Teresinha Pereira de Oliveira- FAMÍLIA: pintura e memória em retrospecto

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palavras me faltavam e a poética desaparecia como por encanto. Quase desisti por não saber como começar; e, muito mais, por onde tudo iria terminar. Mas tomei coragem e lembrei a mim mesma que a maior parte da estrada já havia sido percorrida e agora, persistindo e persistindo, chegaria a algo que me parecia ser definitivo; seria um novo passo, um outro novo passo, um novo caminho a percorrer, caminhando sempre daqui para frente.

8– AMOR

Em minhas obras procuro representar o amor fraterno, materno; o mesmo amor cheio de dúvidas e certezas, comum e humano, finito e infinito, que não se esgota por mais que se fale a respeito; que não se entenda por mais que seja pensado ou estudado. O casal representa o amor e, mesmo na filosofia ou na psicologia, é difícil comentar o amor. É algo que sentimos pela nossa família, amigos, animais de estimação e, algumas vezes, mesmo de antemão, amamos outras pessoas que de alguma forma farão parte de nós; vejo isso no modo como falo disso no meu trabalho. No(s) dicionário(s) encontramos diversas definições para este sentimento tão rico, que trata que cuida, e causa tantas reflexões, mas que também maltrata e destrói. Através da filosofia encontramos afirmações de que a vida nas civilizações ocidentais é um resultado da cultura greco-romana 16


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