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A princesa gansa Era uma vez um príncipe que sentiu desejo de sair pelo mundo e não levou consigo senão um criado fiel. Um dia, ele seguia com o seu criado numa carruagem, numa grande
floresta e, quando escureceu, vendo que não havia por ali nenhuma hospedaria, ficou sem saber onde passaria a noite. Então avistou uma menina que se dirigia a um casebre e,
quando ele chegou mais perto, viu que ela era jovem e bonita. Iniciou a conversa com estas palavras: - Boa noite, minha jovem! Como te chamas? – perguntou o príncipe muito nervoso. -Boa noite. O meu nome é Lucinda e o do senhor? - O meu é João. Posso pernoitar nesta casa com o meu criado? - Claro, entre, entre. E assim o fez.
Ficaram a conversar durante algum tempo para se conhecerem melhor e a seguir foram dormir.
No dia seguinte, numa bela manhã de sol mas fria de inverno, os raios de sol já entravam através dos cortinados, no entanto o príncipe ainda dormia. Lucinda, essa, já tinha ido à cidade buscar o pão acabado de fazer há poucos segundos. Preparou o pequeno almoço e decidiu, então, acordar o seu novo “hóspede”. Bateu à porta do quarto e entrou depois de ter permissão.
- Bom dia, caro jovem! – com estas palavras o cumprimentou depois de ter percebido que ele era uma pessoa importante. - Bom dia! – respondeu ele com entusiasmo. - Preparei-lhe o pequeno-almoço. Desça comigo, por favor! Enquanto comiam, a jovem Lucinda, muito curiosa, decidiu perguntar ao príncipe o
que fazia por ali. Sem grandes explicações, o príncipe disse apenas que estava de passagem. Ouvindo estas palavras, Lucinda suspirou e confessou com tristeza que nunca tinha saído daquele lugar e que o seu sonho era conhecer o mundo. O príncipe, com pena da jovem, decidiu convidá-la para viajar.
- Minha jovem, gostavas de viajar comigo?
- Claro! Claro – agradeceu a jovem estupefacta com o convite. Nesse mesmo dia, partiram os dois na bela carruagem do príncipe, conduzida pelo seu fiel criado. Enquanto conversavam das suas atividades preferidas, o criado parou a carruagem perto de uma ponte. O príncipe, estranhando este feito, apeou-se com a jovem e perguntou ao criado o motivo daquela paragem.
- Esta senhora está a impedir a passagem, meu príncipe. Lucinda disse ao príncipe João que entrasse na carruagem e que ela mesma resolveria o assunto. Assim que o príncipe entrou na carruagem, a mulher, com os seus poderes mágicos, transformou Lucinda num ganso. O príncipe, estranhando a demora foi ver o que se passava, mas não viu
Lucinda. A mulher, sem dar explicações para o desaparecimento da menina, continuava ali especada.
Então começou a percorrer os arredores procurando avistá-la. Passado algum
tempo, ouviu-a e ficou estupefacto quando percebeu que ela estava transformado em ganso. Perguntou: -És tu, Lucinda? - Sim, sou eu, meu príncipe! – exclamou Lucinda. Aquela mulher transformoume num ganso.
Após ter ouvido estas palavras foi logo ter com mulher e levou o ganso consigo. - Por que transformou Lucinda em ganso? – perguntou o príncipe.
- Isso não lhe posso revelar, apenas lhe digo que terá de cumprir uma tarefa. - Que tipo de tarefa? – perguntou o príncipe. - Terá que subir à maior montanha do mundo e procurar a gruta escondida
que, segundo a lenda, é guardada por um cão com três cabeças. O antídoto
encontrava-se no interior da gruta, mas para lá chegar terás que ultrapassar este
obstáculo, o cão de três cabeças. Depois de o conseguir ultrapassar, entrará no labirinto que o levará ao que tanto procura, mas para tal terá de resolver os enigmas que lhe vão
aparecendo. Não vai ser fácil, mas é a única hipótese para que a sua amada volte ao normal.
- Aceito o desafio. – respondeu o príncipe. Ele e o seu fiel criado meteram-se logo a caminho. Ainda estavam a meio da montanha quando já se podia avistar a gigantesco gruta. O príncipe lutou ferozmente com o cão das três cabeças que se encontrava à entrada acabando por derrotá-lo. Finalmente conseguiram entrar. - Vamo-nos separar, tu vais pela direita e eu vou pela esquerda. – disse o príncipe. - Está bem, meu caro príncipe! Passado algum tempo ouviu-se o criado a gritar: - Socorro, socorro!
O príncipe ouvindo estas palavras, correu rapidamente até o encontrar. Este avistou-o ao longe a fugir de umas cobras venenosos e foi tentar ajudá-lo, no
entanto ficaram os dois
encurralados. Sem querer, o príncipe encostou-se a uma
parede que fez abrir um buraco enorme no chão onde caíram as cobras. Continuando a sua busca, o príncipe avistou ao longe uma porta e dirigiu-se até lá. Quando a
abriu, viu o antídoto, mas o problema é que estava dentro de um vidro que só se abria se o príncipe respondesse a uma pergunta. - Uma pergunta?!- exclamou o príncipe.
De repente apareceu o mago que lhe disse: - Eu sou o mago da Solidão. Quantas filhas tenho? - Não tens nenhuma filha!
- Como acertaste? -Não foi muito difícil, já que disseram que era o mago da Solidão. Deves estar sozinho nesta vida. -Como acertaste, tens aqui a tua recompensa - disse o mago entendendo-lhe a mão com o antídoto. O príncipe saiu da gruta a correr com o seu fiel criado até onde se encontrava Lucinda. Deram-lhe a poção e, nesse mesmo instante, Lucinda voltou à sua forma natural.
Celebraram em conjunto o momento, continuaram a sua viagem e foram felizes para sempre.
Conto elaborado e ilustrado pelos alunos do 6.º A no âmbito do projeto aler+ Alexandra Ferreira Ângelo Rafael Gomes Beatriz Oliveira Domingos Gonçalo Dulce Ferraz Guilherme Monteiro Inês Dias Liliana Meneses Margarida Queirós Sara Margarida Ribeiro Rúben Miguel Ferreira
Colorização – Tiago Costa ; Pedro Silva – Curso vocacional