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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao encerrarmos um trabalho de conservação-restauração a avaliação sempre se faz necessária para averiguarmos os benefícios para a obra, assim como os possíveis riscos de danos futuros. No caso de um trabalho de conclusão de curso é válido procedermos também à auto-avaliações referentes a esse momento de formação e de consolidação do conhecimento. As dúvidas e inseguranças sempre são os maiores desafios, mas o diálogo e o compartilhamento de conhecimentos e experiências sempre enaltecem e valorizam esse processo de formação. Os materiais e procedimentos foram estudados e testados com vias a proporcionar uma intervenção mais segura. O estudo da materialidade da obra foi aprofundado com o intuito de subsidiar discussões de conservação-restauração e a compreensão do histórico da mesma. A identificação da obra na História da Arte contribuiu para contextualizarmos sua proposta artística e sua função/destinação no circuito de arte da época. Conhecer todos os aspectos da obra com domínio e propriedade é fundamental para conduzir as discussões acerca dos critérios de intervenções adotadas durante o restauro. Conscientes disso sabemos que a abrangência deste conhecimento sempre deixa algo para ser revelado posteriormente. Durante o trabalho com “Quadro C” percebemos o quanto a avaliação da obra respondia quase que de forma imediata às necessidades de intervenção de restauro. Muitos aspectos de degradação demarcavam a necessidade de intervenção de conservaçãorestauração e de ações de conservação preventiva. Por outro lado, os aspectos relativos à materialidade e a proposta artística de visualidade da obra oferecia a medida necessária dos limites de intervenção. Estes embates emergiram principalmente diante dos questionamentos acerca da identificação das causas e dos momentos de degradações e deformações presentes na obra. Em alguns casos, como as respostas suscitam o aprofundamento da pesquisa, inclusive junto ao artista, o mais recomendável diante do esgotamento de recursos é sempre evitar intervenções que esbarrem no processo de feitura, agindo, pois, somente com ações preventivas de longo prazo. Os resultados foram satisfatórios levando-se em conta que tratasse de um processo de formação que continuará em andamento. Isso porque o conservador-restaurador precisa manter-se irrequieto diante dos questionamentos acerca dos seus objetos de trabalho e diante da busca incessante de oferecer-lhes melhores condições para sua função/destinação.

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