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CAPÍTULO III – A Performance Arte como experiência no aprendizado do Teatro

CAPÍTULO III – A Performance Arte como Experiência no Aprendizado de Teatro

Esta pesquisa, como já foi mencionado, teve como mote a seguinte pergunta: O que é performance? Procurei respondê-la a partir da construção de um percurso histórico da Performance Arte, refletindo coletivamente com os alunos sobre quais os desafios por onde o gênero havia passado. Fomos, a partir disso, para algumas experimentações. A ‘arte ao vivo’ (“live-art”) é por natureza efêmera. Iniciamos o processo com ela por entender que seria um bom caminho de experimentações e improvisações. Todas as “cenas” eram registradas em fotografias, sendo a maioria delas pelos próprios alunos/performers. Comecei a observar as possibilidades pedagógicas de um teatro com essas características, nas aulas de teatro, Luiz Carlos Garrocho, pesquisador do gênero da performance e professor no Centro de Formação Artística – CEFAR, onde notei a forte relação do aluno com o espaço, a autonomia e a autoralidade no processo de criação e de aprendizado. Neste mesmo curso do CEFAR, porém em turmas diferentes, pude perceber que os professores trocavam métodos de ensino horizontais por métodos cada vez mais mesclados com outras áreas de conhecimentos. Nas aulas de Teatro Danilo Curtis e Lúcia Ferreira, professores também lotados no Centro Formação Artísticos nas disciplinas de Interpretação e Expressão Corporal, onde acompanhei as turmas de Teatro I e II destinadas à faixa de idade aqui pesquisada (13 a 16 anos), os aquecimentos se davam a partir de linguagens diferenciadas, como ‘danças circulares’ e jogos rítmicos com base na percussão corporal. Os processos artísticos acabaram sendo influenciados por elementos da dança circular e da música percussiva. Desta forma, mesmo que o teatro fosse ali à linguagem a ser aprendida, era possível ver outros vínculos artísticos, estreitos, que abriam um leque de possibilidades dentro do próprio teatro. Assim, organizava-se o cotidiano de aprendizagem do aluno: através da colaboração entre linguagens artísticas. Nesse contexto também surgiu o objeto de estudo para meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): a busca de um método de integração entre linguagens artísticas que fosse eficiente e inclusivo, e atendesse à necessidade do novo aluno que frequenta o ensino básico na atualidade. Mais do que natural era pensar o Teatro e seu ensino associado às condições da cultura na contemporaneidade, na qual podemos notar a Performance Arte se tornando mais conhecida, seja na literatura, nas ciências sociais ou nas artes. Nesta pesquisa, a performance surge como um vetor para o ensino de teatro no qual os próprios alunos exercitam elementos autorais e de múltiplas linguagens, construindo caminhos para o entendimento da estética

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