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Na BIBLIOTECA
PROJETO VIAJAR COM LIVROS
A IV edição do Projeto decorreu, entre 13 de maio e 18 de junho 2021, nas escolas de Cabo Verde com a participação de 60 Contadores/as de Histórias, entre os quais se destacam os/as alunos/as de Educação Básica e Teatro e Educação da ESEC. Pensar a Escola enquanto lugar de decisão e de gestão curricular é pensar a prática pedagógica enquanto atividade de investigação e de intervenção para a mudança. Considerando a Escola uma instituição que não se esgota na instrução e que tem de ampliar o seu papel na formação de leitores, desenvolve-se o Projeto Viajar com Livros. O Projeto Viajar com Livros, coordenado pela Docente Sofia Gonçalves, desde 2009, em Cabo Verde, visa criar Bibliotecas Escolares nas várias ilhas do arquipélago. Este projeto nasceu com o apoio e colaboração da empresa Mota-Engil, aquando da sua intervenção no porto de Palmeira na ilha do Sal. Ao longo das edições que foram realizadas, o projeto contou com vários parceiros como a Embaixada de Portugal em Cabo Verde, Mota - Engil, Ministério da Educação de Cabo Verde, Escolas Portuguesas e Cabo Verdianas, Rede de Bibliotecas Municipais e, mais recentemente, juntaram-se as instituições Unesco, o Plano Nacional de Leitura de Cabo Verde, a Escola Superior de Educação do Politécnico de Coimbra, a Fundação Manuel António da Mota e o KINDER (CES). Sem qualquer tipo de financiamento, apenas com uma grande paixão pela Educação, este projeto tem conseguido mover "ilhas e oceanos" e alcançado os grandes objetivos:
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1. Criar espaços de leitura (bibliotecas escolares e cantinhos de leitura);
2. Promover o gosto pela leitura nos alunos das escolas do 1.º Ciclo de Cabo Verde;
3. Contribuir para a formação de cidadãos, permitindo a todos o acesso às informações e à perceção das imensas possibilidades de que dispõe um ambiente como a biblioteca, num contexto de conhecimento, sabedoria e informação;
4. Despertar as crianças para o gosto e interesse pela leitura, transformando a biblioteca num local onde a educação, o ensino e o lazer poderão encontrar-se;
5. Conhecer várias formas de expressão da linguagem;
6. Despertar a curiosidade para pesquisa de assuntos variados com o objetivo de transpor este conhecimento para outras áreas, adquirindo uma postura crítica, reflexiva e interativa.
Num momento em que o Mundo atravessa um enorme desafio, urge reinventarmo-nos nos mais variados contextos, mantendo ativos os vários eixos de intervenção dos processos educativos. O projeto Viajar com Livros, neste ano de pandemia, pretende chegar às escolas de Cabo Verde em formato digital, proporcionando momentos de leitura, escuta de histórias, interações com crianças e profissionais de educação de várias entidades de Portugal e Cabo Verde.
A Rede de Bibliotecas de Condeixa-a-Nova constituiu-se como parceira desta iniciativa com leituras realizadas pelos seus técnicos e professores, ao longo do terceiro período letivo.
As crianças de diferentes escolas das ilhas do arquipélago escutaram textos em várias vozes e refletiram sobre as suas mensagens. A Língua Portuguesa e a leitura prevaleceram em sessões de entrega e partilha.
A RBCDX
Apresentação do livro
Os alunos do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-
Nova marcaram um encontro virtual com o escritor Pedro Serome-
nho, numa sessão inteiramente dedicada às histórias e à ilustração.
No centro de todas as atenções, a história de “Inês, a inventora de profissões”. Pedro Seromenho escreveu e Zita Pinto ilustrou esta que é uma das obras selecionadas para a fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura, e que a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra
(CIM-RC) distribuiu por todos os alunos do 3º e 4º anos dos 19 concelhos que integram a região. Uma iniciativa
que incluirá ainda dois momentos de encontro com o escritor, sendo que o primeiro ocorreu já a 8 de abril,
para algumas das turmas envolvidas.
Para além de narrada a história pela voz do próprio autor, que apresentou a analogia entre o seu percurso pro-
fissional e o das personagens, sensibilizando e motivando para a realização pessoal de cada um, houve espaço
para ilustração ao vivo, declamação de poemas inéditos, apre-
sentação de novos projetos editoriais e resposta às questões
dos pequenos participantes.
Prof. Carla Fernandes
Dia Mundial da Língua Portuguesa
Comemorou-se no passado dia 5 de maio o “Dia Mundial da Língua Portuguesa”.
A consagração do “Dia da Mundial Língua Portuguesa” ocorreu em novembro de 2019, na 40.ª Conferência Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Tal proclamação surgiu na sequência da oficialização dessa data pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), como o “Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP”, em 20 de julho de 2009, na cidade da Praia. De lá para cá, a CPLP foi assinalando e promovendo anualmente a referida efeméride, com atividades diversas, dentro e fora do espaço lusófono.
No entanto, só em 2020 a data foi celebrada ao mais alto nível, a saber, pela ONU (Organização das Nações Unidas), como o “Dia Mundial da Língua Portuguesa”. Nesse ano, o seu Secretário-Geral, o Eng.º António Guterres, ex-primeiro-ministro português, referiu-se à importância da língua portuguesa como língua de comunicação global. Na altura, o Secretário-Geral considerou ter sido justo tal reconhecimento e que a língua portuguesa constituía uma afirmação da diversidade, diversidade essa que se construía no dia a dia de todos os povos que a utilizavam e que através da CPLP era projetada para todo o mundo.
Este ano, António Guterres sublinhou a importância que as Nações Unidas atribuem ao multilinguismo na vida da organização que dirige, como forma de reforçar os valores da cultura, da paz e da diversidade, contra a uniformização que causa o empobrecimento da comunidade internacional. No caso da língua portuguesa, realçou que a mesma é propriedade comum de todos os países e povos que a utilizam. Aproveitou a ocasião para se referir ao até agora único Prémio Nobel da Literatura alcançado por um autor de língua portuguesa, no caso, José Saramago, em 1998. E segundo Guterres, muitos outros nomes do
espaço da língua portuguesa, poderiam ou poderão um dia merecer tal
galardão.
Enfim, foram inúmeras
as atividades
alusivas ao dia 5 de maio, no presente ano de 2021, realizadas não só no espaço da lusofonia, mas também fora dele, em diversos países e nos quatro cantos do mundo, como pode ser comprovado na página do Instituto Camões (https://www.instituto-camoes.pt/ sobre/comunicacao/noticias/dia-mundial-da-lingua-
Perante tão importante data, a Biblioteca da Escola Básica n.º2 não quis, ainda que de forma singela, deixar passar despercebida a respetiva comemoração. Para o efeito, organizou um conjunto de atividades que visaram tornar mais visíveis os diversos países que integram a CPLP. As referidas atividades consistiram numa exposição de livros e diversos objetos de arte (esculturas, pinturas…) no espaço interior da biblioteca. Para complementar tal exposição, a habitual estante de “Sugestões de Leitura” foi preenchida com propostas de autores de língua portuguesa. A divulgação dos países que têm o português como língua materna e ou oficial, bem como das suas bandeiras, mereceu a devida e repetida projeção no pequeno ecrã da biblioteca.
À entrada da biblioteca, cartazes com os mapas com a localização e as bandeiras dos países da CPLP ajudaram a pôr em perspetiva a dimensão e a importância desta organização, pois são mais de 260 milhões os falantes do português e juntos representam a sexta maior economia do mundo.
Por fim, a comprovar a riqueza e a diversidade da língua portuguesa, algumas palavras com origem nas diversas geografias que compõem a CPLP “impuseramse” nas paredes em torno das escadas próximas da biblioteca. É assim, a língua portuguesa...
Prof Carlos Fontes
O admirável mundo das abelhas
O Dr. Nuno Capela, investigador do Departamento de Ciências da Vida
da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, ten-
do como área de investigação a análise de risco em colónias de abelhas -
"O impacto da composição da paisagem em zonas agrícolas no desenvol-
vimento das colmeias” – fez uma sessão online para as turmas das EB nº 1, EB nº2 (6º ano) e EB nº3 para dar a
conhecer o admirável mundo das abelhas.
Os alunos perceberam como a vida das abelhas é crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas,
já que, na busca do pólen, sua refeição, estes insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Esta polini-
zação é indispensável, pois é através dela que cerca de 80% das plantas se reproduzem. Como alertava Einstein
“se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem
abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça
humana.”
As curiosidades da rotina diária numa colmeia e da sociedade da colmeia abriram o leque de perguntas, que os
alunos puderam esclarecer junto do especialista.
A abelha, é, afinal, o ser vivo mais importante do planeta.
Prof. Carla Fernandes
PROT EJA A S A BEL HA S, ASSEGURE A B IODIVERSIDADE!
As abelhas são fundamentais para assegurar a biodiversidade, pelo seu trabalho incansável na polinização da maioria das plantas com flor, por isso nunca é demais dizer que as devemos proteger! Os seus maiores inimigos são os herbicidas e os pesticidas usados pelos agricultores para matar as ervas daninhas e combater as pragas, pois as abelhas poisam nas plantas envenenadas e acabam também elas por ser contaminadas e muitas morrem.
Para combater este problema, devemos colocar nos jardins, nas hortas e pomares “casas de insetos” para servirem de abrigo de insetos que poderão contribuir para a manutenção da biodiversidade, não só por fazerem a polinização, mas também por serem predadores naturais de muitas pragas que atacam e destroem as plantas, como é o caso das joaninhas. Também a vespa velutina, vulgarmente conhecida por vespa asiática, é uma grande ameaça para as nossas preciosas abelhas, dado que se alimenta delas. Como todas as espécies invasoras, constituem um perigo para a biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas, pois competem com as espécies nativas e tendem a dominar. Para as controlar, podemos construir armadilhas simples com garrafões de água, colocando lá dentro o seu alimento preferido, que as atrairá e morrerão lá dentro.
A solução a colocar nas armadilhas deverá ser adequada à época do ano.
Nos meses de fevereiro, março e abril: vinho branco, groselha e cerveja preta, em partes iguais. Nos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro: 3 litros de água, 1,5 kg de açúcar e 60 gramas de fermento de padeiro. Outra forma de contribuirmos para a erradicação da vespa velutina é informar de imediato a proteção civil, sempre que avistarmos um ninho delas. Verifica-se a existência de dois tipos de ninhos: os ninhos primários, mais pequenos e os secundários, de maiores dimensões. Sempre que vir algum, não hesite, contacte as autoridades competentes!
Porque existem muitas outras espécies invasoras, não só na fauna, mas também na flora, e a sua erradicação depende de todos nós, aprenda a identificá-las e a combatê-las!
erva das pampas (cortaderia) canas jacinto d’água acácia das espigas
Festival Literário Internacional do Interior - sessões nas escolas
O Festival Literário Internacional do Interior: Palavras de Fogo, que este ano, na sua quarta edição,
também se realiza em Condeixa. A Arte-Via Cooperativa, sediada na Lousã, concebeu o Festival Literário In-
ternacional do Interior (FLII) - Palavras de Fogo, em homenagem às vítimas dos fogos florestais, sob a égide do
lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”. Este festival tem como patrono Sua Exa o Senhor Presidente da República. Os parceiros associados são a Comissão de Coordenação e Desen-
volvimento Regional do Centro (CCDRC), a Delegação Regional da Cultura do Centro, a Universidade de
Coimbra, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), a Rede de Bibliotecas Escolares
(RBE).
Este ano ocorreram iniciativas na Casa Museu Fernando Namora, no Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-
Nova, na Praça da Republica , na Biblioteca Municipal Eng.º Jorge Bento e também no claustro da Câmara Mu-
nicipal de Condeixa . Os alunos do 1º, 2º e 3º CEB e Secundário receberam a visita dos escritores Adélia Car-
valho, António Martins e Ricardo Fonseca Mota.
Foi mais uma
Para todas as famílias que queiram saber mais sobre como ajudar as crianças a descobrir o mundo da leitura e da escrita e a todos os que gostam de ouvir histórias e de participar em jogos, este é um programa não formal, de curta duração, que lança o desafio a famílias com crianças de 5/6 anos (pré-escolar) a descobrir as funcionalidades da leitura e da escrita, de forma a facilitar e dar sentido à aprendizagem formal que ocorre no primeiro ciclo. A segunda edição do Programa de Literacia Familiar “Conto Contigo” , iniciativa promovida pela Fundação Aga Khan e implementada pela Rede de Bibliotecas de Condeixa, visa favorecer práticas de literacia familiar e fomentar a consciência parental sobre a importância dos hábitos e práticas de literacia familiar no desenvolvimento da literacia emergente de crianças em idade pré-escolar. É um programa de curta duração e de carácter lúdico, concebido para famílias, com o objetivo de fomentar competências parentais de suporte ao desenvolvimento da literacia emergente de crianças em idade préescolar (5-6 anos). No total, entre maio e junho, foram cinco as sessões realizadas pela Rede de Bibliotecas de Condeixa, que permitiram a nove crianças do concelho, prontas a ingressar o 1.º ciclo de ensino básico já no próximo ano letivo, o desenvolvimento de um conjunto de competências de literacia emergente. Primeiramente num formato online, e sempre a partir da leitura de histórias e de contacto com o escrito, os pequenos participantes e as suas famílias tiveram oportunidade de explorar o nome e os sons das letras, descobrir as convenções e funções da escrita e desenvolver a consciência fonológica. As sessões compreenderam cinco momentos: acolhimento, leitura, jogos sonoros, atividades de escrita, conversa com as famílias. Foram também disponibilizados recursos digitais que enriqueceram as dinâmicas e que se encontram acessíveis para utilização futura. Cor, humor e muito entusiasmo marcaram a última sessão da II edição do Programa “Conto Contigo”, nos jardins da Biblioteca Municipal Eng.º Jorge Bento, no dia 25 de junho.
O admirável mundo das abelhas
As abelhas são de extrema importância ecológica para o nosso planeta porque ao pousar nas flores em busca de néctar e pólen, elas contribuem para a polinização de diversas espécies. A polinização é um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade. Por isso, temos de proteger as abelhas!
Como se organizam as abelhas?
A sociedade das abelhas apresenta três castas: rainha, operárias e zangões. É uma comunidade de insetos muito bem organizada. As abelhas obreiras dentro da colmeia têm várias funções: limpeza, enfermeiras, construtoras, guardas e as colectoras. As abelhas da limpeza limpam a colmeia; as enfermeiras cuidam das outras abelhas mais novas e também das bebés, que são as larvas. As construtoras constroem os favos de mel. As de guarda estão de sentinela, guardam a colmeia e dão a sua vida para a proteger. As colectoras saem da colónia e vão experimentar o mundo lá fora, andam de flor em flor e transportam o pólen para a colmeia. Podem fazer muitos quilómetros por dia. Em cada colmeia há uma abelha rainha cujas funções são pôr ovos e manter a ordem. Quando a abelha rainha morre, as obreiras tratam logo do assunto, elas alimentam a larva pequenina com geleia real para nascer uma abelha rainha. Já os zangões são os machos da colónia. Comem muito e nascem muito gordos e têm uma única função que é fecundar a abelha rainha. Depois do acasalamento morrem.
Curiosidades:
- O que produzem as abelhas na colmeia?
Mel; cera; própolis; pólen (pão de abelha, é um produto muito proteico) e geleia real.
- Qual a produção de mel, em média, por cada colmeia?
A média é 20 Kg de mel por colmeia. Mas uma colmeia pode produzir cerca de 100 Kg.
Como comunicam as abelhas entre si?
Elas dançam. Elas comunicam através de vibrações e não do som, pois as abelhas são surdas.
Quanto tempo vive uma abelha?
Depende da altura do ano. Duram mais tempo no inverno, cerca de 3 a 4 meses. Nesta altura do ano estão mais protegidas, estão no quentinho. No verão duram menos tempo, cerca de um mês porque é quando começam a polinizar e estão expostas a muitos perigos, nomeadamente aos fogos que as dizimam. Com é abelha antes de nascer?
Ovo – larva – pupa
As obreiras demoram 21 dias até nascerem.
A rainha mãe demora 15 dias e os zangões 24 dias, pois são muito gordos.
Alunos do 3º B da EBNº1 de Condeixa