A Mensagem Secreta de Beatriz Silva
5.ยบA 2016/2017
Era um sábado à tarde de outubro, caía uma chuva miudinha, no entanto ruidosa. Na Rua do Castelo Velho, entre duas casas tipicamente portuguesas, encontrava-se o restaurante do Sr. Xionglu, com as suas janelinhas vermelhas e as suas portinhas velhas e pequenas. Lá dentro, sentado na mesa do fundo, encontrava-se o Jacinto acompanhado por sua mãe, feliz, no entanto aborrecido.
De repente, um forte relâmpago provocou uma falha de energia, deixando transparecer uma sombra sinistra no chão da entrada do restaurante. A luz voltou e aquela imagem cativou a atenção do Jacinto e de toda a gente que estava no restaurante. Sentou-se na mesa três, com o olhar fixo no Jacinto.
À hora combinada, entrou Francisco, primo de Jacinto, acompanhado dos seus pais. - Como correu a viagem? – Perguntou o Jacinto. - A viagem de comboio correu muito bem – Respondeu o Francisco. - E as férias em Tomar? – E, sussurrando ao ouvido do primo, perguntou - Conseguiste?
- Bem, procurei na terceira capela como me disseste. - No Convento de Cristo? - Sim, mesmo junto da janela principal, mas alguĂŠm lĂĄ foi antes.
Ouviu-se um psst… Eles voltaram-se para trás e viram um dedo a apontar para os dois e a chamá-los: - É isto que procuram? As partituras? São minhas, só minhas! Jacinto ficou irritadíssimo com a situação, pois as partituras continham um mapa que conduzia a um tesouro muito procurado.
E correndo para a porta gritou: - És tão feio como um sapo e tão nojento como uma víbora. O outro, enervado com estas palavras, lançou ao Jacinto um líquido esquisito que o deixou perplexo. E exclamou: - Se calhar era só água misturada com coca-cola…