de olho nos
revista semanal | fevereiro | 2010
FamĂlia
EDITORIAL
http://www.samshiraishi.com
As mais variadas nuances dos tão delicados relacionamentos familiares estão entre as dicas de leitura desta edição da Revista dos Blogs.
http://www.ladyrasta.com.br Trecho do blog de Flávia Penido
Ajudando a construir a auto estima dos filhos (O post em tese seria sobre a matéria da Isto é, mas quando terminei vi que estava mais para um post desabafo de alguém que precisou fazer um esforço absurdo depois de adulta pra tentar recuperar alguma autoestima. Decidi publicar porque fazendo o caminho inverso as pessoas talvez consigam achar caminhos, certo?) A Isto É trouxe na capa matéria na qual fui entrevistada para falar sobre a construção da auto estima na infância. Olha, devo admitir que o reconhecimento, por parte de terceiros, de que consegui influir positivamente na construção da autoestima do meu filho foi pra mim um dos melhores presentes que poderia receber. Se tem uma coisa na a qual meus pais falharam miseravelmente, foi na construção da minha auto-estima. E quem é pai sabe: um dos compromissos que fazemos quando passamos a exercer a paternidade é não repetir os erros que fizeram na nossa educação. Nós sabemos que também iremos errar-; mas sempre achamos que os erros que fizeram conosco são piores, certo? Mas sabem o mais engraçado? Apesar de achar que melhorei horrores, minha auto-estima ainda é tão precária que a princípio achei que não tinha muito a ver com essa faceta do meu filho; achava que “ele sempre foi assim e pronto”. Foi só após tomar as devidas broncas de alguns amigos e ler o resto da matéria é que me dei conta do quanto eu venho fazendo. Fiz uma listinha do que acho importante: 1. Dar à criança certeza de que ela está está correta nas suas avaliações e elogiá-la quanto a isso 2. Ressaltar as qualidades da criança ao invés de compará-la com os outros 3. Demonstrar equilíbrio e estabilidade emocionais 4. Reconhecer que, graças à estrutura que você ajudou a construir, uma hora seu filho vai te vencer numa discussão 5. Dar certeza de afeto
Trechos do blog de Sam Shiraishi
Mãe, esta profissão vai me deixar rico e famoso? No fim do ano ouvi esta frase diversas vezes de meus dois filhos. O que parecia uma brincadeira, se tornou uma preocupação. Será que esta geração pensa que para ser realizado profissionalmente é preciso ser o mais famoso e o mais rico possível? Tento sempre explicar – e neste ponto tem que valer aquela incansável capacidade das mães de repetir as mesmas coisas – de que ser bem sucedido é mais do que ser rico ou famoso, é ser realizado e feliz com o trabalho. E, claro, que, na medida do possível, seja útil para a sociedade, ajude a melhorar o mundo. Aí meu filhote de sete anos: mas eu quero ser rico e famoso para também poder comprar um Wii de Natal para minha família, como vocês fizeram. Neste ponto “caiu minha ficha”. Para as crianças, a medida da fama e da riqueza é diferente da nossa. Pelo menos no começo da vida, eles não têm noção da diferença entre ter um milhão ou mil reais, tudo é grandioso. Mas vale a pena orienta-los sobre como suas escolhas cotidianas – se dedicar de fato a aprender na escola, desenvolver talentos verdadeiros ligados à arte, à escrita, à matemática ou à comunicação, podem lhes garantir um futuro menos difícil. Quando meu filho mais velho começou a ter provas eu mostrei a ele meus boletins e histórico escolar. Foi curioso ver sua reação ao saber que aquela nota de uma única prova ficaria para sempre marcada. E foi suficiente para que ele passasse a encarar a escola como algo que merecia sua atenção de verdade. Quando lemos sobre Coaching de Carreira, uma atividade que está em voga, notamos que as dificuldades para ser bem sucedido e feliz na profissão escolhida começam lá atrás, nas escolhas. Coach é o técnico, o orientador. Ele nos ajuda no processo que visa buscar competências para realização de metas pessoais. Então, que tal ser um pouco coach de seu filho, observando suas reais competências (não aquelas que nós desejamos que eles tenham) e incentiva-lo a encontrar prazer em se dedicar ao que lhe apraz e pode ser uma profissão no futuro? Esta atitude amorosa pode ser mais importante e impactante na vida dele do que a busca de escolas caras e de cursos extra-curriculares sem fim.
Salto alto “like as Suri Cruise” em meninas: pode ou não pode usar? Quem acompanha os sites de celebridades já deve ter visto cenas mimosas e outras nem tanto da pequena Suri Cruise, 3 anos, a filha do astro Tom Cruise e de, Katie Holmes (de que em sou fã, como denuncia um antigo post meu) A pequena tem aparecido usando sapatos estilo princesa, aula de dança, sapatilhas sempre com um saltinho que chama a atenção. Katie, tem sido sabatinada por críticos, outras mães e especialmente pela imprensa que lhe questionam como pode ser tão permissiva fazendo todas as vontades da filha e talvez até incentivá-la. E eu pergunto: afinal de contas, crianças/meninas podem usar salto ou não? A mamãe atriz costuma responder que “os sapatos são, na verdade, modelos de dança feitos para crianças. Eu os encontrei e Suri adora”. Se assim for, melhor… Mas cá entre nós, eu deixaria de lado os saltos de Suri e me preocuparia mais com seu maravilhoso guarda-roupa, avaliado (leia) em mais de 3 milhões de dólares e que conta com muitas roupas de grifes famosas e feitas na medida apenas para ela: O Mas que é um exagero pra uma criança, não é?! E o que dizem os especialistas sobre os saltinhos, afinal? A recomendação é para que crianças fiquem longe de saltos! “Quando ela usa o salto, o pé fica acomodado em posição de ponta, o que retrai a musculatura do tendão. Como está em fase de crescimento, isso faz mal para sua postura. A consequência do seu uso precoce são dores no corpo e problemas de alongamento” diz Cláudio Santili, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. (Fonte: Revista Crescer) divulgação
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Trecho do blog de Tiffany Stica
http://www.cybelemeyer.com.br Trecho do blog de Cybele Meyer
Geração “Y”. Você é? Lendo a reportagem da Somos Bio que fala sobre Geração Y na voltagem dos negócios fui verificar os quesitos que identificam uma geração como sendo “Y” e me senti um pouco “Y” embora não pertença à faixa etária ali denominada. Para estar incluído você tem que ter nascido entre 1978 e 1990. Tem que ser jovem, dinâmico, antenado, inquieto e impaciente. Tem que jogar videogame, ser usuário da internet. Muito bem! Se você se enquadra neste perfil, então seja bem-vindo à geração “Y”. A esta geração pertence a maioria dos blogs e eles são encontrados em praticamente todas as Redes Sociais e este convívio faz deles pessoas antenadas, bem informadas, atualizadas, formadoras de opinião, seguras e com poder de ação. A geração Y não tem medo de arriscar e por isso inova e busca novos rumos. Muitos não se submetem a seguir carreira em que tenham que ter horários e que precisam desempenhar somente o que lhe for pedido. A geração Y precisa criar e experimentar. Este comportamento já os qualificou como folgados, insubordinados, que não levam nada a sério, mas a realidade é muito diferente. Estes jovens procuram fazer aquilo que lhes dá sentido e que acrescente algo à sua vida. Quem enxergar isso primeiro sairá na frente. Por isso é muito bom as empresas mudarem seu foco e propiciarem condições para acolher esta geração Y que, em razão de fazer somente aquilo que lhe é significativo, desempenhará muito bem o seu trabalho e propiciará resultados estimulantes para todos uma vez que sabem e preferem trabalhar em equipe e esperam resultados rápidos e desafios constantes. A escola também precisa enxergar os alunos da geração Y e propor mudanças em sua didática.Esta geração aprende o tempo todo usando todos os recursos que têm acesso. Vamos caminhar lado a lado onde a troca, o respeito e a aprendizagem são mútuos. Embora eu tenha nascido na época da geração pós-guerra, tenha passado minha juventude entre os hippies pregando a “Paz e o Amor” me adequei muito bem nesta geração Y. E você? A que geração pertence?
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http://www.blogdati.com
http://pensoemtudo.tempsite.ws/
Redes Sociais não são Playground
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Trecho do blog de Maite Lemos
A internet entrou na minha vida pra valer há cerca de menos de dois anos. Até dois anos atrás eu nem sabia que esse era o nome dado aos sites como o Orkut. Que era somente o que eu conhecia.As coisas só mudaram pra mim porque as redes sociais tornaram-se meu foco profissional e se você não trabalha nessa área não precisa conhecer a fundo toda essa parafernália. Na metade do ano passado levei minha filha, de oito anos, a uma festinha de aniversário de um coleguinha. Eu sou do tipo de mãe que, sempre que possível, fica nas festinhas. Por sorte, não sou a única, apesar de sermos poucas. Formamos sempre uma rodinha de mães e o assunto não poderia ser outro: filhos. Conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre os trotes telefônicos que simulam sequestros e a audácia dos marginais em vasculhar nossas vidas para obter informações que sustentem a farsa do sequestro. Logo logo concluímos, todas, que uma das principais ferramentas da bandidagem era o tal do Orkut. Eu, apesar de oscilar entre fases de tranquilidade, nas quais expunha fotos de toda a família na rede e fases de extrema neura, onde deletava qualquer tipo de informação que pudesse alimentar facções criminosas, era a ÚNICA na mesa com um perfil no Orkut. Isso quer dizer que elas podem até saber do que se trata. Mas não conhecem de fato. Como assim? Como uma mãe permite que seu filho pequeno frequente um ambiente que ela não conhece? Você deixaria seu filho participar de uma reunião de adultos num local desconhecido? Tenho certeza que não. Então, por favor, entenda que inclusão digital não significa jogar todo mundo na web, de qualquer jeito, em qualquer lugar. Assim como em qualquer ambiente off line existem situações inapropriadas a determinados grupos, na internet cada coisa também tem o seu lugar. Sou extremamente a favor de apresentar o ambiente virtual às crianças. O quanto antes. Mas isso precisa ser feito de forma consciente. Existem redes sociais próprias para cada idade, para cada fase da vida. Com um pouco de interesse, você encontrará redes sociais que se encaixem à idade e às aptidões de cada criança, além de protege-lo de danos reais.
http://smiletic.com Trecho do blog de Simone Miletic
O segundo lar de seu filho é a escola Voltando cinco anos me vejo buscando um berçário para deixar a Carol depois de um ano de licença. As opções eram vastas: desde berçários simples, até esquemas em que eu poderia ver minha filha ao longo do dia em um site de internet. E aí você se vê tendo de considerar milhares de variáveis, avaliar custo, distância, qualidade, sentir-se a vontade, encontrar em quem confiar aquele que é seu bem mais precioso. O que conta mesmo é o instinto de mãe e o seu coração. Optamos por uma escola que tinha berçário e na qual a Carol poderia seguir até o ensino médio. E coração de mãe dificilmente erra. Como podem ver nos diversos sorrisos no dia a dia da Carol na escola. É lá que ela passa seu dia todo e o importante para mim é que ela se sinta feliz a ponto de correr para dentro da escola todos os dias quando eu a levo. A escola é o segundo lar de seu filho. Deve compartilhar com os pais seus valores, sua forma de conduzir o ensino. Pais e educadores precisam, desde sempre, ter bem acordados entre si o papel de cada um, sempre existindo espaço para pedir uma ajuda. Quantas vezes procurei as pedagogas da escola para pedir ajuda quanto a algum comportamento dela que nos preocupava? E sempre encontrei abrigo, carinho e atenção. Precisei conhecer e entender como ela seria ensinada, o que seria priorizado e quais os degraus que teria de subir. Em 2008, quando a turma da Carol seguiu para o pré, vi muitos pais tirando seus filhos da escola porque eles não estavam sendo alfabetizados, quando a proposta da escola sempre foi a alfabetização apenas na primeira série, utilizando os anos anteriores para desenvolver outras habilidades. A tarefa dos pais não termina quando a criança entra pela porta da escola. No final do dia é necessário saber o que se passou, é preciso olhar cadernos, se envolver nos trabalhos. De tudo que deixamos de herança, o aprendizado de nossos filhos é o mais importante. A educação, para mim, é assunto sério. Se você também pensa assim, se una ao grupo que está lutando por uma melho educação para nosso país: o Eu, Você, Todos Pela Educação.Conheça o trabalho desse grupo acessando aqui e faça também sua parte.
O show vai começar O blog do Rafa & Júlia, de Michel Rôças Aisenberg: http://micdani.com.br/blog/2010/02/03/o-show-vai-comecar/
http://www.blogbolsadevalores.com.br
Quando nossos pais se tornam estranhos
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Trecho do blog de Erica Hans
Cada um tem uma história diferente quando se trata da relação com pai e mãe. Mas eles são referência na vida da gente. Minha mãe é minha referência na parte “mulher”. Ela me criou dizendo que eu deveria ser independente, jamais depender de marido. Ensinou tudo que você imagina de etiqueta. Mammy também sempre andou muitíssimo arrumada. Outra coisa que eu “herdei” dela, e agora que tenho minha casa, me pego fazendo, é obrigatoriamente arrumando a mesa, seja para eu tomar o café sozinha ou com mais amigos. Meu pai, ou vulgo papito, é o típico trabalhador-politicamente correto. Cresci ouvindo que o diploma dele já estava na parede, estudos em primeiro lugar, que nada vem fácil e que dinheiro não nasce em árvore. Eu nunca vi ele falar mal de ninguém também (tough lesson!) Seguimos nossas vidas muitas vezes em cima das atitudes deles, mesmo sem perceber. O problema é quando nossos pais começam a ter atitudes estranhas. Perdemos de vista a nossa referência e pensamos: e agora, em quem vou me espelhar?Quando você começa a questionar e discordar do que seus pais fazem, aí você tem um problema.Primeiro porque duvida se é realmente válido tudo que você fez até hoje. Segundo que seus heróis-de-plantão, viram personagens quaisquer e o principal vira você, você mesmo e Irene. Quando estranhamos nossos pais é de parar e pensar: talvez eu esteja grande o suficiente para julgar situações. Talvez meus pais-heróis sejam seres humanos comuns. Talvez devemos entender que, se até agora tudo deu certo, uma boa parte de tudo que eles te ensinaram válido. Mas agora é com você.
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