Dezembro de 2017 | Ano XXVIII
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No 248
Natal: O Verbo se fez carne e habitou entre nós PÁG. 06
VOZ DO PASTOR
ORDENAÇÕES
TESTEMUNHO DE FÉ
A Família que é modelo do Ano do Laicato
PÁG. 05
RETROSPECTIVA
A história e os milagres de Frei Galvão
PÁG. 04
Conheça os novos membros do clero diocesano
PÁG. 03
2017: ano de progresso e muitas graças
PÁG. 09
EDITORIAL
BIO
Caro leitor...
Nomeações do Clero
E
stamos encerrando mais um ano e direcionamos nossas expectativas para o novo que vem. Fica a pergunta: qual o motivo de continuarmos nossa missão sem que seja uma sucessão de acontecimentos? Qual é o fundamento da nossa realização de vida? O Tempo do advento nos interpela a isso, porém apresenta algumas respostas que permitem esclarecer que somos o povo da Esperança. O motivo de nossa alegria está na Revelação de Nosso Senhor, que recupera nossas forças e reacende o desejo da vitória. Permite que mesmo estando envolto de sofrimentos – injustiça, criminalidade, fome, guerra, discórdia - o nosso coração se abre para acolher e exultar de alegria pela presença do Senhor. Ele renovará nossos anseios, e abrirá as portas da Salvação, com “alegria iremos aos mananciais da Salvação.” (Is 12). Por que haveremos de temer, se o Senhor está em nosso meio. Ele não nos desampara, nem nos abandona. É o Emanuel “Deus conosco” dando novos motivos para sonharmos. Isto nos estimula a proclamar uma Boa-nova, um novo acontecimento, reacender esperanças, apresentando motivos: que “nossa vida tem sentido! ” O que precisamos fazer para sermos felizes? O que é felicidade? Cristo apresenta três princípios para descobrirmos o sentido dessas respostas: 1) generosidade (caridade) que vence o egoísmo que é o grande empecilho para relações mais fraternas; 2) pureza de coração pois, nossas intenções não podem apropriar a dignidade da vida de ninguém, e assim, jamais podemos impor algo que não seríamos capazes de dar testemunho; 3) autenticidade que se refere a profunda sinceridade naquilo que desejamos. Ser sincero é algo fundamental em um contexto social cada vez mais condicionado a conveniências – que limitam nossas relações e menosprezam nossa identidade cristã. É ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14) como pede o lema do ano do laicato. Sabemos que o Senhor virá e vigilantes estamos preparando sua colheita. Não temos motivos para estarmos tristes. Não há razão maior que possa retirar da fisionomia dos seguidores de Jesus a alegria. A graça de Deus é muito maior que nossos problemas. Não vamos perder tempo aborrecidos, conformados com uma vida fria e sem graça. Alegremos no Senhor, pois o Senhor está próximo e vem nos salvar. Feliz Natal e abençoado 2018! Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO
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o dia 23 de novembro de 2017, durante a Formação Permanente na Casa Imaculado Coração de Maria em Ibaté/SP, Dom João Bosco juntamente com o Colégio de Consultores Diocesanos comunicaram as novas mudanças do clero diocesano.
São João Batista/ Rochdalle. Diácono Eduardo Sobrinho – Paróquia São Pio X/ Cotia. Diácono Leonardo Sousa – Catedral Santo Antônio/ Osasco. Diácono Franklin Bruno – Paróquia São José/ Mairinque. Diáconos Dênis Mendes e Rafael Santana sairão em missão para Pemba, na África, em São elas: Pe. Luiz Rogério – pároco Paróquia Nossa fevereiro de 2018. Senhora das Graças/ Carapicuíba. Pe. Cleiton Jorge ocupará a função de viPe. Ricardo Rodrigues – vigário Catedral gário na Paróquia São Lucas Evangelista em Santo Antônio/ Osasco. Carapicuíba. Pe. Luiz Roberto – Paróquia Nossa das Nossas comunidades são convidadas a Dores/ Ibiúna. oferecerem aos presbíteros e diáconos todo Pe. Alexandre Maluza – vigário Paróquia o apoio e orações.
Assembleia diocesana PASCOM Diocesana
Dom João Bosco deu as boas-vindas aos participantes da assembleia
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ealizou-se no dia 11 de novembro na Catedral Santo Antônio, em Osasco, a Assembleia Diocesana que reuniu as lideranças diocesanas, regionais e paroquiais da Diocese de Osasco. O objetivo da assembleia foi o estudo dos documentos 105 (Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade) e 107 (Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom João Bosco Barbosa fez a abertura do encontro enfatizando que a Igreja, nascida na missão, é enviada ao mundo como sinal da presença de Jesus. As explanações dos documentos foram desenvolvidas por Nilso Filgueiras, membro da executiva da Região Cotia, um dos representantes da diocese na Assembleia das Igrejas. Pe. Daniel Bispo da Cruz, Secretário Diocesano de
Pastoral, apresentou uma retrospectiva e avaliação do ano de 2017. Entre os apontamentos, o padre anunciou a criação de três regiões pastorais: São José Operário, Itapevi e Ibiúna. Está prevista para o dia 03 de fevereiro de 2018 uma assembleia regional, na qual serão apresentados os candidatos para representantes e coordenadores das novas regiões. A animação do encontro e a equipe de apoio da organização estiveram a cargo dos seminaristas da Casa de Teologia do Seminário São José. Redação BIO
Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Supervisão: Pe. Ricardo Rodrigues Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Walkyria Aparecida do Rosário Diagramação: Ir. Bruna Aparecida Rocha, MJS
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Jornalista: Daniela Nanni Colaboração: Pe. Flávio Silva dos Anjos, Sem. Dênis Mendes, Sem. Thiago Jordão, Sem. Vitor Kano, Carol Gonzaga E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 | (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br
Dezembro de 2017
ORDENAÇÕES
BIO
Presbiteral
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PASCOM Diocesana
ela imposição das mãos de Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa, ofm, o diácono Cleiton Jorge Cordeiro Evangelista foi ordenado presbítero no dia 08 de dezembro às 20h, também, na Catedral Santo Antônio. Saiba mais sobre o neo-sacerdote Cleiton Jorge
Nasceu em 11 de agosto de 1984 e ingressou no Seminário em 11 de fevereiro
de 2008. Sua paróquia de origem é a São Lucas Evangelista em Carapicuíba – SP. Cleiton Jorge passou pelas paróquias: Paróquia São José – Vila São José – Região Bonfim, Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Tijuco Preto) – Região Cotia, Paróquia Cristo Rei – Região Bonfim e Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus e São Roque – Região São Roque. Seu lema de ordenação presbiteral é: “Vitória é o que vem depois da cruz”.
Diaconal
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com imensa alegria que nossa diocese se reuniu no dia 01 de dezembro para a ordenação diaconal de cinco seminaristas. A missa solene aconteceu na Catedral Santo Antônio. Breve histórico dos ordenandos
Diác. Dênis Aparecido Mendes Pereira Filho de José Pereira Neto e Fátima Augusto Mendes Pereira, nasceu em 12 de junho de 1990 e ingressou no Seminário São José em fevereiro de 2009. Sua paróquia de origem é Paróquia Imaculada Conceição de Caucaia do Alto – Cotia. Dênis passou pelas Paróquias São Francisco de Assis, Carapicuíba; Nossa Senhora Aparecida, Piratininga-Osasco; Nossa Senhora da Escada, Barueri; Nossa Senhora Aparecida, Amador Bueno – Itapevi; Paróquia Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo, Portão – Cotia. Neste Ano Pastoral, foi designado para realizar assessoria diocesana da Pastoral da Saúde. Seu lema diaconal é: “Serás profeta do Altíssimo, ó menino” (Lc 1,76). Diác. Eduardo de Souza Sobrinho Filho de João Manoel Sobrinho e Ana Maria de Souza Sobrinho, nasceu em 08 de setembro de 1990 e in-
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gressou no seminário em 09 de fevereiro de 2009. Sua paróquia de origem é a São José na Vila São José em Osasco. Eduardo passou pelas paróquias: Paróquia São Luís Gonzaga no Jd. Villaça, Paróquia Espírito Santo no Jardim das Flores e Paróquia São Francisco de Assis (Cidade Ariston) – Região Carapicuíba. Seu lema diaconal é: “Sou ministro do Evangelho pela Graça do Senhor”. (Ant1. II – Vésperas, comum dos pastores).
Diác. Franklin Bruno Costa Filho de Pedro Costa e Fátima Faria Costa, nasceu em 23 de maio de 1989, ingressou no seminário em 09 de fevereiro de 2009, sua paróquia de origem é a São Paulo da Cruz, Santo Antônio em Osasco. Franklin passou pelas paróquias São José em Mairinque, Santa Rita de Cássia em Carapicuíba, Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo em Cotia e paróquia São José Operário, Munhoz Junior – Região Bonfim. PASCOM Diocesana
Na foto, da esquerda para direita, diácono Rafael, diácono Leonardo, diácono Franklin, Dom João Bosco, diácono Dênis e diácono Eduardo
Seu lema diaconal é: “O Amor não é amado” (São Francisco de Assis). Diác. Leonardo Sousa dos Santos Filho de Heleno Martins dos Santos e Josefa Sousa dos Santos, nasceu no dia 14 de março de 1988 em Araruna – PB. Ingressou no Seminário Propedêutico Santo Antônio no dia 9 de fevereiro de 2009. Realizou seus estágios pastorais nas paróquias: Cristo Ressuscitado – Carapicuíba, Nossa Senhora de Nazaré – São Paulo, Santa Teresinha do Menino Jesus – Osasco e Paróquia São Roque em Carapicuíba. Seu lema diaconal é: “Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele a glória por toda eternidade”. (Rm 11,36). Diác. Rafael Ferreira de Santana Filho de Solon Carneiro de Santana e Adriana Ferreira, nasceu no dia 26 de maio de 1986 em Taboão da Serra/SP. Ingressou no seminário em 2009. Sua paróquia de origem é Paróquia Santa Cruz de Ibiúna. Rafael passou pelas paróquias Santa Terezinha, Ibiúna; Nossa Senhora das Dores, Ibiúna; São Roque, Carapicuíba; /Santa Rita, Carapicuíba; São José, Osasco; Santa Cruz, Barueri e São José, Mairinque e Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat em Cotia. Lema Diaconal é: “Minha vida ninguém toma, eu a dou livremente” (Jo 10, 18).
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TESTEMUNHO DE FÉ
BIO
Frei Galvão: inspirando paz e caridade há mais de 250 anos
Arquivo pessoal
“E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. (Mateus 25,40)
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ada melhor que o clima natalino para nos inspirarmos em pessoas que foram exemplos de caridade, bondade e doação ao próximo. Emergido do meio do povo, Frei Galvão – o 1º santo brasileiro – foi assim: seguidor dos ensinamentos de Jesus, defensor dos pobres e não se calou frente às injustiças sociais de sua época. Natural de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, Santo Antônio de Santana Galvão nasceu em 1739 e foi canonizado em 2007, 185 anos após a sua morte. Escolheu servir a Deus ainda muito jovem, aos 16 anos, tornando-se noviço. Ele queria ser jesuíta, mas as perseguições contra essa ordem religiosa – instaurada pelo português Marquês de Pombal – fez com que seguisse o conselho do pai e se tornasse franciscano, no Rio de Janeiro. Pombal acusava os jesuítas de apoiar os indígenas na resistência contra Portugal e, assim que pôde, os expulsou do país.
Escutando a voz de Deus Frei Galvão foi muito dedicado em tudo o que fez. Brilhante estudante de ciências destacou-se na construção civil ainda na adolescência. Defensor da liberdade religiosa por toda a sua vida, entrou para a Academia Paulista de Letras, visto ser compositor de pe-
ças poéticas de cunho religioso e patriótico. Após ser ordenado padre com apenas 23 anos, foi transferido para o Convento de São Francisco, em São Paulo. Em 1768 foi nomeado confessor, pregador e porteiro do convento – cargo muito relevante na época – recebendo o título de "Novo Esplendor do Convento". No ano seguinte, Frei Galvão tornou-se confessor no Recolhimento de Santa Teresa (de Ávila), em São Paulo. Lá, conheceu a Irmã Helena Maria, que dizia receber um pedido de Jesus: a fundação de um novo Recolhimento. Esse, então, tornou-se o seu maior feito e seguindo a vontade de Deus, construiu o Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz - mais conhecido como Mosteiro da Luz (tombado em todas as instâncias principais brasileiras e, também, pela UNESCO). Por isso, é reconhecido como Patrono da Construção Civil e recebeu o título de 1ª Arquiteto Brasileiro, concedido pelo CREA-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo).
Devoção à Nossa Senhora “Pos partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós)”. Foi com esse PASCOM São Frei Galvão
O dia de Frei Galvão é comemorado em 25 de outubro (Paróquia Frei Galvão - Vargem Grande Paulista/2017).
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Ofício da Santíssima Virgem, escrito em um pequeno papel, que Frei Galvão ajudou uma gestante, em vias de ter um parto complicado com risco de morte. Ela ingeriu a pequena pílula de oração e tanto ela quanto o seu bebê foram salvos. Em outra ocasião, um jovem também ingeriu as pílulas feitas por Frei Galvão e foi salvo de cálculos na vesícula, que provocavam fortes dores na ocasião. Assim nasceram as pílulas milagrosas, que desde então são muito procuradas pelos seus devotos.
Testemunhos em Vargem Grande Paulista Felizes são os que recorrem, em socorro às suas aflições, ao santo brasileiro. Em todas as partes do Brasil e do mundo são inúmeros os casos de cura. As pílulas milagrosas são entregues no Mosteiro da Luz, todos os dias. Também podem ser encontradas na cidade de Guaratinguetá, no Santuário Frei Galvão. Com a distribuição das pílulas após a Santa Missa, todo dia 23 de outubro, a Paróquia Frei Galvão de Vargem Grande Paulista (pertencente à Diocese de Osasco) também soma centenas de milagres atribuídos ao seu padroeiro. Lara com 5 anos de idade é um deles. Ela foi curada de uma puberdade precoce após sua mãe ter feito a novena de Frei Galvão e sem qualquer intervenção médica. Maria José aos 75 anos, por sua vez, ingeriu as pílulas e foi curada de uma hérnia umbilical e de uma hemorragia intestinal. E no ano de 2012, Daniela teve o seu coração curado de uma arritmia cardíaca que já perdurava por 10 anos e pôde ter seu maior desejo realizado: ser mãe. “Clara já vai completar 4 anos e é uma bênção em nossas vidas. Devo a graça da maternidade a Nosso Senhor Jesus Cristo e a Nossa Senhora, por intercessão de Frei Galvão e do beato Frei Maria Eugênio do Menino Jesus”, contou Daniela. E é de se notar que Frei Galvão sempre teve um apreço especial pelas gestantes. O primeiro milagre do santo, reconhecido para o processo
Na foto, Daniela com sua filha Clara, que completará 4 anos de idade
de canonização, foi a cura de uma gestante que morava há quilômetros de distância, cujo marido tinha ido buscar socorro no Mosteiro da Luz. O franciscano atendeu-a em confissão, em sua casa na fazenda, e abençoou a água que ela bebeu. Seu marido, ao retornar, encontrou a gestante livre de todo o perigo e muito calma. Foi relatado pelo guardião do mosteiro que o Frei não havia saído naquela noite. Interrogado a respeito, ele respondeu: "Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive". A bilocação foi constante em sua vida, e ele se fazia presente em dois lugares ao mesmo tempo para cuidar de pessoas com enfermidades diversas. Homem de intensa oração, tinha outros dons sobrenaturais como a telepatia, telepercepção, clarividência e levitação. Vindo a falecer poucos meses após a Independência do Brasil e a apenas um dia da véspera do Natal de 1822, Frei Galvão parou São Paulo. Centenas de pessoas queriam se despedir dele no Mosteiro da Luz, onde se encontra sepultado. Desejosos de ter uma relíquia sua, cortaram suas vestes até a altura dos joelhos, enquanto outros levavam embora as pedras de sua lápide. Inspirados pela vida e obra de Frei Galvão, enfim, sejamos como ele: caridosos, defensores da Imaculada e cheios do Espírito Santo! “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizestes. Peço-Vos, por tudo que fez e sofreu o Santo Antônio de Santana Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. Amém.” Daniela Nanni Redação BIO Dezembro de 2017
VOZ DO PASTOR
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BIO
A família que é modelo do Ano do Laicato
s festas de fim de ano nos colocam diante do presépio. Um casal de migrantes, rejeitado pelos moradores da cidade, se ajeitam como podem para deixar nascer seu bebê. Não é só o Natal, mas também a festa da Sagrada Família e também as leituras do evangelho da infância de Jesus, tudo isto nos faz contemplar o mistério dessa Família Santa. Motivados pelo Ano do Laicato, Maria e José aparecem como leigos, para nos fazer compreender o sentido deste ano todo especial. Não é sem razão que a Sagrada Família foi escolhida para simbolizar, no cartaz e no estandarte, o ano dedicado aos leigos.
CNBB
Jesus era leigo? Todos sabemos que Jesus é e será sempre o eterno sumo-sacerdote. Porém em sua vida terrena, não pertencia à classe sacerdotal. Nunca foi ministro do Templo. Era leigo, neste sentido. Pode sim, dentro da Sagrada Família, representar os leigos de maneira perfeita. Ele encarna o jovem, de família pobre, dedicado às coisas de Deus, seu Pai. E dedicar-se às coisas de Deus não significa estar ausente do mundo. Fiel à sua missão vai assumir seu papel na sociedade da época, com uma presença profética, transformadora, dedicada e responsável, até a morte. Foi chamado de “filho do carpinteiro”, porque de fato exerceu essa profissão.
Maria e José, leigos fiéis De Maria, aprendemos muito durante o Ano Mariano. Ela nos acompanhou em nossas celebrações e peregrinações. Peregrinando
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conosco, ela visitou escolas, presídios, repartições públicas, hospitais. Como leiga fiel, aprendemos com ela a ser serva perfeita do Pai. “Faça-se em mim” a vossa Palavra. Como mãe de família, é exemplo vivo para que leigos e leigas assumam a vida familiar como ambiente apropriado para o crescimento da fé, para alimentar o amor e as virtudes cristãs que serão depois partilhadas na Igreja e na sociedade. Leiga cons-
ciente e profética sabe denunciar a arrogância dos prepotentes e confia naquele que desbanca os poderosos para dar lugar aos humildes. E de José, podemos invocar o exemplo do pai perfeito, protetor de sua família, trabalhador justo, de oração profunda e compreensão obediente da vontade do Pai. Ninguém melhor do que este casal santo e seu Filho Santíssimo para nos acompanhar neste precioso Ano do Laicato.
Comemorar e crescer São 30 anos passados desde o Sínodo do Laicato, que nos deu a clarividente Exortação “Christifideles Laici” pelas mãos do Santo Papa João Paulo II. A luz que brilhou para o Laicato desde o Concílio Vaticano II teve sua expressão pastoral nesta Exortação. Porém ainda estamos longe de compreender toda a riqueza de comunhão e partilha que deve existir entre o clero e os leigos. Há que clarear a riqueza da graça batismal que une a ambos. Favorecer a autonomia do Laicato, sempre em comunhão com os pastores. Um laicato maduro e presente na sociedade e no mundo não acontece sem intensa e comprometida formação para a missão. Neste ponto quero acolher com muito entusiasmo e esperança a escolha feita em nossa Assembleia Diocesana deste último mês de novembro, de duas linhas principais de ação diocesana: a) um projeto diocesano de intensa formação do laicato, que deve envolver o clero e as lideranças, para chegar a todos os leigos e leigas; b) o abraço definitivo e comprometido do ideal missionário, internamente na diocese, e também junto às frentes missionárias do Amazonas (Missão Norte 1- Sul 1) e a Missão em Moçambique, onde teremos dois diáconos missionários. Que a Sagrada Família nos inspire e proteja. Um Natal feliz e um Ano Novo abençoado a todos. Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco Blog: dbosco.org Instagram: @d.freibosco
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FORMAÇÃO PERMANENTE
BIO Imagem da Internet
Natal de nosso Senhor Jesus Cristo “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de seu agrado” (cf. LC 2,14)
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a Solenidade do nascimento de Jesus Cristo, nosso Senhor, celebramos o cumprimento das Escrituras: o Deus invisível em sua divindade que se torna visível em nossa carne, assumindo a condição humana. Jesus, “gerado antes dos tempos, entrou na história da humanidade para erguer o mundo decaído, restaurando a integridade do universo”, possibilitando ao ser humano ser redimido e introduzido no Reino dos Céus. Jesus, na Encarnação “assume nossa fraqueza”, dando uma incomparável dignidade à natureza humana. Quando olhamos para o presépio nos deparamos com a graça de Deus
que se fez criança, vemos o Verbo divino encarnado, habitando entre nós, por isso, viver o Natal do Senhor é motivo de alegria, pois presenciamos o nascimento da própria Vida, celebrando a primeira vinda de Jesus Cristo, esperançosos da sua segunda. A figura de Jesus Menino nos traz uma inversão de valores, pois “desde o seu nascimento, Jesus não pertence àquele ambiente”, Ele é, “precisamente, um homem irrelevante e sem poder que Se revela como verdadeiramente Poderoso, como Aquele de quem, no final das contas, tudo depende”. Celebrar o Natal, portanto, não é celebrarmos o aniversário de Cristo, pois não se é uma celebração do passado, de algo que ficou para trás, mas, pela Liturgia, celebramos o Senhor do tempo e da eternidade, tornando-se presente o mistério salvífico de forma atual e atuante: “Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo-Senhor” (Lc 2,11) “Jesus Cristo, Deus Eterno e Filho do Eterno Pai,
querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é Emanuel, Deus Conosco! Glória a Deus nas alturas!”
Epifania do Senhor “Vimos a sua estrela no oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor” (cf. MT 2,2) A Liturgia que antecipa o Tempo do Natal nos fala a respeito de uma preparação para as “festas que se aproximam”, que são compreendidas em cinco: 1) a Natividade (Natal); 2) a Sagrada Família; 3) a Santa Maria Mãe de Deus; 4) a Epifania; e 5) o Batismo do Senhor, que fecha o “Tempo Natalino”. Todas estas festas, cada uma com um aspecto próprio, celebram um só Mistério: o Verbo Eterno que fez-
-Se verdadeiramente homem em Maria, a Virgem, para que, assumindo a nossa condição humana salvasse a humanidade. Há ainda mais uma festa que não pertence ao Tempo do Natal, mas está ligada ao ciclo do Natal: a Apresentação do Senhor, no dia 2 de fevereiro. “Na mesma região [do nascimento de Jesus] havia uns pastores que estavam nos campos e que durante as vigílias da noite montavam guarda a seu rebanho. O Anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor envolveu-os de luz” (Lc 2,8-9). As primeiras testemunhas do grande acontecimento são pastores que estão de vigia, eles representam “os pobres de Israel, os pobres em geral: os destinatários privilegiados do amor de Deus”. Podemos ainda associar a presença dos pastores que foram até o Menino Deus com a Imagem da Internet
pessoa de Davi que “vem do meio das ovelhas que apascenta e é constituído pastor de Israel” (cf. 2Sm 5,2). Segundo a profecia de Miqueias de “Belém sairia aquele que havia de apascentar um dia o povo de Israel”, portanto, Jesus nascendo entre os pastores, nos mostra que “Ele é o grande Pastor dos homens (cf. 1Ped 2,25; Heb 13,20). Vivenciarmos a Epifania do Senhor significa celebrarmos a sua manifestação gloriosa diante de todos os povos representados pelos “magos vindos do Oriente” (cf. Mt 2,1) que lhe trouxeram ouro (que “apontaria para a realeza de Jesus), incenso (mostrando que Ele é o Filho de Deus) e mirra (associando-se com o mistério da Paixão). Os magos representam os povos não-judeus, eles são uma prefiguração de que a Boa Nova, o Evangelho de Cristo devia ser anunciado a todos os povos e nações, a judeus (representados pelos pastores) e a pagãos (representados pelos magos). Celebramos, portanto, a revelação do mistério do Filho de Deus Encarnado “como luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação” e o cumprimento da promessa feita a Abraão: “por ti serão abençoados todos os clãs da Terra” (Gn 12,3). Hoje também somos convidados a nos deixar guiar pela Luz do próprio Cristo Jesus, pois Ele a manifestou para nós, assim como manifestou sua Luz aos magos, portanto, também nós devemos “adorá-lo e presenteá-lo com nossos melhores dons: o ouro das nossas boas obras, a mirra do nosso coração e o incenso do nosso amor”. Assim como na oração pós-comunhão feita na Missa da Solenidade da Epifania do Senhor, peçamos também nós: “Ó Deus, guiai-nos sempre e por toda parte com a vossa luz celeste, para que possamos acolher com fé e viver com amor o mistério de que nos destes participar. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”. Seminarista Thiago Jordão
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EVENTOS DIOCESANOS
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Encontro Diocesano de Coroinhas
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a manhã do dia 12 de novembro, aconteceu o Encontro Diocesano de Coroinhas deste ano, no Colégio Misericórdia em Osasco. A manhã iniciou-se com uma meditação sobre a importância de adorarmos Nosso Senhor Jesus Cristo presente na Santa Eucaristia, seguida da Adoração ao Santíssimo Sacramento conduzida pelo padre Luiz Rogério Gemi. Houve também um belo testemunho dado pelo seminarista José Júnior sobre a importância do serviço de cada coroinha. Em seguida, as crianças dividiram-se em grupos variados, para refletirem a partir de passagens bíblicas, sobre a vida de Nossa Senhora e sua importância como aquela que nos aponta o Senhor, e mais, como aquela que soube ser fiel ao serviço que Deus lhe confiou.
Valéria Moreira
Seminarista Vitor Kano
Semana dos Ministérios Ministérios, sociedade pós-moderna, que lugar ocupamos?
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semana ministerial é um meio oportuno para a formação, esclarecimentos e espiritualidade daqueles que exercem as funções dos ministérios extraordinários em nossa diocese. Cada ano estudamos um tema que nos convida a profundidade de nossas ações, somos convocados para a superação da superficialidade e artificialidade do ofício assumido. Esse ano, de modo particular, nos debruçamos sobre o documento 105 da CNBB lançado por ocasião do ano do Laicato no Brasil, a começar na festa de Cristo Rei, 26 de novembro 2017 e a se encerrar 25 de novembro de 2018. Com tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade” Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt, 5,13-14). Para o estudo do documento 105 lançou-se uma pergunta à luz do tema e do lema do ano dos batizados: Que lugar ocupamos nessa sociedade dita pós-moderna? Pelo batismo nos tornamos luz do mundo, mas se existem tantos batizados porque nos dias de hoje a vida anda tão salgada de um lado (extremismos) e tão sem sal do outro (laxismo)? O documento 105 nos apresenta um
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Após a apresentação das partilhas em grupo, homenageamos a Virgem Aparecida nestes 300 anos de bênçãos, com uma linda consagração de todos os coroinhas a Nossa Senhora. Por fim, o encontro encerrou-se com a Santa Missa presidida pelo padre Marcelo Fernandes, o qual ressaltou em sua homilia, a necessidade de sermos previdentes como as jovens da parábola do Evangelho, e desde já, nos prepararmos diante de todas as dificuldades, para nosso encontro pessoal com Deus no céu: a santidade. No final da missa, passou-se uma mensagem deixada por Dom João Bosco aos coroinhas demonstrando o precioso valor deste serviço apostólico realizado por estas crianças e jovens.
estudo da realidade e aponta caminhos para uma vida cristã fecunda. Os temas aprofundados foram: 1º dia - Tema e lema do documento. 2º dia - Cristão leigo, sujeito na igreja e no mundo: esperanças e angústias. 3º dia - Contradição do mundo globalizado. 4º dia - Sujeito eclesial: discípulos, missionários e cidadãos no mundo. 5º dia - Mundanismo espiritual e os areópagos modernos. A proposta não foi esgotar o tema, mas a partir desse instrumento (documento) repensar a nossa ação como cristão na comunidade doméstica, paroquial e social. Os dias não têm sido fáceis, a escuridão tem se manifestado, os batizados, de modo especial os ministros extraordinários, precisam se manifestar como sal e luz em meio a essa densa nuvem. A semana ministerial tem sido o lugar onde os ministros cuidam e cultivam o dom que Deus colocou em suas mãos. Em todas as regiões a participação é grandiosa e por isso louvamos e bendizemos a Deus por tantos ministros em nossa diocese. Os remédios para curar as feridas abertas é o Evangelho de Nos-
so Senhor Jesus Cristo, a família tal como Deus sonhou e a caridade àqueles que vivem na escuridão de suas vidas por não conhecerem a luz do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo. “Eu sou a Luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá luz da vida” ( Jo 8,12 ). Assim sendo, os ministros iluminados por Cristo, iluminarão aqueles a quem visitam, assistem, conso-
lam e distribuem a Eucaristia, para o louvor de Deus e o bem do homem. A Semana Ministerial aconteceu de 06 a 11 de novembro nas regiões pastorais. Ao longo dos encontros nosso bispo Dom João Bosco visitou os núcleos de formação. Pe. Flávio Silva dos Anjos Assessor Diocesano dos Ministérios PASCOM Diocesana
Missa de Encerramento da Região Carapicuíba - Paróquia São Lucas Evangelista
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IGREJA EM AÇÃO
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Missa Diocesana da Solenidade de Cristo Rei do Universo PASCOM Diocesana
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Igreja particular da Diocese de Osasco se reuniu no dia 26 de novembro para celebrar pelo Dia De Cristo Rei, no Ginásio de Esportes José Liberatti, em Osasco, SP. A solenidade, presidida por D. João Bosco, bispo diocesano também foi o encerramento do ano litúrgico e a abertura oficial na Diocese pelo Ano Nacional do Laicato. Concelebraram D. Ercílio Turco, bispo emérito e Monsenhor Claudemir. Conforme bem lembrou D. João, esta celebração foi instituída em 1925, por Pio XI, para celebrar a verdade na nossa fé, na comemoração de mil e quatrocentos anos do Dogma de Nicéia, em que Jesus Cristo é proclamado Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus Verdadeiro. Com o objetivo de celebrar um Deus que veste a nossa carne e dá a lição mais expressiva do amor, sua morte na cruz e está entre nós, Ressuscitado, com seu cajado de Pastor para cumprir as palavras do profeta “Eu mesmo vou cuidar do meu rebanho”. Com mais de cinco mil pessoas presente no ginásio, o bispo salientou que este é um momento em que
se faz necessário resumir todo o ano litúrgico que passou e do mistério pascal, onde se compreende mais a presença de Jesus Cristo Vivo, que é o Bom Pastor e Rei do Universo. Não se trata de um rei com ares de tirano, afirma, mas um Rei que fez do seu trono a cruz. A missa foi a abertura do Ano do Laicato, onde a Igreja tem o anseio de reconhecer o verdadeiro papel dos leigos e leigas na vida da comunidade. O batismo nos dá a dignidade de pertencer ao Corpo Vivo e Presente do Cristo, o Rei, não há diferença de importância entre clero e leigos, cada um tem a sua riqueza própria de sua vocação. Será um ano de formação e de espírito missionário, abraçando de coração a missão em duas frentes: na Amazônia e em Moçambique, além das visitas pastorais pelas paróquias da diocese. Também foi o momento de renovação das promessas batismais. Após a missa houve shows com a banda Arkanjos e Pe. Rodrigo, Pe. Antônio Maria e a benção do Santíssimo. Carol Gonzaga Pascom Diocesana
Identidade e dignidade da vocação laical
O
s cristãos leigos e leigas são portadores da graça batismal, participantes do sacerdócio comum, fundado no único sacerdócio de Cristo. Nesse sacerdócio se baseia a fraternidade, a irmandade, a dignidade de todos na Igreja enquanto única família de Deus, recebem, pois, o caráter sacramental que os diferencia dos não batizados. Vivem esse sacerdócio na oferta de si mesmos ao Senhor, na participação dos sacramentos, sobretudo a Eucaristia, na vivência das virtudes, na ação evangelizadora, na constante busca de conversão e de santificação. O martírio é a consumação desse sacerdócio. “Oferecei vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual” (Rm 12,1). O sacerdócio batismal concede direitos na igreja. Dentre outros, lembramos alguns: associar-se em movimentos de espiritualidade e de apostolado, conhecer a fé, participar dos sacramentos, manifestar-se e ser ouvidos em questões de fé, cooperar na edificação do povo de 8
Deus, educar os filhos na fé cristã. Aos direitos acrescentam-se os deveres: participar do múnus profético, sacerdotal e real-pastoral de Cristo, colaborar com os pastores na ação evangelizadora, dar testemunho do Evangelho em todos os ambientes. Para o exercício desses direitos e deveres, nunca deveria lhes faltar a ajuda dos ministros ordenados. De fato, o documento Ecclesia in America assevera: “É necessário que os leigos se conscientizem de sua dignidade de batizados e os pastores tenham profunda estima por eles. A renovação da Igreja na América Latina não será possível sem a presença dos leigos; por isso, lhes compete, em grande parte, a responsabilidade do futuro da Igreja”. Foi para fortalecer o sacerdócio comum dos fiéis que o Senhor previu o sacerdócio ministerial, conferido a alguns batizados pelo sacramento da Ordem. Documento 105 - Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade (2.1 - O sacerdócio Comum n. 110 e n.111)
Ano Nacional do Laicato Cristãos leigos e leigas, sujeitos na “Igreja em saída”, a serviço do Reino.
Sal da Terra e Luz do Mundo. Dezembro de 2017
RETROSPECTIVA 2017
BIO
No ano de 2017 foram dados passos importantes para a vida pastoral do clero e dos leigos da Diocese de Osasco. Foram iniciativas relevantes que, certamente, irão refletir positivamente nas diversas realidades e rostos de nossa igreja diocesana. Ainda resta muito a fazer, mas já podemos agradecer a Deus pelas bênçãos e graças derramadas. Relembramos aqui, alguns momentos marcantes vividos durante este ano.
Março
Maio
Inauguração do Instituto Teológico Pastoral 04 de março
Romaria Diocesana (encerramento da peregrinação de N. Sra. Aparecida) 06 de Maio
Junho
Junho
Semana Diocesana de Formação da Pastoral Familiar 19 de junho
Julho
Ordenação Diaconal: Diácono Cleiton Jorge 24 de junho
Julho
Missão COMISE/ COMIDI - Alumínio 11 de julho
Jornada Missionária Catequética – Itapevi 22 de julho Dezembro de 2017
Instituição dos Ministérios de Acólito e Leitor 30 de junho
Instalação da Paróquia São Judas Tadeu 8 de julho
Setembro
Novembro
Ordenação Presbiteral - Pe. Luiz Roberto e Pe. Ricardo 23 de setembro
Solenidade de Cristo Rei – Abertura do Ano do Laicato 26 de novembro
Dezembro
Ordenação Diaconal: diáconos Rafael Santana, Leonardo Sousa, Franklin Bruno, Dênis Mendes e Eduardo Sobrinho 01 de dezembro
Ordenação Presbiteral: Pe. Cleiton Jorge 08 de dezembro
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IGREJA EM MISSÃO
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BIO
A Missão
ueridos leitores do Boletim Informativo de Osasco, nestas próximas três edições estaremos juntos a pensar sobre a temática das “Missões”, assim faremos um breve estudo sobre o Decreto Ad Gentes, fruto do Concílio Vaticano II, sobretudo, para tomarmos a consciência de que a Igreja é essencialmente missionária. Vamos juntos percorrer este belo caminho, rogando ao Senhor que gere em nós um coração aberto a todos meios de anúncio e promoção do Reino de Deus.
A Missão no Concílio Vaticano II - Curiosidade Histórica: O Concílio Vaticano II (1962-1965) ocupa lugar de destaque na História Contemporânea da Igreja, e neste evento marcante, a temática da “Missão” foi a responsável de uma das dez comissões preparatórias, que por sua vez elaborou um documento de caráter jurídico, sendo composto por sete capítulos; entretanto os Padres Conciliares optaram por uma nova elaboração de um texto relativo à Missão, com isso foi criado uma subcomissão, que por sua vez foi assessorada por grupo de teólogos, dentre eles Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI). Esta subcomissão reuniu-se na Casa de Verão da Congregação do Verbo Divino na cidade de Temi, onde no sossego das montanhas, a subcomissão e os teólogos peritos elaboraram um dos textos que obteve uma das maiores aprovações, sendo 2394 votos a favor e cinco contra. Deste modo, o Papa Paulo VI no dia 07 de dezembro de 1965, publicou o Decreto Ad Gentes. - Decreto Ad Gentes e Fundamento Trinitário da Missão: “Enviada por Deus às nações para ser ‘o sacramento universal da salvação’, esforça-se para anunciar o Evangelho a todos os homens”. Com estas palavras se inicia o Decreto Ad Gentes, que visa falar sobre a atividade missionária da Igreja. A dimensão missionária é parte integrante da essência da Igreja, de modo que ser missionário é atender ao pedido do seu Fundador (cf. Mc 16,15).
Imagem da Internet
Dom Luiz Fernando Lisboa, por vários anos, exerceu seu ministério sacerdotal na Diocese de Osasco. Foi nomeado bispo de Pemba pelo Papa Francisco em 12 de Junho de 2013, onde anteriormente já havia realizado trabalhos missionários.
O fundamento doutrinário da missão se encontra no seio da Santíssima Trindade: a- Desígnio do Pai: “Este desígnio provém do “amor fontal” ou da caridade de Deus Pai, que é Princípio sem Princípio e do qual é gerado o Filho e pelo Filho procede o Espírito Santo. Por nímia misericórdia e bondade Sua criou-nos livremente e além disso chamou-nos gratuitamente a comunhão de Sua vida e de Sua glória”. Quis o próprio Deus convidar os homens para participarem da vida divina, constituindo um povo, filhos no Filho. b- Missão do Filho: Nosso Senhor Jesus Cristo, foi enviado ao mundo para estabelecer a mediação entre Deus e os homens. “Sendo Deus, n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Col 2,9). Segundo a natureza humana o novo Adão, cheio de graça e de verdade (Jo 1,14), é feito chefe da nova humanidade” (AG 3). A Encarnação do Verbo tem por finalidade fazer o homem participar da natureza divina, para que em sua pobreza nos enriquecêssemos, sendo que o Filho Primogênito veio para servir, e não ser servido, dando vida por meio da redenção. Jesus Cristo, ao falar sobre sua missão, diz que “Veio o Filho do Homem procurar e salvar o que se perdera” (Lc 19,10). Com isso, cabe agora a Igreja, continuar a missão de Cristo, pela pregação e pelos sacramentos, comunicar a salvação ao gênero humano. c- Missão do Espírito Santo: O Pai envia o Espírito Santo para completar a obra de Cristo, operando interiormente a obra da salvação e propagando a Imagem da Internet
"A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” foi o tema da Campanha Missionária 2017, sob o lema “Juntos na missão permanente”.
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Igreja entre as Nações. Este mesmo Espírito já operava no mundo antes da glorificação do Filho, entretanto no evento de Pentecostes, Ele desce poderosamente sobre os discípulos, de modo a permanecer eternamente com eles (cf. Jo 14,16). “Como pela descida do Espírito Santo sobre a Virgem Maria fora concedido Cristo e como pelo mesmo Espírito descendo sobre Cristo em oração Ele fora impelido a realização do ministério, assim em Pentecostes começaram os ‘atos dos Apóstolos’” (AG 4). É o Espírito Santo que une a Igreja na comunhão e ministério, Ele mesmo concede vários dons hierárquicos e carismáticos (cf. LG 4). Deste modo, conclui-se que o fundamento teológico da Missão brota do íntimo da Santíssima Trindade, pois Deus deseja a salvação de todos os homens (Cf. 1Tm 2,4). Sendo assim, a Igreja está a serviço da Missio Dei (Missão de Deus), realizando o desígnio do Pai, continuando a Missão do Filho, guiada pela ação do Espírito, que a anima e vivifica. - Papa São João Paulo II e a missão Ad Gentes: “O Senhor Jesus enviou os Seus Apóstolos, a todas as pessoas, a todos os povos e a todos os lugares da terra. Nos Apóstolos, a Igreja recebeu uma missão universal, sem limites, referindo-se à salvação em toda a sua integridade, segundo aquela plenitude de vida que Cristo veio trazer (cf. Jo 10, 10): ela foi enviada para manifestar e comunicar a caridade de Deus a todos os homens e povos. Esta missão é única, sendo a mesma a sua origem e fim; mas na sua dinâmica de realização, há diversas funções e atividades. Antes de tudo, está a ação missionária, denominada « missão ad gentes » pelo Decreto conciliar: trata-se de uma atividade primária e essencial da Igreja, jamais concluída. Com efeito, a Igreja não pode eximir-se da missão permanente de levar o Evangelho a quantos — e são milhões e milhões de homens e mulheres — ainda não conhecem Cristo Redentor do homem. Esta é a tarefa mais especificamente missionária que Jesus confiou e continua quotidianamente a confiar à Sua Igreja”. (Encíclica Redemptoris Missio 31) Seminarista Dênis Mendes Dezembro de 2017
PAPA
BIO
Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz
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1. Votos de paz
az a todas as pessoas e a todas as nações da terra! A paz, que os anjos anunciam aos pastores na noite de Natal, é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Dentre estes, que trago presente nos meus pensamentos e na minha oração, quero recordar de novo os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos, como afirmou o meu amado predecessor Bento XVI, «são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz». E, para encontrá-lo, muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para mantê-los longe da meta.
2. Por que há tantos refugiados e migrantes? Na mensagem para idêntica ocorrência no Grande Jubileu pelos 2000 anos do anúncio de paz dos anjos em Belém, São João Paulo II incluiu o número crescente de refugiados entre os efeitos de «uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”» que caracterizaram o século XX. E até agora, infelizmente, o novo século não registou uma verdadeira viragem: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas. Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas «o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o “desespero” de um futuro impossível de construir». As pessoas partem para se juntar à própria família, para encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução: quem não pode gozar destes direitos, não vive em paz.
3. Com olhar contemplativo A sabedoria da fé nutre este olhar, capaz de intuir que todos pertenceDezembro de 2017
mos «a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solidariedade e a partilha». Estas palavras propõem-nos a imagem da nova Jerusalém. O livro do profeta Isaías (cap. 60) e, em seguida, o Apocalipse (cap. 21) descrevem-na como uma cidade com as portas sempre abertas, para deixar entrar gente de todas as nações, que a admira e enche de riquezas. A paz é o soberano que a guia, e a justiça o princípio que governa a convivência dentro dela.
4. Quatro pedras miliárias para a ação Oferecer a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma possibilidade de encontrar aquela paz que andam a procura, exige uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar. «Acolher» faz apelo à exigência de ampliar as possibilidades de entrada legal, de não repelir refugiados e migrantes para lugares onde os aguardam perseguições e violências, e de equilibrar a preocupação pela segurança nacional com a tutela dos direitos humanos fundamentais. Recorda-nos a Sagrada Escritura: «Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos». «Proteger» lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolá-
vel daqueles que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança, de impedir a sua exploração. Penso de modo particular nas mulheres e nas crianças que se encontram em situações onde estão mais expostas aos riscos e aos abusos que chegam até ao ponto de torná-las escravas. Deus não discrimina: «O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva». «Promover» alude ao apoio para o desenvolvimento humano integral de migrantes e refugiados. Dentre os numerosos instrumentos que podem ajudar nesta tarefa, desejo sublinhar a importância de assegurar às crianças e aos jovens o acesso a todos os níveis de instrução: deste modo poderão não só cultivar e fazer frutificar as suas capacidades, mas estarão em melhores condições também para ir ao encontro dos outros, cultivando um espírito de diálogo e não de fechamento ou de conflito. A Bíblia ensina que Deus «ama o estrangeiro e dá-lhe pão e vestuário»; daí a exortação: «Amarás o estrangeiro, porque foste estrangeiro na terra do Egito». Por fim, «integrar» significa permitir que refugiados e migrantes participem plenamente na vida da sociedade que os acolhe, numa dinâmica de mútuo enriquecimento e fecunda colaboração na promoção do desenvolvimento humano integral das comunidades locais. «Portanto – como escreve São Paulo – já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus». Internet
5. Uma proposta para dois pactos internacionais Almejo do fundo do coração que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação por parte das Nações Unidas de dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares, outro referido aos refugiados. Enquanto acordos partilhados a nível global, estes pactos representarão um quadro de referência para propostas políticas e medidas práticas. Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, clarividência e coragem, de modo a aproveitar todas as ocasiões para fazer avançar a construção da paz: só assim o necessário realismo da política internacional não se tornará uma capitulação ao cinismo e à globalização da indiferença.
6. Em prol da nossa casa comum Inspiram-nos as palavras de São João Paulo II: «Se o “sonho” de um mundo em paz é partilhado por tantas pessoas, se se valoriza o contributo dos migrantes e dos refugiados, a humanidade pode tornar-se sempre mais família de todos e a nossa terra uma real “casa comum”». Ao longo da história, muitos acreditaram neste «sonho» e as suas realizações testemunham que não se trata duma utopia irrealizável. Entre eles conta-se Santa Francisca Xavier Cabrini, cujo centenário do nascimento para o Céu ocorre em 2017. Hoje, dia 13 de novembro, muitas comunidades eclesiais celebram a sua memória. Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua Padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs. Pela sua intercessão, que o Senhor nos conceda a todos fazer a experiência de que «o fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam a paz». Trechos da Mensagem do Papa Francisco para a celebração do 51º Dia Mundial da Paz (13 de novembro – Memória de Santa Francisca Xavier Cabrini, Padroeira dos migrantes – de 2017). 11 11
PROGRAME-SE
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Campanha para Evangelização
Em sintonia com o Ano do Laicato, a Campanha para a Evangelização deste ano que tem como tema “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14)
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abertura da CE foi realizada na Festa de Cristo Rei, 26 de novembro. A campanha tem duração de três semanas e a conclusão acontece no terceiro domingo do Advento, dia
17 de dezembro, quando deve ser realizada, em todas as comunidades católicas, a Coleta para a ação evangelizadora no Brasil. O objetivo da campanha é despertar os discípulos e as discípulas
missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais no Brasil. A iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas. “A Campanha para Evangelização é uma experiência que instiga a comunhão e partilha dos bens entre as Igrejas particulares, assim como acontecia nas comunidades primitivas do Novo Testamento, cujo relato encontramos nos Atos dos Apóstolos e nas cartas paulinas”, explica o secretário executivo da CE, padre Luís Fernando da Silva. Padre Luís Fernando da Silva lembra que “A Igreja no Brasil mais uma vez faz um forte apelo para que nossas comunidades locais se motivem na comunhão e na participação para que, por meio dessa partilha, muitas iniciativas de evangelização sejam fortalecidas em todo o país”.
Com a coleta desse ano pretende-se apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil promovidas pelos cristãos leigos e leigas no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes. A Campanha para Evangelização Criada em 1997, durante a Assembleia Geral da CNBB, e iniciada em 1998, a Campanha para Evangelização tem como objetivo favorecer a vivência do tempo litúrgico do Advento e mobilizar a todos para uma Coleta Nacional que ofereça recursos a serem aplicados na sustentação do trabalho missionário no Brasil. Tal iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas. Redação BIO
CF 2018: superação à violência humana
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specialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la. No cartaz, segundo o
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secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica. Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo. “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índi-
ces de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís. Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos: “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada”. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”. “O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana
é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís. Fonte: CNBB
Agenda Diocesana 17/12 • Coleta da Evangelização 23/12 • 4º Ano de Falecimento de D. Francisco Manuel Vieira – 1º bispo de Osasco 25/12 • Solenidade - Natal do Senhor 31/12 • Festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José
Dezembro de 2017