Um Designer de Cada Vez

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Um designer de cada vez

Livro de design gráfico para leigos




Um designer de cada vez

Livro de design gráfico para leigos

Santos, SP - 2020


Por Beatriz Paixão


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Afinal este livro serve para você?

Design Gráfico Proximidade Contraste

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Simetria e Assimetria Hierarquia

7 8

Uso de imagens e texto

Repetição

10 9

Alinhamento Escala

1 1 121 3 1415

Profundidade Cor

Processo de Criação

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Ritmo Legibilidade e Leiturabilidade Tipografia


Afinal este livro serve para voce? ^ Se você teve a audácia de dizer que é um inexperiente ao falar no Design Gráfico, mas tem a curiosidade de aprender e descobrir o famoso universo do design gráfico, este livro é para você! Este livro designa a todos seres humanos que entende a língua portuguesa e que não fazem a menor noção do que é Design Gráfico, e também aos estudantes de plantão que adoram aprender coisas novas e que gostariam de aprender sobre design e seus principais conceitos, sabendo apenas do significado da palavra design por terem pesquisado no google. Observação: este livro não é um substituto ao uma faculdade de design, nem ao menos um curso técnico de Design Gráfico, pois nem diploma oferece, este livro é apenas um Start, para todos que estão perdidos e não sabem por onde começar a estudar. Portanto se você se acha apto a todas estas condições; Você pode virar a página.

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Design Grafico

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Design Grafico

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~ Significado da palavra e utilizacao no dia a dia

Então Vamos lá! Primeiramente para se aprender Design Gráfico é preciso entender a teoria da palavra, então na teoria Design Gráfico significa Design (projeto) para o Gráfico (peças gráficas), sendo que o Design Gráfico é onde o designer (profissional da área) projeta soluções funcionais e de apelo estético através da comunicação visual aplicadas em peças gráficas. A comunicação visual é uma maneira de se comunicar atra transmissão de um assunto em projetos gráficos, que são distribuídas harmonicamente aplicando-se os fundamentos do design necessários. O design gráfico está presente em praticamente tudo que você convive no seu dia a dia e está ganhando força com o desenvolvimento da tecnologia! Por isso este livro está aqui, para lhe mostrar da maneira mais fácil os fundamentos do Design Gráfico para se tornar um bom design.

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Processo de ~ Criacao ~

Briefing Brainstorm

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~

~ Processo de Criacao

briefing, visualizacao de ideias e a pratica

Um projeto se forma com a ideia de alguém, que é preciso ser entendida e transformada em uma peça gráfica, mas para a ideia ser captada o Designer Gráfico utiliza o Briefing*, para adquirir todas as informações necessárias para a formação do projeto gráfico, mas como são muitas informações é preciso visualizar como um todo e captar as informações primordiais. Com todas as informações organizadas está na hora do brainstorm – chuva de ideias – acompanhadas da pesquisa que é o fundamental para a formação de ideias, lembrando é uma ideia/inspiração, NÃO é PLAGIO, a partir do trabalho dos outros temos a referência para criar os nossos. Lembrando para o brainstorm é primordial o papel e a caneta. Após a ideia no papel está na hora de botar a mão na massa, está na hora da execução do trabalho, para isso é necessário seguir os fundamentos e princípios do Design que virão nos próximos capítulos.

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Briefing

O termo briefing, de origem inglesa, significa instruções. Trata-se de uma ferramenta bastante utilizada pelos Designers, sendo um documento com questões chaves respondidas pelo cliente, para ajudar o Designer na hora da produção, servindo de manual no processo de criação. Algumas questões chaves como por exemplo: • Objetivos da marca, • Missão, • Visão, • Valores, • Público alvo, • Restrições • Obrigatoriedades Essas questões darão um norte ao Designer e restringirão sua criação aquilo que o cliente espera dele. Briefing contém informações valiosas para uma boa execução de tarefa. Além disso, ele pode ser consultado e/ou revisado quantas vezes for preciso, afinal, o projeto será criado com base nessas informações.

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Brainstorm

Brainstorm significa chuva de ideias, é onde se soluciona os problemas através do estimulo criativo. Trata-se da busca por ideias inovadoras, onde o objetivo é “pensar fora da caixa”, estimulando a geração de ideias, onde quanto mais ideias melhores, e tentar fugir do tradicionalismo é primordial. Anote tudo é preciso registrar todas as ideias, pois mesmo aquelas que não parecem agradar em um primeiro momento podem ser úteis depois. Uma das características mais bacanas de um brainstorm é justamente a criação de ideias diferentes para moldar uma ideia perfeita. Lembrando que é essencial o engajamento através das pesquisas , pois trará enriquecimento da obra.

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Proximidade

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Proximidade Para executar a ideia formulada no processo de criação, irei mostrar os 12 fundamentos e princípios do design, mas os fundamentos não estão em ordem de importância, pois todos são extremamente necessários para uma boa produção gráfica. O primeiro será Proximidade, como o próprio nome diz “condição do que é ou está próximo” então seria elementos próximos sugerem algum tipo de relacionamento, enquanto que elementos distantes sugerem diferença. Observe que neste simples Veja um exemplo: exemplo, a figura 2 é muito mais agradável aos olhos, pois pela disposição dos elementos, através dos princípios da proximidade a deixou mais harmônico.

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Agora outro exemplo, um cartão de visita, perceba que o com as informações centralizadas e muito mais rápido e leve de ler e encontrar as informações, ao contrário do outro a figura 1, precisa direcionar nossos olhos sobre os quatro cantos para identificar as informações. Designer

Feliz Natal

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Agora vamos recriar um pouco, utilizando textos e formas, pois o princípio da Proximidade assim como todos os outros é válido para quaisquer tipos de elementos. Veja como é possível criar algo mais belo e harmônico, com os mesmo elementos, simplesmente aplicando o princípio da Proximidade. 17 -


Conclusão sobre Proximidade De hoje em diante O Princípio da Proximidade pode ser aplicado em tudo que criar, podendo observar os grandes resultados que isso lhe dará. Até mesmo em uma simples lista de compras em um supermercado onde todos os setores estão misturados, mas utilizando a proximidade, podemos separá-los e deixa a lista mais eficaz e até mesmo poderosa, pois comprar macarrão em um setor e depois ter que voltar no mesmo setor para comprar o molho, em uma vez isso lhe poupará um bom tempo. Isso é um exemplo do poder que o design tem no dia a dia de qualquer pessoa, mesmo ela não sendo um designer profissional.

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~ Repeticao ~


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~ Repeticao

Continuando temos o princípio da repetição, que na qual afirma que na composição precisa se repetir algum – ou alguns – elementos para criar uma identidade. Esse elemento pode ser uma determinada fonte, cor, ou até mesmo um estilo de linha ou forma. A Repetição é tão importante que não deve ser utilizada somente no design em si. Ela deve e é usada para criar uma identidade visual em diversas peças. Um exemplo é o visual de comunicação da Operadora Vivo que é caracterizado pelo tradicional roxo que sempre aparece - assim como diversos outros elementos repetidos. Essa repetição é o que cria a lembrança de marca através da identidade visual.

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Agora Imagine só se não existisse a repetição e as grandes empresas como a Coca-Cola a cada comercial ou produto novo, utilizasse uma nova tipografia e cor a seu produto, não faria sentido e destruiria a unidade e consistência da empresa.

O design e seus princípios existem não só para deixar um projeto esteticamente bonito, mas sim possuem a função de trazer uma composição eficaz e impactante, e ao mesmo tempo mais harmonioso e de fácil entendimento.

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Contraste

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Contraste

O Princípio desse capitulo é o contraste. Ele é basicamente usado para atrair e fixar a atenção em determinada área na composição. O contraste é o responsável por dar destaque visual ao que deve ser atrativo. Ele ressalta e define e o que possui maior relevância, para com que o observador compreenda todo o layout com apenas uma passagem de olhar.

E quando falamos em contraste não pense somente em cores, existe um leque de possibilidades de uso de contraste. Um exemplo seria círculo entre quadrados, ou uma fonte bold no meio de fontes light, assim como uma cor quente junto com cores frias, e por aí vai.

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Comunicado Amanhã live no Canal

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O que existe de errado na primeira figura? Nada. Entretanto não foi aplicado o principio do contraste

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Observe que a segunda figura ficou mais atrativa. Ela possui exatamente os mesmos elementos, porém o título e subtítulo teve um aumento e quanto ao texto uma diminuição, além disso foi aplicado uma cor para maior relevância ao título, para puxar os olhos do leitor para lá. Esse simples exemplo mostra a eficácia do Contraste em conjunto a todos os demais princípios do Design Gráfico

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Conclusão sobre o Princípios do Contraste A partir de hoje lembre-se que contraste não tratasse somente em cores claras versus as cores escuras, o princípio do Contraste é algo bem mais abrangente, mas como também tipos de tipografias e suas formatações, onde se usado corretamente irá atrair o olhar das pessoas para seu design, sendo algo fundamental em um mundo tão poluído visualmente como o nosso. Não deixe de aplicar os Princípios do Design e não pare de se aprofundar mais ainda neles, porquê sem dúvidas o domínio do design será um grande diferencial.

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Alinhamento

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Alinhamento

Em sequência o princípio do Alinhamento mostra que ao inserir textos e imagens em um layout precisa-se ter em mente em deixá-los organizados, pois é fundamental para a compreensão. O alinhamento é um princípio que traz a estética a composição, pois o alinhamento não é só dos textos, como muitas pessoas pensam, mas também de imagens é o fundamental para a unificação e atratividade do design. Designer

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Utilizando as mesmas imagens na proximidade, Observe na primeira imagem como elementos jogados em cada canto deixam o olhar perdido, não deixando claro por onde começar e terminar a leitura da composição, mas se alinharmos os mesmos elementos no centro ficará muito mais fácil de “digerir” as informações da composição.

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Se alinhando os mesmos elementos ao centro fica mais fácil de entender as informações da composição, não se limite em somente centralizar, pois existem outros tipos de alinhamento que utilizado de maneira correta dará o mesmo resultado.

Observe que esta figura todo o texto está alinhado a esquerda (marcado com uma linha imaginária), que está trazendo também bons resultados na "digestão" do conteúdo. A centralização é o alinhamento mais básico possível, portanto sempre que possível tente outras opções, para diferenciar suas composições e deixar a leitura menos monótona.

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À Direita

Centralizado

À Esquerda

Justificado

Existem quatro maneiras de alinhamento, a esquerda , a direita, centralizado e justificado, porem o mal uso deles podem ser um desastre ao seu design. Muitos Designers dizem que não devemos usar mais de um tipo de alinhamento por composição/página. Mas pode se dizer que essa regra somente válida a aqueles que não consegue trabalhar com diferentes alinhamentos, por isso é tão importante em aprofundar cada assunto tratado neste livro, para resultar em um trabalho com diferenciado e harmônico.

Sobre o mal uso dos alinhamentos indico este site que mostra a diferença entre o uso do alinhamento de forma correta e o mal uso. https://tipodafonte.wordpress.com/2013/04/12/entrelinha-alinhamento/

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Simetria e Assimetria

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Simetria

Simetria é obtida a partir de dois pontos de um eixo sendo vertical ou horizontal, onde os lados se encontram iguais ou quase iguais. Nós seres humanos somos automaticamente atraídos pela simetria em nosso dia a dia. Muitas empresas estão optando por usar a simetria em seus logotipos, a fim de criar um design harmonioso e equilibrado, além de atrair os olhares.

Cada elemento em um projeto possui um peso de acordo com sua posição, a simetria está ligada diretamente a organização desses elementos, estabelecendo equilibro ao projeto de forma a determinar um mesmo peso a todos, sem haver uma área/elemento com mais destaque que os outros.

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Simetria

Assimetria - 32


Assimetria A Assimetria ao contrário, caracteriza-se por desequilíbrio e desordem, podendo ser um pouco perturbador as pessoas, de forma que muitos ainda evitam utilizá-la em seus projetos. Existem sim projetos assimétricos e ainda com uma estética harmoniosa, porem precisam de uma atenção maior ao serem criados, pois não devem ser feitos de forma a serem apenas jogados em uma composição, mas sim buscar a elegância e a coerência através dos elementos.

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Escala

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Escala

Escala é uma parte importante do design. Definindo de maneira bem simples, escala é a relação do tamanho entre os elementos. A escala pode-se trazer um aspecto de realidade fazendo com que os tamanhos dos elementos sejam dimensionados comparando com o real, exemplo quando se pede para alguém desenhar um rato ao lado de um elefante, dificilmente ambos terão o mesmo tamanho, pois sabemos que o rato é muito menor que o elefante. A escala não é só baseada no realismo, a escala e a dimensão de um objeto e em comparação aos elementos, quanto maior o tamanho maior a atração e importância, mas no caso de pessoas na realidade não temos tamanhos tão distintos, mas a mudança de tamanho exagerados dos rostos ajuda a entender o nível de importância de cada personagem do filme.

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A utilização escala e importância é bastante comum em cartazes de cinema como por exemplo o cartaz do filme Vingadores: Ultimato, onde todos principais personagens estão na capa, porem seus tamanhos se dispõem de acordo sua atuação/importância no filme, fugindo da escala real de ambos os personagens. Essas diferentes escalas correspondentes a atuação também conhecida e geralmente, chamada de hierarquia, assusto para o próximo capitulo.

Conclusão sobre o uso da Escala • É a relação entre as proporções dos elementos visuais de uma composição. • Utilizado para orientar quem está vendo a arte a entender quais partes são mais ou menos importantes. • Cria ênfase/drama

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Hierarquia

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Hierarquia

Hierarquia significa trabalhar com a prioridade e escala Hierarquia em design é muito semelhante à hierarquia na cultura, pois ambos são construídos com base em ideias similares. A hierarquia se dá de acordo com a importância do elemento em comparação a escala que ele possui na composição. Assim como na hierarquia cultural no topo temos aqueles com mais demanda de atenção, um peso maior em relação ao projeto.

Seguido por nobres sendo subtítulos, citações e informações adicionais, elementos que possuem uma certa atenção, mas não tanto quanto aos Títulos. Por último os elementos que recebem a menor atenção visual, tais como corpo do texto, informações menos importantes, links etc.

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• • •

Ajuda os observadores a navegar pelo design Sinaliza a importância dos elementos Use escala, linha, cor, etc.

Na hierarquia para destacar um elemento dos outros, é necessário o uso de algumas técnicas. A primeira seria, simplicidade, quanto mais simples e direta, mais possível das pessoas leem primeiro. Já a segunda seria o peso, quanto maior, mais tendencia de ser visto primeiro. Em caso de texto, o uso da tipografia também influencia muito, pois uma frase escrita em caixa alta é muito mais fácil de ler do que uma frase escrita com letra cursiva. Uso de cor, o uso cores mais vibrantes são mais chamativas aos nossos olhos.

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Ritmo

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Ritmo Ritmo é a função do movimento. Está relacionado a sequência de forma que induz o caminho que o olhar deve percorrer. Ritmo de um layout é determinado pelo conteúdo, o espaço disponível e a forma de posicionamento do mesmos. Ritmo também pode ser conceituado como o movimento gerado pela hierarquia/escala, ou seja, quanto maior a importância mais atração aos olhos, nos impulsionando a levar o olhar até o fim. Em uma composição onde o ritmo não foi estabelecido, nossos olhos automaticamente seguem um padrão de leitura, lendo de cima para baixo e na maioria da esquerda para direita, deslisando o olhar por toda a composição.

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Seguindo o estilo de leitura existem dois tipos de padrões de leitura mais comuns, o primeiro é um ritmo para páginas mais soltas e que tendem a provocar um movimento menor nos olhos, é o padrão "Z", onde é um movimento mais solto e mais direto O segundo é o padrão "F", aplicado mais em páginas pesadas, com texto longos, como artigos ou posts de blogs. O leitor possui um movimento mais regrado, está a procura de palavras-chave interessantes em títulos alinhados a esquerda, para após encontrar algo de seu interesse para ler, em sentido a direita.

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Profundidade

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Profundidade Com a mídia tecnológica em crescimento, o design virtual está se expandindo em termos de ilusão para alem da segunda dimensão. Esta ilusão se dá devido a utilização da profundidade. Há muitas técnicas para demonstrar a profundidade no Design, como luz, sombra e perspectiva, mas a mais comum é o Sombreamento. Nada melhor para se aprender profundidade do que observá-la em mundo real, pegue qualquer objeto e veja com a luz o atinge em diferentes pontos, e tente reproduzir o que está vendo, muitas das vezes a sombra podem ser um pouco complicadas de reproduzir, mas com pratica e muita observação, utilizando a sombra podemos trazer o realismo a tona

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Outras duas técnicas , não utilizadas com tanta frequência é a técnica da sobreposição e da perspectiva. A Sobreposição através do uso de camadas, minimiza a aparência plana e fazendo com que as coisas pareçam mais dimensionais. Já a perspectiva — o que proporciona aos elementos, um efeito 3D. Ajustando a perspectiva alguns elementos, podem dar a ilusão de serem levá-los para fora da página, resultando na ilusão de profundidade.

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Proporciona dimensão a designs 2D Experimente texturas, sombras, efeitos 3D, linha do horizonte, etc.

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Legibilidade e leiturabilidade

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Design gráfico é a área que se cria peças gráficas com soluções funcionais e de apelo estético, mas a peça gráfica precisa ser vista e entendida com facilidade, e a legibilidade e leiturabilidade existe para que isso aconteça. A legibilidade é o essencial para a leitura da informação seja reconhecida, cada elemento individualmente precisa ser distinguido do outro, além de parecer com aquilo que realmente é, mesmo quando juntos dificulte a leiturabilidade.

Ricardo Artur

Já a leiturabilidade é a facilidade de absorver a mensagem ao ato de passar o olho por cima do texto, compreender o texto ou/e palavra como um todo, com conforto e qualidade visual, podendo absorver o conteúdo com fluidez.

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É por isso que a escolha de fontes, cores e imagens é tão importante, para que o conteúdo seja compreendido e absorvido da melhor forma possível. No caso das fontes, certifique-se de que o público consegue ler a mensagem. As fontes “manuscritas” e “fantasias”, por exemplo, podem se tornar ilegíveis se usadas em textos longos. O uso delas é indicado em casos específicos para destacar uma informação. As cores devem ser fáceis de ler e agradáveis aos olhos de quem vê. Às vezes, isso significa não colocar cores em cada um dos detalhes. Tons neutros, como preto, branco e cinza, podem ajudar a equilibrar um design, e desta forma, quando você usa outra cor, ela realmente se destaca. E lembre-se, de que menos é mais, é preciso organizar o espaço para que o conteúdo seja melhor entendido. Não adianta ter uma fonte, imagens e cores legíveis e agrupadas de tal maneira que afetará da legibilidade da composição.

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Cor

RGB e CMKY Círculo cromático Matriz, Brilho, Saturação Significados das cores Termologia

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Cor

Chegando a cor. Todos devemos saber que a cor é essencial em qualquer coisa em nosso dia a dia, seja por meio de roupas ou projetos gráficos, é ela que cria e passa sensações. A cor é um elemento primordial em um projeto gráfico, pois é a partir dela que pode-se criar e passar mensagens, despertando interesse e expressando sentimentos a seu publico Eis por isso que é preciso estudar a cor e a influencia dela no comportamento do usuário por meio das sensações que o desperta.

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Cor Tendo em mente a importância que as cores influencia em um projeto gráfico e em nossas vidas, é primordial aprofundá-las. Escolher uma paleta de cores para um projeto é preciso estudar as cores cuidadosamente. Afinal, essas escolhas influenciarão diretamente no resultado de seu projeto. Por isso, este capitulo está aqui para que entenda e saiba como aplicar a teoria das cores em seus próximos projetos. Ao falarmos em COR, preciso lhe informar que existem dois tipos de padrões utilizados no setor gráfico, sendo RGB e CMYK.

RGB

CMYK

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RGB e CMYK Ambos os padrões CMYK e RGB são utilizados em design de projetos, podendo ser utilizado na criação de materiais gráficos, webdesign, e mais uma infinidade de outras situações.

E qual é a diferença entre eles? CMYK corresponde às iniciais das cores Ciano, Magenta, Amarelo e Preto em Inglês; . Este é um padrão de quatro cores primárias, ao combinadas permitem nos a fazer variações de cores ilimitadas. O padrão CMYK é utilizado em materiais para impressão. Já o RGB corresponde às iniciais das 3 cores Vermelho, Verde e Azul também em Inglês. Este padrão é utilizado para exibição em monitores em geral.

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O padrão RGB são cores formadas através de luz, onde predomina-se as 3 cores citadas anteriormente, vermelho, verde e azul. Tais cores quando divididas em 255 níveis, podem gerar mais de 16 milhões de cores. Sendo a mistura total de ambas o branco. Branco: R= 255, G=255, B=255; Azul: R=0, G=0, B=255; Vermelho: R=255, G=0, B=0; Verde: R=0, G=255, B=0. Resumindo, para que uma cor seja formada no sistema RGB, é necessário adicionar luz aos níveis de cor desejados, e é por esse motivo, que o sistema RGB se denomina um sistema de cores aditivo.

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O CMYK por sua vez é um sistema que não se baseia na emissão de luz, mas sim na pigmentação. Esse sistema é considerado subtrativo. Cada cor representa duas aditivas primárias, em que uma delas foi subtraída pela luz branca. Basicamente, o objeto irá refletir a cor do sistema que não foi absorvida. No padrão CMYK não existe a cor branca, se tornando um vazio, que na hora da impressão será preenchido de acordo com a cor do papel escolhido.

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Circulo Cromático O primeiro passo para aprender sobre As cores é iniciar falando sobre o circulo cromático. O Círculo Cromático é uma representação das 12 cores que o nosso olho pode diferenciar. Representado na forma de um círculo, com as cores distribuídas de forma que nos possibilita a gerar diversas combinações, sejam ligando cores de lados opostos, ou lado a lado. Essas 12 cores são divididas em três blocos de cores, primárias, secundárias e terciárias. Primárias

Secundarias

Terciárias

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As cores primárias são as cores básicas, é a partir delas que são geradas as cores secundárias, sendo elas Vermelho, amarelo e azul. Sendo as cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias em partes iguais. Laranja (amarelo + vermelho) Verde (azul + amarelo) Violeta (vermelho + azul) E a terciaria de resulta na mistura de uma cor primária a uma cor secundária, também em partes iguais. Laranja-avermelhado Laranja-amarelado Verde-amarelado Verde-azulado Roxo-azulado Roxo-avermelhado

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Cores Primárias Além dos 3 grupos de cores, o circulo cromático também é dividido entre cores frias e quentes. Vermelho, Laranja e Amarelo estão entre as cores quentes, sendo aquelas que transmitem sensação de calor, alegria e descontração, sendo o Azul, Violeta e Verde entre as cores frias, que transmitem calma, tristeza, pureza e serenidade.

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Harmonia das Cores Conhecendo o circulo cromático e suas 12 cores é preciso saber agora como combiná-las, para trazer harmonia a seu design. A primeira combinação de cores é a monocromática, bastante comum em layouts. Basicamente ela composta por uma cor e suas diferentes tonalidades, claras ou escuras, transpassando simplicidade e minimalismo.

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A composição análoga por sua vez é uma evolução da harmonia monocromática. As análogas se trata das cores vizinhas, formando-se com a escolha de uma cor em conjunto com suas vizinhas, uma de cada lado, caracteriza-se pelo baixo contraste.

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As cores complementares são aquelas que se encontram em lados opostos do circulo cromático. Pode-se utilizar as cores complementares para criar uma sensação de força e equilíbrio pelo fato de gerarem um contraste entre si.

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A harmonia triádica é a harmonia que consegue dar um efeito visual muito atraente, Essa harmonia é muito popular entre os designers, pois possui um alto contraste visual, trazendo ao mesmo tempo o balanço e a riqueza das cores. É formada por 3 cores equidistantes no círculo cromático formando um triângulo.

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Matiz, Saturação e Brilho

Como o intuito do livro não é deixar tudo de mão beijada, lhe mostrei apenas as três principais combinações do circulo cromático, existem outras, mas vai de seu interesse pesquisar, pois seu futuro está em suas mãos. Continuando em cores, Toda cor possui três características chaves, responsáveis por medi-las e identificá-las, sendo elas a Matriz a Saturação e o Brilho.

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Matiz é a mais fácil dentre elas. É a própria cor em sua máxima intensidade, 100% pura. Já a Saturação é o que se refere a intensidade, quantidade de cor cinza que ela possui, deixando mais vivida e brilhante ou mais fraca e opaca. Ultima sendo o brilho, trata-se a luminosidade da cor, é a capacidade da cor de refletir a luz branca, o que significa que quanto mais claridade mais branco a cor terá alterando na tonalidade podendo deixar um vermelho vivo em um rosa pastel ou deixar com menos luminosidade transformando o mesmo vermelho em opaco e profundo.

Significado Das Cores Apos todas as combinações e características das cores, chegou a hora de mostrar alguns dos milhares significados que as cores possuem.

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Vermelho

O vermelho é uma cor energética, uma cor cheia de desejo e emoção, é uma cor muito poderosa. O vermelho retrata amor, agressividade, força, energia, e empolgação, emoção. Vermelho é uma cor física.

Azul

o Azul está Ligado à produtividade e ao sucesso, ele Desperta segurança, confiança, ao contrário do vermelho, o azul acalma a mente, retrata inteligência, frieza, estabilidade, confiança, pureza, vastidão e serenidade.

Amarelo

Amarelo por sua vez traz o otimismo e a positividade, uma cor Brilhante e energizante. O amarelo é a cor que gera felicidade, e é uma cor poderosa em induzir confiança, e autoestima, e outras emoções positivas, também retrata amizade, confiança, alegria, criatividade, e espírito.

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Verde

Uma cor que representa equilíbrio, saúde, bem-estar e harmonia. O verde gera Confiança, tranquilidade, frescor, paz, retrata segurança, paz, amor universal, energia. O verde é também uma das cores mais vistas. As pessoas tendem a relacionar com natureza.

Preto

O preto é uma cor intensa. É a cor da sofisticação, seriedade e profundidade. O preto retrata glamour, reserva, controle, clareza, eficiência. É a cor da classe, é a ausência de cor. Assim, tem a capacidade de absorver energia. Preto mostra clareza.

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Branco

Branco é puro, consiste na mistura de todas as cores. Retrata igualdade, pureza, simplicidade, limpeza e clareza. Branco é o oposto perfeito do preto. E reflete tudo, mostra clareza e perfeição. O branco é muitas vezes também pode ser utilizado como frio, neve, inocência e amor.

Roxo

O roxo está ligado à realeza e a nobreza, ao luxo e ao poder, mas também é associado com sabedoria, independência, criatividade, mistério e magia. O roxo traz imaginação e está Muito ligado à harmonia e prosperidade. É uma cor espiritual, e que acalma.

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Laranja

O laranja trata-se de uma cor enérgica, que desperta o ânimo, além de estimular a criatividade. Sendo uma cor derivada do vermelho, o laranja tem características muito alegres e estimulantes, retrata motivação, calor, diversão, alimento, conforto, e liberdade. Laranja é a cor da positividade.

Marrom

O marrom é protetor e representa a terra. As pessoas tendem a associar com poder e apoio. O Marrom retrata seriedade, confiabilidade, estabilidade, simplicidade e natureza.

Esses são apenas alguns exemplos de cores e seus significados. Existe uma infinidade de cores com sensações e conceitos em cada delas. Há um verdadeiro universo a ser explorado. Não pare por aqui...

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Tipografia

Classificação de Fontes Família tipográfica Espaçamento Tamanhos Peso

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Você seria capaz de se imaginar em um mundo no algo houvesse tipografia? Tenho quase certeza que não, pois deve estar se perguntando o que é isso. Então primeiramente o que é tipografia? Tipografia significa "impressão dos tipos”, mais conhecida como fontes, contudo, esse nome é dado a criação e aplicação de caracteres, estilos, formatos e disposição visual de palavras. Utilizamos a tipografia em tudo que possui escrita, livros revista até mesmo no digital, em vídeos e publicações de marketing, ou mesmo em blogs e sites. É a partir da tipografia em conjunto com as cores transmitir a ideia de um projeto ou marca. A escolha de uma boa tipografia é super essencial a composição gráfica, por isso é preciso entender como elas funcionam, para não escolher quaisquer fontes e acabar prejudicando toda a mensagem do trabalho.

Tipografia

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Classificação das Fontes Não irei mostrar a anatomia dos tipos, pois neste caso o objetivo não é criar uma fonte, mas sim entender como elas funcionam e seus tipos e saber a melhor forma de escolher uma tipografia capaz de acrescentar, informações a uma composição gráfica. A tipografia consiste nas mais diversas possibilidades de fontes de letras, que podem variar bastante umas das outras. Por isso, podemos classificar as fontes em quatro tipos primários:

Sans Serif

Serif

Script

Dingbat

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Essas 4 classificações são: Sans Serif (sem serifa), Serif (com serifa), Script (simula a escrita à mão) e Dingbat (composta por símbolos diversos no lugar das letras do alfabeto). As fontes Sans Serif é considerado um estilo mais limpo e moderno. Além disso, é mais fácil de ser lido nas telas de computadores, smartphones e tablets. Já as fontes com Serif possuem pequenos traços, chamados de serifas, que ficam na parte de cima e de baixo de cada letra. Por conta de sua aparência clássica, são uma boa opção para projetos mais tradicionais. Elas também são as mais adequadas para livros e grandes volumes de texto impresso, já que auxiliam a leitura com maior continuidade e sem tanto cansaço visual.

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As fontes cursivas geralmente são usadas nos convites de casamento, elas se aproximam da escrita humana. São mais trabalhadas, seu uso geralmente está associado à sofisticação, algum convite ou certificado. Pelo seu grande detalhamento ela não é aconselhada para textos longos.

Cada estilo possui inúmeras famílias de fontes diferentes. Hoje em dia, com a tecnologia digital, é praticamente impossível contar o número de tipos, que cresce exponencialmente.

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Variações Tipográfica

Cada tipografia por sua vez a dentro de sua classificação possui variações: Thin, Light, Regular, Medium ou Semi Bold, Bold e Black ou Extra Bold (todas com a variação em Itálico também). São essas variações que contribuem com o peso da tipografia, deixando ou não o texto mais denso ou mais leve.

As fontes mais finas como Light, são fontes mais leves, geralmente utilizadas para trazer a modernidade a composição. Já as letras bold, sugerem ser utilizadas em lugares para serem destacadas, elas se caracterizam como contes mais antigas.

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Medidas Tipográficas Existem alguns conceitos que acompanham as fontes na tipografia. Cada caráctere possui linhas de referência que delimitam o espaço que eles podem alcançar. Cada família de tipo tem as suas. Essas linhas são conhecidas como: ascendente, linha de caixa alta, linha de base e descendente. Linha de caixa alta é a altura correspondente às letras em caixa alta (A, B, C etc). Ascendente é a linha que acompanha a altura dos caracteres b, d, f, h, k, l e t. E é a altura máxima do corpo da fonte. Linha de base é a linha na qual a maioria dos tipos (com exceção das partes descendentes) tem como base. Descendente é a linha que acompanha quão abaixo da linha de centro as letras g, j, p e q vão.

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Na tipografia também existe medidas de espaçamento conhecidas como leading, tracking e kerning, são elas que deixarão o texto mais fluido ou não. Leading significa é a distância entre linhas; é a entrelinha existe uma medida media da entrelinha para cada tamanho do caractere, porem os programas de textos nos possibilita alterar este tamanho, mas lembre-se um texto muito espaçado ou apertado pode dificultar a leitura, tenha cuidado na hora de alterar este valor. Já o Tracking, por sua vez, é a distância entre palavras; deixando-as soltas, normais ou apertada. Kerning é a distância entre caracteres. Tendo consciê ncia em deixar sempre os textos mais legível possível e seus ´futuros projetos gráficos se diferenciaram.

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Uso de imagens e texto

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Como em qualquer outra área, o design gráfico também possui o direito autoral sobre o seu trabalho. Uma peça gráfica possui o seu direito autoral se criada exclusivamente por você. Uma vez que utilizada sem a sua permissão, a pessoa será penalizada cuja lei dos direitos autorais. A ideia de criar algo inovador sempre é bem-vinda, mas não ter ideia é a dificuldade. Nós seres humanos estamos sempre a procura de algo para ser nossa inspiração, mas algumas vezes inconscientemente, adquirimos e compartilhamos fotos sem crédito/permissão do autor, acarretando o plágio daquela obra. Como designer ao criar um projeto com elementos já disponíveis na internet, deve-se ter um cuidado maior pelo fato do uso da imagem ou texto, sempre escolhendo produtos livre de direito autoral, caso contrário a utilização seria por meio da compra ou pela permissão do autor. A ideia por então é a utilização de banco de imagens em sites free, porem certifique-se muito bem antes de utilizar um elemento gráfico pronto.

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Fim

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E agora?

Agora, se de fato você entendeu tudo o que foi escrito aqui, e esta profissão é para você, então saiba que não parou por aqui, existe mais uma infinidade de assuntos a serem estudados, este livro é apenas a base de tudo isso. Um verdadeiro design é aquele que nunca para de estudar e criar. Siga em frente estude o quanto puder, seu futuro está em suas mãos, eu só estou aqui para transformar um designer de cada vez, e agora você pode se considerar um design iniciante, pois o básico você já sabe, basta agora criar!!

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