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São Paulo, 12 de fevereiro de 2008 – Edição 551 – www.bites.com.br

Questão de números Presidente da IAB Brasil quer estruturar debate para unificar estatísticas sobre a internet brasileira

O

presidente do Internet Advertising Bureau Brasil, Paulo Castro, está convencido que existe um distanciamento entre os números reais de pessoas conectadas à internet no Brasil e as antigas estatísticas ainda em discussão no mercado. Por exemplo, é comum em algumas rodas de especialistas a afirmação que apenas 200 municípios brasileiros têm cobertura de serviços de banda larga. “É uma informação, no mínino estranho, porque só o Terra está presente com este serviço em 1.600 cidades”, afirma o executivo, que também é presidente do Terra Brasil. A pretensão de Castro é relativamente simples. Ele quer criar uma espécie de fórum no qual todas as entidades ligadas ao assunto, como a IAB, tentem encontrar um discurso que ajude no crescimento sustentável dos negócios digitais em território nacional. Castro lembra o caso de clientes das centenas de milhares de lanhouses espalhadas, principalmente no interior e nas periferias das grandes cidades, que, por enquanto, estão fora das estatísticas oficiais. “São locais, às vezes, com um único computador que garantem o acesso a centenas de pessoas da comunidade”, diz o presidente da IAB. Ele também lembra os clientes de provedores à rádio, segmento de acesso à rede que cresce também em cidades de pequeno porte. Paulo Castro quer levar essa discussão para dentro do Comitê Gestor da Internet, cujo novos conselheiros fizeram a sua primeira reunião nesta segunda-feira, dia 11. O conselheiro Jaime Barreiro Wagner, que representa os provedores, deve levar esse debate para dentro do CGI.br. A intenção dos provedores de acesso é que a unificação do discurso sobre real tamanho da internet comece primeiro dentro da entidade responsável pela política de governança da rede no País. O CGI.br tem como hábito fazer estudos de maior envergadura sobre o tema e Castro pretende convencer o representante das empresas de acesso a propor a inclusão desse tema nas próximas pesquisas programadas. “O CGI.br é a estrutura ideal para liderar esse processo de unificação dos números porque nele estão representados todos os pontos de vista da sociedade brasileira”, afirma Castro. O caso das Lanhouses é o que mais chama atenção e já sendo objeto de estudos acadêmicos em função do impacto social desse pequeno negócio em comunidades carentes ou municípios com menos de 20 mil habitantes. Os números desse mercado são imprecisos, mas acredita-se na existência de mais de 3 milhões de lanhouses em operação no Brasil. Em municípios como Salgueiro, no sertão pernambucano, que tem 20 mil habitantes, já foram contabilizadas 100 dessas unidades de acesso à rede. Esse negócio já chama a atenção de gente do tamanho da Microsoft que já verifica a possibilidade de criar uma estratégia comercial específica para esse segmento de mercado. Na maioria dos casos, os softwares utilizados nas lanhouses são piratas e a intenção da Microsoft seria criar mecanismos para viabilizar a compra de programas legais.

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