Lieracias cívicas e críticas: Refletir e praticar

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Graham Attwell graham10@mac.com Pontydysgu, País de Gales

Ambientes de aprendizagem pessoal Em fevereiro de 2019, Michael Feldstein escreveu: “O hype cycle1 da tecnologia educacional parece – pelo menos parcial e temporariamente – ter-se ‘queimado’” (s. p.). Ambientes de Aprendizagem Pessoal (AAP, no inglês PLE) podem ser encarados como uma fase do hype cycle. Surgiram com pompa e circunstância em 2007 e afundaram-se em 2012, com a chegada dos Cursos Online Abertos e Massivos (MOOC). Contudo, como é comum no hype cycle, os AAP não desapareceram e estão a mostrar sinais de restabelecimento. Os AAP foram definidos por Attwell (2007) como uma ideia que integra primariamente “pressões e movimentos”, entre os quais estão a aprendizagem ao longo da vida, a aprendizagem informal, estilos de aprendizagem, novas abordagens à avaliação e ferramentas cognitivas. Para além disso, os AAP foram inspirados no sucesso das novas tecnologias “aderentes” na omnipresente computação e software social. O autor afirmou que o argumento mais convincente em favor do AAP é o desenvolvimento de tecnologia educacional que possa dar resposta à forma como as pessoas estão a usar a tecnologia para aprender e que lhes permita moldar os seus próprios espaços de aprendizagem, formar e juntar comunidades e criar, consumir, reorganizar e partilhar material (Attwell, 2007). Todavia, a ideia dos AAP foi frequentemente contrastada com o Ambiente de Aprendizagem Virtual (AAV), que consiste em aplicações desenhadas para que as instituições consigam gerir os processos educacionais. Havia alguma justificação para isso, considerando o facto de os AAV tenderem a ver o aluno como um “contentor” vazio, à espera de ser alimentado por sistemas de gestão educacional. Ainda assim, o posicionamento contrário ao AAV constituía uma falsa oposição, pois O hype cycle é uma apresentação gráfica de marcas, desenvolvida e usada pela empresa americana de pesquisa, consultoria e tecnologia da informação Gartner, para representar a maturidade, adoção e aplicação social de tecnologias específicas.

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