21 - JÁ jornal do AE Condeixa junho 2019

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junho de 2019 - JĂ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1


EDITORIAL

:: Índice :: 3 - Promover o Desenvolvimento Sustentável… uma necessidade desde já! Um imperativo desde sempre! por Maria João Mariano 4-7 Notícias / Atividades Uma centena de lusitanos em palco - Opereta Visita ao Dino Parque da Lourinhã Olimpíadas da Geologia Concurso Uma Aventura Literária 8-17 Notícias / Atividades FERNANDO NAMORA Concurso Um Olhar sobre Fernando Namora Rádio Miúdos pôs Condeixa nos píncaros! - Um herói da tua Terra

Comemora-se, no próximo dia 20 de junho, o Dia Mundial dos Refugiados.

Dados

do

Observatório

das

Migrações

(www.om.acm.gov.pt) mostram que os 68,5 milhões de pessoas que abandonaram os seus territórios de origem vêm sobretudo da Síria, do Afeganistão, do Sudão do Sul e de Myanmar e fogem à guerra e a tudo o que de ruim ela acarreta consigo. Na Europa, não sendo Portugal o país que mais deslocados tem acolhido (é a Alemanha, onde só em 2017 foram registados mais 220 mil pedidos de asilo) é, no entanto, o país europeu em que, segundo um inquérito de opinião, a população se mostra mais recetiva ao acolhimento de refugiados (dados do Inquérito Social Europeu). Para esta atitude de sensibilidade, solidariedade e de ajuda humanitária tem contribuído a escola com as muitas e variadas atividades que nela se desenvolvem, algumas acompanhadas e incentivadas pe-

Entrevista a Arminda Namora

las Bibliotecas Escolares, através do Projeto A Maior Lição do Mundo,

18 - Notícias / Atividades

consignado ao trabalho em torno dos Objetivos do Desenvolvimen-

Projeto Letras p’ra vida veio à escola

to Sustentável. Este ano, por sugestão da DGE e da UNESCO, a

19 - 21 EMPREENDEDORISMO Um projeto de sabores e cultura

reflexão junto dos alunos foi realizada com referência ao ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Contudo, os ODS 14 (Proteger a

22 – 30 A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO (AMLM)

Vida Marinha) e 15 (Proteger a vida Terrestre) estiveram também

31 - Oficina de Teatro - "Serei aquilo que me deres...Que seja amor!"

tes turmas e graus de ensino, pelos docentes.

32– 33 Ler+, escrever melhor

no centro das diversas ações educativas levadas a cabo, nas diferenÉ um trabalho a realizar em permanência, nos próximos anos, entre as crianças e os jovens que passarem pela escola, pois os conflitos armados, a violação dos direitos humanos e também outros desafi-

34 - 39 Concurso Nacional de Leitura - Condeixa venceu!

os que se colocam ao Planeta, como a plasticologia marinha e as alterações climáticas, não nos darão tréguas no futuro próximo. Es-

40 - Promover o desenvolvimento sustentável (AMLM)

ta é, sem dúvida, a maior certeza na realidade que viremos a enfrentar.

junho de 2019 Equipa do Jornal Maria Pia Serra (coord.)

Estejamos à altura deste desafio!

Regina Pimentel Carla Fernandes

Anabela Lemos (Diretora do Agrupamento de Escolas de Condeixa

Capa

-a-Nova)

Ana Rita Amorim aec.jornal@aecondeixa.pt

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::Desenvolvimento Sustentável:: Promover o Desenvolvimento Sustentável… uma necessidade desde já! Um imperativo desde sempre! A expressão “Desenvolvimento Sustentável” data dos anos 80 do século XX e foi usada pela primeira vez no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. É um conceito sistémico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspetos de um sistema de consumo em massa, revelando preocupação com a Natureza, por via da extração máxima da matéria prima. “É o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. Tal pressupõe três componentes: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade económica e a sustentabilidade sociopolítica”. Se analisarmos este pensamento, concluímos que muito pouco foi feito ao longo destes trinta anos. Continuamos a extrair matérias primas da Natureza em excesso, a desperdiçarmos recursos naturais em demasia, a consumirmos de forma desenfreada sem pensarmos na próxima geração e no futuro do planeta. Mas de que precisa o ser humano para refrear os seus impulsos egocêntricos? O aqui e agora faz par

te das sociedades de consumo ocidentais cada vez mais. O prazer adiado não existe na mente do Homem de hoje das sociedades ditas desenvolvidas. O Prémio Pessoa 2018 foi entregue ao biogeógrafo Miguel Bastos Araújo pela sua investigação sobre o impacto das alterações climáticas na biodiversidade, ameaçada pela ação humana, chamando a atenção da população para a sua importância. Como alterar esta forma de pensar? Será que as gerações mais novas apresentam já alguma mudança neste âmbito? Julgo que sim, pois os programas curriculares, os inúmeros concursos e projetos que chegam todos os anos à Escola conduzem a esta mudança, fomentando uma nova forma de ver o planeta e de viver. Mas ainda não chega, se queremos preservar o planeta e manter a qualidade de vida que conseguimos alcançar ao longo destes vinte e um séculos. Não basta a política dos 3R, os carros elétricos, as energias renováveis, as roupas feitas de materiais produzidos em laboratório, os amantes, em crescimento, de uma dieta vegetariana… A alteração das políticas governamentais, em termos económicos, políticos e ambientais a nível mundial, a obediência aos princípios do Tratado de Quioto, por exemplo, são fundamentais para um futuro para as próximas gerações num planeta que deve continuar a ser azul! Maria João Cura Mariano

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Uma centena de Lusitanos e Romanos em palco A opereta "Nos montes de Viriato", retirada do manual de Educação Musical 5º ano - "Era uma vez a música..." - da editora Santillana e da autoria de José Carlos Godinho, tinha sido uma das obras mais trabalhadas na disciplina de Música no nosso Agrupamento. As suas melodias são alegres e cheias de boa disposição e fazem-nos viajar até ao tempo em que as poderosas legiões romanas dominavam a bacia do Mediterrâneo e também a nossa Península Ibérica. Aqui bem perto da nossa escola, temos o sítio arqueológico de Conímbriga, povoação estabelecida desde a Idade do Cobre que foi um importante centro durante a República Romana e que continuou habitada, pelo menos, até ao século IX. E foi nas ruínas de Conímbriga que no dia 25 de maio se apresentaram em palco cerca de uma centena de Lusitanos e Romanos. O coro foi constituído por alunos oriundos das turmas do segundo ciclo e a orquestra apresenta alunos do agrupamento de escolas até ao 12º ano de escolaridade. “Somos Lusitanos”, “Vade retro!” e “Quem me dera, Viriato…” foram algumas das melodias escutadas nessa noite. Os arranjos estiveram a cargo de Mário Alves, que também dirigiu a orquestra, enquanto que o coro foi dirigido pelos professores Isabel Correia e Luís Borges. Mário Alves

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Visita ao Dino Parque da Lourinhã Na nossa visita ao Dino Parque, vimos mais de 150 modelos de dinossauros e outros fantásticos animais à escala real. Observámos os monstros marinhos que habitaram mares e lagos ao longo de 450 milhões de anos de evolução e adorámos ver o mais lendário tubarão da história da Terra, o Megalodon e o maior crocodilo de todos os tempos, o Sarcosuchos, que habitou nesta região do centro de Portugal. Nas nossas atividades escavámos fósseis e modelámos dinossauros. Também visitámos a exposição “Dinossauros da Lourinhã” com fósseis originais dos mais famosos dinossauros portugueses e vimos um esqueleto completo do famoso “Miragaia”. Foi uma oportunidade única para ver a dimensão destes monstros do nosso mundo. 1.º/2.º C

EB Nº1

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Olimpíadas de Geologia Marta Rebelo no 4º lugar A aluna do 11º A, Maria Gonçalves Rebelo, participou na fase nacional das Olimpíadas Portuguesas da Geologia, entre os 25 melhores alunos a nível nacional, tendo obtido o 4º lugar. As provas que decidiram o apuramento para a 13th International Earth Science Olympiad, a realizar de 26 de agosto a 3 de setembro de 2019, em Daegu, na Coreia do Sul, decorreram em Estremoz nos dias 1 e 2 de junho. As provas envolveram conteúdos da disciplina de biologia e geologia do ensino secundário e avaliaram duas componentes: teórica e prática (de laboratório e de campo). A Maria realizou a prova da fase Regional, com mais dois alunos da escola: Emília Gonçalves Rebelo e Tomás Ribeiro, que se realizou no Colégio Rainha Santa Isabel e Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra, no dia 30 de março de 2019. Esta fase reuniu a participação de 434 alunos de todo o país e envolveu cerca de 3500 alunos na fase escolar.

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Veterinárias na Escola Mais uma vez, a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento dinamizou uma atividade destinada aos alunos do quinto ano. No âmbito do tema Bem-estar animal, convidámos a equipa da VetCondeixa a estar presente na nossa Escola e mostrar aos nossos alunos algumas características dos animais de companhia e como cuidar deles. Estiveram connosco a doutora Inês Marquês e a doutora Carolina Bento e, surpresa das surpresas, trouxeram consigo a cadelinha Baga, que fez as delícias de todos e, justiça seja feita, teve um comportamento exemplar. Foram muitas as questões colocadas às duas médicas e no fim os alunos ainda tiveram direito a presentes trazidos pelas nossas convidadas. Muito obrigada pela vossa presença! Regina Pimentel

Concurso Uma Aventura Menção Honrosa para aluno do JI da Ega O aluno Diogo Lopes, do Jardim de Infância da Ega, ganhou uma Menção Honrosa no Concurso “Uma Aventura… Literária 2019”, promovido pela Editorial Caminho. Como prémio, recebeu um livro e um diploma. A sua Educadora, Ana Guadalupe, ficou muito feliz com esta distinção.

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Fernando Namora Fernando Namora por um outro olhar É “Um Olhar sobre Fernando Namora”. Vê-lo por outros olhos. É ter outra perspetiva. Uma perspetiva cultural, humanística e, acima de tudo, simplista, centrada em Fernando Namora e pelos olhos daqueles, crianças e adolescentes, que o vêm. Expoente máximo da literatura portuguesa e um dos grandes intelectuais que tiveram Condeixa por berço, Fernando Namora é base reinterpretativada conjugam imagens e palavras deixadas pelo escritor. obra e dos itinerários que a vida lhe proporcionou, De entre os produtos mais tradicionais, aos mais num roteiro a concurso e, posteriormente,reunido originais… produtos comestíveis, entre muitos ouem exposição.Assim se destaca a vida e obra de Fer- tros de exigência imaginária, tudo serviu de inspiranando Namora, no ano do centenário do seu nasci- ção para a criação de peculiares obras biográficas, mento

cenários e personagens namorianas, retomando à

Após o término do concurso lançado em outubro memória o homenageado e abrindo um outro camide 2018 à comunidade educativa das escolas perten- nho para o acesso à sua Obra. centes à “geografia namoriana”, - em resultado da Marca afeta a qualquer competição, a finalizar o ciarticulação entre o Município de Condeixa, a Co- clo ficou a distribuição dos prémios, em sessão púmissão Cultural da Casa Museu Fernando Namora e blica, na Biblioteca Municipal Engº Jorge Bento, a 22 o Agrupamento de Escolas de Condeixa, na preten- de maio, (data em que se assinala o Dia do Autor são de estimular e desenvolver o conhecimento e o Português), com a presença e discurso das individuestudo

da

Obra

multifacetada

do

escritor alidades incumbidas do concurso, bem como dos

(romancista, novelista, cronista e poeta) e pintor -, representantes desses diversos Municípios que esos trabalhos sujeitos a avaliação metamorfosearam- tritamente se associam a esta figura incontornável se, a seu tempo,num todo e espaço único, a Biblio- da literatura portuguesa e recompensados no palteca Municipal Engº Jorge Bento, em exposição a marés. arrebatar o mesmo título até 25 de maio.

O concurso ideal para aumentar a criatividade e re-

Mostrando um pouco a diversidade, a influência e a forçar o talento das futuras gerações de artistas própria vivência nos locais em que Fernando Namo- portugueses e uma justa homenagem àquele que foi, ra esteve, a mostra é constituída por diversas moda- à época da sua morte, o escritor português mais lidades das Expressões Literárias (conto, ensaio, po- lido, traduzido e conhecido no mundo. esia) e Plásticas (pintura, multimédia, escultura), mais concretamente, em dezenas de trabalhos que

Joana Branco

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Fernando Namora :: NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

Este foi o trabalho que fizemos, todos, com muito empenho, para participar no concurso! E ficámos mesmo muito felizes com o 1.º Prémio! Turma A do JI da EB n.º 1 de Condeixa 2019

Reinterpretar Namora - Andreia Duarte - 9º A 1º prémio 3º CEB - Expressão Plástica Bi-Tridimensional

Agradecimentos a Condeixa A morte do paciente, a vida do Doutor começou com o sempre inócuo convite lançado na sala de aula para participar num projeto inocentemente colocado aos alunos: perguntou-se quem queria, alguns braços se levantaram, passaram-se folhas e recomendou se Domingo à Tarde para base dos nossos textos. As semanas passaram, Domingo à Tarde provou ser muito mais do que essas meras horas finais que ditam o começo de outras aulas, de outros convites inócuos, e o texto construiu-se a um ritmo paulatino mas certo, lado a lado com a leitura de Saramago, autor vencedor de um Nobel que Namora poderia ter ganho, noutro tempo, no mesmo espaço, crescendo para o céu estrelado, olhando os montes que nos rios refletiam a Lua, à semelhança da inocência humana que foi Babel, construção de várias línguas e coesão de tijolo trabalhado. Em contraste com torre bíblica arrogantemente erguida para chegar a Deus, ficar ao mesmo nível, a nossa obra humildemente composta aparentou resistência e, talvez pelo nome, talvez pelo advérbio e muito possivelmente por ambos, mostrou-se a melhor, ganhando na sua categoria de obra literária e o prémio de júri, para o deleite daquele que não esperava ser o que foi nomeado. junho de 2019 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Fernando Namora Declarados os vereditos, fomos convidados a receber os prémios no município que foi o deste projeto, ansioso de conhecer os vários vencedores e, como não poderia deixar de ser, seguimos viagem para o povoado que em tempos romano se designou, cada um mais ou menos acompanhado, e se a alguém faltou a quantidade de companhia em qualidade sobrou, melhor a ninguém poderia lembrar. Da viagem muito se poderia dizer mas creio que fugiria ao tema, por isso conciso em agradecimentos às professoras que nos acompanharam: a professora Lúcia Teixeira, a professora Helena Madureira, a professora Elisabete Afonso, a professora Helena Sapeta, a professora Helena Martins, que me tem ensinado desde a minha entrada para o Secundário e sem esses valiosos ensinamentos nunca poderia ter produzido o que das minhas mãos pensando foi impresso no papel, e a professora Natália Ferreira, que procurou sempre impulsionar-me para ir mais além e ver que o horizonte avistado não é o limite, mas apenas um parapeito para podermos alcançar a paisagem que se desenrola adiante. Da viagem, para além da cerimónia, ficou o maravilhoso trabalho do Museu PO.RO.S, que tivemos o prazer de ir visitar e decerto manter-se-á na nossa memória. Assim, recebemos os prémios, contentes e emocionados pela apreciação que o júri fez e, pessoalmente, incapaz de recolher um sorriso quando ouvi o processo da seleção da minha obra, encontrando nessas palavras ânimo e força para, querendo fazer das palavras soltas na cerimónia, poder voltar, neste palco ou outro, a representar o melhor que há na escrita de quem escreve nesta fresca idade e, soprem os ventos da Ventura, retornar aonde me elogiaram. Por tudo isto, gostaria de agradecer à Câmara Municipal de Condeixa pela organização do concurso Um olhar sobre Fernando Namora e pelo júri que avaliou as peças que concorreram, sem os quais não poderia estar a escrever este agradecimento e talvez, porventura, outras correntes do Destino me levassem para longe de onde passei, não teria tido a oportunidade de reconhecer o que escrevo e como escrevo, nem de ter percorrido todo o caminho, ora estrada ampla por onde vários andam lado a lado, ora vereda estreita que um transpassa e as silvas riscam as pernas, mas sempre elucidativa e pedagógica. Felizmente, não precisei de mais acaso do que estudar na Escola Secundária Fernando Namora, à qual também agradeço, não só por ter proporcionado a última metade dos meus anos de aprendizagem que culminaram na obra escrita, como também permitiu, através dos seus excelentes professores e das suas iniciativas, ir para além do lecionado na convencional sala de aula e ensinar como erguer as asas da criatividade, para poder voar e observar a “terra”, real, e poder transmutá-la e ligá-la, criar novos sentidos, como desde há muito ligamos e transmutamos as estrelas do céu.

José António Medeiro - aluno do 12º ano do Agrupamento de Escolas Fernando Namora da Brandoa - Almada. Prémio Especial do Júri do Concurso “Um Olhar sobre Fernando Namora”.

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Fernando Namora :: NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

No ano do Centenário de Nascimento de Fernando Namora (1919-2019), a turma do 8ºA da Escola Básica 2,3 de Condeixa-a-Nova, na disciplina de Português, explorou a obra "Casa da Malta", para estimular a participação dos alunos no Concurso de Expressão Plástica e Literária "Um Olhar sobre Fernando Namora". Partindo da leitura orientada de excertos, desenvolvemos uma oficina de escrita, imaginando o percurso das personagens, dado que a ação da obra é aberta. Cada uma das personagens concluiu o seu percurso narrativo. A criação final dos alunos foi compilada em suporte digital pela Ana Catarina Ventura, estagiária da FPCEUC na área das Tecnologias Educativas. Leia os contos, entre eles o premiado na categoria de texto literário, no escalão do 3º CEB - "A Missão do Velho Troupas", em https://bit.ly/2Z29wFC. A professora Carla Fernandes

Um chapéu para Fernando Namora «Chapéus há muitos!», como diria o saudoso ator Vasco Santana. E então não é que os meninos da turma A do Jardim de Infância pensaram em tapar a cabeça de Fernando Namora com chapéus! Vejam o resultado.

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Fernando Namora Rádio Miúdos põe Condeixa nos píncaros!

A Rádio Miúdos esteve em Condeixa e, do lado de lá, ao microfone, numa transmissão em direto para todo o mundo...os vencedores do concurso “Põe a tua terra nos píncaros”! Descrever um herói da terra, alguém que pelos des de comunicação e expressão, produzir conteúseus feitos ou atitudes foi ou é exemplar, é tarefa dos e, sobretudo, ensaiar o alinhamento da emisrelativamente trivial. Mas se apenas dispuséssemos são ao vivo, o momento mais exigente, mas tamde 5 minutos para o fazer, certamente teria de bém o mais aguardado por todos. conter elevadas doses de criatividade.

Em direto da Praça do Município para os cerca de

Depois do sucesso da primeira edição, que apenas 90 países que a escutam, entre as 14 e as 16 horas abrangia a zona Centro do país, este ano o con- do dia 24 de maio de 2019, as múltiplas funções curso organizado pela Rádio Miúdos, em colabora- radialistas da Rádio Miúdos, incluindo a de pivot, ção com a Rede de Bibliotecas Escolares, para to- passaram a ser totalmente assumidas pelos miúdos das as escolas públicas do país, tomou forma a ní- que, de entre outros conteúdos, conduziram envel nacional com “Um herói da tua terra”.

trevistas exclusivas a Arminda Namora, filha do

Desafiados a mostrar um herói da sua terra atra- referido herói condeixense. vés de um spot promocional de apenas 5 minutos, vida e obra do ilustre Fernando Namora valeram ao Agrupamento de Escolas de Condeixa, pelo segundo ano consecutivo, a imposição nos seis estabelecimentos premiados pela competição. Como recompensa, o atelier “Vamos fazer um programa de rádio”, sob a supervisão do coordenador de produção da Rádio Miúdos e formador na área dos Media, João Pedro, proporcionou aos pequenos radialistas a oportunidade de conhecer diversas técnicas de rádio, desenvolver capacida-

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Fernando Namora :: NOTÍCIAS/ATIVIDADES ::

Isabel Freitas, Coordenadora da Casa-Museu Fernando Namora, teve oportunidade de responder também a algumas perguntas, dando a conhecer a personalidade literária de Namora e as atividades desenvolvidas por ocasião do centenário do seu nascimento. No final da tarde, juntou-se a esta atividade Nuno Moita da Costa, presidente da autarquia, que também A etapa final do concurso decorrerá no próximo dia 02 de julho, altura em que a Fundação Calouste Gulbenkian receberá, em Lisboa, os vencedores das duas primeiras edições do concurso. A Rádio Miúdos procura assim incentivar, entre os mais novos, a participação ativa na sociedade, através do meio rádio, sensibilizando os miúdos para a importância do património regional, material e imaterial, e de estreitar a relação entre escolas e municípios.

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:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Fernando Namora 4º A - EB nº3 de Condeixa Balanço da emissão em direto na Rádio Miúdos “…Neste dia senti-me bem, feliz, mas muito ansiosa… Quando entrei na tenda, vi todos os pormenores: os microfones, os auscultadores, o computador, muitos fios, as colunas de som,…tudo isso me deixou ainda mais nervosa. Só queria surpreender os meus colegas, professoras e auxiliares. Ao ouvir os meus colegas em direto, senti que não tinha de me preocupar e que era tempo de me divertir ao máximo e participar nesta magnífica aventura!” Luana Grilo “…Fomos premiados com esta atividade porque ganhamos o Concurso Nacional da Rádio Miúdos “Põe a Tua Terra nos píncaros – Um herói da Tua Terra”… Pusemos a nossa Terra nos píncaros porque falamos sobre Fernando Namora, pessoa muito importante de Condeixa. Este ano comemoraram-se os 100 anos do seu nascimento… Foi a primeira vez que falei em direto numa rádio e por isso fiquei feliz!” José Simão Bento “No dia 24 de Maio, eu e a minha turma saímos da escola diretamente para a Praça do Município, onde estava montada a Rádio Miúdos. Eu e a Maria fomos os pivôs da primeira hora; eu fiquei com o computador e a Maria com o microfone. Durante a emissão o Tiago Silva contou uma anedota, vários colegas declamaram poemas, todos de Fernando Namora… Valeu muito a pena este dia!” David Manuel Sabino “… Gostei de todo o programa sem exceção, porque foi uma experiência nova, divertida e muito enriquecedora. Liguei e desliguei os microfones, fiz uma entrevista a Arminda Namora, a filha mais velha do escritor, pintor e médico Fernando Namora. As suas respostas deixaram-me surpreendida porque utilizou um vocabulário muito complexo e elaborado…Esta foi uma experiência que nunca mais esquecerei e aconselho todos os meninos que possam a participarem neste Concurso da Rádio Miúdos. Não se arrependerão!” Maria Leonor Duarte “A experiência da Rádio Miúdos foi um momento de aprendizagem diferente e muito divertido, dandome a oportunidade de conhecer o modo de funcionamento de uma rádio. Gostei de usar os auscultadores e de falar ao microfone como os locutores da rádio de verdade. Gostei de conhecer a filha mais velha de Fernando Namora, que gentilmente aceitou ser entrevistada por nós e falar da sua infância e das recordações que guarda de seu pai. Gostei das músicas escolhidas pelos pivôs e do apoio dos colegas das outras turmas que foram assistir ao nosso programa em direto.” Gabriel Pedro Cardoso 14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


Fernando Namora :: NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: “Nesta aventura embarquei em novas experiências e aprendi novas coisas… Obrigada Rádio Miúdos por me terem dado a oportunidade de falar na Rádio. Foi uma experiência brutal!” Mariana Figueira

“…O que mais gostei foi ter falado ao microfone sobre a escarpiada, doce típico de Condeixa e de Fernando Namora, médico, pintor e escritor condeixense… As entrevistas foram um ponto alto desta emissão… à D.ª Arminda Namora, filha mais velha de Fernando Namora , à responsável da Casa Museu Fernando Namora, Drª Isabel Freitas e ao Presidente da Câmara, Dr. Nuno Moita. Gostei muito de tudo, espero poder um dia repetir esta experiência. Foi sem dúvida, uma estreia fantástica na Rádio.”

Santiago Manaia

“ … Desde que soube que a Rádio Miúdos vinha à nossa escola, fiquei muito contente e ainda mais contente fiquei quando soube que ia ser uma das apresentadoras da segunda hora de emissão em direto. Foi espetacular aprender a trabalhar com os equipamentos de rádio, como se estivesse num estúdio, selecionar e passar as músicas e publicidades, carregar em botões e falar ao microfone… foi muito engraçado e fez-me sentir uma locutora de rádio a sério. Gostava de repetir a experiência e um dia vir a ter um programa de rádio só meu!” Leonor Silva

Ouça toda a emissão ao vivo em https://bit.ly/2KkFoBv

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::ENTREVISTA a ARMINDA NAMORA :: Arminda Maria Bragança de Miranda Namora Quintino de Barros, a filha mais velha de Fernando Namora, residente em Lisboa, respondeu às perguntas dos alunos do 4ºA da EB nº 3 de Condeixa-a-Nova.

4ºA - COMO ERA FERNANDO NAMORA?

da Figueira da Foz, e depois em Vale Florido, onde

A.N. - Tive 48 anos de vivência com o meu pai, (de revia os meus avós. 1941 a 1989, datas do meu nascimento e da sua mor4ºA - O QUE APRENDEU COM O SEU PAI?

te).

Nasci em 20 de Maio de 1941, em Coimbra. Minha A.N. - O meu pai foi sempre uma referência na minha mãe, Arminda, ainda estudante, morreu de parto. Por vida pessoal e profissional. Acompanhei-o durante o esta razão deram-me o nome dela, mas, para o meu meu percurso escolar pelos locais onde exerceu a sua pai, eu sempre fui a Minducha. O meu pai, então com profissão: Monsanto; Pavia; Lisboa. Aldeias e cidades. 22 anos, ainda não era licenciado em medicina, fiquei a Assim, tive a oportunidade de conhecer meios sociais viver em Coimbra, em casa da minha madrinha, Maria contrastantes: desde a pobreza extrema até gente Albina Cochofel, mãe de um seu amigo, o escritor Jo- abastada, e também figuras ilustres do meio intelectual ão José Cochofel, até ele terminar o curso. Tive que português e estrangeiro. Foi na apreciação destes contrastes que construí o seguimento do meu percurso ser amamentada por uma “ama de leite” que ficou a

de vida. Escolhi, fui e sou enfermeira, diplomada na

viver nesta mesma casa.

Escola Técnica de Enfermeiras (ETE), com a especiali-

Após a formatura do meu

dade de Saúde Pública e Saúde Mental e Psiquiatria.

pai, fui viver com os meus

Apesar das minhas imperfeições, tenho apreço pelos

avós paternos em Condei-

valores da lisura; da amizade; da discrição; da tolerân-

xa.

cia; com a assunção e correção dos erros cometidos.

Naturalmente,

desta

época tenho poucas recordações.

4ºA - COMO SE SENTE AO TER UM PAI FAMOSO? A.N. - Sinto orgulho, admiração pelo seu talento, dig-

4ºA - O QUE GOSTAVA MAIS DE FAZER COM O nidade e humanismo em todas as vertentes da sua viSEU PAI QUANDO ERA CRIANÇA? da como pessoa, médico, escritor e pintor. A.N. - Aos seis anos de idade, o meu pai foi buscar- Sinto o dever e a responsabilidade de dignificar semme à casa de Condeixa, onde viviam os meus avós pa- pre o seu nome. Desde pequena, já na vida escolar, ternos, tendo eu passado a viver com ele, a Zita, com senti essa responsabilidade – eu tinha que ser sempre quem casara, e com a minha irmã mais nova, Margari- boa aluna a “desenho” e a “português”. da, no Alentejo. O que eu apreciava era participar em Mais tarde, como enfermeira, estava sempre presente passeios, nos fins de semana, em Évora, e também em o “apelido”. Nesta época o apelido “Namora” era piqueniques, como nas férias típicas do Alentejo. No muito conhecido, reconhecido e prestigiado. verão, gostava das férias no mês de Agosto, na praia 16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


:: ENTREVISTA a ARMINDA NAMORA :: 4ºA - TAMBÉM GOSTA DE ESCREVER OU DE -lo ao restaurante “Luz e Vida”). Também gostava PINTAR, A EXEMPLO DE SEU PAI?

das couves com arroz e broa (chamado o

A.N. - Gosto de escrever memórias e cartas. Não “aferventado”). Gostava de leite creme e da escarpiada, doce típico de Condeixa. aprecio as chamadas “redes sociais”. Na minha vida profissional, elaborei bastantes escritos sobre saúde pública e saúde mental infantil. 4ºA - DESCREVA-NOS UM DIA DE TRABALHO Não pinto, mas amigos meus dizem que tenho sen- DE SEU PAI ENQUANTO ESCRITOR E PINTOR. sibilidade artística. Aprendi a fazer muitos traba- A. N. - Enquanto escritor, de dia, o meu pai isolalhos manuais com a minha avó paterna, Albertina, va-se no escritório, no seu “casulo” hoje reconstituído na Casa Museu Fernando Namora, em Con-

que foi uma grande, mas “silenciosa” artista.

deixa, pedindo silêncio. Tinha até um pequeno ar4ºA - DOS QUADROS E LIVROS DE FERNAN- tefacto no qual estava escrito “Não incomodar”. À noite não escrevia, pois deitava-se cedo. DO NAMORA, QUAIS OS SEUS FAVORITOS? A.N. - Gosto muito dos seus primeiros quadros Enquanto pintor, não havia lugar certo para pintar pintados na adolescência, em tábuas de caixotes, e não o fazia diariamente. alguns já corroídos pelo bicho da madeira, que retratam paisagens do campo da zona de Vale Flori- 4ºA - COMO DEFINIRIA O SEU PAI? do e do Rabaçal. Gosto dos quadros a óleo: A. N. - Com talento, sem vaidade. “Monsanto”, da Beira Baixa; “Vista de Pavia”, rua e Era um homem bom, tímido, melancólico, impacicasa onde vivemos; “Auto Retrato” e “Vila da Ericei- ente, afetuoso, amigo, sedutor embora descuidado ra”. Os meus livros favoritos são: “Retalhos da Vida com a sua apresentação. de um Médico”, e “Domingo à Tarde”. De ambos há Para mim foi o meu herói. Vocês sabem o que isso significa, pois escolheram-no na vossa terra!

versões cinematográficas. 4ºA - QUAL O PASSATEMPO PREFERIDO DO SEU PAI? A. N. - O meu pai gostava muito de conversar, ouvir música, ler e de ir ao cinema, para além de exposições. 4ºA – LEMBRA-SE DO PRATO FAVORITO DE FERNANDO NAMORA? A. N. - Gostava de cabrito assado com batatas e grelos. (Quando vinha a Condeixa ia sempre comê

junho de 2019 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: O Projeto Letras Prá Vida veio à Escola

No passado dia 21 de maio, a convite da Diretora de Turma, Dra. Regina Pimentel, o Projeto Letras Prá Vida foi apresentado à turma do 5ºD da Escola nº 2 de Condeixa. No início do ano letivo, os Encarregados de Educação do 5ºD foram convidados a participar e envolver-se na disciplina Cidadania e Desenvolvimento, cujo lema é “Eu posso, tu podes, nós podemos juntos ter uma turma melhor”. Assim enquanto mãe de uma aluna da turma, aceitei o desafio e apresentei à turma o Projeto Letras Prá Vida da Escola Superior de Educação, com o qual colaboro. O projeto nasceu em 2015, com um trabalho de análise de necessidades e potencialidades de Animação Socioeducativa em Condeixa, que confirmou a existência de pessoas com vontade de aprender a ler e a escrever, cuja vida não lhes havia dado essa oportunidade antes. Assim foi criada a primeira oficina de alfabetização na Loja Social de Condeixa. O projeto foi crescendo e, no ano seguinte, fomos trabalhar, com pessoas seniores e não só, as novas tecnologias. Nasce a oficina Teclas Prá Vida, em Belide. Agora há mais, em Arrifana e Casal do Missa. O projeto baseia-se no método de Paulo Freire; na pedagogia da autonomia, andragogia e aprendizagem autodirigida, nos afetos e na literacia da vida de cada um. É um espaço onde é valorizada a literacia da vida, onde formamos uma comunidade colaborativa. As oficinas acontecem em contexto não formal, durante 2h, uma vez por semana, em diferentes contextos. Neste momento, o projeto integra 20 parceiros, cerca de 180 participantes, sendo que no concelho de Condeixa envolve mais de 55 participantes e cerca de 30 elementos da equipa. Carinhosamente conhecida pela

EQUIPA MARAVILHA,

é multidisciplinar pois envolve alunos e diplomados de licenciaturas,

mestrados e doutoramento de diferentes cursos e instituições de ensino. Tal como a turma do 5º D, o Letras também têm um lema “alfabetização com o coração”! Se quiser ser voluntária/o, pode juntar-se a esta família para aprendermos juntos! Contactos do projeto: facebook: https://www.facebook.com/letraspravida/ e-mail: letraspravida@esec.pt

18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: EMPREENDEDORISMO SOLIDÁRIO Um projeto de sabores e cultura

A turma do 8º D, esteve ao longo do ano envolvida num projeto de empreendedorismo com uma dupla missão: desenvolver competências e capacidades no âmbito do envolvimento dos alunos na promoção e construção de ideias e oportunidades diferentes, tendo ainda em vista uma importante componente solidária e cívica de responsabilidade social que procurava angariar fundos para ajudar o APPACDM de Condeixa equipar as suas janelas com estores. Procurou, mobilizando os recursos disponíveis, concretizar iniciativas diferenciadas que foram um sucesso. A turma desenvolveu esta iniciativa nas aulas de Mundo Atual e Cidadania estabelecendo diversas parcerias, nomeadamente com a empresa intermunicipal - IMAGINE.CREATE. SUCCEED. - Empreendedorismo nas Escolas. Contou ainda com diversas outras parcerias, nomeadamente os museus PO.RO.S e Conímbriga; a doceira Cátia Curado, a arqueóloga Margarida Amado, não esquecendo a preciosa colaboração da Câmara Municipal de Condeixa, principalmente na pessoa da Eng.ª Ana Bela Malo, entre outros não menos importantes. Ao longo do ano, foram desenvolvidas diversas atividades de pesquisa, experiências e partilha de informação (quer nas aulas de Mac, quer em horários extra-escola), no sentido de desenvolver algo que pudesse vir a representar o Concelho e paralelamente se inserisse na História do mesmo.

Parceiros e patrocinadores

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Assim, os alunos da turma e a Diretora de Turma, juntamente com todos os parceiros, reuniram por diversas vezes, na EB2 de modo a desenvolver o projeto. Foram feitas experiências de modo a reinventar, recriar e produzir biscoitos com produtos endógenos de Condeixa, tendo mesmo promovido um workshop no mercado municipal da vila para apresentar uma das suas invenções - os seus biscoitos de mel, azeite, noz e farinha de arroz. Após várias tentativas, alguma discussão, muita animação e bastante confusão, a turma decidiu-se pela recriação de um “pão romano” usando produtos endógenos típicos do período romano, procurando transformá-lo num novo artigo gastronómico da região. Este foi testado e apresentado no dia 22 de março, no auditório do PO.RO.S, aquando do Concurso Municipal de Empreendedorismo do Município de Condeixa, em que a turma apresentou o seu projeto de empreendedorismo. Este mesmo projeto, culminou com a apresentação, na segunda fase do evento, IMAGINE.CREATE. SUCCEED. - Empreendedorismo nas Escolas, no dia 25 de maio, que decorreu em Poiares. A turma apresentou a sua empresa: “PanisCondeixa – Fatias com História”, que foi amplamente elogiado por todos os jurados e demais entidades envolvidas. Neste projeto, não esquecemos Fernando Namora e procurámos juntar duas justas homenagens: uma ao centenário do nascimento de Fernando Namora, e outra ao pão romano, cuja receita se procurou recuperar promovendo a região e a tradição romana.

O 8º D, procurou reconhecer a importância do pão como base da alimentação das populações rurais envolventes a Condeixa, ao longo do tempo. A fertilidade dos campos da zona na produção de cereais, a existência de diversos moinhos e azenhas espalhados pela vila e aldeias envolventes, demonstram que este foi e é um alimento nobre da região. A partir das pesquisas efetuadas, percebemos que, em Roma, por volta do século I a. C, existiam cerca de 258 padeiros. As escavações levadas a cabo na cidade de Pompeia, destruída pelo Vesúvio nesse mesmo século, revelaram grande número de moinhos e padarias e, em Conímbriga, é ainda evidente um espaço onde existia uma grande pedreira onde se fabricavam mós. A política do “Pão e circo”, criada pelo imperador Vespasiano serviu para evitar revoltas entre os milhares desempregados em Roma. Desta forma, o povo alimentado e divertido pelos espetáculos de circo, corridas e gladiadores, alienava-se dos verdadeiros problemas do império e da cidade. 20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Nesta procura de informação, descobrimos ainda que cada padaria ou padeiro romanos, teriam uma forma de personalizar o seu pão, permitindo identificar, desta forma, o local de produção ou o padeiro. Os pães eram assim marcados com carimbos de metal ou cerâmica (signa pistoris) que representavam figuras de animais ou cereais, possivelmente ligados a divindades da fertilidade da terra. Desta feita, procuramos criar também um selo autocolante que nos identificasse e com os quais selámos o saco de papel em que colocámos os nossos pães.

“PanisCondeixa” (pão de Condeixa), foi recriado a partir de um pão carbonizado encontrado numa das escavações de Pompeia. dondo.

O mais comum era o Panis Quadratus que apesar da designação era re-

O seu nome deve-se ao corte em oito secções feitas com um molde ainda antes da coze-

dura e que facilitava o corte e distribuição entre o povo ou os soldados. Este pão era normalmente comido acompanhado com figos naturais ou secos

Foi este o modelo a partir do qual, utilizando produtos endógenos (farinha de trigo, mel, acelgas e azeite), recriámos um novo produto que poderá certamente vir a fazer parte da gastronomia do concelho em homenagem ao período romano tão presente ainda no nosso dia-a-dia. Todas as verbas conseguidas com esta ação serão oportunamente entregues, pela turma, à direção da APPACDM de Condeixa em data a agendar, e da qual vos daremos certamente conta neste jornal, no início do próximo ano letivo.

A DT, professora de História, de Mundo Atual e Cidadania: Fernanda Fidalgo

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:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO ::

O projeto “A Maior Lição do Mundo” visa contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Comité Português para a UNICEF e a Direção-Geral da Educação juntaram esforços a fim de promover esta iniciativa e envolver o maior número de crianças a viver em Portugal. A Rede de Bibliotecas de Condeixa-a-Nova tem vindo a desenvolver atividades, no seu âmbito de ação, no sentido de nos tornarmos cooperantes deste desiderato, tão relevante para a construção do mundo nos dias de hoje. Procurando, a partir de leituras, sensibilizar os alunos para os ODS 1 e 2, exploramos a obra “Eva”, de Margarida Botelho. Neste livro, duas meninas com o mesmo nome - Eva -, uma em África outra em Portugal, vindas de lados diferentes do livro, contam seu quotidiano - brincadeiras, amigos, alimentação, escola, costumes, habitação... Todas estas situações diárias identificam as diferenças que as distinguem e livro, encontram-se num lugar comum - a televisão. distanciam, sendo oriundas de países tão diferentes. Porém, a meio do Os meios de comunicação global permitam-nos hoje comunicar com a realidade do outro e compreendê-la melhor, percebê-la, respeitá-la e procurar melhorá-la. A campanha em favor da ilha de S.O.G.A. (Guiné) é disso exemplo e tem envolvido toda a escola EB nº1 de Condeixa. Como actividade final, os alunos escreveram cartas, metade da turma imaginando-se em Portugal, outra metade em Moçambique.

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:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: Moçambique, 11 de fevereiro de 2019 Querida Eva,

Condeixa-a-Nova, 11 de fevereiro de 2019 Olá, Eva!

Espero que estejas bem. Sou a Eva de Moçambique Também me chamo Eva e vivo em Portugal. Estamos a trabalhar num projeto que tem 17 objetique tu viste na televisão. Cá dificilmente se arranja água, temos de ir buscá-la vos relacionados com o Desenvolvimento Sustenao poço. É divertido, pois vamos em grupo, mas é um tável (ODS). Sei que no teu país há fome e falta de água.

trabalho diário e muito cansativo.

Na minha escola há apenas um livro para toda a tur- Nós, em Portugal, não interagimos como as crianma. No final das aulas vamos para casa fazer o jantar ças daí. Gostava que me mandasses uma bicicleta feita por ti e pelos teus amigos, construída com

com a nossa família e gostamos muito.

Somos nós que construímos os nossos próprios brin- latas, garrafas de plástico e arame. É preciso muita quedos. Enquanto o fazemos, partilhamos alegria, cria- imaginação! Cá, chegamos a uma loja qualquer e tividade e imaginação. Aqui há liberdade e muito con- podemos comprar o que nós queremos… Como temos computadores à mão, em casa e na vívio. A pessoa mais experiente, sábia e velha da minha al- escola, obtemos facilmente as informações de que deia, o avô, conta-nos histórias de que gostamos necessitamos. Enquanto tu tens o teu avô a contar bonitas histórias, aqui lemos histórias que

imenso.

Eu e os meus amigos gostamos de trepar à mangueira compramos na livraria ou requisitamos na biblioteca. Como não tens aí uma biblioteca, eu explie comer mangas suculentas. Apesar de não termos possibilidades de ter tantas coi- co. Uma biblioteca é um sítio onde se pode ler, sas como vós, aí na Europa, somos muito felizes. E tu, escrever, ouvir histórias e ver filmes. Também há no teu país, és feliz? Gostaria muito que descrevesses jornais e revistas que nos dão notícias e informaaquilo que costumas fazer no teu dia a dia. Quando ções. puderes, responde a esta minha carta. Beijinhos e abraços

Um beijinho da tua amiga, Eva (de Moçambique)

Eva (de Portugal) Autores

Mariana Carramana, Matilde Branquinho, Maria Clara, Vicente Cardoso, Luana Carvalho, Simão Ferreira 4º B — EB nº1

Beatriz Paiva, Alice Sequeira, Gabriel Abade, Afonso Narciso, Duarte Natário, Daniela Branco 4ºB — EB nº1

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:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO ::

O enfoque do projeto “A Maior Lição do Mundo”, ao longo do presente ano letivo, colocou-se no ODS 16 “Paz, Justiça e Instituições eficazes”, conforme indicações da DGE, desafiando as escolas a desenvolverem trabalhos sobre essa temática. O repto consistia em “criarmos ambientes de aprendizagem seguros para garantir que todas as crianças sejam protegidas contra o bullying, os castigos corporais, entre outras formas de violência. Acabar com a violência na e à volta das escolas, é essencial para assegurar os direitos de todas as crianças e para o desenvolvimento sustentável do planeta” [cf. https:// maiorlicao.unicef.pt/] Com base em leituras, concebemos um plano de intervenção para o pré-escolar e para o 1º CEB. Através de sessões de leitura, levamos a reflexão às crianças e deixamos sementes de trabalho para os professores. No 1º CEB, o livro selecionado foi «A Viagem», de Francesca Sanna. Trata-se da história de uma mãe que parte numa viagem com os dois filhos para fugir à guerra. É uma viagem carregada de medo do desconhecido, mas também de muita esperança. Após a leitura, os alunos foram convidados a refletir sobre a condição dos refugiados, com auxílio de imagens e alargamento aos contextos político e social que envolvem esta problemática. No final, tiveram de se colocar na pele de quem tem de fugir da sua casa ou de quem recebe um/a menino/a vindo de longe, em busca da paz/justiça perdida/s.

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:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: No diz respeito ao pré-escolar, a obra escolhida foi “Era uma Vez uma Raiva”, de José Carlos Lollo, e pretendeu essencialmente fomentar a reflexão das crianças sobre às suas emoções extremadas. «No início era só uma raivinha à toa. Uma coisa tonta, que nem tinha razão de ser, mas que, mesmo assim, era.» Esta história começa com uma raiva pequenina e acaba por tomar proporções enormes. Todas as birras começam por ser insignificantes, mas, se forem alimentadas, crescem por tudo e por nada e tomam conta de tudo à sua volta. Com a leitura deste livro, demonstramos às crianças como as raivas e as birras são destrutivas e que, no fim, o sofrimento é maior, se não controlarmos as emoções negativas. Como estratégia de controlo, fizemos o pote da calma, com água quente, cola e purpurinas. Agitar, esperar que baixe e respirar. Pronto a usar na sala de aula, em caso de perigo de raiva!

Os alunos do 4º ano da EB Nº1 abordaram, com as suas professoras, a obra “O lápis mágico de Malala”, uma versão adaptada para a infância da vida de Malala Yousafzai , a jovem paquistanesa que quis estudar, contra a vontade dos talibãs, que sobre ela exerceram o seu domínio, quase conduzindo a jovem à morte. “Quando Malala era ainda uma criança, no Paquistão, ela desejava ter um lápis mágico para... ... desenhar uma fechadura na porta do seu quarto para que os irmãos não a incomodassem. ... parar o tempo, e assim poder dormir mais uma hora todas as manhãs. Mas Malala cresceu e o mundo mudou, bem como os seus desejos. [cf. https://www.wook.pt].

Malala foi a pessoa mais nova a ser laureada com um prémio Nobel. É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal do vale do Swat, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste do Paquistão. junho de 2019 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25


:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: Desenvolvimento Sustentável na EB1 de Belide

Na nossa escola já estamos a trabalhar para valorizar o ambiente, tornando-o desta forma mais sustentável. Estamos muito empenhados em participar nalguns projetos como o ClimAgir e a Vermicompostagem.

O projeto “ClimAgir” visa sensibilizar a população para as consequências das alterações climáticas e ao mesmo tempo, fomentar a floresta autóctone. O “Bolotas” a mascote deste projeto deslocou-se numa viatura eléctrica e chegou à nossa escola. Explicou-nos a necessidade de fazermos plantação das espécies originais da nossa floresta como o carvalho, o sobreiro, a azinheira e o pinheiro em vez do eucalipto e do choupo. Cada um de nós levou um sobreiro para plantar e temos a responsabilidade de cuidar dele. A Vermicompostagem resulta do tratamento de resíduos orgânicos pelas minhocas. As minhocas para sobreviver precisam de comida de origem vegetal, humidade, oxigénio, escuridão e temperatura. É este processo que ocorre nas caixas onde se encontram alojadas para a formação do Vermicomposto, os vermidigestores. As minhocas são alimentadas colocando restos de vegetais adicionados por camadas, em alturas que não deverão ultrapassar 0,35 m em altura útil, não existindo necessidade em remexer os mesmos periodicamente, contrariamente à compostagem. Ao atravessarem o trato intestinal das minhocas, os resíduos sofrem processos de oxidação e mineralização, sendo eliminados na forma de sólida vermicomposto e na forma líquida o chá de vermicomposto. Estes produtos são excelentes para a fertilização e o crescimento das plantas e por isso estão a ser usados nas nossas hortas.

Trabalho coletivo das turmas A e B da EB1 de Belide

26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: Á G UA D U R A E M P E D R A M O L E … Para ficarmos a conhecer melhor este bem tão precioso e cada vez mais escasso, visitámos a Escola da Água. Aí aprendemos que a nossa água é muito dura e as rochas que compõem a nossa região são moles, pelo que a água escorre facilmente entre as rochas e forma rios subterrâneos. Assim a vegetação é escassa e típica de regiões mediterrânicas. Tomámos consciência de que a água é um bem precioso, por ser essencial à vida de todos os seres vivos. Por isso, deixamos aqui alguns conselhos que partilhámos com o nosso amigo Pafi, mascote do passatempo “Vamos poupar água com o Pafi” Para o planeta ajudar, a água devemos poupar! A água nem sempre cai do céu, por isso não a devemos desperdiçar! Quanto menos água sujar, mais ela pode durar! Conselhos úteis: Tomar duche rápido em vez de banho de imersão. Aproveitar a água do chuveiro até que chegue quente. Ao lavar os dentes, usar um copo em vez de deixar a água a correr. Colocar água na pia para lavar toda a loiça e depois enxaguar. Se as máquinas da loiça e da roupa usar, faça-o sempre com a carga máxima! Quando o carro lavar, prefira as estações de serviço, ou então use um balde e uma esponja e só depois enxague rapidamente. Aproveite a água das chuvas em tanques para depois regar a horta. Regue a horta de manhãzinha, ou ao fim do dia, quando a evaporação é menor! Aproveite a água de lavar frutos e legumes para regar a horta, colocar na sanita ou lavar o chão. Nunca deite o óleo alimentar usado pelo cano, está a poluir muitos litros de água! Guarde o óleo alimentar usado numa garrafa e deposite num oleão, pode ser na escola de Belide, porque não! Trabalho coletivo das turmas A e B da EB1 de Belide junho de 2019 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27


:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: Plasticologia Marinha

Aos oceanos chegam todos os anos milhões de toneladas de plástico, com um impacto enorme nas espécies e ecossistemas marinhos. O Oceanário de Lisboa desenvolve sessões de educação ambiental nas escolas, investindo na formação de jovens conscientes e responsáveis, tornando-os agentes de mudança, num planeta, onde a poluição cresce de forma assustadora, a cada dia que passa. No trabalho que desenvolvemos com a bióloga que foi à nossa escola, tomámos consciência da enorme quantidade de lixo que existe nas praias e nos oceanos. Nas atividades desenvolvidas, limpámos uma pequena amostra de areia, recolhida nas nossas praias, onde encontrámos garrafas e sacos de plástico, embalagens de alimentos, palhinhas, beatas, cotonetes, etc. Depois tentámos separar o lixo do alimento dos peixes que encontrámos na água e concluímos que era uma tarefa, praticamente, impossível. Compreendemos, assim, que os peixes quando se alimentam acabam por consumir muito lixo existente no seu habitat e muitos deles acabam por morrer. Também aprendemos que com pequenos gestos podemos ajudar a reduzir a poluição. Aqui deixamos alguns conselhos: transportar o lanche na lancheira e não usar sacos de plástico, separar o lixo, não deitar os cotonetes na sanita… Vamos todos colaborar, não custa nada!

Vamos ajudar… Ao longo do ano, a nossa escola esteve empenhada em ajudar … ajudámos na recolha de garrafões que serão usados na construção de armadilhas com o objetivo de caçar as vespas asiáticas que estão a matar as nossas abelhas. Recolhemos muitas rolhas de cortiça que serão entregues à Casa de Saúde Rainha Santa Isabel que os utentes irão aproveitar para fazer variados trabalhos, alguns dos quais já tivemos oportunidade de ver. Também ajudámos os meninos de Soga, comprando/vendendo alguns dos seus produtos para que eles consigam construir um Centro de Saúde. A todos os que ajudaram, aqui fica o nosso “Muito obrigado”!

28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: Passatempo “Vamos poupar água com o Pafi” A EB1 de Sebal participou no passatempo promovido pelo grupo “Os Mosqueteiros”, em parceria com a Texto Editora. Com a nossa participação, pretendemos alertar os outros e a nós próprios para a importância de poupar água. Foi muito divertido fazer este trabalho. Aprendemos muito, construindo partes da casa onde, em cada divisão, relembramos uma atitude que promove a economia deste bem essencial. Eis aqui o resultado…

Os meninos da Turma A do JI da EB n.º 1 estão a desenvolver, neste 3.º período, um projeto a que chamámos “PATRULHA DA TERRA”.

Esta “patrulha” tem como missão “Respeitar a Nature-

za e Ajudar o Planeta Terra” e adotou como hino a canção “Terra, é a nossa Terra”, do álbum com poemas do José Fanha cantados pelo Daniel Completo (apresentado em atividade promovida pela BMC). Como símbolo da “Patrulha”, criámos uma medalha, feita com reaproveitamento de materiais, que usamos ao peito sempre que estamos a trabalhar na nossa missão.

Isabel Hipólito

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:: A MAIOR LIÇÃO DO MUNDO :: Plasticologia Marinha Oceanário de Lisboa

Aos oceanos chegam todos os anos cerca de 8 milhões de toneladas de plástico, com um impacto enorme nas espécies e ecossistemas marinhos. Apesar do plástico ter uma variedade enorme de utilizações, de ser um material útil, duradouro e versátil e que contribui em muitos domínios para o bem-estar humano, é urgente alertar que o seu uso de forma descontrolada tem impacto negativo no planeta e no Homem. Por esta razão, é importante sensibilizar o público sobre a problemática do plástico nos oceanos e fornecer-lhes ferramentas para conseguirem minimizar o seu impacto a este nível, através da alteração de comportamentos. O Oceanário de Lisboa pretende contribuir para elevar a literacia dos oceanos, em Portugal, promovendo o conhecimento dos oceanos e a vontade de contribuir para a sua conservação, tendo como base os valores da sustentabilidade e da necessidade de proteger a biodiversidade marinha. [cf. https://www.oceanario.pt/educacao/plasticologia-marinha/] Nos dias 14 e 15 de maio, as bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas de Condeixa-aNova desenvolveram sessões de sensibilização sobre a temática da Plasticologia Marinha. . Com a duração de 90 minutos, integrando um enquadramento teórico e atividades práticas, estes momentos de formação

visaram

sensibilizar

e

educar

para

a problemática do plástico nos oceanos. Desta vez recebemos a Bióloga do Centro de Investigação: CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos) - Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Eliana Soukiazes. Foi mais um momento de sensibilização das nossas crianças do 1º, 5º e 6º anos para a importância da preservação da vida marinha e para os danos que o uso descuidado do plástico pode ter para o nosso Planeta. Estas sessões

incluem-se no projeto "A Maior Lição

do Mundo", que pretende contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos ODS. Carla Fernandes (professora bibliotecária) 30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


:: OFICINA DE TEATRO :: #quesejaamor Durante o mês de abril, a Oficina de Teatro de Condeixa (OTC) teve a oportunidade de cooperar com a CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, a Associação de Pais EB 2/3 e o Município de Condeixa cujo objetivo foi prevenir os maus tratos na infância. A turma das "Teatraquinices na Escola"!, grupo de teatro da EB nº2 orientados pela OTC foram os atores desta campanha que tanto nos ensinou. A todos lembramos que as crianças são o nosso futuro, só que mais traquina! O lema é : "Serei aquilo que me deres...Que seja amor!" #quesejamor #otc #condeixa #teatraquinices

junho de 2019 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31


:: Ler +, escrever melhor :: No dia Mundial do Livro, a turma do 3ºB da EB nº3 leu um poema de Luísa Ducla Soares Livro Outros Acrósticos Um amigo Para falar comigo

Ler é viajar, voar, sonhar

Um navio

Inventar coisas espetaculares e

Para viajar

Ver um mundo mágico.

Um jardim

Rever as coisas que já aprendemos

Para brincar

O livro é um amigo com que podemos contar e

Uma escola

confiar. João Pedro Redinha

Para levar Debaixo do braço. Ler é viajar Livro

Imaginar

Um abraço

Viajar sem asas

Para além do tempo

Rir e divertir

E do espaço.

O livro é um amigo com quem posso partir. Zará Rodrigues

Depois a professora Georgina pediu aos alunos que fizessem acrósticos com a palavra LIVRO.

Ler é o que nós fazemos todos os dias

Estes são alguns dos trabalhos realizados.

Ir e voltar e sempre a viajar Viajar sem sair do lugar Rir até fartar O livro é um amigo que posso contar. Tomás Pedroso Ler é viajar Imaginar coisas que não existem Voar sem parar Rir com vontade Olhar para coisas nunca vistas.

João Tiago Marques

32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019

Miguel Soares


:: Ler+, escrever melhor ::

2º lugar para o 4ºB no Concurso “Conta-nos uma história!” Uma história com final feliz

Que bela forma de terminar este percurso de quatro anos! A turma do 4.ºB, da EBNº1 de Condeixa, da professora Maria de Deus, participou na 10ª Edição do Concurso “Conta-nos uma história” com uma versão inédita de “A Maior Flor do Mundo“ e das 315 histórias submetidas, foi uma das vencedo-

mo título da obra de Saramago, em contexto de escrita criativa, em articulação com a equipa da biblioteca escolar. Concorremos ao “Conta-nos uma História”, uma iniciativa do Ministério da Educação, da Rede de Bibliotecas Escolares e do Plano Nacional de Leitura 2027, em parceria com

ras. Tudo começou com a leitura da história de José Saramago: ”A Maior Flor do Mundo”. A partir daí foram feitos diversos trabalhos que envolveram todas as disciplinas. [cf. https://bit.ly/2MyqzxU]. Com esta linda história de amizade, entre um menino e uma flor, que apela à “Preservação da Natureza”, um dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável, participou no Concurso “Miúdos a Votos”, promovido pela Visão Júnior e alcançou o 1º lugar na escola. A turma apresentou o filme , realizou uma peça de teatro e adaptou a música We Are The Champions, da banda Queen para fazer

a Microsoft, a Associação Portuguesa de Professores de Inglês e a Rádio ZigZag, que pretende de incentivar os estabelecimentos de Educação PréEscolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico a realizar projetos recorrendo à utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação. E o resultado foi este: “A Maior Flor do Mundo” foi uma das histórias vencedoras do concurso, na categoria de ficheiro áudio do 1º CEB, no escalão do

e

ano

(2º

lugar).

[cf.

https://

bit.ly/2ZfBuO]. A cerimónia para entrega de prémios realizar-se-á no dia 27 de junho, no Colégio Militar, em Lisboa.

o apelo ao voto. [cf. https://bit.ly/2EXG9Nn]. Posteriormente, para continuar a desenvol-

ver o tema sobre a preservação da natureza, a tur- Viva ―A Maior Flor do Mundo‖! Viva o 4.ºB! ma decidiu criar uma história inédita, com o mes-

Maria de Deus Zeferino

junho de 2019 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33


:: CNL :: Concurso Nacional de Leitura CONDEIXA VENCEU!

Três alunos do Agrupamento de Escolas de Condeixa-aNova na grande final do Concurso Nacional de Leitura A 13.ª Edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL) decorre entre o dia 3 de outubro de 2018 e o dia 25 de maio de 2019. Os concorrentes foram repartidos em 4 categorias: alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico (3º e 4º anos de escolaridade), alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico, alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e alunos do Ensino Secundário. Na fase concelhia, realizada em dezembro, ficaram apurados dois alunos por ciclo de ensino: 1ºCEB - Cassiano Silva (EB nº1) e Leonardo Baptista (EB nº3); 2ºCEB – Margarida Figueiredo (6ºA) e Joana Pimenta (6ºA); 3º CEB – Anaís Duro (7ºE) e Beatriz Diogo (9ºA); Secundário – Rodrigo Machado (12ºB) e Tomás Ribeiro (11ºB). Na fase interconcelhia, realizada na Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás, na Figueira da Foz, no dia 6 de abril, os alunos de Condeixa alcançaram excelentes resultados. O júri, composto por Graça Barão, em representação da Rede de Bibliotecas Escolares - CIBE, por Lígia Bugalho, professora e atriz amadora, e António Tavares, escritor e Prémio Leya 2015, selecionou os finalistas, com base numa prova escrita de compreensão da leitura e numa prova de oralidade, com leitura expressiva de poemas. Os alunos vencedores foram: Cassiano Branco Silva (AE Condeixa-a-Nova) e Dinis Jesus Melo (AE Martinho Árias, Soure), em representação do 1º CEB; Sofia Farinha Silva (AE Martim de Freitas, Coimbra) e Clara Alexandre (AE de Miranda do Corvo), em representação do 2º CEB; Joana Martins (AE Mira) e Beatriz Diogo (AE Condeixa) em representação do 3º CEB; Mariana Duarte (AE Mira) e Tomás Dinis Ribeiro (AE Condeixa), em representação do Secundário. Condeixa tem três representantes na grande final, em três ciclos de ensino, a realizar no dia 25, em Braga. É um orgulho enorme que temos nos nossos alunos e uma evidência do trabalho que tem sido desenvolvido pela Rede de Bibliotecas de Condeixa há vários anos.

34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


:: CNL :: Condeixa venceu na final nacional de Braga De 3 mil participantes, chegaram à final (após as fases escolar, municipal e intermunicipal), apenas 200 alunos , 50 de cada nível de ensino. Entre os apurados estavam três alunos do Agrupamento de Escolas de Condeixa, no 1 CEB (Cassiano Silva), no 3 CEB (Beatriz Diogo) e no Secundário (Tomás Ribeiro), o que já foi um feito assinalável. Realizadas as provas escritas, foram a palco para as provas orais de leitura expressiva e de argumentação 20 alunos, 5 em cada escalão. O Cassiano e a Beatriz foram selecionados e brilharam nas suas apresentações, saindo vencedores absolutos da competição. Conquistaram dois grandes primeiros prémios para o Agrupamento, um no 1 CEB e outro no 3 CEB. Foi um longo percurso, desde novembro de 2018, realizado pelas bibliotecas escolares, que promoveram a fase escolar e concelhia, acompanhando os alunos à intermunicipal e à final nacional, em trabalho cooperativo com os alunos e os seus professores. Uma história de trabalho e empenho com um final feliz. "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena", já dizia o poeta. E vale a pena ler mais para ler melhor (os textos e o mundo). Carla Fernandes (professora bibliotecária)

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:: CNL :: Porque vence sempre o Saber, o Sonho e a Liberdade de Pensar! É isso que realmente importa. Por Ana Rita Amorim (Professora bibliotecária)

No meu papel de professora bibliotecária, coorde- curso alunos com muitas qualidades, que nos ennadora das bibliotecas escolares do Agrupamento chem de orgulho e que nos permitem dizer que de Escolas de Condeixa, tenho muito gosto em vamos no caminho certo! dinamizar o Concurso Nacional de Leitura no nos- Após a fase intermunicipal, em competição com os so agrupamento, atividade que já faz parte do nos- alunos dos concelhos da CIM da região centro, so plano anual de atividades há alguns anos.

conseguimos levar três alunos à fase nacional, do

Esta é uma oportunidade de levar a leitura junto 1º ciclo, do 3º ciclo e do ensino secundário. dos alunos, de lhes dar a conhecer novos textos, Acompanhámos o Cassiano, a Beatriz e o Tomás diferentes daqueles que lhes são apresentados na com muita vontade de os ver brilhar e mostrar o sala de aula…

seu valor… vir de Braga com dois primeiros pré-

Neste ano conseguimos que participassem na fase mios foi algo inédito e que nos faz querer contide escola todos os nossos 240 alunos do 1º ciclo nuar a dar a ler, a promover leitura, a fazer a festa (3º e 4º ano) que, através de um questionário na e, claro, a continuar a competir … para vencer! plataforma Kahoot, responderam às questões que Porque em último lugar vence sempre o Saber, o os selecionaram para a fase concelhia.

Sonho e a Liberdade de Pensar! E isso é o que

Já no 2º, 3º ciclo e ensino secundário, integraram a realmente importa. fase de escola cerca de 170 alunos, que ficaram a conhecer um pouco da obra do nosso Patrono, Fernando Namora. Em ano de Centenário esta foi a nossa aposta, que considerámos ganha! Na fase concelhia, os 5 melhores alunos de cada ciclo foram até à Biblioteca Municipal de Condeixa conversar sobre as suas leituras, apresentando-as, argumentando e lendo expressivamente, tendo sido expostos ao desenvolvimento de novas competências. Sempre com o objetivo de Crescer @Ler+, expressão com que intitulámos o nosso Projeto de Leitura incluído na ação PNL 2027. Penso que este ano tivemos a sorte de ter a con36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Junho de 2019


:: CNL :: Eu adorei ir ao Concurso Nacional de Leitura! Por Cassiano Silva, aluno do 4ºA da EB nº1 Antes de chegar à final, passei por várias eliminató- foram muitos. Seguiram-se as outras provas. Derias. Foi um processo que se desenrolou, ao longo pois, o júri foi deliberar e eu comecei a sentir do ano, e que terminou no Altice Forum Braga. Eu aquele nervoso miudinho. nem queria acreditar que estava na final!

Chegou a hora de saber quem eram os vencedo-

Assim que cheguei, fui inscrever-me e deram-me res de cada ciclo. A apresentadora começou por uma t-shirt, para saberem que eu era do 1.° ciclo, chamar os alunos com menções honrosas. Como e um saco com prémios de participante. Logo de não disse o meu nome, percebi que estava no Top seguida, realizou-se um Quizz, por ciclos de esco- dos três melhores. Depois disse o nome do menilaridade, sobre leitura e cultura geral. Correu bem, no que ficou em terceiro lugar. Meu Deus! Lempois fiquei em terceiro lugar e ganhei muitos li- bro-me que fiquei quase sem respirar. E quando vros. Durante esta festa, passaram pelo palco gru- ouvi que o segundo prémio ia para uma menina, pos de dança, de música, canto e que deram mais levantei-me logo do banco e fiquei super, super alegria ao espetáculo.

feliz. Ouvi o meu nome e todos os que me acom-

Depois do almoço a Maria João da RTP apresen- panharam gritaram de alegria. Houve beijos, abratou o júri e chamou 10 finalistas. E não é que ela ços, muito entusiasmo. Eu era o vencedor do disse o meu nome!? Fiquei eufórico! Lembrei-me Concurso Nacional de Leitura 2019!. Senti-me ordo que a minha professora tinha dito! ”Subir ao gulhoso e, ao mesmo tempo, estupefacto com esta palco já é extraordinário!”

vitória.

Chegou a minha vez. Estava nervoso, mas confian- Não fiz este percurso sozinho. Agradeço a todos: te que tudo iria correr bem. Comecei por ler um professores, colegas e funcionárias da minha queriexcerto do livro “ A Menina do Mar “ de Sophia da Escola Azul… Aos meus Pais e a todos que me de Mello Breyner Andresen e, de seguida, fiz a ar- ajudam a ser cada vez melhor. gumentação. A minha voz estava um pouco trémula, mas aos poucos fui descontraindo e só queria

Adorei! E para o ano quero voltar!

dizer tudo o que sabia e tinha estudado. No fim, percebi que tinha corrido bem pois os aplausos

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:: CNL :: É um feito que vou guardar comigo para sempre Por Beatriz Diogo, 9ºA O dia 25 de maio foi um marco para o nosso Apesar do stress a que todos estávamos sujeitos, Agrupamento. Três alunos na final nacional! Dois o ambiente na sala era de pura diversão. Converprimeiros lugares na finalíssima!

sámos, brincámos, contaram-se piadas e parvoíces.

Eu, como aluna do 9º ano da Escola Secundá- Apesar de estarmos a competir diretamente uns ria Fernando Namora, tive a honra de ser uma das contra os outros, saímos dali com desejos de boa alunas que trouxe o prémio até Condeixa. Não sorte e muitos sorrisos. Fui a terceira pessoa a posso negar a incrível emoção que senti ao longo apresentar e posso dizer que adorei estar naquele da entrega de prémios, embora confesse que, no palco a defender o meu ponto de vista, a rir-me início do dia, estava descontraída e divertida, na com o público e o júri, a sorrir e a transbordar de companhia de várias novas amigas que fui conhe- orgulho por ter chegado tão longe. Ali dei o meu cendo em Braga. Logo de manhã tive a agradável máximo, com o objetivo de chegar ao primeiro surpresa de ocupar o 2º lugar do quizz de cultura lugar nacional. Ora, qual não foi a minha felicidade geral, a primeira vitória desse dia.

quando vi o meu sonho a realizar-se!

Depois do almoço e de umas horas passadas

Na plateia, estava sentada mesmo ao lado da

a conversar e a conhecer novas pessoas, dei por Leonor, a menina que ocupou o 2º lugar nacional. mim a ser chamada ao palco, como uma das finalis- Divertimo-nos imenso e ficámos boas amigas, pois tas da finalíssima. Quando ouvi o meu nome, esta- vivemos a emoção de ouvir sucessivamente serem va confortavelmente sentada no anfiteatro e parali- chamados o quinto lugar… o quarto lugar… o tersei por uns segundos, antes de absorver os ceiro lugar…. Sobrando apenas os dois primeiros, “parabéns!” e “és tu!” que ouvia à minha volta. que só nos podiam pertencer. Com um enorme sorriso na cara, subi ao palco,

Já no palco, com os prémios na mão, lembro

onde me juntei ao Cassiano como finalista de Con- -me de não conseguir parar de sorrir, tal era a aledeixa.

gria do momento. Após nove anos a participar em De seguida, fomos encaminhados para uma concursos de leitura e depois de, no ano passado,

sala com os vinte colegas finalistas de todo o país.

ter chegado à final nacional, poder ir para casa com o título de vencedora absoluta do 3º ciclo é um feito que vou guardar comigo para sempre.

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:: CNL :: Inventa uma história sobre uma das pessoas que vês quando vais no caminho, da escola para tua casa. Ao final do dia tudo fica mais divertido. Quando saio da escola, vejo uma grande biblioteca, do outro lado do jardim. Caminho até lá e passo por carros todos novinhos em folha (nada iguais ao meu), relva fresquinha (mas acho que é artificial) e árvores e arbustos com folhas lindas na Primavera. Mais à frente ficam os semáforos. A luz deles é intensa. Mais do que o sol. Aquilo cega qualquer pessoa! Entro na biblioteca e olho para o senhor Tomé, que está atrás do computador a tomar conta de tudo o que se passa por ali. Fico sempre a pensar que ele, quando um dia estava a aspirar, tropeçou e o aspirador sugou-lhe um pedaço do cabelo. Adeus, cabelo! Felizmente a cabeça ficou intacta e não aconteceu nada de mal no seu interior. Ele é um homem bom, simpático e com muito humor. Eu vou à procura de um livro entre milhões deles, e entrego-lho. Apenas o consigo ver do nariz para cima. E lá está a careca! Parece um anão das histórias, como a da “Branca de Neve”. Para mim é o Feliz, porque quem não fica feliz ao pé de tantos livros? E é assim que acabam os meus dias. Vejo filmes, trato dos meus projetos, faço os meus trabalhos de casa… mas o melhor são os livros. Ponho-os na mochila e levo-os comigo para casa. A mãe está lá fora. Até amanhã Tomé! Cassiano Silva Dá a tua opinião sobre o modo como os livros e a leitura podem influenciar a forma como comunicamos. […] Os livros. Podemos ler e reler um livro as vezes que quisermos, as vezes que a nossa mente nos impelir para a prateleira e nos levar a pegar nele. Um livro não tem o tempo contado, um livro mergulha-nos nas suas páginas sem ter a necessidade de nos dar um tempo limite, sem nos forçar a reter o máximo de informação. O modo como interpretamos cada página depende apenas de nós, do nosso estado de espírito quando os nossos olhos pousam em cada palavra, absorvendo-a e dando-lhe um sentido só nosso. De facto, a cada nova passagem pelas páginas destes autênticos cofres que encerram a evolução de pensamentos do Homem, encontramos uma nova forma de interpretar, uma informação que noutra altura talvez tenhamos entendido de uma maneira totalmente diferente. Assim, a marca deixada pelos livros na história da Humanidade é transferida para o nosso interior. Afinal o livro é a memória do conhecimento humano, que se vai atualizando a cada leitura. Este hábito antigo de escrever para que alguém leia molda a nossa vida, de maneiras que nunca sonhámos. Lemos mais, conhecemos mais, evoluímos mais. Tudo isto altera a nossa visão sobre o que nos rodeia, o nosso desempenho em certas situações, a nossa forma de comunicar. […] Como dizia o poeta, “Partimos. Vamos. Somos”. A leitura permite esse sonho e abre-nos a porta de comunicação com o mundo. Beatriz Diogo

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PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Desenhos da turma C do JI da EB nº3

O projeto "A Maior Lição do Mundo" teve início, no passado ano letivo, integrado no Plano de Ação da Rede de Bibliotecas de Condeixa. Com um plano de iniciativas sistemáticas e outras mais pontuais, procurámos incentivar a reflexão e a ação no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente no ensino pré-escolar e no ensino básico. O Comité Português para a UNICEF e a Direção-Geral da Educação juntaram esforços a fim de promover esta iniciativa e envolver o maior número de crianças. Nós estamos nesse caminho. Para o desenvolvimento deste projeto, temos vindo a contar com várias parcerias, como a Cátedra da UNESCO da Universidade de Coimbra (Projeto Cientificamente Provável), o Oceanário de Lisboa, o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a Livraria Faz de Conto, a Escola da Água e, mais recentemente, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

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