ECOESTUDANTIL , n.º 21, abril - junho 2013

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Número 21, abril - junho 2013

ÁRIA SECUND A AVIRA O,50 L O C S E orreia - T C o t s u g Au Dr. Jorge BIBLIOTECA

Raquel Silva conquista 2º lugar na fase distrital do CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

SEMANA DA LEITURA pp. 12/13

Raquel Silva, Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Mariana Brazão, Escola Secundária de Albufeira, e Joaquim Ventosa, Escola Secundária de Loulé.

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aquel Silva conquistou um honroso segundo lugar na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, este ano organizado pelo município de São Brás de Alportel, através da coordenação da Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro. Esta semifinal regional, disputada a 13 de março passado, contou com a participação de mais de uma centena de jovens de toda a região do Algarve, previamente selecionados numa primeira fase que decorreu a nível de escola. Os nossos concorrentes foram Vasco Martins (10º A1) e Raquel Silva (12º C1) que foram submetidos a duas provas escritas

e uma oral sobre as obras A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho, e A viagem do elefante, de José Saramago. O primeiro lugar foi conquistado por Joaquim Ventosa, da Escola Secundária de Loulé, o segundo pela nossa Raquel Silva e o terceiro por Mariana Brazão, da Escola Secundária de Albufeira, Como só o primeiro lugar dá direito a estar presente na fase nacional, que se realizará no final do mês de maio, não teremos aí nenhum aluno nosso. Contudo, desejamos aos grandes vencedores, Inês Oliveira, Escola E B José da Maia, em Olhão, escalão do terceiro ciclo,

Adélia Lacerda ( Escola Dom Paio Peres Correia)

Nesta edição: Concursos Projetos Ciências Experimentais Ciências Sociais e Humanas

À conquista de um prémio na final das Olimpíadas de Química +

Eco dos Espaços Línguas

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oão Pereira (10.º A2), Laura Labrador (11º A3) e Mariana Teixeira (11.º A1), depois de terem conquistado o primeiro lugar na semifinal das Olimpíadas de Química +, no Departamento de Engenharia Química do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, disputam, a 4 de maio, a fase final na Universidade de Aveiro. (Continua na pág. 24)

Visitas de Estudo Artes Visuais Cinema Opinião


PROJETO EUROPEU PROGRAMA LEONARDO DA VINCI

AÇÃO DE FORMAÇÃO

Reunião de parceiros em Salemi, Sicília, Itália Por Catarina Afonso, Mónica Jesus e Joana Leal, 10º TTUR

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turma do 10º TTUR encontra-se envolvida no projeto Leonardo da Vinci. Nesse âmbito, fomos selecionadas para participar numa reunião, em Salemi, Itália.

Aí encontrámos colegas, alunos de cursos profissionais de turismo de diferentes países europeus, com os quais ganhámos um bom relacionamento. Tivemos oportunidade de apresentar a nossa cidade, Tavira e a região algarvia, através de vídeos, em inglês, que a nossa turma preparou. O facto de termos Página 2 comunicado em inglês

durante esta semana contribuiu para aperfeiçoarmos a comunicação nesta língua. Apesar de uma longa viagem, em que tivemos que apanhar três aviões, ganhámos um bom relacionamento com os colegas e um enriquecimento cultural.

Consideramos que usufruímos de uma oportunidade única, cuja experiência recordaremos toda a vida, pelo que agradecemos à Direção da Escola a oportunidade que nos deu, bem como aos professores que nos selecionaram e nos acompanharam. (Artigo orientado pela professora Fátima Pires)

Formação em Primeiros Socorros Por Filomena Madalena (professora responsável pela Segurança na Escola)

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ecorrente do seu conteúdo funcional, aos assistentes operacionais cabe prestar apoio e assistência em situações de primeiros socorros. A direção da escola, consciente da carência em formação na área de primeiros socorros, em parceria com elementos dos Serviços de Saúde Pública (Enfª Ana Viegas e Enfª Mafalda Lopes) e Cruz Vermelha Portuguesa – núcleo de Tavira (Socorrista Idálio Caetano), levou a cabo uma formação em primeiros socorros nos dias 18 e 21 de março de 2013, dinamizada pelas entidades anteriormente referidas. Dada a relevância do tema, a formação foi aberta também aos assistentes técnicos a exercer funções na escola. Os participantes consideraram a formação enriquecedora e participaram com empenho nas atividades desenvolvidas. Na sequência destas formações, está prevista uma nova ação para o mês de junho, em colaboração com o Centro de Saúde, continuando o mesmo tema mas agora na ótica da utilização das caixas de primeiros socorros.


CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS BIOLOGIA E GEOLOGIA Saída de campo

repensar o litoral 23ª Campanha Coastwatch Por Teresa Afonso (professora de Biologia e Geologia)

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o dia 15 de Março, realizou-se mais uma ação promotora do voluntariado ambiental, na qual participaram alunos dos 10º A2, A3 e alguns elementos de outras turmas, tendo-se assim concretizado o contributo de Tavira para a 23ª Campanha Coastwatch (2012-2013) – “Repensar o Litoral”. A saída de campo consistiu numa visita orientada às salinas (próximo das Quatro Águas), durante a qual os alunos puderam observar as características geomorfológicas da região, tipologia da fauna e flora,

resíduos e poluição aí existentes e ainda a eventual degradação paisagística local. Da flora encontrada, tem particular interesse a salicórnia, comummente designada por sal verde ou espargos do mar, sendo esta planta considerada como uma boa alternativa ao sal e, desse modo, uma boa aliada do combate à hipertensão arterial. Num primeiro ensaio de observação de aves, facilmente sobressaíram espécies como a garça cinzenta, a cegonha branca ou o alfaiate. No que concerne ao grau de preservação ambiental e paisagística do local, foi este – apesar de tudo considerado ainda bastante aceitável, sendo as salinas um dos pontos de visita de que Tavira pode orgulhar-se. Em função das observações efetuadas, os alunos preencheram um formulário, o qual foi encaminhado para as entidades competentes, designadamente o Centro Ciência

Viva de Tavira e a GEOTA - Grupo de estudo e ordenamento do território e ambiente –, organização promotora do evento. De realçar a disponibilidade e entrega da colaboradora do Centro Ciência Viva, Ana Sofia Silva, que monitorizou o percurso e suscitou, nos nossos alunos, a mais viva simpatia. Página 3


CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS FÍSICA E QUÍMICA

Alunos participam no projeto Medea

rios da escola. Para serem avaliados e para divulgarem todas as experiências, medições efetuadas e respetivas conclusões, foi solicitada a criação de um web site, que poderá ser consultado em:

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eis alunos, Alice Abreu, Ana Carolina Pires, Beatriz Silva, Bruno Fernandes, Inês Garcia e Kevin Rodrigues, do 11ºA3, 11ºA4, 12ªA1 e 12ºTIE, coordenados pelo professor Norberto Mestre, da Escola Secun-

dária Dr. Jorge Augusto Correia, estão envolvidos num projeto que se intitula como “Projeto MEDEA”. Este projeto é promovido pela Sociedade Portuguesa de Física (SPF) e patrocinado pela Rede Energética Nacional (REN), tendo como objetivo a medição de campos elétricos e magnéticos em diversos aparelhos presentes nos laborató-

http://coulombianos.blogspot.pt/. O nome Coulombianos foi escolhido em homenagem a Coulomb, físico francês, do século XVIII, estando relacionado com o estudo do eletromagnetismo, e, ainda, ao navegador e explorador, do seculo XV, Cristóvão Colombo, criando assim o trocadilho COULOMBIANOS.

BIOLOGIA

OLIMPÍADAS NACIONAIS DE BIOLOGIA Por Aurora Carmo ( professora de Biologia e Geologia)

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epois de uma primeira eliminatória realizada na nossa escola a 7 de fevereiro, decorreu, no passado dia 18 de abril, a semifinal das Olimpíadas Nacionais de Biologia dirigida aos alunos do ensino secundário. Os alunos do 12º ano, turma A1, Andreia Filipa Viegas, Gyulkibar Ahmed, Kevin Rodrigues, Maria de Fátima Nunes e RicarPágina 4 do Rolim Oliveira, e os

alunos do 12º ano, turma A2, Miguel Baptista Figueira e Rúben Rodrigues, aguardam agora os resultados da semifinal, a publicar no dia 12 de maio. Se as suas prestações estiverem entre as 36 melhores classificações a nível nacional, participarão, então, na final que se realizará no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Enquanto nas duas primeiras eliminatórias tiveram que provar os seus conhecimentos respondendo a um teste teórico de escolha múltipla com questões de conhecimento

e de interpretação, na final terão de realizar duas provas: um teste prático (laboratorial) e um teste teóricoprático (escrito).


ciências sociais e humanas Economia Apreciação crítica

Capitães de abril Por Beatriz Grou e Miguel Neves, 11ºB

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apitães de Abril é um filme marcante na cinematografia portuguesa, porque retrata com fidelidade e realismo um grande momento histórico português: o 25 de abril de 1974. Com realização e argumento de Maria de Medeiros, o filme tem no seu elenco grandes atores de projeção internacional, como Maria de Medeiros e Joaquim de Almeida, e de projeção nacional, como é o caso do prestigiado Ruy de Carvalho.

O filme começa com uma despedida muito dolorosa entre um jovem casal de apaixonados, numa estação de comboios. É a véspera do 25 de abril, e o Rádio Clube Português emite na madrugada desse dia uma música de Zeca Afonso, “Grândola vila morena” - o sinal para o Movimento das Forças Armadas (MFA), liderado por um grupo de capitães , se dirigir a Lisboa e aí derrubar o Estado Novo. Os acontecimentos e as emoções vão progredindo sempre a um bom ritmo, retratando o que aconteceu no interior e no exterior do Quartel do Carmo, bem como o posterior entusiasmo da população de Lisboa ao saber que se abrira o caminho para a instauração da liberdade e da democracia. Durante o visionamento deste filme, houve dois momentos que, na

nossa opinião, foram os mais marcantes: Um ocorre quando o capitão Salgueiro Maia vem, a pé, com um lenço branco, até junto de um outro esquadrão militar que ainda não tinha aderido ao MFA e, perante a sua presença, o chefe deu ordens para “disparar". Mas, felizmente, os soldados que detinham as metralhadoras das chaimites recusaram-se a fazê-lo. Quanto mais furioso ficava o chefe, gritando que prendessem os traidores, mais os seus homens abandonavam os seus postos e se punham ao lado do capitão Salgueiro Maia. O outro momento muito emotivo passa-se, um pouco mais tarde, quando a população sai à rua e as mulheres começam a colocar cravos vermelhos nos canos das espingardas dos soldados. A música do grande maestro António Vitorino de Almeida, que acompanha muitas das cenas do filme, reforça o momento dramático e revolucionário vivido na altura. Assim, Capitães de Abril é um filme que é valioso pela reconstituição histórica que faz do 25 de abril, sendo muito interessante para nós, jovens, por nos fazer recordar o que já tínhamos estudado em História, mas também desperta o interesse dos adultos que têm na sua memória a vivência real deste acontecimento. Por último, este filme pode também conquistar o público de outros países, porque está muito bem realizado e dá-lhes a conhecer a nossa cultura e a Revolução dos Cravos. Trabalho orientado pela professora Carmen Castro

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ciências sociais e humanas Economia A

Documentário “Inside Job / A Verdade da Crise”, do realizador Charles H. Ferguson Por Dário Soares , João Viegas e Luís Conceição , 11º B

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documentário dividese em cinco partes: I – Como chegamos aqui; II – A Bolha; III – A Crise; IV – Responsabilização e V – Onde estamos agora. Inicialmente mostra como a Islândia, um país economicamente estável, com uma população livre e com bom nível de vida, se tornou num país em crise. Trata também da crise económica financeira mundial que estourou nos Estados Unidos em 2008, mostrando como a desregulamentação aplicada no governo Reagan, no início dos anos oitenta, pôde causar uma catastrófica crise económica décadas depois. Dantes, os bancos eram impedidos de especular com o dinheiro dos depositantes, então os bancos de investimentos eram sociedades privadas em Página 6 que o dinheiro que neles circulava perten-

cia aos sócios. Após a medida de desregulamentação, os bancários puderam fazer acordos entre si, que lhes permitiram dominar o mercado financeiro e diminuir a concorrência. O facto é que os bancos passaram a liberar inúmeros empréstimos, hipotecas de casas e investimentos no desenvolvimento tecnológico e passaram a investir com um capital que ainda não existia. Percebendo, com o passar dos anos, que o mercado imobiliário iria cair, os mesmos bancos que liberavam as hipotecas, tidos como confiáveis pelas agências de rating, passaram a investir muito em agências de seguros, para o caso dessas dívidas não serem pagas pelos devedores espalhados pelo país, ou seja, investiam contra os recursos que eles mesmos liberavam. Os grandes responsáveis dos bancos foram alertados pelo FMI dos riscos de crise, e tinham consciência das consequências desastro-

sas para a economia do país, mas descobriam sempre maneiras de lucrar, pois detinham os altos cargos no governo e, com isso, impediam que medidas protecionistas fossem adotadas. Foi assim que a crise estalou na economia norte-americana, em que milhares de contribuintes perderam a casa hipotecada, o emprego e as poupanças nos bancos que foram à falência. Porém, no fim de tudo, o governo, controlado mais uma vez pelos bancários, emprestou dinheiro a alguns bancos, para que não falissem, e mais uma vez eles lucraram, enquanto a população, no geral, diminuía os seus rendimentos e, consequentemente, o seu poder de compra. Por outro lado, professores de conhecidas faculdades de Economia lucravam com artigos publicados, a relatar a eficácia da política de desregulamentação, e formavam mais e


ciências sociais e humanas mais economistas a acreditar nisso. Os grandes nomes da banca continuam, ainda, a lucrar com a política que o governo Obama (pese embora o discurso da sua eleição prometer um maior controlo da economia) ainda não conseguiu banir, pois manteve no poder, em cargos responsáveis pelo controlo e reversão da crise, os seus próprios criadores.

Resumidamente, este documentário, cujo realizador recebeu um óscar, serve como um aviso para a maioria da população, que sabe que a crise económica existe, porque a sente “no bolso”, mas desconhece por completo os seus meandros. É um documentário muito bem realizado, por vezes difícil de entender, que explica a verdade escondida da crise. Podemos observar em vários momentos que os altos responsáveis dos bancos, que dividem a culpa da crise entre si, fogem às perguntas mais diretas e incómodas. Porém, pela mão deste realizador, os verdadeiros culpados da situação atual são revelados. A título de curiosidade: o realizador quando recebeu o óscar disse que já tinham passado três anos desde a Crise Financeira e que nem um só criminoso da Wall Street tinha sido indiciado ou preso nos Estados Unidos. Trabalho orientado pela professora Carmen Castro

Economia

De visita à Caixa de Crédito Agrícola em Tavira Por Marcos Araújo, Pedro Pires e Rúben Frangolho, 10ºB

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oi no âmbito da Disciplina de Economia A que, no dia 12 de março de 2013, os alunos da turma 10ºB da escola secundária 3EB Dr. Jorge Correia – Tavira, se dirigiram ao Banco Crédito Agrícola de Tavira com a finalidade didática de compreender melhor o que se passa num banco. Por volta das 8 horas e 25 minutos, os alunos e a professora responsável pela visita de estudo, Carmen Castro, reuniram-se à entrada do Banco CA de Tavira, para iniciar a visita. No Banco foram recebidos pela funcionária Rosa Mendes, que, de seguida, os encaminhou para a sala onde se iniciaria uma palestra, com o objetivo de dar a conhecer aos alunos o funcionamento da Caixa Agrícola, os métodos de trabalho e a história do grupo CA. Na palestra foram apresentados todos os Balcões do sotavento algarvio, bem como toda a estrutura organizativa do banco.

Explicaram, também, de uma forma muito acessível, matérias que já tinham sido lecionadas na Disciplina de Economia A, como, por exemplo: alguns dos tipos de crédito e a sua importância para a economia real; a diferença entre cartão de crédito e cartão de débito; as garantias bancárias e outros assuntos que nos eram completamente desconhecidos. Por fim, fomos mimados com um lanche de bolinhos e café, que veio mesmo a calhar! O Pedro Silva, o sortudo, ainda teve direito a um baralho de cartas, cobiçado pela maioria dos alunos. Recuperámos forças para visitar as instalações do Banco CA de Tavira, e assim terminou a visita de estudo, com todos muito satisfeitos. Esta “mini” visita de estudo foi bastante didática e agradável, criando uma motivação maior para aprofundar os conhecimentos acerca da Moeda, abordados na Disciplina de Economia A. Página 7


ciências sociais e humanas FILOSOFIA

DIÁLOGO ENTRE UM KANTIANO E UM UTILITARISTA por Alexandra Correia, Beatriz Grilo, Vanessa Libório, e Ana Carolina, 10ºC2

Todos os dias, na comunicação social, ouvimos falar de situações que nos levam a pensar sobre o comportamento das pessoas e a procurar avaliá-lo. Tarefa que nem sempre é fácil. No diálogo seguinte, Luís assume-se como um Kantiano e João como um utilitarista.

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um tribunal resolvia-se o caso do “rapto” de uma criança pelo seu

próprio pai. Devido ao divórcio dos pais, o tempo que a criança ficava com cada um era repartido de forma igual, até que um dia isso não aconteceu … O pai, sabendo que a mãe pensava mudar-se para outro país, levando assim a sua filha, sem o seu consentimento, decidiu esconder a criança durante um período superior ao que tinha ficado combinado e até aí tinha sido cumprido. No tribunal, depois de tudo ter sido descoberto, os advogados do pai e da mãe disputavam razões:

João (defensor do pai) - Visto que o objetivo do meu cliente era apenas não perder a filha, pois o amor de pai é superior a qualquer uma das suas ações, penso que ele não deveria ser julgado pelos seus atos. E, muito menos, penalizado! Luís (defensor da mãe) – Admito que o amor paternal é único, mas não é correto ocultar a verdade, ou seja, mentir, porque mentir é errado por princípio, ainda que deste ato resultem benefícios, seja para quem for! João - Neste caso, mentir pode, no limite, justificar-se em função das consequências, pois o meu cliente, não só ficaria contente por ter a sua filha consigo, como a criança não teria uma infância Página 8 com um pai ausente.

Kant

Aliás, a menina não tem culpa do sucedido. Luís - O seu cliente, se tivesse sido um homem honesto, nunca praticaria tal ação. Se analisar bem, ele não só infringiu princípios e valores como desrespeitou a norma, visto que um “rapto”, sejam quais forem os motivos, é um ato ilegal. Desobedecendo assim às regras da sociedade, tornou a sua ação ilegal. Deve ser julgado pelo seu comportamento. Ou quereria o seu cliente que a mãe lhe retirasse a filha? Fugisse com ela? Visto que ele não quereria que a mãe fugisse com a filha, também não deveria ter tirado a menina à mãe, desrespeitando assim o que Kant designou por um imperativo categórico. João - Espere aí! Explique-se lá melhor. Eu estudei Kant, no curso de Direito, é claro, mas é preciso que todos entendam o que está a querer dizer!

Stuart Mill

Luís – O pai deveria ter agido de acordo com uma máxima, ou princípio tal, que pudesse, ao mesmo tempo, querer vê-la universalizada e desse modo a sua ação seria boa. Aliás, além do que já se disse, nunca o pai se deveria ter servido da criança como meio para alcançar os seus propósitos, sejam eles o da sua satisfação própria, ou para incomodar a mãe, pelo rapto da sua filha. A vida da criança, o seu equilíbrio afetivo e psicológico, deveria ter sido considerado e colocado acima de interesses particulares. E, assim, verificámos que aquilo que nos permite classificar uma ação como boa, nos exige o estudo e reflexão sobre algumas teorias propostas por famosos filósofos, como Immanuel Kant e Stuart Mill, que hoje ainda nos ajudam muito a compreender, avaliar e justificar as ações das pessoas. Sabendo-se, é claro, que todas as respostas encontradas podem sempre ser postas em causa. Trabalho orientado pela professora Maria Alberta Fitas


ciências sociais e humanas FILOSOFIA/ PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

Definição de sexualidade Por Bruna Frangolho, Catarina Maria, Heloísa Pereira e Miguel Silva, 11º A1

Sentimentos. Atração. Química. Mistério. Descoberta. Cumplicidade. Amor. Delicadeza. União. Mais que sexo.

Todo um envolvimento. Todo um ciclo. Os lençóis são suaves, a tua pele é mais… Sinto os pelos dos nossos corpos eriçados, “Chama-se química”, dizia ela. Beijei-a na testa, sussurrei-lhe “Amo-te”. Ela apertava-se contra mim e quase como que gemendo dizia: “Ficamos juntos, para sempre”. Os cheiros intensificavam-se, o calor também. Já não havia lençóis, nem velas, só nós e os nossos corpos apaixonados e cansados deitados no chão. Aula PES orientada pela professora Edite Azevedo

Educação Intercultural e Ambiental

A Escola do Futuro…hoje! Por António Silva (Professor de Economia)

A

s questões dos desequilíbrios ambientais e da discriminação humana sob qualquer forma implicam, por um lado, um conjunto de mudanças de atitude, respeito e civismo, e, por outro, uma atitude e conhecimento do que é que verdadeiramente está em causa. Portanto, é preciso investir na formação, educação e gestão de modo a obter progressos na qualidade de vida dos seres humanos, tornando-os mais informados e sensibilizados para uma mudança de atitude, para a qual a escola não pode ser excluída. Na verdade, ela deve ser capaz de monitorizar e orientar a sociedade para o conhecimento e para as necessidades de adotar modelos e estilos de vida mais sustentáveis. Perante a sociedade, a escola

representa-se como um espaço de aprendizagem, palco das futuras transformações sociais. É, portanto, na escola que poderemos iniciar este trabalho, envolvendo atores e stakeholders. As questões ambientais e os processos de desenvolvimento são parte integrante da construção da identidade e as expetativas em que se alicerça a formação dos alunos são o garante da mudança de atitude esperada ao nível económico, social, cultural e ambiental. A gestão da diversidade e da diferença é o novo desafio que se coloca às escolas, espaços privilegiado para a aprendizagem, onde os seus alunos adquirem conhecimentos que os tornarão melhores adultos. Mas, tem também a responsabilidade de os preparar para se tornarem nos novos cidadãos conscientes e ativos para uma vida melhor,

numa sociedade multicultural e multirreligiosa. Para isso, tem que se pensar numa gestão estratégica escolar onde todos possam ser acolhidos, respeitados, valorizados e responsabilizados. Por outro lado, a Escola deve também ter um papel de exemplo administrativo e didático, para a sociedade e, em particular, para os governantes e para as organizações que a compõem, consolidado através de um novo modelo de gestão ambiental e intercultural. Temos a oportunidade de desenvolver esse trabalho a partir do local central dessa ação educativa: a escola. Página 9


ciências sociais e humanas Curso de Educação e Formação de Adultos

Carolina Beatriz Ângelo a primeira mulher portuguesa a exercer o direito de voto por Cláudia Anjos e Moisés Almeida Romão

“Batalhou e venceu, como batalhou e venceu enquanto estudante.”

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ontemporânea da médica Adelaide de Jesus Damas Brazão e Cabete (1867-1935), da professora primária Maria Veleda (1871-1955), pseudónimo de Maria Carolina Frederico Crispim, e da escritora Ana de Castro Osório (1872-1935), sem dúvida as feministas portuguesas mais representativas das primeiras décadas do século XX e cujo legado tem perdurado no tempo, a Doutora Carolina Beatriz Ângelo ascendeu a esse grupo restrito, ao estar associada à fundação das primeiras organizações de mulheres que, em Portugal, lutaram pelos seus direitos civis e políticos e porque foi a única a exercer o direito de voto durante a I República, em resultado de alguns equívocos e duma persistente batalha jurídica. Recenseada com o n.º 2513, Beatriz Ângelo votou Página 10 nas eleições para a

Assembleia Nacional Constituinte, ocorridas a 28 de maio 1911, tornando-se na primeira mulher a exercer o direito de voto em Portugal, ou em qualquer outro país da Europa do Sul. No momento do ato, a médica ainda deparou com alguma renitência por parte do presidente da assembleia, que consultou a mesa sobre a legalidade daquele ato, por lhe ter constado que “o governo provisório tinha consultado o procurador geral da República acerca da sentença do juiz que mandou incluir o nome daquela senhora no recenseamento eleitoral e ainda por que a aceitação da lista representava o reconhecimento do direito de voto às mulheres”. O momento histórico ficou registado num retrato de Ana de Castro Osório e Carolina Beatriz Ângelo, da autoria de Joshua Benoliel, publicado na Ilustração Portuguesa. As preocupações quanto à emancipação feminina estenderam-se à tentativa de instituir, na Associação de Propaganda Feminina (APF), uma escola de enfermeiras, “que infelizmente teve vida efémera, por morte prematura da sua chorada fundadora”; alertou para a insuficiência das leis da família e do divórcio, “principalmente no que respeita à administração dos bens ser confiada ao homem, o que coloca a mulher numa situação dependente”; e, à pergunta sobre o que faria caso fosse eleita alguma vez deputada, respondeu que “reclamaria todas as medidas que considero necessárias

para modificar a situação deprimente em que se encontra a mulher”, com enfoque na necessidade de “conseguir a igualdade de salários quando a mulher produza tanto como o homem”. Carolina Beatriz Ângelo nunca teve intenção de teorizar sobre o feminismo, nem acerca das lutas das mulheres, e somente escassos meses antes de morrer manifestou vontade de escrever artigos de propaganda, o que não concretizou. Pressentiu o fim, com “o frio e os dias a diminuir” esclarecendo que “o Inverno, o meu terror, aproximase”. Faleceu a 3 de Outubro de 1911, em Lisboa, com 33 anos de idade.

Trabalho orientado pela professora Gabriela Calé


ciências sociais e humanas Curso de Educação e Formação de Adultos

Maria de Lourdes pintassilgo a primeira mulher portuguesa a ser primeiro-ministro por João Leal e Sandra Leal Curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural – Nível 4

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aria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos P i n t a s s i l g o (Abrantes, São João, 18 de janeiro de 1930 — Lisboa, 10 de julho de 2004) foi a única mulher que desempenhou o cargo de primeiroministro em Portugal, tendo chefiado o V Governo Constitucional, em funções de Julho de 1979 a janeiro de 1980. Maria de Lourdes Pintassilgo foi a terceira mulher a desempenhar o cargo de primeiro-ministro na Europa, depois da croata Savka Dabčević -Kučar e dois meses depois da tomada de posse de Margaret Thatcher.

Em 1953, com 23 anos, licenciouse em Engenharia QuímicoIndustrial, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, numa época em que eram poucas as mulheres que enveredavam pela área da engenharia. Entre os 250 alunos do seu curso, apenas 3 eram mulheres. Com a opção por esta licenciatura, desejava mostrar que o desafio do mundo industrial e a novidade da técnica eram também acessíveis às mulheres .

Iniciou a sua carreira profissional, em setembro de 1953, como investigadora na Junta Nacional de Energia Nuclear, na qualidade de bolseira do Instituto de Alta Cultura. A atividade profissional que ia exercendo não prejudicou o seu compromisso cristão. Esta dimensão de crente foi indissociável dos seus empenhamentos sociais, sendo o horizonte da justiça a sua ambição política. Em 1957, depois de uma passagem pelos EUA, fundou em Portugal, com Teresa Santa Clara Gomes, o movimento internacional Graal. Depois da revolução do 25 de Abril de 1974, foi nomeada secretária de Estado da Segurança Social no I Governo Provisório. Ocupou como ministra a pasta dos Assuntos Sociais nos II e III Governos Provisórios entre 17.07.1974 e 25.03.1975. O programa de ação que concebeu para aquele Ministério mereceu a classificação de programa-modelo, por parte do Secretariado do Desenvolvimento Social para a Europa da ONU. Introduziu, no programa daquele ministério, a aplicação do princípio da universalidade das prestações sociais do Estado. Em 01.05.1975, retomou a presidência da Comissão da Condição Feminina, permanecendo em funções até à tomada de posse como embaixadora junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, em 08.08.1975, onde realizou um trabalho notável durante quatro anos. Em 19 de julho de 1979, foi indigitada pelo Presidente da República, general Ramalho Eanes, para

chefiar o V Governo Constitucional (31.07.1979 – 03.01.1980), um governo de gestão incumbido de preparar as eleições legislativas intercalares marcadas para 2 de novembro desse ano. Ao aceitar desempenhar estas funções, Maria de Lourdes Pintassilgo tornou-se a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de chefe do Governo. Foram caraterísticas da sua ação governativa, nas palavras de um historiador, uma liderança dialogante, bem como a manifesta preocupação de justiça social que trespassou a produção legislativa daquele período. Foi candidata independente às eleições presidenciais de 1986, as mais competitivas e polarizadas do regime democrático português, onde pela primeira vez os candidatos eram civis e não já militares. Sem o apoio de qualquer máquina partidária e gozando do prestígio que recolhera enquanto primeiraministra, Maria de Lourdes Pintassilgo formalizou a sua candidatura. Nas sondagens surgia como a candidata mais bem posicionada, recolhendo elevadas percentagens das intenções de voto. Todavia, na primeira volta foi preterida em face dos candidatos de esquerda dotados de apoios dos partidos políticos. Trabalho orientado pela professora Gabriela Calé

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eco dos espaços SEMANA DA LEITURA A 7ª Edição da Semana da Leitura teve por temática nacional O mar e, no concelho de Tavira, decorreu de 15 a 20 de abril. Esta semana foi organizada pela Rede de Bibliotecas do Concelho de Tavira e contemplou atividades em cada uma das escolas, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos e ainda a realização de eventos culturais dirigidos à comunidade local. Entre eles contam-se a “Galeria de Autores”, patente nos Transportes Urbanos de Tavira, “Sobe e Desce”, o “Mar de Livros”, nas lojas de comércio tradicional da Baixa de Tavira, e o Flash mob “Traz um livro e entra na onda da leitura ao som do ArtClub Dom Paio”, na Praça da República. Na nossa escola, a Semana da Leitura abriu com duas sessões de Poesia com Afonso Dias, onde puderam estar presentes oito turmas, uma exposição de pinturas e ilustrações alusivas ao mar na Biblioteca e uma pequena feira do livro. Testemunhos

POESIA COM AFONSO DIAS

Segunda-feira, dia 15 de abril, deu-se início à Semana da Leitura em Tavira que abriu da melhor maneira na nossa escola com a “Poesia com Afonso Dias”. Afonso Dias, ator/declamador/músico, fez-se acompanhar da viola enquanto cantava poemas de personalidades como Eugénio de Andrade e Jorge de Sena. Declamou outros tantos com tanto à-vontade e expressividade que, por vezes, tornava-se impossível saber se estava a declamar ou apenas a travar uma conversa. Foi uma atividade bastante interessante, pois o declamador era dotado de grande conhecimento sobre a poesia portuguesa e a sua interpretação, tendo conseguido desdobrá-la de uma forma muito acessível e apelativa para que nós também nos comecemos a interessar por ela. A poesia portuguesa é, sem dúvida, uma riqueza imensa da língua portuguesa. Rita Esteves, 10º A1.

O belíssimo sarau , protagonizado por Afonso Dias, proporcionou excelentes momentos de entretenimento. É de destacar a sua eloquência e o seu extremo conhecimento e apreço pelas palavras. Admirei bastante a interpretação de um soneto de Vinícius de Moraes, visto já ter trabalhado sobre o poeta. Em síntese, foi uma hora

O músico, poeta, ator e cantor interpretou vários poemas de grandes poetas portugueses e estrangeiros, provocando grande entusiasmo por parte da plateia. Na minha opinião, declamou os poemas muito bem, de uma forma muito serena e tranquila, o que cativou todos os presentes. Foi uma hora bem passada, que serviu para nos divertir e ensinar também um pouco mais sobre a poesia. Foi definitivamente, uma experiência a repetir. Marina Kovatchki, 10º A1

Na minha opinião, Afonso Dias tem uma perspetiva muito interessante relativamente ao mundo que nos rodeia. A sua maneira de encarar a vida é magnífica, o que me surpreendeu pela positiva. Rodrigo Martinho, 10º A1

Como Afonso Dias tem uma boa voz, a forma como declamou os poemas tornou-se deveras interessante. Mónica Fernandes, 10º A1 Tarefa de escrita orientada pela professora Ana Cristina Matias


eco dos espaços CONCURSO «Eu Escrevo — Ler o Mar» No âmbito da 7ª edição da Semana da Leitura, o Plano Nacional de Leitura lançou o Concurso «Eu escrevo — ler o mar». Divulgámos esta iniciativa pelos nossos alunos e dos textos recebidos selecionámos dois. O primeiro, redigido pela Ingrid dos Santos (12º C2), “Mare Vita”, foi enviado para a fase final do concurso cujo resultado será divulgado no final de maio, o segundo, escrito pela Catarina Santana (10º A3), publicamo-lo nesta página. Deixamos aqui o nosso apreço e agradecimento a todos os alunos que corresponderam à nossa divulgação deste concurso, e de outros noticiados neste número do ECOESTUDANTIL. Vencendo a inércia que, por vezes, nos invade, estes alunos têm de disponibilizar tempo útil das suas horas extraletivas para, com empenho e criatividade, conceber, de forma voluntária, trabalhos de qualidade. Ana Cristina Matias ( professora bibliotecária)

MAR DE LEITURA Por Catarina Santana, 10º A3

D

e todas as vezes que folheio um livro, é um cheiro a mar, a descoberta, um olhar para um horizonte que se abriu ao longe, um novo sentimento a cada nova página… Um sentimento de medo a tornar-se confiança, a batalhar contra todos os abismos, temporais e horríveis monstros! Creio que para todos não terá a mesma importância, mas ao lembrarmo-nos da coragem e da força que houve para virar aquela página, para ver o que vinha a seguir, nos faz dar valor às coisas não apenas como são, mas, sim, com uma alegria porque conseguimos, e esperançosos de que o consigamos fazer vezes sem conta. Na minha opinião, tudo isto dá para crescermos a cada dia que passa, pois valorizamos um olhar para o fim do livro, não como um fim mas como um início de uma nova etapa. É como estar no mar, parecendo

perdido, ao vento de uma enorme saudade, vendo que o fim está no mais perto horizonte e, de repente, esse horizonte é mudado por a mais pura reviravolta, quase inexistente… Coincidência? Não. Somente um navegar num livro, enquanto leio um mar eterno de memórias e histórias passadas e afogadas no mais fundo… coração. Será que tudo isto valeu a pena? Já dizia, e bem, Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.” E não é pequena mesmo? Por vezes não se torna esse velho Bojador, uma dor? Não concluímos nós que isto se completa? Sem um, não teríamos o outro, e assim por diante?! Eu concluo que… Ao perdermos o medo e ganharmos força para todas as coisas passadas em mar alto e ao termos contribuído para um desenvolvimento do nosso Portugal, não temos então de continuar todos a lutar para que este Mar Português de Leitura volte a ser uma maneira de enfrentar os nossos perigos? Sim, pois “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, /Mas nele é que espelhou o céu”!

FLASH MOB : Entra na onda da leitura

N

o dia 17 de abril, entre as 10:00 e as 11.:30h, alunos e professores dos agrupamentos de escolas de Tavira corresponderam ao apelo “Traz um livro e entra na onda da leitura ao som da banda ArtClub Dom Paio” e dirigiram-se à Praça da República. Aí puderam celebrar a leitura como meio de acesso ao conhecimento e como atividade de lazer. A nossa escola esteve representada pelo 12º C1 e pelo 11º TCM1, acompanhados respetivamente pelos professores José Couto e Luís Gonçalves.

Professor José Couto com o 12º C1

Sandra Sousa

Cláudio Baptista

Soraia Viegas 11º TCM1

Página 13 Prof.ª Antonieta Raquel Silva


LÍNGUAS espanhol

11.ºTCM2 RECIBE PREMIO PILAR MORENO 2013

El día 21 de marzo los alumnos de la clase TCM2 y su profesora, Carmen Fabrício Pedroso, fueron a Lisboa, al Instituto Español, a recibir el tercer premio del concurso Premio Pilar Moreno: Un viaje Cultural a España, con el proyecto: Siguiendo las estrellas hasta la osa: Madrid la raíz, el km 0.

Durante más de dos meses los alumnos y la profesora trabajaron en este proyecto. Recibir este premio ha sido muy gratificante para todos ya que ha sido la recompensa y el reconocimiento a todo el trabajo, esfuerzo y dedicación. Aquí os dejamos parte del discurso de los alumnos durante la ceremonia.

“Buenas tardes Excelentísimos representantes del Para la realización de este proyecto Premio Pilar Moreno Díaz de Peña, se- cultural hemos necesitado la ayuda y la ñor consejero, y demás presentes en la colaboración de algunas personas y por ceremonia. eso queremos darles las gracias por el El viaje fue programado para que apoyo. Queremos agradecer a todos los todos pudiéramos ir, ya que ese es el alumnos que nos ayudaron, al presidenobjetivo de nuestros profesores. Por eso te del Ayuntamiento de Tavira, por el realizamos, siempre con la ayuda de los autobús que nos trajo a Lisboa para profesores, muchas actividades para recibir nuestro premio, al presidente del ayudar a pagar el viaje. ayuntamiento de la Luz de Tavira, por el La verdad es que todos pudimos ir y, apoyo en las actividades que realizaademás de lo programado, pudimos, y mos, al Director de nuestro Instituto y tuvimos tiempo para pasear un poco por claro a nuestros profesores, sobre todo las calles de Madrid donde compramos a los que nos acompañaron y además algunos recuerdos, y ahí pudimos y tuvitrabajaron con nosotros, la profesora mos que utilizar Carmen Fabrício Pedroso y el profesor Página 14 nuestro “portuñol”. António Silva.

Además, también queremos agradecer a Doña Pilar Moreno, y a la Embajada (Consejería de Educación) por este concurso, por este proyecto de Viaje cultural que permite que todos los alumnos de Español, en Portugal, puedan participar y, quizás, realizar un viaje cultural. Estamos seguros que este viaje, este proyecto en el que participamos, será para muchos un viaje inolvidable. Muchas gracias a todos.”


LÍNGUAS ¡HALA MADRID! Durante cuatro fantásticos días, del 5 al 8 de febrero, las clases 11.º TCM2, 11.º TCM1, 11.º C2, 12.º TOE Y 12.ºE viajaron al centro geográfico de la Península Ibérica para visitar la capital de España: Madrid. La aventura empezó sobre las doce de la noche, cuando este grupo de alumnos, acompañados por los profesores Carmen Pedroso, António Silva, Ana Paula Mana, Marta Nugas y Reinaldo Barros, salieron de Tavira rumbo a Madrid. Sobre las nueve de la mañana llegaron a Madrid, empezaron visitando el Palacio de Cristal y el Palacio Velázquez, que están en el Parque del Retiro. Fue ahí, en el Retiro, donde alumnos y profesores aprovecharon para almorzar. El Retiro está situado en pleno corazón de Madrid y es considerado su pulmón. Tiene una extensión de 118 hectáreas.

Además, visitaron también el Espacio Fundación Telefónica, un espacio de creatividad, innovación y tecnología.

Después de la comida visitaron el Palacio de Cibeles uno de los mayores símbolos de la arquitectura española. Justo delante del Palacio los alumnos pudieron ver y fotografiar la fuente de Cibeles donde el Real Madrid celebra sus campeonatos. Más tarde, tuvieron la oportunidad de visitar el Museo del Prado, una de las pinacotecas más importantes del mundo. Los principales lienzos del museo pertenecen a los geniales Goya y Velázquez, pero también cuenta con otros cuadros importantes de Tiziano, Rubens, El Greco, Murillo, Zurbarán, Rafael, Veronese, El Bosco o Van Dyck.

El edificio de Telefónica se inauguró en 1929 como nueva sede de la compañía y se convirtió en el primer rascacielos de Europa. En la fundación se realizan conferencias y debates, jornadas educativas, presentaciones de libros, etc.. Los alumnos pudieron ver la exposición sobre la Historia de las Telecomunicaciones y la exposición sobre la Colección Cubista de Telefónica. El segundo día, por la mañana, los alumnos visitaron los estudios de la RTVE.

Ahí aprendieron un poco sobre el “nacimiento” de la radio y de la televisión española, asistieron a algunos programas de radio y participaron en el programa El día Menos Pensado presentado por Manolo HH y Mara Peterssen. Durante la visita pudieron hablar con algunos periodistas que les explicaron cómo es trabajar en la radio. Y también asistieron al programa de televisión Las Mañanas de la1 donde se pudieron sacar una foto con Mariló Montero, la presentadora del programa.

Y por la tarde visitaron el Complejo de Comunicaciones del Espacio Profundo de Madrid. Página 15


LÍNGUAS Este complejo es la única instalación de su decoración interior, se emplearon la NASA en España. materiales: mármol español, estucos, madera en puertas y ventanas e importantes obras de arte. Aunque su Majestad el Rey de España no habite en él, es en este Palacio donde se celebran las ceremonias de Estado.

El último día, los alumnos pudieron pasear por las calles de Madrid y comprar los regalitos para la familia y amigos. Para muchos este viaje fue una aventura, todos regresaron con muchas ganas de volver algún día y vivir todo de nuevo, ya que para muchos éste fue y será un viaje inolvidable.

Además de aprender un poco sobre la historia del complejo y de la NASA, los estudiantes también pudieron ver un trocito de piedra de la Luna, comida de los astronautas, etc. Lo más curioso fue descubrir que fue este complejo el que recibió la información e imágenes El grupo de alumnos que visitó el de la llegada del hombre a la Luna. Palacio de Cibeles, tras la visita, siguió rumbo a la Gran Vía para visitar los estudios de radio de los 40Principales. Los recibió la simpática Verónica que los llevó a visitar los estudios y les explicó un poco la historia de la radio.

Al día siguiente los alumnos salieron del hotel rumbo a San Sebastián de los Reyes para visitar los estudios de Antena 3 televisión. Ahí los recibió la simpática Angélica que los llevó a visitar los estudios. Les explicó cómo se realiza el informativo de Antena 3 televisión y los acompañó para que asistieran a los programas Espejo Público presentado por Susanna Griso y La Ruleta de la Suerte presentada por Jorge Fernández y Paloma López, y también asistieron y participaron en el programa de Onda Cero (radio). Tras visitar Antena 3, y conocer algunos de los presentadores más conocidos de España, los alumnos regresaron al hotel para comer. Después de comer dieron un paseo por la Puerta del Sol, y, un grupo salió rumbo al Palacio Real y el otro rumbo a Cibeles. En el Palacio Real les esperaba el mayordomo mayor que los acompañó hasta la guía turística. Durante la visita pudieron descubrir un poco más sobre la historia del Palacio y de la Familia Real Española. Página 16 El origen del palacio se remonta al siglo IX, y en

Además, también pudieron hablar con el presentador Álvaro Reina que estaba presentando su programa en los 40Principales. Al final, quedó tiempo para recibir unos regalitos…

¡Hasta pronto! Por la noche hubo comida típica en el Museo del Jamón, uno de los restaurantes más conocidos de Madrid.

Clase de español, 11º TCM2 Trabalho orientado pela professora Carmen Fabrício Pedroso


LÍNGUAS Encontro com o escritor

português Texto argumentativo

DOMINGOS AMARAL

BASTA ! Por Adriana Justo Correia, 11º A4

B

asta! Basta de política, de argumentos e de chatices. Basta de fome, de pobreza e de miséria. Basta de discussões, de opiniões e de teorias. Basta de hierarquias, de injustiças e de discriminações. Basta de mentiras, roubos e assassínios. Basta, basta de tudo! Parem! Parem as televisões, parem as rádios, parem os jornais e parem as páginas na internet. Parem de falar e parem de influenciar. Parem de nos assustar com todas as notícias que nos rodeiam segundo após segundo, minuto após minuto. Notícias previsíveis. Notícias pessimistas. Notícias assombrosas. Notícias reais. Deixem-nos. Todos! Todos os pobres, os ricos e os milionários, esqueçam o dinheiro. Todos os escritores, pintores e escultores, libertem a imaginação. Todos os enfermeiros, médicos e cirurgiões larguem o bisturi. Todos os comentadores, jornalistas e políticos tornem-se mudos. A todos de todos, basta! Parem! Oiçam e vejam o mundo e as pessoas que vos rodeiam diariamente. Olhem-se ao espelho e perguntemse se são felizes. Se são felizes a serem pessimistas. Se são felizes a zangarem-se. Se são felizes a não arriscarem. Tentem, é o mínimo que vos peço. Mas tentem com garra e coragem. Sejam destemidos e bravos. Tentem conquistar a felicidade tal como os portugueses conquistaram terras aos árabes. Lutem e

acreditem como os portugueses lutaram e acreditaram, quando tudo parecia perdido. Vamos resistir e nunca, mas nunca desistir! Pensem, tentem e ajam. Somos portugueses, filhos de Portugal. Daquele modesto país que se situa naquela península denominada, se não me engano de Península Ibérica. Aquele país que deve falar (de acordo com a maior parte dos americanos) espanhol. Pois digo aos americanos e a todos os outros ignorantes que sim, sou Portuguesa e, sim, falo Português. Sou filha do lutador D. Afonso Henriques, do poeta Luís Vaz de Camões, de todos os corajosos navegadores, da apaixonada Inês de Castro, do inovador arquiteto Souto de Moura e de muitos mais. Sou filha de grandes pessoas e de um grande país. Crises, já muitas passaram! Cá vêm e lá vão, mas o meu país não! Por isso, peço a todos, velhos e novos, ricos e pobres, licenciados e analfabetos, estrangeiros e nacionais, que lutem por nós. Visitem! Não vão de férias para Paris, Londres ou Roma. Visitem Lisboa, a capital, visitem Guimarães, a cidade-berço, visitem o Porto, a terra do vinho, visitem Portugal. Experimentem! Não comam crepes, hambúrgueres ou pizas. Comam um cozido à portuguesa, um caldo verde, umas quantas sardinhas assadas e um leite-creme. Admirem e deliciem-se. Vejam o bom e o muito bom que o país tem para oferecer. Melhorem o que está mal! Podemos rondar os dez milhões, mas deixem-me que vos diga, somos uns dez milhões com muita qualidade. Termino o texto com duas simples e valiosas palavras: patriotismo e honra. Trabalho orientado pelo professor Luís Gonçalves

P

or parceira com a Editora Leya, foi possível ter na nossa escola, no passado dias 24 de abril, pelas 14:15h, no Auditório, o escritor Domingos Amaral. Com cativante tom coloquial, Domingos Amaral descreveu o seu processo de escrita, das longas horas de pesquisa histórica para bem contextualizar os seus romances até às revisões que faz aos capítulos que vai escrevendo para que a obra fique em condições de ser publicada. O público presente, convidados exteriores à escola, alunos do Curso de Humanidades (12º C1 e C2), alunos do Curso de Comunicação e Marketing ( 11º TCM1 e 2) e professores de História, Português e Artes, entre outros, esteve atento e, no período de debate, dirigiu várias perguntas a este economista de formação académica. No final da sessão, houve ainda lugar para uma sessão de autógrafos e de fotos com Domingos Amaral que está a ultimar o lançamento de mais um romance, que, tal como Enquanto Salazar Dormia, decorre em Lisboa no período da 2ª Guerra Mundial. Ana Cristina Matias (professora bibliotecária)

Página 17


VISITA DE ESTUDO Visita de estudo a Madrid Por Sandra Sousa, 11º TCM1

F

oi nos dias 5, 6, 7 e 8 de fevereiro que decorreu a maior visita de estudo alguma vez realizada na nossa

escola. A visita contou com a participação das duas turmas de Comunicação, a turma 11º C2 de Humanidades e a turma 12º de Artes.

No primeiro dia, os nossos queridos colegas visitaram o Palácio de Cristal e o Palácio Velázquez durante a manhã. Na parte da tarde, passearam pelo Parque del Retiro que foi um belo sítio para fazerem um piquenique e descontrair.

No segundo dia, acordaram no maravilhoso Hotel Equity Point. Foram conhecer a Rtve, a famosa TV de Espanha, também visitaram a NASA em que ficaram a saber tudo acerca dos astronautas e das maravilhas do espaço. Mais tarde foram conhecer a cidade.

o Palácio de Cibeles, a Plaza Mayor, a Puerta del Sol, a Plaza de la Província, o Mercado de San Miguel e a Cuesta de la Vesa.

Palácio Real

Palácio de Cristal

Palácio de Cibeles

Parque del Retiro

Página 18

Palácio Velázquez

Rtve No terceiro dia, foram visitar a Antena 3tv e o Museo Reina Sofia. Na parte da tarde, visitaram o Palácio Real,


VISITA DE ESTUDO No quarto e último dia, visitaram o famosíssimo Estadio Santiago Bernabéu e foram dar uma última vista de olhos pela cidade.

Visita a Madrid Uma das maiores visitas de estudo já realizadas Por Ana Neves, 11º TCM1

Puerta del Sol

A

Prometem lá voltar!

visita a Madrid proporcionou às turmas o conhecimento de vários locais magníficos, deu a conhecer um pouco de tudo, arte, tecnologia, história, gastronomia, entre outras. Foi um local novo para a maioria de nós, um destino desconhecido, uma aventura, um sítio que se veio a descobrir como esplêndido. Todo este trabalho para preparar algo assim tão grande, dá e mostra resultados que são significativos para a vida de todos nós, alunos, e também professores. Quanta emo-

ção e adrenalina gerada por todas as coisas fantásticas que visitámos e que um dia mais tarde iremos relembrar. Um grande agradecimento de todos os alunos que participaram na visita ao professor António Silva e à professora Carmen Pedroso pelo esforço e trabalho que tiveram em redor da visita de estudo a Madrid. Esperamos que a Escola Secundária de Tavira continue a participar na concretização destes projetos, que enriquecem o conhecimento de todos nós.

De visita a Madrid Ana Soraia, Soraia Gonçalves e Marina Pereira, 12º TOE

N

os dias 5, 6, 7 e 8 de fevereiro de 2013, as turmas 11.º TCM1 / 11.º TCM2 / 11.ºC2 / 12.º TOE e 12.º E realizaram uma visita de estudo a Madrid com os professores responsáveis, António Silva (Comunicação Publicitária e C r i a ti v i d ad e) , C ar me n P ed r o so (Espanhol), Marta Nugas (Educação Física), Paula Mana (Português) e Rei-

naldo Barros (Comunicação Gráfica e Audiovisuais/Artes). No dia 5, às 00:00h (01:00h espanhola) , saímos de Tavira em direção a Madrid. O regresso seria quatro dias mais tarde. Para além do que já foi mencionado pelos nossos colegas , destacamos as visitas ao Museo Del Prado, à NASA (Madrid Deep Space Communications Complex) e à Puerta del Sol. Foi uma boa viagem. No geral, correu tudo bem e deu para conhecermos

um pouco de uma cidade que é a capital de Espanha. Também gostaríamos de agradecer aos professores que organizaram esta visita e trabalharam dias a fio para que tudo isto fosse possível. Sem o vosso esforço e dedicação, estes quatro dias em Madrid não teriam sido possíveis MUITO OBRIGADA A TODOS. Página 19


ARTES VISUAIS PINTURAS QUE MARCARAM a ARTE e a HUMANIDADE MARIA JOÃO GOUVEIA ( professora do Grupo de Artes)

“Doze

girassóis de

numa jarra” jarra”

VICENT VAN GOGH Zundert, HOLANDA (1853 - 1890)

Agosto de 1888 Óleo em lona 91 cm x 72 cm Neue Pinakothek, Munique

Para serem atualmente famosas, algumas obras artísticas tiveram que esperar muito tempo para serem admiradas. É através da história que elas ganharam valor e reconhecimento, apesar de terem sido ignoradas na época em que foram produzidas, só fazendo sucesso após a morte de seus autores. Foi isto que aconteceu com toda a obra de van AUTORRETRATO Gogh, que não vendeu um único quadro em vida. O PORQUÊ DE GIRASSÓIS As obras com o tema girassóis foram pintadas em duas séries distintas. A segunda série, de sete obras conhecidas (algumas quase idênticas), mais representativa, foi feita em Arles, no sul de França, para decorar o quarto de Paul Gauguin, o herói vanguardista de quem esperava ansiosamente a vinda. Sabemos todos do desequilíbrio psíquico de van Gogh, mas na altura da criação destas obras, o pintor encontrava -se numa fase feliz e de otimismo animado. Na verdade, van Gogh, que sempre foi um apaixonado pelo que fazia, mas um solitário, sonhava com a criação de uma comunidade de artistas, com Gauguin como mentor. A flor de girassol, na literatura holandesa, era o símbolo da devoção e lealdade e a cor amarela significava felicidade. Esta dualidade faz transparecer os sentimentos com que van Gogh vivia na altura.

Página 20

1888

As cores são vibrantes, possíveis pela existência de novos pigmentos, e os girassóis são representados nos vários estágios de decomposição, desde os amarelos da plena floração aos castanhos áridos da murchidão e morte, fazendo lembrar o ciclo de vida e morte. Van Gogh foi influenciado pelo movimento Impressionista na utilização das cores vibrantes e colocadas diretamente do tubo, sem serem misturadas na paleta. No entanto, acusou o movimento de ser puramente decorativo, simpatizando mais com os pós-impressionistas, mais preocupados em dar significado e a valorizar mais os seus quadros. Foi um dos pioneiros do modernismo.

VICENT VAN GOGH MUDOU A HUMANIDADE PARA SEMPRE. MAS, ENQUANTO VIVEU, ACREDITOU QUE A SUA VIDA TINHA SIDO UM FRACASSO TERRÍVEL.

1889


ARTES VISUAIS CAMPANHA "LIXO NO LIXO" 12º TDIE

T

endo como ponto de partida a recuperação do espaço exterior (pátio anexado à sala de alunos), projeto que está em curso, desenvolvido pelos alunos do Curso Profissional de Design de Interiores e Exteriores e acompanhado pela professora Marta Rijo, os alunos realizaram, na disciplina de Design de Comunicação, um cartaz sobre a temática "LIXO NO LIXO". Assim, o principal objetivo é alertar e consciencializar toda a Comunidade Escolar de que nada serve ter um espaço recuperado, renovado e atrativo se o mesmo não estiver limpo. Neste sentido, foram afixados cartazes junto aos caixotes do lixo e na porta de entrada de cada um dos Blocos.

Colocar o "LIXO NO LIXO" COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

P

ara comemorar o Dia Internacional da Mulher e chamar a atenção para as inúmeras situações pelo mundo em que a mulher é ainda alvo de discriminação e de subjugação, a professora Zélia Paixão e os seus alunos do TCM1 e 2 conceberam um painel alusivo ao Já o 12º E desenvolveu trabalhos com a professora Marta Rijo e a tema e expuseram-no na nossa sua exposição esteve patente na Sala de Convívio dos alunos. Biblioteca. Página 21


CINEMA APRECIAÇÃO CRÍTICA

FICHA TÉCNICA Título original: Les Intouchables Título em português: Amigos Improváveis Actores principais: Omar Sy (Driss); François Cluzet (Philippe) Actores secundários: Anne le Ny (Yvonne); Audrey Fleurot (Magalie); Clotilde Mollet (Marcelle); Alba Gaïa Kraghede Bellugi (Élisa); Christian Ameri (Albert); Cyril Mendy (Adama) Argumentista: Eric Toledano; Olivier Nakache Realizador: Olivier Nakache; Eric Toledano Produtores: Nicolas Duval-Adassovsky; Laurent Zeitoun; Yann Zenou Música: Ludovico Einaudi Género: Comédia; drama Origem: França Ano: novembro de 2011 Duração: 112 min.C Classificação etária: M/12 anos Prémios: Festival Internacional de cinema de Tóquio (2011); César de melhor ator (Omar Sy)

SINOPSE Na sequência de um acidente de parapente que o deixou tetraplégico, Philippe (François Cluzet), um aristocrata francês rico de meia-idade, decide contratar alguém que o apoie nas suas rotinas diárias. Depois de ouvir uma série de interessados com formação, conhece Driss (Omar Sy), um jovem senegalês de um bairro problemático, recém-saído da prisão. Driss é, segundo as aparências, alguém totalmente inadequado à função, porém, Philippe contrata-o, estabelecendo com ele um vínculo imediato. Com o passar dos dias, estes dois homens, com vidas completamente díspares, vão encontrar coisas em comum que ninguém julgaria possíveis, viver várias aventuras e enfrentar com otimismo o quotidiano, fazendo nascer entre eles uma amizade única, verdadeiramente improvável, tão louca e divertida quanto inesperada. Página 22

Trabalho orientado pela professora Antonieta Couto

Amigos Improváveis é um filme baseado na história verídica de dois homens que em condições normais nunca se teriam encontrado: um aristocrata que ficou tetraplégico em consequência de um acidente de parapente e um jovem emigrante senegalês que vive num bairro social dos subúrbios parisienses. É sem surpresa que entre assistente e patrão acaba por surgir a improvável amizade de que nos fala o título. São dois universos que se cruzam, para dar nascimento a uma verdadeira amizade: Philippe é vítima de uma deficiência física enquanto Driss é vítima de uma deficiência social. E estes fardos vão aproximá-los até eles criarem uma complementaridade inesperada. No género de drama, o filme poderia enfatizar o sofrimento de um homem condenado a uma cadeira de rodas e de um pobre sem teto. Ao invés disso, Philippe proporciona um lar, trabalho, família e condições para uma vida mais digna a Driss, enquanto este o auxilia com bom humor na recuperação de sonhos e da autoconfiança que perdeu após o acidente. É, portanto, uma história universal sobre a forma de dar e receber, uma comédia pincelada de algum humor negro que não retrata a deficiência física como objeto de piedade ou compaixão. É nisto tudo que acaba por fazer sentido a escolha de Driss por parte do milionário, porque Phillipe procura alguém que não corra apenas pelo dinheiro substancial do salário, nem pela dignidade e humanidade de tratar o «coitadinho» deficiente, mas que tente proporcionar-lhe exatamente o que ele procura: a normalidade. Numa época em que tudo nos deprime, só uma história como a de Amigos Improváveis, comovente e inspiradora, que aborda diversas temáticas, com o desempenho fantástico dos seus talentosos atores, em cenas brilhantes, nos consegue arrancar algumas gargalhadas, entreter-nos e incutir-nos otimismo. Compilação a partir de apreciações críticas dos alunos dos 11º A1 e A2


OPINIÃO a azáfama do início da vida universitária Por Rita Trabulo Silva Prémio de mérito de Conclusão do Ensino Secundário 2012

C

om o começar de um novo ano, facilmente olhamos para trás e refletimos acerca de tudo o que ao longo destes últimos doze meses se passou. E muita coisa aconteceu. Há um ano, eu não me imaginava a viver em Lisboa, a apanhar o metro todos os dias, a ter de cozinhar alguma coisa que não douradinhos, a ter de liderar a minha própria vida. Ao mesmo tempo que vivi a azáfama do início da vida universitária, cruzei-me com pessoas cada vez mais diferentes das que até então conhecia. Vindas do norte, do centro, do sul, cada uma delas com a sua experiência de vida e com as suas histórias para contar. Mas, ao pensar que há um ano estava no décimo segundo ano a batalhar com todas as matemáticas, “fernandos pessoas” e “saramagos”, apercebo-me que foram, de facto, esses anos de secundário que me deram as bases para ser quem agora sou e que me ensinaram a encarar a vida académica com motivação, empenho e persistência. Pode parecer desinteressante, ou até desnecessário, o que os professores, por vezes, nos tentam transmitir, mas, se não nos esforçarmos por tentar compreender, se não procurarmos ter interesse, então nunca saberemos se realmente iríamos precisar desse conhecimento, já que nunca o adquirimos convenientemente. Sim, foram anos difíceis. Todas as etapas académicas são custosas, porque, dê por onde der, para

as ultrapassarmos, teremos sempre mudança não de trabalhar. deve ser encaraO mais importante, a meu ver, é da como uma o esforço. Não o que alcançamos desistência, mas, concretamente, mas, sim. o sim, como um que tentamos fazer para lá chegar. ato de coragem: Ao darmos o nosso melhor, a nossa coragem de consciência fica tranquila. Fizemos o admitir que erráque sabíamos e a mais não somos mos e que não obrigados. Como um “amigo nosso” estamos talhacostumava dizer, para ser grande, sê dos para isto ou inteiro... para aquilo; Há um ano, não me imaginaria coragem para em Medicina, aliás, acho que nem enfrentar o olhar agora, após um semestre inteiro, repreensivo dos tenho a certeza de que esta seja a mais conservaopção. No entanto, é normal para dores. qualquer adolescente sentir todo o tipo de dúvidas acerca do curso que pretende escolher. Certos jovens sentem uma Quer dizer, de repente espécie de “vocação” temos de decidir o que acerca do curso que quequeremos fazer para o rem seguir, enquanto resto das nossas vidas? outros têm interesses em Com o Não é uma decisão que tão diferentes áreas que começar de um se tome de ânimo leve desconhecem qual será o novo ano, facile, portanto, é com- caminho mais correto a mente olhamos preensível que hesite- tomar. Mas sabem o que para trás e refletimos, alteremos as nos- eu acho? No fim, no mos. Nem tudo foi sas decisões e que as momento de escolher, certo e nem tudo voltemos a alterar. E acabamos, inconscientefoi errado. Mas temos direito a isso. cabe-nos a nós mente, por tomar a opção Certos jovens sen- certa. fazer o melhor dos tem uma espécie de meses que aí vêm. “vocação” acerca do curso que que- Para muitos de vocês esta será a rem seguir, enquanto outros têm reta final, o grande sprint. Não interesses em tão diferentes áreas desistam e deem o tudo por tudo. que desconhecem qual será o cami- Vai valer a pena! nho mais correto a tomar. Mas Quando acharem que não têm sabem o que eu acho? No fim, no mais nada para dar, surpreender-semomento de escolher, acabamos, ão se continuarem a tentar, pois inconscientemente, por tomar a todos temos capacidades que desopção certa. E se, mais tarde, nos conhecíamos possuir e que se reveapercebermos de que afinal não era lam nas horas de maior aperto… nada disto o que queríamos, estamos sempre a tempo de mudar. E a Página 23


e-mail: biblio.estavira@clix.pt

DR

e-mail: biblioblogue@gmail.com

ÁRIA IRA SECUND IA - TAV E ESCOLA R R O C O AUGUST . JORGE

BIBLIOTECA http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/

À conquista de um prémio na final das Olimpíadas de Química + Continuação da pág. 1)

Mariana Teixeira, Laura Labrador , professora Rosa Palma e João Pereira.

Nesta terceira fase do Concurso Organizado pela Sociedade Portuguesa de Química, os alunos concorrem individualmente e terão de resolver uma prova escrita e realizar uma prova laboratorial. Como ambicionam uma boa prestação, estes alunos têm seguido atentamente as explicações e recomendações da professora Rosa Palma que os tem acompanhado nas várias fases do concurso.

Ficha Técnica Chefe de Redação: Ana Cristina Matias Conselho de Redação: Carmen Castro, Lina Correia, Mª Antonieta Couto e Mª Dolorosa Nunes Redação: Alunos e Professores da ESJAC Paginação: Ana Cristina Matias

http://www.facebook.com/biblioteca.esjac.tavira

Carlos Teixeira premiado no Concurso «7 Dias, 7 Dicas sobre os media»

N

o próximo dia 11 de maio, Carlos Teixeira (12º A1) receberá um prémio, na modalidade Cartaz, pelo trabalho que realizou com 7 Dicas sobre como usar os media na sala de aula e na biblioteca. Este concurso, integrado na Operação 7 Dias com os Media, projeto nacional destinado à sensibilização dos cidadãos para o papel e lugar que os media tradicionais e de nova geração ocupam no seu quotidiano, foi organizado pelo Gabinete para os Meios de Comunicação Social e a Rede de Bibliotecas Escolares, em parceria com a Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas da DireçãoGeral da Educação e a Fundação para a Ciência e Tecnologia. Na companhia da professora acompanhante do trabalho, Ana Cristina Matias, Carlos Teixeira receberá um tablet na cerimónia

de entrega de prémios a decorrer no 2º Congresso «Literacia, Media e Cidadania» que se realiza nos dias 10 e 11 de maio no Pavilhão do Conhecimento, Parque das Nações, em Lisboa.

CONCURSO PORDATA / RBE 2012-13

O

s alunos das turmas 12º B e 12º A2, inscritos na disciplina de Economia C, tiveram a oportunidade de frequentar uma sessão de formação PORDATA /RBE e, incentivados pela professora Carmen Castro, produziram trabalhos tendo por base a análise de dados sobre Portugal e/ou a Europa, disponibilizados pela Base

de Dados Portugal Contemporâneo, da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Da fase a nível de escola, foi vencedor o trabalho em formato audiovisual «Emancipação da mulher em Portugal e no mundo nos últimos anos», realizado pelos alunos Pedro Paulo (12º A2), Ricardo Domingues (12º B) e Sérgio Paulo ( 12º A2).

Aguarda-se agora o resultado da fase a nível nacional para saber se mereceram lugar de destaque e se cada um ganhou um ipad.


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