A audiência social dos candidatos a governador no Brasil

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RICARDO NOBLAT SÃO PAULO, 06 DE AGOSTO DE 2014

ESTUDO

A CORRIDA DO IAS ESTUDO DE BITES MOSTRA QUAL A AUDIÊNCIA SOCIAL DOS 171 CANDIDATOS A GOVERNADOR NAS ELEIÇÕES DE 2014 E COMO PT, PSDB E PMDB CONCENTRAM MAIS DA METADE DESSE UNIVERSO .

O

s governos dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal serão disputados em outubro por 171 candidatos, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A média é de 6,3 por estado. São Paulo, o maior colégio eleitoral do País com 31,2 milhões de votantes, tem nove postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. O mesmo número de pretendentes ao Palácio dos Martírios, sede do governo de Alagoas, que tem 1,8 milhão de eleitores e representa o 19º colégio eleitoral do Brasil. Os custos de campanha devem alcançar o recorde de R$ 73,9 bilhões, especialmente com a produção de programas para o horário eleitoral.

Uma parte desse investimento deve ir para a Internet com especial atenção para as redes sociais porque os candidatos já entenderam o poder do digital em suas campanhas e estão trabalhando no corpo a corpo com os eleitores que acompanham suas mensagens dentro do ambiente digital. A consultoria BITES, especializada em análise de dados digitais, fez uma radiografia da audiência social dos políticos que disputam a corrida em seus estados. Para essa tarefa, BITES aplicou a metodologia do Indicador de Audiência Social (IAS), que representa a soma dos seguidores e fãs que seguem marcas ou personalidades em quatro redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram, Google Plus) e ainda o número de assinantes de canais no Youtube. Essa análise permitiu identificar como os candidatos estão fazendo uso de seus perfis sociais, quais estão conseguindo com maior taxa de alcance junto aos eleitorado com acesso à Internet e qual a rede de apoio digital dos candidatos à presidência da República.

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Essas são as principais descobertas do estudo de Bites: Os 171 candidatos registravam em 31 de julho deste ano, data do encerramento da medição, IAS de 6,4 milhões de fãs e usuários, equivalente a 10% do eleitorado brasileiro com acesso à Internet com base em dados do IBGE. Entre os postulantes ao Poder Executivo nos estados, 76,6% tinham perfis nas quatro redes analisadas ou um canal no Youtube, sendo assim a distribuição:

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70% com páginas no Facebook 52% com perfis no Twitter 33% com canais no Youtube 28% com perfis no Google Plus 20,4% com contas no Instagram.

Em média, os candidatos a governador alcançam 3,52% do eleitorado com acesso digital em seu estado. Apenas 41 nomes estão acima desse percentual. Entre aqueles com melhor performance na relação de alcance entre o seu IAS de campanha e eleitorado online estão Ângela Portela do PT de Roraima com 64,8%, o líder do governo no Senado e nome do PMDB ao governo do Amazonas, Eduardo Braga (25%) e Márcio Bittar (24,7%), que concorre pelo PSDB no Acre contra o atual governador Tião Viana (PT), que alcança 22,7% dessa relação. Do ponto de vista quantitativo, o ex-governador Anthony Garotinho e candidato pelo PR no Rio de Janeiro lidera o ranking nacional de IAS com 875.497 fãs e seguidores, considerando os números até 31 de julho deste ano. O segundo colocado é o senador Marcelo Crivela, do PRB, com 666.587 fãs e seguidores nas cinco plataformas sociais integrantes do indicador de Bites. A terceira posição é do atual governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, do PSDB. Ele tinha no final de julho IAS de 525.478.

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O FACEBOOK É A REDE PREFERIDA DOS CANDIDATOS A GOVERNADOR COM 70% DE UTILIZAÇÃO CONTRA 20,4% DO INSTAGRAM.


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O PT e o PSDB concentram 35% do IAS total das campanhas para os governos estaduais, sendo que os tucanos levam uma pequena vantagem com 17,79% desse universo com 17,26% dos petistas. O PMDB vem em terceiro com 14,8%. Os candidatos das três legendas, dentro do universo de 31 partidos que lançaram nomes aos governos estaduais, concentram metade do IAS. Os partidos que estão apoiando a reeleição da presidenta Dilma Rossueff (PT) têm 4,3 milhões de IAS contra 1,2 milhão de Aécio Neves (PSDB) e 722.000 de Eduardo Campos (PSB). Esse número revela que a presidenta teria melhores condições de alcançar mais eleitores com acesso à Internet numa ação integrada da sua campanha no mundo digital. No caso de Campos, a sua candidata a vice, Marina Silva, tem IAS 2,2 maior que todos os candidatos a governador que apostam na candidatura do socialista. O vice da presidenta Dilma, Michel Temer (PMDB), tem IAS de 190.000 seguidores e fãs, o equivalente 4,4% dos candidatos ao governo do estado da coligação do governo. O vice de Aécio Neves, o senador Aloysio Nunes Ferreira, também está abaixo do IAS dos aliados estaduais. Com IAS de 37.000 fãs e seguidores, a sua taxa representa apenas 3% da taxa dos candidatos a governador.

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OS CANDIDATOS DO PT, PSDB E PMDB, DENTRO DO UNIVERSO DE 31 PARTIDOS QUE LANÇARAM NOMES AOS GOVERNOS ESTADUAIS, CONCENTRAM METADE DO IAS.


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