Divulgação Aquisições 1.º Trimestre 2019/2020

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DIVULGAÇÃO NOVAS AQUISIÇÕES 1.º TRIMESTRE 2019-2020


PROJETO DE LEITURA

No

final do século XV, um velho mestre flamengo introduz num dos seus quadros um enigma que pode mudar a história da Europa. No quadro, o duque de Ostenburgo e o seu cavaleiro estão embrenhados numa partida de xadrez enquanto são observados por uma misteriosa dama vestida de negro. Todavia, à época em que o quadro foi pintado, um dos jogadores já havia sido assassinado. Cinco séculos depois, uma restauradora de arte encontra a inscrição oculta: uis necavit equitem? (Quem matou o cavaleiro?) Auxiliada por um antiquário e um excêntrico jogador de xadrez, a jovem decide resolver o enigma. A investigação assumirá contornos muito singulares: o seu êxito ou fracasso será determinado, jogada a jogada, através de uma partida de xadrez constantemente ameaçada por uma sucessão diabólica de armadilhas e equívocos. Livro fundamental para os amantes do mistério, A tábua de Flandres foi a obra que tornou Arturo Pérez-Reverte o escritor espanhol contemporâneo mais lido em todo o mundo. Já adaptado ao cinema, é um apaixonante puzzle que o autor encadeia com uma destreza absolutamente excecional.

O

s três mosqueteiros é o mais famoso romance dos muitos escritos por Alexandre Dumas. D’Artagnan, a sua personagem principal, é um jovem gascão, audacioso e até imprudente. Armado apenas com uma carta de recomendação para o capitão dos mosqueteiros do rei, parte para Paris em busca do futuro. Alexandre Dumas teceu as suas ficções sobre uma trama do século XVII, misturando personagens reais das mais altamente colocadas com personagens imaginárias, conseguindo colocar uma e outras no panteão dos imortais. A sua inspiração faz agir e falar o monarca absoluto Luís XIII e o temível cardeal Richelieu, Ana de Áustria e Buckingham, reviver toda uma época em que se sucedem as aventuras dos seus heróis, D' Artagnan, Athos, Porthos, Aramis e essa fascinante Milady, à volta da qual a acção se desenrola com inegável poder dramático. Gerações de leitores renderam-se a esta obra brilhante. E hoje, passado mais de uma século, o livro conserva todo o seu interesse e continua a ser adaptado ao cinema, televisão e mesmo a desenhos animados, transformando esta numa verdadeira obra para todas as idades.


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emuel Gulliver, cirurgião naval e náufrago, acorda em Lilliput, onde o tamanho minúsculo dos seus habitantes torna as suas discussões e preocupações ridículas. Uma segunda viagem leva-o até ao reino dos gigantes, onde de novo o tamanho lhe dá uma nova perspetiva do comportamento humano. Depois, de novo lançado no mar por piratas, Gulliver visita uma série de ilhas onde a aprendizagem é mal orientada e a imortalidade é algo a lamentar. A última viagem de Gulliver leva-o à terra dos houyhnhnms, cavalos racionais, que partilham o seu domínio com os brutais Yahoo. Uma sátira corrosiva que abrange todos os aspectos da humanidade. Aqui, encontra-se o mundo. Gulliver, um inocente médico inglês, transforma-se num intrépido viajante. Naufragando em paragens desconhecidas, descobre civilizações fantásticas, excêntricas, mas também a cupidez, a inveja e a intriga. Os velhos vícios da humanidade, satirizados pelo olho cirúrgico de Swift, o grande ironista, numa prosa magnífica.

A

menina Júlia, depois de ter rompido com o noivo, não acompanha o pai numa visita a casa de parentes e passa a noite de S. João na sua propriedade na companhia dos criados que festejam a noite mais curta do ano. Durante o baile, inicia uma relação tempestuosa com João, o criado do Senhor Conde, o qual está noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, recalques, ódios, atracção e repulsa, conflitos de poder, de humilhações, o choque violento das classes sociais e dos sexos, tudo povoa uma noite trágica que conduzirá fatalmente à derrota de uma das partes em confronto. Um texto clássico da literatura dramática universal, pedra de toque de todo o teatro moderno.

N

os confins do interior Sul do Brasil, numa pacata família de judeus que desbrava o mato para erguer uma fazenda, nasce um estranho ser que, pela sua singularidade, está destinado a um percurso singular. É um centauro, metade homem metade cavalo. A estranheza da sua aparência afasta-o do mundo dos homens. A sua alma humana, a sua aspiração de viver com os outros, amarram-no irresistivelmente à sociedade. Qual pode ser o destino de um centauro no mundo dos homens? Através desta fábula Moacyr Scliar, um dos mais destacados escritores brasileiros contemporâneos, expõe de modo exemplar perante os nossos olhos a contradição entre a nossa condição de ser social e a necessidade de afirmação da nossa individualidade. Revelando uma imaginação fulgurante, que cria as situações mais inesperadas e as resolve do modo mais feliz, com um estilo rico e fluente, O Centauro no Jardim, que a Caminho agora reedita, será uma revelação para muitos leitores portugueses. Com este romance Moacyr Scliar obteve o prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte de 1980 para a melhor obra de ficção.


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de Maio de 1506: ao desembarcar em Constantinopla, Miguel Ângelo sabe que enfrenta o poderio e a cólera de Júlio II, papa guerreiro e mau pagador, para quem deixou preparada a edificação de um túmulo em Roma. Mas como não havia de responder ao convite do sultão Bayazid, que, depois de ter recusado os planos de Leonardo da Vinci, lhe propõe a conceção de uma ponte sobre o Corno de Ouro? Assim começa este romance, todo ele feito de alusões históricas, que se serve de um facto concreto para expor os mistérios daquela viag e m . Perturbante como o encontro do homem do Renascimento com as belezas do mundo otomano, exato e cinzelado como uma peça de ourivesaria, este retrato do artista em pleno trabalho é também uma fascinante reflexão sobre o ato de criar e sobre o simbolismo de um gesto inacabado para a outra margem da civilização. É que, através da crónica dessas poucas semanas da História, Mathias Énard esboça uma geografia política cujas hesitações ainda hoje, passados cinco séculos, são igualmente sensíveis.

E

stórias de dentro de casa inclui três novelas: “In memoriam”, “As mulheres de João Nuno” e “Agravos de um artista”. Em todas elas está presente uma particular visão dos homens (e das mulheres) - uma visão filtrada pelo sentido de humor próprio de Germano Almeida. Vícios, ambições desmedidas, agravos, necessidades comezinhas, vaidades feridas, convenções sociais obsoletas mas pertinazes, constituem um modo muito próprio do autor. Um mundo em que se reconhece, pelo exterior, o cabo-verdiano, e onde nos descobrimos, bem no fundo da alma de cada personagem, todos nós.»

É

como poeta que Francesco Petrarca (1304-1374) se distingue, sobretudo pelo seu Cancioneiro e pelos Triunfos, obras traduzidas por Vasco Graça Moura - e especialmente pela arte do soneto, cuja estrutura aperfeiçoou de forma inovadora e definitiva, e que não deixou de inspirar outros poetas até hoje. Nesta obra notável, a maior parte dos sonetos é dedicada a uma «musa impossível», Laura - e o amor, além de tema principal, adquire uma subtil dimensão erótica e lírica, cheia de metáforas que influenciaram toda a poesia posterior. Tudo isso contribui para que Petrarca, humanista e filósofo, fosse considerado o Poeta dos Poetas e uma das referências fundamentais da literatura ocidental.


L

ongo poema épico e teológico, A Divina Comédia divide-se em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Não há uma datação exacta da obra, mas presume-se que tenha sido escrita entre 1304 e 1321, ano da morte de Dante. A Divina Comédia foi escrita em língua toscana - muito próxima do que hoje se designa por italiano - num registo vulgar, portanto, por oposição ao uso generalizado do latim na escrita erudita. Assim se tornou a obra fundadora da língua italiana moderna. Em Portugal A Divina Comédia chegou a um universo de leitores alargado através da inexcedível tradução de Vasco Graça Moura. Com mais de seis edições desde a sua primeira publicação, A Divina Comédia conheceu em Portugal um sucesso e uma popularidade extraordinários. Obra integral.

E

m A casa assombrada e outros contos estão reunidos alguns dos mais inovadores contos originalmente escritos em inglês.

É certo que Virginia Woolf não é uma contista e que foi em romances como Orlando e As ondas que sobretudo cumpriu o «insaciável desejo de escrever alguma coisa antes de morrer». Mas é em contos como “A marca na parede”, “Lappin e Lapinova” e “O legado” que melhor nos revela o modo como soube captar um universo feminino que os homens desfazem, revelando que a marca na parede é uma lesma, recusando-se a recriar a vida de coelhos no ribeiro ao fundo da floresta ou tornando-se apenas insensivelmente desatentos.

1984

oferece hoje uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias capitalistas. A eletrónica permite, pela primeira vez na história da humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. O Big Brother já não é uma figura de estilo — converteu-se numa vulgaridade quotidiana.


U

ma selecção dos melhores contos fantásticos de Edgar Allan Poe (1809-1849). Inclui os clássicos “A queda da casa de Usher”, “O coração revelador” ou “O barril de Amontillado”. Poe é um grande escritor norte-americano, poeta admirado, narrador admirável de histórias em que o sobrenatural e o mistério têm sempre lugar. É por muitos considerado não só um mestre do fantástico como o inventor do conto policial moderno, criador dos antepassados de Sherlock Holmes, Poirot e tantos outros detetives conhecidos pelos seus poderes de observação e dedução.

Na

noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta. Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus.


OUTROS — LITERATURA

P

ublicado em 1919, com o pseudónimo Emil Sinclair, Demian conta-nos a história de uma difícil caminhada para a maturidade, que culmina nos dias sombrios da Primeira Guerra Mundial. Os seus protagonistas - o enigmático Max Demian e o narrador, o jovem Emil Sinclair - erguem, ao longo das páginas deste romance, um inesquecível grito de revolta contra os processos de uniformização então predominantes e contra a barbárie massificada que viria a constituir a marca mais característica do século XX. Demian é um brilhante retrato psicológico de alguém que rompe com as convenções sociais em busca da realização espiritual e do autoconhecimento. Influenciado pelas ideias de Carl Jung, fundador da psicologia analítica, mas também pela sabedoria oriental, Hesse interroga-se acerca da natureza humana, com as suas contradições e dualidades, e aborda muitos dos seus temas característicos, alguns dos quais haveria de retomar em Siddhartha. Romance cuja influência Thomas Mann comparou à de Werther de Goethe, Demian continua a marcar gerações de leitores, pois, como todas as obras-primas, a mensagem que contém é de perene interesse. O mais admirável êxito de Hesse e um dos mais importantes livros do século XX.

A

s novas mil e uma noites é um livro de histórias. Nem outra coisa poderia ser, já que tal título — New Arabian Nights, no original inglês — nos remete direta e imediatamente para a fabulosa e famosíssima coletânea das Mil e uma noites. Xerazade, tal como o ignorado árabe que escreveu as histórias que ela contou, era senhora dos recônditos segredos dessa arte por tantos praticada e por tão poucos conseguida. Também assim aconteceu com Robert Louis Stevenson, que, após a conclusão de cada uma das histórias que coligiu sob os títulos de O clube dos suicidas e O diamante do rajá, nos faz saber que delas teve conhecimento por intermédio de um suposto manuscrito redigido por um misterioso autor árabe. Com estas discretas alusões, Stevenson não nos revela apenas a sua admiração pelas histórias das Mil e uma noites. Diz-nos também que o seu objetivo, ao escrever umas Novas mil e uma noites, era idêntico ao de Xerazade; ou seja, o Escocês das Arábias — chamemos-lhe assim — pretende apenas que quem o leia possa passar o tempo sem se dar conta de que o tempo voa, tal como aconteceu com o príncipe árabe, aquele que julgava ser o dono e o senhor de Xerazade. A publicação deste segundo volume encerra a publicação desta obra admirável na Assírio & Alvim.


PSICOLOGIA E APRENDIZAGEM Os mais recentes desenvolvimentos no conhecimento do cérebro e o crescente interesse na sua aplicação para a área da educação levam à necessidade de clarificar e distinguir factos científicos de extrapolações precipitadas. O ritmo a que a ciência avança parece lento quando comparado com as expectativas associadas às questões do ensino e da melhoria dos processos de aprendizagem. A curiosidade dá energia ao cérebro? Quanto maior a acumulação de dívidas de sono menor a capacidade de consolidação de novas informações? Questionar e socializar fortalece a cognição? A propensão dos adolescentes para correrem riscos está relacionado com as zonas cerebrais que ainda não atingiram a sua maturação? O exercício físico favorece a memória? O treino musical modifica estruturalmente o cérebro? Neste livro, seguimos o caminho percorrido pela ciência e destacamos o que atualmente se investiga, relançando o estudo do «cérebro que aprende», nas crianças e jovens em idade escolar, para um futuro que nos parece ser promissor.

Numa linguagem clara, objetiva e descomplicada, este livro apresenta uma visão panorâmica e aprofundada da Psicologia da Aprendizagem, a ciência que suporta as práticas para que se aprenda mais e melhor. Em quatro capítulos, a autora enquadra e fundamenta a área de intervenção, apresenta as teorias e seus paradigmas, bem como os aspetos motivacionais da aprendizagem e, no final, as dificuldades com que o processo se pode deparar. Com este livro, o leitor aprenderá e aprofundará conhecimentos que lhe permitirão analisar e compreender o processo de aprendizagem e desenvolvimento humano no contexto dinâmico e abrangente em que este se desenrola. Uma leitura recomendável para estudantes e profissionais de Psicologia, professores, educadores, pais e cuidadores e para todos aqueles que pretendam aprender a aprender melhor para conseguir, deste modo, potenciar as suas capacidades e o seu desenvolvimento.

E

sta obra, lançada em 1985, constitui uma coleção de histórias de casos verdadeiros nos limites das experiências neurológicas. Trata-se do relato de histórias da luta de doentes com esquizofrenia, a doença de Parkinson, a doença de Alzheimer, síndrome de Tourett, autismo, etc.


AMBIENTE E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS A adesão de Portugal à Comunidade Europeia implicou consequências marcantes para as questões ambientais. Se a nível oficial se sucederam medidas, diretivas e reforço do quadro administrativo, a nível social o interesse pelas questões ambientais assumiu uma importância crescente que cruza transversalmente, embora de forma desigual, a sociedade portuguesa. Este livro apresenta um panorama da evolução da opinião pública em Portugal sobre questões de ambiente, consumo e energia nas últimas décadas. A enquadrar cada tema analisam-se as principais políticas entretanto lançadas às escalas europeia e nacional. As acentuadas e rápidas mudanças ocorridas no país desde 1986 constituem um pano de fundo essencial para compreender muito do que se passa e pensa atualmente neste domínio. Da energia à mobilidade urbana, das alterações climáticas aos resíduos, da água ao consumo, as respostas dos portugueses aos inquéritos Eurobarómetro são vistas à luz das tendências europeias e das diferenças por idade, género ou nível de educação. São exploradas questões como a informação sobre temas ambientais, nível de preocupação com os problemas, concordância com as medidas de política ou práticas do quotidiano. O livro resulta da atividade do OBSERVA - Observatório de Ambiente e Sociedade, que realiza estudos e ações de divulgação sobre as dimensões sociais e políticas dos problemas de ambiente, energia e sustentabilidade. A obra constitui o primeiro número da colecção de publicações dos Observatórios do ICS-ULisboa.

A

crise global do ambiente representa, pela primeira vez na história da humanidade, uma ameaça ontológica, de origem antrópica, à sustentabilidade das condições biofísicas que permitiram o prosperar das civilizações tecnológicas complexas desde o final da última glaciação, na breve época geológica conhecida por Holocénico. Este volume está organizado em duas grandes áreas temáticas. Em primeiro lugar abordam-se as questões conceptuais incontornáveis que permitem garantir uma especificidade teórica às relações entre ética e ambiente. Neste domínio integram-se as próprias doutrinas éticas, bem como as políticas ambientais. Em segundo lugar, este volume incide sobre grandes problemas específicos, que exigem escolhas e decisões onde o escrutínio ético não pode ficar ausente, como é o caso das alterações climáticas, energia, alimentação, água, oceanos, entre outros. Ver índice na página seguinte


Índice A consciência do mundo • Maria do Céu Patrão Neves e Viriato Soromenho-Marques Para uma ética ambiental: percursos fundamentais • Maria José Varandas I TEMAS FUNDAMENTAIS Ética e ordenamento do território • João Ferrão Ética das políticas de cooperação para o desenvolvimento • Korinna Horta Ética das políticas de ambiente e conservação da natureza • Jorge Paiva Ética da política e diplomacia ambientais: natureza, implicações e fundamentos • Viriato SoromenhoMarques II PROBLEMAS ESPECÍFICOS Implicações éticas das alterações climáticas antropogénicas • Filipe Duarte Santos Implicações éticas das políticas energéticas • Júlia Seixas Implicações éticas das políticas agrícolas: para uma intensificação sustentável • José Lima Santos Implicações éticas dos organismos geneticamente modificados • Margarida Silva Implicações éticas das políticas hídricas • Luís Ribeiro Implicações éticas das políticas do mar • Tiago Pitta e Cunha e Emanuel Gonçalves Implicações éticas das políticas de transportes • João Vieira Implicações éticas da justiça ambiental • Francisco Ferreira Implicações éticas das políticas de saúde ambiental • José Manuel Calheiros Implicações éticas dos comportamentos do cidadão consumidor • Sofia Guedes Vaz Implicações éticas da cidadania ambiental • I,uísa Schmidt

N

o fundo o que está em causa é, nada mais nada menos, do que a base efetiva da própria crença no progresso, que alimentou várias mitologias e narrativas, tanto sagradas como profanas. Seremos capazes de administrar corretamente o poder da técnica e da ciência, no sentido da maior justiça entre os humanos e do maior cuidado com todas as outras criaturas que connosco partilham o tempo e o espaço? Seremos capazes de habitar sabiamente a Terra? ÍNDICE Introdução I PARTE — O Desenvolvimento Sustentável: Condições e Limites de Uma Grande Política PRIMEIRO ENSAIO: Os Desafios da Crise Global e Social do Ambiente SEGUNDO ENSAIO: Política Internacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável TERCEIRO ENSAIO: A «Segurança Ambiental»: Oportunidades e Limites II PARTE — Origens das Representações Culturais do Ambiente e da Sustentabilidade QUARTO ENSAIO: Pensar a Paisagem QUINTO ENSAIO: Temperança e Crise Global do Ambiente SEXTO ENSAIO: Génese da Consciência Ambiental na Cultura Portuguesa SÉTIMO ENSAIO: Raízes do Ambientalismo em Portugal III PARTE — A Última Fronteira: O Futuro da Condição Humana OITAVO ENSAIO: Pensamento Utópico e Crise Ambiental NONO ENSAIO: A Bioética no Horizonte da Encruzilhada Contemporânea DÉCIMO ENSAIO: Crise Ambiental e Condição Humana DÉCIMO PRIMEIRO ENSAIO: O Desafio da Pós-Humanidade


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mundo já está muito diferente daquele em que a nossa civilização floresceu: mais quente, mais extremo, mais inseguro. Para a frente, muito além da incerteza, ficam certezas: ainda pode piorar mais. O sistema de produção em que vivemos criou uma devastação ambiental e social sem precedentes na nossa história enquanto espécie. De entre todas essas devastações, a alteração da composição da nossa atmosfera e o aquecimento global do planeta destacam-se pelo seu potencial catastrófico, alterando os climas em que a nossa espécie proliferou. Num mundo cada vez mais desigual, pendem sobre nós crises simultâneas: da banca, do emprego, da produção, do ambiente, do clima, da democracia ou do capitalismo. É a crise do próprio Homo sapiens, com a colisão entre o que é e o que pode ser. Nada ou tudo: a urgência das alterações climáticas é a urgência da Humanidade. Para isso precisa de lutadores, pessoas empenhadas em resgatar o futuro. Por isso, para aprender e ensinar a combater, este livro é um (feroz) guia de combate.

A

Terra vive um período de alterações climáticas e de aquecimento global. Sabemos que o comportamento humano e as emissões de CO2 associadas contribuem para esse aquecimento. Mas tanto as alterações climáticas como a sua solução foram ampla e excessivamente simplificadas. De uma forma precoce, uma hipótese passou a teoria dominante, proibindo outras hipóteses e enviesando a investigação científica. Com clareza e frontalidade, uma cientista opõe-se ao atual consenso, que considera desvirtuar o método científico e ser determinado por razões políticas. São muitas as incertezas relativas às interações gravitacionais e magnéticas do sistema solar, aos vulcões subaquáticos, às oscilações oceânicas a longo prazo e, por isso, este é um livro que nos alerta para o perigo de agirmos sem conhecimento: não resolveremos as alterações climáticas e podemos provocar uma catástrofe humana, gerando atraso, pobreza e morte. Judith A. Curry é climatologista e está na linha da frente do movimento climático cético. Há 40 anos que a sua investigação incide em furacões, deteção remota, modelação atmosférica, climas polares e interação ar-mar.


DVD

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lorença e a Galeria dos Ofícios é uma viagem mul-

tidimensional e multissensorial ao Renascimento através das suas belezas mais representativas. O primeiro passeio cinematográfico que conduz o espetador à descoberta das maravi-

O mestre da renascença, Sandro Botticelli passou mais de uma década a pintar e desenhar o inferno tal como o poeta Dante o descreveu. Este filme leva-nos por uma viagem ao mundo através dos nove círculos do inferno para revelar os segredos de uma obra de arte que intrigou muitos, incluindo Dan Brown e Ron Howard.

Uma jornada cinematográfica emocionante e inquietante pela vida e pelo trabalho do pintor italiano Caravaggio. Luz e sombra, contrastes e contradições, génio e intemperança distinguem a sua existência e a sua arte. Uma experiência visual extraordinária, filmada em milão, Florença, Roma, Nápoles e malta.

lhas de Florença de uma maneira inédita, abrangente e sensacional: otticelli, Leonardo, Masaccio e Michelangelo todos numa tela. Os espetadores são

Houve duas formas de os Nazis colocarem as mãos na arte: tentando destruir a que classificaram como “degenerada” e saqueando sistematicamente peças de

envolvidos numa experiência

arte clássica e moderna por toda a Euro-

única com sequências surpre-

pa. Em finais dos anos 30, sob as ordens

endentes e imagens impressio-

de Hitler e Goering, tomou início a pilha-

nantes da cidade. A narração é

gem. Estas obras iriam ocupar o espaço

da responsabilidade de Simon

que o Führer planeava tornar no “Louvre

Merrells que, no papel de Lou-

de Linz” e a residência de Goering perto

renço, O Magnífico, acompanha

de Berlim. Este filme conta o que suce-

-nos através das memórias da

deu aos tesouros roubados pelos Nazis e

sua Florença num incessante

a muitas das pessoas que estiveram en-

diálogo entre o passado e o

volvidas na época. A narração que acom-

presente.

panha o documentário é feita pelo ator Toni Servillo.


Banda Desenhada Y : o último homem

(10 volumes)

N

o Verão de 2002, uma praga de origem desconhecida destruiu todo o esperma, todos os fetos, todos os mamíferos com um cromossoma Y — com a aparente excepção de um jovem e do seu animal doméstico, um macacocapuchinho. Este "generocídio" exterminou instantaneamente 48% da população global, ou seja aproximadamente 2.9 mil milhões de homens. 495 dos CEO's da lista dos 500 mais ricos da Fortune morreram, tal como 99% dos proprietários do mundo. Só nos Estados Unidos, 95% de todos os camionistas, pilotos aéreos e capitães de navios morreram. No mundo inteiro, 99% de todos os mecânicos, electricistas e operários da construção civil estão desaparecidos... embora 51% da força de trabalho agrícola do planeta ainda esteja viva. 14 nações, incluindo a Espanha e a Alemanha, têm soldados mulheres que serviram em forças de combate terrestre. Nenhuma das cerca de 200.000 mulheres das forças armadas dos EUA participou alguma vez em combate terrestre. A Austrália, a Suécia e a Noruega são os únicos países com mulheres a servir a bordo de submarinos. Em Israel, todas as mulheres entre os 18 e os 26 cumpriram serviço militar obrigatório nas Forças de Defesa Israelitas (IDF) durante pelo menos um ano e nove meses. Antes da Praga, pelo menos três bombistas suicidas Palestinos foram mulheres. A nível mundial, 85% de todos os representantes de governos morreram... bem como 100% de todos os padres Católicos, imãs Muçulmanos e rabis Ortodoxos Judaicos. Mas quem ainda está vivo é Yorick Brown, o último homem da Terra. Filho de uma congressista dos Estados Unidos, Yorick conseguiu chegar a Washington DC depois do início da Praga e juntar-se à sua mãe, que está a tentar manter os mecanismos da democracia americana em funcionamento. Com a chegada da nova

Presidente (a antiga Secretária da Agricultura), Yorick é alistado para participar na busca de uma especialista de clonagem chamada Allison Mann, e para a ajudar nos seus esforços de impedir a extinção da raça humana. Juntamente com a agente 355 — uma representante extraordinariamente capaz de uma das mais secretas e sombrias agências do governo — Yorick e o seu macaco Ampersand conseguiram localizar a Dra. Mann no seu laboratório de Boston. Infelizmente, é difícil esconder que ainda existe um homem vivo, e a notícia espalha-se por todo o mundo. A caminho de Boston, um encontro com membros de um grupo radical feminista que odeia homens, chamado As Filhas da Amazona, mostra a Yorick e a 355 alguns dos perigos de viajar através de uma América pós -masculina... mas não teria havido nenhuma maneira de eles preverem as ações de uma equipa militar israelita que também persegue em segredo o Último Homem — e quando as militares Israelitas encontram o laboratório da Dra. Mann vazio, decidem incendiá-lo. Neste momento, Yorick e 355 estão confrontados com uma decisão difícil. Yorick está desesperado para se reencontrar com a sua namorada, que da última vez que falou com ele estava na Austrália, enquanto a agente 355 tem ordens para regressarem todos a Washington. Mas, se eles quiserem continuar a missão de ajudar a Dra. Mann na sua investigação, terão de ajudá -la a recuperar o backup dos seus dados e amostras — e isso significa uma viagem longa e perigosa até à Califórnia.


G

ente de Dublin é uma obra arduamente documentada, salpicada de múltiplas anedotas, uma cativante viagem pelas cidades onde este irlandês universal deixou o seu rasto – Dublin, Trieste, Paris ou Zurique. Autores e figuras ilustres desfilam pelas suas páginas, de Henrik Ibsen a W. B. Yeats, de Ezra Pound a H. G. Wells, ou Bernard Shaw, T. S. Eliot, Virginia Woolf, e muitos mais, incluindo mesmo Lenine.

“Zapico confirma o seu valor e projeção, com uma história de ritmo vital, que sabe combinar a exposição rigorosa dos factos com a acentuação correta daqueles aspetos vitais que marcam a produção artística de James Joyce.” – Babelia – El País

Prémio nacional do comic 2012 .

A

Febre de Urbicanda, de Schuiten e Peeters, é um dos títulos mais emblemáticos da série Cidades Obscuras, premiado em Angoulême em 1985, esgotado em Portugal há mais de 20 anos e que agora regressa numa edição definitiva que, para além de um dossier final sobre a lenda da Estrutura, inclui também a história A Última Visão de Eugen Robick, feita em 1997 para o número final da revista (A Suivre), onde a série nasceu. Eugen Robick, o urbitecto responsável pelo plano de urbanização que pretende restituir a simetria à cidade de Urbicanda, é confrontado com a descoberta de um misterioso cubo, feito de uma matéria desconhecida, cujo crescimento geométrico vem perturbar e transformar profundamente a imagem da própria cidade e a vida dos seus habitantes. O que irá acontecer à utopia urbana de Robick, agora que a cidade está desestabilizada pelo cubo, e o próprio arquitecto transtornado pela irrupção do amor na sua vida tão regrada?

N

uma pequena aldeia branca, numa ilha perdida do Mediterrâneo, um bar onde param turistas e viajantes vai tornar-se no nexo central de uma série de histórias diversas e variadas. Porque Rafa, o seu dono barbudo, viaja pelo mundo nas asas dos contos que os seus clientes lhe narram a troco de comida ou de uma bebida, sem nunca sair da sua ilha.


Num futuro próximo, numa Los Angeles obcecada por comida e governada por chefs poderosos, e em que as pessoas são capazes de literalmente matar por um lugar no seu restaurante favorito, Jiro, um chef de sushi renegado, chega à cidade com ideias muito próprias. E o resultado? Uma guerra culinária sangrenta e de proporções épicas, ao fim da qual é bem capaz de não haver sobras! Anthony Bourdain foi um chef famoso e um autor bestseller do New York Times (Cozinha Confidencial), para além de ter sido a estrela de vários programas, incluindo “No Reservations” – vencedor de dois Emmy – durante os quais visitou inclusivamente Portugal por três vezes. Para Todos querem apanhar o Jiro! juntou-se ao escritor Joel Rose (Kill Kill Faster Faster: a sombra do corvo) e ao artista Langdon Foss, para esta sátira estilizada e dinâmica à cultura da comida e a uma sociedade obsessiva. Saída da mente de Anthony Bourdain, esta história... é fantástica! Nesta prequela à novela gráfica Todos querem apanhar o Jiro! , Anthony Bourdain e Joel Rose examinam as origens do misterioso Jiro, e os acontecimentos que o tornaram no chef que conhecemos no primeiro volume. Jiro é ainda um jovem que está a aprender o seu ofício. Filho de um dos mais poderosos gangsters de Tóquio, sente-se dividido entre a lealdade ao seu pai e aos planos que ele tem para si, e o seu desejo profundo de se tornar num mestre de sushi. Mas, quando a sua família empreende uma ambiciosa tentativa para dominar o submundo do crime de Tóquio, Jiro tem de seguir o seu pai, ou arriscar-se a ver o seu meio-irmão Ichigo roubar-lhe o protagonismo... Uma versão sangrenta de um conto clássico de crime e de vingança, misturado com um sentido de humor irreverente e uma visão de uma cultura foodie futura, tudo temperado com os sabores que só Anthony Bourdain conseguia cozinhar.

N

asser Ali Khan é um famoso músico (e tio-avô da autora) que vive no Irão de 1958. Na sequência de uma discussão familiar, o seu tar, o instrumento de que é virtuoso e que é o seu bem mais precioso, é partido. Nenhum outro tar o irá satisfazer e Nasser vai perder o gosto pela música. Tomado de uma melancolia imensa, decide deixar-se morrer, levando-nos numa viagem às suas emoções, aos seus sonhos e à sua história pessoal, que se mistura com a do seu Irão natal num período conturbado da sua história. Vencedor do prémio de Melhor Álbum de Angoulême em 2005, Frango com Ameixas é também considerado como a obra maior de Marjane Satrapi.


Š Frango com ameixas

biblioteca@esmavc.org


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