Já - Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova

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julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1


:: Índice EDITORIAL

Mais um ano letivo que chega ao fim. Um ano cujas vicissitudes, provocadas pela pandemia, levaram a que fosse um tempo muito diferente do que estávamos habituados. A todos os constrangimentos e desafios soubemos responder de forma cabal. É neste contexto que gostaria de endereçar os agradecimentos que se impõe. Em primeiro lugar, uma palavra de grande apreço pelo excelente comportamento que a esmagadora maioria 3-17 Notícias/Atividades

dos alunos, quer em situação de regime presencial, quer na situação de

Projeto ERASMUS+ “School of Change” Projeto

eTwinning

Património

Cultural

três períodos foram obtendo, mas também no cumprimento das regras que lugar, uma palavra de grande apreço aos docentes, pelo profissionalismo e

Parlamento dos Jovens

pela disponibilidade que, durante todo o ano, dedicaram a esta causa nobre

18– 23 #Liberdade de

subordinados

Esta conduta revela-se não só nos excelentes resultados que ao longo dos fomos obrigados a impor e que mudaram o seu quotidiano. Em segundo

Projeto Eco-escolas

Dossier

ensino à distância, demonstrou, adotando um comportamento irrepreensível.

textos

ao

tema

da

revolução do 25 de abril

que é a função de educar. Agradecimento este também extensivo aos funcionários que, ao verem multiplicadas as suas tarefas devido à necessidade de higienização dos espaços e monitorização das regras do plano de contingência, nunca baixaram os braços e, de forma abnegada e decisiva,

24-32 Na BIBLIOTECA

contribuíram para o controlo da doença no espaço escola. Não devo

acontece…

esquecer também o papel fundamental dos pais e encarregados de educação

Projetos/Atividades

que, de uma forma ou de outra, estiveram em sintonia com as linhas

Dia

Mundial

da

Língua

Portuguesa

fosse conseguida. Finalmente, um agradecimento aos elementos cessantes da

Concursos

direção, pelo trabalho que desenvolveram de forma altruísta, desprendida e

33-39 Ler+, escrever melhor! 40-43 Read & Stand up Levanta-te por uma causa! 44

Concurso

Nacional

Leitura - Temos campeã! julho de 2021

orientadoras do plano de ação, contribuindo para que a gestão da pandemia

leal ao longo do ano letivo que agora termina. Aos novos elementos que agora integram a equipa, o meu agradecimento por aceitaram o novo desafio. Desejo que o próximo ano seja repleto de sucesso. Que os alunos,

de

professores e funcionários se sintam feliz no local onde passam uma parte significativa do seu tempo e que o Agrupamento de Escolas de Condeixa continue nesta senda de sucesso, tal como certamente todos desejam. Excelentes férias para todos.

Equipa do Jornal Carla Fernandes

O Diretor do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova

Helena Azenha

Avelino Santos

Grafismo Ana Rita Amorim

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NOTÍCIAS /ATIVIDADES :: Espantalho Bio, uma mensagem pelo planeta

As plantas? Dão-nos o oxigénio e sem ele não podias viver! São utilizadas na cosmética e alimentação,

No âmbito do concurso dos Espantalhos promovido pela Servem para fazer medicamentos Biblioteca Municipal de Condeixa, a turma do 3º B da EB E ainda nos dão a madeira para a construção. nº1 participou com o intuito de alertar a comunidade educativa para a proteção do ambiente. O espantalho foi ornamentado com flores e abelhas feitas pelos alunos com materiais recicláveis recolhidos por estes. Foi ainda elaborado um texto poético a Tão bem acompanhada estou por estas minhas amigas acompanhar o Bio, assim foi batizado o espantalho.

Tanto as abelhas como as plantas, estavam cá antes de nós

Eu sou a espantalho Bio,

Tanto umas com outras são mesmo muito antigas!

Neste concurso quis participar

Devemos todos cuidar delas, os rapazes e as raparigas!

Através das mãos dos meninos do 3º B Sempre prontos a trabalhar.

Se aprenderes a repensar e a consumir só o necessário

Mas vim com um propósito…

Então percebeste a minha mensagem.

Estou aqui para alertar:

Põe em prática os meus conselhos,

É urgente proteger o planeta

Saber mudar é um ato de coragem!

Recuperar, reduzir e reciclar! Ser bonita, não é minha pretensão Mas nas vistas quero dar. Sou feita de plástico, papel e cartão Materiais que podes reutilizar! Estou bem acompanhada Por plantas e abelhas como podes ver; Seres muito importantes para o planeta Com elas muito podes aprender. As abelhas? Maiores polinizadoras não há, Trabalhadoras e bem organizadas. Não picam ninguém por mal,

Bio, 20 de maio de 2021. Turma do 3.º B da EBNº1 de Condeixa

São muito civilizadas! julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3


:: NOTÍCIAS/ATIVIDADES

Croácia, um novo sinónimo de Saudade Na madrugada de 9 de maio, partimos de Condeixa até Lisboa, onde apanhámos o avião até à Croácia, com escala em Madrid. Foi aqui que a aventura começou. Assim que aterrámos em Dubrovnik, ficámos maravilhados pela beleza da cidade. O shuttle levounos então até ao Valamar Collection Dubrovnik President Hotel, onde ficámos hospedados. Ainda nessa noite, conhecemos a equipa romena do projeto e passámos um ótimo serão. No dia seguinte, tivemos a oportunidade de explorar um pouco do hotel e dos seus arredores, bem como de conhecer parte da equipa croata. Neste dia, começou a partilha de testemunhos sobre a Biodiversidade. Uma das muitas coisas que aprendemos foi a existência de plantas comuns nos países que participaram, como é o caso da orquídea Ophrys, que existe em abundância em Portugal, mas está em vias de extinção na Croácia. Durante a parte da tarde, explorámos a Old Town de Dubrovnik. Passear nestas ruas foi como caminhar em direção a um passado dominado pela guerra e pela religião, uma verdadeira experiência inesquecível. Para terminar este dia, passámos algum tempo na praia e com os nossos novos amigos romenos, com quem aprendemos um pouco da cultura e da língua romena, para além de, como é óbvio, nos divertirmos imenso. No dia 11, participámos num debate sobre o uso de plástico e as suas consequências, após assistirmos a uma interessante palestra dada pela investigadora Marlena Ćukteraŝ. À tarde, decidimos ir explorar os hotéis de Kupari. Estes hotéis foram construídos para os militares da antiga Jugoslávia, sendo que atualmente estão completamente deixados ao abandono, sendo ainda visíveis, nas suas paredes e arredores, marcas de guerra, como buracos de bala e avisos gravados no chão. Passámos o resto da tarde na praia adjacente aos hotéis e terminámos a noite no Cave Bar, onde pudemos usufruir de uma maravilhosa vista da cidade. Na quarta-feira, visitámos a TUSDU Tourism and Catering School of Dubrovnik, onde nos divertimos em workshops de madeira, têxteis e vidro. Foi uma manhã cheia de criatividade, em que fizemos novos amigos e conhecemos uma verdadeira escola croata. Passámos a tarde em Cavtat, onde fizemos uma longa caminhada pela periferia da localidade, sempre com vista para o mar, bem como na sua marina, cheia de barcos e iates. Descobrimos o nome de uma árvore bastante comum na região: Japanese Cheesewood, e tirámos algumas fotos para mostrar aos nossos professores de Biologia. Na manhã seguinte, dirigimo-nos mais uma vez à Old Town, onde visitámos o Natural History Mu-

seum e aprendemos um pouco sobre a importância da cidade de Dubrovnik nos tempos antigos. O Museu deunos a conhecer a variedade de seres vivos inacreditável da região e a guia da nossa visita realçou também o grande papel do estudo das antigas formas de vida, que nos permitem conhecer melhor as espécies de hoje em dia. O resto do dia foi passado a caminhar pelas muralhas da cidade (património mundial da UNESCO) e a desvendar a história das mesmas, tudo com uma vista incrível sobre Dubrovnik e o mar Adriático. Os antigos habitantes de Dubrovnik eram muito inteligentes e verdadeiros estrategas. Pensavam em todos os detalhes. Um exemplo das suas capacidades é a própria construção da muralha, que, ao longo do seu comprimento, tem diferentes espessuras, para que, na eventualidade de uma invasão, a parte frágil da muralha pudesse ser destruída, abrindo uma entrada para a cidade e permitindo a sua reconquista. Já na sexta, o último dia, explorámos o Arboretum Trsteno. Depois de uma pequena visita guiada a este imenso jardim, ficámos a conhecer as suas lendas e histórias fantasmagóricas e, claro, a sua impressionante coleção de plantas e árvores. Foi junto à fonte de Neptuno, um dos locais mais bonitos do Arboretum, que teve lugar a cerimónia de encerramento da semana Erasmus+ Dubrovnik. Depois da entrega de certificados, lembranças e muitas fotografias, começaram as despedidas, uma vez que foi a última ocasião em que estivemos com os nossos amigos croatas. Mais tarde, regressámos ao hotel para a infeliz tarefa de arrumar tudo. Despedimo-nos dos nossos amigos romenos com tristeza e já com sauda-

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NOTÍCIAS/ATIVIDADES :: -de desta experiência maravilhosa e das pessoas incríveis que a tornaram memorável. A última ronda de despedidas foi para a cidade de Dubrovnik, com o seu mar azul clarinho, montanhas verdejantes e ruas pitorescas em que tanto nos divertimos e aprendemos. Depois de uma longa viagem e uma noite no aeroporto de Madrid, aterrámos em Portugal e chegámos a Condeixa, cansados, mas muito felizes. Viajar é, acima de qualquer outra coisa, uma experiência enriquecedora. Viajar para um país que mal conhecemos e conviver com pessoas tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidas connosco, é inesquecível. Numa semana vivemos, conhecemos e divertimo-nos. Numa altura em que a pandemia já quase nos fez esquecer o que é o convívio com outras pessoas, fizemos amizades reais e valiosas. Numa sociedade em que a educação continua a ser centrada em documentos e testes, pudemos aprender sem medo de errar e sentimo-nos verdadeiramente mais ricos depois de tudo o que experienciámos. Conhecemos culturas novas, demos a nossa a conhecer,

encontrámos diferenças engraçadas e semelhanças impressionantes, partilhámos gostos, piadas e palavras novas. Todos os dias acordámos para ver uma paisagem que não podia ser mais diferente da nossa, habituámo-nos a ter o mar sempre perto, a ouvir a toda hora uma língua que não entendíamos e criámos rotinas dentro das novidades que víamos diariamente. Saudade é, por definição, um sentimento causado pela distância ou ausência de algo ou alguém. Somos o único país no mundo que tem uma única palavra para descrever esta sensação. Foi por isso uma das palavras que ensinámos aos nossos amigos que estão agora a milhares de quilómetros de distância, no país que está a várias horas de avião de nós. ‘Saudade’ é o que ficou connosco desta viagem, desta ‘vida’ que tivemos na Croácia. Beatriz Diogo Daniela Rodrigues Hugo Meneses

Leonor Santos Rafael Góis

Património Cultural – Os eTwinners do 8ºA O projeto eTwinning Património Cultural, que envolve parceiros nacionais (Condeixa, D. Dinis, em Coimbra e Açores) e europeus (Itália e Turquia), já realizou três meetings. Os dois primeiros, respetivamente a 18 de novembro e 26 de fevereiro, restringiram-se aos docentes parceiros para se conhecerem e aferirem o ponto da situação relativamente à planificação em curso. O 3º meeting, no dia 26 de março, contou com quase 80 eTwinners e já envolveu os alunos, que se apresentaram mutuamente e falaram resumidamente da sua vila/cidade e escola. O concurso de logótipos para identificação do projeto decorreu entre janeiro e fevereiro, tendo ganho o logótipo turco. Durante o mês de março foi desenvolvido um projeto interdisciplinar cujas diferentes temáticas, no âmbito do Património Cultural: imaterial, material e natural, proporcionaram o contacto com fontes diversificadas de informação e terminaram na elaboração de produtos em língua materna, Inglês e Francês. Estes trabalhos, elaborados em grupo, visaram os temas da Gastronomia; Música e danças tradicionais; Livros, trabalhos artísticos e artefactos; Monumentos; Lendas e

contos tradicionais e Vestígios arqueológicos e geológicos e serão partilhados em grupos heterogéneos, entre os vários eTwinners envolvidos.

Meeting docentes https://twinspace.etwinning.net/128108/pages/ page/1145069 Concurso logos https://twinspace.etwinning.net/128108/pages/ page/1145070 Distribuição de temas https://twinspace.etwinning.net/128108/ pages/page/1203361

Prof.ª Coordenadora, Graça Lucas

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:: NOTÍCIAS/ATIVIDADES

Projeto ECOESCOLAS No âmbito do projeto Eco-Escolas, a aluna Maria Leitão do 7ºD ilustrou o nosso Eco-Código. O Eco-Código descreve um conjunto de atitudes e comportamentos que a nossa comunidade escolar adotou para melhorar o ambiente não só na nossa escola mas também em casa e na nossa região.

No dia 19 de maio, a nossa escola recebeu a Bandeira do PROJETO ECO-ESCOLAS, que reconhece o trabalho desenvolvido ao nível da reciclagem, recolha de diferentes tipos de produtos e divulgação /abordagem de temas relacionados com o ambiente e a sustentabilidade. A cerimónia contou com a presença do Diretor do Agrupamento, Dr. Avelino Santos, a Dra. Liliana Pimentel, em representação da Câmara Municipal de Condeixa, da Prof.ª Isabel Mesquita (responsável pela implementação do projeto e pela orientação dos alunos).

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NOTÍCIAS/ATIVIDADES ::

Por um Planeta Mais Verde Parabéns à Maria Alverca…. O seu trabalho, ficou em 2º lugar a nível nacional, num total de 675. Do 7º Ano, turma D participaram ainda os alunos Laura Silva e Daniel Carvalho, com desenhos e o aluno Joaquim Alves com uma poesia. Os trabalhos foram realizados no âmbito do concurso “Por um planeta mais verde”, promovido pela FNE, na comemoração do Dia da Árvore e da Floresta e como um alerta à importância das árvores para a sustentabilidade do ambiente. E o trabalho da Maria foi este….

As serpentes vieram à Escola No passado dia 1 de junho, as serpentes

ra de seoane. A maioria das nossas cobras são ino-

vieram à escola! No âmbito do projeto Eco-

fensivas e não devemos matá-las quando nos depa-

Escolas em parceria com as disciplinas de Cidada-

ramos com elas, mas sim deixá-las seguir o seu ca-

nia e Desenvolvimento e Educação Moral e

minho. Elas são importantes no controlo de pragas

Religiosa

ambiental

que afetam as nossas culturas e jardins. Antes de

“Cobras de Portugal” veio à nossa escola sensibi-

terminar a sessão, tivemos a oportunidade de co-

lizar algumas turmas do 5º ano para a importância

nhecer e tocar numa cobra do milho originária dos

das serpentes no funcionamento dos ecossistemas e

Estados Unidos. Foi uma aula diferente e bastante

a importância de adotarmos uma atitude de prote-

divertida.

Católica,

a

associação

ção e preservação destes animais.

Profº Isabel Mesquita

No auditório da escola amarela (escola básica nº 2 do Agrupamento) esteve connosco a Bióloga Lavínia Falcão, coordenadora de “Cobras de Portugal” que nos ensinou a identificar as 10 espécies de cobras existentes em Portugal e a desmistificar histórias, mitos e lendas que referem estes répteis co mo seres assustadores e perigosos. Aprendemos que em Portugal apenas duas serpentes são perigosas para o ser o humana, a víbora cornuda e a víbo-

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:: NOTÍCIAS/ATIVIDADES

Holocausto Nazi

Projeto em Ciência

Sob a orientação das professoras Anabela San-

As turmas B, G e H do 7º ano e no âmbito da disciplina

tos e Fernanda Fidalgo, os alunos das turmas 9º B, D,

Projeto em Ciência, realizaram maquetes do sistema

F e G desenvolveram pesquisas sobre o tema do “Holocausto Nazi”, de modo a chamar a atenção para uma temática que cada vez mais faz sentido: a “permanência de violência, perseguições e fu-

solar e ainda bilhetes de identidade de alguns planetas. Os trabalhos realizados encontram-se expostos no hall do bloco A. Ficam as fotos …

gas que continuam a configurar pequenos holocaustos nas sociedades atuais”.

Profª Teresa Coelho

Partindo da homenagem às vitimas do Holcausto Nazi, temática abordada a propósito da Segunda Guerra Mundial, os alunos levaram a cabo a construção de artefactos e maquetes, elaboraram pequenos textos, selecionaram fotos que procuraram ilustrarar ou elucidarar sobre situações relativas ao Holocausto e a outras formas de violência das sociedades atuais que perseguem e dizimam populações, espalhando dor, ansiedade, desespero e medo. Estes trabalhos, possibilitaram a exposição patente num dos átrios da ESFN e promoveram a interdisciplinaridade entre as disciplinas de História e Cidadania e Desenvolvimento e pretenderam dar enfâse ao Holocausto nazi e aos Direitos Humanos constantemente violados, mesmo nos nossos dias. Profª Fernanda Fidalgo

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NOTÍCIAS/ATIVIDADES ::

ESTUDO DA COR ram várias técnicas do domínio da cor. Destaca-se a

Educação Visual Os alunos do 8º Ano das turmas B, C, D e E

diversidade de materiais reutilizados e a criatividade

desenvolveram vários trabalhos, sobre vários conteú-

dos alunos envolvidos.

dos programáticos, nomeadamente sobre o estudo da

Ainda no âmbito desta disciplina, no ensino à distân-

cor: Contraste Cores Quentes - Cores Frias, Módu-

cia, Estas turmas realizaram trabalhos de pintura acrí-

lo -Padrão e ainda no âmbito da Arquitetura realiza-

lica.

ram vários projetos sobre o património local, salien-

Estes trabalhos de Educação Visual e Artes Plásticas

tando-se algumas fachadas de igrejas.

encontram-se expostos no exterior da Biblioteca da

Artes Plásticas

Escola Básica e no átrio do Pavilhão B.

As turmas do 8º ano B,C,D e E realizaram trabalhos sobre o tema Re(Criar uma obra de Arte) ten-

Profª Isabel Silva

do como referência a Obra de Leonardo da Vinci “Mona Lisa”. Utilizaram diversos materiais e aplica-

Projeto Interdisciplinar - DAC: Papagaios coloridos No âmbito do Projeto Interdisciplinar - DAC, foi assinalado o Dia Mundial da Criança com a turma do 5ºH. Foram elaborados papagaios com materiais reutilizáveis na disciplina de Educação Tecnológica, mo âmbito do estudo da energia eólica. Na disciplina de matemática, foram exploradas as formas geométricas. O projeto culminou com o lançamento dos papagaios construídos pelos alunos e a oferta de uma lembrança. Na aula de Português, os alunos elaboraram a notícia deste evento. Prof. Sílvia Antunes

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:: NOTÍCIAS/ATIVIDADES Sessão Nacional do Programa Parlamento dos Jovens No âmbito da Edição 2019/2021 do Programa “Parlamento dos Jovens” realizou-se no dia 12 de abril a Sessão Distrital do ensino básico (Círculo de Coimbra), por videoconferência, tendo as alunas do 10ºAno, Turma D, Carolina Santos Beja Marmeleiro e Inês da Silva Silvestre, sido eleitas para representar o círculo de Coimbra na Sessão Nacional do ensino básico do Programa Parlamento dos Jovens. Na Sessão Nacional que decorreu no dia 15 de junho, por videoconferência, no auditório do Centro Cultural e de Congressos em Aveiro, a aluna Inês Silvestre foi a porta-voz do distrito de Coimbra. Na Sessão Nacional estiveram presentes o Vice-Presidente da Assembleia da República José Manuel Pureza, o Presidente da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, Deputado Firmino Marques e o Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa.

É com muito orgulho que a Subdiretora do Agrupamento de Escolas de Condeixa, Ana Marques e a Coordenadora do Programa, professora Fátima Silvestre, enaltecem todo o trabalho, dedicação e empenho que as alunas demonstraram ao longo do seu percurso escolar no 3º ciclo no âmbito deste programa e a motivação destas jovens, que superando todas as dificuldades atípicas destes dois anos letivos, não perderam o entusiasmo e a vontade de dar continuidade a este projeto. Estão de parabéns, e merecem todo o reconhecimento.

As duas medidas apresentadas na Sessão PlenáProfª:Fátima ria, pelo Círculo de Coimbra, no âmbito do tema em Silvestre debate “Violência doméstica e no Namoro: da sensibilização à ação!” vão integrar a Recomendação final à Assembleia da República.

Educação Tecnológica: Tecnologia Criativa –”Criação de Autómatos” No âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, foi realizada uma exposição sob o tema “Tecnologia Criativa –Criação de Autómatos” nomeadamente no conteúdo Energias “Operadores Mecânicos-Elétricos” envolvendo as turmas 5ºG, F e 6º A, B, C, F. Esta actividade teve como objectivo trabalhar o domínio “Recursos e utilizações Tecnológicas”. Os alunos produziram artefactos, objetos e sistemas técnicos, adequando os meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa. Para além disso, manipularam operadores tecnológicos (de energia, movimento/ mecanismos, estruturas resistentes) de acordo com as suas funções, princípios e relações com as produções tecnológicas. Um dos objetivos era criar soluções tecnológicas através da reutilização ou reciclagem de materiais, tendo em atenção a sustentabilidade ambiental Profª Clara Videira

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NOTÍCIAS/ATIVIDADES :: As abelhas As abelhas vão de flor em flor colher o néctar e o pólen Com muito amor. As abelhas vão de flor em flor Voando voando até mais não E assim vão fazendo a polinização.

1.ºB da EBN.º3 de Condeixa-a-Nova As abelhas vão de flor em flor E as suas patinhas cheias estão Para na colmeia fazer boa produção! As abelhas vão de flor em flor

"La Fête des Mères"

Produzir a cera, o pão de abelha, a geleia real E o famoso mel de delicioso sabor. As abelhas vão de flor em flor Com grande animação Cada uma desempenha a sua função. As abelhas vão de flor em flor Vai o zangão com a rainha acasalar Para a rainha pôr ovos até abarrotar. As abelhas vão de flor em flor

O Dia da Mãe foi comemorado no dia dois de maio, no âmbito da disciplina de Francês, na nossa Escola. Contou com a participação dos alunos das turmas do sétimo ano. Nesta atividade os alunos elaboraram poemas e mensagens dedicadas às mães em língua francesa. Revelaram a sua criatividade através de postais, desenhos em cartolinas e colagens. Os trabalhos de algumas turmas foram expostos nas respetivas salas, outros embelezaram um canto do átrio da Biblioteca, posteriormente, cada postal foi entregue à respetiva Mãe. Com esta iniciativa pretendeu-se incentivar/motivar os discentes a expressarem os seus sentimentos em língua francesa.

Que belas obreiras sempre a trabalhar! Protegem, limpam, cuidam …e enfrentam tudo sem desanimar. As abelhas vão de flor em flor Devemos cuidar delas com muito amor Pois sem elas, o mundo pode desaparecer E isso, jamais, pode acontecer!!!

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES

English4families No âmbito da atividade English4families, inserida no Plano Anual de Atividades do Departamento de Línguas, os alunos do 2º Ciclo realizaram uma exposição onde desenharam e

Educação Visual Exposição de autorretrato com estilo e ilustrações

escreveram frases relacionadas com a cultura Anglosaxónica. Para o efeito, utilizaram t-shirts em papel ou em formato real. Esta atividade decorreu com muito entusiasmo e interesse por parte dos alunos.

Os alunos das turmas de 7º ano de Educação visual fizeram

o

autorretrato

e

o

respetivo

"autorretrato com estilo" ainda durante as auProfª Jacinta Almeida

las de ensino à distância. Com o objetivo de conhecerem o trabalho de vários artistas nacionais e internacionais, pesquisaram e escolheram uma obra que serviu de base para o autorretrato com estilo, adaptando-o ao estilo do artista escolhido.

Os mesmos alunos, enquadrados no âmbito de Domínios de Articulação Curriculares definidos em Conselho de Turma , com envolvimento das disciplinas de Português, TIC, e Educação Visual, mostraram os seus dotes artísticos, ao ilustrar vários excertos de obras literárias em estudo .

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NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: O desafio consistiu em criar imagens e dar voz a vários excertos das obras "O Cavaleiro da Dinamarca" de Sophia de Mello Breyner Andresen e/ou "O Ladino" de Miguel Torga.

Artes Plásticas - Exposição de letra em "Quilling"

emolduradas e arte-

sanato a partir de enrolados de folhas de revista. As turmas do 7º C, E, F, G e H de Artes Plásticas fizeram uma moldura em cartolina para colocar a letra realizada com a técnica do "Quilling”, enrolados de tiras de papel. Com esta técnica as tiras de papel foram moldadas à forma de uma letra tendo como resultado trabalhos bastante criativos e de forte impacto visual. Os alunos destas turmas fizeram, também, peças com tubinhos feitos a partir de folhas de revista como forma de reciclagem e reaproveitamento de materiais. A criatividade não teve fim. Estes trabalhos encontram-se expostos no corredor do bloco A da Escola Básica Nº 2. Profªs Isabel Campos Paula Henriques

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES Exposição de Arquitetura

Exposição na Biblioteca Municipal

“Frida Kahlo - recriação de obras de arte” Por

iniciativa

da

ta dinamizou uma

professora exposição

na

Isabel

Gabriel,

Biblioteca

es-

Munici-

pal Engenheiro Jorge Bento - Condeixa, no âmbito da disciplina de Educação Visual, que contou com a colaboração da docente Dina Ferreira. Teve como tema ” Recriações de obras de Frida Kahlo” e esteve aberta a toda

A professora Isabel Gabriel,

a comunidade, de 29/04/2021 a 26/05/2021.

dinamizou uma exposição na biblioteca da escola básica 2,3, com o tema “ Igreja da Ega”, tema estudado nas aulas de história e de educação visual. Foi um DAC, destas duas disciplinas. Os alunos que participaram com trabalhos tridimensionais, foram executados pelas turmas

Exposição de Engenharia

F e G do 8º ano.

A professora Isabel Gabriel, dinamizou uma exposição no átrio dos alunos na Escola Secundária Fernando Namora,

Exposição “ Raspagem”

que teve como tema “ Engenharia”. Os trabalhos que

estiveram na exposição, eram pontes de várias partes do Os alunos do 8º F e G, realizaram nas aulas de Artes mundo e foram realizadas pelos alunos das turmas do 9º plásticas, uma exposição de trabalhos onde utilizaram a F, G e H, com materiais reciclados.

técnica da raspagem. Conheceram o pastel a óleo e a tinta da china, materiais que para eles eram desconhecidos.

Exposição “ Chá com Estilo” Dinamizou também uma exposição com trabalhos do 8º F e G, realizados nas aulas de Educação Visual, onde o design e a planificação de sólidos esteve bem patente.

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NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Escola dos Pais da EB2 é um projeto da psicóloga escolar Cristina Caveiro a pensar nas mães/pais e Encarregados de Educação dos Alunos da EB2.

No próximo ano letivo 2021/2022, as mães/pais e Encarregados de Educação da EB2 podem usufruir do Serviço de Psicologia da EB2, garantido pela psicóloga escolar Cristina Caveiro. As mães/pais e Encarregados de Educação dos Alunos da EB2 podem recorrer ao Serviço de Psicologia e Orientação da escola dos seus educandos, para falarem de si, das suas preocupações, sentirem-se ouvidos, serem esclarecidos e obterem apoio e orientação, com a garantia da confidencialidade. Esta iniciativa pretende ir ao encontro das necessidades e interesses das mães/pais e Encarregados de Educação dos nossos Alunos, contribuindo para o equilíbrio psicossocial e afetivo das famílias.

O atendimento realiza-se durante o ano escolar, no Gabinete de Psicologia da EB2, no horário de 6ª feira das 8:30h às 14:30h, mediante marcação prévia, através do número de telefone da nossa escola: 239 949 030. A Psicóloga Cristina Caveiro No dia 20 de maio comemorámos o dia da abelha fazendo interdisciplinaridade, articulámos o português com a matemática, a educação para a Cidadania e as artes visuais. Começámos com a exploração de um texto “TODOS PELAS ABELHAS, TODOS PELO PLANETA”, vimos um vídeo, dialogámos sobre um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (objetivo 15 - ecossistemas terrestres e biodiversidade), resolvemos problemas e fizemos a simetria da abelha. A nível plástico construímos umas abelhinhas muito engraçadas. Turma do 3.º B da EBNº1 de Condeixa

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:: NOTÍCIAS/ATIVIDADES A aluna Maria Luís, do 2ºB da EB nº1 de Condeixa-a-Nova, criou um livro-objeto a partir da leitura do livro “Diário de um Guarda-Chuva”, que foi apresentado pelas autoras na Semana da Leitura 2021. Esta obra foi executada em família, sob a supervisão da professora da turma.

Se eu fosse um livro… 1,2,3, mais uma história se fez, 1,2,3 , vamos lá outra vez. Se eu fosse um livro, teria a forma de um guarda-chuva.

Seria levado pela brisa das palavras e falaria de povos e lugares distantes. Se eu fosse um livro, teria a forma de um guarda-chuva. Dançaria no choro das nuvens, embalado pelo canto da imaginação. Se eu fosse um livro, teria a forma de um guarda-chuva. Aberto, mostraria o meu pano colorido e abrigaria todas as pessoas, sem distinção de género, condição social ou raça. Se eu fosse um livro, teria a forma de um guarda-chuva. Fechado, seria arma de combate contra a fome e a guerra.

Se eu fosse um livro teria, certamente, a forma de um guardachuva. Prof. Isabel Batista

Respondendo ao desafio do Plano Nacional de Leitura, por ocasião, da comemoração do Dia Internacional do Livro Infantil, a equipa da biblioteca escolar da EB nº 2, com o apoio do professor Mário Alves , elaborou o vídeo que foi enviado hoje na plataforma SIPNL. Parabéns à nossa leitora Maria Luís pelo trabalho magnífico que realizou e pela partilha generosa que fez com a comunidade escolar do seu livro.

Veja o vídeo em https://bit.ly/PNLlivroobjeto

16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


NOTÍCIAS/ATIVIDADES ::

Decorreu, no dia 27 de maio, a votação do Orçamento Participativo das Escolas na EB nº2 e na Escola Secundária Fernando Namora. Ao longo do dia, votaram 424 alunos na EB nº2, num total de 671 alunos da escola, o que nos dá uma percentagem de 63% de alunos participantes. O resultado da votação foi o seguinte:

Máquina dispensadora de água -176 votos – Proposta Vencedora Casas de banho 2.0 -116 votos Máquina de Basquetebol - 63 votos Horta pedagógica -25 votos Escola para todos -15 votos Bebedouros gentis -17 votos Ecopontos - 8 votos Monumento Escolar - 4 Votos brancos e nulos - 4

Dos 521 alunos da Escola Secundária Fernando Namora, votaram 281, tendo sido apurados 278 votos na proposta “Rádio escola” e 3 votos em branco. A proposta “Rádio escola” teve a aceitação de 53% dos alunos da escola, pelo que ficou aprovada. A equipa organizadora do OP das escolas regista com agrado a atitude de respeito e exemplo de cidadania de todos os intervenientes, que assim puderam experimentar um exercício básico das sociedades democráticas e desenvolver o espírito empreendedor em favor do bem estar na sua escola.

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17


:: #LIBERDADE Em 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubou o regime de ditadura que durante 48 anos oprimiu o Povo Português. Nessa madrugada do dia inicial, inteiro e limpo (como poetizou Sophia de Mello Breyner), os militares de Abril foram claros nas suas promessas: terminaraa repressão, por fim à guerra e ao colonialismo, construir a democracia. Efetivamente, a Revolução dos Cravos quebrou o isolamento a que Portugal estava condenado há já vários anos e ajudou ao nascimento de novos países independentes. Constituindo-se o movimento pioneiro de enormes transformações democráticas em todo o mundo, demonstrou também que as Forças Armadas não estão condenadas a ser um instrumento de violência, podendo, pelo contrário, ser um elemento libertador dos povos. Democratizar, Descolonizar e Desenvolver foi o lema que então fez regressar Portugal ao fórum das nações livres e amantes da paz. As bibliotecas escolares relembraram esta data através de exposições temáticas, exposição temática de livros e atividades digitais. Aos docentes foram facultados recursos pedagógicos para abordagem em sala de aula em Wakelet. No espaço físico da escola, destacamos a exposição temática 25 figuras, que promoveu a descoberta de personalidades ligadas à resistência e à construção da liberdade em Portugal, com recurso a QR codes, apelando à descoberta interativa de personalidades marcantes da época. Importa hoje lembrar o passado para prevenir o futuro– A escola é lugar de aprendizagem, formação e também um espaço de educação, inevitavelmente. As atividades de enriquecimento curricular contribuem para este objetivo de ir para além dos conteúdos disciplinares e contribuir para a formação integral do indivíduo, numa lógica de fomento da cidadania e de desenvolvimento do pensamento crítico.

Carla Fernandes Professora Bibliotecária

Ver mais em https://bit.ly/25figuras 18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


#LIBERDADE ::

Carta a um soldadinho – a posteriori

e teve um pedacinho dos intestinos a espreitarem pela janela do umbigo. O Martinho perdeu o nariz,

Ó soldadinho,

e os testículos não sabe onde estão.

sobes ao portaló do navio.

O Agostinho

Carregas a mala

ficou sem voz.

com o amuleto da namorada

Agora,

e a carta da Ti Gertrudes para o Raimundo,

na aldeia,

residente em África,

quando ouve os festivos foguetes

sem querer saber dos filhos,

desata a gritar: Bendito seja o Senhor

do gado,

e a sua Santa Paz.

da horta,

Também, confesso, não sabe dizer mais nada.

e da enxada

Na terapia coloca-se com um sorriso triste,

que deixou por pagar ao António ferreiro.

onde já não há dentes.

Ó soldadinho,

Ó soldadinho,

vês a mãe e o pai

regressas no ataúde

descarregar a lágrima pesada

enrolado na conta que tens que pagar...

de água e cloreto de sódio. Acenam lenços brancos benzidos em Fátima a desejar-te: Vai com Deus.

Zambujal, 28 de Julho de 2020

O discurso oficial

Prof. Fernando Abreu

inocula o ódio meticuloso, diz-te: Tudo deves à pátria, como o comerciante da tua rua increpa,

registando a dívida, o cliente desafortunado. O Deus da igreja aldeã, da encomendação Vai com Deus, esqueceu-se de avisar do fornilho colocado na picada, onde o Borges fraturou o fémur e a clavícula, julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19


:: #LIBERDADE

Como vivi o 25 de Abril –Memórias

H

avia feito o 1.º ano do Ciclo Preparatório,

vil de Angola

hoje, 5.º ano, na Escola Preparatória D. João

-força para-

I anexa ao Liceu Nacional Salvador Correia de Sá (os

militar), a

liceus eram tidos como a escola dos Bétinhos, em

ação guerri-

Portugal, e dos Sanguitos -sangue azul-, em Angola)

lheira atra-

na capital, Luanda, vivendo na casa da minha avó-

vessava gran-

materna; acabei por ir para a cidade onde os meus

des dificulda-

pais e irmãos se encontravam, a Salazar da época,

des, sendo um conflito de baixa intensidade, ao con-

para prosseguir os estudos. Findo o 2.º ano, era mi-

trário daquilo que sucedia na Guiné- Bissau ou Mo-

nha intenção seguir a via liceal tendo em vista, no

çambique. No entanto, esta situação, não impedia

futuro, cursar História. Contudo, esse tipo de escola

que muitos soldados portugueses (a casa do Cami-

oficial, o liceu, não existia, mas um colégio católico,

nho de Ferro de Luanda onde habitávamos estava a

o Santa Maria Goretti, onde esse desiderato podia

30 metros do Batalhão de Caçadores N.º 13) ao

ser atingido desde que efectuasse o pagamento da

conversarem comigo mostravam o seu cansaço e

mensalidade exigida, que influenciava negativamente

desalento face a uma guerra que parecia não ter fim

nos proventos de uma família de seis filhos. Assim,

à vista. Por outro lado, uma parte considerável da

adquiri o Curso Geral de Mecânica na EICOC-Escola

população da província, de maioria negra, manifesta-

Industrial e Comercial Óscar Carmona (presidente

va-se hostil ao domínio português, o que desenca-

da República portuguesa entre 1926 e 1949) de Da-

deou uma vaga de prisões, por parte da PIDE, em

latando (a localidade foi baptizada de Dalatando, e

1971 e 1973, de nacionalistas, nas quais se incluíam

em 1936 tomou o nome de Salazar, em sua homena-

pais e colegas meus, aquém manifestava solidarieda-

gem, voltando ao nome original depois do 25 de

de quando os via partir para o campo de concentra-

Abril), e somente em 1974, com a alteração das

ção de São Nicolau, no sul de Angola, no deserto de

equiparações/currículos (que eu pude ler na pequena

Moçamedes. A minha aversão, da família, à continua-

biblioteca da escola), decididas pelo Ministro da Edu-

ção do conflito aumentou quando o namorado da

cação do governo de Marcelo Caetano, Veiga Simão

minha irmã Manuela, Fernando Augusto Melo Sousa,

(mais tarde ministro de um governo de Mário Soa-

afilhado de baptismo do escritor pró- governamental

res), pude abandonar a EICOC e ir para o Liceu Na-

Joaquim Paço de Arcos, que integrava o contingente

cional Rebocho Vaz (Governado-Geral de Angola

metropolitano, morreu no dia 16 de Fevereiro de

entre 1966 e 1972), entretanto criado na cidade em

1973, numa ambulância a caminho do Hospital Mili-

1972.

tar de Luanda, após dias de internamento na enfer-

Na província do Cuanza-Norte, onde vivia e estu-

maria da unidade militar, quando a gravidade da situ-

dava, desenvolviam-se ações de guerrilha contra o

ação clínica exigia a deslocação em helicópetro, pois

domínio colonial português e as suas forças armadas.

a capital do território, pela estrada nacional asfaltada,

Por ação conjunta do Exército e Força Aérea, bem

distava perto de 250 Km, tendo que atravessar, en-

como da PIDE e dos seus soldados negros,

tre as cidades de Dalatando e a histórica Dondo,

os FLECHAS, por ser esse símbolo usado nas boi-

uma cadeia montanhosa (1).

nas e divisas do fardamento; da OPVDCA (Organização Provincial de Voluntários e Defesa Ci-

Alentados ficamos quando o meu bisavô Veríssimo, que fora comerciante no Brasil, de onde regres-

20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


#LIBERDADE:: Tal como já havia sucedido em 1966-1967, o meu pai teve direito ao gozo da licença graciosa, concedida desde a 1.ª República aos funcionários do quadro ultramarino, de modo, segundo se argumentava, a recuperar a saúde perante o clima e as doenças habituais nos trópicos. Em 22 de Julho de 1971 partimos do aeroporto internacional de Luanda General Craveiro Lopes (Presidente da República portuguesa entre 1951-1958), por volta das 2 horas da manhã numa avião da TAP, que aterrou em Lisboa mo mesmo dia. Fixamos residência na então vila de Cantanhede para estudar na Escola Industrial e Comercial local, que estava sedeada no antigo hospital. Regressamos a Luanda no dia 7 de Abril de 1972, no navio Infante Dom Henrique, e chegamos uma semana depois. No dia em que aportamos, junto do número 39 da Rua João de Deus, no bonito bairro luandense da Vila Alice, o meu pai conversou com o senhor Paiva, mestiço, que trabalhava nos Serviços de Fazenda (em Portugal, Finanças) sobre a situação política em Portugal e Angola. Surpreendidos ouviram-me dizer: «A guerra acaba daqui a dois anos!». Perguntam-me: « Tu és bru-

xo?» (2) Pouco tempo depois comecei a usar uma t-shirt amarela, cuja foto guardo, com a consigna Make Flowers. Nots Bombs. Comprei-a numa pequena loja na estrada da Cuca, em Luanda, localizada entre o posto de combustível da Texaco e a famosa casa comercial a Gajajeira, celebrizada na música do cantor angolano Urbano de Castro, assassinado nos trágicos acontecimentos de 27 de Maio de 1977, quando Nito Alves, membro do comité central do MPLA, tentou uma sublevação contra o governo de Agostinho Neto, do mesmo partido. Corria o mês de Abril de 1974 quando, um dia de manhã, ao chegar à Escola Industrial e Comercial de Dalatando-Angola, alguns colegas que conheciam as minhas opiniões e tomavam em consideração as mi-

nhas posições, se dirigem a mim e dizem: «Carreira, em Lisboa as forças armadas derrubaram o regime, pretendendo instalar a Democracia e dar a independência às colónias». Perante estas afirmações, que eu, a nível familiar deduzia estarem próximas, respondi: «Até que enfim!». De imediato redigi um artigo intitulado «O ruir de um castelo de areia», para ser incluído no jornal da escola. Desde criança, e já adolescente, filho de uma família luso-espanhola, aprendi, em segredo, a amar a Democracia, o pacifismo de Ghandi e Martim Luther King, e um profundo respeito pelos outros, mesmo quando situados nos antípodas; como, também, se fossem os meus familiares galegos a manifestarem forte oposição à ditadura espanhola de Francisco Franco, ou o meu pentavô Oliveira, que abandonou Portugal nos finais do século XIX, para erguer chaminés de fábricas na GalizaEspanha, a ler, possivelmente, a Torá ou os escritos talmúdicos à escondida, tentando deste modo fugir aos esbirros inquisitoriais e às fogueiras com odor a carne humana que engalanavam praças e a deixar o povo a ulular de satisfação. Hoje, a Democracia, em Portugal, Angola, e em muitos países do mundo, está enfermiça… Pesaroso por ter ocupado uma parte da adolescência, antes do 25 de Abril, na sua defesa? Nunca, pois ,como optimista, espero sempre que o célebre poema de António Gedeão, A Pedra Filosofal: «Eles não sabem/nem sonham,/que o sonho comanda a vida./Que sempre que um homem sonha/O mundo pula e avança/como bola colorida/entre as mãos de uma criança». Ou será que um dos provérbios de Salomão (Pr 14:11), «A cidade prosperará com a bênção dos justos e será destruída pelas palavras dos ímpios» se vai concretizar? (3) (1)A data de falecimento deste soldado português vem referida na obra de José Brandão, Cronologia da Guerra Colonial. Angola-Guiné-Bissau-Moçambique.1961-1974, Prefácio, Lisboa, 2008, p. 405. (2) As datas das viagens entre Angola e Portugal, e viceversa, foram retiradas dos documentos que solicitei ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em 1999. (3) Bíblia Sagrada, Difusora Bíblica, 5.º edição, Franciscanos/Capuchinhos, Lisboa/Fátima, 2009, p. 1009.

Professor Fernando Abreu

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21


:: #LIBERDADE

25 de Abril Defesa das Conquistas à luz da Constituição Passaram-se 47 anos desde aquela 5.ª feira de 1974 («O dia inicial inteiro e limpo», segundo Sophia) até ao último domingo do mês de abril de 2021. É o tempo de cerca de três gerações, em que em muitos aspetos houve evidentes progressos. À partida, os factos mais relevantes foram o surgimento da liberdade e a instituição da democracia. Detenhamo-nos um pouco na “liberdade” e na “democracia”. É que se até 1974, a população portuguesa estimada em 8,63 milhões de pessoas não conhecia nem «a cor da liberdade» (Jorge de Sena) nem «o sabor da democracia», após a “Revolução de Abril” e a elaboração de uma nova constituição, os portugueses passaram a experienciar a democracia e a liberdade. Assim sendo, logicamente se conclui que mais de 1,5 milhões de portugueses (atendendo à população atual de cerca de 10,3 milhões de pessoas) nascidos no “Portugal de Abril”, ou seja, após a instauração da República Portuguesa como um estado de direito democrático, não imaginam o que foi viver sob um regime marcado pela ditadura e a opressão. Para com estes (e não só), impõe-se uma persistente ação pedagógica, para que esse passado histórico seja devidamente compreendido e o estado de direito democrático seja convenientemente valorizado. E que Estado é esse? Atendendo ao peso e ao significado das palavras, e não querendo ser maçador, nunca é demais citar o Artigo 2.º da Constituição da República Portuguesa (CRP), segundo o qual «A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.» Fica assim entendido que democracia não rima com ditadura, porquanto a ditadura é a imposição da vontade de uma pessoa ou de um grupo de pessoas sobre a vontade da maioria, sendo a democracia uma organização que pressupõe um “jogo” de vontades, de diálogo e tentativas de equilíbrio, num constante esforço de aplicação dos princípios da universalidade e da igualdade, qual balança em que o fiel são os direitos e os deveres previstos na CRP. E a liberdade? De que se trata? Embora não esteja definida no texto fundamental, todos intuímos, incluindo os mais novos, que a liberdade é o mesmo que “permissão”, “ausência de restrições” ou o “livre-arbítrio”. O artigo anteriormente citado também faz referência à liberdade, garantindo-a e deixando subentendidas as suas múltiplas vertentes. Mas é o Artigo 27.º, igualmente da CRP, que no seu Ponto 1 assegura que «Todos têm direito à liberdade […].» De facto, a liberdade reveste-se de múltiplos aspetos, tal como estabelece a CRP e fazemos questão de assinalar:

22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


#LIBERDADE :: a) Liberdade de expressão e informação (Artigo 37.º); b) Liberdade de imprensa e meios de comunicação social (Artigo 38.º); c) Liberdade de consciência, de religião e de culto (Artigo 41.º); d) Liberdade de criação cultural (Artigo 42.º); e) Liberdade de aprender e ensinar (Artigo 43.º); f) Liberdade de associação (Artigo 46.º); g) Liberdade de escolha de profissão e acesso à função pública (Artigo 47.º); h) Liberdade sindical (Artigo 55.º). Como se pode constatar, liberdade não condiz com proibição ou censura, embora também não constitua um passaporte para a esfera do descontrolo ou da injúria. A liberdade é sim uma força motriz que permite impulsionar o desenvolvimento das sociedades a vários níveis, em que a aceitação prevalece sobre a reprovação e o espírito de abertura impera sobre a intolerância e o medo. Ora, a liberdade e a democracia não fizeram sempre parte do quotidiano dos portugueses, pois só há cerca de meio século elas foram conquistadas. De facto, a liberdade e a democracia são conquistas e não dádivas, as quais devemos à ação dos portugueses inconformados (civis e militares) com o regime autoritário de Salazar e Marcello Caetano, que vigorou quase tanto tempo quanto o que temos de regime democrático, mais concretamente, durante 41 anos, de 1933 a 1974. Com o regime democrático, muitas outras conquistas se sucederam. Duas das mais significativas e que se refletiram positivamente na vida dos portugueses e no desenvolvimento do país foram o acesso universal aos cuidados de saúde, através da criação do serviço nacional de saúde (SNS), e o acesso geral à educação, através da escola pública. Ficaram deste modo consagrados na CRP o direito à proteção da saúde (Artigo 64.º), o direito à educação (Artigo 73.º) e o direito ao ensino (Artigo 74.º), a par com muitos outros direitos de que os cidadãos hoje usufruem. Depois destes considerandos, uma palavra final de alerta se impõe. De alguns anos a esta parte, o regime democrático vem sendo erodido por sucessivos eventos e episódios de vária ordem, os quais tendem a colocá-lo em descrédito e a escancarar portas aos populismos. A pequena e a grande corrupção envolvendo figuras da política, da banca, dos negócios, entre outros, minam a confiança dos cidadãos no regime democrático e impede a «realização da democracia económica, social e cultural». Por isso, cada um dos cidadãos tem o direito e o dever de assumir o combate, individual ou coletivamente, e das mais diversas formas previstas na própria CRP, pela defesa do estado de direito democrático. E mais uma vez é a própria CRP que nos faculta os instrumentos de defesa, como estes dois: a) Direito de reunião e de manifestação (Artigo 45.º); b) Direito de petição e direito de ação popular (Artigo 52.º). Concluindo, não nos conformemos com o estado a que atualmente chegámos (parafraseando Salgueiro Maia), pois sempre se pode vislumbrar uma luz (a CRP) no fundo do túnel.

Prof. Carlos Fontes (grupo 300)

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23


:: Na BIBLIOTECA acontece PROJETO VIAJAR COM LIVROS A IV edição do Projeto decorreu, entre 13 de maio e 18 de junho 2021, nas escolas de Cabo Verde com a participação de 60 Contadores/as de Histórias, entre os quais se destacam os/as alunos/as de Educação Básica e Teatro e Educação da ESEC. Pensar a Escola enquanto lugar de decisão e de gestão curricular é pensar a prática pedagógica enquanto atividade de investigação e de intervenção para a mudança. Considerando a Escola uma instituição que não se esgota na instrução e que tem de ampliar o seu papel na formação de leitores, desenvolve-se o Projeto Viajar com Livros. O Projeto Viajar com Livros, coordenado pela Docente Sofia Gonçalves, desde 2009, em Cabo Verde, visa criar Bibliotecas Escolares nas várias ilhas do arquipélago. Este projeto nasceu com o apoio e colaboração da empresa Mota-Engil, aquando da sua intervenção no porto de Palmeira na ilha do Sal. Ao longo das edições que foram realizadas, o projeto contou com vários parceiros como a Embaixada de Portugal em Cabo Verde, Mota - Engil, Ministério da Educação de Cabo Verde, Escolas Portuguesas e Cabo Verdianas, Rede de Bibliotecas Municipais e, mais recentemente, juntaram-se as instituições Unesco, o Plano Nacional de Leitura de Cabo Verde, a Escola Superior de Educação do Politécnico de Coimbra, a Fundação Manuel António da Mota e o KINDER (CES). Sem qualquer tipo de financiamento, apenas com uma grande paixão pela Educação, este projeto tem conseguido mover "ilhas e oceanos" e alcançado os grandes objetivos: 1. Criar espaços de leitura (bibliotecas escolares e cantinhos de leitura); 2. Promover o gosto pela leitura nos alunos das escolas do 1.º Ciclo de Cabo Verde; 3. Contribuir para a formação de cidadãos, permitindo a todos o acesso às informações e à perceção das imensas possibilidades de que dispõe um ambiente como a biblioteca, num contexto de conhecimento, sabedoria e informação; 4. Despertar as crianças para o gosto e interesse pela leitura, transformando a biblioteca num local onde a educação, o ensino e o lazer poderão encontrar-se; 5. Conhecer várias formas de expressão da linguagem; 6. Despertar a curiosidade para pesquisa de assuntos variados com o objetivo de transpor este conhecimento para outras áreas, adquirindo uma postura crítica, reflexiva e interativa. Num momento em que o Mundo atravessa um enorme desafio, urge reinventarmo-nos nos mais variados contextos, mantendo ativos os vários eixos de intervenção dos processos educativos. O projeto Viajar com Livros, neste ano de pandemia, pretende chegar às escolas de Cabo Verde em formato digital, proporcionando momentos de leitura, escuta de histórias, interações com crianças e profissionais de educação de várias entidades de Portugal e Cabo Verde. Sofia Gonçalves 24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


Na BIBLIOTECA acontece::

A Rede de Bibliotecas de Condeixa-a-Nova constituiu-se como parceira desta iniciativa com leituras realizadas pelos seus técnicos e professores, ao longo do terceiro período letivo. As crianças de diferentes escolas das ilhas do arquipélago escutaram textos em várias vozes e refletiram sobre as suas mensagens. A Língua Portuguesa e a leitura prevaleceram em sessões de entrega e partilha. A RBCDX

Apresentação do livro "Inês, a inventora de profissões" Os alunos do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-aNova marcaram um encontro virtual com o escritor Pedro Seromenho, numa sessão inteiramente dedicada às histórias e à ilustração. No centro de todas as atenções, a história de “Inês, a inventora de profissões”. Pedro Seromenho escreveu e Zita Pinto ilustrou esta que é uma das obras selecionadas para a fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura, e que a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) distribuiu por todos os alunos do 3º e 4º anos dos 19 concelhos que integram a região. Uma iniciativa que incluirá ainda dois momentos de encontro com o escritor, sendo que o primeiro ocorreu já a 8 de abril, para algumas das turmas envolvidas. Para além de narrada a história pela voz do próprio autor, que apresentou a analogia entre o seu percurso profissional e o das personagens, sensibilizando e motivando para a realização pessoal de cada um, houve espaço para ilustração ao vivo, declamação de poemas inéditos, apresentação de novos projetos editoriais e resposta às questões dos pequenos participantes.

Prof. Carla Fernandes

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25


:: Na BIBLIOTECA acontece

Dia Mundial da Língua Portuguesa Comemorou-se no passado dia 5 de maio o “Dia Mundial da Língua Portuguesa”.

gundo

Guter-

res, muitos ou-

A consagração do “Dia da Mundial Língua Portugue-

tros nomes do

sa” ocorreu em novembro de 2019, na 40.ª Conferência

espaço da lín-

Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas pa-

gua portuguesa,

ra a Educação, a Ciência e a Cultura). Tal proclamação

poderiam

surgiu na sequência da oficialização dessa data pela

poderão um dia

CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa),

merecer

como o “Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na

galardão.

CPLP”, em 20 de julho de 2009, na cidade da Praia. De

Enfim,

ou tal fo-

lá para cá, a CPLP foi assinalando e promovendo anual-

ram

inúmeras

mente a referida efeméride, com atividades diversas,

as

atividades

dentro e fora do espaço lusófono.

alusivas ao dia 5 de maio, no presente ano de 2021,

No entanto, só em 2020 a data foi celebrada ao mais

realizadas não só no espaço da lusofonia, mas também

alto nível, a saber, pela ONU (Organização das Nações

fora dele, em diversos países e nos quatro cantos do

Unidas), como o “Dia Mundial da Língua Portuguesa”.

mundo, como pode ser comprovado na página do

Nesse ano, o seu Secretário-Geral, o Eng.º António

Instituto Camões (https://www.instituto-camoes.pt/

Guterres, ex-primeiro-ministro português, referiu-se à

sobre/comunicacao/noticias/dia-mundial-da-lingua-

importância da língua portuguesa como língua de comunicação global. Na altura, o Secretário-Geral considerou ter sido justo tal reconhecimento e que a língua portuguesa constituía uma afirmação da diversidade, diversidade essa que se construía no dia a dia de todos os povos que a utilizavam e que através da CPLP era projetada para todo o mundo. Este ano, António Guterres sublinhou a importância que as Nações Unidas atribuem ao multilinguismo na vida da organização que dirige, como forma de reforçar os valores da cultura, da paz e da diversidade, contra a uniformização que causa o empobrecimento da comunidade internacional. No caso da língua portuguesa, realçou que a mesma é propriedade comum de todos os países e povos que a utilizam. Aproveitou a ocasião para se referir ao até agora único Prémio Nobel da Literatura alcançado por um autor de língua portuguesa, no caso, José Saramago, em 1998. E se-

26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


Na BIBLIOTECA acontece :: Perante tão importante data, a Biblioteca da Escola Básica n.º2 não quis, ainda que de forma singela, deixar passar despercebida a respetiva comemoração. Para o efeito, organizou um conjunto de atividades que visaram tornar mais visíveis os diversos países que integram a CPLP. As referidas atividades consistiram numa exposição de livros e diversos objetos de arte (esculturas, pinturas…) no espaço interior da biblioteca. Para complementar tal exposição, a habitual estante de “Sugestões de Leitura” foi preenchida com propostas de autores de língua portuguesa. A divulgação dos países que têm o português como língua materna e ou oficial, bem como das suas bandeiras, mereceu a devida e repetida projeção no pequeno ecrã da biblioteca. À entrada da biblioteca, cartazes com os mapas com a localização e as bandeiras dos países da CPLP ajudaram a pôr em perspetiva a dimensão e a importância desta organização, pois são mais de 260 milhões os falantes do português e juntos representam a sexta maior economia do mundo. Por fim, a comprovar a riqueza e a diversidade da língua portuguesa, algumas palavras com origem nas diversas geografias que compõem a CPLP “impuseramse” nas paredes em torno das escadas próximas da biblioteca. É assim, a língua portuguesa... Prof Carlos Fontes

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27


::Na BIBLIOTECA acontece

O admirável mundo das abelhas O Dr. Nuno Capela, investigador do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, tendo como área de investigação a análise de risco em colónias de abelhas "O impacto da composição da paisagem em zonas agrícolas no desenvolvimento das colmeias” – fez uma sessão online para as turmas das EB nº 1, EB nº2 (6º ano) e EB nº3 para dar a conhecer o admirável mundo das abelhas. Os alunos perceberam como a vida das abelhas é crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas, já que, na busca do pólen, sua refeição, estes insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Esta polinização é indispensável, pois é através dela que cerca de 80% das plantas se reproduzem. Como alertava Einstein “se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência.

Sem

abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.” As curiosidades da rotina diária numa colmeia e da sociedade da colmeia abriram o leque de perguntas, que os alunos puderam esclarecer junto do especialista. A abelha, é, afinal, o ser vivo mais importante do planeta. Prof. Carla Fernandes

28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


Na BIBLIOTECA acontece:: PROTEJA AS ABELHAS, ASSEGURE A BIODIVERSIDADE! As abelhas são fundamentais para assegurar a biodiversidade, pelo seu trabalho incansável na polinização da maioria das plantas com flor, por isso nunca é demais dizer que as devemos proteger! Os seus maiores inimigos são os herbicidas e os pesticidas usados pelos agricultores para matar as ervas daninhas e combater as pragas, pois as abelhas poisam nas plantas envenenadas e acabam também elas por ser contaminadas e muitas morrem. Para combater este problema, devemos colocar nos jardins, nas hortas e pomares “casas de insetos” para servirem de abrigo de insetos que poderão contribuir para a manutenção da biodiversidade, não só por fazerem a polinização, mas também por serem predadores naturais de muitas pragas que atacam

e destroem as plantas, como

é o caso das joaninhas. Também a vespa velutina, vulgarmente conhecida por vespa asiática, é uma grande ameaça para as nossas preciosas abelhas, dado que se alimenta delas. Como todas as espécies invasoras, constituem um perigo para a biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas, pois competem com as espécies nativas e tendem a dominar. Para as controlar, podemos construir armadilhas simples com garrafões de água, colocando lá dentro o seu alimento preferido, que as atrairá e morrerão lá dentro. A solução a colocar nas armadilhas deverá ser adequada à época do ano. Nos meses de fevereiro, março e abril: vinho branco, groselha e cerveja preta, em partes iguais. Nos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro: 3 litros de água, 1,5 kg de açúcar e 60 gramas de fermento de padeiro. Outra forma de contribuirmos para a erradicação da vespa velutina é informar de imediato a proteção civil, sempre que avistarmos um ninho delas. Verifica-se a existência de dois tipos de ninhos: os ninhos primários, mais pequenos e os secundários, de maiores dimensões. Sempre que vir algum, não hesite, contacte as autoridades competentes! Porque existem muitas outras espécies invasoras, não só na fauna, mas também na flora, e a sua erradicação depende de todos nós, aprenda a identificá-las e a combatê-las!

erva das pampas (cortaderia)

canas

jacinto d’água

acácia das espigas

EB Nº1 3º/4ºC julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29


::Na BIBLIOTECA acontece Festival Literário Internacional do Interior - sessões nas escolas O Festival Literário Internacional do Interior: Palavras de Fogo, que este ano, na sua quarta edição, também se realiza em Condeixa. A Arte-Via Cooperativa, sediada na Lousã, concebeu o Festival Literário Internacional do Interior (FLII) - Palavras de Fogo, em homenagem às vítimas dos fogos florestais, sob a égide do lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”. Este festival tem como patrono Sua Exa o Senhor Presidente da República. Os parceiros associados são a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Delegação Regional da Cultura do Centro, a Universidade de Coimbra, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). Este ano ocorreram iniciativas na Casa Museu Fernando Namora, no Agrupamento de Escolas de Condeixa-aNova, na Praça da Republica , na Biblioteca Municipal Eng.º Jorge Bento e também no claustro da Câmara Municipal de Condeixa . Os alunos do 1º, 2º e 3º CEB e Secundário receberam a visita dos escritores Adélia Carvalho, António Martins e Ricardo Fonseca Mota. Foi

mais

30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021

uma


Na BIBLIOTECA acontece:: Rede de Bibliotecas de Condeixa promove Programa de Literacia Familiar Para todas as famílias que queiram saber mais sobre como ajudar as crianças a descobrir o mundo da leitura e da escrita e a todos os que gostam de ouvir histórias e de participar em jogos, este é um programa não formal, de curta duração, que lança o desafio a famílias com crianças de 5/6 anos (pré-escolar) a descobrir as funcionalidades da leitura e da escrita, de forma a facilitar e dar sentido à aprendizagem formal que ocorre no primeiro ciclo. A segunda edição do Programa de Literacia Familiar “Conto Contigo” , iniciativa promovida pela Fundação Aga Khan e implementada pela Rede de Bibliotecas de Condeixa, visa favorecer práticas de literacia familiar e fomentar a consciência parental sobre a importância dos hábitos e práticas de literacia familiar no desenvolvimento da literacia emergente de crianças em idade pré-escolar. É um programa de curta duração e de carácter lúdico, concebido para famílias, com o objetivo de fomentar competências parentais de suporte ao desenvolvimento da literacia emergente de crianças em idade préescolar (5-6 anos). No total, entre maio e junho, foram cinco as sessões realizadas pela Rede de Bibliotecas de Condeixa, que permitiram a nove crianças do concelho, prontas a ingressar o 1.º ciclo de ensino básico já no próximo ano letivo, o desenvolvimento de um conjunto de competências de literacia emergente. Primeiramente num formato online, e sempre a partir da leitura de histórias e de contacto com o escrito, os pequenos participantes e as suas famílias tiveram oportunidade de explorar o nome e os sons das letras, descobrir as convenções e funções da escrita e desenvolver a consciência fonológica. As sessões compreenderam cinco momentos: acolhimento, leitura, jogos sonoros, atividades de escrita, conversa com as famílias. Foram também disponibilizados recursos digitais que enriqueceram as dinâmicas e que se encontram acessíveis para utilização futura. Cor, humor e muito entusiasmo marcaram a última sessão da II edição do Programa “Conto Contigo”, nos jardins da Biblioteca Municipal Eng.º Jorge Bento, no dia 25 de junho.

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::Na BIBLIOTECA acontece

O admirável mundo das abelhas As abelhas são de extrema importância ecológica para o nosso planeta porque ao pousar nas flores em busca de néctar e pólen, elas contribuem para a polinização de diversas espécies. A polinização é um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade. Por isso, temos de proteger as abelhas! Como se organizam as abelhas? A sociedade das abelhas apresenta três castas: rainha, operárias e zangões. É uma comunidade de insetos muito bem organizada. As abelhas obreiras dentro da colmeia têm várias funções: limpeza, enfermeiras, construtoras, guardas e as colectoras. As abelhas da limpeza limpam a colmeia; as enfermeiras cuidam das outras abelhas mais novas e também das bebés, que são as larvas. As construtoras constroem os favos de mel. As de guarda estão de sentinela, guardam a colmeia e dão a sua vida para a proteger. As colectoras saem da colónia e vão experimentar o mundo lá fora, andam de flor em flor e transportam o pólen para a colmeia. Podem fazer muitos quilómetros por dia. Em cada colmeia há uma abelha rainha cujas funções são pôr ovos e manter a ordem. Quando a abelha rainha morre, as obreiras tratam logo do assunto, elas alimentam a larva pequenina com geleia real para nascer uma abelha rainha. Já os zangões são os machos da colónia. Comem muito e nascem muito gordos e têm uma única função que é fecundar a abelha rainha. Depois do acasalamento morrem. Curiosidades: - O que produzem as abelhas na colmeia? Mel; cera; própolis; pólen (pão de abelha, é um produto muito proteico) e geleia real. - Qual a produção de mel, em média, por cada colmeia? A média é 20 Kg de mel por colmeia. Mas uma colmeia pode produzir cerca de 100 Kg. Como comunicam as abelhas entre si? Elas dançam. Elas comunicam através de vibrações e não do som, pois as abelhas são surdas. Quanto tempo vive uma abelha? Depende da altura do ano. Duram mais tempo no inverno, cerca de 3 a 4 meses. Nesta altura do ano estão mais protegidas, estão no quentinho. No verão duram menos tempo, cerca de um mês porque é quando começam a polinizar e estão expostas a muitos perigos, nomeadamente aos fogos que as dizimam. Com é abelha antes de nascer? Ovo – larva – pupa As obreiras demoram 21 dias até nascerem. A rainha mãe demora 15 dias e os zangões 24 dias, pois são muito gordos. Alunos do 3º B da EBNº1 de Condeixa

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Ler+ Escrever Melhor :: Uma Lição Valiosa por Carolina Pinela, 6ºE

Um quarto com uma secretária em frente a uma cama; ao lado da secretária, um móvel de gavetas com uma televisão em cima, e uma grande janela ao lado da cama e da secretária. No espaço, em frente ao planeta Terra, atrás o Sol, e o resto do cenário cheio de estrelas. Ato I Cena 1 No quarto. Meio da tarde. Dia de sol mas ventoso. (Quando abre o pano, Luísa está sentada na cama a olhar para a parede.) Luísa: Que seca! Não tenho nada para fazer! Vou ligar a televisão, pode estar a dar algo mais interessante. (Luísa liga a televisão, num canal de notícias. Este está a dar informação sobre como proteger o meio ambiente. Depois volta a mudar de canal e a transmissão era mais uma vez relacionada com o ambiente. Luísa levanta-se e vira-se para o público.) Luísa: Por que é que será que de um momento para o outro, as pessoas se começaram a preocupar a sério com o meio ambiente? (pausa, pensativa:) É verdade que, desde muito pequena, toda a gente me diz que temos que proteger o meio ambiente e ensinaram-me a reciclar, utilizando os 5 R´s, repensar, reutilizar, reciclar, reduzir e recusar... Mas nas notícias, nas rádios, nas redes sociais… eu nunca tinha visto tanta preocupação. E isso não é mau, e até é muito bom que as pessoas comecem a preocupar-se a sério, mas por que é que só despertaram realmente para isso agora? (Um vento forte passa lá fora, fazendo barulho, e despertando Luísa. Luísa vai até à janela ver o que se passa e abre-a.) Cena 2 Voz do planeta Terra: Psiu! Luísa (falando baixinho para si): Está aí alguém? Voz do planeta Terra (com ironia): Sim, está! Quer dizer, não é que eu seja muito importante para a maioria de vocês!

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:: Ler+ Escrever Melhor Luísa (surpresa): Peço desculpa, eu não vejo ninguém.!... Voz do planeta Terra: Vês, sim, aonde quer que vás eu estou contigo! Luísa (intrigada): Isso é um enigma? Quer que eu adivinhe quem é? Voz do planeta Terra: Já agora, por que não? (Luísa pensa por uns instantes.) Luísa (confiante de que vai acertar): Já sei, és o meu telemóvel! Voz do planeta Terra (num tom de mágoa): Não! Eu sou o Planeta Terra! E esperava mais de ti, pensei que acertasses na minha adivinha. Luísa: Desculpa, não era minha intenção magoar-te. Mas afinal tu falas? E queres falar comigo, é isso? Voz do planeta Terra: Sim, é isso. Então é o seguinte… Luísa (interrompendo-o): Desculpa lá, mas se falas, por que nunca disseste nada? Por que nunca te manifestaste contra as coisas más que fazemos e que te prejudicam? Voz do planeta Terra: Bem… eu consigo falar, mas é só de vez em quando e com um determinado tipo de pessoas, as quais tenho de escolher muito bem e esperar pelo momento certo. Luísa: Presumo que já tenhas falado com outras pessoas antes de mim. Então, por que é que elas nunca disseram ou fizeram nada? Voz do planeta Terra: Aí é que te enganas, elas fizeram alguma coisa, sim! Por exemplo, aquela jovem, a Greta Thunberg, tenho a certeza que já ouviste falar dela. Luísa: Sim, já ouvi nas notícias! Voz do planeta Terra: Mas agora vamos ao que interessa. Com as vossas ações eu estou a ir de mal para pior! Estou muito doente, e ultimamente até comecei a ficar com febre. Agora aqui no sistema solar, até sou colocado de parte pelos outros planetas. Nenhum deles quer estar comigo, porque têm medo de apanharem humanos poluidores e ganharem esta doença. É preciso fazer algo para mudar isto, e eu tenho tentado avisar-vos disso com as alterações climáticas e outras coisas. Luísa: Estou totalmente de acordo contigo!

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Ler+ Escrever Melhor :: Voz do planeta Terra: Mas agora vamos ao que interessa. Com as vossas ações eu estou a ir de mal para pior! Estou muito doente, e ultimamente até comecei a ficar com febre. Agora aqui no sistema solar, até sou colocado de parte pelos outros planetas. Nenhum deles quer estar comigo, porque têm medo de apanharem humanos poluidores e ganharem esta doença. É preciso fazer algo para mudar isto, e eu tenho tentado avisar-vos disso com as alterações climáticas e outras coisas. Luísa: Estou totalmente de acordo contigo! (Uma nuvem paira em frente a Luísa.) Voz do planeta Terra: Senta-te nessa nuvem e vem comigo! Ato II Cena 1 No espaço. Luísa em cima da nuvem observa o planeta Terra. Planeta Terra: Agora que estás num sítio onde me podes ver por completo e observar bem as coisas que estão a acontecer, prossigamos a nossa conversa... Luísa (interrompendo o planeta Terra, aflita e com respiração ofegante): Espera! Eu estou no espaço como é que é possível estar a respirar? Planeta Terra: Não te preocupes! Estás em cima da nuvem e desde que estejas em contacto com ela, conseguirás respirar. (Ouve-se uma música de fundo calma. Falam sobre a sustentabilidade do Planeta) Ato III Cena 1 No quarto. A música parou. Luísa está de novo à janela. Luísa (animada): Isto foi o máximo! Quem diria que iria ao espaço numa nuvem e falaria com o planeta Terra!? Voz do planeta Terra: Pois… mas agora tenho de ir, adeus! Luísa: Oh! que pena... (pausa:) Bem, então adeus! (Luísa vem para o centro do palco na direção do público e olha para o relógio que tem no pulso.) Luísa: (espantada) Espera! Desde que saí do meu quarto para esta aventura e voltei a entrar, não passou tempo nenhum! Como é possível!? (As luzes vão se apagando lentamente e o pano fecha.) julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35


:: Ler+ Escrever Melhor Inês Brito, 6º E.

Ariana Tavares, 7º E. 36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


Ler+ Escrever Melhor ::

Mundo mágico Era uma vez um mundo de encantar Onde tudo era arrebatador. O que fazia todos pasmar, Era a bola mágica do adivinhador.

Neste mundo tão distante, todos queriam lá viver. Era tudo tão fascinante

O guerreiro foi recompensado

e ninguém tinha algo a temer.

Pela sua nobre coragem, Por ter salvo o mundo

Até que um dia…

Que por todos era amado.

Alguém a bola mágica encontrou. Para tristeza de todos,

O mundo que era assustador

aquele mundo mágico mudou!

O mundo que nunca mais iria ver dia O mundo que agora é encantador

O mundo que era encantador

E que voltou a ouvir a sua melodia.

tinha a sua própria melodia! Agora que é assustador, nunca mais os habitantes viram o dia.

Matilde Branquinho, nº 15, 6ºE Com o final do ano letivo Bate à porta a nostalgia

Um dia…

Lembro-me do ano que passou

Um corajoso guerreiro

E de tanta alegria!

Decidiu enfim lutar.

Por um lado quero férias

Contra o maléfico aventureiro

Por outro sinto saudade

Para a bola mágica resgatar.

Porque a escola é divertida Acreditem que é verdade!

Após um combate de fugir, A melodia foi recolocada. Naquele mundo de encantar voltou-se a ouvir a antiga balada.

Para o ano cá estaremos Nesta turma é que não Novas amizades para fazer As antigas continuam no coração! Até para o ano!!!

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:: Ler+ Escrever Melhor

A Magia da Escrita Certo dia, eu estava deitada na minha cama a olhar para o teto, aborrecidíssima, sem nada para fazer. Olho para um lado, vejo uma parede, olho para o outro, vejo a minha secretária outra vez desarrumada. Quando eu a arrumava, parecia que, dias depois, ela se desarrumava sozinha, de propósito. Então lembrei-me que podia pas- para trás e raspou no chão, parecendo estar a afastar sar o tempo a arrumá-la e pensei “Já agora, porque poeira e veio em direção a mim, furioso! Eu fiquei em não?”.

pânico e sem saber o que fazer, risquei a palavra

Assim o fiz! Papéis para um lado, lápis para o outro, “unicórnio” e ele desapareceu. canetas para mais outro... Havia tantos lados repletos de

Então, percebi os poderes daquela caneta e senti-me

coisas que era impossível encontrar qualquer coisa espe- confiante, já não ia trazer para ali um livro, nem um anicífica ali. Mas não é que eu consegui?! Achei a minha ca- mal e desta vez seria uma pessoa. Peguei no livro que neta preferida, curiosamente a brilhar, o que eu estra- estava a ler e abri numa página que tivesse o nome da nhei, pois nem sequer estava sol. Lembro-me que usara personagem que eu mais gostaria de conhecer. O livro aquela caneta poucas vezes, pois gostava tanto dela que fazia o retrato psicológico dela e eu estava mortinha para tinha tanto medo de a gastar ou de a estragar.

saber se a personagem era igual ao que eu imaginara.

Aquela caneta era especial, não era uma caneta qual-

Circundei o nome dela, olhei para o lado e vi que

quer que se compra em qualquer lado, era diferente! Era

ela não era como eu a tinha imaginado. Ela era alta,

da minha coleção de filmes favorita: Harry Potter. Era da

magra, com pele bronzeada, com cabelo ruivo escuro,

Grifinória, a minha casa preferida, quando a vi na loja

comprido e liso, tinha cara oval, com olhos castanhos

pensei que tinha que ter aquela caneta, pois ainda por

esverdeados, o nariz arrebitado e as bochechas co-

cima, era “oficial”, caneta melhor para mim não havia.

bertas por sardas. Eu tentei falar com ela, mas ela não

Peguei nela, e escrevi o que tinha de fazer “acabar

respondia, até lhe atirei uma bola pequena, mas ela

de ler a obra Ulisses”, o texto brilhou e eu aí é que co-

não fez nada. Simplesmente permanecia no mesmo

mecei a estranhar mesmo a sério, mas nada comparado

lugar e imóvel. Como não tinha nenhuma graça ver a

ao espanto com que fiquei quando o livro veio a voar até

personagem ali parada a olhar para mim, o que até

mim. Posicionou-se à minha frente e começou a virar as

achei constrangedor, fechei o livro e ela evaporou-se.

páginas tão depressa que fez o meu cabelo esvoaçar e

Assim, arrumei a caneta e as outras coisas também,

depois parou, exatamente na página em que eu tinha fica-

coloquei música e voltei para a cama a olhar para o

do!

teto, tentando perceber o que se passara. Em

seguida,

escrevi

outra

palavra

qualquer

“unicórnio” e apareceu um cavalo, com um único chifre,

19/05/2021

do outro lado do meu quarto! Fiquei parada a olhar e senti-me feliz por ser a primeira pessoa a ver realmente

Carolina Pinela, nº 3, 6.ºE

um. Mas ele não estava a partilhar do mesmo entusiasmo e olhou para mim, fez má cara, relinchou, pôs o casco

38 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


Ler+ Escrever Melhor::

Uma aventura na noite Certo dia, acordei e era uma pequena criatura humana, mas media apenas 10cm...enquanto todos os outros seres, vivos e não vivos, tinham o tamanho normal! Fiquei apavorada porque não sabia o que tinha acontecido; fiquei emocionada porque ia ser uma aventura; fiquei contente porque podia saber como era a vida dos seres vivos mais pequenos. Assim, decidi dar uma volta pelo jardim… e não é que ouvi uma voz! - Porque é que um humano como tu tem menos de um metro? - Quem me fala? - Olha para trás e vê! Quando me virei, não é que vi uma formiga um pouco mais baixa do que eu naquele momento! Achei estranho pois, ambas falávamos a mesma língua. Ela era magra, tinha olhos pretos, quatro patas. Achei-a um pouco pertinaz ao início, mas depois de a conhecer melhor, reparei que também era simpática e engraçada. Eu expliquei-lhe o que se passava comigo, quando de repente ouvimos uma voz áspera a gritar: - Sua formiga preguiçosa! Volta para o formigueiro real, vai limpá-lo cozinhar o meu jantar especial e preparar a minha melhor roupa! - disse a Rainha das Formigas – Hoje temos visitas importante! --Sim, Alteza!- disse a minha amiga formiga. Quando a Rainha das Formigas se afastou, eu perguntei quem era aquela formiga e porque é que estava a implicar com ela. Ela respondeu: - É a Rainha das Formigas. Há vários formigueiros e em cada um vive um monte de formigas. Eu vivo no da realeza, mas como empregada da rainha que só o é porque é invulgarmente grande para uma formiga. Todas nós temos medo de lhe fazer frente, então, ela aproveita isso para nos fazer a vida negra. - Ei! Eu estou a ter uma ideia!-disse. Eu vi o tamanho dela e eu, mesmo neste corpo pequenino, sou maior do que ela e, por isso, posso fazer-lhe a vida negra para ela sentir na pele o que é isso. Depois de eu ter tido esta ideia, estivemos horas a magicar planos maquiavélicos. Pensámos… pensámos e voltámos a pensar… até que a formiga teve uma ideia: - E que tal apareceres e dizeres que és a rainha das formigas do outro reino e que vieste fazer uma investigação sobre a escravatura que a que as formigas têm

sido sujeitas?! - E como é que fazemos com que ela aprenda uma lição? - Então, dizes que reparaste que as formigas do reino são maltratadas e que lhe passarás uma multa por isso. Só não sei o que é que pode ser a multa… - Pois, mas eu já sei qual é que pode ser! Então tu serás rainha até o sol se pôr, e ela fará as tarefas que tu pedires. Caso não aceite, inventamos que nunca mais será rainha daquele reino. E foi isso que fizemos. Ao princípio, a Rainha achou estranho mas depois começou a acreditar na mentira. E, quando lhe contámos que se ela não cumprisse a multa deixaria de ser rainha, ficou toda atrapalhada e, por isso, não teve alternativa se não concordar e fazer o que lhe era mandado. Ela esfregou e limpou o formigueiro de uma ponta à outra, fez o jantar, lavou a roupa do formigueiro inteiro e ainda teve de fazer uma massagem relaxante, assim como, preparar o local de yoga. Apesar de parecer mau e cansativo, o castigo era merecido porque ela fazia isso a todas as formigas do reino, tendo ainda a lata de as chamar preguiçosas, sem nunca receberem algo em troca. Quando o sol se pôs, eu dirigi-me à Rainha das Formigas e questionei-a: - Então, serviu-lhe o castigo ou preciso de lhe tirar a coroa? - Não, não é preciso. Aprendi a minha lição e a partir de agora serei mais compreensiva com todas as formigas e vou passar a tratá-las melhor. - Muito bem! – respondi. Mas antes de voltar a ser rainha ainda tem de fazer uma coisa. - O quê? - Tem de pedir desculpa à sua empregada e agradecer-lhe tudo o que fez por si ao longo da sua vida. E assim foi. Depois de toda esta aventura, fui ter com a minha amiga e rimo-nos muito por causa do que tinha acontecido. Horas mais tarde, quando o sol nasceu, comecei a desaparecer sem explicação! Primeiro os pés, depois o tronco e por fim… acordei! Comecei a olhar para todos os lados e, só depois me apercebi que afinal tudo tinha sido um sonho… Matilde Branquinho nº15 turma 6ºE

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:: Read & Stand up - Levanta-te por uma causa!

Os entusiastas saltaram o muro da escola à procura de ativistas na vila! Condeixa foi invadida por um bando de alunos

foram eles, juntando peças de um puzzle que já vem

armados com canetas e pratos para desenvolver

sendo delineado desde meados de outubro. Uma

uma atividade no âmbito do projeto "Read and

tarefa que pôs todos a trabalhar!

Stand Up". O bando na companhia dos docentes

As apreciações recolhidas pelos alunos subli-

Ana Rita Amorim, Carla Fernandes, Agostinho Vas-

nham a “excelência da ideia”, conscientes que cati-

co e da formadora Adriana Campos dedicou-se a

var um público é sempre difícil, prontificaram-se a

uma tarefa específica: caçar voluntários que pudes-

levar a bom porto a sua tarefa e incentivaram os

sem esgrimir as suas opiniões.

mais incautos a desfiarem um rosário de causas –

Postaram-se dentro de uma das lojas da vila, que

pelo meio ambiente, pelos direitos humanos, pelos valores….

foi decorada a rigor com os seus dizeres, as suas

Uma manhã “diferente”, dizem os alunos: um trabalho

ideias: uma tentativa de incentivar os habitantes de

“espetacular” a que se deve “dar continuidade”, instan-

Condeixa a lutar por uma causa. Este plano, bastan-

do os outros a serem também “interventivos”. “Uma

te audaz, diga-se em abono da verdade, não provo-

experiência a repetir” e “interessante” que permitiu

cou nenhuma debandada por parte dos que foram

desenvolver “as nossas ideias” e conviver !

apanhados, mas…houve algumas dificuldades. Os alunos foram distribuídos em grupos e lá

O trabalho lá está para ser apreciado por todos! Para o ano há mais!

A turma do 9ºF 40 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


Read & Stand up - Levanta-te por uma causa! :: O Projeto “Read & Stand Up – Levanta-te por uma causa!”, apoiado pelo Movimento 14-20 do Plano Nacional de Leitura para os alunos da Escola Secundária Fernando Namora, prossegue com a oficina Tinta Permanente, dinamizada pela atriz Adriana Campos, desta vez nas ruas de Condeixa-a-Nova. O propósito foi recolher junto das pessoas as suas facetas de ativistas. Há um ativista dentro de si? Dispensadores de ideias em riste, munidos de pratos para ideias-alimento, de papel e caneta na mão, a caça ao manifesto iniciou. Partindo de um slogan, deixado em montras de lojas vazias da vila, os alunos do 9º F, do 10º A e do 11º B percorreram os passeios em busca de transeuntes para registar as palavras que soltam os seus argumentos relativamente ao estado do mundo que os rodeia. Que causas existem em Condeixa? Que lutas há por realizar? Que ideias se apontam? Estas foram as questões que moveram os jovens e alimentaram a recolha de múltiplos pensamentos e ditos de gente de todas as idades. O verbo inundou as montras vazias e hoje os moradores encontram nelas palavras, muitas palavras escritas que exprimem uma polifonia de vozes que, na realidade, são desafios para quem passa.

PARE, PENSE, MANIFESTE-SE! Carla Fernandes Professora Bibliotecária

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 41


:: Read & Stand up - Levanta-te por uma causa! CONCURSO DE ORATÓRIA

aplicação Mentimeter a fim de procederem ao voto do seu candidato preferido.

No dia 15 de junho, pelas 9h30, no espaço exterior da Escola Secundária Fernando Namora, as professoras bibliotecárias promoveram o 1º Concurso de Oratória do Agrupamento de Escolas de Condeixa-A-Nova, integrado no projeto “Read & Stand up: Levanta-te por uma causa!” subordinado à defesa

Assim, o aluno do 9ºF, José Castanheira, ficou em primeiro lugar com a votação de 47%, a segunda posição foi para a aluna Madalena Pedrosa do 10ºA que registou 24% dos votos e o terceiro lugar foi atribuído à aluna Diana Pocinho também do 10ºA com 12% dos votos.

oral de uma perspetiva sobre um tema relacionado com as temáticas estruturantes do projeto: Direitos Humanos e Alterações Climáticas. Este concurso colocou vários desafios aos seus participantes como o facto de mostrar a sua performance no domínio da expressão oral e em particular do discurso argumentativo, encarar a oralidade como uma arte do uso da palavra para cativar os ouvintes e espicaçar o seu pensamento crítico e, no caso de muitos de entre eles, testar e ultrapassar a sua dificuldade de falar em público. Aceitaram pôr-se à prova os alunos Diana Canais, Joana Almeida e José Castanheira do 9ºF, e Ana Santos, Diana Pocinho e Madalena Pedrosa do 10ºA perante uma plateia de 70 alunos e seis professoras. Também as alunas Anais Duro do 9ºF e Beatriz Pinheiro do 10ºA mostraram as suas competências comunicativas na apresentação das diversas fases do concurso. Este, para além da intervenção de cada orador, contou, no seu início, com a participação ativa de todos os presentes que recorreram aos seus telemóveis para dar resposta ao Kahoot “A arte da oratória” realizado, para o efeito, pelas professoras Hortênsia Ramos e Piedade Ferreira. Aí ficaram entusiasmados com a atividade e verificaram-se reações muito positivas da sua parte ao testar os seus conhecimentos sobre esta matéria e ao receber a obtenção das suas classificações. Após a audição de todos os oradores, foram convidados a utilizar a

Para terminar o concurso, e com o intuito de enquadrar o evento, todos ouviram a canção do Grupo Deolinda “Movimento Perpétuo Associativo”, selecionada pela aluna Madalena Pedrosa, pesquisa solicitada aos alunos da turma do 10ºA pela sua professora de português. Foi grande a surpresa quando a maioria dos presentes soltaram os seus dotes musicais ao cantá-la porque lhes havia sido distribuído o flyer com a letra. Assim terminou este concurso num clima festivo e muitas mensagens de lutas por travar, incitando, com sucesso, todos os presentes a servir o propósito do projeto “Levanta-te por uma causa!”. A experiência foi deveras gratificante e, mais uma vez, mostrou que a escola tem um papel preponderante na formação de jovens, futuros cidadãos pró-ativos, com espírito crítico para se caminhar na construção de uma sociedade melhor, respeitadora de todos e de tudo em prol da Humanidade. Professores e alunos estão de parabéns. Para o ano há mais. Há que dar continuidade ao projeto para nunca “nada ficar pela metade”, citando Fernando Pessoa.

42 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021

Professora Hortênsia Ramos


Read & Stand up - Levanta-te por uma causa! :: Concurso de Oratória: Que tal foi?

Ana Costa A meu ver, esta atividade de oratória foi bastante construtiva, serviu principalmente para ouvir e partilhar a opinião acerca de problemas que afetam atualmente todos nós. Foi uma atividade fora do comum, o que a tornou divertida e expressiva, algo que saiu da rotina e fez com que a experiência se tornasse bastante interessante e comunicativa. Beatriz Branco Na minha opinião, o Concurso de Oratória foi bastante interessante e instrutivo, não só para os participantes, mas também para os espectadores como eu. Foi, deveras, agradável ver e ouvir discursar e argumentar sobre diferentes tópicos quer sobre Direitos Humanos quer sobre as problemáticas ambientais. Por fim, penso também que foi uma boa forma de praticar a nossa oralidade, uma vez que apenas a podemos melhorar através da prática. Beatriz Pinheiro Como participante, foi uma experiência nova, já que nunca tive coragem de falar para um público com mais de 25 pessoas. Na perspetiva de ouvinte, tive a oportunidade de ouvir colegas a discursar sobre temas importantes, alguns já muito repetidos por serem inesgotáveis e carecerem de mudanças urgentes, daí nunca ser demais abordá-los para mudar mentalidades e a forma como são apresentados tornaram-se muito cativantes. Catarina Acúrcio O Concurso de Oratória foi uma atividade à qual gostei bastante de assistir. Foi um momento instrutivo, que nos sensibilizou ainda mais para alguns problemas e situações ainda muito presentes nos dias de hoje. Este concurso permitiu-nos ver a capacidade de oratória de alguns alunos e isso foi também uma mais valia, já que pudemos aprender mais sobre como desenvolver um discurso claro e estruturado. Danilo Marques Na minha opinião, o Concurso de Oratória foi uma atividade que me ajudou a perceber como uma boa apresentação oral deve ser organizada e desenvolvida. Para os meus colegas que participaram foi uma atividade construtiva e que os ajudou a melhorar as suas capacidades de oratória.

Diana Pocinho Eu, como participante do Concurso de Oratória, posso dizer que foi uma experiência divertida e definitivamente uma memória que vai ficar comigo para a vida. Espero que esta atividade continue a ser feita todos os anos, pois seria um grande prazer voltar a participar. Inês Paes Na minha opinião, os participantes do Concurso de Oratória estiveram de parabéns. Foi notório o seu esforço e dedicação para mostrar ao público os problemas atuais que enfrentamos. Lara Bento O Concurso da Oratória foi uma dinâmica boa, pois todos nós podemos ouvir a versão de cada problema e pensar um pouco mais sobre os assuntos, o que nos levou, provavelmente, porque este foi o meu caso, a fazer uma reflexão diferente da que tínhamos. Laura Carvalho Na minha opinião, o Concurso de Oratória foi uma atividade dinâmica e interessante, tendo em conta que nos foi permitido ouvir as perspetivas dos nossos colegas Esta atividade mostra que devemos ser cidadãos ativos, que se questionam,ue propõem soluções, que alertam para a mudança em prol do bem social e ambiental. Laura Ferro Este concurso foi uma excelente maneira de encerrar as atividades deste projeto este ano. Na minha opinião, este tipo de atividades é extremamente importante no que diz respeito a argumentar de forma cativante e despertar a atenção do público para aquilo que está a ser dito. Laura Henriques O Concurso de Oratória é uma ótima maneira de incitar os alunos a darem voz e espalharem a mensagem em que acreditam, além de promover obviamente o discurso em público que é tão importante na sociedade atual. Maria Almeida Na minha opinião, esta atividade foi bastante dinâmica e interessante e possibilitou o conhecimento das ideias de outros colegas e observar a forma como estes desenvolviam a arte de argumentar para defender as suas causas até ao fim. Maria Domingues A meu ver, esta atividade promoveu o dinamismo e o debate de causas bastantes presentes na atualidade. Atividades como estas têm grande importância, visto que podemos não mudar logo o Mundo, mas podemos incutir ideias sobre os temas pelos quais acreditamos que vale a pena lutar e, com a defesa das nossas causas, contribuirmos para melhorá-lo. Rafael Pestana Achei este concurso muito produtivo. Com ele conseguimos mostrar a mais pessoas as nossas opiniões sobre temas muito debatidos, não nos restringindo só à nossa turma. 10º A

julho de 2021 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 43


CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

Temos campeã! No dia 16 de abril, os alunos do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova realizaram as provas escritas da fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura e ficaram apurados para as provas de palco três alunos do Município: 1º CEB Mariana Costa - 4º ano, EB1 de Anobra. 3º CEB Joaquim Alves - 7ºD , EB nº2. Ensino Secundário Beatriz Diogo - 11º ano, ESFN. Após as provas escritas, realizou-se a prova de leitura expressiva e argumentação online, no dia 21 de abril, tendo ficados apuradas para a final nacional as alunas Mariana Costa e Beatriz Diogo, como representantes da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. No dia da grande final da 14.ª edição do Concurso, realizada em Oeiras, Beatriz Diogo venceu, pela segunda vez consecutiva, o Concurso Nacional de Leitura. Foi campeã na categoria do ensino secundário! Revelou ser a melhor candidata deste nível de ensino, depois de todas as etapas já ultrapassadas. Na verdade, esta iniciativa do Plano Nacional de Leitura 2027, que visa estimular o gosto e os hábitos de leitura, arrancou em Outubro de 2020 e compreendeu o apuramento nas fases Escolar, Municipal, Intermunicipal e Final, para quatro níveis de ensino (1.º, 2.º e 3.º ciclos e secundário). A jovem Beatriz demonstrou, ao longo de todo o percurso, em provas escritas e em palco, as suas capacidades extraordinárias no campo da leitura expressiva, da análise literária e da argumentação. As suas características individuais, aliadas a um forte empenho e potenciados pelo apoio da família e dos professores, permitiram-lhe um merecido destaque nacional. E se já o poeta dizia que "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena", confirma-se que vale mesmo a pena ler mais para ler e ser melhor. Parabéns, Beatriz! Orgulhamo-nos muito do teu percurso!

44 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - julho de 2021


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