BIO 274 - Julho 2020

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Julho 2020 | Ano XXXI | Edição Nº 274 | www.diocesedeosasco.com.br

O retorno gradual às nossas atividades eclesiais presenciais

CRB: Nossa Senhora do Carmo e o Escapulário

PROGRAME-SE: 28ª Semana Bíblico-Catequética


BIO Boletim Informativo de Osasco

EDIÇÃO JULHO DE 2020 Diretor Geral Dom João Bosco Barbosa de Sousa Assessor da PASCOM Diocesana Pe. Ricardo Rodrigues dos Santos Moderadora Ir. Letícia Perez, MJS Supervisão Pe. Thiago Jordão Secretária Executiva Meire Elaine de Souza Revisão Renata Muler Amparo de Sena Jornalista Daniela Nanni Colaboração Frei Fritz Kintz, Pe. Carlos Augusto de Andrade, Pe. Dr. Gilvan Leite de Araújo, Sem. Guilheme Corrêa Roque, Ir. Ana Paula, Ir. Regina, Antônio Moraes, Dalva M. Almeida e Emílio Zoppa Diagramação Bruna Aparecida Rocha GRATUITA E DIGITAL Cúria Diocesana de Osasco Rua Dom Ercílio Turco, 60, Vila Osasco, CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 (11) 3683-5005 E-mail pascom@diocesedeosasco.com.br Site www.diocesedeosasco.com.br

SUMÁRIO Toque nos títulos para ir EDITORIAL - 3 coisas para você levar em conta antes de voltar à Missa VOZ DO PASTOR - O retorno gradual às nossas atividades eclesiais presenciais CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS NO BRASIL - Nossa Senhora do Carmo e o Escapulário PARÓQUIA EM DESTAQUE - Rainha Santa Isabel da Região Barueri FORMAÇÃO PERMANENTE - Dom da Fortaleza - Justiça NOTÍCIAS - Falece Pe. Aurélio Vieira - Dom João Bosco completa 6 anos de episcopado na Diocese de Osasco IGREJA EM AÇÃO - Semana de prevenção às drogas 2020 ESPIRITUALIDADE - A Virtude da Justiça PAPA FRANCISCO PROGRAME-SE - 28ª Semana Bíblico-Catequética


EDITORIAL

3 coisas para você levar em conta antes de voltar à Missa FONTE: ALETEIA

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uitas paróquias estão retomando as celebrações públicas. Porém, com o aumento do número de casos de Covid-19 precisamos ser prudentes. Uma das coisas mais difíceis da pandemia foi, sem dúvida, ficar sem os sacramentos. Missas e Confissões fazem parte da vida dos católicos. Ficar sem esses sacramentos foi quase que ficar sem conforto. Porém, gradualmente, as paróquias estão começando a receber fiéis em suas celebrações. O que temos que lembrar, entretanto, é que, infelizmente, esta reabertura acontece mesmo quando o número de casos de Covid-10 continua aumentando, sobretudo no Brasil e nos Estados Unidos. Isso significa que precisamos ser prudentes em equilibrar o desejo de voltar à Missa com o dever de proteger não apenas a saúde de nossas famílias, mas a de nossos colegas paroquianos e das comunidades em geral. Com isso em mente, aqui estão três coisas para você levar em conta antes de decidir voltar à Missa. Julho 2020

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. O outro em primeiro lugar Neste tempo de pandemia, honestidade e boa vontade são mais importantes do que nunca. Faça uma avaliação honesta da saúde de sua família – algum de vocês tem nariz entupido, febre, dor de garganta ou tosse? Alguém está se sentindo cansado além do normal? Algum de vocês já entrou em contato com alguém que testou positivo? Mesmo se você acha que seus sintomas são apenas provenientes de alergias, é imperativo ser excessivamente cauteloso. A maioria dos casos de Covid-19 é assintomática ou causa sintomas tão leves que a pessoa infectada não percebe que possui a doença, mas pode transmiti-la para as outras pessoas. Dado que muita gente em nossas paróquias corre maior risco de complicações sérias ou mortais da Covid, é essencial que nos lembremos do mandamento de Cristo: amar o próximo como a nós mesmos. Se você acha que você pode estar com Covid, não vá à Missa.

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. Atente-se ao número de casos na sua cidade É importante estar ciente do 3


número de casos confirmados da Covid-19 em sua cidade, especialmente se você está pensando em ir a uma reunião pública como a Missa. Por isso, verifique uma vez por dia em um meio de comunicação confiável antes de tomar sua decisão. Se houver muitos casos surgindo em sua área, seria prudente esperar até que o número de casos caia ou pelo menos estabilize. Isso é especialmente importante se você tiver membros da família com imunidade comprometida em sua casa.

com a boa higiene das mãos – lembre as crianças de não tocarem nas coisas, lave as mãos delas (e as suas) com frequência e mantenha consigo um frasco de álcool em gel. E atenção: não importa quão felizes você e seus filhos estejam em rever amigos e paroquianos, resista à

tentação de deixar escapar o distanciamento social. Por mais difícil que seja ter que esperar ainda mais antes de voltar à Missa, tanto a prudência quanto a caridade são cruciais para nos ajudar a superar essa pandemia e voltar ao normal o mais rápido possível.

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. Adotar todas as medidas de prevenção recomendadas Se você tem certeza que irá levar sua família para a Missa, tome todas as precauções possíveis. Separe máscaras para você e seus filhos e treine-os para usá-las corretamente. Explique que as máscaras ajudam a proteger a nós mesmos e as outras pessoas da propagação da doença. Lembre-os de não tocarem ou ajustarem a máscara depois que ela estiver presa no rosto. Seja cuidadoso 4

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VOZ DO PASTOR

O retorno gradual às nossas atividades eclesiais presenciais + DOM JOÃO BOSCO BARBOSA DE SOUSA

“Que alegria quando me disseram: Vamos para a Casa do Senhor” (Salmo 121,1)

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pós quase quatro meses de isolamento em nossas casas e tendo cessado tristemente quase todas as atividades presenciais em nossas paróquias, pastorais e movimentos eclesiais, vemo-nos, neste momento em preparação para retornar às atividades religiosas, gradualmente, com todos os cuidados e dentro das normas estabelecidas pelos especialistas em saúde. O fato é que a busca de um consenso do que seja o “gradual” não tem sido fácil. O quadro ainda é grave, as informações são, às vezes, propositadamente distorcidas, o contágio é alto e remédio não existe. A pressão econômica (muitos passando necessidade) e política (ano de eleições nos municípios) não facilitam o consenso. Uma coisa é certa: relaxar os cuidados só com o critério de ter ou não leitos de UTI me parece não ser sensato. O melhor ainda é não adoecer. Em comunicação constante com os padres, temos sempre buscado o melhor caminho para agirmos em Julho 2020

conjunto, mesmo com a diversidade de realidades que temos na diocese, e mesmo com as diferenças de pensamento dos padres com suas convicções e percepções. Aqui eu gostaria de compartilhar algumas reflexões com os leitores do BIO, lideranças leigas, cristãos conscientes que junto com o nosso clero buscará realizar este retorno gradual com o máximo cuidado e segurança e dentro das normas estabelecidas para todos. A nossa Igreja em meio à sociedade Há uma divergência clara de posições e até de decisões entre sanitaristas e governantes. O povo muitas vezes fica perplexo. A nossa Igreja sempre teve, desde o início, uma posição muito clara em favor da proteção da vida, especialmente das vidas mais frágeis. Mesmo quando os governantes começaram a relaxar o isolamento para facilitar o comércio, garantir os impostos, atender o interesse de outras expressões religiosas, as nossas Igrejas católicas permaneceram fechadas, ape5


nas com as celebrações nos meios de comunicação, com o intuito de proteger, em primeiro lugar, a vida. Agora, porém, começando a retornar gradualmente, deixamos de lado o princípio de proteger a vida? Jamais. Se estamos dispostos a retornar gradualmente é justamente por entender que, estando mais próximos das famílias, poderemos orientar melhor, dar exemplo de cuidado, reforçar os comportamentos de segurança para que todos utilizem esses conhecimentos em outras atividades que realizam na família e no trabalho. Abrindo espaços seguros de convivência e oração, contribuiremos para diminuir as tensões e angústias tão presentes nas famílias depois de vários meses de distanciamento e isolamento social. Poderemos oferecer na oração, a graça dos sacramentos e o conforto da fé às pessoas que sentem medo ou que estão enlutadas ou sem esperança. Oferecemos a experiência de comunhão que nutre a vida e semeia a paz nos corações e na sociedade. Este é o propósito do retorno gradual. Então, significa que a pandemia acabou? Não. Teremos que continuar com o escrupuloso cuidado com as vidas. Recomendo com muito carinho e solicitude aos idosos, crianças e demais grupos de risco que ainda não participem das celebrações presenciais. As máscaras devem 6

ser usadas permanentemente, mesmo que o Presidente tenha retirado das exigências. As celebrações pelos meios de comunicação deverão continuar ainda por muito tempo e fique claro que a Igreja dispensou os fiéis do preceito de missa presencial aos domingos, bem como a comunhão sacramental, enquanto persistir esta situação. Os municípios que estão na primeira fase (“vermelha”) deverão continuar sem nenhuma presença de fiéis até que tenham uma avaliação positiva das autoridades sanitárias que as façam passar à fase “laranja”. E todos devemos estar preparados para suspender as celebrações caso haja aumento de casos de contaminação e novas disposições da vigilância epidemiológica. Ninguém deverá estar aflito para retornar, ou servir a Deus, irresponsavelmente, a qualquer custo, ainda que seja liberado pelos agentes do governo. Esse é um testemunho que quase só a Igreja Católica tem acentuado diante da pandemia atual. E essa situação ainda vai demorar muito? Nem os cientistas e especialistas sabem dizer com certeza como serão os próximos tempos. Temos apenas o exemplo dos países que foram afetados antes de nós. Quase todos tinham mais recursos de medicina e poder econômico, comparado com os países da Julho 2020


Imagem da Internet

América Latina. Temos também o triste exemplo dos países que se apressaram em relaxar os cuidados e sofreram com o crescimento da doença. E não aprendemos essas lições. Nosso país, além de ter uma saúde já precária antes da pandemia, ainda fez e faz um trajeto errático do ponto de vista governamental. O prejuízo disso, se for possível calcular, será o de conviver com a doença ainda por muito tempo. Enquanto não houver uma vacina disponível para todos, enquanto não houver remédio eficaz, temos que ter um cuidado escrupuloso com o altíssimo contágio do vírus e suas consequências. Isso vai, portanto levar os atuais cuidados até o próximo ano, ou muito mais. Como fica a nossa vida sacramental? Ninguém nega que a nossa vida sacramental é essencial à experiência cristã. As comunicações sociais, as missas, horas santas, catequeses, pela internet são um meio novo e valioso para mantermos viva a nossa esperança, mas não são uma solução. Ouve-se por vezes o lamento dos fiéis que sentem saudades da comunhão. E não só da comunhão em si, também da confissão. Lembram-se que quando o isolamento começou estávamos com a programação dos “mutirões” de confissão já publicados e que não foram realizados. Julho 2020

Para onde foram os nossos pecados? A misericórdia divina, através de uma palavra bondosa da Igreja nos liberou a todos das missas de preceito, a comunhão espiritual e a contrição diante de Deus como remédios seguros para este tempo. Precisamos voltar. Também há o fato de que muitos não têm acesso ou habilidade para usar a internet e os meios disponíveis. A catequese foi levada com criatividade e esforço, porém muitas crianças e jovens ficaram de fora na preparação dos sacramentos. O mesmo aconteceu com os grupos que se preparavam para a crisma. E os batizados e casamentos que foram adiados. Como podem ser realizados nesse ritmo de retorno gradual? Faço aqui alguns apontamentos deixando que as medidas concretas sejam encaminhadas pelas coordenações de cada uma dessas áreas. 7


A eucaristia e a confissão Ao retomar a presença, ainda em número restrito, nas nossas igrejas, penso que não devemos, na vida sacramental, admitir remendos e meias medidas. Distribuir comunhão apenas, ou esses truques de “drive-thru” e drive-in (fila de comunhão em carros ou missas “assistidas” dentro dos veículos) não são, definitivamente, uma experiência de comunhão. Correm o risco de banalizar os sacramentos. E é bom ter presente que as adaptações litúrgicas para os tempos de pandemia foram normatizados pela Santa Sé e pela CNBB. Não cabe a nós acolher outras adaptações ao nosso gosto. Em sua precariedade, as “lives” da forma com foram recomendadas, ainda são ocasião mais serena e profunda de oração, e não oferecem perigo. Absolvição geral ou sem as condições de um encontro sereno 8

da consciência com o perdão individual não contemplam a dignidade desse sacramento. Que fazer então? Esperar o momento certo, confiar na misericórdia divina, não ostentar que se tem “direitos”, mas oferecer a Deus esse desejo sincero como um remédio possível para esse momento, para estar em comunhão com toda a Igreja e com Deus. Chegará o momento da vida sacramental plena, que devemos esperar com paciência. A Comissão de Liturgia da CNBB elaborou um protocolo de cuidados para as celebrações presenciais quando autorizadas. Esse protocolo é do conhecimento dos párocos e deve ser estritamente observado. Pedir que os sacerdotes e ministros que são idosos ou que pertencem aos grupos de risco, fiquem distantes das celebrações presenciais não constitui nenhuma discriminação ou desprezo por essa idade. São sinais

de carinho e proteção e é um dever observar essa norma. As Primeiras Comunhões e Crismas Retomando gradualmente os encontros presenciais em grupos bem conscientes, e com todo o cuidado, levaremos algum tempo até juntarmos aqueles que conseguiram acompanhar os conteúdos e aqueles que não tiveram essa chance. Levaremos muitos meses para unificar a caminhada diocesana sem deixar que uma boa parcela de catequizandos fique pra trás. E não devemos ter pressa para que isso aconteça. Os párocos tenham a devida prudência e paciência ao esperar a ocasião melhor para as celebrações de primeira comunhão, levando em conta que são eventos que movimentam todas as famílias, que ficarão excluídas com a limitação de número de presenças. Da minha parte, penso que as Julho 2020


crismas deverão ser retomadas só no próximo ano, com intenso esforço de superar as dificuldades de encontro, formação e continuidade da vida comunitária.

Algumas paróquias estão avançadas neste novo itinerário, outras ainda encontram dificuldade em pôr-se a caminho, é necessário dar passos. Aproveitar esse tempo de retorno gradual para a preparação Os casamentos e batizados de agentes e experiências conMuitas famílias espontaneamen- cretas neste sentido têm grande te adiaram as celebrações de ba- chance de frutificar. tizados e casamentos esperando condições mais favoráveis de enO atendimento dos enfermos e contros e comemorações. Apenas famílias enlutadas as emergências ou celebrações Este é um aspecto que não foi inmuito restritas podiam ser reali- terrompido pela pandemia, mas zadas. Agora com a retomada das agora pode ser aprimorado. Sem celebrações, as restrições conti- expor as famílias, e também os panuam, embora mais brandas, com dres e ministros ao vírus, é possível todos os cuidados. O documento organizar o serviço de atendimento da CNBB que trata das celebra- a esses irmãos, com todos os cuições presenciais contempla tam- dados. Há famílias que perderam bém os batizados e matrimônios, diversos entes queridos na mesma no aspecto dos cuidados a serem ocasião. Há experiências de angústomados. Devem ser levados a sé- tia e medo que precisam ser superio. Quanto à preparação dos sa- radas, há também bonitos testecramentos do Batismo e também munhos de superação e de fé. Aos dos Noivos para o casamento, é poucos a comunidade vai reuninhora de nos organizar para um iti- do todas essas circunstâncias num nerário de preparação individual grande oferecimento ao Senhor. e vivencial desses sacramentos. Imagem da Internet Os antigamente chamados “cursinhos” devem ser substituídos pela preparação personalizada. Já existem orientações e roteiros bem práticos. O itinerário é longo e, desde que assumido por equipe bem preparada, conduz não apenas ao dia da celebração, mas ao engajamento posterior mais intenso e ao “pertencimento” à comunidade, um ganho para a vida cristã. Julho 2020

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O dízimo e o sustento das comunidades Não se pode fechar os olhos às dificuldades por que passam as famílias o que também atinge as igrejas em seus compromissos de prover as necessidades de manutenção do culto e das pessoas que trabalham para a comunidade. Algumas paróquias, que já tinham uma experiência consistente de conscientização do dízimo, tiverem mais facilidade de encontrar caminhos para que os fiéis pudessem garantir o sustento da Igreja. Outras, especialmente as que já encontravam dificuldades antes da crise, ainda carecem de encontrar meios de fazer do dízimo a forma justa, fraterna e generosa de manter o serviço religioso. A catequese do dízimo feita a partir dos meios de comunicação e algumas ações criativas com confecção de alimentos e promoções também foram realizadas com sucesso. E assim se tem garantido também as ações de caridade junto aos necessitados. Este tempo de retorno gradual também deve servir para ajustar essa prática – o dízimo – como primeira e mais fundamental base de sustentação da vida em comunidade.

acaba colocando em evidência aspectos que antes nem chamavam a atenção. Aqui não cabem conclusões apressadas, levaremos um longo tempo para avaliar, reparar estragos, avançar em pontos que permitam melhorar. Me chamou a atenção uma pesquisa em que se fazia a pergunta assim: qual a primeira coisa que você vai fazer quando ficar livre do isolamento? A resposta pronta de uma grande parcela foi: “vou à Igreja”. Quero crer que a busca de uma fé mais profunda e de um retorno à vida religiosa consciente será um dos ganhos mais significativos que teremos. Será sempre bom estar atentos ao que o Espírito Santo pede às nossas Igrejas e às nossas consciências para nos colocarmos novamente em chave missionária, em atitude de serviço, em práticas de oblação e testemunho. Imagem da Internet

A vida pós-pandemia Muito se tem falado que a vida vai mudar, no seu conjunto, após esse tempo de tão severa provação. Tenho observado que o vírus 10

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CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL

Nossa Senhora do Carmo e o Escapulário - Parte I IR. REGINA, OCD Priora do Carmelo do Imaculado Coração de Maria e Santa Teresinha do Menino Jesus - Cotia - SP Imagem da Internet

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título de Nossa Senhora do Carmo está ligado aos eremitas que viviam nas grutas do Monte Carmelo, buscando, à semelhança de Maria, a intimidade com Deus no silêncio e na oração. Após a tomada da Terra Santa, viram-se obrigados a migrar para a Europa e, chegados ao Ocidente, encontraram vários obstáculos para aí se estabelecerem. De um lado, os carmelitas tinham um estilo de vida bastante diferente das demais Ordens religiosas; de outro, a crise econômica pela qual passava então Julho 2020

o continente europeu não os tornava benquistos, pois representavam mais alguém a compartilhar as pobres esmolas dos fiéis. O Carmelo corria até mesmo o risco de se extinguir. Na época, era Superior Geral Frei Simão Stock e a tradição nos conta que ele recorria à Maria sem cessar, pedindo-lhe que manifestasse sua proteção aos carmelitas e que não deixasse morrer a Ordem que nascera para honrá-la e imitá-la. E a oração de São Simão Stock chegou ao coração materno de N. Senhora... No dia 16 de julho de 1251, a Virgem Maria apareceu a São Simão Stock e lhe entregou o escapulário dizendo: Meu querido filho, recebe este escapulário para a tua Ordem. Este é o sinal da minha especial predileção que obtive para ti e para todos os filhos de Deus, para que me honrem como Senhora do Monte Carmelo. Aqueles que morrerem devotamente vestidos com este sinal serão preservados do fim eterno. O escapulário marrom é um escudo para o tempo de perigo. O escapulário marrom é uma promessa de paz e especial proteção, até o fim dos tempos. Assim, o escapulário passou a fazer parte integrante do 11


hábito dos carmelitas. Mas o que é o “escapulário”? Trata-se de uma peça de vestuário bastante comum na Idade Média, composta de duas longas tiras de pano – uma que pendia sobre o peito, outra que caía às costas – ligadas por largas alças, colocadas sobre os ombros. Daí procede seu nome. Escapulário vem da palavra latina scapula, que quer dizer “espáduas, ombros”. Seria uma espécie de avental a ser vestido so-

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bre a túnica para protegê-la durante o trabalho, para não sujá-la. Nossa Senhora, ao dar o escapulário para São Simão Stock, quis simbolizar a proteção que exerceria sobre todos os membros da Ordem. E como os carmelitas retribuíram este gesto de materna proteção da Virgem Maria? Como o uso do escapulário difundiu-se na Igreja? É o que veremos na próxima edição do BIO.

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PARÓQUIA EM DESTAQUE

Rainha Santa Isabel Região Barueri PE. CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE

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Paróquia Rainha Santa Isabel é composta por seis comunidades: Matriz Rainha Santa Isabel, Santa Helena, São Paulo Apóstolo, São Vicente de Paulo, São Domingos Sávio e Santo Antônio de Santana Galvão. - 1977 – Deu-se início às atividades da comunidade da Rainha Santa Isabel, que se reunia na Casa de Dona Antônia. - 1979 – A comunidade Rainha Santa Isabel - ganha o terreno na Rua Imbaúva, hoje atualmente, comunidade de São Domingos Sávio, que se tornou o padroeiro a pedido do Pe. Valdivino, então pároco na época. - 1983 - A comunidade começa a fazer eventos para construir a Igreja que se tornou a matriz da paróquia por longos anos. - 23 /09/ 1983 – Foi realizada a compra do lote no Jardim Maria Helena - Igreja Santa Helena. - 1984 – Uma pequena capela foi construída na Rua Imbaúva e onde passou realizar várias atividades. - 13 /07/ 1985 – Compra do lote da Igreja São Vicente de Paulo – Jd. do Líbano. - 10 /08/ 1989 - Compra do lote Julho 2020

da Rua Figueira, 73 – no Parque Viana para a construção da futura Igreja da Rainha Santa Isabel, onde veio a ser a Igreja Matriz atual. Esta viria a ser a maior Igreja da futura paróquia. - 30 /11/1990 - foi comprado o terreno no Jardim paulista a fim de ser construída a Igreja de São Paulo; esta possui o bairro mais populoso da futura paróquia. - 1990 - Ampliação da Igreja da Rainha Santa Isabel (da Rua Imbaúba). 1996 - Chega o Padre Pietro Bruno que trabalhou na área até novembro, depois retorna para a Arquidiocese de São Paulo. - Janeiro de 1997 - criação da Área Pastoral São Paulo Apóstolo e cujo animador foi o seminarista Valdivino, orientado pelo Padre José Maria- reitor do Seminário São José. - Em agosto de 1997, começa a 3ª reforma da Igreja Rainha Santa Isabel. - 19/11/1999 - Criação da Paróquia Rainha Santa Isabel, e passa a ser a Sede e o Padroeiro da Paróquia por estar em um bairro mais centralizado. - 09/07/2000 - Bênção da Pedra Fundamental da Nova Igreja Ma13


PASCOM Rainha Santa Isabel

Novena da Rainha Santa Isabel 2019

triz da Rainha Santa Isabel (Rua Figueira). Onde se encontra a Nova Matriz, ainda não terminada totalmente, mas já utilizada para a celebração dos sacramentos. - 04/05/2008 - A comunidade paroquial acolhe a Relíquia da Rainha Santa Isabel, são duas, uma para a veneração dos fiéis e outra para ser depositada no altar mor da Igreja Matriz. - 25/06/2008 - Entronização da imagem da Rainha Santa Isabel e de sua relíquia na Igreja Nova de Santa Isabel - Rua Figueira, 73. A partir deste dia, a Igreja localizada na Rua Figueira passou a ser a nova Matriz paroquial. - 23/09/2008 - A Comunidade 14

dedicada a Rainha Santa Isabel, passou a ter como padroeiro São Domingos Sávio; o pedido veio por parte do padre Valdivino que é devoto e tendo ganhado uma imagem de São Domingo de Dom Francisco (primeiro bispo da diocese). A antiga matriz, recebe então o nome de Igreja São Domingo Sávio e se dá início de um trabalho de cultivar na comunidade local a devoção ao Santo jovem. - 04/07/2010 - Entronização da nova Imagem da Rainha Santa Isabel. - 22/10/2016 - Bênção do salão da nova Comunidade Frei Galvão - Jd. Gabriela. - 17/08/2018 – É empossado por D. João Bosco Barbosa de Sousa o novo pároco Pe. Ms. Rogério Lemos, transferido da Paróquia N. Sra. Aparecida do Jd. Piratininga/Osasco. Pe. Rogério é o segundo pároco em dezenove anos da criação da paróquia e tem por vigário Pe. Tadeu Godoy. Imagem da Internet

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FORMAÇÃO PERMANENTE

Os dons do Espírito Santo: Dom da Fortaleza SEM. GUILHERME CORRÊA ROQUE 1º ano de Teologia

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quarto dom do Espírito Santo é a fortaleza, que se diferencia da virtude da fortaleza. Como sabemos, as virtudes são conquistadas através de bons hábitos repetidos no cotidiano, e que se tornam verdadeira força motora em nossas vidas humanas. Os dons do Espírito Santo, ao contrário, nos são dados por Deus para que essas mesmas virtudes sejam aperfeiçoadas, como é o caso do dom da fortaleza. Ele aperfeiçoa a virtude da fortaleza em nós, para que sejamos ainda mais intrépidos em enfrentar as dificuldades da vida presente e, mais ainda, nos torna capazes de sofrer grandes coisas com alegria. Um dos maiores exemplos de cristãos divinamente fortes nas Sagradas Escrituras é Santo Estêvão, diácono e mártir da Igreja. Nos diz a Palavra que “Estêvão, cheio de graça e de fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo” (At 6, 8), uma prova de que todos os mártires são antes homens e mulheres fortes pelo poder de Deus. De fato, o maior fruto do dom da fortaleza é o ato do martírio que, quando concretamente cumprido, Julho 2020

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revela a presença do Espírito Santo na alma do mártir, fiel a Deus até a morte. Também podemos citar outros atos característicos do dom da fortaleza, como o ato de operar nas obras providentes do Senhor, ou o ato de sofrer pelo bem da Igreja e dos outros. Todos esses atos, como se pode perceber, exigem de nós certa dose de heroísmo, algo importantíssimo para a conservação do estado de graça. Para nos provar que o heroísmo cristão não é como o heroísmo do mundo, em que são escolhidos heróis os mais fortes e rápidos, o Apóstolo exorta a comunidade de Corinto com palavras que nos encorajam: “Considerai, pois, irmãos, a vossa vocação: entre vós não há nem muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres; mas as coisas lou15


cas, segundo o mundo, escolheu-as Deus para confundir os sábios, e as coisas fracas, segundo o mundo, escolheu-as Deus para confundir os fortes; Deus escolheu as coisas vis e desprezíveis segundo o mundo, e aquelas que não são nada, para destruir as que são, para que nenhuma criatura se glorie diante Dele” (1Cor 1, 26-29). Isso quer dizer que o poder divino se manifesta na nossa fraqueza, pois o Senhor quer ser glorificado em nós, não por nossas próprias forças, mas por Sua fortaleza, dada a nós como dom pelo Espírito Santo. Dentre os meios mais eficazes de

cultivar o dom da fortaleza, está a comunhão eucarística, pois ela é o meio por excelência através do qual nos tornamos fortes pela graça de Deus. São João Crisóstomo dizia que os cristãos, após se retirarem da mesa sagrada, tornam-se como leões na batalha contra o inimigo, graças ao poder de Deus que os reveste com toda a sua grandeza. Peçamos ao Senhor a graça do dom da fortaleza, seja através da Eucaristia recebida, seja através das nossas orações, para que sejamos cristãos fortes ante o inimigo e o mundo. Santa Maria, Virgem de Pentecostes, rogai por nós! Imagem da Internet

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Justiça! DR. EMÍLIO ZOPPA Advogado da Cúria Diocesana

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lá queridos leitores e irmãos, tudo bem? No início de nossa coluna aqui no BIO traçamos uma linha de comparação do Direito e a Igreja, com fatos históricos, ou seja, para resumirmos, com fatos documentados e marcados na vida do mundo. O direito e a Igreja estão intimamente ligados, pois, como já conversamos um pouco nos meses anteriores, a nossa fé é uma fé histórica, contada e vivida pelo povo de Deus, transmitida pelos profetas e, no seu cume, no seu clímax vivida pelo próprio Deus que se fez no meio de nós para nos salvar, para nos libertar, para restabelecer a paz e a JUSTIÇA em nossos corações, para nos religar a Deus, para nos SALVAR da INJUSTIÇA!!! Por isso, gostaria de retornar esta temática Julho 2020

(O Direito e a Igreja), entretanto de uma maneira, digamos, mais filosófica. Preparados?? Vamos recomeçar a fazer este link? Vamos lá?!?! O que o direito busca entre outras coisas, em sua essência, é a justiça? Ok, podemos dizer que SIM!!! Outrossim, temos um personagem, um grande e amado santo que nos fora apresentado e o conhecemos como O JUSTO!!! O amado pai de Jesus Cristo: São José, conhecido também como O Esposo de Maria. Contudo, o que é justiça? O dicionário vai nos dizer que é a “qualidade do que está em conformidade com o que é direito”, todavia qualificar como uma simples palavra, de uma maneira tão superficial e rasa seria muito leviano, por isso convido vocês, caros leitores , a, mergulhar-

mos neste tema, sabe porquê? Pois a extrema injustiça consiste em parecer justo não o sendo, por isso quero aprofundar este tema com vocês, para que não sejam enganados por encantadores e tocadores de flautas, que nos tratam como ratos e nos levam para fora da Cidade Celeste, nos leva para longe de Deus!!! Neste mês deixo com vocês umas perguntas capciosas, ardilosas, que podem nos levar facilmente ao erro e espero que mês que vem estejamos juntos, aqui, unidos, para continuarmos, como eu gosto de dizer, nossa SAGA!!! Então vai lá, eis as perguntas que tentaremos responder mês que vem, ou quem sabe ainda este ano... rsrsrs: Vale a pena ser justo? Vale a pena buscar a Justiça? E, afinal, o que é, realmente, Justiça? 17


NOTÍCIAS

Falece padre Aurélio Vieira, o sacerdote longevo da Diocese de Osasco

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e. Aurélio Vieira de Morais nasceu no dia 01/04/1937, em Cotia – SP. Filho de Rosa Augusta de Moraes e de Juvenal Vieira de Moraes, tinha mais 3 irmãos. Entrou no seminário com 11 anos de idade, em Pirapora do Bom Jesus, onde funcionava o Seminário Menor da Arquidiocese. No ano seguinte (1949), após a inauguração do Seminário de Ibaté foi transferido para lá. Sua Ordenação Diaconal foi no dia 23/12/1961, e no dia 25/03/1962 recebeu a Ordenação Presbiteral pela imposição das mãos do Cardeal Dom Carlos Motta, à época Arcebispo Metropolitano de São Paulo, tendo como Cerimoniário de sua ordenação o atual Arcebispo Emérito de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella. A Missa Solene aconteceu na capela da Casa de Retiros Imaculado Coração de Maria, em Ibaté, onde funcionava o Seminário da Arquidiocese de São Paulo. Rezou a Primeira Missa no Santuário de Aparecida (Basílica Velha). Foi Vice-Reitor do Seminário quando ainda se denominava Casa de Formação, na então Região Episcopal de Osasco, pertencente à Arquidiocese de São 18

Arquivo Pessoal Pedro Afonso Gomes

Pe. Aurélio quando pároco da Paróquia Santo Antônio de Lisboa, na Vila Éde - SP (1964)

Paulo. Junto ao Cônego Martín Segu Girona, primeiro Reitor. Também foi Diretor Presidente da Cáritas Diocesana de Osasco por 2 mandatos (1990 a 1999). Exerceu seu Ministério Sacerdotal como cooperador da Paróquia Nossa Senhora do Ó (1962) e pároco da Paróquia Santo Antônio de Lisboa, na Vila Éde (1964), na Julho 2020


Arquidiocese de São Paulo. Na Diocese de Osasco foi vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida no Helena Maria (1973), pároco da Paróquia São João Batista no Rochdale (1975), pároco da Paróquia São José (1980) e pároco da Paróquia São João Batista (1985), ao longo desse período também foi vigário da Catedral de

Santo Antônio. Em 2007 foi transferido para a Paróquia Sagrada Família na Vila Yara onde ficou até o ano de 2012. Conforme o Código de Direito Canônico apresentou sua renúncia do ofício de pároco ao bispo Dom Ercílio Turco, sendo aceita em 30 de abril de 2012. Como padre emérito passava longas horas na Catedral

Santo Antônio oferecendo o Sacramento da Confissão. Pe. Aurélio Vieira de Morais faleceu em 6 de julho de 2020, em Osasco, após 58 anos de dedicação a Deus e a Igreja. O velório e sepultamento foram realizados na cidade de Cotia. Clique aqui e saiba mais sobre a trajetória e biografia do Pe. Aurélio

Agradecemos ao clero, amigos e paroquianos de nossa diocese pela contribuição na preparação da biografia de padre Aurélio. PASCOM Diocesana

Jubileu de Ouro Sacerdotal (2012). Na foto Monsenhor Claudemir, D. Francisco, D. Ercílio e Pe. Aurélio (da esq. para a direita)

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Dom João Bosco completa 6 anos de episcopado na Diocese de Osasco “É com imensa alegria que agradecemos o apoio de Dom João Bosco nesses 6 anos de sua caminhada e pastoreio em nossa diocese. Sempre contamos com seu incentivo desde sua chegada, quando nos lançamos em um novo desafio com a “Escola Bibico-Catequética Discípulos de Emaús” e todos outros projetos até hoje, com a sua presença e orientação para cada ação evangelizadora. Deus seja louvado pela sua Vocação de Pai e Pastor! Deus o abençoe sempre!” Coordenação Diocesana Pastoral Bíblico-Catequética

“Gostaríamos de juntos render graças ao Senhor, por D. João, que celebra seus 06 anos de pastoril nesta Diocese de Osasco. Sempre com um olhar humanizado e junto ao povo, nas suas novas iniciativas pastorais e no seu dinamismo evangelizador, junto a caminhada da CRB/Osasco, sempre com um olhar de pai, de amigo e de irmão. Que o bom Deus da vida, a Virgem Maria Imaculada, com a intercessão de Santo Antônio e São João Paulo II, continue abençoando e conduzindo seus caminhos.” Frei Fritz Kintz Ordem de Carmelitas Descalços – OCD

“Entre os méritos do Pastoreio de D. João Bosco na Diocese de Osasco está o zelo pela formação presbiteral, principalmente na busca pela excelência intelectual, espiritual e pastoral, como se pode observar a sua constante presença no acompanhamento do processo formativo do Propedêutico, da Filosofia e da Teologia, como é também observável na Faculdade de Teologia e na criação do Instituto Superior de Filosofia Sede da Sabedoria, IFISS. Um zelo raro que merece apreço e nossa gratidão.” Pe. Dr Gilvan Leite de Araújo Coordenador do PEPG e Teologia PUC-SP - Diretor do IFISS 20

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“Rendamos graças e agradeçamos a Deus pelos 6 anos de caminhada episcopal do nosso bispo Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa em nossa Diocese de Osasco! Gratidão pelo apoio e zelo na formação teológica dos leigos desta diocese, em especial no Curso Teológico Pastoral Dom Francisco Manuel Vieira, avaliado, revisado e reestruturado por ele em 2017. Deus seja louvado por seu Pastoreio entre nós!” Que o Senhor Deus fortaleça seu ministério episcopal.” Dalva M. Almeida Coord. Dioc. do Curso Teológico Pastoral

“Agradecemos ao Senhor da messe pelos 6 anos de episcopado de Dom João Bosco em nossa amada Diocese de Osasco! Um dos frutos do seu ministério é a Rádio Católica de Osasco, um sonho antigo de Dom Francisco, Dom Ercílio e do nosso povo, que com seu entusiasmo pelas comunicações e apoio conseguimos realizar. Que o Bom Deus conceda ao nosso pai e pastor uma fé inquebrantável, uma esperança viva e uma caridade ardente.” Pe. Ricardo Rodrigues dos Santos Assessor Diocesano da PASCOM

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IGREJA EM AÇÃO

Semana de prevenção às drogas 2020

ANTÔNIO MORAES Pastoral da Sobriedade

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o período de 19 a 26 de junho aconteceu a Semana de Prevenção às Drogas, transmitida pelo Programa ‘Sobriedade só por hoje’ da Rádio Frater Kerigma, Facebook Frater Kerigma, Facebook da Pastoral Familiar Diocese de Osasco, e compartilhado em outros meios de comunicação, como grupos de WhatsApp espalhado pelo Brasil. A cada dia da semana tratamos de um tipo específico de droga, trazendo testemunhos reais de pessoas que fizeram o uso das substâncias químicas, e que por meio do ingresso numa pastoral/ entidade, conseguiram vencer o vício. Contamos também com a participação dos sacerdotes Padre Luis Antônio Sochiarelli e Padre Carlos Eduardo e a bênção, por vídeo mensagem, do nosso Bispo Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa. Hoje em nossa Diocese temos 12 Pastorais da Sobriedade, sendo: um em Araçariguama, três em Barueri, três em Itapevi, dois em Jandira, dois em Cotia e um em Osasco. Contamos também com parcerias em várias entidades AA, AAESP, GRAAF, UAAB, FAM, ARA, Grupo GEV’s e GAASP, além 22

das políticas públicas, com seriedade nos tratamentos. Seria um ano difícil! Desde março como todas as pessoas, estamos nos adaptando para manter nossa santidade mental em meio a tudo que estamos vivendo. Surgem as Lives, e nossa Pastoral se entrega com humildade, qualidade e muita doação, nos enchendo de alegria. As semanas de prevenção às drogas dos anos anteriores foram ótimas e muito importantes, mas nunca tantas pessoas tiveram oportunidade de participar e ouvir os testemunhos sobre as consequências do uso de drogas e os motivos pelo qual muitos ingressaram nesse mundo de vícios. Nada disso seria possível sem a permissão divina, é claro, mas também sem o apoio do nosso Pároco Padre Márcio José Pereira, que consentiu a abertura da Pastoral da Sobriedade na Paróquia Santa Cruz. Gratidão também ao apoio do nosso casal Coordenador Diocesano da Pastoral Familiar, Wilson Chagas e Angela Cristina, e ao fundador da Frater Kerigma Francis Pontes Juvêncio e sua equipe. Julho 2020


ESPIRITUALIDADE

A Virtude da Justiça IR. ANA PAULA, FPSS (TOCA DE ASSIS) Graduada em Filosofia e Bacharel em Teologia

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o falarmos da virtude da Justiça, neste espaço, concluímos o ciclo sobre as virtudes cardeais que iniciamos lá atrás. Abordá-la por último, nada tem haver com uma ordem ou grau de importância, pois esta virtude é de grande excelência, assim como as demais. É uma virtude, inclusive, muito abordada não só no universo religioso, mas também no mundo do Direito, por exemplo. Já, o Grande filósofo Aristóteles se referia a ela no livro V da sua obra intitulada Ética a Nicômaco, onde ele analisa as relações do homem justo e do homem injusto. E já lá a justiça aparece vinculada a justa medida no que se refere ao próximo, ou seja, dar ao outro o que lhe é estritamente devido. Você dar ao outro o que lhe é de direito? É sobre isso que vamos refletir aqui. Lembremos que o chamado à Justiça é também uma Bem-aventurança evangélica: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”. Pois bem, a Justiça assinalada por Cristo para sermos bem aventurados não é um conjunto de teorias, ideologias, ciência e nem mesmo um conjunto de regras e comportamentos a serem praticados, mas é sobretudo, um modo de vida, um modo de ser, onde prevalece o direito do próximo como prevalece os meus direitos. Lembremos, ainda, as palavras de Jesus que Julho 2020

nos diz: “Com a medida com que medirdes sereis medidos (Mt 7, 2). A virtude da Justiça aparece muitas vezes na Sagrada Escritura e muitos homens são elogiados no contexto bíblico como “justo”. Vejamos alguns: José, pai de Jesus: “Por ser José, seu marido, um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente” – Mateus 1,19 João Batista: “Porque Herodes temia João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava de ouvi-lo” – Marcos 6,20 Simeão: “Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele” – Lucas 2,25 José de Arimatéia: “Havia um homem chamado José, membro do Conselho, homem bom e justo” – Lucas 23,50 Que estas referências bíblicas nos ajudem a estimular nossa vontade e nossa decisão, para que nos dias de hoje, em no mundo mundo atual, a virtude da Justiça não seja deixada ao acaso, como coisa do passado, ou como coisa necessária e destinada somente ao mundo da política e da economia, mas como realidade assumida e vivida por todos: “a começar por mim”. 23


PAPA FRANCISCO

O Sangue de Cristo ensina a doar a vida aos outros FONTE: VATICAN NEWS Iolanda Cavalcante

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o encontro promovido pela Família do Preciosíssimo Sangue, em 30 junho 2018, o Papa Francisco propôs três aspectos para o caminho de fé e de apostolado dos membros do Preciosíssimo Sangue: Coragem da verdade: É importante ser pessoas corajosas, edificar comunidades corajosas, que não têm medo de afirmar os valores do Evangelho e a verdade sobre o mundo e o homem. Trata-se de falar claro diante dos ataques contra a vida humana, dos males sociais, da dignidade da pessoa humana e das várias formas de pobreza. Atenção com todos: Na sua missão, vocês são chamados a aproximar-se de todos, fazer-se entender por todos, ser ‘populares’, ou seja, 24

ter uma linguagem com a qual todos possam compreender a mensagem evangélica. Os destinatários do amor e da bondade de Jesus são todos aqueles que estão próximos, mas sobretudo os distantes. Capacidade de fascinar e comunicar: Esta capacidade refere-se à pregação, à catequese, ao aprofundamento da Palavra de Deus. Trata-se de envolver as pessoas na fé cristã e em uma nova vida em Cristo. Assim fazia Jesus: dialogava com o povo para revelar seu mistério. Por isso, é preciso imitar o estilo da pregação de Jesus. O sangue, explicou o Papa, é o sinal mais eloquente para manifestar o amor supremo da vida entregue aos outros. Esta doação repete-se em todas as celebrações Eucarísticas, como nova e eterna Aliança, derramado por todos em remissão dos pecados. A meditação do sacrifício de Cristo nos leva a fazer obras de misericórdia, dando a nossa vida por Deus e pelos irmãos. A meditação do mistério do Sangue de Cristo, derramado na cruz pela nossa salvação, nos conduz aos sofredores, excluídos pela sociedade consumista e indiferente. Nesta perspectiva, reveste-se de importância o serviço que vocês prestam à Igreja e à sociedade. Julho 2020


PROGRAME-SE

28ª Semana Bíblico-Catequética EQUIPE DIOCESANA DA PASTORAL BÍBLICO- CATEQUÉTICA

Tema: “A Eucaristia: Mistério da Fé e Coração da Vida Cristã” Lema: “Fazei isto em minha memória” (Lc 22,19)

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Pastoral Bíblico-Catequética de nossa Diocese, caminhando em comunhão com a Igreja no Brasil, à luz das Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora e demais orientações propostas pela CNBB que conduziram ao atual processo reflexivo que conceba a catequese como itinerário de iniciação à vida cristã, com inspiração catecumenal, visa dar prosseguimento ao trabalho diocesano de proporcionar aos catequistas momentos de reflexão e aprofundamento doutrinário e espiritual. Assim sendo, será promovida, como de costume, a Semana Bíblico-Catequética, abrangendo as datas de 20 a 24 de julho aprofundando acerca da Eucaristia, coração da vida cristã e fonte de onde a Igreja

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haure a sua força. De fato, já há alguns anos o Papa Bento XVI nos ensinava, por meio da Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis que a Eucaristia é fonte e ápice da vida cristã. Em virtude das atuais recomendações e restrições sanitárias impostas pela pandemia da Covid-19, a Semana Bíblico-Catequética deste ano acontecerá de maneira muito especial e particular. Em parceria com a Pascom Diocesana e a disponibilidade dos assessores, será transmitida ao vivo pelas redes sociais da Diocese de Osasco (Facebook e YouTube), possibilitando aos catequistas das 9 Regiões Pastorais acompanharem este riquíssimo momento de formação e comunhão a partir de suas próprias ca-

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PROGRAME-SE sas, mantendo assim nossa unidade como Família Diocesana. A Semana contará com a seguinte programação, sempre às 19h30:

quanto escuta da Palavra e Ação de Graças (Eucaristia), e sua importância para vida cristã – Pe. Douglas Pinheiro Lima

23 de Julho – Quinta-feira 20 de Julho – Segunda-feira Maria, Ícone da Igreja Eucarística Adoração e Bênção do SantíssiA Virgem Maria, Mãe da Palavra mo Sacramento e da Eucaristia, enquanto Imagem, Espiritualidade Eucarística: Mãe e Modelo da Igreja Eucarística “Ninguém coma desta Carne – Pe. Rodrigo Silva Pereira sem antes adorá-la. Pecaríamos se não a adorássemos” (Santo 24 de Julho – Sexta-feira Agostinho) - Pe. Daniel Vitor CarA Eucaristia faz a Igreja doso Rodrigues Santa Missa de Conclusão da Semana Bíblico-Catequética presidida 21 de Julho – Terça-feira por Dom João Bosco Barbosa de Eucaristia: Memorial da Morte Sousa, Bispo Diocesano de Osasco, do Senhor e Pão vivo que dá vida onde fortalecidos como Igreja que ao homem vive da Eucaristia, fonte e meta da A fé na Eucaristia e os Santos, missão, seremos enviados a continutestemunho da vida eucarística - ar o trabalho na messe. Pe. Fernando Ribeiro Convidamos a todos para que juntos participemos, nos apro22 de Julho – Quarta-Feira fundemos e adoremos com todo O Domingo: Páscoa Semanal amor a Cristo Eucarístico! DivulO valor da Missa Dominical en- gue e Participe!

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1h com Maria

Todos os dias Ă s 06h, 12h e 18h


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