Mudança no visual A equipe do jornal Sabadão do Povo aproveitou a parada do final de ano para dar uma ajustada no visual da capa e na tipologia dos textos das matérias. A ideia foi deixar mais agradável a leitura e “quebrar”o conservadorismo das fontes. A mudança era cobrada por vários leitores que preferem letras em corpo maior, diferente dos jornais tradicionais. Apesar da mudança sutil, a linha editorial do jornal segue em frente, voltada para os anseios da população, como destaca o próprio logotipo.
EDIÇÃO Nº 148 - ANO 5 - 16 DE JANEIRO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA
JORNAL SABADAO
DO POVO JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE
Editorial_ Pág. 3
Receita _ Pág. 7
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Opinião_ Pág. 3
Eles sabiam: faltou alerta à população
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Foto: Billy Mao
Renê Alves de Almeida/14 News
Desabamentos param trens da ALL
A chuva afetou trechos da linha férrea em Lençóis Paulista e Botucatu, onde foram registradas quedas de barreira e deslizamentos de terra. A passagem de trens está temporariamente suspensa e equipes da concessionária América Latina Logística (ALL) trabalhavam até esta sexta-feira, dia 15, para restabelecer o tráfego na ferrovia. Em Lençóis Paulista, de acordo com a concessionária, trilhos foram atingidos por terra e pedras. Em Botucatu, houve deslizamento de terra e queda de barranco sob a linha férrea no trecho de serra. Foto: Billy Mao
Corpo é encontrado no rio Lençóis Na manhã da última quinta-feira, dia 14, o corpo de Jean Miguel Batista Pereira, de 28 anos, foi encontrado às margens do Rio Lençóis, na altura do bairro Primavera. Segundo a polícia, ele não tinha marcas de violência. Uma das suspeitas é de que o homem tenha se afogado após ser levado pela correnteza do rio, que chegou a subir cinco metros na quarta-feira, dia 13. Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 10h, uma pessoa que passava pelo local avistou o corpo enroscado em um galho de árvore e acionou a Polícia Militar. Ele foi retirado da água pelos bombeiros e conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) de Bauru para realização de exame necroscópico, que irá apontar a causa da morte. Serviços de atendimento à população no fim de semana A Defesa Civil de Lençóis Paulista informa: Doações As doações e ações de voluntariado funcionam neste sábado e domingo (16 e 17 de janeiro) das 8h às 16h. Água Potável e água para limpeza de áreas afetadas O SAAE informa que será mantida a estrutura montada durante a semana para a oferta de água potável e água para limpeza à população por conta da enchente. A água potável continuará a ser oferecida em 13 pontos da cidade. A relação completa está no site da Prefeitura (www.lencoispaulista.sp.gov.br) Caminhões da Prefeitura e de empresas da cidade estão de prontidão para auxiliar na limpeza das áreas afetadas pela enchente. Informações sobre este serviço pelo telefone 3269-7081.
Sobras - Crianças entre escombros daquilo que foi uma casa na vila Repke. Dimensão da enchente foi assustadora
Solidariedade faz a diferença entre lençoenses atingidos pela enchente
Wagner Gonçalves/Prefeitura Municipal
A solidariedade está sendo a força motriz para amenizar a onda de tristeza e sofrimento causada pela maior enchente dos últimos 100 anos em Lençóis Paulista. O ginásio Tonicão foi transformado em centro de apoio e arrecadação de roupas e alimentos. Muitos voluntários estão trabalhando junto à Assistência Social para também cooperar com os trabalhos e com a população atingida.
Enchente destruiu comércio da 25, pontes e residências que margeavam o rio Lençóis; um homem morreu afogado e cerca de mil pessoas foram atingidas
A informação de que o rio Lençóis poderia subir muito e causar prejuízos era de conhecimento do presidente da Defesa Civil, José Antônio Marise, segundo o técnico ambiental, Sidney Aguiar, que afirmou ter alertado, já no dia 11, o coordenador da Defesa Civil sobre a saturação do solo e a possibilidade de uma grande enchente. “Eu liguei para ele e disse que o rio Lençóis estava no limite da drenagem e o solo saturado. Fiz uma coleta de solo e de um quilo de terra saiu 1,2 litro de água. Eu falei para ele que ia dar enchente”, afirmou Aguiar. O coordenador da Defesa Civil e vice-prefeito afirmou que durante todo período de chuva trabalhou com a informação de que a quantidade seria a mesma histórica e que o nível da água não passaria de dois metros. Além dos indícios no começo da semana, que indicavam para grande quantia de chuvas em toda a região, acima de 40mm, Sidney afirmou que na terça-feira voltou a alertar a Defesa Civil de que a chuva seria bem acima de 60 mm, após receber informação de um centro meteorológico. Para ele, a rede de comunicação entre Prefeitura e Defesa Civil tinha boas informações, mas também falhas. À 0h de quarta-feira a água estava no portão do SAAE, diante da presença da prefeita Izabel Lorenzetti, parte dos diretores municipais, do vice-prefeito e de moradores atônitos, que tinham a informação de que a cheia pararia por ali, dada por Marise. Porém, a onda que desceu com o rompimento das barragens rio acima chegou sete horas depois causando o que deverá ser a maior enchente dos últimos 100 anos e o estrago que todos temiam e presenciaram. A falta de orientação para que a população retirasse a tempo móveis e o que fosse possível do comércio e residências foi o principal motivo da revolta entre moradores e comerciantes que tiveram perda total de seus bens. Entre os primeiros sinais de que a situação poderia se agravar, conforme relatado pela reportagem do Sabadão através do Facebook, por volta das 21h, até a por volta das 6h, quando a água do rompimento das represas chegou a Lençóis, foram cerca de 9h. Segundo a Defesa Civil, até esta sexta-feira, dia 15, o total era de 800 pessoas desalojadas, sendo que 100 estavam desabrigadas (sem ter onde ficar) e por isso foram instaladas no Csec, de onde não tinha previsão de sair; 300 imóveis foram atingidos, sendo que 76 deles são pontos comerciais. A cobertura das enchentes que assolaram parte de Lençóis Paulista, atingiram Borebi e Macatuba está nas Página 4 e 5
Pavuna é refúgio barato com belas cachoeiras Após ficar isolada e atender desabrigados,
Logo que você chega a borda dos paredões do vale que forma a Pavuna, em Botucatu, da vontade de voar. O vento suave que sopra daquele vale deixa o visitante mais leve. A Pavuna integrou o projeto de turismo “Caminhos do Sertão” por estar dentro do perímetro da Cuesta. A entrada no local é cobrada (R$6 por pessoa) e segundo informou seu mantenedor, o local é aberto só para visitação. Não há lanchonetes ou estrutura para
receber turistas, mas a beleza ímpar do lugar atrai muita gente. São cinco cachoeiras que se estendem paredão abaixo pelo vale. As cachoeiras não têm nomes específicos e para chegar até elas é necessário uma boa caminhada pelas trilhas na mata. Em alguns trechos foi necessário a colocação de cordas para ajudar na locomoção. A chegada até as cachoeiras demanda bom preparo físico, principalmente na volta do passeio. Página 8
Borebi começa a levantar prejuízos
Cerca de 40 pessoas foram afetadas diretamente pelos danos causados pela chuva do início da semana em Borebi. A cidade permaneceu isolada durante três dias, principalmente devido ao rompimento do asfalto da rodovia da Amizade, que dá acesso a Agudos. Ente os danos, houve a perda material das famílias e o desabastecimento de água, além dos estragos em ruas, pontes e na rodovia.
Até esta sexta-feira, a Prefeitura trabalhava para tentar calcular os danos e o valor necessário para restaurar pontes e estradas. De acordo com o prefeito Manoel Frias Filho, todas as pontes sobre rios e córregos foram arrancadas, além disso houve queda de muros de prédios públicos e outros danos em diversos pontos da cidade, devido à força da água. Página 2
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REGIONAL
LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO Fotos: Billy Mao
Borebi - Após rompimento, pessoas observam represas em Borebi; rodovia da Amizade foi ‘cortada’ pela água da enxurrada
Borebi fica isolada durante chuva e prejuízo é grande
Prefeitura viabilizou colchões, comida e material de higiene para moradores Disk atingidos; semana foi de atenção com última represa preservada; equipe de entrega: Mané Frias agora trabalha para levantar prejuízos Tânia Morbi Cerca de 40 pessoas foram afetadas diretamente pelos danos causados pela chuva do início da semana, em Borebi. A cidade permaneceu isolada durante três dias, principalmente devido ao rompimento do asfalto da rodovia da Amizade, que dá acesso a Agudos, na passagem sobre o córrego das Antas. Os principais danos foram a perda material das famílias e o desabastecimento de água, devido à interrupção de energia, além dos estragos em ruas, pontes e na rodovia. Até esta sexta-feira, a Prefeitura trabalhava para tentar calcular os danos e o valor necessário para restaurar pontes e estradas. De acordo com o prefeito Manoel Frias Filho, todas as pontes sobre rios e córregos foram arrancadas, além disso houve queda de muros de prédios públicos e outros danos em diversos pontos da cidade, devido á força da água. Na quinta-feira, dia 14, Mané Frias e o coordenador regional da Defesa Civil e comandante do 12° Grupamento de Bombeiros de Bauru, tenente-coronel Rogério Gago, vistoriaram a última represa da região que ainda corria risco de rompimento. Segundo informações da Prefeitura, sete represas próximas, inclusive no município de Agudos, romperam entre a terça e quarta-feira. A reportagem do jornal Sabadão do Povo estava em Borebi na terça à noite, quando começaram os problemas na cidade. O repórter fotográfico Billy Mao acompanhou o drama de três pessoas que ficaram presas em um veículo que segui em direção a Agudos, pela rodovia da Amizade. Por pouco, o veículo não foi levado pela enxurrada. Acionada, a Polícia Militar fez o resgate dos três ocupantes, moradores de Agudos. Mesmo com a dificuldade de trânsito nos acessos ao município, na terça-feira, dia 12, a Prefeitura fez contato com a Defesa Civil do Estado
e garantiu o fornecimento de colchões, alimentos e produtos de higiene pessoal para os moradores atingidos. A doação foi retirada na regional de Bauru, por um caminhão da Prefeitura. Os desabrigados foram instalados provisoriamente no ginásio municipal, ms na sexta-feira, todos já haviam retornado para suas casas, onde recebiam doações de móveis, roupas e eletrodomésticos de outros moradores, mas também vindas de cidades como Agudos e Bauru. O abastecimento de água foi normalizado na tarde de quarta-feira, dia 13, após a CPFL restaurar o fornecimento de energia. A cidade é abastecida por um poço artesiano profundo, através de bomba hidráulica. No mesmo dia começou o trabalho de limpeza e remoção da sujeira deixada pela enxurrada. Também o acesso à cidade pela rodovia Antônio Carlos Vaca, que liga à Marechal Rondon, foi restabelecido na quinta, nos dois sentidos da via. Em 2013 A última vez que Borebi sofreu com as chuvas e com rompimento de represas foi em 2013, quando a avenida de acesso à cidade danificada, impedindo o trânsito de veículos e pessoas. As obras de recuperação foram realizadas em parceria entre a Prefeitura e a Concessionária Rodovias Tietê. Foi necessária instalação de nova tubulação de águas pluviais, já que o sistema anterior foi arrancado pela enxurrada. A nova drenagem, de 25 metros cada fileira de tubos de concreto e diâmetro de 1,5m, tem maior capacidade para captação de águas pluviais. Nesta semana, o sistema suportou o volume de água, e a avenida não foi afetada. Gestante foi socorrida pelo helicóptero Águia A mais nova mãe de Borebi, Deise Magali Narcisa, agora descansa tranquila com
seu filho Marcos, depois do susto durante o trabalho de parto. No início da manhã de quarta-feira, dia 13, ela teve que ser socorrida pelo helicóptero Águia da PM, de Bauru, já que o socorro não pode ser feito via terrestre,
devido aos danos causados pela chuva. “Vou contar que quando ele nasceu precisei ser resgatada pelo helicóptero da polícia e que deu tudo certo. É uma história com fortes emoções e com um final feliz”, brinca.
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Macatuba também foi atingida, mas com menor prejuízo Segundo informou a Defesa Civil de Macatuba, na quarta-feira, dia 13, algumas regiões da cidade sofreram com as chuvas, que ultrapassaram 150 milímetros em poucas horas, o que significa mais de 150 litros de água por metro quadrado. Ainda de acordo com a Defesa, o acumulado dos últimos cinco dias ultrapassa os 300 milímetros, bem acima da média para o mês de janeiro (que é de 225 milímetros, segundo o Cepagri - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Unicamp). Conforme publicou o jor-
nal Sabadão do Povo, ainda na terça-feira, a água invadiu imóveis na região da represa Figueirão, onde o volume acumulado ficou acima do normal. Também houve registro de volume acima do normal no Córrego Aguinha, com danos à estrutura lateral da canalização e relatos de invasão de imóveis pelas águas na avenida Luciano Bernardes, segundo a Prefeitura. Acionada pelos moradores, a Defesa Civil deu suporte no local e já providenciava a limpeza das áreas próximas aos imóveis particulares. O relatório é parcial e pode vir a ser atualizado logo mais.
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OPINIÃO
LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO
EDITORIAL
Reflexão
A omissão e a dor do povo lençoense Quando não é possível culpar inocentes pelos erros que se comete, o mais fácil é desviar o foco daquilo que se fez de errado pela ação ou omissão, denegrindo a imagem de quem tem coragem de se levantar contra esses erros, desqualificando qualquer ação que possa torná-los públicos e questionáveis. Esse tem sido o dilema do jornal Sabadão do Povo e de seus profissionais quando o assunto é poder público lençoense. O jornal já havia se habituado, até esta semana, a receber dos dirigentes municipais tratamento diferenciado em relação à mídia lençoense, que apóia a administração, em quesitos econômicos, por exemplo, com toda a verba de publicidade destinada para um e outro veículo, sob o argumento de que o jornal Sabadão do Povo não tem o alcance de outros veículos, isso quando este jornal é o único distribuído gratuitamente com a abrangência que alcança, em pontos de entrega em todas as regiões da cidade. Mas, eis que esta semana os administradores públicos se superaram e com um ataque voraz investiram contra a cobertura que fazíamos das enchentes que afetaram tantos inocentes. O leitor do Sabadão pode pensar que sua equipe passa por um delírio megalomaníaco, mas não caro leitor. Quando a cidade ainda se angustiava com a dúvida do quanto a água do rio Lençóis poderia afetar a todos, eis que ao invés de confrontar as informações que tínhamos e as que a administração municipal e Defesa Civil possuíam - abrindo a possibilidade de prevenir um mal maior - seus responsáveis se preocuparam em desmentir o que havíamos divulgado, usando para isso de declarações que demonstraram o desespero em atingir este veículo e seus profissionais, segundo inúmeros relatos recebidos durante e após as enchentes. Praticamente, de porta em porta, no centro da cidade, por exemplo, fomos acusados de irresponsáveis pelas informações que divulgávamos. Não, caros leitores, não torcemos pela desgraça, não queremos ver morte e não somos sensacionalistas, como nos acusaram figuras respeitadíssimas de nossa cidade, antes do ocorrido. A equipe Sabadão do Povo é formada por jornalistas experientes e responsáveis a ponto de divulgar uma informação – especialmente quando pode afetar milhares de pessoas – da forma mais profissional possível. Gostaríamos, imensamente, de termos errado. De termos cometido um equívoco ao divulgar antes de qualquer outro veículo de comunicação o rompimento da primeira barragem de Borebi e alertar, através da internet, sobre os riscos que isso representava. O jornal seria taxado de sensacionalista e seus profissionais de lunáticos, enquanto a população seguiria com suas vidas, sem tanta dor causada por suas perdas. Infelizmente, não foi o que ocorreu. Não podemos calcular o quanto o tempo perdido na desesperada tentativa de nos denegrir afetou as ações preventivas de ajuda à população. Mas, se a dor compartilhada com centenas de lençoenses neste momento também não pode ser medida, o que se pode medir é o quanto de irresponsabilidade e omissão essa história toda pode conter. E para isso, não há desculpa ou palavras suaves que possam ser usadas. FALE CONOSCO
CNPJ: 14.647.331./0001-22 IE: 416.050.229.111 WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR Jornalista Responsável: Tânia Morbi Mtb: 52.193 Redação e administração Lençóis Paulista Rua André Bacili, 45 Telefone – (14) 3263-1740 redacao@sabadaodopovo.com.br CONTATO COMERCIAL: (14) 99658-9731 Sugestão de Pautas: (14) 3263-1740 Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob número 008 - Folha 15 - Livro B1 TODOS OS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES Tiragem: 3.000 exemplares Na internet: http://issuu.com/billymao/docs Lençóis Paulista - Borebi Macatuba Para enviar foto de acontecimentos na cidade
jornalsabadao@gmail.com.br Ou WhatsApp 99825-9382
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“Ficamos esquecidos aqui na 25 de Janeiro. Onde está a prefeita neste momento? Nem uma palavra de consolo, nem um abraço solidário, nada! Parece que para esta administração somos lixo, isso porque na 25 só tem prédio velho e gente pobre?” Empresária do centro comercial da 25 de janeiro, na sexta-feira de manhã
Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/ Charge Lathuff
Pobres não têm represas railson rodrigues
Sinceramente, não esperava começar o ano com uma surpresa tão negativa. Creio que isso ninguém espera e nem deseja. Este é um artigo com mais perguntas do que respostas. Até porque, há muitos culpados, e os principais culpados são blindados pela lei, como “semideuses”, intocáveis. Não falarei agora dos culpados, até porque, o povo lençoense é solidário e não quer saber, no momento, de quem é a culpa, queremos primeiramente resolver todo esse problemão, e queremos muito que a vida de todos os afetados volte ao normal, ou o mais próximo possível da normalidade. É momento de ajudar, e cada um faz o que pode ou o que é capaz (ao menos deveria fazer). Quem pode doar bens, está doando. Quem pode doar alimentos, está doando. Quem pode doar trabalho, está doando. A solidariedade vem em primeiro lugar. Precisamos apenas tomar cuidado para que a solidariedade não se torne autopromoção. Quem doa, doa pelo próximo. É hora de muita ação e poucas palavras. É hora do lençoense se irmanar e sentir a empatia que sempre
serviu de combustível para que nações se desenvolvessem. Somos um povo privilegiado, minha esperança é de tirarmos da tragédia uma força que sequer conhecíamos, é o sentimento que me toca. Mas e depois que superarmos boa parte disso? Como profissional da área jurídica, não consigo deixar de lado a questão da responsabilização. E isso não é “procurar culpados”, isso é “buscar justiça”. Afinal, a solidariedade só é completa se vier acompanhada da justiça. E infelizmente, por mais que as coisas estejam evoluindo, ainda somos o país onde ricos possuem privilégios. Em 2011 tivemos uma tragédia semelhante (com proporções bem menores), mas antes de 2011, outras vezes isso aconteceu. Era uma tragédia repetida, que aumentava mais suas proporções em cada repetição. Represas estouram, a cidade inunda, as autoridades buscam soluções,
o problema é superado e deixado de lado, ninguém é punido. E o ciclo se repete depois de alguns anos. Obviamente, a primeira peça que cai nesse efeito dominó e derruba todas as demais peças, é a força da natureza. Em seguida, há uma peça crucial: o dever de fiscalização, que não sei se foi cumprido com rigor, mas pelos resultados observados, existe a possibilidade de não ter sido. Portanto, juridicamente falando, caso estabelecido o nexo de causalidade entre o rompimento das represas e o alagamento, enxergo a possibilidade de cobrança de indenização dos afetados em relação aos proprietários das represas. O próprio Código Civil nos traz a responsabilidade objetiva independente de culpa, pelo risco da atividade. Contudo, a responsabilização dos proprietários das represas não anula a responsabilização de agentes públicos que fornecem informações de modo
irresponsável ou imprudente. Afinal, se há riscos, eles devem ser expostos à população que pode perder seus bens. E se algum agente público informou à população que estava tudo sob controle, mesmo com o risco eminente de sofrermos com a maior tragédia do município, é preciso que o mesmo responda judicialmente pela imprudência da informação, que o órgão que representa pague a devida indenização pelos produtos, bens e estoques de comerciantes que foram perdidos, simplesmente porque acreditaram na informação amplamente difundida. A palavra de um agente público possui presunção de veracidade, portanto, quando ele utiliza tal instituto em prejuízo da população, precisa responder por isso. Obviamente é o órgão que pagaria a indenização em caso de condenação, porém, posteriormente o órgão poderá cobrar do agente os gastos causados por sua ação. Solidariedade, amor e justiça, são as palavras que consigo pensar. Railson Rodrigues é pós-graduando em Direito Municipal e Assessor Legislativo
Ano novo feliz! pr. antonio carlos cabral
No mundo todo, quando um novo ano se inicia, as mensagens se multiplicam sempre desejando felicidades, que este ano seja próspero, que tudo se realize e todos sejam felizes. Até parece que as palavras são mágicas e tudo acontecerá exatamente como foram ditas. Era o que se esperava para 2015. Vivemos 365 dias e quantas coisas novas aconteceram e quantas que jamais desejávamos. Inundações, incêndios, homens bombas, atos terroristas, suicídios, assaltos, juventude se drogando, discriminação racial, social e religiosa... e muitos ainda não descobriram uma vida verdadeiramente feliz. Viver um ano feliz é conhecer o verdadeiro Deus, procurando conhecer a sua vontade, vivendo-a diariamente e em todas as circunstâncias. Por exemplo: quantos comemoraram o Natal comendo e bebendo, se embria-
gando até o amanhecer, sem ao menos mencionar o nome da pessoa do Natal. Da mesma maneira se fez em relação ao começo do ano. As crianças ganharam os seus presentes, os adultos trocaram presentes entre si, com abraços e beijos, sem sequer fazer menção ao nome de Deus para agradecer por tudo. A Palavra de Deus recomenda: “Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus” (I Tes. 5.18). A maior parte da humanidade nesse período de festas vive como se Deus não existisse, ou melhor, só é lembrado quando a dor é grande. Ainda estamos no inicio de um novo ano. O que podemos esperar de 2016? Será que as condições melhorarão? Precisamos ter esperanças e fé, nunca perder a visão,
nunca desistir, não deixar de acreditar que ainda há pessoas boas querendo ajudar. É necessário nos juntarmos para fazer a diferença. Não podemos esperar algo diferente, se não fizermos a diferença. Não adianta ter esperança sem ter fé. Não uma fé no nada, mas em Deus. Sem Ele não vamos a lugar algum. Sem Ele nossa expectativa de um futuro melhor fica no vazio. Algumas ações individuais abençoadoras podem ser desenvolvidas no decorrer do tempo do novo ano. O tempo é muito lento para quem espera, muito longo para quem sofre, muito curto para quem aproveita, mas para Deus que a todos ama, o tempo não existe. Ninguém é tão forte que nunca tenha chorado, nem tão fraco que
nunca tenha vencido, tão inútil que nunca tenha ajudado, tão sábio que nunca tenha errado, ou tão ninguém que precise de ninguém. Não espere um sorriso para ser gentil, ser amado para amar, ficar sozinho para reconhecer o valor de um amigo, a separação para fazer a reconciliação, ter tempo para servir, dinheiro sobrando para contribuir. Faça hoje o que talvez não possa fazer depois. Nos momentos felizes, louve a Deus, nos difíceis, busque a Deus, nos silenciosos adore a Deus, nos dolorosos, confie em Deus e em todos os momentos agradeça a Deus. Não se trata de uma fórmula para a felicidade, mas uma contribuição para um mundo melhor ao nosso redor. Antônio Carlos Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.
Quanto vale uma informação BILLY MAO
A tragédia anunciada que devastou o centro comercial da rua 25 de janeiro e casas que margeiam o rio Lençóis veio acompanhada de completa irresponsabilidade por parte da administração municipal de Lençóis Paulista. Leia-se prefeita Izabel Lorezetti e José Antonio Marise. Explico: a responsabilidade do jornalista é checar a informação antes de publicá-la, principalmente se essa notícia atinge de forma física as pessoas envolvidas. Pois bem. Depois que houve o alagamento da primeira casa na Vila Baccili, a reportagem do Sabadão ficou em alerta sobre a possibilidade de enchente, já que conhece o histórico desse assunto e sabia da previsão de muita chuva. Através do Facebook o jornal buscou manter as pessoas informadas daquilo que estava acontecendo. Na redação, a equipe se desdobrava para checar com autoridades e responsáveis aquilo que, do outro lado, era vivido na pele. Às 20h48min. Era postado que uma represa de Borebi já havia
se rompido e uma segunda estava na iminência do rompimento. Até que a água chegou, por volta das 2h da madrugada, daria para retirar tudo de dentro das casas e do comércio. A irresponsabilidade da administração está no fato de sair avisando e mandar avisar, que a água não subiria mais que um metro nas casas, que as pessoas apenas suspendessem seus bens. E isso é unânime, todos que conversei disseram a mesma coisa. “Fomos orientados a apenas elevar nossos bens, móveis”. Sei perfeitamente da tristeza de quem perdeu algo. Eu também perdi. Perdi a esperança nesses que dizem ser nossos governantes e que estão ai para nos ajudar naquilo que for necessário. Me entristece saber que uma pessoa culta como a prefeita, refinada, se deu ao luxo, na tentativa de desmerecer o trabalho feito pelo jornal, propagar que nossas informações eram mentirosas, que este jornalista,
além de “louco”, queria ver corpos boiando pelo rio Lençóis (palavras da prefeita relatadas por uma moradora que teve a casa inundada, e com testemunha), tentando colar na linha do jornal e de seus jornalistas a imagem da desgraça. Uma atitude muito leviana e pequena para um ser humano. Essa atitude morbida e mesquinha colocou interesses políticos acima da vida dos lençoenses. Mesmo com isso tudo, se eu pudesse voltar no tempo com poderes para mudar geral, voltaria, ficaria com a imagem de inconsequente, de mentiroso, mas pouparia a vida construída com tanto sacrifício, de cada cidadão afetado pela enchente. Carregaria o peso de uma suposta arrogância pelo resto da vida, no entanto, preferiria ser apontado nas ruas de Lençóis, que ver a situação que ela se encontra neste momento. Izabel e Marise não são con-
troladores do tempo, da chuva. Sei disso. Existe algo muitíssimo maior que é a natureza. O erro deles foi não acreditar e colocar seus interesses acima do da população. A frase que eu usaria depois da postagem sobre os rompimentos, se estivesse na situação de mandatários e donos da verdade, como eles se colocam, seria a seguinte: “o Billy é doido. O jornal Sabadão é crítico demais. As represas não vão romper. Mas mesmo assim, vai que aconteça algo pior. Então, quem está em área de risco, tirem tudo, vamos fazer um mutirão com as empresas e vamos salvar o que der. Se nada acontecer, ninguém terá prejuízo ou pelo menos, muito pouco”. Diferente do jornalista, que precisa checar aquilo que publica ou estar no acontecimento para relatar com seriedade, as autoridades utilizam apenas suas palavras e status. Mesmo que estejam carregadas de interesses ou inverdades. Billy Mao é jornalista - repórter fotográfico
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Enchente
LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE JANEI
Maior enchente dos últimos 100 anos afeta
Inundação de bairros e centro da cidade teve como precedente situação semelhante em 2011, mas esta semana inunda principalmente quando o homem não a respeita; para cerca de mil atingidos momento é de recomeçar e apoio da popu
Às 11 horas do dia 12: na manhã da terça-feira a equipe do Sabadão monitorava o nível do rio Lençóis, que não parava de subir 19h30 e 20h30 do dia 12: Já no período da tarde, começou a chover forte e até o córrego Corvo Branco já sentia o peso da força do rio Lençóis e também começava a subir. Até aquele momento, as bombas instaladas para contenção de enchente no bairro funcionavam perfeitamente. Às 20h00: A reportagem do Sabadão estava em Borebi, depois que recebeu a informação sobre o rompimento de uma barragem. Com o prefeito Mané Frias, a reportagem viu e alertou sobre a forte chuva que se precipitava naquele momento. Ainda em Borebi, a reportagem presenciou o início do rompimento da barragem da rodovia da Amizade.
Entre 22h e meia noite do dia 12: Já em Lençóis Paulista, às 23h40, a reportagem informou o diretor de Obras do município que pelo menos duas barragens haviam se rompido em Borebi e que a quantidade de água que seguia para o rio Lençóis era enorme. O diretor disse que estava tudo sob controle e que “havia gente monitorando lá”, em Borebi. Meia noite em ponto, quando virou o dia 13, a água estava no portão do SAAE. Prefeita Izabel e o vice-prefeito Marise estavam ao telefone e não foi possível falar com a reportagem, que buscava relatar o que ocorria na cidade vizinha.
Início da cobertura do dia 13, às 9h: Por volta das 3h da madrugada do dia 13 a água já começava a invadir o pátio da rodoviária municipal. Cerca de nove horas depois do Sabadão informar sobre o rompimento da primeira barragem, a água chegou com violência em Lençóis Paulista inundando tudo que encontrou pela frente causando a maior enchente dos últimos 100 anos em Lençóis Paulista.
Em um cenário de guerra, o prejuízo e o desespero tomaram conta de famílias e comerciantes de Lençóis Paulista, após a enchente que atingiu moradias, estabelecimentos comerciais e prédios públicos no início desta semana. A chuva de cerca de 300 milímetros que afetou a cidade, mas também Borebi, Macatuba e Agudos, causou o rompimento de 16 represas da região, ao menos sete próximas aos limites do município. Em Lençóis, um homem morreu afogado, depois de ser arrastado pela enchente. Até o fechamento desta edição, parte da cidade permanecia sem o abastecimento de água potável, que era feito por caminhões pipa de empresas, enquanto o nível da água já havia baixado. Entre os atingidos o clima, durante toda a semana, era de revolta, devido à precariedade de informações oficiais divulgadas pela Prefeitura e Defesa Civil, que em sua avaliação, contribuíram para os prejuízos. A tragédia começou a ser definida ainda na noite de terça-feira. Por volta das 21h do dia 12, o jornal Sabadão do Povo divulgou com exclusividade que uma barragem em Borebi havia se rompido. As informações ainda tidas como extraoficiais foram divulgadas na página do Facebook do jornal e de seus jornalistas. No mesmo momento, o responsável pela Defesa Civil de Lençóis, vice-prefeito José Antonio Marise afirmou, por telefone, que o órgão monitorava a situação na Vila Contente, e que nenhum represa havia sido rompida. Por volta das 22h, uma forte pancada de chuva atingiu o município e região. A quantidade de chuva acima do que era esperado para todo o mês de janeiro, causou o rompimento de outras represas ocasionando a pior enchente vivida pelo município, desde 1974, de acordo com a Prefeitura. A estimativa é de que o nível das águas do rio Lençóis tenha subido cerca de sete metros. A Prefeitura afirma que foram cinco metros. Neste horário, o repórter fotográfico Billy Mao estava em Borebi e acompanhava a situação do córrego das Antas, no município, mas também do rio Lençóis, cujo nível das águas subia rapidamente. Durante toda a madrugada foram divulgadas imagens do aumento das águas em Borebi, Macatuba e Lençóis Paulista, até por volta das 6h de quarta-feira, quando a água do rio já chegava a cerca de um metro de altura na Avenida 25 de Janeiro e cerca de 1,5 de altura na região próxima ao SAAE e vila Santa Cecília. Por volta das 9h do dia 13, casas, prédios comerciais e públicos localizados na Avenida 25 de Janeiro, entre a Avenida 9 de Julho e a Rua Piedade, além de parte dos bairros Contente, Bacili, Repik, Primavera, Mamedina e Santa Cecília já estavam totalmente alagados, a maior parte deles até a altura do teto. Móveis, eletrodomésticos, equipamentos, roupas e todos os pertences das famílias foram levados pela rua, onde se viam máquinas de lavar, cadeiras e todo tipo de utensílio boiando, em meio ao mar de água barrenta. Durante toda a quarta-feira o centro da cidade e
os bairros, além de grande part centro comercial permaneceram mersos. O nível do rio baixou ap na quinta-feira, quando começ limpeza e retirada do barros das e imóveis, além da contabilizaçã prejuízos. O município decretou es de emergência e criou um Co de Gerenciamento de Crise, disponibilizou boletins das a que foram tomadas após as chentes, como a disponibilidad caminhões de água potável, as famílias sem abasteciment que necessitem de limpeza de moradias.
“A água vai baixar” Em um dos bairros mais ating a Vila Contente, na quarta-f enquanto o nível da água ainda pedia que as famílias voltassem casa, o clima era de revolta, ent moradores. Vários afirmaram antes da enchente foram orient a não retirar os pertences de ca que não havia risco de o bairr atingido por uma enchente tão g Lurdes dos Santos, de 52 a teve prejuízo de R$ 10 mil em fumes e lingeries que revendia, de perder tudo o que tinha de de casa. “Quando a minha chegou fomos ver o rio, por das 20h30. A rua estava cheia, a água não tinha atingido os mó a gente ergueu os móveis e fomo o túnel para ver como estava o da água e estava descendo m rápido. Quando a água do cór e do rio se encontraram par um dilúvio. Não deu tempo de nada, as pessoas saíram com a r do corpo”, contou. Sua filha Daiane, de 30 anos, que os moradores acreditaram informação da Defesa Civil do nicípio, divulgada no início da n que tranquilizava os moradores s o risco do nível do córrego e d subirem. “Por volta das 7h, ouv no rádio uma entrevista do di da Defesa Civil e vice-prefeito Antonio Marise, dizendo que o de água deveria baixar, a água e em cerca de um metro de a dentro de casa, quando deu 20h água veio com tudo e inundou t Faltou nos avisar. Aqui moram s humanos, mas não fomos trat como seres humanos”, lamento Cristiana Silva, de 40 anos também teve a casa invadida teto, disse que os moradores co ram nas informações oficiais. noite de terça-feira, um engenh da Prefeitura que estava aqui no ro disse que as represas já esta desativadas e que o que estav internet, que poderia romper o represas, era mentira. Queria qu viesse aqui ao bairro para ver q estava mentindo”, disse. Segundo os próprios morad cerca de 50 famílias dos ba Contente e Bacili tiveram gra prejuízos. Um comerciante do b perdeu todos os produtos que t à venda e no estoque. As famílias passaram a noit terça para quarta-feira na rua, terem para onde ir. As prim assistências, como comida e foram fornecidas por morad do bairro e empresas, na manh dia 13. Entre todos os atingidos inundação, ouvidos pela reporta
Sabadão do Povo no Facebook BAIXE O QR CODE EM SEU CELULAR E VEJA O VÍDEO OU ACESSE: https://www.facebook.com/ billy.mao.50/videos/10205188479461013/?theater
ANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO
Enchente
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Fotos: Billy Mao
11h30 do dia 13: Depois do estrago feito, foi necessário aguardar as águas baixarem para começar a limpeza do que sobrou. Foram casas destruídas, comércios abalados e famílias desabrigadas. A solidariedade de lençoenses e das cidades vizinhas começou a acontecer e pessoas que não tinham ligação direta com o ocorrido passaram a fazer parte da colaboração mútua.
Dia 14: Depois do estrago, a Prefeitura disponibilizou caminhões e máquinas para a limpeza e remoção daquilo que sobrou das famílias. Empresas de Lençóis Paulista e de toda a região entraram na onda solidária e enviaram caminhões, máquinas e pessoal para ajudar na restauração da cidade, que apresentou cenário de guerra, causando comoção em quem passasse pelos locais atingidos. Funcionários do SAAE e Prefeitura em trabalhado incansavelmente na recuperação
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GERAL
LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO
Empresas se unem para cooperar com população lençoense Fotos: Billy Mao
Empresas de Lençóis Paulista e de toda a região se uniram para cooperar com as famílias atingidas pela enchente que afetou mais de 800 pessoas. São caminhões pipa, brigadistas, caminhões basculantes, de carroceria , caminhonetes, máquinas e pessoal. As empresas disponibilizaram seus veículos e até máquinas para que a limpeza e retomada de reconstrução ocorra rapidamente. Segundo informação da Defesa Civil, mais de 20 caminhões pipa estão efetuando a limpeza por toda a extensão atingida pela enchente e pelo menos 14 caminhões pipa estão sendo abastecidos em poços profundos do grupo Lwart para fornecer água à população. Já a água para limpeza está sendo retirada do Lago da Prata. Solidários - Disponibilidade de empresas criou uma rede de ajuda à Ainda segundo informações população que sofre a falta de água, em vários pontos da cidade da DC, todas as empresas da cidade que têm caminhões pipa cederam gentilmente o veículo e funcionários para atuar na solidariedade aos moradores. Polícia Militar A Polícia Militar recebeu reforço do contingente das cidades de Agudos e Bauru. O comando de Bauru também esteve na cidade ontem para ajudar na coordenação da demanda. Informação do Capitão da PM, Juliano Xavier é de quê a segurança está garantida e com toda a tropa na rua. “Todas as folgas foram revistas e o policiamento está em turno rotativo. O trabalho da Polícia está sendo feito de forma coordenada e tranquila”, contou o Capitão.
O Senhor Manoel Frias Filho, Prefeito do Município de Borebi, localizado no Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, conferidas pela Lei Orgânica Municipal de 1994 e pelo Inciso VI do artigo 8º da Lei Federal no 12.608, de 10 de abril de 2012, CONSIDERANDO: I – Que devido a chuvas intensas, causando rompimento de 5 (cinco) represas derrubando postes de energia elétrica, rompendo travessias de acesso a outros municípios, rompendo tubulações de aguas pluviais, queda de sinal de telefonia móvel e fixa assim como desligamento total do poço profundo que abastece a cidade de agua potável, as aguas decorrentes da chuva e das represas inundaram imóveis particulares II- Que em decorrência dos seguintes fatos narrados no inciso anterior, 36 (trinta e seis) pessoas ficaram desalojadas e seus imóveis danificando assim como vários bens públicos causando alto prejuízo a município. V – Que o parecer da Diretoria Municipal de Ação Social, Diretoria de Meio Ambiente e Agricultura, Diretoria de Obras e Defesa Civil, relatando a ocorrência deste desastre é favorável à declaração de situação de emergência. DECRETA: Art. 1º. Fica declarada situação de emergência nas áreas do município contidas no Formulário de Informações do Desastre – FIDE e demais documentos anexos a este Decreto, em virtude do desastre classificado e codificado como Chuvas Intensas – 1.3.2.1.4, conforme IN/MI nº 01/2012. Art. 2º. Autoriza-se a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Diretoria Municipal de Ação Social, Diretoria de Meio Ambiente e Agricultura, Diretoria de Obras e Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução. Art. 3º. Autoriza-se a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação Diretoria Municipal de Ação Social, Diretoria de Meio Ambiente e Agricultura, Diretoria de Obras e Defesa Civil.
II – usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. Parágrafo único: Será responsabilizado o agente da defesa civil ou autoridade administrativa que se omitir de suas obrigações, relacionadas com a segurança global da população. Art. 5º. De acordo com o estabelecido no Art. 5º do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, autoriza-se o início de processos de desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares comprovadamente localizadas em áreas de risco intensificado de desastre. § 1º. No processo de desapropriação, deverão ser consideradas a depreciação e a desvalorização que ocorrem em propriedades localizadas em áreas inseguras. § 2º. Sempre que possível essas propriedades serão trocadas por outras situadas em áreas seguras, e o processo de desmontagem e de reconstrução das edificações, em locais seguros, será apoiado pela comunidade.
Prefeitura fará atribuição para professores temporários e efetivos no dia 18, apesar da cidade estar em emergência infantil II, educação especial, orientador de informática educação e ensino fundamental I. Para os cargos efetivos, a atribuição será às 8h30 para professor de educação Infantil I, 8h50 para professor de educação infantil II, 9h30 para professor de educação especial, 8h55 para professor de ensino fundamental I, 9h30 professor de educação especial, 9h40 professor de en-
sino fundamental II (Matemática), 9h50 professor de ensino fundamental II (História), e às 10h atribuição para professor de ensino fundamental II (Arte). Já a atribuição para os cargos temporários, a atribuição de aulas será realizada às 10h30, para professor de ensino fundamental I; 14h, para professor de educação infantil II; 15h30, atribuição para professor de
educação especial; 15h45, atribuição para professor orientador de informática educacional e às 16h, para professor de ensino fundamental II (Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Inglês, Educação Física e Arte). A atribuição de aulas será realizada na sede da diretoria de Educação, na rua Sete de Setembro, 711, centro da cidade.
Começam na segunda-feira, dia 18, inscrições para cursos gratuitos do Centro Municipal de Formação Profissional O Centro Municipal de Formação Profissional Prefeito Ideval Paccola abre entre os dias 18 e 22 de janeiro as inscrições para os cursos gratuitos que serão oferecidos no primeiro semestre de 2016. As vagas são limitadas e serão preenchidas por ordem de chegada dos candidatos. As inscrições serão realizadas
DECRETO No 04, de 13 de Janeiro de 2015 Declara situação de emergência nas áreas do Município afetadas por Chuvas Intensas – 1.3.2.1.4, conforme IN/MI 01/2012.
Art. 4º. De acordo com o estabelecido nos incisos XI e XXV do artigo 5º da Constituição Federal, autoriza-se as autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, diretamente responsáveis pelas ações de resposta aos desastres, em caso de risco iminente, a: I – penetrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação;
Pontes afetadas Várias pontes na zona rural de Lençóis Paulista e Borebi foram afetadas pela enchente. Até o momento não foi possível avaliar todas as passagens afetadas devido à gravidade, concentração de resoluções na área urbana e atendimento às famílias afetadas. Em Borebi, as pontes principais da zona rural foram arrancadas e várias propriedades estão isoladas. O prefeito Manoel Frias Filho está com sua equipe levantando os dados da situação no município, mas até Limpo - Devido à grande quantio fechamento da edição, nem Lençóis Paulista, nem Borebi, dade de barro, apenas com a força da haviam fechado o levantamento água dos caminhões é possível remototal dos estragos. ver a sujeira deixada
A Comissão Municipal de Serviço Civil realiza no dia 18 de janeiro, atribuição para classes/aulas em caráter efetivo e temporário para o ano letivo de 2016, para os cargos de professor de educação infantil I, educação infantil II, ensino fundamental I, educação especial e ensino fundamental II (matemática, história e arte), e ensino fundamental I, educação
PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI
das 7h30 às 16h30, na sede administrativa do CMFP, que fic na Avenida Lázaro Brígido Dutra, 101 (defronte ao recinto da Facilpa). Para se inscrever é preciso apresentar RG, CPF, cartão cidadão e comprovante atualizado de endereço. A inscrição não será efetuada sem a apresenta-
ção dos documentos. As inscrições para os cursos de automotiva kids; eletricidade automotiva; eletricidade residencial; marcenaria; mecânica de autos e mecânica de bicicleta serão feitas entre os dias 18 a 22. Já quem quer fazer os cursos de assistente administrativo; design gráfico; edição de vídeo;
ilustração digital; informática básica; penteado e maquiagem e depilação deve se inscrever entre os dias 19 e 22. Entre os dias 20 e 22 devem fazer a inscrição os interessados nos cursos de artes em tecido; bordado; costura industrial; crochê; macramê; moda íntima; pintura em madeira e pintura em tecido.
Art. 6º. Com base no Inciso IV do artigo 24 da Lei nº 8.666 de 21.06.1993, sem prejuízo das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000), ficam dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos. Art. 7º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE, CUMPRA-SE. Gabinete do Prefeito, aos 13 dias do mês de janeiro de 2015. MANOEL FRIAS FILHO PREFEITO MUNICIPAL
SAÚDE
LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO
Enchentes aumentam risco de doenças infectocontagiosas As chuvas voltaram com força, causando enchentes e, consequentemente, aumentando o risco de doenças infectocontagiosas. Por isso a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo faz um alerta sobre a necessidade de prevenção para evitar problemas de saúde ocasionados pelo contato com a água suja das chuvas, que carregam uma série de bactérias e vírus. Um dos principais problemas é a leptospirose, doença causada por uma bactéria encontrada na urina do rato e que pode entrar pela pele humana. Se a pessoa tiver contato com a água ou a lama das enchentes precisa ficar atento a sintomas como febre, dor muscular, náuseas e dor de cabeça. Nesse caso, será preciso procurar um médico imediatamente e relatar que teve contato com alagamentos. Outra doença que pode surgir após o período de chuvas é a hepatite A, que pode ser transmitida pela água misturada com esgoto humano. As enchentes também aumentam o risco de diarreia aguda, causada por bactérias, vírus e parasitas, além da febre tifoide, causada pela salmonella typhi, bactéria encontrada nas fezes de animais. Dicas É fundamental que se evite contato com as águas das enchentes. Caso isto seja inevitável, é recomendável permanecer o menor tempo possível na água ou na lama. Não deixe que crianças nadem ou brinquem na água e na lama das enchentes, pois, além do perigo das enxurradas, elas podem ficar doentes. Evite manusear objetos que tenham sido atingidos pela água ou lama. Proteja os pés e as mãos
diluir na água de beber e cozinhar, podem ser encontrados em farmácias ou supermercados. Na falta dessas opções, utilize água sanitária, tomando o cuidado de adquirir apenas aquelas que tenham registro e não contenham outras misturas, como perfumes. Se sua casa for atingida pela enchente, após o recuo da água providencie a limpeza e desinfecção dos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos. Usando luvas, botas de borrachas ou outro tipo de proteção para as pernas e braços (como sacos plásticos duplos), descarte para a coleta pública tudo o que não puder ser recuperado e remova – com escova, sabão e água limpa – a lama que restou nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos da casa. No caso dos utensílios domésticos (panelas, copos, pratos e objetos lisos e laváveis), lave-os normalmente com água e sabão. Depois, prepare uma
solução desinfetante, diluindo um copo (200 ml) de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) em quatro copos de água (800 ml). Mergulhe na solução os objetos lavados, deixando-os ali por, pelo menos, uma hora. No caso dos pisos, paredes, móveis e outros objetos, após retirar a lama, lave o local com água e sabão e, a seguir, prepare uma solução diluindo um copo (200ml) de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) para um balde de 20 litros de água. Umedeça um pano na solução e passe nas superfícies, deixando-as secar naturalmente. “Esses cuidados são essenciais para que as pessoas possam se prevenir contra doenças infectocontagiosas mais incidentes na época de chuvas, especialmente a leptospirose, que nos casos mais graves pode até levar à morte”, afirma Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária Estadual.
Receitas para você! Chef Paulo Campanholi Jambalaya INGREDIENTES 1 Litro 500 gr Quanto baste 250 gr 250 gr 250 gr 02 unidades 04 col. sopa ½ 3 Unid. 01 unid. 1 Col chá 1 Col chá 1 Unid. ½ Col chá 300 gr QB QB
Saúde disponibiliza vacinas devido a enchente
Após a enchente causada pelas chuvas desta semana, Agentes Comunitários de Billy Mao Saúde das áreas afetadas estão ajudando as pessoas que tiveram seus imóveis atingidos pela inundação. As principais orientações são em relação a como deve ser efetuado o trabalho de limpeza (sempre com a utilização de luvas ou outros equipamentos para proteção da pele). Jogue fora medicamentos e alimentos (frutas, legumes, verduras, carnes, grãos, leites e derivados, enlatados etc.) que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que estejam embalados com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados. Os agentes também estão realizando o levantamento das Prevenção - Contato com água, e principalmente, ingestão de alimentos ruas que necessitam limpeza contaminados pode causar graves danos à saúde pelo caminhão-pipa. com botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos. Jogue fora medicamentos e alimentos (frutas, legumes, verduras, carnes, grãos, leites e derivados, enlatados etc.) que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que estejam embalados com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados. Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar. Procure beber sempre água potável, que não tenha tido contato algum com as enchentes, e a utilize no preparo dos alimentos, especialmente das crianças menores de um ano. Para garantir que a água é segura para consumo, ferva-a por ao menos um minuto, ou adicione duas gotas de hipoclorito de sódio com concentração de 2,5% (água sanitária) para cada litro de água. Os frascos de hipoclorito de sódio a 2,5%, próprios para
Caldo de galinha Frango (peito) Azeite Linguiça calabresa (cubos) Presunto cozido (cubos) Bacon (cubos) Cebola picada em cubinhos Salsão picado Maço Cebolinha verde picada Alho picado Pimentão vermelho (cubinhos) Pimenta Caiena Tomilho Folha de louro Sálvia Arroz Sal Pimenta-do-reino
Modo de preparo 1. Coloque o peito de frango com a carcaça para ferver em 1 litro de água. 2. Após cozido o frango, retire da panela o peito, deixe esfriar, desosse e corte em cubos e reserve o caldo. 3. Em uma panela grande, frite a linguiça, o bacon e o presunto, até ficarem bem corados. 4. Retire as carnes e reserve. 5. Na mesma panela frite muito bem a cebola e o salsão. 6. Continue acrescentando a cebolinha, o alho, o pimentão vermelho, fritando-os bem. 7. Adicione a pimenta caiena, o louro, o tomilho e a sálvia. 8. Adicione ½ litro de caldo, deixando ferver. 9. Adicione o arroz. 10. Abaixe o fogo, tampe e deixe cozinhar um pouco. 11. Destampe a panela, adicione as carnes, veja o ponto do arroz; se necessário, adicione mais caldo. 12. Misture um pouco na panela. 13. Espere o ponto do arroz para servir. - Bom apetite!!
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VACINAS Quem teve contato com a água da enchente deve estar atento a doenças infectocontagiosas. Um dos principais problemas é a leptospirose, doença causada por uma bactéria encontrada na urina do rato e que pode entrar pela pele humana. Se a pessoa tiver contato com a água ou a lama das enchentes precisa ficar atento a sintomas como febre, dor muscular, náuseas e dor de cabeça. Nesse caso, será preciso procurar um médico imediatamente e relatar que teve contato com alagamentos. Também é importante estar em dia com as vacinas de hepatite e tétano. A Vigilância Epidemiológica recebeu doses dessas vacinas, e estão disponíveis em todas as unidades de saúde de Lençóis Paulista.
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Sua imagem
LENÇÓIS PAULISTA, 16 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO
Cachoeira da Pavuna é ideal para visitação com baixo custo Billy Mao Logo que você chega à borda dos paredões do vale que forma a Pavuna, em Botucatu, da vontade de voar. O vento suave que sopra daquele vale deixa o visitante mais leve e com uma sensação deliciosa de liberdade. A Pavuna é uma área situada no município de Botucatu que integrou o projeto de turismo “Caminhos do Sertão” por estar dentro do perímetro da Cuesta. A entrada no local é cobrada (R$6 por pessoa) e segundo informou seu mantenedor, é permitida apenas a visitação. No local não há lanchonetes ou estrutura para receber turistas como em outros pontos do Estado, mas a beleza ímpar do lugar atrai muita gente. São cinco cachoeiras que se estendem paredão abaixo pelo vale. As cachoeiras não têm nomes específicos e para chegar até elas é necessário uma boa caminhada pelas trilhas na mata. Alguns trechos foi necessário a colocação de cordas para ajudar na locomoção. A chegada até as cachoeiras demanda bom preparo físico, principalmente na volta do passeio. Além das cachoeiras maiores com cerca de 70 metros de altura, são inúmeras quedas menores que se formam a partir de dois arroios que escorrem pela falha geológica. No dicionário Aurélio, “pavuna” é um termo que designa vales fundos e escarpados originário do tupi pab’una. O avareense Pedro Quintiliano, de 30 anos, que é guia de traking, disse que frequenta as cachoeiras da Pavuna já há sete anos e sempre que pode vai para o vale para acampar. “Para quem gosta de acampamento selvagem, este é o lugar perfeito. Tudo é simples e muito belo”, contou. Pedro disse que as piscinas naturais formadas na parte anterior das cachoeiras também são ótimos lugares para um banho refrescante. “Lá embaixo é bom, mas as piscinas naturais são fantásticas”, apontou. Lúcio e sua esposa Aline visitaram a Pavuna acompanhados dos filhos Pedro e Lucas, ambos de cinco anos. Aline disse que já conhecia o local e que esperou para levar os filhos. “O lugar é lindo, mas as trilhas são difíceis e exige bastante esforço”, garantiu. Lúcio disse estar acostumado devido praticar escaladas e montanhismo. “As trilhas são muito boas e pesadas e os paredões e escarpas são ideais para escalada”. Durante a visita do Sabadão do Povo vários grupos chegaram para conhecer o local. A maioria formada por jovens dispostos. No entanto, pelo menos dois grupos estavam acompanhados de idosos que quiseram conhecer o lugar. A visitação às cachoeiras da Pavuna para quem mora em Lençóis Paulista e região, pode ser feita à partir da Rodovia Marechal Rondon, no sentido Botucatu. Depois do pedágio entre Botucatu e São Manoel, pega-se o próximo retorno e volta cerca 500 metros e daí entra-se à direita. Logo na che-
Fotos: Billy Mao
Natureza - Visual do lugar encanta visitantes e vale visita, apesar da falta de estrutura
gada o visitante é recebido pela família de Valdir Floriano e a esposa Leda. Jaine Floriano, filha do casal, fez o trabalho de guia e acompanhou e indicou os caminhos para as cachoeiras. Jaine contou que apesar de morar no “paraíso”, pouco frequenta as cachoeiras. “Acabo ajudando minha mãe a cuidar do lugar, receber visitantes e cuidar dos meus irmãos. Não gosto muito disso de ser guia, mas pode ser uma opção”, conta durante a caminhada. A garota que prefere ouvir rock, que às músicas sertanejas, ouvidas na roça, diz que pensa em morar na cidade e até
Visitantes - Na foto no alto, Pedro Quintilhano, que gosta das piscinas naturais, e acima, o repórter fotográfico Billy Mao, que registrou a opção de lazer da região
virar vocalista de uma banda, só que quando se perde no olhar do vale diz ficar em dúvida. “Aqui é muito lindo, dá uma sensação boa estar neste lugar. Acho que não saio daqui não”, conta. Apesar das trilhas serem limpas é bom o visitante estar calçado com tênis, roupas leves e levar água potável. Repelentes também devem fazer parte do passeio. No período da tarde os mosquitos atacam mais que no período da manhã. Outro cuidado é com animais peçonhentos como cobras e aranhas. A área é remanescente da Mata Atlântica onde vivem grande quantidade de animais.
A FARMÁCIA DA CRUZEIRO MUDOU DE ENDEREÇO. CONFIRA!!!