de onde o fragmento viera. Não pude localizar no museu, qualquer informação a respeito da peça, inclusive, se havia outros pedaços. Enfim não havia documentação, nem inventário. Uma coisa pude constatar e confirmar: fragmentos, pedaços, sobras e restos são de pouco interesse ao grande publico que visitam os museus, e, pelo visto, inclusive pelos alunos do curso. Resolvi intervir na peça compreendendo que mesmo desvalorizada por uma grande maioria de espectadores, esses fragmentos possuem, sim, um valor histórico, um valor afetivo, de antiguidade, próprio dos objetos que simbolizam a memória do passado, conforme escreveu Alois Riegl em seu “ O culto moderno dos Monumentos” Enfim, não tive intenção de definir uma metodologia de intervenções técnicas em fragmentos de retábulo, mas, simplesmente, salientar alguns aspectos gerais, para que as decisões fossem bem fundamentadas no momento de tomadas de decisões. Espero ter alcançado meu objetivo.
REFERÊNCIAS ALVES, N. M. F. A arte na talha do Porto na época barroca: artistas e clientela, materiais e técnica. Porto: Arquivo Histórico/Câmara Municipal do Porto, 1989. V.1 ARTE, tudo sobre. Os movimentos e as obras de arte mais importantes de todos os tempos. Editor Geral Stephen Farthing. Editora Sextante Ltda, 2010, P. 250 a 259. ÁVILA, Affonso; Gontijo, João M. M.; MACHADO, Reinaldo G. Barroco Mineiro. Glossário de Arquitetura e Ornamentação. Belo Horizonte; Fundação João Pinheiro. Centro de Estudos Históricos e Culturais. 1996 COSTA, Lúcio. A arquitetura dos Jesuítas no Brasil. Revista do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, SPHAN, Ministério da Educação e Saúde, 25