendo um refúgio, é para cá que venho quando meu colarinho aperta e eu me sinto sufocado. — Bela casa — ela diz assim que desligo o carro e ela desce. Mas ela não pega sua bagagem e entra desesperada à procura de um banheiro, ela atravessa a rua estreita e fica de frente ao lago e nesse instante eu posso ver a morena de negociações arriscadas e meu barco, Angel, atracado logo ali. Aproximo-me dela e paro ao seu lado. — Gosta de lagos? — pergunto e vejo seu olhar perdido no horizonte. Ali, ela não está blindada ou afiando mais uma resposta, ela está simplesmente contemplando o reflexo da lua sobre o lago nessa noite estrelada e longe do barulho da Big Apple. — Lembra a minha infância — ela para de falar e eu sinto que não precisa de mais perguntas, possivelmente ela não tenha mais respostas. — Vou levar a bagagem para dentro — aviso e ela fica exatamente onde está. Pego nossas bolsas e levo para dentro da casa, sinto o cheiro de limpeza e tudo está como eu pedi, limpo e com flores em alguns vasos. Coloco nossa bagagem no quarto principal no fim do corredor e quando volto a vejo entrando na casa, olhando o porta - retrato sem foto sobre o aparador. — Isso merece um retrato de família — ela aponta para o objeto vazio e vai para frente da lareira — Não costuma receber pessoas aqui, certo? — ela mata a charada, eu recebo apenas as mulheres que não posso receber em meu apartamento em Nova York. — É meu esconderijo — falo e me aproximo — Mas como sabe que não recebo muitas pessoas? — pergunto. — Mesa pequena, apenas quatro lugares e o lugar onde as taças deveriam estar penduradas, está vazio, assim como o porta - retrato — ela é perigosa. — Melhor assim — respondo e paro de frente a ela. — Por que me trouxe até aqui? Sexo poderia ser feito na minha casa, ou em algum hotel, porque é nítido que estamos fugindo de alguma coisa ou de alguém — estou começando a ficar com medo dela — Ninguém viajaria por mais de uma hora apenas para


me mostrar um barco de setenta pés e uma casa aconchegante com um porta -retrato vazio — sinto que estou em perigo. — Eu precisava vir para cá, tinha alguns acertos e precisava de um oxigênio diferente de Nova York, não estou fugindo de nada e nem de ninguém — justifico. — Então está fugindo de você mesmo — ela fala e desvia de mim indo para a cozinha e abrindo a geladeira — E não tente me dizer o contrário, passei a vida vendo isso e o que muda é o roteiro, e os finais são sempre os mesmos — engulo seco e vou até ela e me sento sobre o balcão. Observo-a pegar a garrafa de suco e em seguida abrir os armários procurando um copo. Levanto e alcanço um que estava na parte de cima e coloco ao lado do suco. — Obrigada — ela agradece e enche o copo — Muito bem preparado, avisou quem fez a limpeza hoje que a geladeira precisava ser abastecida e foi atento em relação as flores — ela bebe mais um pouco e eu tento me lembrar que mulher agiu assim ao pisar nessa casa. Normalmente elas mal esperam entrar para já pularem em meu pescoço. O lago nem foi reparado por elas, mas essa daí, com o copo de suco na mão, eu sinto que estou correndo um risco mais sério do que calculei. — Pelo visto é difícil surpreender você — observo e ela bebe todo o suco do copo. — Não, é mais fácil do que se imagina, mas fazer coisas previsíveis assim, eu fico imaginando, isso funcionou com as outras? — que pancada. Quando me dou conta estou coçando a minha testa e sem nenhum tipo de justificativa para tirar da cara dela esse sorriso vitorioso e cheio de ironia. — Não existiram outras mulheres — minto. — Sei... — ela não acredita e nem deveria. — Está difícil pular esse muro — falo e aponto para ela. — Por que não tenta simplesmente abrir a porta? — ela me finaliza com a resposta. Lava seu copo, guarda o suco e para no meio das minhas pernas — Não tenho catorze anos, e apesar dos meus diplomas, isso tudo eu aprendi com pessoas que tentavam se enganar diariamente e eu decidi apenas não ser uma delas. Não vou fingir que está tudo perfeito por aqui. Esse teatro todo, essa viagem e essa fuga, tem um propósito e não serei a responsável por frustrar seus planos.


Olho para os seus lábios e sinto vontade de calar a sua boca, que não para de falar um punhado de verdades, e eu vim até aqui exatamente para fugir de todas as verdades da minha vida. Puxo-a para perto de mim e a beijo, com raiva, esse é meu primeiro sentimento por ela, raiva. Deslizo minha língua sobre a dela e pelo menos assim ela não me torna tão demasiadamente frustrante. Minha mão desabotoa sua camisa e a mão dela puxa minha camiseta para cima. Existe uma combinação nada saudável de duas respirações acaloradas e cheias das piores intenções. Livro-a de sua camisa, de seu soutien e vejo que ela realmente possui um belo corpo, melhor do que imaginei e mais desejável do que me ocorreu naquela sala de reunião. Desabotoo seu jeans e o desço o suficiente para enfiar meus dedos entre sua calcinha e seu corpo, preciso sentir o quanto ela quer me receber e eu sinto, ela está molhada o suficiente para eu pular algumas preliminares que adoraria fazer, mas tudo agora é uma questão emergencial. Ela desabotoa minha bermuda e eu a sinto cair sobre meus pés, minha cueca não tem poder para disfarçar o quanto estou duro, o quanto eu preciso fodê-la e tirar esse sorrisinho vitorioso de seu rosto. Coloco-a sobre o balcão e tiro seus saltos e seu jeans, a deixo apenas de calcinha por alguns breves segundos antes de deixá-la completamente nua e a meu dispor. Viro-a de costas e a deito sobre o mármore gelado e deslizo minhas mãos sobre seu corpo. Abaixo e em minha carteira pego um preservativo, para em seguida o desenrolar sobre meu pau. Não quero perder tempo, não agora, não nessa primeira e nem depois de tudo que ela me fez ouvir. Enterro-me de uma única vez dentro dela e a sinto, espero e vejo seu quadril requebrar e isso anteciparia uma situação que desejo prolongar. Mudo a posição e fujo dessa armadilha que eu mesmo construí. Coloco-a de frente para mim, sentada sobre o balcão e a puxo, encaixando meu pau dentro dela e


levando minhas mãos para cada lado de seu traseiro e a levando para o quarto, quero conforto apesar da minha pressa. — Ali — ela aponta para o sofá e antes que eu perceba já estou obedecendo-a. Não me importo, desde que ela não pare o que começamos. Deito-a sobre o sofá branco e busco um ritmo harmonioso, feliz e que contenha meu corpo para que tudo isso não acabe em um orgasmo precoce de minha parte. Aproximo meu rosto do dela e a beijo e ela geme, quase sussurrando e eu gosto mais do que deveria de escutar esse som partindo dela. Sinto as palmas de sua mão em meu tórax e ela gentilmente me empurra e me coloca sentado. Vejo-a se levantando, colocando um pé de cada lado do meu corpo, de repente ela se abaixa, lentamente, como se quisesse me castigar por tê-la trazido para uma espécie de abatedouro. Sinto seu corpo envolver o meu, a sinto por dentro em seu limite e seu rebolado, agoniante eu diria. Tento manter a minha concentração no orgasmo dela e aquieto o meu distante dali. Ela se entrega em formas diferentes de gemer, em outras formas de me fazer senti-la e ali, ela se deixa levar, atinge o que precisa e me liberta para que eu possa fazer o mesmo. Sinto seu corpo relaxar, então, a acomodo em minha cintura e a levo para a cama. Vou finalizar de maneira confortável e talvez eu permita que ela durma depois disso. Levo-a para o quarto, a deito na cama e me encaixo dentro do ritmo que já estava em seu corpo, e não preciso de muito, preciso apenas de mais três míseros minutos, ou talvez menos, muito menos, e explodo dentro dela, enchendo o preservativo e relaxando minha testa sobre a dela. Foi mais rápido do que deveria, mas foi necessário. — Não queria que fosse tão rápido — confesso e rolo para o lado dela na cama. Estamos ofegantes. — Foi preciso — touché.


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