PROVÉRBIOS
Fevereiro enganou a mãe no ribeiro. Junho, foice no punho. Mãos que não dais por que esperais? Janeiro salto de carneiro. Natal salto de pardal. Agosto frio no rosto. Calados são os melões. O mal e o bem, à cara vem. Amor com amor se paga. Galinha que canta quer galo. No Carnaval ninguém leva a mal. Carnaval na eira, Páscoa na lareira. No Carnaval, nada parece mal. Ganhar, até um burro ganha.
Março marçagão, de manhã cara de cão, ao meio dia Cara de rainha e à noite cara de fuinha. Ande onde andar o verão há de vir no S. João. As manhãs de abril são doces de dormir. Água de março, quanta o gato molhe o rabo. Maio claro e ventoso faz o ano rendoso. Água de janeiro vale dinheiro. Ã, diz o burro pela manhã. Quando um burro fala o outro baixa as orelhas. Tantas vezes vai o cântaro à fonte que até parte. O seu, a seu dono. Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo. Quem vai à guerra dá e leva. Quem tudo quer tudo perde. O avarento por um real perdeu um cento. Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar. Quem dá e tira para o inferno gira.
Quem parte e reparte e não fica com a maior parte, ou é tolo ou não sabe da arte. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Quem não tem cão caça com gato. Para cá do Marão mandam os que cá estão. Bem grande é o Marão e não dá palha nem grão. Agosto frio no rosto. Fevereiro enganou a velha no soalheiro. Quem semeia ventos, colhe tempestades. Filho de peixe sabe nadar. Quem sai aos seus não degenera. Até ao lavar dos cestos é vindima. Quem muito fala pouco acerta. Janeiro fora , mais uma hora. Em março tanto durmo como faço. Tanto é ladrão o que vai à horta, como o que fica à porta. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Água e pão, jantar de cão. Boas palavras custam pouco e valem muito. Ceia feita, companhia desfeita. Não atires foguetes antes da festa. Gaba-te cesta que amanhã vais para a vindima. Pelos Santos, beijam-se os altares. Três ao burro e o burro no chão. Mais vale um farto que dois famintos. Fraco é o maio que não rompe uma croça. Ó, dizia a minha avó. De noite todos os gatos são pardos. Nem tudo o que reluz é ouro. No dia de S. Martinho fura-se o pipinho. Páscoa em março, ou há fome ou mortaço. O fevereiro é meio marinheiro. Em abril a primavera está para vir. Vinho e melão dá tostão.
Sol na eira, chuva no naval. Laranja de manhã é ouro, de tarde é prata e à noite mata. Lua nova trovejada, trinta dias é molhada. Quem tem amigos não morre na cadeia. Quem te avisa teu amigo é. Amor com amor se paga. Em outubro centeio rubro. No outono o sol tem sono. Outubro sisudo recolhe tudo. Grão a grão enche a galinha o papo. A pensar morreu um burro. Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. Em abril águas mil. Janeiro geadeiro. Em maio comem-se as cerejas ao borralho. Quando a esmola é muita o santo desconfia.
Pato que acompanha galinha morre afogado. Enquanto S. Jorge achar cavalo, não anda a pé. Malandro é o gato que dorme no telhado para não pagar aluguer. Mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Gato escaldado de água fria tem medo. Uma mão lava a outra. Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje. Há, mas são verdes. Maio come as cerejas ao borralho. Santos da casa não fazem milagres. Rei morto, rei posto. Depressa e bem, há pouco quem. A cavalo dado não se olha a dente. Casa de ferreiro, espeto de pau. Cão que ladra não morde. A galinha da minha vizinha é sempre melhor do que a minha.
Antes só que mal acompanhado. A casamento e batizado, não vás sem ser convidado. Águas paradas não movem moinhos. A mentira tem perna curta. A palavra louca, orelhas moucas. A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.