Vamos contar-vos uma hist贸ria:
A Rosinha, o mar e os sonhos
Era uma vez uma menina que se chamava Rosinha. Era uma menina que vivia a sonhar, com fadas, princesas e flores de todos os tons. Costumava deitar-se Ă beira mar a tentar perceber porque as ondas do mar vinham e iam para o alto mar.
Num desses momentos de sonho e muita imaginação as ondas trouxeram-lhe uma grande chave de cobre que lhe tocou nos pés e aumentou ainda mais a sua curiosidade em relação ao alto mar. Enquanto limpava a chave coberta de areia e algumas algas, ouviu uma voz: - Esta é a chave do grande tesouro, que se encontra no alto mar.
Rosinha foi perguntar ao seu av么 Jo茫o que fora pescador, como era o fundo do mar.
O avô João disse-lhe que o alto mar era um lugar grandioso, onde as águas vivem em liberdade. Rosinha continuava a pensar o que seria o mar alto, ao mesmo tempo sabia que tinha de ir até lá para descobrir.
Saltou para dentro do velho barco do avô João, que estava atracado na praia, soltou o barco e remou, remou, remou até ao alto mar…
Estar no meio do azul era realmente uma aventura. JĂĄ em alto mar, sem avistar a praia, Rosinha esbugalhou os olhos perante o que via Ă sua frente, um enorme castelo.
Quando chegou ao castelo, atou o velho barco às grades de uma das janelas, colocou a chave na fechadura. O castelo mudava de cor, ora vermelho, ora laranja, ora amarelo, verde, azul, anil, e roxo. À sétima volta o castelo retomou a sua cor normal, a porta abriu-se muito devagarinho e a Rosinha entrou. Receosa e ao mesmo tempo muito curiosa a Rosinha observava tudo com muita atenção. Era tudo tão perfeito!
Olhou em redor e viu um lindo jardim com flores coloridas, uma enorme årvore junto da qual estava sentada uma sereia, que cantava de olhos fechados uma linda canção.
Rosinha viu como a sereia era bonita. Tinha cabelos cor de prata e escamas cor de cobre e as suas feições eram perfeitas. Rosinha, só conseguiu ver os lindos olhos esverdeados da sereia Íris, quando ela acabou de cantar. Íris falou à Rosinha. Apresentaram-se, apertaram a mão e a sereia Íris falou à Rosinha dos sonhos que eram a maior arma do amor.
Contou à Rosinha que ela fora escolhida, pela chave de cobre, por ser a pessoa mais sonhadora do mundo. Explicou-lhe ainda que, por esse motivo, só ela conseguia ver o Grande Castelo do Tesouro. Íris pegou na mão da Rosinha e levou-a a conhecer o interior do castelo e disse: - Vem, tenho um segredo para te contar.
Rosinha e a sereia Íris caminharam por um corredor a ver os sete quartos. Cada quarto tinha a sua cor, um era vermelho, outro cor-de-laranja, outro amarelo, outro verde, outro azul, outro anil e roxo. Dentro de cada quarto moravam os sonhos. A sereia Íris disse à Rosinha que todas as noites, o Grande Castelo do Tesouro ficava submerso (que quer dizer tapado com água) e todas as noites as ondas levavam os sonhos até às praias do mundo.
Algumas pessoas, as que têm mais atenção ao que se passa à sua volta, recebem esses sonhos, mas, há um problema. Muitas pessoas recebem os sonhos mas, esquecem esses sonhos e não cuidam deles. A sereia Íris propôs à Rosinha a missão de ajudar o mundo a viver os sonhos. Rosinha despediu-se da sua nova amiga, deixou o Grande Castelo do Tesouro e remou, remou, remou em direção à terra.
Rosinha nunca desistiu de ir Ă praia, sentada na areia, observava o alto mar e, pensava, pensava na proposta da sereia Ă?ris. -Como poderia ajudar as pessoas a viverem os seus sonhos?
Certo dia, Rosinha mergulhou no mar, a pensar que podia trazer para terra alguns sonhos agarrados aos seus braços. “Só, depois, se lembrou das palavras da sereia Íris.” Quem recebe os sonhos são as pessoas que estão atentas ao que se passa à sua volta e não quem mergulha no mar”.
Certo dia ao final da tarde, Rosinha subiu a um rochedo e ouviu uma voz determinada que dizia: -Força formiga sem fadiga! Continua! Com tudo o que tinha acontecido, a Rosinha não estranhou ver uma formiga a falar. A formiga contou-lhe que tinha o sonho de tocar na lua, saber a que sabia e de que era feito o seu brilho. Rosinha perguntou à formiga: - Como sabes se algum dia irás tocar na lua? A formiga prontificou-se a responder: -Isso realmente, não sei. Ninguém sabe. –concordou a formiga. – Mas o caminho que tenho percorrido já vale mais do que tocar na Lua. Esse caminho já serviu para me mostrar diferentes horizontes e deu-me a conhecer gentes com muita riqueza. O meu sonho de um dia tocar na Lua já valeu a pena ter sido sonhado.
Rosinha percebeu ent達o a sua miss達o.
Despediu-se com carinho da sua nova amiga. Percebeu ent茫o que a melhor maneira de cuidar dos sonhos era p么r-se a caminho. Prometeu a si mesma sonhar sonhos de todas as cores e nunca esquecer o mar, que todos os dias traz sonhos do Grande Castelo do Tesouro e os oferece aos homens, para que voem mais alto.
Trabalho elaborado por: Turma 4ºG, prof. Rosa Rodrigues
Produção técnica: Prof. Bibliotecária Teresa Patita
EB da Cidade Sol Agrupamento de Escolas de Santo António 2015/16