EXPOSIÇÃO DE COMPOSIÇÕES LÍRICAS DE CAMÕES Dia 10 de junho – Dia de Camões, Portugal e Comunidades Portuguesas Biblioteca da Escola José Falcão
No âmbito do desenvolvimento da língua materna, tendo-a enquanto área de saberes
complexos, transversais e fulcrais no conhecimento do mundo, dos outro e de si mesmo, importa colocar o aluno no lugar do agente – aquele que pensa e que realiza – o que justifica a opção por atividades onde o protagonista é o aluno, enquanto ator interventivo numa dinâmica de pares e interpares.
Assim, e num momento histórico de um avassalador acesso e apego aos
conteúdos digitais, confecionados e disponibilizados no plasma internetário que absorve o interesse e a disponibilidade total dos nossos alunos, desafiei as turmas dos 10º A, B, C e D a escolherem uma composição da
Poesia Lírica de Camões com o objetivo de a trabalharem, primeiramente em sala de aula, em atividades de grupo e, posteriormente, de a exporem ao público escolar, concretamente dirigida ao do terceiro ciclo.
Desta tarefa, que revolucionou a sala típica de aula de Português num espaço de criatividade, discussão e argumentação, coordenação e cooperação, num desalinhado ordenamento de mesas e cadeiras, pessoas e lápis, tesouras e papéis, cores e revelações artísticas, surgiram os Posters, as Fichas de Consulta e os power-points, com
a divulgação da Poesia Lírica Camoniana. A EXPOSIÇÃO DE COMPOSIÇÕES LÍRICAS DE CAMÕES é, em suma, o resultado de um processo desenvolvido em sala de aula, integrado no conteúdo curricular da disciplina de Português - Camões Lírico.
A Professora Elisabete Ferreira
Amor é fogo que arde sem se ver
Disciplina: Português Professora: Elisabete Ferreira Trabalho realizado por: Mauro Rodrigues Nº9 Tânia Francisco Nº 24 Rafaela Morais Nº 22
“ é um cuidar que ganha em se perder.”
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Introdução: Neste trabalho vamos abordar o soneto: “Amor é fogo que arde sem se ver”, escrito por, Luiz Vaz de Camões, foi escrito no ano renascentista.
Neste soneto, o sujeito poético, define o “amor” através de metáforas, sentimentos e antíteses. Este poema passou-se em XVI.
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Quem foi Luiz Vas de Camões? • Luiz Vas de Camões, foi um poeta considerado uma das maiores figuras da literatura Portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente. • Provavelmente estudou na universidade de Coimbra. • Camões nasceu a 1524 , e morreu a 10 de junho de 1580.
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O poeta tentou analisar o sentimento amoroso racionalmente, por meio de uma operação de fundo intelectual, racional, valendo-se de raciocínios próximos da lógica formal. Mas como o amor é um sentimento vago, imensurável, Camões acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, desembocando no paradoxo do último verso. O sentir e o pensar são movimentos antagônicos: o sentir deseja e o pensar limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava, o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos. Essa feição contraditória e o jogo de oposições aproximam Camões do Maneirismo e, no limite, do Barroco.
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Soneto: Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor, Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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Análise do Soneto • Os versos têm estrutura bimembre e contêm afirmativas que se repartem em enunciados contrários . Essas oposições simetricamente dispostas nos versos, acumulam-se em forma de gradação, para desembocar na desconcertante interrogação do último verso sobre os efeitos do amor. •
As contradições, por vezes, são aparentes porque o segundo membro do verso funciona como complemento do primeiro, especificando-o e tornandoo ainda mais expressivo, quando confronta duas realidades diversas: uma sensível ("ferida que dói") e uma espiritual, que transcende a primeira ("e não se sente").
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1ª Parte: Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. O poeta faz várias tentativas de definir “amor”
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2º Parte:
Mas como causar pode seu favor, Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
O poeta nesta 2º parte utiliza uma pergunta retórica, que mostra que é impossível definir o “amor”.
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Estrutura interna do soneto: • O tema é um soneto, porque é constituído por 2 quadras e por 2 tercetos; • Nas quadras a rima é interpolada e emparelhada;
• Nos tercetos a rima é interpolada.
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Conclusão: Com este trabalho concluímos que é impossível definir o “amor”, é um sentimento inexplicável. O poeta viveu experiências que formaram o “seu dramático mundo inconfundível” segundo Geraldo Mello Mourão. Dessa forma, a sua expressão foi afinada por uma realidade trágica. O soneto foi produzido numa época que ainda sofria resquício cultural da Idade.
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AMOR É UM FOGO QUE ARDE SEM SE VER
Trabalho Realizado por: Beatriz Ventura N°2 Daniela Salgado N°8 Joel Paiva N°14 Nuno Serra N°21
POEMA
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
TEMA
Contradições do amor
Assunto • Neste poema, o sujeito poético tenta dar uma definição de amor , á maneira petrarquista, através de uma série de metáforas e antíteses bastante sugestivas. Ele joga de forma artística com a palavra Amor que abre e fecha um poema, para chegar à conclusão de que é impossível definir o amor.
Constituição do poema • Este poema é um soneto porque tem 2 quadras e 2 tercetos, e é um poema de medida nova
Amor platónico
O amor platónico em Camões está diretamente ligado à conceção do Amor em Petrarca, que possui raízes essenciais e remotos na filosofia de Platão. De acordo com a teoria transcendente do amor platónico, o amor é uma aspiração que engradece o espirito do poeta; o que o verdadeiro amante busca no ser amado é o reflexo de um bem supremo que existe em estado absoluto no mundo ideal . O amor não pode nunca ser consumido , pois tem de ser sempre sofrimento e desejo insatisfatório.
FIGURAS DE ESTILO E ESQUEMA RIMÁTICO
Antitese-11 primeiros versos; Anáfora –forma verbal “é” (2º a 11º versos) Enumeração- estados psíquicos contraditórios a que o amor pode levar, de forma a identificar a sua principal característica; Interrogação retórica Final- apresenta a característica que verdadeiramente distingue o amor; Metáfora- encarece a força do sentimento amoroso :”Amor é um fogo…” e “…é ferida”; Artigo indefinido – adequado á natureza indefinível do sentimento descrito e que sugere semelhança; Verbo substantivo- a sugerir vida: “É um não querer…” “É um andar” “É um nunca contentar-se” “É um cuidar”
DEFINIÇÃO DE AMOR
Amor é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar . Etimologicamente o termo “amor” surgiu a partir do latim “amor”, palavra que tinha juntamente o mesmo significado que atualmente : sentimento de afeição , paixão e grande desejo .
Trabalho de Português Professora: Elizabete Ferreira Grupo: Daniel Garrido Nº3 Rafael Marques Nº11 Daniela Nascimento Nº16 Marisa Abreu Nº20 Ano letivo: 2016/2017 EB 2,3 sec/secundaria José Falcão Miranda do corvo
ÍNDICE
• • •
Luís Vaz de Camões
•
-Quem foi?
Poema
• •
Analise formal
Interpretação
A mudança
Fig1Excerto
Luís Vaz de Camões Quem foi?
• Luís Vaz de Camões, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e •
• •
Macedo, nasceu por volta de 1524/1525 e faleceu em 1580 no dia 10 de Junho, em Lisboa, doente e na miséria. Na guerra, como soldado, perdeu o olho direito – perda referida na Canção “Lembrança da longa Saudade”. Em 1569, após 16 anos, regressou a Lisboa, e três anos mais tarde publicou a primeira edição de ”Os Lusíadas”. A 10 de junho comemora-se o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Fig2-Luis Vaz de Camoes
Poema
Análise formal
• Estrutura externa:
• Contem duas quadras e dois tercetos • Métrica: decassílabo • “do mal ficam as mágoas na lembrança”
• Esquema rimático: abba/abba/cdc/dcd • Então podemos concluir que este poema é um soneto • Antítese: versos 7,8/9,10/11
Interpretação
• Este soneto divide-se em 3 momentos: • 1º momento (duas quadras): consequência da mudança
• 2º momento(1º terceto): mudança da natureza • 3º momento(2º terceto): espírito do sujeito poético
1º momento
• Nada é igual ao que já foi e muda-se para pior, pois não há esperança.
2º momento
• A mudança é previsível, pois todo o mundo está em constante mudança como podemos verificar nas estações do ano.
3º momento
• A mudança do sujeito poético dá-se em sentido contrário ao da natureza.
• Assim, sendo a mudança na natureza positiva, a
mudança no sujeito poético é negativa, causando-lhe sentimentos de angústia e tristeza.
• Ele também não consegue prever o que lhe vai acontecer.
A mudança
• A mudança da natureza é sempre positiva • Neve fria->Verde Manto (Realidade exterior)
• Com a passagem do tempo, as vontades mudam (Realidade Interior)
Conclusão
• Este poema remete-nos a uma situação que está e estará sempre atual, pois tudo e todos estão em constante mudança.
• O sujeito poético apercebe-se disso e também se refere aos sentimentos, mágoas e felicidades que o sujeito poético passou ao longo da sua vida.
Netgrafia
• https://www.ebiografia.com/luis_camoes/ • https://www.infopedia.pt/$luis-de-camoes • http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/camoes.html
Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo Curso Profissional Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Português 2016/2017
Trabalho realizado por: Daniel Simões Nº 7 Hugo Acúrcio Nº 12 José Fernandes Nº 15 Tatiana Azevedo Nº28
Poema de Luís Vaz de Camões
Mote Descalça vai para a fonte Leanor pela verdura; Vai fermosa, e não segura. Voltas Leva na cabeça o pote, O testo nas mãos de prata, Cinta de fina escarlata, Sainho de chamelote; Traz a vasquinha de cote, Mais branca que a neve pura; Vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, Cabelos de ouro entrançado; Fita de cor de encarnado; Tão linda que o mundo espanta; Chove nela graça tanta Que dá graça à fermosura; Vai fermosa e não segura.
Tema: • Traça o retrato físico de Leanor. • Mote: descreve a ação geral realizada por Leanor, a sua amada. • Voltas: o poema anda em volta do assunto tratado no mote.
Análise formal: • Vilancete (Composição poética constituída por um mote de 3 versos e por 2 voltas de 7 versos) • A rima (ABB / cddccbB / cddccbB) é emparelhada e interpolada. • Os versos são de 7 sílabas métricas, isto é, versos de redondilha maior. • O último verso do mote repete-se no último das duas voltas, ou seja, é o refrão.
NOTA: No mote, as letras do esquema rimático são maiúsculas, nas voltas as letras são minúsculas, exceto no último verso por ser uma repetição do último verso do mote.
Rima • Esquema rimático: – ABB / cddccbB / cddccbB
• Classificação das rimas: – Emparelhada – Interpolada
Sílabas métricas • Os versos são de 7 sílabas métricas, isto é, versos de redondilha maior. • Trata-se da medida velha de acordo com as características tradicionais do poema.
Significado das cores Branco = Pureza
Encarnado / escarlate = Sensualidade
Processos figurativos • Estes processos são utilizados para caracterizar a graça e a beleza de Leanor.
“Graça”
Na expressividade do nome
“descalça”; “linda”; “branca”; “formosa”; “(não) segura”;
Na expressividade dos adjetivos.
“mãos de prata”, “cabelos de ouro” fazendo ressaltar a brancura das mãos e o douro dos cabelos, características do tipo de mulher clássica.
Nas metáforas
“sainho” “vasquinha” Traduzindo a ideia de encantament o do sujeito face à graciosidade de Leanor
Na expressividade dos diminutivos
“que o mundo espanta”, “que dá graça à fermosura”;
“tão linda que o mundo espanta”
Na personificação Nas orações consecutivas
“mais branca que a neve pura” (expressão comparativa), “tão linda que o mundo espanta”, “chove nela graça tanta / que dá graça à fermosura”
Nas hipérboles
Traços físicos: “fermosa”, mãos de prata, cabelos de ouro, linda
Peças de roupa (e cor): cinta (escarlata), sainho, vasquinha (mais branca que a neve pura), touca, fita (de cor de encarnado)
O refrão • “Vai formosa e não segura” Leanor é bela física e psicologicamente (“vai formosa”), mas mostra alguma insegurança (“não segura”) uma vez que a sua ida à fonte poderá representar mais do que o ir buscar água. Se atendermos ao valor simbólico de fonte (símbolo feminino e de fecundidade) e ao valor que lhe é atribuído tradicionalmente (lugar de encontro amoroso clandestino), Leanor não sabe o que poderá acontecer na fonte, daí a sua insegurança.
Elementos psicológicos sugeridos Leanor é uma jovem interiormente bonita, pura e inocente. Visto estar a iniciar-se, timidamente, no desejo de seduzir, mas receia esse poder de sedução (“vai fermosa, e não segura”).
O AMOR É…
TRABALHO REALIZADO POR: MARGARIDA ARAÚJO N.19 MIGUEL ALVARINHAS N.20 PEDRO VENTURA N.25 SIMÃO LOUREIRO N. 27
O amor é…
Amor é aquele onde duas pessoas se amam, independente das situações e problemas que possam viver.
O amor é aquele onde nada abala e que resiste a qualquer dificuldade, fazendo com que o casal fique unido nos momentos ruins e celebre todos os momentos alegres juntos.
Amor é um tema muito discutido, muitas pessoas duvidam se ele realmente existe. Com a promiscuidade existente, muitas pessoas deixaram de acreditar no amor verdadeiro, e isso geralmente acontece depois de vivenciar experiências ruins, como traição, falta de confiança, humilhação e etc.
Amor é fogo que arde sem se ver Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
O que é poesia lírica:
A poesia lírica expressa sentimentos de um eu-lírico, que não se confunde com a pessoa do poeta.
É um poema que consiste numa forma de expressão dos sentimentos, das emoções, dos desejos, dos conhecimentos e da visão de mundo de alguém.
Luís Vaz de Camões
Camões é o maior poeta lírico do Classicismo português. Os sonetos de Camões são a parte mais conhecida de sua lírica. O poema Amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões, faz parte da lírica clássica do autor.
Constituição do poema
Este poema é um soneto, ou seja, tem uma forma fixa de composição poética. É composto de duas estrofes de quatro versos (quartetos ou quadras) e duas estrofes de três versos (tercetos).
Quanto à métrica, que é a medida dos versos que compõem o poema, os versos são decassílabos (dez sílabas poéticas), notando-se a predominância dos decassílabos heroicos, nos quais a sexta e a décima sílabas são sempre tônicas.
Neste poema, Camões procurou considerar a natureza contraditória do amor. Ele tenta, considerar o Amor; mas só consegue demonstrar que qualquer tentativa semelhante, ao final, levará ao ponto de partida. O tratamento dado ao tema, no soneto, é visivelmente ligado ao sentimento humano entre um homem e uma mulher, o amor romântico, seja ele correspondido ou não.
Este soneto é uma definição poética do amor. Como se Camões quisesse definir este sentimento indeterminável e explicar o inexplicável, colocando imensos contrastes para caracteriza-lo.
O poeta procurou analisar o sentimento amoroso racionalmente, por meio de uma operação de fundo intelectual, racional, correspondendo de raciocínios próximos da lógica formal. Para Camões, o Amor é um tipo de ideal superior, perfeito e único, pelo qual há o desejo de atingi-lo, mas como o amor é um sentimento vago, imenso, Camões acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, terminando no paradoxo do último verso.
O aspeto material, sensível, “ferida que dói”, é oposto ao espiritual “e não se sente”, como de resto pode-se observar ao longo de todo o soneto, culminando com a interrogação final, que traduz toda a dúvida diante da total impossibilidade de se compreender o próprio amor.
O sentir e o pensar são movimentos antagónicos: o sentir deseja e o pensar limita, e como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava, o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos.
Ao considerar a natureza paradoxa do amor, o soneto ressalta em enunciados antitéticos, mas que compõem um todo lógico, o caráter paradoxo do sentimento amoroso. Mas, por vezes, tais contradições são evidentes, pois, a segunda parte de cada verso funciona como complemento da primeira parte, de modo a enfatizar a afirmação por meio da aproximação de realidades distintas.
Podemos observar, no poema, uma sequência de anáforas, uma sucessão anafórica, através da repetição do verbo ser ("É") no início. Note-se, também, que o soneto inicia-se e termina com a mesma palavra: Amor ; o tal sentimento oposto, que é o tema da composição poética.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRANDA DO CORVO DGESTE Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares Direção de Serviços da Região Centro
ANO LETIVO 2016/2017 EB 2.3 C/SEC. JOSÉ FALCÃO
“Saudade minha” CAMÕES, Luís de, 1994. Trabalho realizado por: Cátia Marques Nº27 João Castela Nº18
André Correia Nº1 Diogo Simões Nº5 Daniela Ferreira Nº14 Disciplina de Português
Soneto Voltas Este tempo vão, Esta vida escassa, Para todos passa, só para mim não. Os dias se vão Sem ver este dia, Quando vos veria?
O autor queixa-se do tempo que tende em passar até poder voltar a ver a sua amada. Queixa-se que para todos o tempo passa e que todos conseguem obter a felicidade, mas ele não! Está condenado a viver uma vida de infelicidade.
Vede esta mudança Se está bem perdida, Em tão curta vida Tão longa esperança! Se este bem se alcança, Tudo sofreria, Quando vos veria.
Embora não saiba quando a voltará a ver, o autor mantem a esperança de um dia a voltar a ver.
Saudade dor, Eu bem vos entendo; mas nĂŁo me defendo, porque ofendo Amor. Se fosseis maior, Em maior valia Vos estimaria.
O autor descreve a dor que sente por nĂŁo poder estar com ela. Se ainda maior fosse o amor por ela, ainda maior seria o sofrimento e ainda mais importante ela seria na sua vida.
Minha saudade, Caro penhor meu, A quem direi eu Tamanha verdade? Na minha vontade, De noite e de dia Sempre vos teria.
A quem dirá o autor que sente a sua falta senão à própria mulher amada. Se dependesse da vontade dele, nunca mais se separariam, pois estaria junto dela de noite e de dia .
Conclusão: Este poema lírico é mais um exemplo, de como o eu poético sofre por amor e por os seus sentimentos não serem correspondidos. Ao longo de todo o poema verificamos o tom de lamentação e queixume do autor.
Música: www.youtube.com/watch?v=JAgsROsJVnQ
Agrupamento de escolas de Miranda do Corvo Português Módulo 2 Professora Elisabete Ferreira 2016/2017
Soneto camoniano “Ondados fios d’ouro reluzente” Trabalho realizado por: Carlos Paiva - nº:3 Carolina Silva - nº:4 Diogo Gomes - nº:9 João Oliveira - nº:13 10º D
Índice
Introdução_________________________________________ 3 Soneto____________________________________________ 4 Tema _____________________________________________ 5 Assunto___________________________________________ 6 Esquema rimático____________________________________ 7 Estrutura interna____________________________________ 8 Estrutura externa____________________________________ 9 Descrição da mulher amada____________________________ 10 Recursos expressivos ________________________________ 11 Conclusão_________________________________________ 12 Bibliografia_________________________________________13
Introdução
Este trabalho foi-nos solicitado pela professora Elisabete ferreira com o objetivo de ficarmos a conhecer mais sobre este módulo. Neste trabalho vamos descrever o soneto camoniano “Ondados fios d’ouro reluzente”
Soneto
Tema
Beleza feminina:
Ao longo do soneto o poeta faz a descrição da sua amada, segundo os ideais de perfeição da época. O poeta demonstra de uma forma muito reforçada que quer muito ver a sua amada.
Assunto
Neste soneto camoniano o sujeito imagina e realça a beleza da amada.
Esta mulher estava de acordo com os padrões da teoria renascentista .
No último terceto o sujeito demonstra um grande desejo de a ver.
É revelado uma grande influência petrarquista na idealização da mulher e na descrição da sua personalidade física e psicológicas.
Este ideal de mulher é descrito como mulher perfeita.
Esquema rimático
A rima é interpolada e emparelhada nas quadras.
Nos tercetos a rima é interpolada
Estrutura interna
Nas 2 primeiras quadras e no 1 terceto o sujeito descreve e exalta a beleza da amada realizando algumas das suas características. Também aqui é percetível a influencia da mulher petrarquista que é revelado na idealização da mulher e na exaltação das suas qualidades físicas e psicológicas.
No último terceto o poeta demonstra um forte desejo de a ver através de recursos expressivos.
Estrutura externos
Este poema é constituído por duas quadras e dois tercetos.
É constituído por versos decassílabos, isto é são versos com dez silabas métricas. Por exemplo: On/da/dos/fi/os/deou/ro/re/lu/zen(te)
Descrição da mulher amada
A mulher é descrita como sendo: bela, honesta, graciosa e doce. Uma mulher pura, imaterial e perfeita.
Todas estas características são típicas da mulher petrarquista.
Recursos expressivos
Conclusão
Gostamos de fazer este trabalho e foi importante para conhecer e aprender a analisar melhor sonetos neste caso, um soneto camoniano (“Ondados fios d’ouro reluzente”).
Bibliografia
http://sonetoscamonianos.blogspot.pt/2009/03/ondados-fios-de-ouro-reluzente.html -23/03/2017
https://pt.slideshare.net/HMECOUT/ondados-fios-de-ouro-reluzente-18032782 -23/03/20 17
Trabalho Realizado por: - Ana Catarina Nยบ1 - Cristiano Nยบ6 - Luana Nยบ16 - Marcelo Nยบ17 - Pedro Cardoso Nยบ24
Tema: A mudança Sentimento:
A desilusão, a saudade e a mágoa Assunto: Todas as coisas que estão em perpétua mudança
1ª Quadra- Apresentação O poeta apresenta a ideia que vai desenvolver: a mudança 2ª Quadra- Desenvolvimento O poeta desenvolve a ideia apresentada na primeira quadra 1º Terceto- Confirmação
O poeta confirma, de modo concreto, o desenvolvimento da ideia: a
mudança que se efetua tanto na Natureza como no seu espírito 2º Terceto- Conclusão O poeta faz a síntese das ideias precedentes, acabando com «chave de ouro»: a ideia de que a mudança mais surpreendente é a de que já não se muda como era costume, isto é, a mudança da própria mudança.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades Os costumes, os hábitos e as ideias variam em
conformidade com a época em que se vive Muda-se o ser, muda-se a confiança À medida que se envelhece e se adquire maior experiência vai-se mudando a perspetiva da vida Muda-se a Natureza A neve que cobria o chão, no inverno, deu lugar ao verde manto, na primavera
Muda-se o estado de espírito do poeta E em mim converte em choro o doce canto Muda-se atualmente de uma forma diferente, isto é,
hà uma mudança dentro da própria mudança Não se muda já como soía.
“ (…) todo o mundo é composto de mudanças tomando sempre novas
qualidades.” As coisas adquirem novas qualidades “Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança (…)” Vimos sempre coisas novas “ (…) do mal ficam as mágoas na lembrança (…) “ Ficam na recordação as mágoas do mal que sofremos “ (…) e do bem (se algum ouve) as saudades” Temos saudades dos momentos felizes
“Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança” As esperanças não são correspondidas “(…) e do bem, se algum houve, as saudades” O bem é (quase) inexistente
Mu|dam|-se os| tem|pos,
mu|dam|-se |as von|ta- 10 sílabas métricas ABBA/ABBA Rima interpolada e
emparelhada nas quadras CDC/DCD Rima cruzada nos tercetos
Anáforas: Repetição da
mesma palavra no princípio dos versos consecutivos “mudar”
Antítese: Consiste em
aproximar ideias opostas “bem e mal”, “ verde manto e neve fria”, “doce canto e choro”.