ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JORGE AUGUSTO CORREIA
Antologia de António Ramos Rosa Rúben Paulino, Tiago Gonçalves, Zhenlong Guo e Manuel Andrés Professora Ana Cristina Matias 12ºB
2 de Março de 2018
Prefácio A "Sorte (no sucesso) protege os audazes", diz um pensamento do poeta latino Vírgílio ( 70 a.C. – 19 a.C.), mas não é meramente através da sorte que se chega ao sucesso, seja na área da Literatura, das Ciências ou em qualquer outra. É, sim, fruto de muito trabalho e dedicação, associados a intensivos métodos de trabalho e investigação, bem como o procurar saber sempre mais. A Poesia também não foge a essa regra. A Poesia é um mundo sem fim. São infinitos os pontos, sejam eles do dia a dia ou de factos passados, que se podem abordar através deste género literário. É possível expressar sentimentos, criticar algo ou alguém, ou até mesmo elaborar prognósticos sobre o futuro. É possível enaltecer um povo (como Camões fez na sua poesia épica Os Lusíadas), pode-se abordar a Natureza (como Alberto Caeiro). Enfim, a poesia é mesmo infinita. Porém, esta infinidade só é útil se a mente por detrás das palavras escritas em papel for um sonhador, um visionário. Um (Grande) Poeta tem que ter a capacidade de abordar questões que se calhar ninguém ainda tocou (ou não quer tocar). Tem que ver o mundo de uma perspetiva mais alta, sendo alguém, que luta em cima das nuvens, como afirma Miguel Torga (1999, p. 1090). Daí não ser um individuo qualquer a se tornar um grande poeta. Porque ser poeta qualquer um pode ser. Basta escrever meia dúzia de versos e citá-los a alguém. O que é difícil é distinguir-se dos outros. Assim, "nascem" poetas com visões diferentes do mundo. Vejamos, por exemplo, o caso de um dos fundadores do modernismo português, Fernando Pessoa. Este grande "fingidor", como o próprio caracterizava um poeta, foi capaz de criar diversas personalidades (os famosos heterónimos), cujas visões sobre o mundo eram distintas. Também António Ramos Rosa, o poeta em foco nesta antologia, tem o seu modo particular de ver o mundo e construir a sua poesia.
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António Ramos Rosa, nascido em Faro, foi um Poeta Contemporâneo que começou o seu trabalho escrevendo artigos de crítica e elaborando traduções. Esta atração pelas palavras levou-o a conviver com alguns escritores, que, possivelmente agradados com a sua até então poesia miudinha, o incentivaram a publicar alguns dos seus poemas, deixando mesmo o seu emprego a fim de se concentrar apenas na poesia. Lá está mais uma característica da poesia: o seu poder de atração, um feitiço que ela lança a qualquer indivíduo que realmente se interesse por ela. Ramos Rosa não esqueceu de todo o seu antigo trabalho da área de artigos críticos, o que o tornou num dos maiores críticos contemporâneos portugueses, tendo sempre em conta a distinção entre a crítica feita nos seus artigos e a feita na sua atividade como poeta, fazendo dos seus conhecimentos armas na contrução lírica. As suas primeiras obras, como O Grito Claro (1958) e Viagem através duma Nebulosa (1960), aproximam-se do neorrealismo1, refletindo quer sobre o destino do Homem, quer do mundo, associadas também a traços herdados do Surrealismo2. Porém, após um encontro com a poesia de Eluard3, Ramos Rosa abandona definitivamente estas correntes, decidindo enveredar por uma poesia mais elementar e simples, o que levou ao pensamento de que esta seria uma poesia monótona. Ramos Rosa tinha uma obsessão pelas suas origens (como poeta) e, segundo Eduardo Lourenço4 , nunca abandonou essas origens. Esta poética do puro início expande-se a todo o espaço e a toda a matéria, através dum erotismo mediado pelo corpo próprio, pelo corpo da mulher, pelo corpo da terra, pelo corpo da palavra. O contraponto desta plenitude meridional é a dificuldade com que Ramos Rosa se debate ao tomar consciência da sombra que nasce da raiz de toda a realidade e da
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Movimento artístico que, a partir das décadas de 1930 e 1940, procurou atualizar o realismo tradicional segundo os princípios estéticos do marxismo, tomando frequentemente como tema a realidade dos trabalhadores e dos grupos mais desfavorecidos da sociedade. 2
Movimento literário e artístico surgido no segundo quartel do século XX, sob influência das reflexões freudianas acerca do inconsciente e do potencial comunicativo do sonho, que preconizava a libertação de todas as preocupações racionais, morais ou estéticas, valorizando a criação artística radicada nos automatismos psíquicos, na espontaneidade, no instinto, no subconsciente e no sonho 3
Pseudónimo de Eugène Emile Paul Grindel (1895-1952) , poeta francês, autor de poemas contra o nazismo. 4
Professor, filósofo e ensaísta português ( 1923 -)
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realidade de toda a palavra, invadindo de negatividade a posterior poesia do poeta. As suas origens dão, então, lugar à suspeição do poder da palavra. A partir de Volante Verde (1986) assistimos, no entanto, a uma espécie de reconciliação com as palavras. O poeta encontra então um novo fôlego, através da enigmática profusão da terra, numa exaltação da natureza que adquire uma feição animista, não abdicando da elementaridade das palavras e temas que Ramos Rosa havia adotado. Dá, então, predominância às palavras substantivas e elementares, tais como: pedra, água, árvore, cal, mão, muro; e mesmo às formas mais ínfimas e humildes: unha, inseto, pó, cabelo, sopro, espuma, baba do caracol, combinando cada uma delas em ciclos que sucessivamente se reiniciavam. Já nos seus últimos tempos de vida, a poesia de António Ramos Rosa evoluiu no sentido de uma mais acentuada articulação discursiva, a par de uma elevada consciência da passagem do Tempo, assim como as questões que essa consciencialização coloca: “será ainda possível construir sobre a cinza do tempo / a casa da maturidade com as suas constelações brancas?” Para proporcionar um contacto com Ramos Rosa, incluímos nesta antologia dados relevantes sobre a biografia do poeta e selecionámos doze poemas que se encontram inseridos em oito obras do poeta publicadas entre 1960 e 2012, terminando com a análise do poema "Não posso adiar o amor", in Viagem através de uma Nebulosa (1960).
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Biografia Poeta, desenhador e crítico português, António Vítor Ramos Rosa nasceu a 17 de outubro de 1924, em Faro, e faleceu a 23 de setembro de 2013, em Lisboa, com 88 anos. Enquanto jovem e ainda em Faro, não terminou os ensinos secundários devido a motivos de saúde. Trabalhou como empregado de escritório, tradutor e professor (de Português, Francês e Inglês). Elaborou também alguns ensaios, entre os quais se salienta "A Poesia Moderna" e a "Interrogação do Real" (1979-1980). Foi militante do Movimento de União Democrática5 e conheceu a prisão política. A sua forte ligação à poesia levou-o a conviver com alguns escritores, e junto com eles co-fundou, na década de 50, as revistas Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia, todas elas relacionadas com a poesia. Em 1958, publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria" e no mesmo ano o seu primeiro livro O Grito Claro, a sua primeira obra poética, mas a sua obra completa ultrapassa os cinquenta títulos. Ramos Rosa recebeu, entre outros, o prémio Fernando Pessoa, em 1988; o prémio PEN Clube Português e o Grande Prémio de Poesia Associação Portuguesa de Escritores/CTT - Correios de Portugal, em 2006, pela obra Génese (2005); e o prémio Luís Miguel Nava (2006), pelas obras publicadas no ano anterior: Génese e Constelações. Em 2003, recebeu ainda a o grau de Doutor Honoris Causa6, atribuido pela Universidade do Algarve. De referir ainda que o seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro.
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Organização política de oposição ao regime salazarista. Título honorífico concedido pelas universidades a pessoas que, tendo ou não um diploma académico, se destacaram em determinada área. 6
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Antรณnio Ramos Rosa
Desenhos de Antรณnio Ramos Rosa In http://antonioramosrosa.blogspot .pt/p/desenhos.html 5
Não Posso Adiar o Amor Não posso adiar o amor para outro século não posso ainda que o grito sufoque na garganta ainda que o ódio estale e crepite e arda sob montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore não posso adiar para outro século a minha vida nem o rneu amor nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa, in Viagem Através de uma Nebulosa, 1960
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Para um Amigo Tenho Sempre Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida. É um arco-íris de sombra, quente e trémulo. É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa, in Viagem Através de uma Nebulosa, 1960
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Vertentes As palavras esperam o sono e a música do sangue sobre as pedras corre a primeira treva surge o primeiro não a primeira quebra
A terra em teus braços é grande o teu centro desenvolve-se como um ouvido a noite cresce uma estrela vive uma respiração na sombra o calor das árvores
Há um olhar que entra pelas paredes da terra sem lâmpadas cresce esta luz de sombra começo a entender o silêncio sem tempo a torre extática que se alarga
A plenitude animal é o interior de uma boca um grande orvalho puro como um olhar
Deslizo no teu dorso sou a mão do teu seio sou o teu lábio e a coxa da tua coxa sou nos teus dedos toda a redondez do meu corpo sou a sombra que conhece a luz que a submerge
A luz que sobe entre as gargantas agrestes deste cair na treva abre as vertentes onde a água cai sem tempo
António Ramos Rosa, in Matéria de Amor, 1983
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Mediadora do Vento Ligeira sobre o dia ao som dos jogos, desliza com o vento num encantado gozo.
Pelas praias do ar difunde-se em prodígios. Tudo é acaso leve, tudo é prodígio simples.
Pequena e magnífica no seu amor volante propaga sem destino surpresas e carícias.
Pátria, só a do vento de tão subtil e viva. Azul, sempre azul em completa alegria.
António Ramos Rosa, in Mediadoras, 1985
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A Festa do Silêncio Escuto na palavra a festa do silêncio. Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se. As coisas vacilam tão próximas de si mesmas. Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas. É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma.
Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia, o ar prolonga. A brancura é o caminho. Surpresa e não surpresa: a simples respiração. Relações, variações, nada mais. Nada se cria. Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça.
Nada é inacessível no silêncio ou no poema. É aqui a abóbada transparente, o vento principia. No centro do dia há uma fonte de água clara. Se digo árvore a árvore em mim respira. Vivo na delícia nua da inocência aberta.
António Ramos Rosa, in Volante Verde, 1986
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A Palavra Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina e a alegria aviva-se em redonda ressonância. O seu olhar é um sonho porque é um sopro indivisível que reconhece e inventa a pluralidade delicada. Ao longe e ao perto o horizonte treme entre os seus cílios.
Ela encanta-se. Adere, coincide com o ser mesmo da coisa nomeada. O rosto da terra se renova. Ela aflui em círculos desagregando, construindo. Um ouvido desperta no ouvido, uma língua na língua. Sobre si enrola o anel nupcial do universo.
O gérmen amadurece no seu corpo nascente. Nas palavras que diz pulsa o desejo do mundo. Move-se aqui e agora entre contornos vivos. Ignora, esquece, sabe, vive ao nível do universo. Na sua simplicidade terrestre há um ardor soberano.
António Ramos Rosa, in Volante Verde, 1986
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O Jardim Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas, calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes. Sequências de convergências e divergências, ordem e dispersões, transparência de estruturas, pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.
Geometria que respira errante e ritmada, varandas verdes, direcções de primavera, ramos em que se regressa ao espaço azul, curvas vagarosas, pulsações de uma ordem composta pelo vento em sinuosas palmas.
Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio. Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena. Sou uma pequena folha na felicidade do ar. Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis. É aqui, é aqui que se renova a luz.
António Ramos Rosa, in Volante Verde, 1986
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A Leitora A leitora abre o espaço num sopro subtil. Lê na violência e no espanto da brancura. Principia apaixonada, de surpresa em surpresa. Ilumina e inunda e dissemina de arco em arco. Ela fala com as pedras do livro, com as sílabas da sombra.
Ela adere à matéria porosa, à madeira do vento. Desce pelos bosques como uma menina descalça. Aproxima-se das praias onde o corpo se eleva em chama de água. Na imaculada superfície ou na espessura latejante, despe-se das formas,
branca no ar. É um torvelinho harmonioso, um pássaro suspenso. A terra ergue-se inteira na sede obscura de palavras verticais. A água move-se até ao seu princípio puro.
Pablo Picasso, 1934, “Duas meninas lendo”, Museu de Arte da Universidade de Michigan, EUA.
O poema é um arbusto que não cessa de tremer.
António Ramos Rosa, in Volante Verde, 1986
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É por Ti que Escrevo É por ti que escrevo que não és musa nem deusa mas a mulher do meu horizonte na imperfeição e na incoincidência do dia-a-dia Por ti desejo o sossego oval em que possas identificar-te na limpidez de um centro em que a felicidade se revele como um jardim branco onde reconheças a dália da tua identidade azul É porque amo a cálida formosura do teu torso a latitude pura da tua fronte o teu olhar de água iluminada o teu sorriso solar é porque sem ti não conheceria o girassol do horizonte nem a túmida integridade do trigo que eu procuro as palavras fragrantes de um oásis para a oferenda do meu sangue inquieto
Frank Dicksee, “Romeo and Juliet”, 1884, Southampton City Art Gallery, Reino Unido
onde pressinto a vermelha trajectória de um sol que quer resplandecer em largas planícies sulcado por um tranquilo rio sumptuoso
António Ramos Rosa, in O Teu Rosto, 1994
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Não Choro pela Pátria Não choro pela pátria Ninguém chora pela pátria Retém-se o grito que lavra pelo corpo sulcos sangrentos e o faz sentir em si a pele que se separa e se encolhe ante a violência da dispersão comum e do falso fulgor que encobre a irreparável divisão de se ter perdido o universo e a viva comunidade Onde estão aqueles que poderiam metamorfosear a indigência da separação real abrindo um espaço de respiração solar e reunir num todo os que conhecem a sua solidão e os que nem sequer sentem a vertigem de a nada pertencerem senão à negação que se afirma em lugar da integridade viva?
António Ramos Rosa, in Pátria Soberana, 1999
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Mãe Conheço a tua força, mãe, e a tua fragilidade. Uma e outra têm a tua coragem, o teu alento vital. Estou contigo mãe, no teu sonho permanente na tua esperança incerta Estou contigo na tua simplicidade e nos teus gestos generosos. Vejo-te menina e noiva, vejo-te mãe mulher de trabalho Sempre frágil e forte. Quantos problemas enfrentaste, Quantas aflições! Sempre uma força te erguia vertical, sempre o alento da tua fé, o prodigioso alento a que se chama Deus. Que existe porque tu o amas, tu o desejas. Deus alimenta-te e inunda a tua fragilidade. E assim estás no meio do amor como o centro da rosa. Essa ânsia de amor de toda a tua vida é uma onda incandescente. Com o teu amor humano e divino quero fundir o diamante do fogo universal.
António Ramos Rosa, in Antologia Poética, 2001
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Vivi tanto Vivi tanto que já não tenho outra noção de eternidade que não seja a duração da minha vida
António Ramos Rosa, in Em torno do Imponderável, 2012
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Análise Não Posso Adiar o Amor
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Não posso adiar o amor para outro século
11 sílabas métricas
não posso
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ainda que o grito sufoque na garganta
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ainda que o ódio estale e crepite e arda
10
sob montanhas cinzentas
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e montanhas cinzentas
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Não posso adiar este abraço
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que é uma arma de dois gumes
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amor e ódio
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Não posso adiar
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ainda que a noite pese séculos sobre as costas
13
e a aurora indecisa demore
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não posso adiar para outro século a minha vida
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nem o meu amor
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nem o meu grito de libertação
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Não posso adiar o coração
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António Ramos Rosa, in Viagem Através de uma Nebulosa, 1960
Este poema não apresenta qualquer regularidade no que toca à rima, métrica e estrutura estrófica. É constituído por 16 versos (2 sextilhas, 1 terceto e um monóstico). Apenas está presente no poema um exemplo de rima, neste caso emparelhada (v.v. 56)
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O tema deste poema é o Amor. As anáforas presentes em "Não posso adiar" (vv. 1, 7, 10, 13 e 16) revelam a inadiabilidade do amor para o sujeito poético, que assume a sua incapacidade em negá-lo. É de referir ainda a antítese em "amor e ódio" (v.9), que ao longo do poema é desenvolvida através do uso de vários elementos negativos: o grito que sufoca a garganta (v.3); o ódio que estala, crepita e arde (v.4) sob montanhas cinzentas (v.v. 5-6); a noite que nunca acaba (v.11); e a aurora indecisa que demora, como se nunca chegasse (v.12). Na 2ª estrofe, o amor surge associado a uma forma de conciliar o amor com o ódio, através de uma metáfora («arma de dois gumes», v.8). Em «estale, crepite e arda» (v.4) está presente uma gradação, no sentido que o ódio começa por estalar, depois solta umas faíscas (crepita), até que por fim arde. Podemos ainda observar uma hipérbole em «ainda que o grito sufoque na garganta» (v.3). O amor neste poema também pode ser apontado como uma metáfora de liberdade, na medida em que o sujeito poético não a pode adiar e está desejoso para a ter, o que remete para o prolongado período de ditadura vivido em Portugal na altura em que este poema foi escrito (1960), período esse que lhe parecia nunca mais acabar. Assim, podemos englobar este poema na linha temática: “representações do quotidiano”.
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Índice Prefácio ..............................................................................................................................1 Biografia .............................................................................................................................4 Não Posso Adiar o Amor ....................................................................................................6 Para um Amigo Tenho Sempre ..........................................................................................7 Vertentes ...........................................................................................................................8 Mediadora do Vento .........................................................................................................9 A Festa do Silencio ..........................................................................................................10 A Palavra .........................................................................................................................11 O Jardim ..........................................................................................................................12 A Leitora ..........................................................................................................................13 É Por Ti Que Escrevo ........................................................................................................14 Não Choro Pela Pátria......................................................................................................15 Mãe ..................................................................................................................................16 Vivi Tanto .........................................................................................................................17 Análise de "Não posso Adiar o Amor" .............................................................................18 Bibliografia ......................................................................................................................21
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Bibliografia Dicksee. (1884). Romeo and Juliet. Obtido em 15 de fevereiro de 2018, de Wikimedia: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:DickseeRomeoandJuliet.jpg Lisboa, E. &Rocha, I. (1998). Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol V. Lisboa: Publicações Europa-América. Neorrealismo in Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2003-2018. Obtido em 3 de março de 2018 de Infopédia: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/neorrealismo Picasso, P. (1934). Duas Meninas Lendo. Obtido em 27 de fevereiro de 2018, de A Árvore Estante: http://arvoreestante.blogspot.pt/2011/12/97-uma-nulher-jovem-lendo.html Rosa, A. R. (1986). A Festa do Silêncio. Obtido em 25 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/a-festa-do-silencio-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1986). A Leitora. Obtido em 15 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/a-leitora-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1986). A Palavra. Obtido em 25 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/a-palavra-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (2001). Antologia Poética. Lisboa: Dom Quixote. Rosa, A. R. (1994). É por Ti que Escrevo. Obtido em 15 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/e-por-ti-que-escrevo-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (2001). Mãe. Obtido em 25 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/mae-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1985). Mediadora do Vento. Obtido em 26 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/mediadora-do-vento-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1999). Não choro pela Pátria. Obtido em 21 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/nao-choro-pela-patria-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1960). Não Posso adiar o Amor. Obtido em 26 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/nao-posso-adiar-o-amor-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1986). O Jardim. Obtido em 26 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/o-jardim-antonio-ramos-rosa Rosa, A. R. (1960). Para um amigo tenho sempre. Obtido em 25 de fevereiro de 2018, de Citador: http://www.citador.pt/poemas/para-um-amigo-tenho-sempre-antonioramos-rosa Rosa, A. R. (2014). Poesia Presente, Antologia. Porto: Assírio & Alvim.
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Rosa, A. R. (2012). Vivi tanto. Obtido em 23 de fevereiro de 2018, de Macroscopio: http://macroscopio.blogspot.pt/2013/11/vivi-tanto-por-antonio-ramos-rosa.html Rosa, A. R. (s.d.). Desenhos. Obtido em 20 de fevereiro de 2018, http://antonioramosrosa.blogspot.pt/p/desenhos.html Silva, P., Cardoso, E., & Rente, S. (2017). Outras Expressões, Português 12.º ano. Porto: Porto Editora. Surrealismo in Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2003-2018. Obtido em 3 de março de 2018 de Infopédia : https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/surrealismo
Torga, M. (1999). Diário (Vol. IX a XVI). (2.ª edição) Lisboa: Dom Quixote.
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Escola Secundรกria Dr. Jorge Augusto Correia Marรงo de 2018
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