BIO 277 - Novembro 2020

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Novembro 2020 | Ano XXXI | Edição Nº 277 | www.diocesedeosasco.com.br

Dom da Sabedoria IGREJA EM AÇÃO: Leilão em prol a Diocese de Pemba

ORDENAÇÕES: A diocese ganhará dois sacerdotes e três diáconos novos


BIO Boletim Informativo de Osasco

EDIÇÃO NOVEMBRO DE 2020 Diretor Geral Dom João Bosco Barbosa de Sousa Assessor da PASCOM Diocesana Pe. Ricardo Rodrigues dos Santos Moderadora Ir. Letícia Perez, MJS Supervisão Pe. Thiago Jordão Secretária Executiva Meire Elaine de Souza Revisão Renata Muler Amparo de Sena Jornalista Daniela Nanni Colaboração Pe. Luiz Rogério Gemi, Sem. Guilherme Côrrea Roque, Ir. Ana Paula, Ir. Neusa da Conceição Vale e Dr. Emílio Zoppa Diagramação Bruna Aparecida Rocha GRATUITA E DIGITAL Cúria Diocesana de Osasco Rua Dom Ercílio Turco, 60, Vila Osasco, CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 (11) 3683-5005 E-mail pascom@diocesedeosasco.com.br Site www.diocesedeosasco.com.br

SUMÁRIO Toque nos títulos para ir ORDENAÇÕES - Presbiteral - Diaconal FORMAÇÃO PERMANENTE - Dom da Sabedoria - A Verdade - Novíssimos II: Morte IGREJA EM AÇÃO - Escola Catequética Discípulos de Emaús - Leilão virtual em prol da Diocese de Pemba - Semana Ministerial 2020 CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS NO BRASIL - Sem milagre de alegria cristã em meio as misérias ESPIRITUALIDADE - Sacramento da Divina Eucarístia PAPA FRANCISCO - Estende tua mão ao pobre


ORDENAÇÕES REDAÇÃO BIO

Clero: dois novos sacerdotes serão ordenados na Diocese de Osasco

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o dia 12 de dezembro, pela imposição das mãos de Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM, os diáconos Leonardo Loriato de Souza e Rodrigo Sousa Carvalho serão ordenados presbíteros da Santa Igreja. A Solene Eucaristia acontecerá às 9h, na Catedral de Osasco, em cerimônia privada para o clero e familiares. Os fiéis poderão acompanhar a transmissão ao vivo da ordenação pelas redes sociais da Diocese de Osasco e da Catedral Santo Antônio.

Diácono Leonardo Loriato de Souza Nascido em Barueri-SP, no dia 19 de abril de 1991, filho de Carlos José de Souza e Ema Loriato. Realizou os encontros vocacionais na Diocese de Osasco no ano de 2010. Sendo admitido ao Seminário Dioceano São José desenvolveu seus trabalhos pastorais nas paróquias: Nossa Senhora Aparecida, (Osasco), Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo, (Cotia), Santo Antônio (Carapicuíba), Espírito Santo (Osasco), São Judas Tadeu (Itapevi). Exerceu o Ano Pastoral e o Ministério Diaconal na Paróquia São Judas Tadeu, em Itapevi. Seu lema sacerdotal é: “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”. (Rm 8,28) Novembro 2020

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Diácono Rodrigo Sousa Nascido em Inhuma - PI, no dia 01 de Março de 1990, filho de Luís José da Costa Carvalho e Conceição de Maria Sousa Honório. Desenvolveu os encontros vocacionais na Diocese de Osasco no ano de 2008. Desenvolveu seu trabalho pastoral nas paróquias: São José (Osasco), São Vito (Osasco), Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores (Cotia) e São Lucas Evangelista (Carapicuíba). Exerceu seu Ano Pastoral na Paróquia São Francisco de Assis, em Carapicuíba e o diaconato na Catedral de Santo Antônio. Seu lema sacerdotal é: “Meus es tu!, tu és meu; Eu já sabia - e sei - como és: para a frente!” (São Josemaría Escrivá)

Três seminaristas recebem a Ordem do Diaconato, em dezembro

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om alegria a Diocese de Osasco se une em oração e preces pelos seminaristas Eder Bruno, Rafael dos Santos e Vinícius Soares, que receberão no dia 05 de dezembro, às 9h, na Catedral Santo Antônio, a ordem do Diaconato. A Solene Celebração Eucarística poderá ser acompanhada pelos fiéis por meio das redes sociais da Diocese de Osasco e da Catedral Santo Antônio. Conheça que são eles: 4

Imagem da Internet

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Seminarista Eder Bruno Rodrigues Nascido em Osasco-SP, no dia 07 de maio de 1992, filho de Ademir Rodrigues e Tânia Paulina Gomes Rodrigues. Desenvolveu os encontros vocacionais na Diocese de Osasco no ano de 2011. Desenvolveu seu trabalho pastoral nas paróquias: São José (Carapicuíba), Nossa Senhora Aparecida (Carapicuíba), Nossa Senhora Aparecida (Padroeira II - Osasco), Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores (Cotia), Nossa Senhora Aparecida (Piratininga - Osasco) e Nossa Senhora do Monte Serrate (Cotia). Exerceu seu Ano Pastoral na Paróquia São Francisco de Assis, em Carapicuíba. Seu lema diaconal é: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30)

Seminarista Rafael dos Santos Nascido em Sobradinho - Bahia, no dia 22 de Fevereiro de 1987, filho de José Belarmino de Sousa Feitosa e Marina dos Santos. Mudou-se para Carapicuíba-SP em 2002. Desenvolveu os encontros vocacionais na Diocese de Osasco no ano de 2011 e no ano de 2012 ingressou no Propedêutico. Desenvolveu seu trabalho pastoral nas paróquias: São Lucas Evangelista (Carapicuíba), São Gabriel da Virgem Dolorosa (Osasco), Nossa Senhora da Escada (Barueri), Nossa Senhora de Nazaré (Jardim Arpoador-SP), Nossa Senhora do Monte Serrate (Cotia). Exerceu o Ano Pastoral na Paróquia Nossa Senhora Monte Serrate, em Cotia. Seu lema diaconal é: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1, 38).

Seminarista Vinícius Soares da Silva Nascido em São Paulo - SP, no dia 14 de Dezembro de 1993, filho de José Soares da Silva e Claudia Maria Santos Soares da Silva. Realizou os encontros vocacionais na Diocese de Osasco no ano de 2011, ingressando no Propedêutico Santo Antônio em 2012. Desenvolveu seu trabalho pastoral nas paróquias: São Pedro e São Paulo (Carapicuíba), Nossa Senhora Aparecida (Jd. Piratininga - Osasco), São Judas Tadeu (Itapevi) e Nossa Senhora Imaculada Conceição (Caucaia do Alto - Cotia). Exerceu seu Ano Pastoral junto à Região Ibiúna, nas Paróquias Santa Teresinha do Menino Jesus e São Roque e Nossa Senhora das Dores. Seu lema diaconal é: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13). Novembro 2020

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FORMAÇÃO PERMANENTE

Os dons do Espírito Santo: Dom da Sabedoria SEM. GUILHERME CORRÊA ROQUE 1º ano de Teologia

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sétimo dom do Espírito Santo é a sabedoria, o maior dos dons do Espírito Santo. Pelo dom da sabedoria, as almas cristãs têm um aperfeiçoamento da caridade, ou seja, passam a amar a Deus e ao próximo mais perfeitamente. Para entendermos essa realidade de maneira mais profunda e não genérica, já que todos os dons do Espírito Santo nos auxiliam de alguma maneira no amor de Deus e do próximo, vamos investigar qual o modo específico com que a sabedoria se encontra nas almas: na inteligência e na vontade. Sabemos que a inteligência humana é elevada pela virtude teologal da fé, através da qual podemos ver tudo aquilo que é invisível aos olhos do corpo, como a presença de Deus em nós pela Sua graça, ou as presenças de anjos que nos cercam diariamente. É pela fé que a nossa inteligência é “iluminada”. Esse termo, inclusive, sempre foi usado ao longo dos séculos pelos santos doutores da Igreja, ao descreverem a realidade da fé. A fé, portanto, é a luz da inteligência. Por outro lado, também sabemos que a vontade humana é elevada pela virtude teologal da caridade, e é por ela inflamada para querer 6

aquilo que Deus quer, amando o que Deus ama. É pela caridade que as almas cristãs aprendem a cumprir a vontade de Deus a qualquer custo, sendo os mártires da Igreja um grande exemplo disso. Dessa maneira, a caridade é a virtude pela qual queremos o que Deus quer, ainda que nós mesmos não o queiramos. A caridade, portanto, é o amor de Deus que reside na vontade humana. A lembrança dessas definições nos ajuda a entender o dom da sabedoria, pois ele se encontra justamente na inteligência e na vontade de nossas almas, desde que a inteligência seja iluminada pela fé e a vontade seja inflamada pela caridade. Disso podemos concluir que há dois elementos intimamente ligados ao dom da sabedoria: a luz da fé e o amor da caridade. Sem dúvida, ambas essas coisas nos remetem aos escritos de São João, que nos revelam grandes mistérios acerca de Deus e de Sua natureza, pois além de tratar do Verbo de Deus em seu Evangelho, o apóstolo diz em sua primeira epístola que “Deus é luz e Nele não há trevas” (1Jo 1, 5) e “quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1Jo 4, 8). Ora, se Deus é luz e amor, nenhuma luz e nenhum amor existem sem a presença do próprio Deus. Aqui Novembro 2020


nos deparamos com o grande mistério revelado pelo dom da sabedoria, que é o ser divino presente nas nossas almas, não apenas enquanto nos sustenta como criaturas, mas também como Aquele que age em nós e conosco, em nossas inteligências e vontades. De fato, Deus mesmo nos ilumina com a fé e nos inflama com o amor, pois Ele é a Luz e o Amor. Começamos a entender aqui qual é o “gosto espiritual” da vida dos santos, pois eles experimentam a contínua presença do próprio Deus em suas almas, não como se conhecessem os Seus mistérios e amassem a Sua divindade “de fora para dentro”, mas como aqueles que conhecem e amam a Deus como Ele mesmo Se conhece e Se ama! Os santos participam da vida da Santíssima Trindade de um modo inimaginável para aqueles que não são santos e não participam dessa mesma vida, justamente porque suas inteligências são iluminadas pela própria Luz, o Verbo divino, e suas vontades são inflamadas pelo próprio Amor, o Espírito Santo. Todos os santos se destacaram em santidade graças ao amor vivo de Deus a abrasar os seus corações, tornando-os capazes de amar inclusive sem o conhecimento proporcional ao amor, conforme as palavras de Santa Teresa de Ávila: “A santidade não consiste em pensar muito, mas em amar muito”. Para alcançarmos a plenitude do dom da sabedoria em nossas almas, é necessária a prática de uma oraNovembro 2020

ção fervorosa e constante. Assim como quando queremos algo muito precioso, e que vale muitos esforços de nossa parte (p. ex. um diploma universitário, uma casa nova), também o dom da sabedoria é o mais precioso dos dons do Espírito Santo e vale todos os nossos esforços. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e vos será aberto” (Mt 7, 7), pois se não pedimos, não podemos receber nada. Mais ainda, sendo o dom da sabedoria um autêntico “gosto espiritual”, devemos aprender a depurar os nossos gostos, desde aquilo que entra em nossas almas pelos sentidos (p. ex. músicas, imagens, alimentos), àquilo que penetra no mais íntimo de nós, não apenas em nossos pensamentos, mas em nosso próprio espírito (p. ex. tudo aquilo que temos cultivado na memória, inteligência e vontade). Nossa conclusão é de que não é possível alcançarmos a plenitude desse dom sem que a graça de Deus nos ajude muito, e sem que busquemos viver sabiamente, ainda que estejamos fracos na fé, num tipo de cegueira espiritual, ou fracos na caridade, num tipo de frieza interior. Nenhuma dessas coisas deve ser empecilho para a busca desse maravilhoso dom, que o Senhor concede a todos aqueles que O buscam com o coração sincero. Santa Maria, Virgem de Pentecostes, rogai por nós! 7


A Verdade DR. EMÍLIO ZOPPA Advogado da Cúria Diocesana

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o direito brasileiro o acusado não faz juramento nem tem a obrigação de dizer a verdade, assim como o acusador ou, melhor dizendo, a suposta vítima. Todavia, a testemunha faz juramento de somente dizer a verdade e caso minta perante o juiz este pode ser punido. A lógica é muito simples; o acusado tem o direito de se defender e achar que o Estado, que é o agente punitivo, não está sendo justo e, por isso, tem medo de ser punido injustamente. Já a testemunha não!!! Esta deve ser imparcial, tem que ser a balança e por isso este deve e tem a obrigação de dizer a verdade, sob o risco, repito, de caso seja descoberto que está mentindo sofrer as consequências punitivas pela mentira. Quando Jesus nos diz: Carrega tua Cruz e segue-me, entre inúmeros outros significados podemos definir como arcar com seus pecados, mas o que é arcar com seus pecados? É contar sua própria história, sem enfeites, é viver a realidade! É ser verdadeiro, principal8

mente consigo! Uma das maiores vaidades do cristão é ser tentado a dizer que é o maior pecador de todos, mas por que isto é uma das maiores vaidades? Primeiro porque é uma bela de uma mentira, segundo porque, muitas vezes, você diz isso apenas porque é “bonito”, para receber elogios, tais como: “Nossa, como ele é humilde” – MENTIRA! Ser humilde é saber quem você é!! No grande juízo final se você chegar com esta conversinha, não quero estar na sua pele! Sempre procure pensar que você é a sua própria testemunha diante de Deus... e lembre que a testemunha não pode mentir...Não se preocupe; a Virgem Maria será sua advogada – Fica a dica... A verdade vos libertará e não a mentira, por isso aja como uma testemunha na sua vida, não queira enfeitar, não invente, viva plenamente sendo quem Deus te criou para ser, com seus erros e defeitos, mas também com suas qualidades e feitos!!! Gde. Abraço e VIVA CRISTO, REI!!! Novembro 2020


Novíssimos II: Morte PE. LUIZ ROGÉRIO GEMI Curso Teológico Pastoral D. Francisco Manoel Vieira Paróquia Nossa Senhora das Graças - Carapicuíba “Para o cristão, a morte não é a derrota e sim a vitória: o momento de ver a Deus; a morte para encontrá-lo, a eternidade para possuí-la… A morte para o cristão não é o grande susto, e sim a grande esperança.” (Santo Alberto Hurtado)

Deus fez brotar do solo todas as espécies de árvores agradáveis de se ver e boas para comer, e no centro do jardim a árvore da vida e árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2,9). O ser humano possuía a imortalidade, porém quando come o fruto da morte, perde essa proteção. “Deus não fez a morte, nem se alegra com a destruição dos seres vivos. Ele tudo criou para que exista. As criaturas do mundo são sadias, e nelas não há veneno de ruína. O mundo dos mortos não reina sobre a terra. Porque a justiça é imortal” (Sb 1,13-15). “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e pelo pecado veio a morte, assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5,12). Mais temível do que a morte corporal é a espiritual. “Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temam, sim, aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno” (Mt Novembro 2020

10,28). Cristo Ressuscitado venceu a morte. Nele brilhou a esperança da feliz ressurreição. A morte não tem sentido por ela mesma, mas pela vida superior que dá acesso. “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,21). A fé cristã proclama a certeza da vitória da vida sobre a morte e a compara com o sono. Sobre a morte de Lázaro, Jesus diz: “Nosso amigo Lázaro está dormindo. Eu vou lá para acordá-lo” (Jo 11,11). Os cristãos chamaram o lugar onde enterravam os mortos de “cemitério”, que significa dormitório em grego, diferente dos pagãos que chamavam o mesmo local de “necrópole”, cidade dos mortos. “Aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível” (Prefácio da Missa dos fiéis defuntos). 9


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“Se vivemos, é para o Senhor que vivemos. Se morremos, é para o Senhor que morremos. E assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm 14,8-9). Mais importante do que viver ou morrer, é estar em comunhão com Deus: “Ele morreu por nós, para que acordados ou dormindo, vivamos com ele” (Ts 5,10). Os santos relativizam a vida corporal em vista da eterna: “Vivo sem viver em mim, e de tal maneira espero, que morro porque não morro… Vivo no Senhor” (Santa Teresa D’Ávila). “Ó morte, eu não sei quem pode temê-la, já que por ti, a vida se abre para nós” (São Pio de Pieltrecina). A morte é a via de acesso à vida plena, muito bem ilustrada na oração de São Francisco de Assis: “É morrendo que se vive para a vida eterna”. A morte abre as portas para a visão beatífica, para a comunhão com Deus. “Eu sou a ressurreição. Quem acredita em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25). 10

“Cheios de confiança, preferimos deixar a habitação deste corpo, para irmos habitar junto do Senhor” (2Cor 5,8). A doutrina da Igreja ensina que na morte há a separação alma e corpo e que os dois se reencontrarão no fim dos tempos no dia da ressurreição dos mortos: “Com a morte, a separação da alma e do corpo, o corpo cai na corrupção, ao passo que a alma, que é imortal, se encaminha para o juízo de Deus e espera unir-se novamente ao corpo quando ele ressurgir transformado na volta do Senhor”. A morte não é o fim, é Páscoa, passagem da morte para a vida. Assim como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos com Ele. Maria Santíssima sofreu com o seu filho morto nos braços, recém descido da Cruz, porém ao terceiro dia se alegrou com sua Ressurreição. Que a fé e a esperança na Ressurreição estejam sempre presentes em nossos corações. Novembro 2020


IGREJA EM AÇÃO

Semana de Formação da Escola Catequética Discípulos de Emaús

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e 03 a 06 de novembro aconteceu, pelos meios de comunicação da nossa diocese, a Semana de Formação da Escola Catequética Discípulos de Emaús, organizada pela comissão Bíblico-Catequética. Os assessores foram os padres Mauro Ferreira, Douglas Pinheiro e José Eduardo da Diocese de Osasco, e Pe. Boris Augustini – diretor da

Faculdade de Teologia da PUC/ SP. A missa de encerramento aconteceu no dia 7/11 na Catedral Santo Antônio celebrada por Dom João Bosco, estando presente Pe. Daniel Vitor – assessor diocesano da Catequese, Pe. Rafael Smocovitz, CRL, Pe Thiago Jordão, e também o seminarista Vinícius Soares, moderador da semana de formação.

Leilão Virtual em prol da Diocese de Pemba

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Conselho Missionária Diocesano (COMIDI) realizou dois leilões e dois bazares em prol a Diocese de Pemba. As quatro ações missionários arrecadaram mais de R$ 32 mil reais e possibilitará a manutenção de diversas frentes missionárias na diocese moçambicana. Agradecemos a todos os irmãos e paróquias que ajudaram nas doações dos prêmios, no compartilhamento da Live e nos lances.

Semana Ministerial 2020 aconteceu nas paróquias

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tradicional semana de formação para os ministros extraordinários aconteceu nas paróquias da diocese de 09 a 12 de novembro de 2020. Com o tema “Amizade com Deus gera a amizade social” os ministros são convidados a refletirem sobre os efeitos da pandemia no ministério e a recente encíclica do Papa Francisco “Fratelli Tutti”. O encerramento da Semana Ministerial foi no dia 13 de novembro com a Santa Missa presidida por Dom João Bosco, transmitida pelos meios de comunicação. Novembro 2020

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CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL

“Ser milagre de alegria cristã em meio as misérias” IR. NEUSA DA CONCEIÇÃO VALE Provincial da Congregação Filhas de Maria Missionárias

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om Helder Câmara, sempre atual, no seu poema “Missão é partir”, nos convida a assumir a missão na dimensão profética de Isaías e da “Igreja em saída”, sair de si e ir de encontro: “Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso eu... abrir-se aos outros como irmãos A missão é sempre um convite que Jesus faz particularmente a cada um e a cada uma de nós, na dinâmica da igreja discípula missionária. Abraçar o projeto de Jesus Cristo na disponibilidade de dar a própria Vida e servi-Lo, amando ao próximo: “Viu, teve compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), compromisso da Campanha da Fraternidade deste ano. A Congregação das Filhas de Maria Missionárias nasce deste convite evangélico de sair de si e cuidar da vida. Pe. Jacinto Bianchi (fundador), sacerdote apostólico, hoje Venerável, em 1875, lança às jovens da paróquia de Pigna, diocese de Ventimiglia-Italia, durante a homilia, um convite para ir à missão além fronteira. “Quem entre vocês está disposta em ir prestar 12

serviço às crianças, adolescentes e jovens sobreviventes da guerra no Orfanato em Belém-Palestina?”. Daí, três jovens da paróquia se colocaram disponíveis para a missão em Belém, e com o passar do tempo foram se organizando como Congregação, conforme as normas da Igreja. “O instituto começou, e seu programa está todo incluído no nome Missionárias de Propaganda “FiNovembro 2020


lhas de Maria”, nome que engloba fé e caridade, inteligência e coração, palavra e ação, compaixão e amor, a mulher e Deus (Pe.Jacinto Bianchi)”. Padre Jacinto Bianchi era um missionário apaixonado pela Palavra de Deus e dizia: “Sejais insaciáveis da Palavra de Deus”. Contemplava Deus como: “Bom, Belo e Alegre”. Era devoto e amante de Nossa Senhora Imaculada, e convidava as Irmãs Missionárias a “Serem no mundo um Raio da Luz de Maria Imaculada”. Na última Assembleia Capitular deste ano, nós Irmãs Filhas de Maria Missionárias nos colocamos na dinâmica da Palavra de Deus: “Eis-me aqui, envia-me”(Is 6,8), e comprometemo-nos a sermos na missão: “ Mulheres portadoras do Amor, geradoras de Vida, esticadoras de Sonhos, com Maria busquemos a defesa de toda Vida”. Com este programa, nós assumimos o compromisso de cuidar da vida, dentro de um contexto apontado pelos analistas como um dos mais violentos da Historia do Brasil. O chão da missão é desastroso e as últimas estatísticas nos fornece dados assustadores que revelam as consequências desta crise que assola a realidade do Brasil, concretizada particularmente nos corpos violentados e exterminados dos pobres e nas diversas formas de vida ameaçada pela exploração à natureza. Somos chamadas e Novembro 2020

enviadas a assumir profeticamente a defesa da vida a partir desta realidade cruel do mundo e particularmente do Brasil hoje onde: 15 pessoas morrem de desnutrição por dia; 7,2 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar; uma pessoa é vitima de homofobia a cada 16 horas; a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado; 75% por cento das vitimas de homicídios são pessoas negras; uma mulher é assassinada a cada duas horas vitima da violência; três crianças ou adolescentes são abusados sexualmente a cada hora ; o Brasil é a quarta maior população prisional do mundo, sendo 56% dos presos jovens, pobres e negros de 18 a 29 anos; a destruição da natureza e o envenenamento dos rios matando ribeirinhos, indignas e quilombolas, bem como toda a vida aquática, o desmonte dos direitos trabalhistas e políticas públicas, o descaso deste governo com nossas riquezas nacionais dadas aos bilionários com suas empresas nacionais e internacionais, a ameaça aos movimentos populares e instituições democráticas, o descaso com a saúde e a educação, o racismo, as milícias, o trafico e o poder das “Fake News”(notícias falsas), o avanço do agronegócios e a expulsão de famílias lavradoras para as favelas. Poderíamos elencar ainda tantas outras realidades que atingem a dignidade da vida e desafia nossa missão. 13


Diante desta conjuntura complexa e desafiadora, o Papa Francisco nos convoca para despertar e ativar a solidariedade e manter acesa a chama da esperança: “ O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar a ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. O Senhor desperta para acordar e reanimar a nossa fé pascal...Abraçar o Senhor para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança...o problema não é a tempestade presente, mas o modo como navegar na vida”. A Congregação das Filhas de Maria Missionárias, a exemplo de Maria tem a missão de ser Anunciadora da Boa Notícia entre os povos, tendo como destinatários da missão a Mulher e as Juventudes. É neste chão da missão, onde a vida é ameaçada e exterminada que nós somos chamadas como discípulas missionárias, a sermos presença do amor misericordioso de Jesus, e como dizia o nosso Fundador Pe. Jacinto Bianchi: “Sermos milagres de alegria cristã em meio as misérias que danificam a vida”.

ESPIRITUALIDADE

Sacramento da Divina Eucaristia IR. ANA PAULA, FPSS (TOCA DE ASSIS) Graduada em Filosofia e Bacharel em Teologia

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Eucaristia é o sacramento de todos os outros sacramentos. Isso porque é o próprio Cristo que está presente nas espécies do pão e do vinho, que na celebração da Missa se torna Corpo e Sangue de Cris-

to. A Eucaristia é a renovação do mesmo sacrifício de Cristo ocorrido no calvário. Se assim o entendermos saberemos dar a devida importância a este sacramento e não nos daremos o “luxo” de não o buscá-lo com a freqüência que a Igreja nos pede e a nossa alma mesmo sentirá a necessidade deste alimento sobrenatural deixado a nós pelo próprio Cristo, como alimento da viagem que é a vida neste mundo. 14

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PASCOM Nazaré

O Catecismo da Igreja Católica vai dizer que o sacramento da Eucaristia “é fonte e ápice de toda a vida cristã. Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, ligam-se à Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam” (§1324). Mas uma vez acentuamos, que isso porque a Eucaristia é o próprio Cristo. Na Última Ceia, Jesus mesmo se dar na Eucaristia. Foi Ele quem quis permanecer no nosso meio pelo sacramento Eucarístico, e assim Ele institui: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo-o abençoado, partiu-o e, distribuindo aos discípulos, disse: ‘Tomai e comei, isto é o meu corpo’. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-o a eles dizendo: ‘Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramaNovembro 2020

do por muitos para a remissão dos pecados’” (Mt 26,26-28). Ao longo da História da Igreja este sacramento foi sendo melhor compreendido e melhor explicado aos fiéis. Nos seus primórdios ainda não era conhecido por eucaristia, mas sobretudo, como fração do pão e foi sendo reconhecido por uma variedade de nomes que tentavam expressar a riqueza de seu conteúdo e essência. O Catecismo da Igreja Católica apresenta oito nomes para este sacramento: Eucaristia, Ceia do Senhor, Fração do Pão, Assembléia Eucarística, Memorial da Paixão e Morte do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Comunhão e Santa Missa. Destes, dois aparecem no Novo Testamento: Ceia do Senhor e Fração do Pão. Os outros vão sendo introduzidos na medida em que vai crescendo a consciência da Igreja sobre a realidade do sacramento. Pela Eucaristia Deus na sua infinita bondade cumpre suas promessas de que não nos deixaria só, mas estaria sempre conosco até o fim dos tempos. Nela, Deus santifica os homens pelo culto que estes lhe prestam. A Eucaristia é uma grande prova do amor de Deus por cada homem e mulher, já que diariamente desce nas mãos dos sacerdotes para estar realmente presente em vista de nos salvar e nos remir. Aproveitemos deste sacramento para deixarmos que o Senhor nos transforme Nele e nos fortaleza na comunhão com os irmãos e irmãs. 15


PAPA FRANCISCO

Estende a tua mão ao pobre (Sir 7, 32) Trechos da mensagem do Papa pelo IV Dia Mundial dos Pobres

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a realidade, a Palavra de Deus ultrapassa o espaço, o tempo, as religiões e as culturas. A generosidade que apoia o vulnerável, consola o aflito, mitiga os sofrimentos, devolve dignidade a quem dela está privado, é condição para uma vida plenamente humana. É verdade que a Igreja não tem soluções globais a propor, mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de partilha. Além disso, sente-se obrigada a apresentar os pedidos de quantos não têm o necessário para viver.

Esta pandemia chegou de improviso e apanhou-nos impreparados, deixando uma grande sensação de desorientamento e impotência. Mas, a mão estendida ao pobre não chegou de improviso. Antes, dá testemunho de como nos preparamos para reconhecer o pobre a fim de o apoiar no tempo da necessidade. A Virgem Maria conhece de perto as dificuldades e os sofrimentos de quantos estão marginalizados, porque Ela mesma Se viu a dar à luz o Filho de Deus num estábulo (...) a Sagrada Família conheceu a condição de refugiados. Vatican News

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