Autor: Alunos do 6.ยบ ano
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Os Rebeldes da Escola
No início do 2º período letivo, na Escola EBI de Fragoso, um grupo de 8 alunos do sexto ano, apelidado de Os Rebeldes da Escola, constituído por Alexandre Oliveira, João Oliveira, Adriano Campos, Luís Almada, Paulo Serra, Maria Costa, Joana Queirós e António Freitas encontraram-se no recreio, para planear a fuga do Luís, que iria de castigo, no dia seguinte, para a Sala Pensa+, por ter ofendido a D. Isaura, uma funcionária da escola. Várias ideias surgiram, mas a que prevaleceu foi a do Adriano que consistia em fazer acionar o alarme, simulando um incêndio na casa de banho. A Joana traria os fósforos e o Paulo os jornais velhos. No dia seguinte, mal tocou, o Alexandre e o Paulo dirigiram-se à casa de banho e puseram o plano em prática, enquanto o resto do grupo ficava a vigiar. A D. Isaura apercebeu-se que havia uma movimentação estranha junto à casa de banho dos rapazes. Dirigiu-se para a porta e viu dois vultos a fugir pelas escadas abaixo. Depois ficou tudo muito silencioso e a dona Isaura exclamou: ― Ai malandros! Se vos apanho vão já para a Sala Pensa+! Seguidamente a funcionária dirigiu-se para a sua secretária para descansar um pouco as pernas pesadas, pois já tinha alguma idade e estava cansada. De súbito começou a sentir o cheiro a fumaça e viu fumo cinzento saindo por baixo da porta da casa de banho masculina. De repente, o alarme de incêndio começou a tocar e a escola entrou em pânico. 2
O
edifício
foi
imediatamente
evacuado
e
os
alunos,
professores e funcionários agruparam-se no Ponto de Encontro, junto ao pavilhão. Imediatamente foram chamados os bombeiros que compareceram rapidamente no local. Entretanto a D. Isaura desmaiara no corredor devido à inalação de fumo. Os bombeiros dirigiram-se prontamente para o local onde as chamas deflagravam. O incêndio propagara-se ao corredor e havia muito fumo, labaredas e um intenso cheiro a queimado. O bombeiro Fernando, muito respeitado na freguesia pelos alunos-escuteiros da Escola EBI de Fragoso, comandava a equipa que procedeu à extinção do incêndio. No Ponto de Encontro, a angústia era visível no rosto de todos. O diretor da escola não conseguia perceber o que tinha ocorrido, pois ainda há pouco tempo tinha sido feito uma vistoria à instalação elétrica e à instalação do gás. Só poderia ter sido mão criminosa. Os agentes da Escola Segura, que entretanto chegaram à escola e conversaram com os bombeiros, dirigiram-se ao Ponto de Encontro e informaram o diretor de que o incêndio tinha deflagrado na casa de banho masculina e era de origem criminosa. Logo, os incendiários deveriam estar ali naquele campo. Então decidiram fazer uma ronda, por todas as turmas, para verificar se havia alguém que tivesse uma atitude suspeita. Quando chegaram junto da turma 6.ºE, alguns alunos demonstraram um nervosismo suspeito: ficaram muito corados, cabisbaixos e a tremer como varas verdes. Era evidente, para a GNR, que estava ali o culpado. O diretor da escola encaminhou toda a turma com o seu diretor de turma para a sala 8, onde se iria iniciar um interrogatório. Já dentro da 3
sala avistaram, através da janela, uma ambulância que transportava a D. Isaura para o hospital de Braga. Iniciaram o interrogatório: ― Vocês sabem a razão pela qual nós estamos aqui reunidos. Alguém viu ou ouviu alguma coisa? Sabem que a nossa escola tem câmaras de vigilância em todos os corredores e na sala dos alunos? ― interrogou o diretor com um ar severo. Todos permaneciam em silêncio. Então o diretor de turma chamou o Alexandre ao corredor e lá disse-lhe: ― O Adriano disse-me que vocês estavam a preparar um esquema para o Luís fugir ao castigo de ir para a Sala Pensa+. Confessa já o que sabes ou senão irás para a esquadra! ― Eu não vi nada nem sei de nada! – murmurou gaguejando o Alexandre. ― Vai buscar a tua mochila e a chave do teu cacifo. ― ordenou o diretor de turma. O Alexandre lá foi cabisbaixo e entregou a mochila ao professor. Na sala 8, o diretor da escola e a GNR viam no computador as imagens das câmaras de vigilância. Viram três vultos a descer as escadas um minuto antes de o alarme de incêndio tocar. O diretor de turma abriu a mochila do Alexandre e encontrou lá jornais velhos e fósforos, muitos suspeitos. Muito envergonhado, o Alexandre acabou por admitir o plano que os Rebeldes da Escola tinham elaborado.
Voltaram ambos
para dentro da sala 8 e, na presença de todos os alunos envolvidos no esquema rebelde, foi confessado o ato de vandalismo destruidor e inaceitável.
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Severamente, o diretor da escola decidiu apresentar uma queixa-crime contra estes alunos que foram suspensos durante 8 dias e presentes ao juiz do Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos. Quando regressaram à escola, após a suspensão, tiveram que fazer trabalho comunitário. Como a D. Isaura ficou com queimaduras de 2.º grau e não podia comparecer ao serviço, o grupo dos Rebeldes passou a desempenhar, nos tempos livres, todas as tarefas de limpeza que eram executadas pela funcionária. O Juiz do Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos advertiu este grupo de alunos que, caso voltassem a praticar atos de vandalismo, seriam integrados numa casa de reinserção, onde passariam os seus dias longe da família. Os Rebeldes da Escola empenharam-se em cumprir muito bem todas as tarefas e, a partir daí, o grupo passou a ser conhecido como o grupo das Formigas Benfeitoras.
6ºA e 6ºB
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