BIO 252 - Maio 2018

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Maio de 2018 | Ano XXIX

www.diocesedeosasco.com.br

No 252

TESTEMUNHO DE FÉ

Nossa Senhora de Fátima, aparições e mensagens da Santa de Portugal

Visita Pastoral

PÁG. 04 FORMAÇÃO PERMANENTE

Região Bonfim PÁG. 11

Aprendendo mais sobre as celebrações litúrgicas de Junho PÁG. 06 SANTO ANTÔNIO

Tradicional trezena começa no dia 01 de junho PÁG. 08 MISSÃO EM PEMBA

Diácono conta suas primeiras experiências PÁG. 09


EDITORIAL

BIO

Caro leitor...

Diocese de Osasco realiza 14º Romaria ao Santuário de Aparecida

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mês de maio tradicionalmente é dedicado de maneira privilegiada ao culto à Virgem Maria. Sabemos que na piedade popular muitas iniciativas evidenciam a fé mariana nas diversas comunidades da diocese, manifestando o amor, o carinho e acima de tudo a confiança que o povo debruça na poderosa intercessão de Maria – a “Mãe da Igreja”. A devoção mariana é ilimitada diante à misericórdia divina, e o seu poder não tem limite. Deus atribuiu a Maria tudo quanto podia oferecer. Tudo o que ela podia receber, recebeu-o plenamente. Deus estabeleceu através da devoção mariana para nós um caminho extraordinário de abundante graça. Atuando em união com ela, aproximamo-nos mais de Deus; e por isso adquirimos mais inúmeras bênçãos, colocando-nos no próprio caminho da graça, pois Maria é a esposa do Espírito Santo, a via de todas as graças merecidas por Jesus Cristo. Penetrada da virtude teologal da fé nesta missão medianeira de Maria, todos os fiéis, nesse ano do laicato devem de maneira missionária – inspirados pelo Magnificat – propagar esta devoção por toda diocese. Maria tornou-se a “Mãe de Jesus Cristo e nossa Mãe” no instante em que, respondendo a saudação do anjo, manifestou seu humilde consentimento. A sua maternidade foi proclamada, no momento em que atingiu a sua completa expansão, isto é, quando a Redenção se consumava. No meio das dores do Calvário disse-lhe Jesus do alto da Cruz: “Mulher, eis aí teu Filho”, e a São João: “Eis aí a tua Mãe” (Jo 19,26-27). Na pessoa de São João, estas palavras foram dirigidas a todos os povos de boa vontade. Cooperando nesse gesto de excelência pelo seu sim e pelas suas dores neste nascimento espiritual da humanidade, Maria tornava-se no mais pleno e perfeito sentido, nossa Mãe. Roguemos a Virgem Maria que interceda pela caminhada de nossa Igreja Diocesana que muito se alegra no início das visitas pastorais e que a presença de Dom João Bosco, nosso bispo diocesano, seja o entusiasmo mariano na prontidão de proclamarmos: “faça-se em mim conforme sua Palavra” (Lc 1, 38). Pe. Henrique Souza da Silva Assessor eclesiástico do BIO

PASCOM Diocesana

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Concentração dos romeiros em Aparecida

Diocese de Osasco realizou no dia 1º de maio, a 14ª Romaria ao Santuário Nacional de Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. Motivada pelo tema “Com a Mãe Aparecida, rumo aos 30 anos de evangelização”, a peregrinação deu início às festividades da diocese em preparação ao Jubileu de Pérola, que será celebrado em 2019. Foram mais de 300 ônibus e cerca de 16.000 romeiros, além da presença dos bispos, clero, religiosos, religiosas e seminaristas. Durante a peregrinação foram apresentadas as relíquias de Santo Antônio, padroeiro da diocese, e de São João Paulo II, eleito o co-padroeiro diocesano. As relíquias estarão em peregrinação por todas as paróquias durante este ano.

Dom João frisou a importância da presença das relíquias nas comemorações do jubileu, “destaco que as relíquias, de nossos padroeiros, estarão em peregrinação por todas as 88 paróquias de nossa diocese, nas mais de 500 comunidades e aos quase 2 milhões de habitantes, que vivem nas 13 cidades de nossa diocese”. Na Santa Missa celebrada às 9h no Santuário, Dom João em um breve comentário, mencionou que a diocese deve sempre lembrar-se de Dom Francisco Manuel Vieira, primeiro bispo de Osasco e Dom Ercílio Turco, o bispo Emérito, pela dedicação e trabalhos realizados por eles ao longo dos 30 anos de sua criação. Jefferson Rodrigues Pascom Diocesana

Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Supervisão: Pe. Ricardo Rodrigues Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Walkyria Aparecida do Rosário Jornalista: Daniela Nanni 2

Colaboração: Pe. Daniel Vitor Cardoso Rodrigues, Diácono Dênis Mendes, Sem. Diego Medeiros, Sem. Hiago Willian, Sem.Vitor Kano, Sem. Victor Mascarenhas, Sem. Thiago Jordão, Dr. Ariovaldo Lunardi, Jefferson Rodrigues, Dani Nanni E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Diagramação: Bruna Aparecida Rocha Tiragem: 13.000 exemplares

Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 | (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br Maio 2018


VOZ DO PASTOR

BIO

CNBB - Assembleia Geral Intenso trabalho, unidade e comunhão

Irmã Letícia Perez, MJS

Encontro do bispo com os seminaristas durante a Visita Pastoral da Região Bonfim

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erminamos a 56ª Assembleia Geral da CNBB com todos os temas encaminhados, esperança renovada e disposição para retomar mais um ano de trabalho em nossas dioceses. O Cardeal Dom Sérgio da Rocha, que presidiu a missa de encerramento, rodeado dos quase trezentos Bispos diocesanos, convidou-nos a rezar a Consagração a Nossa Senhora Aparecida, entregando a ela os cuidados do nosso futuro. Ficamos por dez dias na Casa da Virgem Mãe, chegando todas as manhãs aos lares do Brasil pela TV Aparecida e pelas emissoras católicas que foram levando as notícias de cada dia ao país inteiro.

cias do tempo presente. Vivemos em tempos de grande transformação, por isso a formação dos seminaristas, futuros padres, também deve ser sempre atualizada.

Diretrizes para a formação

Há pouco mais de um ano, a Santa Sé publicou uma nova instrução para a formação dos padres do mundo inteiro. Em latim se chama “Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis”. Esse documento serviu de base para a atualização, feita pela CNBB, das Diretrizes para a Formação dos Presbíteros do Brasil, que passam a vigorar após aprova-

ção de Roma. O estudo no seminário é intenso, são duas faculdades. Deus oferece a vocação, sim, mas o cultivo cabe a cada um que é chamado. O mundo de hoje não oferece condições ideais, nem na escola, nem na família, nem nos ambientes de convivência. Como construir uma vocação para que o futuro sacerdote seja um guia espiritual maduro e sereno, que vive o seu celibato mas orienta casais, um pastor misericordioso e servidor, um profeta corajoso e justo, um missionário despojado e alegre, um sacerdote piedoso e santo, um ser humano generoso, simples, leal e fraterno, que se dispõe a ser configurado com Cristo, que deu a vida até o fim. Não é uma tarefa fácil, mas é esse o desafio. Olhando os sacerdotes de hoje, quem de nós reúne todas essas condições? Não somos perfeitos. Por isso, o estudo feito pela CNBB abrange também um outro aspecto que é a “Formação Pe r m a n e n t e”, ou seja: o padre não está pronto no momento em que termina os estudos ou quando recebe as sagradas Ordens. Ele deve continuar se aperfeiçoando, aprendendo, vencendo as próprias dificuldades e deficiências através da convivência com os outros sacerdotes e das atividades comuns de aprendizado, atualização, aprofundamento do encontro pessoal com Jesus Cristo, o

único que pode nos dar um coração sacerdotal, espelho do Bom Pastor.

Olhando para fora

A assembleia da CNBB teve muitos outros assuntos a tratar. Houve assuntos de Doutrina e de Liturgia, houve estudo sobre a Igreja e o Estado Laico, os Sínodos da Juventude e da Amazônia. Houve preocupação com ambiente político atual, polarizado e agressivo, tumultuando as eleições. Preocupação também com a situação da Igreja e os acontecimentos de Goiás e do Pará, ainda não totalmente explicados e aparentemente injustos. Preocupação com a falsidade de algumas manifestações maldosas contra a CNBB, que no fundo revelam pouco conhecimento e muita arrogância e nada constroem. As notas aprovadas e divulgadas no final do encontro foram aprovadas por unanimidade. Revelam, com serena alegria, que os bispos do Brasil, a CNBB, estão unidos em forte espírito de comunhão, fiéis à Doutrina Social da Igreja, ao magistério do Papa Francisco e ao Evangelho, profética presença em meio à sociedade brasileira, nestes tempos difíceis e sombrios. Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco Irmã Letícia Perez, MJS

Olhando para dentro

O contexto do Ano do Laicato, bem como o tema central desta Assembleia, a formação do Clero, nos fez olhar para dentro, a estrutura interna da Igreja. Os leigos, chamados a participar de modo mais consciente e comprometido nas ações da Igreja e mais presentes na realidade social, dando seu testemunho, no trabalho, na política, na escola, na ciência, nas comunicações e na grande transformação da cultura. E o clero, sempre tema da maior importância, pois de sua atuação depende toda a ação evangelizadora. A formação do clero sempre deve estar de acordo com a realidade, os costumes e as urgênMaio 2018

No mês de março deste ano, o clero diocesano se reuniu, em Ibaté, para a Formação Permanente

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TESTEMUNHO DE FÉ

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BIO

Vinde Nossa Senhora de Fátima, não tardeis!

m 1917, o Papa Bento XV – durante a 1ª Guerra Mundial - convocou os católicos a pedirem para Nossa Senhora que intercedesse na guerra e trouxesse paz. Oito dias depois, em 13 de maio, Nossa Senhora apareceu em Fátima, Portugal, aos pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta. Lúcia tinha 10 anos e era a única que via, ouvia e falava com Nossa Senhora e viveu até os 97 anos. Seus primos – Jacinta, de 7 anos, não lhe falava e Francisco, de 9 anos, não a via – morreram poucos anos depois das aparições e recentemente se tornaram Santos, no centenário da aparição. “Vim para pedir que venhais aqui 6 meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma 7ª vez”. Essa foi a 1ª mensagem da “Senhora mais brilhante do que o sol”, segundo relataram os pastorinhos.

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Nossa Senhora faz um convite aos pastorinhos: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?”. E acrescentou: “Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”.

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Cerca de 50 pessoas compareceram ao local da aparição. Nossa Senhora revela que logo levaria Jacinta e Francisco para o céu e que Lúcia seria o meio pelo qual Deus estabeleceria a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

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Mais de 2 mil pessoas compareceram ao local da aparição. As informações provindas de Nossa Senhora, foram reveladas em 3 partes: - 1ª parte (escrita em 1941 e revelada logo em seguida): relata a visão do inferno. - 2ª parte (escrita em 1941 e revelada logo em seguida): a devoção ao Imaculado Coração de Maria. “Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz”. - 3ª parte (escrita em 1944 e revelada publicamente em 2000 - 19 anos após o atentando à vida do Papa João Paulo II, em 13 de maio de 1981): “o meu Imaculado Coração triunfará”, ou seja, um coração voltado inteiramente para Deus é mais forte do que as pistolas ou as outras armas de fogo.

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Os 3 pastorinhos não puderam ir ao local da aparição, pois foram sequestrados pelo administrador de Ourém, que achava que os segredos de Nossa Senhora se referiam a um acontecimento político que acabaria com a República, recém-instalada em Portugal. Mas 3 dias depois, Nossa Senhora apareceu novamente e deixou a mensagem: “Rezai, rezai muito; e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

As aparições: mensagens continuam atuais Segundo Sergio Vellozo, da Canção Nova, “Nossa Senhora, em Fátima, fez um diagnóstico, mostrou os riscos e prescreveu os remédios. Ela ofereceu à humanidade meios para se livrar de males ameaçadores representados nas visões dadas às 3 crianças. Na medida em que usamos o remédio, o mal é vencido. Almas são salvas de cair no inferno e guerras destruidoras que atingem a Igreja são afastadas, adiadas”. “O mundo viveu por vários anos a chamada guerra fria, em que o conflito com a Rússia e todo o bloco soviético podia explodir a qualquer momento numa guerra nuclear. O remédio oferecido em Fátima, uma especial consagração ao Imaculado Coração, ficou por longo tempo sem a aplicação devida. Foi somente depois de ser salvo por milagre de um atentado em 13 de maio de 1981, aniversário das aparições, que João Paulo II se ocupou das revelações de Fátima. Quando, em 1984, nosso querido Papa fez a consagração solene nos moldes prescritos por Nossa Senhora, o remédio celestial começou a agir. Bastaram 5 anos para o mundo assistir ao desmantelamento do bloco soviético”, finalizou Vellozo. Confira as mensagens de Nossa Senhora de Fátima: 4

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Mais de 20 mil pessoas compareceram ao local da aparição. “Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra. Em outubro, virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda”. Mais de 70 mil pessoas compareceram ao local da aparição. “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas”. As 3 visões, conforme prometeu Nossa Senhora, recordaram os Mistérios gozosos, os dolorosos e os gloriosos do Santo Rosário. A multidão espantada assistiu ao grande milagre prometido pela Virgem para que todos cressem.

Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Osasco

Causa de canonização: brasileiro de 5 anos é curado pelos pastorinhos em 2013 A cura milagrosa de um brasileiro de 5 anos foi a causa da canonização de Jacinta e Francisco - que aconteceu em 2017, pelas mãos do Papa Francisco. A criança caiu de uma janela de 7 metros de altura, sofrendo grave traumatismo craniano, com perda de massa cerebral. Depois de operada, caso sobrevivesse, viveria em estado vegetativo ou com graves deficiências cognitivas. Segundo a Rádio do Vaticano, “milagrosamente, após 3 dias, a criança recebeu alta, não sendo constatado nenhum dano neurológico ou cognitivo”. No momento do ocorrido, o pai da criança havia invocado Nossa Senhora de Fátima, Jacinta e Francisco. Também, na mesma noite, os familiares e uma comunidade de irmãs de clausura haviam rezado com fervor, pedindo a intercessão dos pastorinhos.

Ide a todos os povos: Nossa Senhora de Fátima na Diocese de Osasco Maria é Mãe de todas as raças e línguas e não se esquece de seus filhos. E foi assim, que em 2015, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal, esteve peregrinando na Diocese de Osasco, distribuindo suas bênçãos e graças, assim como as relíquias dos Santos Pastorinhos, em 2017. E Ela continua olhando por nós, presente em 04 paróquias e diversas comunidades da nossa diocese. Então, recorramos a nossa Mãe, em todos os momentos. Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós! Dani Nanni Redação BIO

Lucas (na foto com 9 anos), miraculado pelos pastorinhos de Fátima, esteve presente na Festa do Centenário de Nossa Senhora de Fátima (2017), na Paróquia Espírito Santo/Osasco. Maio 2018


IGREJA EM AÇÃO

BIO

Documento 107 CNBB Iniciação à Vida Cristã (IVC) Na última Formação Permanente, realizada no mês de março, foi apresentado ao clero diocesano, o novo ‘Itinerário para formar Discípulos Missionários’. Ao longo de 3 edições do BIO, compartilharemos com vocês leitores, o conteúdo do material preparado pela Comissão Diocesana Bíblica Catequética.

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O texto foi aprovado pela 55ª Assembleia Geral da CNBB

Documento 107 da CNBB vem retomar um processo que na igreja primitiva foi capaz de suprir anseios e desafios frente à realidade da comunidade na época. O processo catecumenal da iniciação cristã surgiu em um momento em que a igreja não podia contar com o apoio de uma cultura cristã na sociedade. Ele traz as etapas indispensáveis para mergulhar no mistério de Cristo e fazer parte da comunidade eclesial, que se dão por meio dos sacramentos da Iniciação à Vida Cristã. O Sacramento é consequência de uma fé assumida e, ao mesmo tempo, é o que realimenta a fé. Cada etapa desse processo atende inclusive a uma necessidade antropológica do ser humano que necessita de ritos de passagem. O Documento afirma que a resposta aos desafios da evangelização hoje, depende da renovação da consciência daqueles que atuam nas paróquias, em todas as pastorais, como participantes da ação catequética. Pois, nos

dias atuais a prática religiosa não é mais uma tradição herdada da família, mas é uma escolha pessoal que é motivada, principalmente, pela atração que a comunidade cristã exerce sobre as pessoas (IVC 7). Recorda-nos a possibilidade da construção de uma pastoral orgânica, onde todos possam ser anunciadores da boa nova através de uma postura missionária, acolhendo àqueles que atendendo ao chamado e desejam fazer a experiência do encontro com Jesus, assim como nos é apresentado na narrativa do encontro de Jesus com a Samaritana (Jo 4,542): há um encontro, um diálogo, um conhecer Jesus, há uma revelação, há um anúncio, há um testemunho. Não estamos partindo do zero. Há um passado que pode impulsionar-nos a buscar constantemente novos caminhos para que cheguemos a viver com autenticidade e zelo o seguimento de Jesus (IVC 39). Foi assim no começo da Igreja, tal inspiração catecumenal foi a experiência de Jesus e dos apóstolos: tudo começa com uma busca: “que procurais?” (cf. Jo 1,38); essa busca gera um encontro: “Mestre, onde moras?... Vinde e vede.” (cf. Jo 1,38-39); o encontro produz conversão; a conversão leva à comunhão, ou seja, a compartilhar tudo; a comunhão impele à missão, a buscar que outros também façam a mesma experiência; a missão leva à transformação da sociedade (cf At 4, 3234), mesmo diante dos obstáculos, o que se torna, neste novo tempo, uma oportunidade para promover mais qualidade e entusiasmo na missão. Além disso, a Iniciação à Vida Cristã, que é uma das cinco urgências pastorais, articula-se com as demais urgências na ação evangelizadora, ou seja, assumindo uma, implica na consideração das outras, de acordo com nosso 8º Plano Diocesano de Ação Evangelizadora. As propostas apresentadas neste documento não constituem propriamente um objetivo, mas um horizonte que nos incita a transformarmos o modo como educamos as pessoas na fé. A catequese precisa ser essa experiência que envolve a integralidade da pessoa e não a “linha de chegada”, nem o “ponto final”. Mergulhados na alegria, deixamos a mensagem a todos os que se sentem discípulos e querem fazer outros discípulos: “conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vi-

das, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.” (Documento de Aparecida, 29). Desta forma, diante dessas instruções a Comissão Diocesana Bíblica Catequética está buscando se adequar a cada passo instruindo os catequistas com a formação Bíblica, Litúrgica, Histórica e Teológica com a “Escola Catequética Discípulos de Emaús”, essa formação não se restringi somente aos catequistas, mas se estende a todos os leigos que desejarem aprimorar o conhecimento sobre os aspectos essenciais da caminhada de um autêntico discipulado. Por isso esse Documento 107 é para toda igreja, pois a missão de evangelizar e de introduzir a pessoa em um itinerário do discipulado cristão deve ser abraçada por todas as pastorais que em conjunto e com ardor missionário levam a luz e a verdade com testemunho da presença do Deus vivo. Para responder aos desafios da evangelização, principalmente na transmissão da fé cristã, é fundamental ter um projeto diocesano de iniciação à vida cristã. O projeto reunirá forças, aprofundará estudos e traçará linhas de ação para a diocese. Entre em contato conosco no e-mail: catequesediocesedeosasco@ gmail.com, envie suas dúvidas e sugestões e conheça nosso o material de catequese infantil de inspiração catecumenal que poderá te auxiliar como ferramenta para a missão. Seja catequista, seja um verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo. Pe. Daniel Vitor C. Rodrigues Coordenador Diocesano da Pastoral Bíblico-Catequética

DioceseDeOsasco

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FORMAÇÃO PERMANENTE

Solenidade de Pentecostes “Sucederá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei do meu Espírito sobre toda carne. Sim, sobre meus servos e minhas servas derramarei do meu Espírito” (At 2, 17-18). Imagem da Internet

Óleo sobre tela por Jean li Restout (1692-1768, France)

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assados cinquenta dias depois da Páscoa, a promessa de Deus se realizou. Após a Ascensão de Cristo aos céus para reinar à direita de Deus Pai, o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos e Nossa Senhora, quando estavam reunidos naquele mesmo lugar, o Cenáculo em Jerusalém. Aconteceu no dia de Pentecostes, que era uma das festas judaicas, antes chamada “Festa da Colheita”, onde os judeus ofereciam as primícias do pão feito

com o trigo da nova colheita. Pentecostes significava também festa da renovação da Aliança: os Dez Mandamentos entregues a Moisés sobre o monte Sinai. No livro dos Atos dos Apóstolos, especificamente nos primeiros versículos do capítulo segundo, temos o grandioso relato da manifestação do Espírito Santo, que, como um “vendaval impetuoso” (At 2, 2), desce sobre aqueles que estavam reunidos no Cenáculo. A partir daquela força

extraordinária do céu, o medo que prendia os apóstolos, passa a não mais existir, e “então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles” (At 2, 3), fazendo-os “ficarem repletos do Espírito Santo” (At 2, 4), deu a coragem necessária e os carismas para assim anunciar Cristo Ressuscitado. E Pedro, o primeiro sumo pontífice, impulsionado pelo Espírito Santo, realiza o seu discurso: anuncia a Boa-Nova e faz o convite à conversão. E aqueles que aderiam a fé em Cristo Jesus eram batizados. Naquele mesmo dia foram cerca de três mil pessoas. Entretanto, o dia de Pentecostes, foi muito mais do que os nossos olhos enxergam nos textos bíblicos: apenas como uma manifestação de dons e carismas. Neste dia, fim das sete semanas pascais, a Páscoa de Cristo “se realiza na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina” (CIC 731), ou seja, neste dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade. Com a subida de Cristo e a vinda

do Espírito Santo, o Reino anunciado por Jesus está aberto aos que creem Nele. Por sua vinda – algo que não cessa – o Espírito Santo faz o mundo entrar nos ‘últimos tempos’, o tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mais ainda não consumado (CIC 732). E ao celebrarmos a Solenidade de Pentecostes, que se inicia com a vigília no sábado, temos a oportunidade de viver esse mistério manifestado na Igreja. O dia de Pentecostes é um tempo oportuno que temos para renovarmos o nosso propósito de nos abrir aos dons do Espírito Santo. Pois, os dons, especificamente os sete dons, são necessários para a vida cristã, para o nosso caminho de salvação. É através destes dons que temos a graça de receber os sinais de Deus. Entretanto, se faz necessário uma vida reta, uma vida virtuosa; assim como tantos santos tiveram por meio da ação do Espírito Santo. E esse mesmo Espírito com os seus dons nos dá força para abraçar a nossa cruz. Seminarista Victor Mascarenhas 1° Teologia

Solenidade da Santíssima Trindade

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mistério da Santíssima Trindade, assim como diz o Catecismo da Igreja, é “o mistério central da fé e da vida cristã.” (CIC, n. 234) E, devido sua importância, é tarefa complicada compreendê-lo. Isso é explícito no sonho que Santo Agostinho teve, e a criança lhe afirmava que seria mais fácil colocar toda a água do oceano num pequeno buraco de areia, do que a inteligência humana compreender totalmente os mistérios divinos. A compreensão de tudo isso não foi fácil. Por isso, a correta fé na unidade de natureza e trindade de pessoas em Deus, ou seja, afirmar que Deus é Uno e Trino, foi definida somente nos Concílios ecumênicos de Niceia (325) e Constantinopla (381). A fé cristã é em Deus Uno e Trino, e mais ainda, em Deus que é amor (1Jo 4,16). Segundo Santo Agostinho, o Pai é quem ama, o Filho é o amado e o Espírito Santo é o amor, isto é, Deus é em si mesmo, uma “comunhão de amor”. Deste modo, a resposta do fiel cristão deve ser amá-lo de volta; este é o diferencial no homem e que o divide em membro de uma das cidades definidas também por Agostinho: “Dois amores fizeram as duas cidades: o amor de si até ao desprezo de Deus – a terrestre; o amor de Deus até ao 6

desprezo de si – a celeste” (De Civitate Dei, 2). Assim, a maneira de manifestar este amor da Trindade que é expandido para fora de si, foi a criação do mundo, no qual encontra-se em tudo a marca Trinitária de Deus. Inclusive, a graça é trinitária e se revela no Sacramento do Batismo, o qual envolve toda a Trindade (“Batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” – Mt 28,19), e gera uma relação do homem para com Deus (seja como filho, como irmão ou como templo). Mas, a criação inteira está envolvida na Trindade: o Pai ama tanto o mundo que envia seu Filho unigênito para salvá-lo, e após sua obra de redenção, Cristo envia o Paráclito para conduzir a Igreja à verdade e à santidade. Toda a obra salvífica é una, o que revela também a unidade daqueles que a realizaram. Portanto, a Solenidade da Santíssima Trindade serve para que todos se envolvam em adoração e gratidão a Deus que tanto ama o homem. E, nada melhor do que seguir o exemplo da Virgem Maria, aquela que soube unir-se profundamente à Trindade como se canta no Ofício da Imaculada Conceição: “Deus vos salve Virgem, Filha de Deus Pai! Deus vos salve Virgem, Mãe de Deus Filho! Deus vos salve Virgem, Esposa do Espírito

Santo! Deus vos salve Virgem, Sacrário da Santíssima Trindade!” Seminarista Vitor Kano 1º Teologia Imagem da Internet

Ícone da Santíssima Trindade (Monje Russo Andrej Rublev) Maio 2018


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Solenidade de Corpus Christi Imagem da Internet

grande mistério do Deus presente e ao mesmo tempo escondido sob as espécies do pão e do vinho, que torna partícipes da sua Páscoa os que o comungam. Crer neste mistério significa crer no milagre da transubstanciação, ou seja, após a consagração, pão e vinho não existem mais, mas agora o que temos é o Santíssimo Corpo e sangue do Senhor, restando das ofertas somente as aparências (cor, cheiro, sabor, som, textura, etc.). Deste modo, Deus que presente está na comunhão permanece para nós oculto aos sentidos, podendo ser alcançado somente pela nossa viva fé: “A vista, o tato, o gosto sobre Vós se enganam, mas basta o ouvido para

crer com firmeza.” (Hino de São Tomás: Adoro te devote) Oculto aos sentidos, sim, mas não ausente. Ele vive e está presente entre nós. Em cada sacrário nos espera. E que esperança deve nos causar a visão daquela luz acesa! É esta presença, que traz luz às trevas, que queremos exaltar e testemunhar ao mundo inteiro. Por este motivo, saímos às ruas seguindo o ostensório que contém o mais precioso Bem. Ele à frente sobre os tapetes, expressão do nosso amor, e nós atrás. Que alegria! Ele merece infinitamente mais. Seminarista Hiago Willian 1° Teologia

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ntes de ser entregue aos seus algozes e sofrer a paixão, passar pela morte e ressuscitar, Jesus deu de Si mesmo como alimento aos seus apóstolos: ‘“Tomai, isto é o meu corpo” (...) “Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado em favor de muitos”’ (Mc 14,22-23). O Senhor sabia de tudo que haveria de sofrer e sabia que ressuscitaria e depois deveria tomar seu lugar à direita do Pai levando consigo nossa humanidade. Desta forma, para dar-lhes garantia do seu amor, para que os seus não ficassem sozinhos, instituiu este Santíssimo Sacramento e ordenou que os seus apóstolos o tornassem perpétuo. A Eucaristia é, portanto, fruto da augusta caridade de um Deus que não mede esforços para garantir vida feliz aos que ama e de sua doação sem limites que é capaz de dar da sua própria carne como alimento aos seus filhos à semelhança de um pelicano. Por isso, a Igreja, distribuidora dos dons de Deus, não se cansa de exaltar Aquele que é o Santíssimo Sacramento: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado. Neste sentido, fervorosamente proclama com as palavras de São Tomás: “Terra, exulta de alegria, louva teu pastor e guia com teus hinos, tua voz!” (Sequência da missa de Corpus Christi). Celebrar o mistério Eucarístico é celebrar a maior expressão do amor de Deus por nós; amor capaz de se fazer tão pequeno para perto dos seus permanecer e lhes alimentar. Instituída em 1264 pelo papa Urbano IV, a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo visa prestar culto à presença real do Senhor sob as espécies consagradas. A Quinta-feira Santa lembra-nos a Instituição da Sagrada Eucaristia e o mandato da caridade expresso pelo ato de lavar os pés, contudo, faltava na Igreja uma celebração que colocasse em foco este

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ANO DO LAICATO

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Igreja vive dessa magnífica vocação: a vocação leiga é expressão de Cristo ao próximo, por meio do Sacramento do Batismo, impulsionada pela graça do Espírito Santo. Nesse sentido, não se pode “fechar” os olhos, é preciso, antes, abri-los para enxergar os leigos como protagonistas da ação dos frutos da evangelização. É com eles que a Igreja parte para sua sublime missão de levar Jesus Cristo “a todos os povos”. Basta ouvir a voz da Igreja Cf. LG, 51, dizendo que o conjunto dos fiéis é chamado por Deus a contribuir, do interior, à maneira de fermento, para a santificação do mundo, por meio do cumprimento do próprio dever, guiados pelo espírito evangélico. Além disso, São Paulo escrevendo aos Romanos nos fala: “em Cristo somos um único corpo” (Rm 12, 4-5), é, portanto, nessa unidade entre os ministros ordenados e os leigos que vamos, de fato, atingir o objetivo do anúncio do Evangelho. A vocação leiga é a base da Igreja, nela mostra suas ações de fé, de fraternidade e temporalidade, convidando a ser palavras vivas no mundo e a fazê-lo de maneira eficaz. A grande forma de evangelizar, então, é abraçar a vocação, de modo a ser portador da palavra, levando a Igreja ao diálogo. O catecismo apresenta uma grande diretriz sobre a vocação leiga: “Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, especialmente, eles devem ter uma consciência sem-

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Leigo: vocação de anunciar e santificar! Irmã Letícia Perez, MJS

A Pastoral da Criança, com a ajuda de voluntários, atua na comunidade dando orientação e acompanhamento às famílias sobre nutrição e ações básicas de saúde.

pre mais clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de ser Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do chefe comum, o Papa, e os bispos em comunhão com ele. Isso é a Igreja” (Cf. CCC, § 899). É essa comunhão que une e faz Igreja plena em Jesus. A vocação leiga é ser Igreja, viver pela Igreja e viver com a Igreja. E, como Igreja, deve-se olhar para as exigências sociais que os cercam, enxergar onde elas estão e descobrir o novo que nasce para, com a graça de Deus, tornar o rosto de Cristo visível aqui na terra. Afinal, hoje a sociedade necessita de cristãos leigos que amem o que fazem e que levem suas experiências com Cristo a todos à sua volta. Falta alegria no que se faz! Mostrar a vocação de leigo, que é ser amor de Deus ao próximo, fará transparecer a face de Jesus à sociedade, levando a verdade e a justiça na política, na educação, na saúde, ou seja, em todo lugar, sendo verdadeiramente sal e luz. Não dá para ficar indiferente às injustiças e não levar à comunidade a esperança do amor que brota e que vem de Cristo. O mundo está à frente! E de acordo com a missão de batizados, têm-se os fundamentos a serem utilizados: a Sagrada Palavra de Deus, a verdade e o amor em vista de um mundo melhor, uma sociedade justa e uma Igreja mais Santa. De tal modo ainda, o Santo Padre, o Papa Francisco, nos exorta na Evangelii Gaudium: Saí para evangelizar, a Igreja clama por vós! Sair para ir ao encontro do outro, o que atrai

e une em Cristo Jesus, pois: “os leigos exercem sua missão profética também pela evangelização, isto é, pelo anúncio de Cristo Jesus feito por meio do testemunho de vida e pela palavra; nos leigos, esta evangelização adquire características específicas e eficácia peculiar, pelo fato de se realizar nas condições comuns do século” (Cf. CCC, § 905). De fato, a própria vocação é viver o Batismo para o caminho da santificação, é anunciar e colaborar com uma civilização do amor, na responsabilidade de povo de Deus, fiel aos seus ensinamentos. De tal maneira que não há vocação inferior, todas são para a busca da salvação e da santificação. Por isso, a vocação leiga é ser a face de Cristo no meio da humanidade. E que cada um abrace o seu apostolado para brotar em verdadeiras e frutuosas vocações, uma vez que todos são chamados à santidade! Seminarista Diego Medeiros Afinal, hoje o que precisa dos cristãos leigos? A amar o que fazem e levar o testemunho das experiências de fé! Entender a vocação batismal, que é o anúncio e o apostolado, ser amor de Deus ao próximo, transparecer o rosto de Cristo nos ambientes que o cercam, levando a verdade e a justiça na política, na educação, na saúde, na família, ou seja, em todo lugar, sendo verdadeiramente sal e luz. Não dá para ficar indiferente e sim levar a fé, esperança e amor nas periferias existenciais. O mundo está à frente! E de acordo com a missão de batizados, têm-se os fundamentos a serem utilizados: a Palavra, verdade e o amor em vista de uma sociedade melhor, e justa e uma Igreja mais santa. Portanto, deixamos uma pergunta para meditar em suas orações e ação. Entendendo que o leigo tem sua identidade no múnus batismal, o que estamos fazendo no nosso apostolado? Estamos anunciando a verdade do evangelho juntamente com a Igreja? Como leigo estou exercendo o meu papel de santificar? O que tenho feito na busca da santidade?

A comunidade que evangeliza, permanece unida!

Catedral de Santo Antônio que este ano completa 88 anos desde a sua fundação, já está se preparando para a grande festa do seu padroeiro, Santo Antônio, que também é padroeiro da Diocese e da cidade de Osasco. Mas as festividades não estão restritas somente ao dia 13 de junho. Já no dia primeiro do mesmo mês tem início a Trezena de Santo Antônio, com missas diárias que contará com a presença do bispo diocesano, Frei Dom João Bosco e com a participação de diversos sacerdotes da diocese, especialmente convidados por Monsenhor Claudemir, pároco da Catedral e vigário geral da diocese, possibilitando aos convidados participarem dessa grande festa. Antes da trezena, toda a comuni8

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dade estará mobilizada no serviço missionário de visita às famílias, realizando 13 encontros, liderados por mais de 100 animadores, que visitarão 1.300 casas, levando a mensagem do Evangelho. Contando um pouco da história do padroeiro, iremos refletir sobre o tema central: SANTO ANTÔNIO INSPIRADOR DOS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS PARA A IGREJA E PARA O MUNDO, neste ano em que a Igreja no Brasil destaca o Ano do Laicato. Nas visitas que serão realizadas, será possível conhecer ainda mais os milagres ocorridos por intercessão do “santo”; a sua catequese realizada junto aos irmãos e irmãs que queriam conhecer o Evangelho de Jesus Cristo; seu amor pela Santíssima Trindade, pela Eucaristia e por Maria, a Mãe de Deus e de to-

dos nós. Será possível também conhecer a sua humildade, embora profundo conhecedor da Palavra, sua paciência e esperança que transmitia para todos aqueles que o ouviam. Além dessa importante mobilização pastoral e evangelizadora, a comunidade irá realizar a sua tradicional quermesse, que deverá ocorrer no período de 19 de maio até 24 de junho, abrindo as suas portas pela receber mais de 10.000 pessoas dos mais diversos pontos da diocese. Será possível saborear iguarias típicas da culinária tradicional brasileira – pamonha, curau, milho cozido, pastel, fogaça, churrasco, doces espetaculares e outros – tudo em um clima familiar e agradável, sem esquecer que no dia 13 de junho estará à venda o tradicional Bolo de Santo Antônio.

Todo o resultado do bolo e da quermesse será destinado às obras de revitalização da Catedral, cuja lateral direita já se encontra em fase final de estruturação e, por isso é importante contar com a participação de todos. Já se encontra à venda os ingressos, na secretaria e na porta da igreja durante as missas, que dão direito a participar da ação entre amigos para o sorteio de um Ford Ka 0 KM, além de outros prêmios. Enfim, a diocese encontra-se em festa pelo seu Santo Padroeiro, e você e sua família não podem deixar de participar deste momento importante da Igreja Mãe, pois a Catedral Santo Antônio é de todos nós. Ariovaldo Lunardi Advogado e teólogo Maio 2018


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Maria, modelo de discípula para todas as vocações! Imagem da Internet

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o dia 06 de abril, às 15 horas, eis que desembarcava em solo moçambicano, com um coração disposto a ser surpreendido por Deus, e ao mesmo tempo curioso pelas surpresas que viriam. Ao sair da sala de desembarque, já sentimos uma primeira acolhida, pois lá estava Dom Luís Fernando Lisboa, Bispo Diocesano de Pemba, bem como alguns amigos sacerdotes, seminaristas e alguns leigos, que nos receberam com grande alegria. Nossa acolhida continuou com um momento de interação com as danças típicas de Pemba, que fora realizado pelas meninas que são acolhidas pelas Irmãs Discípulas, um projeto belíssimo e encantador. Em nosso primeiro domingo em Moçambique, o Domingo da Misericórdia, participamos da Santa Missa na Catedral de São Paulo Apóstolo, e na Celebração Eucarística foi impressionante perceber o quanto eles vivem a experiência do Mistério que perpassa a Liturgia, uma real e verdadeira participação. Ao longo da semana, participamos do Curso de Inculturação, oferecido pela Diocese, no qual pudemos conhecer mais sobre a realidade local em toda sua complexidade. Tendo encerrado o curso no dia 13, foi o dia tão esperado de conhecer a Paróquia em que exercerei meu ministério diaconal: Paróquia Cristo Rei, em Metoro, que abrange todo Distrito de Ancuabe, tendo 54 Comunidades. As primeiras impressões foram as melhores possíveis, superando toda expectativa. No sábado tive o primeiro contato com os jovens da comunidade matriz, me acolheram com grande alegria e entusiasmo, participei com eles do ensaio de cantos, aqui cabe uma observação: eles têm a Maio 2018

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ara compreendermos, em toda a sua grandeza e dignidade, a natureza e missão dos cristãos, podemos dirigir o nosso olhar para Maria. Nela encontramos a máxima realização da existência cristã. Por sua fé e obediência à vontade de Deus e por sua constante meditação e prática da Palavra, ela é a discípula mais perfeita do Senhor. Mulher livre, forte e discípula de Jesus, Maria foi o “verdadeiro sujeito” na comunidade cristã. Maria é a figura da Igreja. Ela precede todos os caminhos rumo à santidade. Na sua pessoa, a Igreja já atingiu a perfeição. Em Maria, mulher, santa, Mãe de Deus, os fiéis encontram razões teológicas para a compreensão de sua identidade e dignidade no povo de Deus. Maria é membro supereminente e de todo singular da Igreja, como seu tipo e modelo excelente na fé e na caridade (Cf. EG, 285-286). Os cristãos, homens e mulheres, são chamados antes de tudo à santidade. Se nem todos são chamados ao mesmo caminho, ministérios e trabalhos, todos, no entanto, são chamados à

santidade. Os cristãos se santificam de forma peculiar na sua inserção nas realidades temporais, na sua participação nas atividades terrenas. Santificam-se no cotidiano, na vida familiar, profissional e social. É para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1). O cristão é verdadeiro sujeito na medida em que cresce na consciência de sua dignidade de batizado. O batizado também cresce em sua consciência de sujeito quando descobre que sua liberdade, autonomia e racionalidade não são apenas características de cada ser humano maduro (EG, 287) Os cristãos são embaixadores de Cristo. E participam do pleno direito na missão da Igreja e tem um lugar insubstituível no anúncio e serviço do Evangelho. Para uma adequada formação de verdadeiros sujeitos maduros e corresponsáveis para a missão, é necessário que a liberdade e autonomia se desenvolvam não no fechamento ou na indiferença, mas na abertura solidária aos outros e às suas realidades. No âmbito da Igreja há muitos espaços nos quais os cristãos leigos exercem o seu ser e seu agir cristão. Assim como Deus é Um na diversidade das três pessoas, também a Igreja é unidade na diversidade. O mesmo Espírito divino que garante a comunhão na mesma fé e no mesmo amor, em um só Senhor e em um só Batismo (Ef 4,5), suscita também a diversidade de dons, carismas, serviços e ministérios no interior da Igreja. A diversidade de dons suscitada pelo Espírito possibilita respostas criativas aos desafios de cada momento histórico. Por fim, um dos grandes desafios que a Igreja tem pela frente, nesta geração, é promover, em todos os fiéis, o sentido de responsabilidade pessoal pela missão da Igreja e torná-los capazes de cumpri-la como discípulos missionários, sendo fermento do Evangelho no nosso mundo. Sem. Diego Medeiros

Missão em Pemba: minhas primeiras impressões Arquivo pessoal

musicalidade entranhada na alma. Domingo, Dia do Senhor, realmente Deus começou a revelar suas surpresas: Primeira Missa com a comunidade de Mahera. Fiquei emocionado durante toda celebração, as músicas realmente nos leva a Deus e nos conduz a oração. Contudo, o meu coração quase explodiu de alegria ao batizar 18 novos cristãos e assistir ao matrimônio de um casal. Querido leitor, nestas breves linhas pude registrar algumas das inúmeras experiên-

cias que vivi durante os primeiros dias em Moçambique, para que vocês nos acompanhem. Peço que você possa realmente fazer parte deste maravilhoso Projeto Missionário desenvolvido pelo Regional Sul 1 da CNBB, participando com suas orações e contribuições, pois assim também estarás unido a nós anunciando Jesus Cristo e dilatando seu Reino de Amor. Diácono Dênis Mendes 9


PAPA

BIO @ANSA

52º Dia Mundial das Comunicações Sociais Que há de falso nas ‘notícias falsas’? A expressão fake news é objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinformação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais. A eficácia das fake news fica-se a dever, em primeiro lugar, à sua natureza mimética, ou seja, à capacidade de se apresentar como plausíveis... A dificuldade em desvendar e erradicar as fake news é devida também ao fato de as pessoas interagirem muitas vezes dentro de ambientes digitais homogêneos e impermeáveis a perspectivas e opiniões divergentes.

Como podemos reconhecê-las? Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades... Por isso, são louváveis as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as iniciativas institucionais e jurídicas empenhadas na definição de normativas que visam circunscrever o fenômeno, e ainda iniciativas, como

“A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32). Fake news e jornalismo de paz, é tema do Dia Mundial das Comunicações, celebrado no dia 13 de maio de 2018.

as empreendidas pelas tech e media company, idôneas para definir novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais.

‘A verdade vos tornará livres’ (Jo 8, 32) O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. Libertação da falsidade e busca do relacionamento: eis aqui os dois ingredientes que não podem faltar, para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis. Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor.

A paz é a verdadeira notícia O melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesim das notícias e na voragem dos scoop, tem o dever de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a audiência, mas as pessoas. Por isso, inspirando-nos numa conhecida oração franciscana, poderemos dirigir-nos, à Verdade em pessoa, nestes termos: Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz. Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão. Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos. Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs. Vós sois fiel e digno de confiança; fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo: onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta; onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia; onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza; onde houver exclusão, fazei que levemos partilha; onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade; onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos verdadeiros; onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança; onde houver agressividade, fazei que levemos respeito; onde houver falsidade, fazei que levemos verdade. Amém. Trechos da mensagem do Papa Francisco para o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Você encontra a mensagem completa em nosso site: http://www.diocesedeosasco.com.br/arquivos 10

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PAPA / VISITA PASTORAL

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Nova Exortação Apostólica: “Gaudete et Exsultate” Imagem da Internet

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Papa Francisco lançou uma nova Exortação Apostólica tratando sobre a santidade e os desafios de sermos santos no mundo contemporâneo. O Santo Padre nos aponta um chamado que é para todos, nos apresentando que todos somos vocacionados à santidade, sendo possível para cada um, pois

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esta é uma vocação universal. Ele inicia seu documento tratando sobre a alegria, nos dizendo que santo é aquele que “é capaz de viver com alegria e senso de humor”, mediante as vicissitudes da vida. O Santo Padre nos alerta que santo também é aquele que sabe “comover-se e mover-se para ajudar os

miseráveis e curar as misérias”. O título desta nova Exortação Apostólica: “Alegrai-vos e Exultai” nos recorda as palavras de Jesus Cristo, dirigidas aos que são perseguidos e humilhados por causa d’Ele, lembrando-nos que o chamado a santidade é um convite a “nível universal”, ou seja, para todas as pessoas. O documento é dividido em 5 capítulos e 177 parágrafos, não sendo ele um tratado, mas um convite a este chamado divino. O Santo Padre nos diz que a santidade a que Deus nos chama, irá crescendo com "pequenos gestos" cotidianos, tantas vezes testemunhados por “aqueles que vivem próximos de nós". Baseado no “sermão da montanha” feito por Jesus, o Papa Francisco nos apresenta 8 caminhos para alcançarmos a santidade, afirmando que para sermos santos é necessário “vivermos Deus por meio do amor aos últimos”. O documento encerra-se com um pedido do Papa a todos nós, que possamos ter “discernimento”, pois vivemos numa época em que nos é oferecido enormes possibilidades de ação e distração, não nos deixando espaço para ouvirmos o ressoar da voz de Deus. O discernimento é necessário para “reconhecermos como podemos cumprir melhor a missão que nos foi confiada no Batismo”. Seminarista Thiago Jordão

Região Bonfim recebe o bispo Dom João Bosco

om João Bosco iniciou no dia 22 de abril as Visitas Pastorais da Diocese de Osasco. A Região Pastoral Bonfim foi a primeira a receber a presença do bispo diocesano. Dom João foi acolhido na Igreja matriz São João Batista, no Rochdalle, pelo pároco Pe. Geraldo de Oliveira e pessoas das distintas pastorais e movimentos da paróquia. No encontro com as lideranças, o bispo ressaltou três aspectos importantes em todo cristão:

Irmã Letícia Perez, MJS

1º - ter um espírito missionário 2º - ser leigos conscientes de sua vida cristã 3º - viver a fé comprometidos com o projeto de Jesus e dar testemunho nos ambientes e organizações onde se encontram. O bispo pediu ainda que vivamos conscientes de que somos de Jesus Cristo, somos igreja e somos Reino de Deus. “Estas três exigências se complementam”. A missa de encerramento aconteceu no dia 06 de maio na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios. No dia 28 de abril realizou-se a Missão Regional nas Colinas do Oeste na Paróquia Santa Teresinha, com a colaboração de 500 missionários cadastrados. Durante toda a visita, houve significante participação dos padres e paróquias da região. A próxima região a realizar a Visita Pastoral é a Região São José Operário, a partir do dia 14 de maio. Irmã Letícia Perez, MJS Maio 2018

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PROGRAME-SE

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Agenda Diocesana

11/05 • Reunião Regional de Atendentes Paroquiais – Região Itapevi (local e horário) 13 a 19/05 • Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 14 a 29/05 • Visita Pastoral – Região São José Operário 18/05 • RCC - Vigília Diocesana - Espaço Elena Guerra 19/05 8h30 - Formação para Membros dos Conselhos Paroquias e Regional – Região Barueri – Paróquia São João Batista. 18h00 – Encerramento da Semana de Oração pelos Cristãos – Mariápolis 19 e 20/05 • Escola de Emaús - Módulo I - Aula VI 20/05 • Solenidade de Pentecostes • Louvor Ecumênico (Encristus) – Praça de Itapevi 27/05 • Solenidade da Santíssima Trindade 31/05 • Solenidade de Corpus Christi 02/06 9h às 11h Encontro CRB Osasco – Centro Pastoral Osasco 06/06 • Reunião Regional de Atendentes Paroquiais – Região Ibiúna (local e horário) 08/06 • Solenidade do Sagrado Coração de Jesus 8h – Manhã de Oração pela Santificação do Clero 15h – Missa Diocesana Apostolado da Oração – Catedral 09/06 • Formação Diocesana de Liturgia para as Regiões Barueri, Carapicuíba e Itapevi 09 e 10/06 • Escola de Emaús – Módulo I – Aula VII 09 e 24/06 • Visita Pastoral – Região Santo Antônio 13/06 • Missa da Solenidade de Santo Antônio – Catedral

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