BIO 246 - Outubro 2017

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Outubro de 2017 | Ano XXVIII

www.diocesedeosasco.com.br

No 246

Caderno especial

Nossa Senhora Aparecida 300 anos de bênçãos sobre o povo brasileiro PÁG. 05

VOZ DO PASTOR

CATEQUESE

FORMAÇÃO PERMANETE

‘Dia Mundial dos Pobres’ é instituído pelo Papa Francisco

Solenidade de Todos os Santos

A identidade do sacerdócio

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EDITORIAL

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Diocese de Osasco recebe mais dois novos sacerdotes: Pe. Luiz Roberto e Pe. Ricardo

Caro leitor...

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stamos encerrando nesse mês o Ano Mariano – quantas bênçãos tivemos na comemoração dos 300 anos do achamento da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul. A fé Católica crê que Deus para enviar o seu Filho ao mundo na plenitude dos tempos, escolheu, desde toda a eternidade, para ser a Mãe de seu Filho, uma jovem de Nazaré, uma virgem despojada com um varão chamado José, e o nome da virgem era Maria. (cf.: CIC 488). O sim de Maria ao anjo na Anunciação foi plenamente livre, pois ela é a “cheia de graça”, plena do Espírito do Santo. A Igreja, desde os Santos Padres, reconhece ser Maria esta mulher que Deus aponta na origem do pecado. No NT, o texto que demonstra essa missão de Maria, é a própria saudação do anjo à ela no momento da Anunciação: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”.(Lc 1,28) Essas palavras do anjo fundamentam o dogma da Imaculada Conceição de Maria que é o fundamento essencial da missão Mariana. Estamos também no mês missionário e Maria torna-se referência da ação missionária da Igreja. A missão de Maria, já revelada na ocasião da queda dos primeiros pais, foi preparada pela missão das santas mulheres do povo de Israel, registradas no Antigo e Novo Testamento. Pela Encarnação do Verbo, a humanidade decaída pelo pecado da desobediência de Adão é restaurada em Cristo, o novo Adão, que, sendo obediente até a morte (cf. Fl 2,8), destruiu o pecado e a morte. Assim como a Igreja vê em Cristo o novo Adão, a Igreja vê em Maria a nova Eva. Roguemos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, para que interceda por todo povo de Deus em colocar-se no serviço de propagar a Boa-nova em todos os lugares. Salve Maria!!! Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

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a manhã desse sábado, 23, duas novas vozes se juntaram ao coro de padres que entoavam a Oração Eucarística na Catedral Santo Antônio, na Diocese de Osasco. Os neossacerdotes Pe. Ricardo Rodrigues e Pe. Luiz Roberto, ambos da paróquia de origem São José Operário, do Munhoz Junior, foram ordenados sacerdotes pelas mãos de D. João Bosco, bispo diocesano e entoaram hoje, pela primeira vez, a consagração eucarística. No dia em que a Igreja comemora do Dia de São Pio de Pietrelcina, presbítero exemplar, e no ano dedicado a Nossa Senhora Aparecida, em honra aos seus trezentos anos, a Igreja Particular de Osasco acolheu em seu seio os dois novos sacerdotes. Também estiveram presentes na missa de ordenação D. Ercílio Turco, bispo emérito da Diocese de Osasco, Monse-

com todo ser de si mesmo, eu aceito, eu quero, eu busco. Também ela, Maria, ao acolher este convite sentiu o peso desta responsabilidade, mas ao mesmo tempo o esvaziamento de si mesmo pra ser a mãe do Filho de Deus”, disse. Além disso, “Deus, o Onipotente, se dobra a ponto de esperar uma resposta, uma resposta que em Maria Santíssima foi plena. Em nossa vida sacerdotal ela é diária e se plenifica a cada dia, na vida de outros tantos talvez não aconteça”, diz D. João ao falar da vocação. As primeiras missas dos Neossacerdotes aconteceram pelo Pe. Luiz Roberto no próprio dia 23 de setembro na Igreja Sagrado Coração de Jesus, no Jd. Mutinga e no domingo, 24, na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, no Jd. Piratininga e na Igreja Matriz Santa Isabel. Pe Ricardo celebrou no dia 24, domingo, na Igreja PASCOM Diocesana

nhor Claudemir, Vigário Geral e diversos padres da Diocese. Na homilia D. João lembrou que o presbiterado é tão sofrido, mas que traz tanta alegria ao coração, cada momento constrói o momento da vocação, transformação de um coração no coração de Cristo Pastor “Deus, o Altíssimo se faz presente no coração de um ser humano frágil. Quem pode nos ensinar um pouquinho dessa missão é a própria Virgem Maria, também pra ela, nós a celebramos neste ano com tanto alegria e tanta benção, também pra ela houve um anúncio, um convite suave e ao mesmo tempo forte ao qual o convite ela teve que responder

Sagrado Coração de Jesus e na Catedral Santo Antônio. Pe. Luiz Roberto ficará na paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Piratininga, e Pe. Ricardo na Catedral Santo Antônio. Os padres permanecerão aonde estão exercendo seu ministério, até os próximos meses onde haverá a definição e transferência dos padres. A Igreja concede aos fiéis que participaram da missa e receberam a benwção neossacerdotal as indulgências plenárias. Carol Gonzaga Redação BIO

Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Supervisão: Padre Ricardo Rodrigues Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Walkyria Aparecida do Rosário Diagramação: Bruna Aparecida Rocha Jornalista: Daniela Nanni Colaboração: Pe. Daniel Bispo da Cruz, Pe. Luiz Rogério Gemi, Pe. Marcelo Fernandes, Sem. Alexandre de Paulo, Sem. Eder Bruno Rodrigues, Sem. Hiago Willian, Sem. Lucas Orneles, Sem. Marco Aurélio, Sem. Samuel Elias

Netto, Sem. Rogério Batista, Sem. Vitor Borejo, Carol Gonzaga, Marcelo Rodrigues E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 | (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br Outubro de 2017


VOZ DO PASTOR

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Dia Mundial dos Pobres

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o encerrar o Ano da Misericórdia, o Papa Francisco instituiu, como fruto concreto desse Ano Santo, o Dia Mundial dos Pobres, que será celebrado pela primeira vez no próximo dia 19 de novembro que é o domingo que antecede a Festa de Jesus Cristo Rei do Universo. Para esta celebração ele convoca toda a Igreja, lembrando que os pobres sempre foram privilegiados do amor de Cristo, e que também na Igreja, desde o primeiro momento, os pobres foram amados, com amor preferencial, a exemplo de Cristo. O Papa Francisco escreve, para esta primeira vez em que se celebra a data, uma mensagem que toca o coração dos fiéis cristãos, pedindo não somente que se reflita sobre isso, mas que se façam gestos públicos e concretos de efetivo amor preferencial pelos mais carentes. O lema escolhido para este dia não poderia ser mais significativo, tirado da 1ª Carta de João (3,18): “Não amemos com palavras, mas com obras”.

O Pai Nosso é uma oração que se exprime no plural: o pão que se pede é 'nosso', e isto implica partilha, com participação e responsabilidade comum." (Papa Francisco - Mensagem do Dia Mundial dos Pobres) Nada mais coerente com a pregação do Papa Francisco esta iniciativa. Desde o início do seu pontificado ele repetiu “Quero uma Igreja pobre, voltada para os pobres”. Uma Igreja não centrada em si mesma, mas em saída “rumo às periferias existenciais”. Instituiu no Vaticano a mesa dos pobres, e também serviços básicos de higiene e barbearia, para servi-los. Não poucas vezes desafiou a segurança e saiu a noite, para as periferias de Roma, para encontrá-los. E não se trata de ganhar simpatia com gestos de “marketing” de ocasião. É sincero, corajoso e profético o seu pedido: “Se alguém pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo”.

“Bem aventurados os pobres” Desde o princípio da Igreja, a preocupação com os pobres esteve presente. Vemos isso quando os primeiros cristãos instituíram a coleta, na missa, que não era para construir igrejas, mas tinha a finalidade de partilhar os bens com os pobres. Depois os apóstolos escolheram sete homens de bem para cuidarem especialmente do serviço aos pobres. Nos Atos dos Apóstolos já encontramos esta expressão: “Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro de acordo com as necessidades de cada um”. O Papa Francisco lembra que nestes dois mil anos da fé cristã, muitos homens e mulheres santos, em todo o mundo, escolheram o caminho da pobreza, para partilhar a vida com os mais necessitados, entre ele o Papa cita São Francisco de Assis como um exemplo luminoso. Poderia ter citado exemplos mais atuais como o de Madre Tereza de Calcutá, ou as nossas Irmã Dulce e Nhá Chica. Outubro de 2017

Imagem da Internet

Os pobres nos ensinam Não pensemos que os pobres sejam apenas “destinatários de uma boa obra de voluntariado” ou de alguma caridade ocasional, diz o Papa. Se olharmos para eles com verdadeiro amor, antes de receber nossa ajuda, eles estarão nos oferecendo algo de muito precioso: eles nos remetem ao coração do Evangelho. Ensinam-nos que não vale a pena acumular riquezas. Ensinam-nos a não desperdiçar, a não consumir com destrutiva ganância os bens deste mundo. Ensinam-nos a sobriedade e a simplicidade de vida. Ensinam-nos a não dar espaço para a corrupção, para a posse desonesta e violenta, ensinam-nos a contentar-nos com pouco e viver só com o essencial. Ensinam-nos a vencer o egoísmo sombrio e buscar a luminosa alegria da generosidade. Quando nos aproximamos de quem sofre, tocamos a carne de Cristo sofredor. Encontramos o Deus que nós buscamos. Experimentamos o amor que nos restaura e santifica.

Uma semana dedicada aos pobres O Papa pede que o Dia Mundial dos Pobres seja precedido de uma semana, portanto de 12 a 18 de novembro, em que todas as comunidades eclesiais se empenhem em preparar “momentos de encontro e de amizade, de solidariedade e de ajuda concreta aos pobres”. O que o Papa Francisco quer não é apenas um dia, ou mesmo uma semana. Quer uma nova atitude perante o pobre. Não é sem razão, pois vemos a situação dos pobres se agravar mais e mais. As sucessivas crises econômicas recentes não foram mero acidente. São o resultado de uma estratégia de retomar as rédeas de um aperto econômico que, nos últimos anos deu alguma folga aos pobres. O que vemos hoje – isso é nítido em nosso país – é uma “reforma” que atinge o trabalho, a previdência, a assistência social, a saúde, sempre em prejuízo dos pobres. Direitos que foram construídos durante décadas, em pouco tempo viram pó, com a aprovação de um poder legislativo que troca favores pessoais por apoio ao governo. Em nome da “governabilidade” se nega aos pobres a saúde, o alimento e assistência social, quando imensas somas são subtraídas das empresas estatais, ou se transformam em propinas encontradas em malas ou armazenadas em paraísos fiscais. Sim, preciso de novo aprender a respeitar o direito dos pobres. Uma semana será pouco para isso, mas é um bom começo.

Seguir Jesus Cristo pobre A preocupação do papa, e também a da Igreja, não é sociológica. É cristológica. Ele afirma: “Para os discípulos de Cristo, a pobreza é, antes de tudo, uma vocação a seguir Cristo pobre. É um caminhar atrás d’Ele e com Ele. É um caminhar que conduz à bem-aventurança do Reino dos céus”. Francisco de Assis não escolheu a pobreza por achá-la em si mesma um valor. Escolheu-a por contemplar Cristo pobre. E por entender que assim teria como imitá-lo e ser fraterno com os pobres, servindo a Cristo, neles. Esta semana nos deve fazer entender que a simplicidade de vida, aliada à generosidade da partilha,

Papa Francisco em visita a uma comunidade de pobres da América Latina na periferia de Roma, em 2016

é uma dimensão essencial de toda a vida cristã. É frequente nas nossas comunidades o pensamento de que a caridade é delegada a um pequeno grupo sem que os outros nem saibam o que é feito por eles. Dificilmente vemos atitudes conscientes como, por exemplo, destinar uma parte do dízimo recolhido para sustentar uma ação solidária, ou manter um projeto social de relevo. Deveria ser a norma. Gostaria de recomendar a todos a leitura e meditação da mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial dos Pobres, que pode ser encontrada facilmente, em português, no portal do Vaticano. Temos um mês pela frente, se quisermos, atendendo ao apelo de Francisco, promover esta semana, reforçar as nossas obras sociais, praticar gestos corajosos de generosidade, de convivência e partilha. No Ano da Misericórdia nos colocamos um desafio: que cada paróquia inaugurasse uma significativa obra de misericórdia mais duradoura. Isso aconteceu? A semana e o Dia Mundial dos Pobres é uma boa ocasião para fazer ou refazer e aprofundar esse vínculo com Cristo vivo, expresso no amor aos pobres. Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco www.dbosco.org

Acesse na íntegra a mensagem do Papa Francisco sobre o Dia Mundial dos Pobres

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IGREJA EM AÇÃO

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Conselho Missionário dos Seminaristas: um chamado ao discipulado de Jesus

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Conselho Missionário dos Seminaristas (COMISE) foi criado com a finalidade de “proporcionar aos futuros presbíteros e candidatos à Vida Religiosa Consagrada uma sólida espiritualidade e formação missionária capaz de enfrentar os desafios da missão universal da Igreja”, conforme pontuado no 2º Congresso Missionário Nacional dos Seminaristas, ocorrido em Belo Horizonte no ano de 2015. O COMISE é um organismo recente em nossa Igreja, elaborado como instrumento para ligar as Pontifícias Obras Missionárias (POM) aos seminários, tendo em vista que, na atualidade, o pontificado do Papa Francisco conduz a caminhada eclesial para ser uma “Igreja em saída” que vá de encontro aos fiéis, promovendo uma “Nova Evangelização” que anuncie a única e eterna mensagem de Jesus Cristo de modo concernente às vicissitudes e anseios da atualidade. Embasam o COMISE os seguintes fundamentos: por meio da univer-

salidade da Igreja, levar o Evangelho a toda parte conforme pedido por Nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 16, 15); mostrar que o ministério sacerdotal vai além dos limites territoriais da diocese; ressaltar a importância de mostrar a necessidade que muitos lugares possuem de receber a evangelização; despertar através da vocação sacerdotal o desejo dos fiéis para uma pastoral missionária e promover

nos seminaristas, por meio da oração, uma espiritualidade missionária. Por fim, de acordo com o Documento de Aparecida, o maior desejo é o de que o COMISE forme o coração dos seminaristas “como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir à outra margem, àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente” (cf. DAp 376). As atividades que são de responsa-

bilidade do COMISE são: promover formação missionária para os seminaristas e para todo o povo de Deus, apontando os desafios da missão; participar de formações missionárias promovidas pelos regionais; divulgar na diocese situações e contextos missionários diversos; organizar e incentivar experiências missionárias para seminaristas dentro e fora da diocese - como foi feito recentemente a SEMANA MISSIONÁRIA DOS SEMINARISTAS (SEMISE) na cidade de Alumínio em julho passado -, estabelecer diálogo com o COMIDI e os COMIPA’s por meio dos seminaristas que exercem pastoral nas paróquias; além de, em nossa diocese sermos membros integrantes da equipe de formação do COMIDI. Por fim, a estrutura do COMIDI consiste em uma equipe de coordenação composta pelos seminaristas Eder (coordenador), Matheus (vice coordenador), Samuel (secretário) e Victor Borejo (assessor de comunicação). Assim, tem-se uma pequena demonstração do trabalho missionário do Seminário São José em nossa Igreja Particular. Seminarista Eder Bruno Rodrigues 2º Ano de Teologia

Um mês para edificação missionária da Igreja

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utubro é o mês dedicado às missões, trata-se de um período de intensificação das iniciativas de animação e colaboração missionária em todo o mundo. O objetivo é despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões no penúltimo domingo de mês, este ano no dia 22 de outubro. A data foi criada pelo Papa Pio XI, em 1926. As ofer4

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tas coletadas em todas as comunidades católicas são integralmente enviadas às Pontifícias Obras Missionárias (POM) e encaminhadas ao Fundo Mundial de Solidariedade em Roma, para financiar projetos missionários em todo o mundo. Por isso, o Santo Padre, no dia da Solenidade de Pentecostes deste ano (4 de Junho), publicou a sua mensagem para o Dia Mundial das Missões intitulada “A missão no coração da fé cristã". Em apenas alguns curtos parágrafos o Papa exorta que a Igreja deve buscar constantemente um espírito missionário mais vivo e difundido.

Nesse documento elabora algumas reflexões sobre a missão e nos faz importantes perguntas: Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão? Logo em seguida apresenta a missão da Igreja fundada sobre o poder transformador do Evangelho, o que nos apresenta Jesus ressuscitado dando-nos uma vida nova, como ele diz nessa carta: “(...) E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor”. Além disso, aproveita para lembrar que os jovens são a esperança da missão, pois esses fascinados com a pessoa de Cristo e sua Boa Nova, buscam onde possam concretizar sua missão e a coragem a serviço da humanidade: “São muitos os jovens que se solidarizam contra os males do mundo, aderindo a várias formas de militância e voluntariado. (...) Como é bom que os jovens sejam ‘caminheiros da fé’, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!” (Francisco, Exort. Ap. Evangelii gaudium, 106). Mesmo sendo uma pequena carta é rica em seu conteúdo, valendo-se a excelente leitura, para que neste mês de outubro vivamos mais fortemente o nosso discipulado numa Igreja missionária em saída. Seminarista Victor Borejo 2º Ano de Filosofia Outubro de 2017


TESTEMUNHO DE FÉ 300 ANOS DE BENÇÃOS

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Nossa Senhora Aparecida 300 anos de bênçãos sobre o povo brasileiro

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m comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas Águas do Rio Paraíba do Sul, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o Ano Nacional Mariano, celebrado de 12 de outubro de 2016 ao dia 11 de outubro de 2017. Um ano de agradecimento a Deus pelos três séculos de bênçãos derramadas sobre o povo brasileiro pelas mãos de Maria Santíssima, Rainha e padroeira do Brasil, mãos estas postas em oração, como na sua pequena imagem encontrada pelos três benditos pescadores. Além de todas as merecidas comemorações, trata-se de um momento forte de evangelização, pois a SantísOutubro de 2017

sima Virgem, a mulher missionária, é o símbolo da Igreja em saída, aquela que atravessa as montanhas para proclamar as maravilhas do Senhor. Como no Calvário de Jerusalém, em Aparecida, Deus por misericórdia, ofereceu ao Brasil sua Mãe. A Mãe Aparecida nos direciona a seu divino Filho e nos diz: “Fazei tudo que Ele vos disser”. Aprendamos de Maria como ser verdadeiros discípulos de seu Filho, pois ela mesma é a primeira e a mais perfeita discípula de Jesus. Ao longo do Ano Mariano, todos os meses o BIOtrouxe uma matéria relacionada à Virgem Maria, a fim de que a conhecendo melhor, a amemos cada vez mais.

A edição de outubro traz um caderno especial, em que será possível relembrar um pouco os textos trazidos ao longo deste ano jubilar: os principais momentos do Evangelho que destacam a presença de Maria durante a infância e a vida pública de Jesus, os dogmas marianos e sua missão na Igreja. Façamos como o discípulo amado e como os pescadores do Rio Paraíba que levaram Nossa Senhora para suas casas. 5


300 ANOS DE BENÇÃOS

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Nossa Senhora Aparecida: a Mãe de Deus e nossa

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Nossa gratidão a Deus pelos 300 anos de bênçãos sobre o povo brasileiro

eus em sua bondade infinita presenteou o povo brasileiro com o encontro da imagem de sua Santa Mãe, Nossa Senhora da Conceição, a Virgem Aparecida há trezentos anos. A pequena imagem emergida na rede dos pescadores foi levada para suas casas e desde esse dia, o número de fiéis só aumenta, pois os devotos vêem em Maria Santíssima, aquela que está mais próxima de Jesus, seu Divino Filho. O BIO trouxe todos os meses, durante o Ano Mariano, temas que pretendiam que a Santíssima Virgem fosse ainda mais conhecida e mais amada e seguindo o seu sublime exemplo, também nós fossemos melhores discípulos de Jesus. Nesta edição, encerramos com a síntese dos principais assuntos apresentados. Na Sagrada Escritura, através da análise de alguns textos, destaca-se algumas características da Virgem Maria, como modelo para os discípulos, tais como: sob o contexto da Nova Aliança, Maria responde livremente a Deus e abandona-se completamente aos seus desígnios, apresentando colaboração total com o plano salvífico de Deus, uma fé plena – ativa e obediente - nos desígnios do Senhor, caridade, disposição a missionariedade, alegria, humildade, simplicidade, fidelidade, resignação. Maria vive de forma modesta e humilde, não

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se preocupa com honrarias, vantagens ou privilégios, mas busca fazer a vontade de Deus. Manifesta a preciosidade de sua vida, vivendo por amor de Cristo e seus irmãos. O verdadeiro discípulo de Jesus ouve a Palavra, conserva-a e produz frutos pela perseverança (cf. Lc 8,15). Maria é a mais perfeita discípula de Jesus. Ela escuta e acolhe o projeto de Deus, isso é evidente na Anunciação (cf. Lc 1,38). Maria Santíssima é a representante da humanidade e é chamada a dar o seu consentimento à Encarnação do Filho de Deus. Ao longo de sua vida, nem sempre entende os planos de Deus, porém guarda-os em seu coração (cf. Lc 2,19.51). Ela aprende com os fatos da vida, acolhe de maneira ativa a Palavra em seu coração, produzindo frutos na fé. Maria é exaltada não apenas por sua maternidade física, mas porque ouve a Palavra de Deus e a pratica – “Felizes antes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam” (Lc 11,28). A Virgem Maria representa a comunidade cristã, aquela que tem a fé madura, que é perseverante mesmo nos momentos difíceis, tais como a paixão e morte de Jesus, ela é mãe da comunidade dos discípulos amados pelo Senhor. Maria, ao ser chamada de Mãe de todos os discípulos, é apresentada aos seres humanos com destaque através do amor e da fé da Igreja, sustenta a vida dos mesmos e os encoraja, inclusive no sofrimento, à confiança e esperança. Todos os discípulos são impulsionados pelo Espírito Santo a compreender profundamente o que havia sido dito a respeito de Nossa Senhora, a fim de avançarem no entendimento da sua missão, profundamente ligada ao mistério de Cristo. Na Tradição da Igreja, através dos quatro dogmas marianos: Maternidade Divina, Virgindade Perpétua, Imaculada Conceição e Assunção, Maria demonstra que ao encarnar a Palavra de Deus, o discípulo é capaz de gerar a vida. Maria ensina os fiéis a viverem num caminho de pureza, reconhecendo o valor da castidade, conduzindo-os a um amor maior ao Senhor e aos irmãos. A Imaculada é para os cristãos um auxílio na resistência ao pecado e um incentivo a viverem como redimidos por Cristo. A Assunção destaca o poder de Cristo sobre a criação e declara o destino sobrenatural e a dignidade do corpo humano, chamado pelo Senhor a tornar-se instrumento de santidade e a participar na sua glória. Maria entrou na glória, porque ouviu o seu Filho. A exemplo de Maria, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, na expectativa da Ressurreição. Maria é Mãe dos cristãos na fé e o seu perfil devocional deve ser cultivado de modo que a relação com ela deve estar viva, uma vez que ela está mais próxima de Jesus e também de nós. Nas aparições de Nossa Senhora, percebe-se a sua preocupação em direcionar o Povo de Deus

ao seu Filho Jesus. Maria se compadece dos sofredores. Em Aparecida, Maria aparece de cor negra, em solidariedade com todos os sofredores da escravidão. O povo cristão vê em Maria a capacidade de comunicar a alegria originada da esperança, mesmo que em meio aos desafios da vida. Maria possui um papel singular na obra da salvação. Há uma profunda relação entre Ela e a Igreja. Ela é membro supereminente e singular, todavia é também membro dessa Igreja. Maria supera sua dimensão histórica e abre-se a dimensão universal da humanidade. Maria é presença na Igreja, uma vez que desde o início da Igreja, na comunidade primitiva (cf. At 1,14), Maria anima os fiéis com sua presença e seu testemunho de vida. Maria ensina os seres humanos a viverem em comunhão e unidade (cf. At 1,14), promovendo a paz. Maria é vista como a realização plena da nova humanidade, que responde ao chamado de Deus, tornando-se uma forma de esperança para todos os seres humanos. Maria exorta o seu povo a confiar plenamente em Deus, pois ela mesma vive a esperança em sua vida. Ela sempre conservou a esperança no cumprimento das promessas messiânicas de Jesus, mesmo nos momentos mais críticos de sua vida. Maria ensina a confiar e esperar em Deus, abandonando-se às promessas do Senhor. Ensina, também, a sair em missão em busca dos que sofrem por estarem longe do caminho proposto por seu Filho ou ainda aqueles que sofrem por dependerem de outros que ainda não acolheram o Evangelho, a Boa Nova de seu Filho Jesus. “Ó Mãe, como Vós, Eu abraço minha missão. Em vossas mãos coloco minha vida e vamos Vós-Mãe e Eu-Filho caminhar juntos, crer juntos, lutar juntos, vencer juntos como sempre juntos caminhastes vosso Filho e Vós.” (Papa Francisco). Deus, pelas mãos de Nossa Senhora Aparecida, abençoe o seu povo que caminha sob o manto da Rainha e padroeira do Brasil. Outubro de 2017


TESTEMUNHO DE FÉ

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Coroação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Rainha e Padroeira do Brasil

Presidente: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria, o amor do Pai, e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco! Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Presidente: Em meados de outubro de 1717, três pescadores – Domingos, João e Filipe - encontram no Rio Paraíba a imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor negra e machucada, como os escravos, os pobres e sofredores daquele tempo. Nas aparições de Nossa Senhora, percebe-se a sua preocupação em direcionar o Povo de Deus ao seu Filho Jesus. Assim como Maria gera Jesus para a humanidade, em Aparecida ela também tem essa missão, de apresentar o Evangelho ao povo brasileiro, se compadece dos sofredores. O povo cristão vê em Maria a capacidade de comunicar a alegria originada da esperança, mesmo que em meio aos desafios da vida. Nesta pequena imagem de terracota de aproximadamente 36 cm, está um sinal da proteção e da bênção da Santa Mãe de Deus, a Virgem Maria. Agradeçamos a Deus pelos 300 anos de bênçãos derramadas sobre o povo brasileiro pelas mãos postas em oração de Nossa Senhora. Entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida Venho cantar meu canto, cheio de amor e vida. Venho louvar aquela a quem chamo "Senhora de Aparecida". Venho louvar Maria, Mãe do libertador. Venho louvar a Virgem de cor morena, por seu amor. Venho louvar a Virgem de cor morena por seu amor. Quero lembrar os fatos que aconteceram naquele dia, quando por entre as redes, aquela imagem aparecia. Vendo surgir das águas a tosca imagem de negra cor, agradeceram todos à Mãe de Cristo por tanto amor. Presidente: Terminada sua pereOutubro Outubro de de 2017 2017

grinação terrestre, a Virgem Maria é elevada gloriosamente aos Céus em corpo e alma e é coroada pela Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, acompanhada dos anjos e santos, pois foi a serva humilde e obediente que cumpriu plenamente a vontade de Deus – “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Entrada da coroa Viva a mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida! 1. Aqui estão vossos devotos, cheios de fé incendida, de conforto e de esperança, ó Senhora Aparecida. 2. Protegei a Santa Igreja, Mãe terna e compadecida, protegei a nossa Pátria, ó Senhora Aparecida. 3. Ó Velai por nossos lares, pela infância desvalida, pelo povo brasileiro, ó Senhora Aparecida.

Presidente: “De joelhos, a humilde e santa Virgem adora a majestade divina e abisma-se no conhecimento do seu nada. Agradece a Deus todas as graças que por mera bondade lhe havia concedido, especialmente de a ter feito Mãe do Verbo Eterno. Imagine e compreenda agora, quem o puder, com que amor à Santíssima Trindade a abençoou! Quem nos descreverá o afável e afetuoso acolhimento que fez o Pai Eterno à sua Filha, o Filho à sua Mãe, o Espírito Santo à sua Esposa! O Pai a coroa, participando-lhe o seu poder, o Filho a sabedoria, o Espírito Santo o amor. As três Pessoas divinas, colocando-lhe o trono à direita de Jesus, a declaram Rainha universal do céu e da terra. Aos anjos também ordenam, e a todas as criaturas, que a reconheçam por sua Rainha e como tal sirvam e lhe obedeçam.” (Santo Afonso Maria de Ligório). Imposição da coroa Canto: Salve Rainha Mãe de Deus, és Senhora nossa mãe, nossa doçura, nossa luz, doce

Virgem Maria. Nós a ti clamamos, filhos exilados. Nós a ti voltamos nosso olhar confiante. Volta para nós, ó mãe, teu semblante de amor. Dá-nos teu Jesus, ó mãe, quando a noite passar. Salve Rainha mãe de Deus, És auxílio dos cristãos, Ó mãe clemente, mãe piedosa, doce Virgem Maria.

Oração Jubilar Todos: Senhora Aparecida, Mãe Padroeira, em vossa singela imagem, há 300 anos aparecestes nas redes dos três benditos pescadores no Rio Paraíba do Sul. Como sinal vindo do céu, em vossa cor, vós nos dizeis que para o Pai não existem escravos, apenas filhos muito amados. Diante de vós, embaixadora de Deus, rompem-se as correntes da escravidão! Assim, daquelas redes, passastes para o coração e a vida de milhões de outros filhos e filhas vossos. Para todos tendes sido bênção: peixes em abundância, famílias recuperadas, saúde alcançada, corações reconciliados, vida cristã reassumida. Nós vos agradecemos tanto carinho, tanto cuidado! Hoje, em vosso Santuário e em vossa visita peregrina, nós vos acolhemos como mãe, e de vossas mãos recebemos o fruto de vossa missão entre nós: o vosso Filho Jesus, nosso Salvador. Recordai-nos o poder, a força das mãos postas em prece! Ensinai-nos a viver vosso jubileu com gratidão e fidelidade! Fazei de nós vossos filhos e filhas, irmãos e irmãs de nosso Irmão Primogênito, Jesus Cristo, Amém! Oferta das flores à Nossa Senhora Canto: Maria, minha mãe, Maria, queria te falar de amor. Mostrar que em meu peito aberto, cultivo um jardim em flor. Cultivo um jardim de rosas que não têm espinhos pra te machucar. Cultivo um jardim tão lindo rosas perfumadas pra te ofertar. Maria, eu que não sabia como era tão sublime amar. Agora, mãe do céu, Maria, conti-

go sigo a cantar. E canto pela vida afora, embora encontre pedras não vou mais parar. Pois sei que com você, Maria Minha mãe, Maria, vou sempre contar. Maria, minha mãe, Maria. Maria, vou sempre te amar.

Consagração à Nossa Senhora Aparecida Todos: Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil. Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja! Canto final Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida! 1. Sob esse manto do azul do céu, guardai-nos sempre no amor de Deus. 2. Eu me consagro ao vosso amor, ó Mãe querida, do Salvador. 3. Sois nossa vida, sois nossa luz, ó Mãe querida, do meu Jesus. Pe. Luiz Rogério Gemi. Vigário Paroquial da Catedral 7


ESTEMUNHO DE FÉ 300 ANOS DE BENÇÃOS

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A Santa que surgiu das águas para saciar a sede de fé do povo brasileiro

"Na pequena imagem vinda da terra [...] contemplamos a realeza de Maria, majestade que prevalece primeiro sobre os corações e que, por fim, prevalecerá sobre toda a história.” - Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva, em "Minha Mãe Aparecida". Ecclasiae: Campinas-SP, 2017. p. 131.

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s números são grandiosos. A fé que nutre 123 milhões de católicos no Brasil é a mesma que movimenta a devoção de 12 milhões de peregrinos por ano, a caminho do Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Seja de carro, de ônibus, a pé ou pedalando os 571 Km do Caminho da Fé ou os 201 Km da recém-inaugurada Rota da Luz, eles chegam de todas as partes do país para contemplar a Mãe Aparecida no maior centro de evangelização católico do Brasil, com 71.936 m2. O Santuário de Nossa Senhora Aparecida como conhecemos hoje, nasceu da humilde devoção de três pescadores – João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia – em torno da pequenina imagem encontrada no Rio Paraíba do Sul, há exatamente 300 anos.

Quando a imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no Rio Paraíba do Sul ela já era secular. De acordo com a historiadora Tereza Pasin, ela teria sido esculpida por volta de 1600, por Frei Agostinho de Jesus. a imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no Rio Paraíba do Sul ela já era secular.

Os primeiros milagres

Incumbidos de levar peixes para uma recepção a D. Pedro de Almeida e Portugal – Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais – que estava de passagem pela Vila de Guaratinguetá, a família de pescadores decepcionou-se com uma pesca infrutífera. Foi quando dois achados mudaram o curso da história. Eles retiraram das águas escuras, primeiro o corpo e, em seguida, a cabeça de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Milagrosamente, a pescaria terminou com as redes cheias de peixes e uma devoção Mariana que caminha incansável pela história do Brasil, desde então. Silvana da Rocha Alves – esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João – foi a guardiã da imagem e anfitriã dos devotos. Por 15 anos, a imagem peregrinou pelas cidades vizinhas e, em 1732, ganhou seu 1º oratório público em Itaguaçu. Apenas 2 anos depois, uma Capela foi construída no alto do Morro dos Coqueiros. Mas o número de fiéis só aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). 8

A Sala das Promessas, que funciona desde 1974, fica no subsolo do Santuário Nacional. Tem milhares de objetos expostos e cerca de 70 mil fotografias. Recebe 19 mil ex-votos¹ por mês. (¹ex-votos: nome que se dá às pessoas que alcançaram graças)

As graças alcançadas por intermédio de Nossa Senhora da Conceição Aparecida chamavam cada vez mais atenção. Dentre os primeiros milagres, o das velas aconteceu quando os devotos rezavam o terço no oratório de Itaguaçu. Da mesma forma que as velas se apagaram sozinhas, sem o auxílio do vento, elas reacenderam prodigiosamente. Já na Basílica Velha, o milagre se deu quando a menina cega recuperou sua visão em uma visita de peregrinação. Nesse mesmo local, em 1850, o escravo fugitivo Zacarias teve suas correntes rompidas sozinhas ao pedir misericórdia em frente da igreja.

O maior Santuário Mariano do mundo

No ano de 1894, 177 anos após a descoberta da imagem, um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas – provenientes da Alemanha – chegou à Aparecida para atender aos romeiros e administram até hoje o Santuário.

É forte a devoção à Padroeira do Brasil na Diocese de Osasco, que é composta por 11 paróquias de N ossa Senhora Aparecida. E é com a hashtag #JudaNóisNossaSinhora divulgada nas redes sociais, que o Padre Rodrigo Rodrigues – estudante de Mariologia – celebra a fé com simpatia “à espera de um novo esplendor mariano a brilhar no Brasil”. Em 1904, Nossa Senhora Aparecida foi coroada pelo Papa Pio X e 4 anos depois foi declarada Padroeira do Brasil, pelo Papa Pio XI. Mas foi ao completar 250 anos de devoção, que o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a sua importância e estimulando o culto à Mãe de Deus. Como a Basílica Velha já não abrigava mais tantos peregrinos, por 9 anos consecutivos a atual e grandiosa Basílica Nova foi erguida. As atividades religiosas no Santuário passaram a ser realizadas definitivamente em 1982, quando aconteceu a transladação da imagem de uma Basílica para a ou-

tra. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida como sendo o “maior Santuário Mariano do mundo”.

A Passarela da Fé, inaugurada em 1972, liga a Basílica Velha à Nova. Sua construção de concreto tem o formato de um “S” (de Santa),com 389m comprimento e 5,85 m largura.

Ao longo de sua história, 3 Papas visitaram o Santuário Nacional. João Paulo II em 1980, Bento XVI em 2007 e Francisco em 2013, que ofereceu um cálice ao Santuário Nacional.

A fé inquebrantável

Nossa Senhora Aparecida nos remete ao fortalecimento da fé em todos os momentos da sua história. Sua imagem original, acometida por alguns atentados, seguiu firme ao longo desses 3 séculos. A necessidade de colocar a imagem em uma redoma de vidro à prova de bala se deu por conta do atentado de 1978, quando um rapaz de 19 anos, a destruiu em mais de 200 pedaços. A artista plástica Maria Helena Chartuni, então, levou 33 dias para restaurá-la. Enfim, é hora de comemorar os 300 anos de vitórias da acolhedora Mãe Aparecida. E a confirmação de todo o seu amor se dá pela concessão da indulgência plenária, decretada pela Penitenciária Apostólica, aos fiéis que visitarem a Basílica em forma de peregrinação, verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade. Mãe Aparecida, rogai por nós! Dani Nanni Redação BIO Outubro de 2017


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Solenidade de Todos os Santos

Igreja celebra no dia primeiro de novembro a solenidade de todos os Santos, daqueles que cumprem o desejo de Deus mesmo - “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação” - 1 Ts. 4,3. Este desejo de Deus é extensivo à toda a humanidade, porém, poucos de nós conhecemos em essência o que significa ser santo, e deixamos de almejar esta realidade para nós por ignorância. O que é, então, a santidade? Olhando para as Escrituras e para os escritos dos grandes santos da Igreja, podemos definir esta belíssima realidade em quatro pontos essenciais:

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A santidade é a nossa configuração com a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Este processo pelo qual nós vamos nos tornando cada vez mais semelhantes a Ele. Trata-se de um caminho progressivo de desembaraço das criaturas para unir-se cada vez mais ao Criador pelo caminho oferecido por Jesus. Sendo assim, este caminho de “cristificação” leva em consideração a obediência à voz de Deus, a abertura para a penitência, contrariando as próprias vontades e acolhendo a vontade do Pai, tal como Jesus realizou em sua vida terrena. A configuração ao Cristo não se faz sem a oração, sem a escuta atenta do próprio Senhor que fala ao nosso coração e nos indica o caminho de como agir em cada situação de nossas vidas.

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A santidade é a perfeição da caridade, do amor. O primeiro mandamento da lei é precisamente “amar a Deus sobre todas as coisas”. A santidade nada mais é do que a perfeição heroica da vivência deste mandamento. Nós somos capazes de amar a Deus sobre todas as coisas porque tal amor não é originado em nós mesmos. Pode-

mos amar a Deus assim porque, ao olharmos para a cruz vemos que lá Ele amou a cada um de nós individualmente sobre todas as coisas, entregando-se por nós, pela nossa salvação, amando-nos com seu amor eterno e infinito. Porque somos muito amados, somos capazes de amar e, portanto, por este mesmo amor, somos capazes de nos unirmos a Deus em todas as obras de nossas vidas, preparando-nos para a união mais íntima e suprema do céu.

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A santidade é a vivência cada vez mais plena e experimental do mistério inefável da presença da Trindade em nós. Desde o momento de nosso santo Batismo, Deus mesmo veio morar conosco, tornando-se nosso Pai e Amigo, com o qual podemos ter a maior de todas as intimidades. Desde o nosso interior, Deus se torna nosso impulsionador e motivador em nossa vida sobrenatural e podemos verdadeiramente senti-lo e nos entreter com Ele. A Trindade Santíssima realiza as suas divinas operações em nossa alma tal como faz desde toda a eternidade no céu. Desta forma, podemos exclamar com Santa Elizabeth da Trindade: “o céu é Deus, e em minha alma ele está”.

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A santidade, enfim, é a perfeita identificação e conformidade de nossa vontade com a vontade de Deus, como diz Santa Teresa D’Ávila. Não é fácil viver inteiramente esta conformidade, porém, tal dita não é impossível. Deus jamais nos pede algo que esteja além de nossas forças. Aqui é absolutamente imprescindível a mortificação de nossa vontade por meio de penitências, seja elas as que escolhemos e, sobretudo as que nos são enviadas por Deus, pois, as cruzes não escolhidas são

Todos somos responsáveis pelas vocações, em especial as sacerdotais

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vocação sacerdotal é um grande dom de Deus para aquele que o recebe, conduzindo-o no caminho de perfeição. Mas esse dom não trás benefício apenas para quem o recebe, mas a toda comunidade que tem que o sacerdote que zela por ela e a pastoreia. Todo o cristão católico precisa do padre que, dentre tantos auxílios, na santa missa, traz presente Jesus na Eucaristia. Segundo São João Maria Vianney, o padre acompanha a pessoa em toda a sua vida, desde o nascimento para Deus no batismo, no alimentar a fé do fiel na palavra, na Eucaristia e na administração de todo sacramento, até a sua morte quando encomendado para Deus no rito da Igreja chamado exéquias, no sepultamento. O Serviço de Animação Vocacional (SAV) e a Pastoral Vocacional tem importante tarefa de levar os jovens a uma reflexão sobre a von-

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tade de Deus em suas vidas, o projeto que Ele pensou para cada um e o acompanhamento do discernimento vocacional como resposta do jovem vocacionado a Deus depois do primeiro despertar vocacional nas diversas comunidades das paróquias de nossa diocese. Mas isso não é um trabalho apenas dessa pastoral e de seus agentes. Se toda a comunidade precisa de um padre, o trabalho de rezar pelas vocações e pedir ao Dono da messe que envie trabalhadores para a sua seara é de todos. A comunidade, que tem também a sua vocação, tem a responsabilidade de não apenas rezar, mas de zelar pelas vocações, seja ela qual for, e em especial a vocação sacerdotal. São João Paulo II nos alertou sobre isso em seu documento Pastores Dabo Vobis: “É grande a urgência, sobretudo hoje, que se difunda e se radique a convicção de que todos os membros da Igreja, sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações” (pp. 108-109). O saudoso Papa exorta a gerar uma cultura vocacional em nossas paróquias e comunidades, na consciência de que todos somos responsáveis pelas vocações em toda a Igreja. O Concílio Vaticano II diz: “O dever de fomentar as vocações sacerdotais pertence a toda comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã” (Optatam Totius, 2).

as mais eficazes para nos purgar de nossos pecados, defeitos e más inclinações. Nossa vontade rebelde vai se aproximando à vontade de Deus pela oração e, obviamente, pela adequada assistência aos sacramentos, que vai aumentando nossa vida na graça e nos fortalecendo para repelirmos os ataques das tentações. De tudo que se falou vale a pena lembrar que, embora existam múltiplas definições para a santidade, trata-se de algo acessível para todos e que, em última análise, nos remete para uma união mais íntima com Deus. No momento de nosso batismo, todos fomos chamados universalmente para sermos santos. A santidade não é, portanto, uma tarefa para uns poucos iluminados. É missão de todo e qualquer cristão batizado. Celebrar a solenidade de todos os santos é enxergar naqueles que já estão na glória do céu a concretização deste chamado que o Senhor faz para toda a Igreja e ter certeza de que contamos com a sua intercessão para nós também alcançarmos a nossa meta. Pe. Daniel Bispo da Cruz Paróquia Cristo Rei - Osasco Imagem da Internet

Graças ao bom Deus, no mês de agosto temos em nossa diocese a alegria de celebrar o ComVocação, a festa das vocações, que nesse ano chegou a sua décima quarta edição. Mas podemos fazer mais, e fazer presente essa festa em todo o ano com nossas orações e demais iniciativas que o Espírito nos suscita. Rogamos a Virgem Maria, Mãe das vocações, que interceda por todos nós e nosso sim diário a Deus. Pe. Marcelo Fernandes Assessor Diocesano do SAV 9


FORMAÇÃO PERMANENTE

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Servo dos Servos de Deus: a Identidade do Sacerdócio

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os tempos atuais, muitos são os questionamentos sobre a identidade e papel que os Ministros Ordenados possuem na Igreja. Com efeito, o Ministério Ordenado é a realidade fecunda de configuração de homens eleitos à Pessoa de Jesus Cristo, pelo qual agem in persona Christi. A doutrina da Igreja identifica dois tipos de sacerdócio cuja diferença é de natureza e grau. Um deles é aquele mesmo que é recebido no Sacramento da Ordem, em razão do qual aqueles que o recebem participam do sumo e eterno sacerdócio de Jesus Cristo. Outro é o que se recebe pelo Sacramento do Batismo por cujo intermédio os leigos doam suas vidas como oferta agradável a Deus, segundo o que escreve o Apóstolo: “Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmão, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, este é vosso culto espiritual” (Rm 12,1-2). Estas duas realidades sacerdotais, porém, não são excludentes, senão que um é o complemento do outro: a espiritualidade do presbítero surge quando há relacionamento entre este, Deus e o povo. Daí ser o sacerdócio, por excelência, um serviço de caráter ministerial. Nesta perspectiva, as relações que

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hão de se dar entre povo e presbítero estão baseadas nos tria munera cuja realidade eleva o presbítero a dignidade de ensinar, governar e santificar, em razão de sua condição essencial de in persona Christi. Como pastor, o sacerdote governa os fiéis ao seu devido fim, isto é, a santificação pessoal e à vida eterna. O sacerdote compromete-se a exercer este tipo de autoridade que é serviço, e exerce-a não em seu nome, mas no de Jesus Cristo, que do Pai recebeu todo o poder no Céu e na terra (cf. Mt 28, 18). Com efeito, é Cristo quem guia, protege e corrige sua grei, porque a ama profundamente. Mas o Senhor Jesus, Pastor supremo das nossas almas, quis que o Colégio Apostólico, hoje os Bispos, em comunhão com o Sucessor de Pedro, e os sacerdotes, seus mais preciosos colaboradores, participassem nesta sua missão de se ocupar do Povo de Deus, orientando, animando e apoiando a Igreja Militante ou, como diz o Concílio, cuidassem "para que cada fiel seja levado, no Espírito Santo, a cultivar a própria vocação segundo o Evangelho, a uma caridade sincera e ativa e à liberdade com que Cristo nos libertou". É também o sacerdote chamado a dispor do culto divino, por cuja

celebração os homens são santificados, sobretudo, mediante os sacramentos. Assim, o presbítero põe o homem em contato com Deus, com sua luz e amor eternos, pela imersão deste no Mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo: no Batismo, o sacerdote celebra a participação na vida de Deus que é revigorada na Confirmação e na Reconciliação, e é alimentada pela Santíssima Eucaristia, Sacramento que edifica a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo, Templo do Espírito Santo. Portanto, é o próprio Cristo que santifica, ou seja, que nos atrai para Deus. Mas como ato da sua misericórdia infinita chama alguns a "permanecer" com Ele (cf. Mc 3, 14) e a tornar-se, mediante Sacramento da Ordem, não obstante a pobreza e fraqueza humana, participantes do seu próprio Sacerdócio, ministros desta santificação, dispensadores dos seus mistérios, "pontes" do encontro com Ele. Entretanto, entre os múnus sacerdotais brilha com especial claridade aquele mediante o qual o presbítero ensina em nome de Jesus Cristo e da Igreja, exercendo no ambão um verdadeiro profetismo. Por conseguinte, a voz do sacerdote é "a de um que grita no deserto" (cf. Mc 1, 3), não se deixando guiar por alguma

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cultura ou mentalidade dominante, mostrando, assim, a única novidade capaz de produzir uma autêntica e profunda renovação do homem, ou seja, que Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (cf. Jo 14,6). Com efeito, na preparação atenta da pregação, no esforço de formação catequética e, de modo especial, através daquilo não escrito, que é a própria vida, o sacerdote é sempre "mestre", ensina. Mas, não com a presunção de quem impõe as próprias verdades, mas com a humilde e jubilosa certeza de quem encontrou a Verdade, foi capturado e transformado por ela, e, portanto, não pode deixar de anunciá-la. Portanto, o sacerdócio não é uma presença meramente figurativa, senão que todo fiel católico tem de ter a consciência do grande dom que é à Igreja e ao mundo este ministério. Através deles, o próprio Deus continua a salvar os homens, a estar presente em sua Igreja. Que todos saibam dar graças a Deus pelos sacerdotes, e pela oração e apoio sejam para eles amigos. Sem. Samuel Elias Netto Sem. Hiago Willian Sem. Alexandre de Paulo Sem. Marco Aurélio Sem. Lucas Orneles Sem. Rogério Batista

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O Papa Francisco e Nossa Senhora

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ma foto edificante do Papa Francisco, quando visitou Aparecida, foi o modo carinhoso como acalentou em seus braços a imagem original de Nossa Senhora Aparecida, como se estivesse embalando uma criança, olhando para ela com muita ternura. Naquela ocasião, ele afirmou: “A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: ‘Mostrai-nos Jesus’. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado”. Papa Francisco jamais distancia a missão de Maria da missão do seu Filho. Por isso, a autêntica devoção a Maria conduz sempre a Jesus: “Viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, Mãe nossa, comprometemo-nos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria”. Além dessa união necessária entre Maria e Jesus, há outra relação importante entre Maria e a Igreja, de tal modo que o católico que venera de verdade Maria, participa com alegria da Igreja. Eis o que diz o Papa Francisco: “Um cristão sem Maria está órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão

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precisa destas duas mulheres, duas mulheres mães, duas mulheres virgens: a Igreja e a Mãe de Deus”. A festa de Nossa Senhora Aparecida e todas as suas festas realmente agradam o coração de Maria na medida em que reforçam os laços de união e de participação entre o católico e Jesus, e entre o católico e a Igreja. Essas duas relações de Nossa Senhora com Jesus e com a Igreja fazem com que Ela, desde o mandato que recebeu de seu Filho aos pés da cruz de ser a nossa Mãe, transformasse-se na primeira grande Missionária de seu Filho. Diz o Papa: “Ela é a missionária que se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno... Sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto”. Longe de ficar sentada num trono de glória, Nossa Senhora tem se manifestado ao longo da história, convocando pessoas simples, como os 3 pescadores de Aparecida, o índio São João Diego, no México, Santa Maria Bernadete na França e os 3 pastorzinhos em Portugal, para serem protagonistas da evangelização. Maria e Jesus, Maria e a Igreja, Maria e a Missão, eis os binômios que autentificam nosso amor à Mãe de Jesus e nossa Mãe querida. Padre Ulysses da Silva, C.Ss.R., é missionário redentorista e reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Recife (PE) Fonte: A12.com

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PROGRAME-SE

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IV Congresso Diocesano da Juventude “A Evangelização da Juventude, uma atenção especial com esta etapa da vida humana, é altamente necessária em nossa Igreja Particular, em vista de ser este um momento de acentuada fragilidade na vida, sobretudo com relação ao desenvolvimento do caráter e da concretização de ideias”. (8º Plano Diocesano de Ação Evangelizadora, 5.2.3.3)

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ob o impulso do 8º Plano Diocesano de Ação evangelizadora e a animação do Setor Juventude, o Congresso Diocesano acontecerá no dia 15 de outubro - Dia Nacional da Juventude- tendo como proposta o encaminhamento de uma diretriz diocesana para a juventude. Sabemos o quanto é importante um planejamento de trabalho, por este motivo, este dia será um início de um novo passo de estruturação do setor com as diversas pastorais e movimentos em prol da juventude. O evento é destinado aos coordenadores de comunidade e paróquia,

que atuam nos grupos de jovens, nos ministérios de jovens, Jovens Sarados, novas comunidade, vicentinos, Legião de Maria e outros. O congresso será realizado a partir das 8h no Pequeno Cotolengo – Km 25,5 e a inscrição terá uma taxa de R$ 15,00 (quinze reais), que dará direito ao café e lanche reforçado. Você pode fazer a sua inscrição acessando o site do Setor Juventude: osetorjuventude.com. Contamos as orações e participação de todos! Setor Juventude Diocese de Osasco

Agenda Diocesana 15/10 • Congresso Diocesano da Juventude 08h00 - Pequeno Cotolengo 22/10 • Dia de Coleta das Missões 24 a 26/10 • Semana de Fé e Compromisso Social 19h30 às 21h30 - Salão de Atos da Cúria 28/10 • 6º Acolhei-vos 08h00 - Catedral Santo Antônio 28 e 29/10 • Assembleia da Pastoral Familiar Colégio da Misericórdia

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02/11 • Dia dos Fiéis Defuntos 04 a 05/11 • Catequese - Assembleia diocesana de coordenadores 8h às 12h - Casa de Retiro Sagrado Coração – Ibiúna 05/11 • Solenidade de Todos os Santos 09/11 • Festa da Dedicação da Basílica de Latrão (Catedral de Roma) 11/11 • Assembleia Diocesana 08h00 - Centro Pastoral

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